O desenvolvimento é um conceito mais amplo, pode ter um contexto biológico ou...
Adolescência
1. UNESP – Câmpus de Rio Claro - SP
Profa.Dra. Silvia Marina Anaruma
Set/2016
2. Análise da adolescência no Brasil de acordo com os
indicativos de vulnerabilidade e desigualdade (UNICEF,
2011)
Os adolescentes são 11% da população brasileira, o que corresponde a
21.083.635 meninos e meninas entre 12 e 17 anos
Adolescentes não são crianças grandes, nem futuros adultos, são
cidadãos específicos
O cérebro não está pronto na infância como se pensava, na adolescência
ele passa por uma nova transformação
Além das transformação biológicas e psíquicas a adolescência é
também uma construção social, vivida de múltiplas formas, uma
pluralidade de possibilidades, expectativas, etc
Para a teoria sócio-histórica achar que a adolescência é uma fase
problemática , cheia de conflitos é ignorar a sua construção histórica e
social
Há uma diferença muito grande entre adolescentes de origens diferentes
O adolescente cuca-fresca não condiz com a visão do adolescente da
classe baixa
A presença dos mais velhos na vida do adolescente é fundamental, sejam
eles pais ou professores
3. O direito de ser adolescente vem sendo
ameaçado pela vulnerabilidade e
desigualdades que existem no Brasil
São alguns indicadores desta vulnerabilidade:
1. a pobreza e a pobreza extrema;
2. a baixa escolaridade;
3. a exploração do trabalho;
4. a privação da convivência familiar e comunitária;
5. a violência que resulta em assassinatos de adolescentes;
6. a gravidez;
7. a exploração e o abuso sexual;
8. as DST/aids;
9. o abuso de drogas.
4. As 4 formas de desigualdade
1. a cor da pele;
2. ser adolescente homem ou mulher;
3. ter algum tipo de deficiência;
4. o local onde vivem.
Obs: este material apresenta um retrato de todos os
cantos do Brasil. Mostra como vivem os adolescentes
do semiárido, da Amazônia, dos grandes centros
urbanos
5. “A garantia do direito de ser adolescente
dos 21 milhões de meninos e meninas que
têm entre 12 e 17 anos depende principalmente
da eliminação das barreiras relacionadas
a vulnerabilidades produzidas pelo
contexto social e a desigualdades construídas
historicamente [...] Tal transformação somente será
tornada realidade com o desenho e a implementação
efetiva de políticas públicas que lancem um
olhar diferenciado para os adolescentes.”
6. A adolescência através dos séculos
( Schoen-Ferreira; Aznar-Farias, 2010)
A palavra adolescere em latim significa crescer
Somente no sec. XIX e XX é que a adolescência foi
reconhecida como um período distinto do
desenvolvimento e encarada como um momento
crítico.
Foi a adaptação do adolescente na escola que
despertou o seu estudo pelos psicólogos.
A 1ª. e 2ª. Guerras mundiais marcam novo
posicionamento nos estudos mostrando a importância
do trabalho na adolescência
Grandes avanços nos estudos no sec. XX
7. A Antropologia Social traz nova luz aos estudos:
“ adolescência não precisa ser, necessariamente, um
período turbulento; e as características do
desenvolvimento psicossocial não são universais”.
8. Na virada do sec. XXI aparece a expressão “onda jovem”
–que revelava o grande número de jovens nascido da
explosão da taxa de natalidade, trazendo várias
dificuldades para eles desde falta de emprego,
problemas sociais, modificação os valores, falta de
perspectivas, diminuição do controle da família ,
igreja. Passam a ser considerados sujeitos de direitos.
9. Alguns autores falam que a adolescência começa na
biologia e termina na cultura
As culturas mais avançadas tecnicamente retardam a
fase da adolescência, já que eles estudam por mais
tempo, já nas sociedades mais simples este período é
mais breve
10. A escola também mudou para eles. Antes ela era
profissionalizante, o que mudou com a educação
básica, que se preocupa com a formação do ser
humanos pleno.
11. Referências
UNICEF . O direito de ser adolescente: Oportunidade
para reduzir vulnerabilidades e superar desigualdades
/ Fundo das Nações Unidas para a Infância. Brasília,
DF :, 2011.
Schoen-Ferreira, T.H; Aznar-Farias adolescência
através dos séculos. Psicologia: Teoria e Pesquisa.v. 26
n. 2, p. 227-234,
2010