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Volume
                                     Especial




ESCOLA DE ARTES, CIÊNCIAS E HUMANIDADES
ACH 0011 CIÊNCIAS DA NATUREZA




                    Impacto
                   Ambiental
Atribuição-Uso Não-Comercial-Não a obras derivadas 2.5 Brasil

                                             Você pode:

                                 copiar, distribuir, exibir e executar a obra
                                    Sob as seguintes condições:


                       Atribuição. Você deve dar crédito ao autor original, da forma
                       especificada pelo autor ou licenciante.



                       Uso Não-Comercial. Você não pode utilizar esta obra com
                       finalidades comerciais.



                       Vedada a Criação de Obras Derivadas. Você não pode
                       alterar, transformar ou criar outra obra com base nesta.

      Para cada novo uso ou distribuição, você deve deixar claro para outros os termos da licença desta
                                                    obra.
       Qualquer uma destas condições podem ser renunciadas, desde que Você obtenha permissão do
                                                   autor.


Qualquer direito de uso legítimo (ou "fair use") concedido por lei, ou qualquer outro direito
 protegido pela legislação local, não são em hipótese alguma afetados pelo disposto acima.
VOLUME ESPECIAL DA REVISTA


                              Impacto Ambiental




                                           Paulo Rogério Miranda Correia
                        Escola de Artes, Ciências e Humanidades, Universidade de São Paulo
                      Av Arlindo Bettio 1000 • 03828-000 • Ermelino Matarazzo • São Paulo - SP
                                     Contato: www.grupiec.org / prmc@usp.br


Comentário: Embora todo esforço seja feito para garantir que nenhum dado, opinião ou afirmativa errada ou enganosa
  apareçam nessa revista, deixa-se claro que o conteúdo dos textos aqui publicados são de responsabilidade, única e
                                     exclusiva, dos respectivos autores envolvidos.




                                                         ii
Conteúdo
                                                       Desenvolvimento econômico e qualidade
   Apresentação                                   1
                                                       de vida
                                                       Samira N. Gatti e Tayane Traina                    32
                                                       Correr, correr... é o melhor para poder
   SEÇÃO        T52                                    crescer!
                                                       Ana Regina Alves e Íris M. N. Fraga                33
   CN: quintas-feiras, das 8h às 9h45
                                                       Desenvolvimento tecnológico é sinônimo
   Futuro?!?! A Terra incerta                          de poluição?
   Camila M. Soares e Rosane C. Santiago          4    Adriano U. Américo e Pedro G. Murauskas            35
   Como está quente hoje!                              Nova oportunidade
   Manuella M. Ribeiro e Ricardo Matheus          6    Carolina Y. Omori e Vivian T. Moitinho             36
   O desenvolvimento como uma ameaça                   Do fogo ao fóssil
   Marina da G. Arruda e Stéfani P. de Oliveira   7    Bruna L. de Azevedo e Raul D. Gimenez              37
   Economia ecológica                                  O tempo e suas mudanças
   Érika Ferraz e Rogério de Oliveira             9    Nayara G. Baraldi e Nelice C. Gonçalves            38
   A Terra e seus limites
   Douglas P. Garcia e Patrícia P. Rodsenko       10
   Kyoto ataca                                         SEÇÃO         T42
   Aline Soares e Kátia R. de Oliveira            12
   Gás carbônico: um desafio a ser                     CN: quartas-feiras, das 8h às 9h45
   enfrentado                                          Aquecimento global – um jogo de
   Leandro A. Oliveira e Winicius dos Santos      13   empurra-empurra
   Aquecimento global: faça a diferença                Solange A. Vieira e Gisele da S. Barros 41
   Moana Simas e Tatiana Cunha                    14   O aquecimento global e suas
   Perspectivas para um futuro melhor                  conseqüências para o meio ambiente
   Daniel Bastos e Helino Hirama                  16   Felipe Instaqui e Gustavo K. S. Okubo   42
   O planeta hipertérmico                              Crescimento econômico, aquecimento
   Lucas A. Couri e Victhor S. Teixeira           18   global
   A Terra em pânico                                   Antônio R. Rebouças e Cauê D. Carrilho  45
   Fabiano Duarte e Danilo Mattar                 19   Aquecimento global: o homem sofre, mas
   Estufa-se um planeta                                é o principal responsável
   Christian Lacerda                              20   Éricka Pardini e Ricardo Prada          46
   Até onde irá a ganância humana?                     A Terra pode se tornar o 2º planeta do
   Maiara L. dos Santos e Sara L. de Souza        21
                                                       sistema solar
   O impacto do cotidiano
                                                       Mônica Araújo e Jacqueline Silvana      48
   Bruno L. M. Silva e Carla Y. Shimote           23
   Alterações climáticas: há solução?
   Letícia M. Ishihara e Daiane Marques           24
                                                       SEÇÃO         T43

                                                       CN: quartas-feiras, das 14h às 15h45
   SEÇÃO        T53
                                                       Rumo ao apogeu da ignorância
   CN: quintas-feiras, das 14h às 15h45                Fernando do Nascimento e Paola de Campos           50
                                                       A energia que constrói destruindo
   Realmente um problema...
                                                       Ana Carolina O. Fornicola e Valéria S. Rodrigues   51
   Marília C. Fernandes e Rafael Pontes           26
                                                       Revolução energética ameaça a vida
   Eterno paradoxo: criação versus
                                                       humana
   destruição
                                                       Rafael V. Furtado e Rodrigo Castelli               53
   Nathália Pizzini e Mariana Bonadio             27
                                                       Ciência: conseqüências e fins
   Caixa de Pandora
                                                       Larissa S. Correia e Luciene K. Oyafuso            54
   Bárbara Carrizo e José Guilherme D. Alves      29
                                                       Previsão do tempo
   O planeta grita por socorro em meio às
                                                       Carolina C. Caetano e Fernanda da F. Lopes         56
   chamas                                              Socorro ao planeta Terra
   Laís Lopes e Ricardo Galhardoni                31   Adriana S. Fornaziero e Diana T. Yamamoto          57
Tecnologia a serviço do meio ambiente               Atitude individual
Fernanda B. Ferreira e Poliana K. D. Araújo    58   Adriano Souza e Igor Andrade                      81
Calor à vista: o que vem ocorrendo com o            O mundo pede socorro
nosso planeta                                       Lílian Ponce e Miriam Campos                      83
Agatha Cristine e Patrícia Yokomizo            60   O meio ambiente ainda pode ser salvo
Meio ambiente: o despertar da fúria                 Caroline Y. Teruyu e Larissa B. D’Alkimin         84
climática                                           A energia que destrói
Camila S. Ishikawa e Michel G. Farah           61   Alisson Kameya e Ricardo L. de T. D. Baptista     86
A Terra em fila de espera                           Seção T33
Maíra Bittencourt e Milena M. Fujishita        64
                                                    CN: quartas-feiras, das 15h45h às 18h
A crise climática ultrapassa séculos
Gabriela A. Pinheiro e Mylena N. E. Caldeira   65   O futuro da Terra
Toda ação tem uma reação                            Leandro Bahu e Fernando Tavares                    88
Cristiane P. Barros e Danyelle F. Farias       66   Terra em crise
A era do hidrogênio está chegando                   Bruna de S. Oewel e Nathália F. Cariatti           89
Priscila R. Raspantini e Gabriella T. Nogueira 68   A poluição acarreta mudanças climáticas
A informação é quente                               Caroline de L. Iseppi e Patrícia M. Quitschal      90
Bruno do E. S. Cardoso e Stefanie de O. Maia   70   A Terra em febre
Crise conjugal                                      Tiago N. Ordonez e Thaís B. L. da Silva            91
Cerise C. Maia e Stela D. Fernandes            72   Impactos ambientais: um problema de
O meio ambiente responde                            todos
Gabriele P. de Oliveira e Natália P. Fortunato 74   Beatriz F. F. de Carvalho e Lílian C. S. de Jesus 93
                                                    A energia capaz de esfriar a Terra
                                                    Thaís H. S. Freitas e Paula Passini                94
SEÇÃO         T32                                   Inalação de esperanças
                                                    Jaime T. da Silva e Jhonas P. dos Reis             96
CN: quartas-feiras, das 10h15 às 12h                Terra doente
O planeta está com febre                            Juliana R. Sgroi e Fernando C. Xavier              97
Israel A. Tannus e Thiago D. R. de Oliveira    76   Dos avanços tecnológicos ao Protocolo
Sua vida está em jogo                               de Kyoto
Carolina A. de Araújo e Fernando F. da Costa   77   Carolina M. Pinto e Young S. Mori                  98
Energia: criação ou destruição?                     Um passo atrás pelo futuro
Fábio Y. Ivamoto e Rafael de Carvalho          79   Juliana M. Guerra e Mariana B. R. Trindade        100
O planeta doente                                    Interferência do homem nos fenômenos
Amanda Martins e Ângela Yatsugafu              80   ambientais
                                                    Pâmela B. dos Santos e Amanda F. da Silva         101
CN
IMPACTO        AMBIENTAL




                                                                                      2006
Apresentação
ACH 0011 Ciências da Natureza



A
          disciplina Ciências da Natureza (CN) é oferecida a todos os 1020 alunos que ingressam na Escola
          de Artes, Ciências e Humanidades (EACH). Juntamente com outras 5 disciplinas gerais e a
          Resolução de Problemas, CN compõe o núcleo duro do Ciclo Básico, pelo qual os alunos passam
          nos primeiros 2 semestres acadêmicos. Esse desenho pedagógico impõe um grande desafio para
os docentes envolvidos com as disciplinas gerais: atingir um público heterogêneo a partir de temáticas
relevantes, que alicerçam a formação ampla dos alunos e extrapolam os conhecimentos e técnicas
específicas dos cursos. O desafio aumenta quando consideramos que a composição das classes de 60 alunos
é planejada para misturar 12 alunos de 5 cursos diferentes. As turmas do período matutino são formadas
por 12 alunos de cada um dos seguintes cursos: Gestão Ambiental, Gestão de Políticas Públicas,
Licenciatura em Ciências da Natureza, Marketing e Sistemas de Informação. Já as turmas do período
vespertino são formadas por alunos de Ciências de Atividade Física, Gerontologia, Lazer e Turismo,
Obstetrícia e Tecnologia Têxtil e da Indumentária. Como contemplar interesses tão diversos? Como, no
caso da disciplina CN, dar conta de apresentar as ciências naturais para os alunos ingressantes, explorando
suas relações com a sociedade? As respostas fogem das soluções triviais, que expõem friamente o
conhecimento acumulado pela ciência desde meados do século XVII. Não basta apresentar teorias, nem
enumerar todas as figuras de destaque que contribuíram para essa construção humana. Em outras palavras,
o trajeto de Galileu a Einstein não é garantia de sucesso. É preciso agregar um olhar humanístico,
contextualizando a ciência no seu tempo histórico, mostrando que ela está imersa numa sociedade onde
atuam fatores políticos, econômicos, religiosos e éticos. Desta forma, o exercício docente passa pela busca
por soluções didáticas inovadoras, a fim de responder aos novos desafios apresentados no contexto das
disciplinas gerais.

Impacto Ambiental: uma revista para os alunos ingressantes



U
           ma das atividades implementadas em 2006 foi a elaboração de uma revista, para consolidar a
           produção intelectual dos alunos ingressantes. Para isso, a temática ambiental foi escolhida por ser
           abrangente, e por permitir uma abordagem científico-humanista. Além disso, a emergência em
           discutir os problemas ambientais impacta toda a sociedade, devendo despertar o interesse de
qualquer cidadão do século XXI. Desta forma, a revista “IMPACTO AMBIENTAL” é proposta com a
missão de registrar o pensamento dos alunos ingressantes que cursam a disciplina CN. No seu 1º volume
especial, a temática selecionada foi “ENERGIA E MUDANÇAS CLIMÁTICAS”.

A preparação para refletir sobre o tema escolhido envolveu 3 aulas, momento para os alunos obterem
informações e sistematizá-las por meio de discussões em grupos. Textos e vídeo foram os meios
privilegiados para fomentar o debate. No final do processo, todos os alunos foram convidados a elaborar
um texto para publicação, seguindo normas editoriais pré-definidas. Essa etapa, cumprida em duplas, foi um




                                                      1
IMPACTO          AMBIENTAL




dos momentos formais de avaliação do desempenho dos alunos na disciplina CN. A nota foi determinada a
partir da própria avaliação dos alunos aos textos produzidos: entra em cena a avaliação por pares.

Avaliação por pares vivenciada durante a disciplina



O
           s procedimentos utilizados na avaliação de trabalhos científicos foi incorporada na avaliação da
           disciplina: todos os textos produzidos pelos alunos foram submetidos à avaliação por pares às
           cegas, recebendo 2 pareceres independentes. Nesse processo, os alunos “autores” passaram a
           desempenhar o papel de “pareceristas”, elaborando um parecer circunstanciado sobre um outro
texto. A temática unificada para 6 turmas diferentes de alunos garantiu o anonimato do processo: os textos
sempre foram avaliados por alunos de um período letivo diferente. Em outras palavras, os alunos “autores”
do período matutino foram “pareceristas” dos textos produzidos pelos alunos do período vespertino, e
vice-versa. Além de convidá-los a participar mais diretamente do processo avaliativo, os alunos envolvidos
puderam vivenciar uma experiência comum àqueles que produzem conhecimento científico. Isso expõe de
maneira muito intensa um dos mecanismos de funcionamento da ciência.

Dados sobre a consolidação final: quem participa dessa publicação



A
            pós o encerramento da avaliação formal no contexto da disciplina CN, os alunos receberam mais
            um convite: revisar o texto produzido, à luz dos pareceres recebidos, e encaminhar uma versão
            eletrônica do texto para a editoria da revista “IMPACTO AMBIENTAL”. Os alunos que,
            voluntariamente, atenderam a essa solicitação são os autores dos textos que compõe esse volume
especial.

Foram produzidos 173 textos pelos alunos das turmas 32, 33, 42, 43, 52 e 53, dos quais, 65 aparecem na
presente publicação. Verifica-se a participação de alunos de todos os 10 cursos da EACH como autores dos
textos publicados: a adesão variou de 9 a 18 alunos “autores” por curso. Merecem destaque especial os
alunos dos cursos de Gerontologia e de Tecnologia Têxtil e da Indumentária, que foram os mais receptivos
à atividade proposta: o número de autores participantes foi igual a 18 e 16, respectivamente.

O material consolidado nessa publicação deve ser analisado a partir do ponto de vista didático,
apresentando como características principais a valorização da produção intelectual dos alunos ingressantes,
bem como a possibilidade de introduzir a análise por pares como estratégia de avaliação durante uma
disciplina. Julgamentos sobre a qualidade dos textos e da precisão das informações apresentadas tornam-se
menos importantes: cabe lembrar que os autores são recém-chegados ao ambiente acadêmico que, ao longo
de 4 anos, dará conta de incrementar o conhecimento. Certamente, os textos produzidos por esses alunos
“autores” no final da sua trajetória na graduação serão de qualidade superior aos aqui apresentados. De
qualquer forma, vale a consolidação dos trabalhos dos alunos e fica o convite para a utilização do presente
material como subsídio para as disciplinas que o acharem pertinente. Há, nesse documento, um registro do
que pode ser as concepções atuais dos alunos, com relação ao tema “ENERGIA E MUDANÇAS
CLIMÁTICAS”.

Boa leitura,

                                                                                       Paulo R. M. Correia
                                                                                             Editor-chefe




                                                      2
IMPACTO        AMBIENTAL




Agradecimentos
Aos alunos “autores”



M
           uito obrigado! Na condição de editor-chefe da revista “IMPACTO AMBIENTAL”, agradeço
           aos alunos “autores”, ingressantes na EACH em 2006, que se distribuíram pelas turmas 32, 33,
           42, 43, 52 e 53. Sem o interesse de vocês, a atividade desenvolvida durante a disciplina CN
           morreria dentro da nossa sala de aula. O esforço adicional e voluntário, de submeter uma versão
eletrônica dos textos produzidos, permitiu a elaboração desse volume especial da revista “IMPACTO
AMBIENTAL”. Além de cumprir minha promessa de consolidar a produção intelectual de vocês, a
presente publicação divulga a experiência vivida durante o 1º semestre de 2006, permitindo que outras
pessoas conheçam o que foi feito e o que foi produzido.

Registro um agradecimento a todos os demais alunos de CN que atuaram como “pareceristas” dos textos
produzidos, mas que não puderam colaborar com esse volume especial.

Faço votos de sucesso a todos durante a caminhada acadêmica que só começou. Que todos vocês
mantenham o entusiasmo e o interesse pelas atividades acadêmicas, acreditando na formação que será
obtida após 4 anos na EACH.




                                                    3
Seção
IMPACTO   AMBIENTAL




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              Futuro?!?! A Terra incerta
              Camila Montevechi Soaresa e Rosane Cristina Santiagob
              a
              Aluna do curso de Gestão de Políticas Públicas. E- ca.montevechi@usp.br
              b
              Aluna do curso de Gestão de Políticas Públicas. E- rogpp@usp.br



                  A
                        proveitando a oportunidade deste artigo relembraremos a questão tão
                        debatida e questionada sobre o velho e bom meio ambiente ao qual
                        estamos inseridos e como seus fatores estão intimamente ligados entre si
                        e com a sociedade como um todo, como por exemplo, pela exposição de
              idéias sobre a produção de fontes de energia e as alterações climáticas. Bem como
              esperamos proporcionar uma reflexão sobre a fúria da natureza para com seus
              agressores, ou seja, nós mesmos, seres humanos, que diversas vezes nos
              esquecemos de quão essencial ela é para nossa vida.
              A energia tem sido através da história a base do desenvolvimento das civilizações.
              Nos dias atuais, são cada vez maiores as necessidades energéticas para a produção
              de alimentos, bens de consumo, bens de serviço e de produção, lazer, enfim,
              alavancar o desenvolvimento econômico, social e cultural, uma vez que é a fonte
              propulsora de todas as atividades em uma sociedade, desde meios de locomoção,
              eletricidade, até industriais.
              É assim, evidente a importância da energia, principalmente se levado em conta o
              fato de que certas fontes de energia, como o petróleo, progrediram em sua
              importância, pois passaram de um recurso simplesmente prático para um fator
              dominante dentro de uma sociedade, com alto valor financeiro e especulativo e
              alvo inclusive de conflitos, como foi indiretamente a Guerra do Iraque.
              A importância se dá não só no contexto das grandes nações industrializadas, mas
              também naquelas em via de desenvolvimento, como é o caso do Brasil, Índia e
              China, cujas necessidades energéticas são distintas, porém nítidas. Tendo em vista
              que fontes de energia em geral não são fáceis de serem obtidas, principalmente as
              não-renováveis, nem tampouco baratas. E mesmo o Brasil, que tem um grande
              potencial hidrelétrico, por exemplo, ou que tem um potencial para exportar
              tecnologias de produção de matrizes energéticas alternativas (pesquisadores da
              Unicamp, por exemplo, desenvolvem óleo diesel à partir de banha animal), e que é
              teoricamente auto-suficiente na produção de petróleo, é ainda dependente de
              outras nações produtoras e exportadoras destas fontes.
              Além das crises de petróleo, da dificuldade de construção de centrais hidroelétricas,
              termelétricas, etc, da utilização excessiva de formas de energia suja - carvão mineral,


                                           4
IMPACTO        AMBIENTAL




xisto, usinas nucleares e outras formas, que também são assim classificadas -, que
geram uma grande degradação ambiental, o qual é incontestável do ponto de vista
social, econômico e humano, temos que considerar uma questão essencial: os
problemas climáticos.
Diante destes, o mundo tenta se organizar para enfrentar este caos criado por
nós mesmos, em especial pela Revolução Industrial, processo que atinge seu
auge nas últimas décadas, pois tem suas características permeando a formação
das identidades, bem como as necessidades humanas. O Protocolo de Kyoto,
que entrou em vigor em fevereiro de 2005, representa umas dessas tentativas,
pois visa, entre outros fatores, a redução de emissão de gases poluentes:
dióxido de carbono (CO2), responsável pelo aquecimento global; metano,
enxofre, responsável pelas chuvas ácidas; gases emitidos em especial por
processos de combustão, sendo os combustíveis fósseis os mais agravantes,
como nos automóveis, indústrias, etc. Embora no Brasil ocorra um caso à
parte, pois 70% dos processos de combustão são decorrentes do
desmatamento.
Entretanto, esse comprometimento não é consenso. Países como Rússia e
EUA, não aderiram a este tratado, embasados na incerteza científica de que os
fenômenos climáticos ocorridos nos últimos tempos, possam ser causa direta
do aquecimento global. Bem como não possuem interesse na redução do seu
nível de crescimento econômico.
Estudos realizados evidenciam que apesar de ser um processo cíclico o
aquecimento e resfriamento do planeta, há um aumento jamais visto nessa
máxima atingida, tendo como conseqüência, por exemplo, o derretimento das
geleiras. Esse processo implica em uma elevação do nível do mar, atingindo
assim, a costa litorânea de inúmeros países, onde se concentra grande parcela
da população, bem como promove a extinção de inúmeras espécies.
Ou seja, a energia é de fato indispensável, porém as atuais matrizes energéticas
dominantes, se não alteradas, promoverão nos próximos 75 anos (segundo
dados estatísticos) a extinção de aproximadamente 15% das espécies existentes
na Terra.
Não obstante às tantas pesquisas para o melhoramento do mundo como um
todo, aos investimentos por parte de países em novas tecnologias, aos embates
pela não redução dos lucros, à parte burocrática de medidas em relação ao
assunto, etc; estão a tomada de consciência por parte das pessoas para os
problemas que podem afetar a vida de todos, pois a vulnerabilidade da
natureza para a intervenção humana é certa, porém a força com que pode nos
punir é maior do que tudo.
Há que se refletir sobre se temos o direito de deixar o planeta sem condições
favoráveis à vida para as próximas gerações.




                                        5
IMPACTO       AMBIENTAL




Como está quente hoje!*
Manuella Maia Ribeiroa e Ricardo Matheusb
a
Aluna do curso de Gestão de Políticas Públicas. E- mmr@usp.br
b
Aluno do curso de Gestão de Políticas Públicas. E- lopesmatheus@gmail.com



    C
         om a primeira Revolução industrial, o aumento do consumo de
         energia foi aproximadamente 100 vezes em relação ao consumo do
         passado. Enquanto isso, a temperatura média da terra já subiu de 0,4º
         para 0,8º desde 1860, segundo relatório do Painel Inter
governamental sobre mudanças climáticas (IPCC). Estes fatos estão
relacionados de alguma maneira? Será que a necessidade de se obter cada vez
mais energia modificará o principal tema de conversa no elevador, ou seja, o
clima?
No artigo “O caminho até Johanesburgo”, José Goldemberg afirma que a
energia consumida também passou por mudanças como a sociedade. Ele
considera uma “evolução energética”, na qual o homem primitivo que
dispunha apenas de energia dos alimentos foi aumentando a quantidade de
energia consumida e foi acrescentando novos modos de obtê-la. Quando há o
aumento no consumo também aumentam a necessidade de recursos naturais, a
escassez de recursos naturais não-renováveis e a poluição.
O principal processo utilizado para a produção de energia decorre da queima
de combustíveis fósseis (42%), como o petróleo, seguido por carvão (18%),
gás (21%), nuclear (9%), hidrelétrica (6%) e biomassa (4%), entre os países da
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Mas quando a energia consumida muda o rumo da conversa no elevador? Isso
ocorre quando as principais mudanças climáticas das últimas décadas passam a
ser atribuídas a um processo denominado Efeito Estufa.
O Efeito Estufa é um processo natural que ocorre no planeta, acumulando
“gases quentes” na atmosfera como o gás carbônico (CO2) e o metano (CH4).
Esses gases na atmosfera teriam gerado condições para que existisse vida na
Terra, pois impediam a dispersão total da radiação solar. Porém com a
desenfreada demanda por energia, o desmatamento da flora, queimadas, a
industrialização, o Efeito Estufa se agrava, pois a radiação solar quase não se
dispersa para atmosfera mostrando o vilão dessa história: o aquecimento
global.
O aquecimento global poderá alterar o clima severamente, mudando a
quantidade e a composição da chuva, derretimentos das calotas polares,
aumento do nível dos mares, extinção de espécies animais e vegetais, aumento
do número e da intensidade de eventos climáticos extremos como terremotos,
maremotos e furacões. Cientistas já acreditam que em poucos anos cidades
situadas ao nível do mar serão inundadas, como já ocorreu na ilha de Tuvalu;
doenças tropicais, como a malária, ocorreriam em países europeus e os eventos
climáticos extremos, como furacões, ocorreriam em zonas onde não havia



                                      6
IMPACTO          AMBIENTAL




incidência e haveria o aumento da intensidade, como no furacão Katrina
ocorrido no sul dos Estados Unidos.
Embora as previsões sejam catastróficas, as nações não pretendem esperar que
elas se concretizem. A Convenção do Clima na Rio-92 já dava importância as
mudanças climáticas. O Protocolo de Kioto, tratado assinado em 1997 por 141
países com o objetivo de diminuir as emissões de gás carbônico, ratificou a
preocupação e materializou seus métodos e ações. Infelizmente, o maior
emissor de gás carbônico, os Estados Unidos, não assinou alegando que sua
economia seria prejudicada.
O Protocolo quer reduzir 5,2% das emissões globais, para isso muitos países vêm
desenvolvendo tecnologias que buscam utilizar fontes menos poluidoras, entre eles,
o Brasil. O Projeto Pró-Álcool desenvolvido pelo país permitiu certa
independência do petróleo e favoreceu o meio ambiente, pois polui menos.
Também está entre os países que mais utilizam energias “alternativas” como eólica,
solar e a biomassa, a última corresponde a 27% do consumo de energia. O Brasil
está enquadrado no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). O país levou
ao MDL, a idéia de criar um fundo de desenvolvimento limpo que seria uma taxa
aos países industrializados que excedessem as quantidades de emissões de “gases
estufa” a eles atribuídas e esse dinheiro financiaria programas e projetos ambientais
nos países em desenvolvimento.
Exemplos como o do Brasil servem para mostrar que a humanidade está
preocupada com o meio ambiente que deixará para as próximas gerações. Se o
homem necessita de energia para sua sobrevivência no mundo contemporâneo
nada mais justo que se encontre maneiras que poluam menos e sejam mais
eficazes. Assim, talvez o “puxar assunto” no elevador sobre o clima não se
torne mera convenção, mas uma realidade.
*Esse texto foi classificado entre os 20 melhores produzidos pelos alunos das turmas 32, 33,
42, 43, 52 e 53.



O desenvolvimento como
uma ameaça
Marina da Graça Arrudaa e Stéfani Paranhos de Oliveirab
a
Aluna do curso de Marketing. E- ninaarruda@usp.br
b
Aluna do curso de Marketing. E- stefaniparanhos@hotmail.com



    I
    magine a Europa aflita com doenças tropicais, europeus ardendo em
    febre devido à malária. Este quadro era comum na Inglaterra no período
    do Império Romano, mas pode vir a ser mais uma vez na Europa do
    futuro, como já comentou Thomas Lewinson. Quem culpar? A própria
humanidade, por que não?
Com o desenvolvimento científico e tecnológico houve um crescimento
demográfico, logicamente pela melhora nas condições de vida e, para atender a


                                             7
IMPACTO       AMBIENTAL




população crescente, fez-se necessário investir no desenvolvimento de formas
de energia, aumentando o uso de usinas térmicas e de motores a explosão.
Como conseqüência, gerou-se um excessivo aumento na emissão de gases
provenientes do uso de energia fóssil (petróleo, carvão, gás natural) que, por
meio, por exemplo, da atividade industrial e do uso de automóveis, estão
contribuindo nas mudanças climáticas globais.
O caso da condição da energia fóssil na atualidade é expressa na própria
economia do país e do restante do mundo onde setores importantes estão
baseados em atividades de extração, produção e uso da energia fóssil, como foi
explorado por Gillberto de Martino Januzzi.
Segundo este mesmo autor, o uso de energia é responsável por mais de dois
terços das emissões de gases-estufa. Com o uso de combustíveis fósseis, são
produzidas enormes quantidades de dióxido de carbono (CO2), sendo a
queima uma das maiores fontes de emissão de gases-estufa, os responsáveis
pelo tão famoso efeito estufa, que acaba por alterar os tipos de climas e a
temperatura atmosférica e oceânica.
Diante do problema, a comunidade científica resolveu publicar relatórios a
respeito do assunto. As melhores informações disponíveis sobre mudança
climática global, de acordo com a opinião de José Goldemberg, é a avaliação
do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, o IPCC, que por
sua vez publicou relatórios desde 1990 e, em 2001, publicou um contendo
conclusões tratando sobre o aumento da temperatura média na superfície da
terra, no nível dos oceanos, nas precipitações de chuva, no derretimento das
coberturas de neve e gelo dos continentes e no número de eventos climáticos
extremos (catástrofes naturais como furacões).
Lembra-se da visão premonitória da Europa? Como afirmou Lewinson, as
mudanças climáticas, além de tudo que já foi dito, devido ao aumento na
temperatura podem aumentar também a distribuição geográfica de insetos,
levando doenças tropicais para países das regiões temperadas, inclusive
enfermidades bem familiares entre nós como a dengue e a febre amarela.
As mudanças climáticas, como se pode notar, interferem em inúmeros pontos,
desde derretimento das geleiras, passando por mudanças ecológicas até na
saúde da humanidade.
Voltando aos relatórios do IPCC, eles influenciaram nas atitudes
governamentais com relação a adoção do Protocolo de Kyoto, em 1997.
O Protocolo, por sinal, é uma questão à parte. Ele determinou que as emissões
de gases deveriam ser reduzidas até 2012 em 5,2%, tendo como referência o
ano de 1990. A questão à parte é a não assinatura dos EUA no Protocolo,
principal “colaborador” com o aquecimento global, lançando 25% dos
poluentes do mundo. Mais uma vez a questão político-econômica do mundo.
Perante este quadro, uma das saídas mais fáceis será a adoção de algumas
medidas, como política de redução das emissões de gases, com o uso mais
eficiente de energia e de forma mais inteligente, além da adoção de energias
renováveis.




                                      8
IMPACTO       AMBIENTAL




A princípio, os gastos com a implantação de energias renováveis e as perdas
econômicas são elevados, mas nada se compara em ter que reconstruir o que
será atingido pelos efeitos da mudança climática. Como diz o ditado: “Melhor
prevenir do que remediar”.



Economia ecológica
Érika Ferraza e Rogério de Oliveirab
a
Aluna do curso de Sistemas de Informação. E- erika.ferraz@usp.br
b
Aluno do curso de Sistemas de Informação. E- rogerio.oliveira@trt02.gov.br



    H
            á algum tempo os problemas ecológicos já fazem parte das
            preocupações diárias de muitas pessoas no globo. Indefinição das
            estações do ano, problemas respiratórios, poluição da água e do ar,
            mudanças climáticas repentinas são exemplos práticos de como esta
discussão não deve sair de pauta. Há, em razão disto, a busca por alternativas
inteligentes e ecologicamente corretas para preservação do meio sem, no
entanto, causar prejuízos econômicos para as nações.
É evidente que, em muitos casos, a preocupação econômica está em primeiro
plano. As florestas equatoriais, como a Amazônia, por exemplo, devolvem para
a atmosfera cerca de dois terços das águas que recebem das chuvas. Com o
desmatamento, esse número cai para apenas um quarto, o que reduz a umidade
do ar e pode causar secas que prejudicarão a agricultura.
O desmatamento das florestas causa um prejuízo quase incalculável. Mas nem
sempre as pessoas que destroem a Amazônia pensam nisso. A preocupação
neste caso é com os cálculos de quanto ganharão com a terra, e não com o
efeito sobre o regime das chuvas na região.
Como no caso deste exemplo, o mau uso dos recursos naturais se volta contra
o próprio ser humano. Com o aumento da industrialização, os níveis de
poluição têm aumentado consideravelmente, alterando de maneira sensível o
clima no planeta e desencadeando fenômenos cada vez mais devastadores.
Um dos alertas climáticos dado pelo planeta foi na ocorrência do furacão
Katrina (EUA) que destruiu parte de Nova Orleans e proximidades. Cerca de
500 mil pessoas abandonaram a região. Nem todos voltarão.
O fato de os EUA não terem se comprometido a reduzir a emissão dos
poluentes, quando da assinatura do Protocolo de Kioto, alegando que este fato
diminuiria o potencial de sua produção industrial, é em si preocupante. Não há
no mundo um país que produza mais poluição. Cerca de 25% da emissão de
dióxido de carbono (CO2) vem dos EUA.
Estudos ligados às mudanças climáticas apontam que o aumento do número
de eventos como o Katrina deve-se ao aquecimento global, ligado,
principalmente, a uma maior produção de CO2. A elevação da temperatura do
planeta interfere diretamente no aumento dos níveis dos oceanos,



                                       9
IMPACTO       AMBIENTAL




comprometendo a vida nas cidades. As geleiras dos pólos vêm derretendo, o
que ameaça a existência de pequenas ilhas. Isto mostra a necessidade de se
mudar urgentemente a matriz energética do planeta.
Países emergentes, como o Brasil, a China ou a Índia, tendem a se contrapor às
mudanças destas matrizes. Estes são países que buscam fortalecer e estruturar
sua indústria, baseados no consumo de combustíveis fósseis descartáveis,
como o petróleo o gás natural.
O investimento por parte dos governos em energias alternativas mais “limpas”,
como o biocombustível e as energias eólica e solar, pode ser uma boa saída
para amenizar os efeitos de anos alimentando a poluição do planeta.
Muito embora o retorno financeiro não seja imediato, o custo de produção
destas energias tende a cair ainda mais e, num futuro próximo, até os carros
poderão ser movidos pela energia solar, por exemplo. Hoje já existem as
tecnologias necessárias para isto. O desafio é implementá-las antes de o sistema
entrar em colapso.
Iniciativas como a Bolsa do Clima, nos EUA, são bem interessantes para a
preservação ambiental e para demonstrar que esta alternativa pode ser uma
excelente saída econômica. Cada empresa participante da bolsa tem que
cumprir a meta de diminuir em 1% ao ano a emissão de CO2. Quem a cumpre
coloca ações da sua empresa para serem vendidas; quem não cumpre, tem que
comprar ações. Há a possibilidade ainda de se conseguir bônus para alcançar a
meta investindo em reflorestamento.
Em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, existe uma iniciativa holandesa de compra
de créditos da emissão do gás metano em um aterro sanitário. O gás, ao invés
de disperso no ar, é coletado e utilizado para outras finalidades.
A Suécia tem um programa mais ambicioso. O país está trabalhando para
substituir boa parte do imposto de renda por impostos sobre o consumo de
energia. Fazendo isso, espera ser, em até 25 anos, a primeira economia
industrial livre do petróleo.
Empresas que investem nesta área têm a imagem associada à preservação
ambiental e ao ‘ecologicamente correto’. Além disso, elas têm um maior
potencial econômico, dada a urgência em se buscar alternativas na diminuição
de poluentes e na preservação do planeta em que vivemos.



A Terra e seus limites
Douglas Paraíso Garciaa e Patrícia Paulo Rodsenkob
a
Aluno do curso de Sistemas de Informação. E- douglas_froid@hotmail.com
b
Aluna do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza.
E- rodsenko@yahoo.com.br




                                      10
IMPACTO       AMBIENTAL




A
         s questões sobre problemas ambientais têm – se destacado
         progressivamente. Cria – se um senso comum a esse respeito, as
         pessoas querem demonstrar que estão cientes dos acontecimentos,
         dizem preocupar – se com o meio ambiente e tentam mostrar que
colaboram, não jogando lixo na rua, utilizando clichês como: “Precisamos da
Natureza”, “Vamos preservar o verde”, “Não polua o planeta”, entre outros,
sendo que o problema ambiental vai muito, além disso.
Não há a preocupação pela emissão de poluentes na atmosfera realizados por
automóveis ou pela indústria, pois isso afetaria o bem estar social e econômico
de todo um país.
A parceria entre ciência e tecnologia proporcionou ao homem maneiras de
desvendar minérios jamais imaginados, porém o ser humano vem sempre
ultrapassando os limites sem saber onde parar, esquecendo – se de que os
recursos de nosso planeta são finitos.
Desde 1700, a proporção de CO2 e CH4 na atmosfera cresceu cerca de 30%,
segundo os cientistas do Painel Inter Governamental sobre Mudanças
Climáticas (IPCC – Intergovernamental Pannel on Climate Change), e também
afirmam que parte disso tem a influência do homem sobre o ambiente.
De certo modo esse aumento de temperatura, faz parte do ciclo natural de
aquecimento do planeta, que em seguida se esfria novamente. O grande
problema é que as atividades humanas como o desmatamento e a poluição
causada pelas indústrias e pelos automóveis, aceleram cada vez mais esse
processo, o chamado EFEITO ESTUFA.
A preocupação com o meio ambiente, sendo uma delas o aquecimento global,
vem sendo reforçada a muito tempo e medidas como a ECO – RIO 92 e o
protocolo de KYOTO assinado (ambos visam a diminuição de poluentes na
atmosfera) vem sendo tomadas para amenizar tal condição, pois se a
quantidade de CO2 e CH4 dobrar, haverá um aumento médio de 1.5ºC a 4.5ºC
do aquecimento na Terra, causando assim o degelo das calotas polares levando
a drásticas conseqüências, como a extinção da fauna e flora de muitas regiões
do planeta. O protocolo de KYOTO, assinado em 1997, contava com a
participação de 84 paises industrializados e maiores responsáveis pela emissão
de poluentes, atualmente conta com 31 ratificações, porém, dentre esses paises,
os maiores emissores de gases que são: EUA, Rússia e Austrália não assinaram
o protocolo, segundo o governo dos EUA, eles não iriam colocar em risco a
economia do país por um problema ambiental mundial. Mesmo sem a
participação dos três países citados anteriormente, o protocolo de KYOTO
entrou em vigor prevendo a redução de 5.2% das emissões globais de gases
que provocam o efeito estufa até 2012, tomando por base o ano de 1990.




                                      11
IMPACTO       AMBIENTAL




Kyoto ataca
Aline Soaresa e Kátia Ramos de Oliveirab
a
Aluna do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza. E- li.soares@usp.br
b
Aluna do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza.
E- katitaramos@yahoo.com.br



    C
         om a explosão demográfica dos últimos dois séculos e com o
         aumento do consumo de energia per capita, o consumo total de
         energia no mundo aumentou cerca de 100 vezes em relação ao
         passado distante (Ibsen de Gusmão Câmara).
Com fator da revolução industrial, século XVIII, o consumo de energia
aumentou drasticamente em relação aos seus antepassados. E isso ocorreu
devido as habilidades e as descobertas que o ser humano vem fazendo ao
longo da história. Com a queima do carvão e do petróleo, foi possível para o
homem tornar seu modo de vida mais agradável na medida em que podia
satisfazer suas necessidades num período menor que antigamente.
A partir de conhecimentos científicos e os avanços tecnológicos, teve-se então,
no mundo, um desenvolvimento significante. Em contra partida, com todos
esses fatores de evolução que ao longo do tempo vinham “facilitando” a vida
do homem, o meio ambiente foi sofrendo várias conseqüências e sendo
degradado.
A alta concentração de dióxido de carbono na atmosfera terrestre acarretou
vários danos decorrentes do aumento da queima de combustíveis fósseis como
carvão e petróleo, e de gás natural, para atender ao crescimento de produção
de energia, indispensável para suprir as necessidades de uma população em
rápida expansão. E todo esse desequilíbrio aconteceu em virtude do
desenvolvimento científico e tecnológico que viabilizou o aumento do uso de
usinas térmicas e de motores a explosão.
Tanto a concentração de dióxido de carbono como gás metano, entre outros
gases poluentes da atmosfera, levou a terra a sofrer mudanças climáticas
catastróficas, tais como: a elevação da temperatura média, que subiu de 0,4 a
0,8 ºC desde 1860; o nível dos oceanos que continua a subir devido a
cobertura de gelo estar se desfazendo; além da precipitação de chuvas em
dadas regiões que vem aumentando a cada ano. Sendo assim, medidas como a
criação do Protocolo de Kyoto, este que tem por objetivo reduzir a emissão de
gases poluentes que agravam o efeito estufa, foi colocado em questão para ser
adotado por países principalmente os industrializados, para reduzir a emissão
de gases poluentes na atmosfera.
O Protocolo de Kyoto reconheceu claramente o princípio da
“responsabilidade compartilhada e diferenciada” pelo aquecimento global e
impõe maiores sacrifícios aos países industrializados, inclusive obrigando-os a
transferir tecnologias “limpas” aos países em desenvolvimento para evitar que
estes se transformem, no futuro, em grandes emissores.



                                      12
IMPACTO       AMBIENTAL




Sendo assim o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), criado pelo
Protocolo de Kyoto (artigo 12) é um novo mecanismo para redução de
emissões, resultante de projetos de desenvolvimento sustentável em países em
desenvolvimento.
Os países industrializados viram o MDL como um mecanismo adicional para
redução das emissões através de uma implementação conjunta, já os em
desenvolvimento viram o MDL como um novo canal para assistência financeira,
investimentos para promover desenvolvimento sustentável, transferência de
tecnologia e promoção de equidade. No entanto, esse protocolo vem sendo
desrespeitado por alguns países, evidenciando o EUA que além de não adotá-lo é
responsável por um quarto das emissões globais. Enquanto países desenvolvidos
brigam pelos seus ideais, nosso planeta vai sofrendo duras conseqüências com a
agravação do efeito estufa e o Protocolo de Kyoto cada vez mais os ataca.



Gás carbônico: um desafio
a ser enfrentado
Leandro A. Oliveiraa e Winicius dos Santosb
a
Aluno do curso de Marketing. E- lelemanbr@yahoo.com.br
b
Aluno do curso de Sistemas de Informação. E- winigu@ig.com.br



    U
           ltimamente vem sendo realizadas diversas pesquisas com plantas
           tropicais, a fim de se detectar os seus níveis de absorção de dióxido
           de carbono(CO2) da atmosfera. Um exemplo desses experimentos, é
           o realizado pelo Instituto de Botânica de São Paulo, o qual tem
estudado mudas de uma espécie de Jatobá, a Hyemenaea Courbaril, cujo
crescimento, impulsionado por uma maior absorção de CO2, parece se acelerar
em ambientes ricos em gás carbônico (Revista FAPESP, ed. 80, out/2002).
Esse tipo de pesquisa tem ganhado grande relevância devido à constatação de
um acúmulo cada vez maior deste gás na atmosfera, apontado como um dos
principais causadores do chamado Efeito Estufa.
O CO2 sempre esteve presente em nosso planeta, devido à sua emissão
proveniente do metabolismo dos seres vivos, queimadas, atividades vulcânicas,
etc. No entanto a sua concentração na atmosfera vem aumentando
gradativamente desde o início da Revolução Industrial (meados do século
XIX), por conta da utilização crescente de combustíveis fósseis (carvão,
petróleo e gás), e aumenta na razão de 0,4 % ao ano, ou o equivalente à 6
bilhões de toneladas de carbono. A metade dessa cifra gigantesca, presumem
os cientista, é absorvida por vegetais e oceanos, enquanto a outra metade
permanece na atmosfera. Acredita-se que o acúmulo de gás carbônico e outros
gases estufa (metano , CFC, vapor d'agua, ozônio troposférico e óxido nitroso,
etc ) aprisionem mais energia na superfície e na atmosfera baixa, o que por sua
vez, provocará elevações na temperatura do planeta e mudanças climáticas,
ocasionando sérias conseqüências para a vida na Terra.


                                      13
IMPACTO        AMBIENTAL




Devido à grande importância dos vegetais na absorção de dióxido de carbono
excedente, vêm sendo pensadas medidas de preservação de florestas tropicais.
Uma das formas é o patrocínio dado pelos países desenvolvidos aos em
desenvolvimento, com o intuito de compensar as suas próprias emissões,
procedimentos estes que constituem o chamado Mercado de Crédito de Carbono,
que foi fortemente proposto durante o Protocolo Internacional de 1997, em
Kioto no Japão.
O protocolo de Kioto compromete uma série de nações industrializadas a
reduzir suas emissões de CO2 em 5,2%, tendo como parâmetro os níveis de
1990, para o período de 2008-2012. Além do mercado de carbono outro meio
previsto pelo protocolo para que as metas de redução sejam atingidas é a
substituição do uso de combustíveis fósseis por Energia Limpa, que incluem a
biomassa, energia solar, eólica, geotérmica e hidrelétrica, que permitem
emissões nulas (ou quase nulas) de gases de efeito estufa, além de reduzir
emissões de outros poluentes.
Esse tipo de energia vem sendo utilizada em muitos países, no caso do Brasil
podemos citar o exemplo da cana-de-açúcar (biomassa) que tem seu consumo
em crescimento, devido a demanda do setor automobilístico desde a criação
em 1975 do Pró-álcool (programa do governo de Geisel que visava conter os
gastos com a importação de petróleo aumentando a produção nacional do
álcool), e mais recentemente com o desenvolvimento de carros bi-
combustíveis (álcool-gasolina).
É importante que se tome consciência dos riscos que o efeito estufa pode
provocar, bem como que se contenha as emissões de CO2, realizando mudanças
que alterem as matrizes energéticas dos países, sendo não menos importantes as
medidas de âmbito individual, como a opção por transportes coletivos ao invés do
particular. É fundamental que exista a preocupação em se priorizar o uso de formas
de Energia Limpa, além da preservação das grandes florestas, que funcionam como
importantes sorvedouros de gás carbônico da atmosfera.



Aquecimento global: faça a
diferença*
Moana Simasa e Tatiana Cunhab
a
Aluna do curso de Gestão Ambiental. E- paje_moana@yahoo.com.br
b
Aluna do curso de Gestão Ambiental. E- tatianafc@usp.br



    O
          artigo Ciclo da Vida, de Carlos Voght inicia com uma indagação
          pertinente: “É possível manter os atuais padrões de produção e de
          consumo e ainda assim acreditar ser possível o desenvolvimento
          sustentável da economia, da sociedade e das relações do homem
com a natureza?”. Ao que tudo indica a resposta é não. Atualmente a
população mundial é de aproximadamente 6,5 bilhões de habitantes e a



                                       14
IMPACTO        AMBIENTAL




estimativa das Nações Unidas é que em 2050 atinja 7,6 bilhões. Esse
crescimento populacional aliado ao consumismo indiscriminado aumenta a
demanda de alimentos, produtos industrializados e conseqüentemente o
consumo de energia, causando um maior impacto ambiental.
O impacto ambiental humano não é recente. Estudos mostram que há mais de
um milhão de anos, grandes animais existentes na África foram extintos após o
surgimento do homem moderno. Atualmente os impactos estão associados
principalmente com a produção de energia, que na maioria das vezes colabora
com o aquecimento global.
Até o final da idade média, a produção de energia era feita pela queima de
madeira; com a revolução industrial, passou a ser feito pela queima de carvão
mineral e, a partir do século XX, pela queima de combustíveis fósseis. Essas
formas liberaram e continuam liberando diversos gases, como metano e gás
carbônico, que acabam intensificando o efeito estufa.
O efeito estufa ocorre naturalmente no planeta Terra e tem a importante
função de manter a temperatura do planeta mais ou menos constante entre o
dia e a noite. Ele é mantido pela presença de gases estufa, como o gás
carbônico e o metano. Entretanto o excesso desses gases poderá causar um
aumento de 2º a 6º C nos próximos 100 anos. A esse fenômeno dá-se o nome
de “aquecimento global”.
Caso essa situação persista já estão previstos, por diversos pesquisadores, o
desaparecimento de vários ecossistemas e espécies animais e vegetais; o
derretimento de geleiras e o conseqüente aumento do nível do mar, o que
prejudicará cidades litorâneas; o aumento de ocorrências de tufões e enchentes;
epidemias de doenças tropicais como a malária, em países de clima temperado;
e influências negativas na produção agrícola, reduzindo a quantidade de
alimentos. Dessa forma o aquecimento global não é uma preocupação apenas
da área ambiental, mas sim de todo ser humano, já que sua existência
compromete a vida na terra.
Como o maior vilão do aquecimento global é o excesso de CO2 na atmosfera,
ONG’s e países vêm se juntando para criar medidas que reduzam a liberação
desse gás. Entre elas, e talvez a mais significativa delas, está o protocolo de
Kyoto, assinado em 1997 por 141 países, que prevê a diminuição da emissão
de carbono pelos países industrializados em até de 5% em relação a 1990, até
2012.
Como a produção de energia mundial está ancorada na queima de
combustíveis fósseis, a redução da emissão de CO2 deve se dar pela criação de
outros modos de geração de energia menos poluentes, ou pela redução do
consumo energético. As energias alternativas mais utilizadas são a energia solar,
que capta os raios solares em placas de silício; a energia eólica, que gera energia
por meio da rotação de hélices movidas pelo vento; a energia hidroelétrica, que
converte a energia potencial de quedas d’águas em energia elétrica; a energia
das marés, que aproveita a oscilação do nível das mares; a energia da biomassa,
sendo o principal exemplo o álcool (etanol), proveniente da cana-de-açúcar,
como combatível de automóveis; a energia nuclear, que produz energia pela




                                        15
IMPACTO          AMBIENTAL




fissão nuclear; e a energia geotérmica, que aproveita o calor gerado por
atividades vulcânicas.
A população em geral pode colaborar por meio da redução do consumo de
energia e utilização de outros meios de transporte que não utilizem
combustíveis fósseis, além de utilizar mais transportes coletivos ao invés do
uso indiscriminado de automóveis particulares. Além disso, seria importante
uma conscientização mundial em relação ao consumo de produtos
industrializados de forma indiscriminada, já que sua produção libera na
atmosfera a grande parte de gás carbônico.
Assim, para existir um desenvolvimento sustentável, é preciso que ocorram
mudanças, primeiramente, nos padrões de produção de energia e consumo geral da
população. Alterações climáticas já começaram a ocorrer. Reveja suas atitudes e
pense como você pode colaborar para a redução da emissão de CO2 na atmosfera.
Faça a diferença!
*Esse texto foi classificado entre os 20 melhores produzidos pelos alunos das turmas 32, 33,
42, 43, 52 e 53.



Perspectivas para um
futuro melhor
Daniel Bastosa e Helino Hiramab
a
Aluno do curso de Sistemas de Informação. E- daniel.bastos@usp.br
b
Aluno do curso de Gestão Ambiental. E- hhirama@usp.br



    C
           om a Revolução Industrial, em meados do século XVIII, houve o início
           da utilização do carvão como fonte de energia, principalmente para
           movimentar as máquinas e locomotivas a vapor. O carvão é um
           combustível fóssil, isto é, uma substância mineral composta de
hidrocarbonetos empregada para gerar energia. Dois problemas surgem com a
utilização dessas substâncias: a primeira é que são recursos finitos e a segunda é que
sua queima libera gases que provocam o efeito estufa. A partir do século XX, o
principal combustível tornou-se o petróleo. Este possui maior poder calórico e,
conseqüentemente, produz maior energia, porém também é um combustível fóssil.
O efeito estufa acontece quando a acumulação de gás carbônico na atmosfera
faz com que haja a retenção do calor emitido pelo sol, assim como ocorre, por
exemplo, no interior de um automóvel estacionado num local ensolarado e
com os vidros fechados. O vidro deixa passar a luz solar, mas impede a saída
do calor. E por falar nisso, a cada ano o total de veículos no mundo aumenta
em 16 milhões, resultando na liberação de mais de 900 milhões de toneladas de
CO2 (gás carbônico) no ar.
Um estudo do Painel Intergovernamental Sobre Mudanças Climáticas (IPCC)
mostrou, em 2001, que nos últimos 100 anos a temperatura média da Terra subiu
em 0,5ºC. Esse aquecimento tem causado o derretimento das calotas polares e de


                                            16
IMPACTO        AMBIENTAL




geleiras, fator que eleva o nível das águas dos oceanos e dos lagos, submergindo
ilhas e áreas litorâneas. O superaquecimento das regiões tropicais contribui para
intensificar o processo de desertificação e de proliferação de insetos nocivos à
saúde.
A chuva ácida também é causada em decorrência da utilização desse tipo de
energia. Ela é originada pelo enxofre que é liberado durante a queima dos
combustíveis fósseis. Indústrias e usinas termoelétricas movidas a carvão são os
principais responsáveis pela chuva ácida. Peixes têm sua capacidade respiratória
reduzida quando estão em um lago poluído por ácidos liberados durante esse
fenômeno. As árvores também são prejudicadas quando perdem nutrientes e têm o
ritmo do crescimento das raízes diminuído. E no solo, íons tóxicos acumulam-se,
tornando uma séria ameaça ao seres humanos. O cobre é causador de epidemias de
diarréia em crianças e acredita-se que existe alguma relação entre a utilização de
água contaminada com alumínio e a ocorrência do mal de Alzheimer.
O Protocolo de Kyoto surge como uma preocupação da comunidade científica
com essas mudanças climáticas. Foi discutido em 1997, e por ele se propõe um
calendário pelo qual os países desenvolvidos têm a obrigação de reduzir a
quantidade de emissão de gases poluentes em 5,2% até 2012, tendo como base
os níveis de 1990. Mas o principal responsável pela produção e liberação desses
poluentes (representando um quarto das emissões de gás carbônico no
planeta), os EUA, se recusam a assinar o protocolo. Já os países que se
disporem a reduzir suas emissões poderão investir em programas de controle
de poluentes e reflorestamento em países subdesenvolvidos, caso não
consigam cumprir suas metas. Entende-se que os países pobres necessitam se
desenvolver, então não seriam obrigados a controlar emissões.
Outra forma de cumprir as metas é investir em fontes alternativas de energia como
a solar, a eólica e a de biomassa que praticamente não causam nenhum dano ao
meio ambiente. Energia solar é a designação dada a qualquer tipo de captação de
energia luminosa proveniente do Sol para utilização do homem. Tanto serve para o
aquecimento de líquidos, num sistema de tubos onde circula água que se torna
quente quando há a incidência de calor solar, quanto para a geração da energia
elétrica por meio de células fotovoltaicas, também chamadas de “células solares”. A
luz solar produz até 1000 Watts de energia por metro quadrado de células solares, o
que representa um enorme potencial energético. Já a energia eólica provém do
vento. Ela tem sido aproveitada desde a antiguidade para movimentar barcos
impulsionados por velas e engrenagens de moinhos. Na atualidade, produz-se
energia elétrica a partir do movimento de aerogeradores. Esses dispositivos
funcionam como pás de um moinho que giram com o movimento do ar.
Entretanto esses geradores podem ser ruidosos.
Um tipo de obtenção de energia que vem crescendo é a partir da queima de
plantas, excrementos, madeira, matérias vegetais e animais, e até o lixo. É a
chamada energia de biomassa. O Brasil é pioneiro na utilização desse tipo de
energia, aproveitando a cana-de-açúcar para a produção de álcool combustível,
provando, assim, que sua utilização em larga escala é possível.
Devemos investir em pesquisas com intuito de aprimorar o aproveitamento de
fontes de energia renováveis. Igualmente importantes são a educação ambiental e a



                                        17
IMPACTO       AMBIENTAL




consciência ecológica, termos ainda pouco conhecidos em nosso vocabulário.
Preservar o planeta é crucial para a manutenção de nossa espécie. Infelizmente, o
futuro ainda permanece uma incógnita.



O planeta hipertérmico
Lucas Athayde Couria e Victhor Souza Teixeirab
a
Aluno do curso de Gestão Ambiental. E- lucas@globonet.com.br
b
Aluno do curso de Gestão Ambiental. E- victhor30@hotmail.com



    O
           planeta durante sua vida sofreu muitos aumentos e diminuições de
           temperatura, afetando diretamente as espécies de seres vivos
           contidas nele. Tal oscilação térmica tem aumentado
           consideravelmente nas últimas décadas graças às intervenções
humanas.
O ser humano intensifica um processo que já é natural (o chamado efeito
estufa) através, principalmente, da emissão exagerada de dióxido de carbono.
Esse gás é emitido de várias fontes como a queima de combustíveis fósseis e as
queimadas, colaborando decisivamente com o aquecimento global.
O gás carbônico que está hoje na atmosfera possui longo tempo de duração,
levando centenas de anos para decompor-se. Desde a pré-história, quando o
homem descobriu o fogo, até os dias de hoje o ser humano vem intensificando
essa emissão. A necessidade de adquirir energia é a principal causa desse fato,
utilizada desde simples fogueiras até sofisticados meios de transporte.
O planeta nos mostra, cada vez mais, sua fragilidade frente à ação humana e é
nas últimas 5 décadas que o homem realizou os maiores esforços para atenuar
esses efeitos. Em fevereiro de 1997 o Protocolo de Kyoto foi posto em
questão, impondo uma taxa de 5% (relativa a 1990) de diminuição dessa
emissão, podendo levar países desenvolvidos a afetarem suas economias.
Os principais emissores são os EUA e a Rússia, sendo, o primeiro responsável
por 25% de todos os gases causadores do efeito estufa hoje. A maior economia
global também não aceita o tratado, pois, apesar de possuir 6% da população
mundial, consome cerca de 65% de toda energia produzida no globo.
Os países desenvolvidos, em geral, discordam de Kyoto quando esse diz que
os países em desenvolvimento devem manter seu crescimento sem precisar
diminuir tanto sua emissão, ou seja, os países que utilizam idéias e recursos dos
emergentes para alcançar suas próprias metas, querem que os mesmos
diminuam ainda mais sua emissão. Enquanto isso acontece, várias mudanças
climáticas assolam nosso planeta e o efeito estufa tem aumentado sua
intensidade, aumentando, assim, a temperatura média global.
Um estudo feito por 19 pesquisadores de oito países mostrou o efeito da
temperatura nas espécies da Terra: 18% entrariam em extinção com o aumento




                                       18
IMPACTO          AMBIENTAL




de 30% de dióxido de carbono na atmosfera, pois, causaria um aumento de 0,7
à 1,8 graus Celsius na temperatura.
Para que o efeito estufa se normalize, os países precisarão diminuir em 60% as
emissões, algo que está fora do âmbito atual, pois é evidente a dificuldade em
alcançar, ao menos, 5%.



A Terra em pânico
Fabiano Duartea e Danilo Mattarb
a
Aluno do curso de Gestão Ambiental. E- emaildofabiano@usp.br
b
Aluno do curso de Gestão Ambiental. E- osmattar@hotmail.com



    A
           tualmente vem ocorrendo serias mudanças climáticas no mundo,
           desde a revolução industrial, o aquecimento global tem se acentuado
           (a temperatura media da superfície terrestre subiu 0,4 a 0,8 graus
           Celsius desde 1860), graças à liberação de gases responsáveis à
intensificação do efeito estufa.
O homem primitivo não necessitava de muita energia, consumindo só o
necessário para sua sobrevivência e, com seu desenvolver, passou a necessitar
de mais energia. De acordo com José Goldenberg (secretário do meio
ambiente do estado de São Paulo); ‘’O consumo médio de energia no mundo
hoje, é dez vezes superior ao consumo do homem primitivo’’. Com o aumento
da demanda da produção e consumo, o homem teve de recorrer a novas
formas de energia, pouco se preocupando com impactos ambientais futuros.
A emissão de gás carbônico tem crescido descontroladamente por queima de
combustíveis derivados do petróleo, queima de florestas e muitos outros
poluentes, agravando o aquecimento global que traz graves conseqüências
como:
- aumento do nível dos oceanos devido ao derretimento das calotas polares
(dados de uma pesquisa realizada em 2001 indicam que o nível das águas subiu
de 10 a 20 centímetros no século 20, e o crescimento foi maior neste século do
que no século 19);
- aumento na precipitação das chuvas;
- inundações de áreas terrestres costeiras (30 países ilhas com risco de
desaparecimento);
- chuva ácida;
- pesquisas científicas apontam que daqui a 50 anos, 900 mil a 1,8 milhões de
espécies de animais e plantas entrem em extinção, e isso equivale a 18% das
espécies atuais e ,estima-se também, um aumento de 30% das concentrações
de dióxido de carbono, tendo como conseqüências o aumento das
temperaturas que ficam entre 0,8 a 1,7 graus Celsius;




                                        19
IMPACTO       AMBIENTAL




- inconstância de temperatura nas estações do ano (invernos quentes e verões
frios);
- efeito estufa, sendo prejudicial ao meio ambiente quando em excesso. Esse
nível elevado da concentração de gás carbônico acaba retendo a reflexão da
radiação solar que é uma radiação infravermelha, ou seja, calor, aumentando
assim a temperatura global, causando diversos impactos ambientais como, por
exemplo, a ocorrência de um tornado, denominado Catarina, no Sul do país,
fato inédito em áreas urbanas no Brasil.
Medidas de remediação do problema têm sido propostas e providenciadas,
como o Protocolo de Kyoto, que visa a diminuição da emissão de gases
poluentes em 5,2%, iniciado em 1990 tendo prazo até 2012, pelos paises
participantes do tratado, tendo como proposta: o aumento da utilização de
fontes de energias renováveis (biomassa, hidroelétrica, solar, maré, térmica e
eólica), captação do gás carbônico (reflorestamento, bombeamento para o
fundo do oceano, armazenamento em cavernas subterrâneas), tendo formas
convenientes como as cotas de carbono, que são os limites estipulados pelo
tratado, que um país ou alianças podem emitir gases poluentes, podendo ser
negociadas dentre países ou elevadas através de reflorestamento pelo mundo.
O homem degradou muito o meio ambiente, e agora passou a dar a devida atenção
para tal meio fundamental, visando o desenvolvimento sustentável e reduzir a
agressão ao “planeta vida”, deixando a dúvida eminente: Quanto tempo a Terra
ainda irá sobreviver?



Estufa-se um planeta*
Christian Lacerda
Aluno do curso de Sistemas de Informação. E- christian@usp.br



T
          odos, mesmo que intuitivamente, pensamos nas alterações pelas quais
          passa o nosso planeta hoje e sabemos que cada vez mais a
          interferência humana tem provocado algum tipo de mudança global.
          Essa atitude nossa de cada dia nos trouxe tamanhas mudanças que suas
conseqüências verificadas hoje refletem um passado recente de euforia
industrial-tecnológica sem preocupações com possíveis impactos ambientais.
As formas de obtenção de energia e sua utilização atualmente têm influenciado
diretamente nas condições naturais do clima terrestre, segundo José
Goldenberg, hoje, o ser humano consome dez vezes mais energia que o
homem primitivo, quando partimos para a maneira de como se dá esta
utilização, percebemos que um dos fatores responsáveis por algumas
mudanças climáticas inesperadas é a queima de combustíveis fósseis.
No simples ato de acordar de manhã num dia de frio, por exemplo, ao tomar
um banho quente e deixar o carro um tempinho esquentando enquanto toma-
se o café rapidamente, podem estar envolvidos diversos processos que
interferem, de maneira nem sempre favorável, no ciclo ambiental.


                                     20
IMPACTO          AMBIENTAL




O gás carbônico – como é comumente chamado o dióxido de carbono (CO2) -
um dos gases emitidos em maior quantidade por veículos de motores a
explosão, por exemplo, tem grande influência no agravamento do efeito estufa,
hoje se fala inclusive em comércio de carbonos, uma das pautas mais
interessantes discutidas na conferência de Quioto, que prevê um acordo entre
países a fim de atingir metas redutórias na emissão deste poluente.
A atmosfera terrestre torna-se então cada vez mais suscetível à radiação solar
incidente à medida que os gases do efeito estufa recobrem a atmosfera
impedindo os raios nela refletidos de voltarem para o espaço, provocando o
aquecimento global.
Em um relatório publicado pelo IPCC – sigla em inglês para Painel
Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas – em 2001 mostrou que a
temperatura média na superfície terrestre, por exemplo, subiu de 0,4 a 0,8°C
desde 1860 e que a década de 1990 foi a mais quente do século XX.
De fato nem mesmo a energia elétrica utilizada para aquecer a água do
chuveiro está imune de interferências ambientais, uma vez que a geração desta,
mesmo que por usinas, hidrelétricas, termelétricas ou nucleares provocam
impactos ambientais preocupantes. Portanto diversos países hoje procuram
meios alternativos de obtenção de energia que não provoquem grandes
alterações no ambiente, são as chamadas energias renováveis.
No Brasil, por exemplo, uma das soluções encontradas para reduzir ou pelo
menos não aumentar a emissão de CO2 na atmosfera foi a utilização da cana-
de-açúcar para produzir o álcool etílico, um dos combustíveis mais utilizados
para movimentar os veículos no país.
A busca por estas e outras medidas que possam diminuir a interferência que os
avanços da humanidade tem provocado no ambiente e estar ciente de que cada um
pode influenciar diretamente no clima global tornam-se, hoje, fundamentalmente
necessárias.
*Esse texto foi classificado entre os 20 melhores produzidos pelos alunos das turmas 32, 33,
42, 43, 52 e 53.



Até onde irá a ganância
humana?*
Maiara Larissa dos Santosa e Sara Laís de Souzab
a
Aluna do curso de Gestão Ambiental. E- maiara@usp.br
b
Aluna do curso de Gestão Ambiental. E- sls@usp.br



    C
          omo se não bastasse a fome, a pobreza, a violência, a desigualdade
          social e outros fatores que afligem a humanidade há muitos anos, no
          século XX veio a tona um grave problema ambiental que, se não for
          encarado com a devida seriedade, trará inúmeros malefícios para a



                                            21
IMPACTO          AMBIENTAL




vida na Terra.
Desde a Revolução Industrial, com o aumento da queima de combustíveis
fósseis utilizados para atender a demanda de produção de energia, o gás
carbônico (CO2) vem se acumulando na atmosfera, acentuando drasticamente
o efeito estufa. Para se ter idéia da dimensão desse acúmulo, o gás lançado há
150 anos atrás permanece na atmosfera até hoje.
O efeito estufa é um fenômeno natural causado por gases que impedem a re-
emissão da radiação térmica para fora da Terra, aquecendo o planeta da mesma
forma que uma estufa aquece vegetais no inverno para não prejudicar seu
crescimento. Sem esses gases, a temperatura aproximada da Terra seria entre 15º -
20º C abaixo de zero, porém seu acúmulo pode trazer conseqüências graves, como
mudanças climáticas.
Após anos de estudo, o Painel Intergovernamental sobre mudanças climáticas
(IPCC), criado pela Organização Meteorológica Mundial (WMO) e pelo
Programa do Meio Ambiente das Nações Unidas (UNEP), em 1988, divulgou
dados preocupantes: a temperatura média da superfície terrestre aumentou
desde o fim do século XIX e deverá aumentar entre 1,5º e 4,5º C quando a
concentração de CO2 dobrar; a cobertura de neve e gelo sobre os continentes
continuou a decrescer; o nível dos oceanos continua a subir; a precipitação de
chuvas aumenta em muitas regiões, bem como o número de eventos climáticos
extremos. Outras pesquisas também apontam a alteração das correntes
marinhas e o aumento de doenças tropicais como conseqüências do
aquecimento global.
Para tentar amenizar os danos do mais grave problema ambiental do século XXI,
foi colocado em prática no dia 16 de fevereiro de 2005 um projeto que há anos
vinha sendo discutido, o Protocolo de Kyoto. Esse acordo visa diminuir em 5,2% a
emissão global de gases estufa, contudo, o país que mais polui a atmosfera e
contribui com 25% da emissão de gases no mundo, os Estados Unidos da
América, não o assinou. Alegando que tal diminuição poderia interferir em sua
economia, os Estados Unidos negam-se veementemente a ratificar o Protocolo.
Para atingir seu objetivo, os países que participam do Protocolo de Kyoto
desenvolvem métodos alternativos tanto para reduzir a emissão dos gases
quanto para capturar o excedente dos mesmos na atmosfera. Alguns destaques
são a utilização de fontes de energia limpa, como a da biomassa (um tipo de
matéria utilizada na produção de energia a partir de processos como a
combustão de material orgânico, produzida e acumulada em um ecossistema),
a eólica e a solar; o reflorestamento de áreas desmatadas; e pesquisas no
aperfeiçoamento de novas tecnologias que não degradem o ambiente. Neste
aspecto o Brasil tem muito a ensinar, pois existe uma técnica no país capaz de
capturar metano (um dos principais gases estufa) e transformá-lo em energia,
além dos inúmeros projetos envolvendo a biomassa na geração de energia.
Os países também utilizam o crédito de carbono para alcançar sua meta,
comprando o excedente da produção de outros países ou tecnologias limpas
que colaborem para a redução do efeito estufa. No entanto, mesmo
colaborando com a criação de projetos que apóiam o cumprimento do
Protocolo, o Brasil, a Índia e a China não concordam com a exigência de


                                       22
IMPACTO          AMBIENTAL




alguns países industrializados de assumir maiores responsabilidades, adquirindo
alvos específicos na diminuição dos gases. Por serem países emergentes,
atestam que isso poderia comprometer seu desenvolvimento econômico.
Para sua evolução, o ser humano utilizou-se do desenvolvimento da ciência e da
tecnologia e aprimorou as técnicas de produção de energia – necessária para sua
sobrevivência. Porém com tamanha sede de progresso, a devida preocupação com
a natureza, fonte de matéria prima não cresceu na mesma proporção de sua
ganância. Agora, sabendo que a falta de recursos pode causar uma barreira para o
desenvolvimento, o homem procura na tecnologia (que colaborou para o
agravamento do problema) respostas capazes de amenizar os danos que o meio
ambiente vem sofrendo. Basta cada um contribuir fazendo sua parte, para que a
espécie humana não se extinga do planeta.
*Esse texto foi classificado entre os 20 melhores produzidos pelos alunos das turmas 32, 33,
42, 43, 52 e 53.



O impacto no cotidiano
Bruno Luis Marra Silvaa e Carla Yoshie Shimoteb
a
Aluno do curso de Gestão de Políticas Públicas. E- marra@usp.br
b
Aluna do curso de Gestão de Políticas Públicas. E- carla_shimote@hotmail.com



    A
           ciência é a maravilha dos homens. Graças a ela vivemos hoje até os
           80, até os 90, 100 anos com mais facilidade. Desafiamos nossa
           própria natureza, até mesmo sobrevoamos além dos mares.
           Porém, a quais custos?
Um dos princípios mais básicos que o estudo da ciência econômica apresenta é
que há escassez de recursos e que para a produção de bens há uma fronteira,
ou seja, a matéria prima tirada do planeta Terra é limitada e são necessárias
decisões para a finalidade de sua utilização.
Pois bem, hoje se sabe, por estimativa, que o petróleo, um dos principais
recursos naturais utilizados na produção de energia, tem reservas que durarão
de trinta a quarenta anos. Ora, isso significa que em um espaço curto de tempo
haverá um imenso abalo do processo produtivo e que, portanto, novas
políticas devem ser abordadas.
Cientistas como José Goldemberg e uma infinidade de outros, também
afirmam que a utilização de combustíveis fósseis, tal como petróleo e carvão,
presentes na gasolina, no gás de cozinha e em diversos outros produtos como
o saco de lixo e substâncias sintéticas como o DTT, (presente até pouco
tempo nos inseticidas), são responsáveis pela agressão ao meio ambiente.
Os cientistas apontam que o dióxido de carbono, gás emitido na combustão de
combustíveis fósseis, e o metano estão diretamente ligados com o crescimento
no tamanho do buraco na camada de ozônio. Apesar de sempre haver a
liberação de tais gases para a atmosfera, o que vem ocorrendo nas últimas



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IMPACTO        AMBIENTAL




décadas é um acréscimo elevado, e em um tempo reduzido, da porcentagem
“natural” de gás presente na atmosfera, o que faz com o buraco se torne mais
largo.
A camada de ozônio que protege a Terra dos raios ultravioleta, e o efeito
estufa, uma espécie de “cobertor” que retêm o calor, juntos provocam o
aumento da temperatura, mesmo que em escalas insensíveis no cotidiano (uma
aumento de 0,4 a 0,8 °C desde 1860), mas que já custam caro para a natureza.
Já é notável a redução do tamanho das calotas polares, o aumento do volume
das águas coloca em risco ilhas próximas ao nível do mar, as alterações no
índice pluviométrico em diversas áreas continentais, desorganizando a
produção de alimentos; alterações, também, de freqüência e intensidade das
tempestades tropicais, incluindo florações e ampliação das áreas de ocorrência
de doenças tropicais.
São para que acontecimentos como esses não se acentuem que, em 1997, foi
discutido e aprovado o Protocolo de Kyoto. De caráter universalista - ou que
pelo menos tenta agir como tal - há pressões de países que o adotaram sobre
os que se recusam a adotá-lo (dentre os quais os Estados Unidos da América,
alegando motivos de ordem econômica e prejuízo em sua estrutura produtora
de bens) – o Protocolo determinou como meta a ser atingida uma redução das
emissões de poluentes em 5,2% , em relação a 1990, até 2012. Medidas como a
compra de créditos de carbono e desenvolvimento de projetos de
reflorestamento em países em desenvolvimento foram aprovadas como forma
de se chegar a essa meta.
A visão que se tem hoje, após nove anos de aprovação e implementação tardia
do Protocolo de Kyoto, é de que o principal resultado, ou pelo menos o mais
visível, parte da invenção de energias alternativas como a eólica, a geotérmica,
a de biomassa, e a solar, a qual o Brasil exporta sua tecnologia.
Políticas assim de sustentabilidade, são relevantes para minimizar o impacto que a
produção e o consumo desenfreado de bens geraram, principalmente depois da
Revolução Industrial, e por isso devem sempre estar em relevância nas principais
metas mundiais.



Alterações climáticas: há
solução?
Letícia Megumi Ishiharaa e Daiane Marquesb
a
Aluna do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza. E- leticialcn@usp.br
b
Aluna do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza.
E- daiane_880@hotmail.com




                                       24
IMPACTO        AMBIENTAL




O
          homem precisa utilizar-se dos recursos naturais para produzir a
          energia necessária à sua sobrevivência. Antes da industrialização, o
          principal meio de obtenção de energia foi a queima de madeira que,
          aliada à sua utilização para produção de objetos – como casas,
barcos, móveis – já vinha contribuindo para o desmatamento.
Nos últimos séculos, o aumento do uso de combustíveis fósseis propiciou um
rápido desenvolvimento tecnológico-industrial. Porém, a queima desses
combustíveis – principalmente o carvão e o petróleo – é a principal causadora
das altas taxas de gases poluentes na atmosfera terrestre, entre eles o dióxido
de carbono (CO2) e o metano (CH4). A crescente emissão desses gases está
intensificando a absorção da radiação infravermelha na troposfera, o que causa
uma maior retenção de calor na atmosfera terrestre. Esse fenômeno é chamado
de "efeito estufa".
O relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC)
de 2001, com a participação de centenas de cientistas, divulgou a situação
climática do planeta, demonstrando evidências da influência humana nas
alterações, ocorridas principalmente devido ao aumento das concentrações de
gases do efeito estufa. Entre elas, podemos citar: aumento da temperatura
global; elevação do nível dos mares; aumento das precipitações em locais
específicos, desregulando a produção de alimentos; diminuição da
biodiversidade, com várias espécies em risco de extinção, o que afeta todo o
equilíbrio do ecossistema; agravamento da poluição, principalmente nos
grandes centros urbanos, causando sérios danos à saúde da população e até
mortes prematuras. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) as
mudanças climáticas matam 150 mil pessoas por ano.
Diante desse quadro alarmante, estão sendo desenvolvidos meios alternativos
de produção de energia. Os países pioneiros da industrialização causaram
maior impacto negativo no meio ambiente e por isso, em sua maioria,
assumiram o compromisso do Protocolo de Quioto de reduzir em 5,2% a
emissão de gases de efeito estufa entre 2008 e 2012. O Brasil, apesar de não
fazer parte desse acordo, tem se destacado na implementação de tecnologias
renováveis, que já estão substituindo a produção de energia convencional.
Entre as alternativas utilizadas, estão a eólica, a do etanol, a reutilização do
metano e sua conversão em energia limpa em Nova Iguaçu.
Os investimentos nessas técnicas favoráveis ao meio ambiente devem crescer,
mesmo que seja necessário um apelo comercial ao seu desenvolvimento, pois, se o
quadro se agravar, os danos à natureza e a várias formas de vida na Terra tornar-se-
ão irreversíveis.




                                        25
Seção
IMPACTO   AMBIENTAL




                                                                      T53
              Realmente um problema...
              Marília Castilho Fernandesa e Rafael Pontesb
              a
               Aluna do curso de Obstetrícia. E- mariliacf@usp.br
              b
               Aluno do curso de Ciências da Atividade Física.



                  D
                          esde a criação, a Terra sempre esteve em constantes mudanças de
                          temperatura, em ciclos de milhares de anos de aquecimento e
                          glaciação causados por fenômenos naturais. A partir da Revolução
                          Industrial, o planeta passou a enfrentar uma nova realidade: a
              mudança de temperatura causada pelo homem através da poluição gerada pelo
              avanço tecnológico. Este problema começou a ser sentido nos microclimas
              (que corresponde às condições climáticas de uma superfície realmente
              pequena), com o aumento de temperatura nos grandes centros urbanos e mais
              recentemente no macroclima (que corresponde ao clima médio ocorrente num
              território relativamente vasto, exigindo, para sua caracterização, dados de um
              conjunto de postos meteorológicos; em zonas com relevo acentuado os dados
              macroclimáticos possuem um valor apenas relativo, especialmente sob o
              aspecto agrícola), com o aumento do nível do mar, uma ameaça em escala
              global.
              A principal conseqüência é o aquecimento do clima da Terra, provocando o
              aumento da temperatura dos oceanos e o derretimento das geleiras. Mas são
              vários fatores que provocam essas mudanças, tais como o efeito estufa (é a
              forma que a Terra tem para manter sua temperatura constante), buraco na
              camada de ozônio, poluição atmosférica e aumento na produção de gás
              carbônico.
              Os gases precursores do efeito estufa, como o gás carbônico (CO2), o metano
              (CH4), o óxido nitroso (NO2), o vapor d’ água são responsáveis pelo
              problema. Misturando-se á atmosfera eles a fazem se comportar como uma
              estufa, retirando o calor próximo á superfície terrestre.
              O que tem provocado o aumento excessivo de emissão de gases na atmosfera
              é em grande parte as atividades humanas em busca do desenvolvimento
              econômico e das comodidades da vida moderna, e também os processos como
              o da respiração (das pessoas, das plantas, dos animais), ou o uso de CFCs, que
              liberam dióxido de carbono, bem como processos orgânicos de fermentação,
              que liberam metano, fermentação do lixo e, também acidentes como
              vazamentos de gás ou petróleo.



                                         26
IMPACTO        AMBIENTAL




O padrão de emissão de CO2 apresenta diferenças entre um país e outro. Por
isso, e como tentativa de amenizar os problemas atuais e futuros do meio
ambiente, cento e quarenta e um países decidiram assinar um tratado, o
Protocolo de Kyoto, que é um acordo internacional para controlar o aumento
da temperatura do planeta, o "efeito estufa" causado pela poluição. Proposto
em 1997 na cidade japonesa de Kyoto, o protocolo prevê que os países ricos
reduzam as emissões de gases causadores do aquecimento global.
O Protocolo de Kyoto é um instrumento jurídico que representa que normas
sejam cumpridas. O alcance dos objetivos (os países desenvolvidos reduzam
suas emissões em 5,2 % em relação ao ano de 1990), depende, entre outros
fatores, da descarbonização da matriz energética mundial.
As metas quantitativas para a redução dos gases impostas pelo Protocolo de
Kyoto são modestas do ponto de vista ambiental, pois contribuem muito
pouco para a redução de emissões globais dos gases. Apesar disto, o
cumprimento dessas metas não é fácil, sendo assim, para conferir alguma
flexibilidade aos países do anexo I (desenvolvidos), de forma que pudessem
atingir suas metas mais facilmente, o Protocolo estabeleceu três mecanismos
de mercado, dentre os quais, o Mecanismo de Defesa Limpo (MDL), o único
que envolve diretamente países em desenvolvimento. As metas de redução
conjugadas aos mecanismos de mercado tendem a gerar um custo de
oportunidade para a geração de energia baseada em combustíveis fomentando
o uso de energias renováveis.
A mudança climática exemplifica muito bem a relação intricada entre economia,
energia, tecnologia, sociedade e seus impactos sobre o meio ambiente. Por vários
motivos a mudança climática é um dos problemas ambientais mais graves do
século: ela intensifica e é intensificada por outros problemas ambientais locais e
regionais, o combate ás suas causas é extremamente complexo, envolvendo difíceis
questões políticas e econômicas, além de possuir um caráter inercial, ou seja, as
causas permanecem atuando por décadas mesmo depois de eliminadas. Ademais,
suas conseqüências são possivelmente catastróficas e muitas delas irreversíveis.



Eterno paradoxo: criação
versus destruição
Nathália Pizzinia e Mariana Bonadiob
a
 Aluna do curso de Tecnologia Têxtil e da Indumentária.
E- nathypizzini@usp.br
b
 Aluna do curso de Tecnologia Têxtil e da Indumentária.
E- mari_flower26@hotmail.com



    A
          energia consumida pelo homem está relacionada com os estágios de
          desenvolvimento deste. Há aproximadamente 1 milhão de anos, no
          leste da África, o homem primitivo dispunha apenas da energia dos



                                       27
IMPACTO       AMBIENTAL




alimentos que ingeria.
Já na Idade Média, no nordeste da Europa, o homem usava muito o carvão
para aquecimento, a força da água, do vento, e, a tração animal. O uso caótico
do carvão levou a destruição de grande parte das florestas da Europa.
A Inglaterra, pioneira na revolução industrial – por possuir capital excedente,
grandes jazidas de ferro e outras vantagens – no século XIX, fazia uso
constante de combustíveis fósseis, que são responsáveis pela emissão de gás
carbônico na atmosfera, este leva séculos para se decompor.
A revolução industrial contribuiu para a evolução das tecnologias, esta por sua
vez, proporcionou melhorias para a população, o que levou a um grande
crescimento vegetativo. A explosão populacional nos últimos dois séculos
resultou num aumento do consumo de energia cerca de 100 vezes maior.
O crescimento no consumo de combustíveis fósseis, fez com que a emissão de
gás carbônico na atmosfera se tornasse mais agressiva, acumulando – se na
atmosfera, formando uma barreira que não permite a dissipação de calor, o que
têm como conseqüência um aquecimento global, o que promove o degelo e a
elevação do nível dos mares.
O aumento do nível do mar é preocupante para países de pequenas ilhas que
estão condenados a desaparecer se a emissão de gases de efeito estufa não
diminuir significativamente.Ao todo são trinta países ilhas “semi –
sentenciados” a este fim. Os primeiros a serem atingidos, foram os habitantes
da Ilha de Tuvalu, essas pessoas fugiram das águas para a Tailândia.
Cerca de 141 nações, preocupadas com as conseqüências do aumento do nível
do mar, no dia 16 de fevereiro de 2005, apoiaram o protocolo de kioto, com o
objetivo de reduzir ate 2012, 5,2% das emissões globais de gases tóxicos
causadores do efeito estufa.
Curiosamente, os EUA, um dos principais países jovens responsáveis pelo
efeito estufa, (25% as emissões de gases tóxicos),não aderiu ao protocolo. O
governo Bush questiona a verdade dos estudos científicos e alega não ter a
pretensão de sacrificar o desenvolvimento da nação.
O Brasil é o terceiro maior emissor de gás carbônico, e 77% de todo esse gás
lançado, é conseqüência das queimadas. A partir de 2013, os países emergentes,
como o Brasil e a China, serão obrigados a aderir também ao Kioto.
Porém, o protocolo prevê apenas 5.2% de redução, o que não basta para a
resolução do problema em questão, seria necessária uma diminuição de 60%
nas emissões dos gases.
A ciência e a tecnologia, causadores diretos, ou indiretos de graves problemas
ambientais, têm papel indispensáveis na sua solução, pois estes geram respostas
tecnológicas para a necessária redução do uso de combustíveis fósseis como
fonte de energia. A principal resposta seria o uso de fontes alternativas de
energia, como o álcool, o que seria muito lucrativo para o Brasil, a energia
nuclear, a eólica, e outras que a ciências e a tecnologia já descobriram ou irão
descobrir.Criando assim um incrível maniqueísmo ao seu redor, um eterno
paradoxo entre a criação e a destruição.



                                      28
IMPACTO       AMBIENTAL




Caixa de Pandora
Bárbara Carrizoa e José Guilherme Diniz Alvesb
a
Aluna do curso de Tecnologia Têxtil e da Indumentária. E- bacarrizo@usp.br
b
Aluno do curso de Tecnologia Têxtil e da Indumentária.
E- guilhermediniz@usp.br


        inquestionável o uso de potencial de energia para melhorar a qualidade

    É   de vida humana, visto que desde os primórdios o homem procura
        evoluir seus modos de obter energia: o homem primitivo, sem uso do
        fogo, dispunha apenas de energia dos alimentos que ingeria; o homem
caçador além da energia dos alimentos também queimava madeira para obter
calor e para cozinhar; o homem agrícola primitivo utilizava a energia dos
animais de tração; o homem agrícola avançado usava carvão, a força da água,
do vento e do transporte animal e o homem industrial dispunha da máquina à
vapor.
Dessa forma, o homem com a ajuda do desenvolvimento cientifico e
tecnológico aumentou seu consumo energético cerca de 100 vezes em relação
ao consumo no passado distante. Sem perceber, através dessa sua ambição e
curiosidade, cometeu o mesmo que erro que Pandora (personagem da
mitologia): abriu uma caixa e espalhou o mal por todo o mundo, sendo agora o
mal representado pela degradação do meio ambiente causada pelo mau uso
que o homem faz das fontes de energia. Tal degradação ameaça a saúde
humana e a qualidade de vida, além de afetar o equilíbrio e a diversidade
biológica, tudo isso gerado pela emissão de gases obtidos através da queima de
combustíveis fósseis, tanto no âmbito industrial quanto no âmbito doméstico.
Para exemplificar temos os gases emitidos por indústrias, o escapamento de
veículos e até do arroto dos gados.
Os principais poluentes emitidos na combustão desses combustíveis fósseis
são óxidos de enxofre (S2) e nitrogênio (N2) e monóxido e dióxido de
carbono (CO e CO2), sendo este último um dos principais causadores do
efeito estufa, cujos gases causadores tenderão a alterar a temperatura
atmosférica e oceânica, a circulação associada e os tipos de clima.
Em um relatório publicado em 2001 pelo Painel Intergovernamental sobre
Mudanças Climáticas (IPCC), foi declarado que a temperatura média da
superfície terrestre aumentou a partir do fim do século XIX: a temperatura
média subiu de 0,4 a 0,8°C desde 1860; globalmente as temperaturas mínimas
cresceram desde 1950 com o dobro da velocidade com que cresceram até essa
década; a década de 1990 foi a mais quente do século XX, e o ano de 1998, o
mais quente do século, já no que diz respeito ao futuro o aumento da
temperatura média da superfície da Terra deverá se situar entre 1,5 e 4,5°C
quando a concentração de CO2 dobrar. O nível dos oceanos também vem
sofrendo alterações: subiu de 10 a 20 centímetros no século XX, sendo maior
o crescimento neste século do que no século passado; o aumento do nível



                                     29
IMPACTO       AMBIENTAL




deverá se situar entre 0,14 e 0.7 metro até o ano 2110; a precipitação de chuvas
continuará a aumentar em muitas regiões e a cobertura de neve e gelo sobre
os continentes continuou a decrescer.
Têm ocorrido mudanças também nos padrões de circulação da atmosfera e
dos oceanos, bem como aumento do número de eventos climáticos extremos.
Os dados da temperatura média da superfície terrestre e as temperaturas da
atmosfera a alguns quilômetros de altura, obtidos por satélite, são consistentes,
o que nos leva a refletir sobre o atual modo de interação do homem sobre o
meio ambiente.
Para tanto, foi criado em 1997 e colocado em vigor em 2004, o Protocolo de
Kyoto, o qual tem como meta diminuir as emissões de gases do efeito estufa,
contando para isso com a participação de 171 países a fim de diminuir 5,2%
das emissões – globalmente – tendo como base o ano de 1990. Sendo a maior
porcentagem das emissões realizadas por países industrializados, foram dadas
como alternativas para a redução no âmbito industrial: uso de tecnologias
“limpas”, a implementação conjunta pelos países envolvidos, o comércio de
emissões e uso de “bolhas” de emissões. Entretanto, mesmo havendo poucas
dúvidas de que uma combinação desses métodos acabaria por resolver
problemas mais graves já enfrentados pela humanidade, o protocolo não
resolverá o maior deles: o aquecimento da temperatura global, visto que não há
maneira pra reverter esse processo, mas sim para evitar que ele piore. Além
disso, o maior emissor de gases poluentes, os Estados Unidos, se nega a
ratificar o tratado utilizando justificativas de cunho econômico.
Mas então qual seria a(s) solução (ões) para evitar futuros problemas causados
pelas emissões de gases?
A primeira delas é a redução que pode ser conseguida através de: uso mais
eficiente de energia, especialmente no ponto do fim do uso em prédios,
utilizações elétricas, veículos e processos industriais; aumento da utilização de
fontes de energia renováveis (biomassa, solar, eólica, geotérmica e hidrelétrica)
que permitem emissões nulas de gases do efeito estufa, além de reduzir as
outras emissões poluentes; desenvolvimento acelerado para a disseminação de
tecnologias de energias novas, especialmente tecnologias para combustíveis
fósseis de próxima geração, que produzem reduzidos níveis de emissões
prejudiciais.
A segunda solução seria recapturar esses gases uma vez emitidos, o qual pode
ser feito através do reflorestamento, que recaptura e fixa carbono da atmosfera
ou bombear o CO2 para o fundo do oceano, cavernas subterrâneas ou para
poços de petróleo e gás exauridos.
Dessa forma será possível garantir a oferta de energia para a redução da
pobreza, permitindo que o desenvolvimento seja sustentável e não agrida
exageradamente o meio ambiente; além de poder diminuir os efeitos da
abertura da caixa de Pandora.




                                       30
Impacto ambiental: ameaças e soluções para o planeta
Impacto ambiental: ameaças e soluções para o planeta
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Impacto ambiental: ameaças e soluções para o planeta
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Impacto ambiental: ameaças e soluções para o planeta

  • 1. Volume Especial ESCOLA DE ARTES, CIÊNCIAS E HUMANIDADES ACH 0011 CIÊNCIAS DA NATUREZA Impacto Ambiental
  • 2. Atribuição-Uso Não-Comercial-Não a obras derivadas 2.5 Brasil Você pode: copiar, distribuir, exibir e executar a obra Sob as seguintes condições: Atribuição. Você deve dar crédito ao autor original, da forma especificada pelo autor ou licenciante. Uso Não-Comercial. Você não pode utilizar esta obra com finalidades comerciais. Vedada a Criação de Obras Derivadas. Você não pode alterar, transformar ou criar outra obra com base nesta.  Para cada novo uso ou distribuição, você deve deixar claro para outros os termos da licença desta obra.  Qualquer uma destas condições podem ser renunciadas, desde que Você obtenha permissão do autor. Qualquer direito de uso legítimo (ou "fair use") concedido por lei, ou qualquer outro direito protegido pela legislação local, não são em hipótese alguma afetados pelo disposto acima.
  • 3. VOLUME ESPECIAL DA REVISTA Impacto Ambiental  Paulo Rogério Miranda Correia Escola de Artes, Ciências e Humanidades, Universidade de São Paulo Av Arlindo Bettio 1000 • 03828-000 • Ermelino Matarazzo • São Paulo - SP Contato: www.grupiec.org / prmc@usp.br Comentário: Embora todo esforço seja feito para garantir que nenhum dado, opinião ou afirmativa errada ou enganosa apareçam nessa revista, deixa-se claro que o conteúdo dos textos aqui publicados são de responsabilidade, única e exclusiva, dos respectivos autores envolvidos. ii
  • 4. Conteúdo Desenvolvimento econômico e qualidade Apresentação 1 de vida Samira N. Gatti e Tayane Traina 32 Correr, correr... é o melhor para poder SEÇÃO T52 crescer! Ana Regina Alves e Íris M. N. Fraga 33 CN: quintas-feiras, das 8h às 9h45 Desenvolvimento tecnológico é sinônimo Futuro?!?! A Terra incerta de poluição? Camila M. Soares e Rosane C. Santiago 4 Adriano U. Américo e Pedro G. Murauskas 35 Como está quente hoje! Nova oportunidade Manuella M. Ribeiro e Ricardo Matheus 6 Carolina Y. Omori e Vivian T. Moitinho 36 O desenvolvimento como uma ameaça Do fogo ao fóssil Marina da G. Arruda e Stéfani P. de Oliveira 7 Bruna L. de Azevedo e Raul D. Gimenez 37 Economia ecológica O tempo e suas mudanças Érika Ferraz e Rogério de Oliveira 9 Nayara G. Baraldi e Nelice C. Gonçalves 38 A Terra e seus limites Douglas P. Garcia e Patrícia P. Rodsenko 10 Kyoto ataca SEÇÃO T42 Aline Soares e Kátia R. de Oliveira 12 Gás carbônico: um desafio a ser CN: quartas-feiras, das 8h às 9h45 enfrentado Aquecimento global – um jogo de Leandro A. Oliveira e Winicius dos Santos 13 empurra-empurra Aquecimento global: faça a diferença Solange A. Vieira e Gisele da S. Barros 41 Moana Simas e Tatiana Cunha 14 O aquecimento global e suas Perspectivas para um futuro melhor conseqüências para o meio ambiente Daniel Bastos e Helino Hirama 16 Felipe Instaqui e Gustavo K. S. Okubo 42 O planeta hipertérmico Crescimento econômico, aquecimento Lucas A. Couri e Victhor S. Teixeira 18 global A Terra em pânico Antônio R. Rebouças e Cauê D. Carrilho 45 Fabiano Duarte e Danilo Mattar 19 Aquecimento global: o homem sofre, mas Estufa-se um planeta é o principal responsável Christian Lacerda 20 Éricka Pardini e Ricardo Prada 46 Até onde irá a ganância humana? A Terra pode se tornar o 2º planeta do Maiara L. dos Santos e Sara L. de Souza 21 sistema solar O impacto do cotidiano Mônica Araújo e Jacqueline Silvana 48 Bruno L. M. Silva e Carla Y. Shimote 23 Alterações climáticas: há solução? Letícia M. Ishihara e Daiane Marques 24 SEÇÃO T43 CN: quartas-feiras, das 14h às 15h45 SEÇÃO T53 Rumo ao apogeu da ignorância CN: quintas-feiras, das 14h às 15h45 Fernando do Nascimento e Paola de Campos 50 A energia que constrói destruindo Realmente um problema... Ana Carolina O. Fornicola e Valéria S. Rodrigues 51 Marília C. Fernandes e Rafael Pontes 26 Revolução energética ameaça a vida Eterno paradoxo: criação versus humana destruição Rafael V. Furtado e Rodrigo Castelli 53 Nathália Pizzini e Mariana Bonadio 27 Ciência: conseqüências e fins Caixa de Pandora Larissa S. Correia e Luciene K. Oyafuso 54 Bárbara Carrizo e José Guilherme D. Alves 29 Previsão do tempo O planeta grita por socorro em meio às Carolina C. Caetano e Fernanda da F. Lopes 56 chamas Socorro ao planeta Terra Laís Lopes e Ricardo Galhardoni 31 Adriana S. Fornaziero e Diana T. Yamamoto 57
  • 5. Tecnologia a serviço do meio ambiente Atitude individual Fernanda B. Ferreira e Poliana K. D. Araújo 58 Adriano Souza e Igor Andrade 81 Calor à vista: o que vem ocorrendo com o O mundo pede socorro nosso planeta Lílian Ponce e Miriam Campos 83 Agatha Cristine e Patrícia Yokomizo 60 O meio ambiente ainda pode ser salvo Meio ambiente: o despertar da fúria Caroline Y. Teruyu e Larissa B. D’Alkimin 84 climática A energia que destrói Camila S. Ishikawa e Michel G. Farah 61 Alisson Kameya e Ricardo L. de T. D. Baptista 86 A Terra em fila de espera Seção T33 Maíra Bittencourt e Milena M. Fujishita 64 CN: quartas-feiras, das 15h45h às 18h A crise climática ultrapassa séculos Gabriela A. Pinheiro e Mylena N. E. Caldeira 65 O futuro da Terra Toda ação tem uma reação Leandro Bahu e Fernando Tavares 88 Cristiane P. Barros e Danyelle F. Farias 66 Terra em crise A era do hidrogênio está chegando Bruna de S. Oewel e Nathália F. Cariatti 89 Priscila R. Raspantini e Gabriella T. Nogueira 68 A poluição acarreta mudanças climáticas A informação é quente Caroline de L. Iseppi e Patrícia M. Quitschal 90 Bruno do E. S. Cardoso e Stefanie de O. Maia 70 A Terra em febre Crise conjugal Tiago N. Ordonez e Thaís B. L. da Silva 91 Cerise C. Maia e Stela D. Fernandes 72 Impactos ambientais: um problema de O meio ambiente responde todos Gabriele P. de Oliveira e Natália P. Fortunato 74 Beatriz F. F. de Carvalho e Lílian C. S. de Jesus 93 A energia capaz de esfriar a Terra Thaís H. S. Freitas e Paula Passini 94 SEÇÃO T32 Inalação de esperanças Jaime T. da Silva e Jhonas P. dos Reis 96 CN: quartas-feiras, das 10h15 às 12h Terra doente O planeta está com febre Juliana R. Sgroi e Fernando C. Xavier 97 Israel A. Tannus e Thiago D. R. de Oliveira 76 Dos avanços tecnológicos ao Protocolo Sua vida está em jogo de Kyoto Carolina A. de Araújo e Fernando F. da Costa 77 Carolina M. Pinto e Young S. Mori 98 Energia: criação ou destruição? Um passo atrás pelo futuro Fábio Y. Ivamoto e Rafael de Carvalho 79 Juliana M. Guerra e Mariana B. R. Trindade 100 O planeta doente Interferência do homem nos fenômenos Amanda Martins e Ângela Yatsugafu 80 ambientais Pâmela B. dos Santos e Amanda F. da Silva 101
  • 6. CN IMPACTO AMBIENTAL 2006 Apresentação ACH 0011 Ciências da Natureza A disciplina Ciências da Natureza (CN) é oferecida a todos os 1020 alunos que ingressam na Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH). Juntamente com outras 5 disciplinas gerais e a Resolução de Problemas, CN compõe o núcleo duro do Ciclo Básico, pelo qual os alunos passam nos primeiros 2 semestres acadêmicos. Esse desenho pedagógico impõe um grande desafio para os docentes envolvidos com as disciplinas gerais: atingir um público heterogêneo a partir de temáticas relevantes, que alicerçam a formação ampla dos alunos e extrapolam os conhecimentos e técnicas específicas dos cursos. O desafio aumenta quando consideramos que a composição das classes de 60 alunos é planejada para misturar 12 alunos de 5 cursos diferentes. As turmas do período matutino são formadas por 12 alunos de cada um dos seguintes cursos: Gestão Ambiental, Gestão de Políticas Públicas, Licenciatura em Ciências da Natureza, Marketing e Sistemas de Informação. Já as turmas do período vespertino são formadas por alunos de Ciências de Atividade Física, Gerontologia, Lazer e Turismo, Obstetrícia e Tecnologia Têxtil e da Indumentária. Como contemplar interesses tão diversos? Como, no caso da disciplina CN, dar conta de apresentar as ciências naturais para os alunos ingressantes, explorando suas relações com a sociedade? As respostas fogem das soluções triviais, que expõem friamente o conhecimento acumulado pela ciência desde meados do século XVII. Não basta apresentar teorias, nem enumerar todas as figuras de destaque que contribuíram para essa construção humana. Em outras palavras, o trajeto de Galileu a Einstein não é garantia de sucesso. É preciso agregar um olhar humanístico, contextualizando a ciência no seu tempo histórico, mostrando que ela está imersa numa sociedade onde atuam fatores políticos, econômicos, religiosos e éticos. Desta forma, o exercício docente passa pela busca por soluções didáticas inovadoras, a fim de responder aos novos desafios apresentados no contexto das disciplinas gerais. Impacto Ambiental: uma revista para os alunos ingressantes U ma das atividades implementadas em 2006 foi a elaboração de uma revista, para consolidar a produção intelectual dos alunos ingressantes. Para isso, a temática ambiental foi escolhida por ser abrangente, e por permitir uma abordagem científico-humanista. Além disso, a emergência em discutir os problemas ambientais impacta toda a sociedade, devendo despertar o interesse de qualquer cidadão do século XXI. Desta forma, a revista “IMPACTO AMBIENTAL” é proposta com a missão de registrar o pensamento dos alunos ingressantes que cursam a disciplina CN. No seu 1º volume especial, a temática selecionada foi “ENERGIA E MUDANÇAS CLIMÁTICAS”. A preparação para refletir sobre o tema escolhido envolveu 3 aulas, momento para os alunos obterem informações e sistematizá-las por meio de discussões em grupos. Textos e vídeo foram os meios privilegiados para fomentar o debate. No final do processo, todos os alunos foram convidados a elaborar um texto para publicação, seguindo normas editoriais pré-definidas. Essa etapa, cumprida em duplas, foi um 1
  • 7. IMPACTO AMBIENTAL dos momentos formais de avaliação do desempenho dos alunos na disciplina CN. A nota foi determinada a partir da própria avaliação dos alunos aos textos produzidos: entra em cena a avaliação por pares. Avaliação por pares vivenciada durante a disciplina O s procedimentos utilizados na avaliação de trabalhos científicos foi incorporada na avaliação da disciplina: todos os textos produzidos pelos alunos foram submetidos à avaliação por pares às cegas, recebendo 2 pareceres independentes. Nesse processo, os alunos “autores” passaram a desempenhar o papel de “pareceristas”, elaborando um parecer circunstanciado sobre um outro texto. A temática unificada para 6 turmas diferentes de alunos garantiu o anonimato do processo: os textos sempre foram avaliados por alunos de um período letivo diferente. Em outras palavras, os alunos “autores” do período matutino foram “pareceristas” dos textos produzidos pelos alunos do período vespertino, e vice-versa. Além de convidá-los a participar mais diretamente do processo avaliativo, os alunos envolvidos puderam vivenciar uma experiência comum àqueles que produzem conhecimento científico. Isso expõe de maneira muito intensa um dos mecanismos de funcionamento da ciência. Dados sobre a consolidação final: quem participa dessa publicação A pós o encerramento da avaliação formal no contexto da disciplina CN, os alunos receberam mais um convite: revisar o texto produzido, à luz dos pareceres recebidos, e encaminhar uma versão eletrônica do texto para a editoria da revista “IMPACTO AMBIENTAL”. Os alunos que, voluntariamente, atenderam a essa solicitação são os autores dos textos que compõe esse volume especial. Foram produzidos 173 textos pelos alunos das turmas 32, 33, 42, 43, 52 e 53, dos quais, 65 aparecem na presente publicação. Verifica-se a participação de alunos de todos os 10 cursos da EACH como autores dos textos publicados: a adesão variou de 9 a 18 alunos “autores” por curso. Merecem destaque especial os alunos dos cursos de Gerontologia e de Tecnologia Têxtil e da Indumentária, que foram os mais receptivos à atividade proposta: o número de autores participantes foi igual a 18 e 16, respectivamente. O material consolidado nessa publicação deve ser analisado a partir do ponto de vista didático, apresentando como características principais a valorização da produção intelectual dos alunos ingressantes, bem como a possibilidade de introduzir a análise por pares como estratégia de avaliação durante uma disciplina. Julgamentos sobre a qualidade dos textos e da precisão das informações apresentadas tornam-se menos importantes: cabe lembrar que os autores são recém-chegados ao ambiente acadêmico que, ao longo de 4 anos, dará conta de incrementar o conhecimento. Certamente, os textos produzidos por esses alunos “autores” no final da sua trajetória na graduação serão de qualidade superior aos aqui apresentados. De qualquer forma, vale a consolidação dos trabalhos dos alunos e fica o convite para a utilização do presente material como subsídio para as disciplinas que o acharem pertinente. Há, nesse documento, um registro do que pode ser as concepções atuais dos alunos, com relação ao tema “ENERGIA E MUDANÇAS CLIMÁTICAS”. Boa leitura, Paulo R. M. Correia Editor-chefe 2
  • 8. IMPACTO AMBIENTAL Agradecimentos Aos alunos “autores” M uito obrigado! Na condição de editor-chefe da revista “IMPACTO AMBIENTAL”, agradeço aos alunos “autores”, ingressantes na EACH em 2006, que se distribuíram pelas turmas 32, 33, 42, 43, 52 e 53. Sem o interesse de vocês, a atividade desenvolvida durante a disciplina CN morreria dentro da nossa sala de aula. O esforço adicional e voluntário, de submeter uma versão eletrônica dos textos produzidos, permitiu a elaboração desse volume especial da revista “IMPACTO AMBIENTAL”. Além de cumprir minha promessa de consolidar a produção intelectual de vocês, a presente publicação divulga a experiência vivida durante o 1º semestre de 2006, permitindo que outras pessoas conheçam o que foi feito e o que foi produzido. Registro um agradecimento a todos os demais alunos de CN que atuaram como “pareceristas” dos textos produzidos, mas que não puderam colaborar com esse volume especial. Faço votos de sucesso a todos durante a caminhada acadêmica que só começou. Que todos vocês mantenham o entusiasmo e o interesse pelas atividades acadêmicas, acreditando na formação que será obtida após 4 anos na EACH. 3
  • 9. Seção IMPACTO AMBIENTAL T52 Futuro?!?! A Terra incerta Camila Montevechi Soaresa e Rosane Cristina Santiagob a Aluna do curso de Gestão de Políticas Públicas. E- ca.montevechi@usp.br b Aluna do curso de Gestão de Políticas Públicas. E- rogpp@usp.br A proveitando a oportunidade deste artigo relembraremos a questão tão debatida e questionada sobre o velho e bom meio ambiente ao qual estamos inseridos e como seus fatores estão intimamente ligados entre si e com a sociedade como um todo, como por exemplo, pela exposição de idéias sobre a produção de fontes de energia e as alterações climáticas. Bem como esperamos proporcionar uma reflexão sobre a fúria da natureza para com seus agressores, ou seja, nós mesmos, seres humanos, que diversas vezes nos esquecemos de quão essencial ela é para nossa vida. A energia tem sido através da história a base do desenvolvimento das civilizações. Nos dias atuais, são cada vez maiores as necessidades energéticas para a produção de alimentos, bens de consumo, bens de serviço e de produção, lazer, enfim, alavancar o desenvolvimento econômico, social e cultural, uma vez que é a fonte propulsora de todas as atividades em uma sociedade, desde meios de locomoção, eletricidade, até industriais. É assim, evidente a importância da energia, principalmente se levado em conta o fato de que certas fontes de energia, como o petróleo, progrediram em sua importância, pois passaram de um recurso simplesmente prático para um fator dominante dentro de uma sociedade, com alto valor financeiro e especulativo e alvo inclusive de conflitos, como foi indiretamente a Guerra do Iraque. A importância se dá não só no contexto das grandes nações industrializadas, mas também naquelas em via de desenvolvimento, como é o caso do Brasil, Índia e China, cujas necessidades energéticas são distintas, porém nítidas. Tendo em vista que fontes de energia em geral não são fáceis de serem obtidas, principalmente as não-renováveis, nem tampouco baratas. E mesmo o Brasil, que tem um grande potencial hidrelétrico, por exemplo, ou que tem um potencial para exportar tecnologias de produção de matrizes energéticas alternativas (pesquisadores da Unicamp, por exemplo, desenvolvem óleo diesel à partir de banha animal), e que é teoricamente auto-suficiente na produção de petróleo, é ainda dependente de outras nações produtoras e exportadoras destas fontes. Além das crises de petróleo, da dificuldade de construção de centrais hidroelétricas, termelétricas, etc, da utilização excessiva de formas de energia suja - carvão mineral, 4
  • 10. IMPACTO AMBIENTAL xisto, usinas nucleares e outras formas, que também são assim classificadas -, que geram uma grande degradação ambiental, o qual é incontestável do ponto de vista social, econômico e humano, temos que considerar uma questão essencial: os problemas climáticos. Diante destes, o mundo tenta se organizar para enfrentar este caos criado por nós mesmos, em especial pela Revolução Industrial, processo que atinge seu auge nas últimas décadas, pois tem suas características permeando a formação das identidades, bem como as necessidades humanas. O Protocolo de Kyoto, que entrou em vigor em fevereiro de 2005, representa umas dessas tentativas, pois visa, entre outros fatores, a redução de emissão de gases poluentes: dióxido de carbono (CO2), responsável pelo aquecimento global; metano, enxofre, responsável pelas chuvas ácidas; gases emitidos em especial por processos de combustão, sendo os combustíveis fósseis os mais agravantes, como nos automóveis, indústrias, etc. Embora no Brasil ocorra um caso à parte, pois 70% dos processos de combustão são decorrentes do desmatamento. Entretanto, esse comprometimento não é consenso. Países como Rússia e EUA, não aderiram a este tratado, embasados na incerteza científica de que os fenômenos climáticos ocorridos nos últimos tempos, possam ser causa direta do aquecimento global. Bem como não possuem interesse na redução do seu nível de crescimento econômico. Estudos realizados evidenciam que apesar de ser um processo cíclico o aquecimento e resfriamento do planeta, há um aumento jamais visto nessa máxima atingida, tendo como conseqüência, por exemplo, o derretimento das geleiras. Esse processo implica em uma elevação do nível do mar, atingindo assim, a costa litorânea de inúmeros países, onde se concentra grande parcela da população, bem como promove a extinção de inúmeras espécies. Ou seja, a energia é de fato indispensável, porém as atuais matrizes energéticas dominantes, se não alteradas, promoverão nos próximos 75 anos (segundo dados estatísticos) a extinção de aproximadamente 15% das espécies existentes na Terra. Não obstante às tantas pesquisas para o melhoramento do mundo como um todo, aos investimentos por parte de países em novas tecnologias, aos embates pela não redução dos lucros, à parte burocrática de medidas em relação ao assunto, etc; estão a tomada de consciência por parte das pessoas para os problemas que podem afetar a vida de todos, pois a vulnerabilidade da natureza para a intervenção humana é certa, porém a força com que pode nos punir é maior do que tudo. Há que se refletir sobre se temos o direito de deixar o planeta sem condições favoráveis à vida para as próximas gerações. 5
  • 11. IMPACTO AMBIENTAL Como está quente hoje!* Manuella Maia Ribeiroa e Ricardo Matheusb a Aluna do curso de Gestão de Políticas Públicas. E- mmr@usp.br b Aluno do curso de Gestão de Políticas Públicas. E- lopesmatheus@gmail.com C om a primeira Revolução industrial, o aumento do consumo de energia foi aproximadamente 100 vezes em relação ao consumo do passado. Enquanto isso, a temperatura média da terra já subiu de 0,4º para 0,8º desde 1860, segundo relatório do Painel Inter governamental sobre mudanças climáticas (IPCC). Estes fatos estão relacionados de alguma maneira? Será que a necessidade de se obter cada vez mais energia modificará o principal tema de conversa no elevador, ou seja, o clima? No artigo “O caminho até Johanesburgo”, José Goldemberg afirma que a energia consumida também passou por mudanças como a sociedade. Ele considera uma “evolução energética”, na qual o homem primitivo que dispunha apenas de energia dos alimentos foi aumentando a quantidade de energia consumida e foi acrescentando novos modos de obtê-la. Quando há o aumento no consumo também aumentam a necessidade de recursos naturais, a escassez de recursos naturais não-renováveis e a poluição. O principal processo utilizado para a produção de energia decorre da queima de combustíveis fósseis (42%), como o petróleo, seguido por carvão (18%), gás (21%), nuclear (9%), hidrelétrica (6%) e biomassa (4%), entre os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Mas quando a energia consumida muda o rumo da conversa no elevador? Isso ocorre quando as principais mudanças climáticas das últimas décadas passam a ser atribuídas a um processo denominado Efeito Estufa. O Efeito Estufa é um processo natural que ocorre no planeta, acumulando “gases quentes” na atmosfera como o gás carbônico (CO2) e o metano (CH4). Esses gases na atmosfera teriam gerado condições para que existisse vida na Terra, pois impediam a dispersão total da radiação solar. Porém com a desenfreada demanda por energia, o desmatamento da flora, queimadas, a industrialização, o Efeito Estufa se agrava, pois a radiação solar quase não se dispersa para atmosfera mostrando o vilão dessa história: o aquecimento global. O aquecimento global poderá alterar o clima severamente, mudando a quantidade e a composição da chuva, derretimentos das calotas polares, aumento do nível dos mares, extinção de espécies animais e vegetais, aumento do número e da intensidade de eventos climáticos extremos como terremotos, maremotos e furacões. Cientistas já acreditam que em poucos anos cidades situadas ao nível do mar serão inundadas, como já ocorreu na ilha de Tuvalu; doenças tropicais, como a malária, ocorreriam em países europeus e os eventos climáticos extremos, como furacões, ocorreriam em zonas onde não havia 6
  • 12. IMPACTO AMBIENTAL incidência e haveria o aumento da intensidade, como no furacão Katrina ocorrido no sul dos Estados Unidos. Embora as previsões sejam catastróficas, as nações não pretendem esperar que elas se concretizem. A Convenção do Clima na Rio-92 já dava importância as mudanças climáticas. O Protocolo de Kioto, tratado assinado em 1997 por 141 países com o objetivo de diminuir as emissões de gás carbônico, ratificou a preocupação e materializou seus métodos e ações. Infelizmente, o maior emissor de gás carbônico, os Estados Unidos, não assinou alegando que sua economia seria prejudicada. O Protocolo quer reduzir 5,2% das emissões globais, para isso muitos países vêm desenvolvendo tecnologias que buscam utilizar fontes menos poluidoras, entre eles, o Brasil. O Projeto Pró-Álcool desenvolvido pelo país permitiu certa independência do petróleo e favoreceu o meio ambiente, pois polui menos. Também está entre os países que mais utilizam energias “alternativas” como eólica, solar e a biomassa, a última corresponde a 27% do consumo de energia. O Brasil está enquadrado no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). O país levou ao MDL, a idéia de criar um fundo de desenvolvimento limpo que seria uma taxa aos países industrializados que excedessem as quantidades de emissões de “gases estufa” a eles atribuídas e esse dinheiro financiaria programas e projetos ambientais nos países em desenvolvimento. Exemplos como o do Brasil servem para mostrar que a humanidade está preocupada com o meio ambiente que deixará para as próximas gerações. Se o homem necessita de energia para sua sobrevivência no mundo contemporâneo nada mais justo que se encontre maneiras que poluam menos e sejam mais eficazes. Assim, talvez o “puxar assunto” no elevador sobre o clima não se torne mera convenção, mas uma realidade. *Esse texto foi classificado entre os 20 melhores produzidos pelos alunos das turmas 32, 33, 42, 43, 52 e 53. O desenvolvimento como uma ameaça Marina da Graça Arrudaa e Stéfani Paranhos de Oliveirab a Aluna do curso de Marketing. E- ninaarruda@usp.br b Aluna do curso de Marketing. E- stefaniparanhos@hotmail.com I magine a Europa aflita com doenças tropicais, europeus ardendo em febre devido à malária. Este quadro era comum na Inglaterra no período do Império Romano, mas pode vir a ser mais uma vez na Europa do futuro, como já comentou Thomas Lewinson. Quem culpar? A própria humanidade, por que não? Com o desenvolvimento científico e tecnológico houve um crescimento demográfico, logicamente pela melhora nas condições de vida e, para atender a 7
  • 13. IMPACTO AMBIENTAL população crescente, fez-se necessário investir no desenvolvimento de formas de energia, aumentando o uso de usinas térmicas e de motores a explosão. Como conseqüência, gerou-se um excessivo aumento na emissão de gases provenientes do uso de energia fóssil (petróleo, carvão, gás natural) que, por meio, por exemplo, da atividade industrial e do uso de automóveis, estão contribuindo nas mudanças climáticas globais. O caso da condição da energia fóssil na atualidade é expressa na própria economia do país e do restante do mundo onde setores importantes estão baseados em atividades de extração, produção e uso da energia fóssil, como foi explorado por Gillberto de Martino Januzzi. Segundo este mesmo autor, o uso de energia é responsável por mais de dois terços das emissões de gases-estufa. Com o uso de combustíveis fósseis, são produzidas enormes quantidades de dióxido de carbono (CO2), sendo a queima uma das maiores fontes de emissão de gases-estufa, os responsáveis pelo tão famoso efeito estufa, que acaba por alterar os tipos de climas e a temperatura atmosférica e oceânica. Diante do problema, a comunidade científica resolveu publicar relatórios a respeito do assunto. As melhores informações disponíveis sobre mudança climática global, de acordo com a opinião de José Goldemberg, é a avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, o IPCC, que por sua vez publicou relatórios desde 1990 e, em 2001, publicou um contendo conclusões tratando sobre o aumento da temperatura média na superfície da terra, no nível dos oceanos, nas precipitações de chuva, no derretimento das coberturas de neve e gelo dos continentes e no número de eventos climáticos extremos (catástrofes naturais como furacões). Lembra-se da visão premonitória da Europa? Como afirmou Lewinson, as mudanças climáticas, além de tudo que já foi dito, devido ao aumento na temperatura podem aumentar também a distribuição geográfica de insetos, levando doenças tropicais para países das regiões temperadas, inclusive enfermidades bem familiares entre nós como a dengue e a febre amarela. As mudanças climáticas, como se pode notar, interferem em inúmeros pontos, desde derretimento das geleiras, passando por mudanças ecológicas até na saúde da humanidade. Voltando aos relatórios do IPCC, eles influenciaram nas atitudes governamentais com relação a adoção do Protocolo de Kyoto, em 1997. O Protocolo, por sinal, é uma questão à parte. Ele determinou que as emissões de gases deveriam ser reduzidas até 2012 em 5,2%, tendo como referência o ano de 1990. A questão à parte é a não assinatura dos EUA no Protocolo, principal “colaborador” com o aquecimento global, lançando 25% dos poluentes do mundo. Mais uma vez a questão político-econômica do mundo. Perante este quadro, uma das saídas mais fáceis será a adoção de algumas medidas, como política de redução das emissões de gases, com o uso mais eficiente de energia e de forma mais inteligente, além da adoção de energias renováveis. 8
  • 14. IMPACTO AMBIENTAL A princípio, os gastos com a implantação de energias renováveis e as perdas econômicas são elevados, mas nada se compara em ter que reconstruir o que será atingido pelos efeitos da mudança climática. Como diz o ditado: “Melhor prevenir do que remediar”. Economia ecológica Érika Ferraza e Rogério de Oliveirab a Aluna do curso de Sistemas de Informação. E- erika.ferraz@usp.br b Aluno do curso de Sistemas de Informação. E- rogerio.oliveira@trt02.gov.br H á algum tempo os problemas ecológicos já fazem parte das preocupações diárias de muitas pessoas no globo. Indefinição das estações do ano, problemas respiratórios, poluição da água e do ar, mudanças climáticas repentinas são exemplos práticos de como esta discussão não deve sair de pauta. Há, em razão disto, a busca por alternativas inteligentes e ecologicamente corretas para preservação do meio sem, no entanto, causar prejuízos econômicos para as nações. É evidente que, em muitos casos, a preocupação econômica está em primeiro plano. As florestas equatoriais, como a Amazônia, por exemplo, devolvem para a atmosfera cerca de dois terços das águas que recebem das chuvas. Com o desmatamento, esse número cai para apenas um quarto, o que reduz a umidade do ar e pode causar secas que prejudicarão a agricultura. O desmatamento das florestas causa um prejuízo quase incalculável. Mas nem sempre as pessoas que destroem a Amazônia pensam nisso. A preocupação neste caso é com os cálculos de quanto ganharão com a terra, e não com o efeito sobre o regime das chuvas na região. Como no caso deste exemplo, o mau uso dos recursos naturais se volta contra o próprio ser humano. Com o aumento da industrialização, os níveis de poluição têm aumentado consideravelmente, alterando de maneira sensível o clima no planeta e desencadeando fenômenos cada vez mais devastadores. Um dos alertas climáticos dado pelo planeta foi na ocorrência do furacão Katrina (EUA) que destruiu parte de Nova Orleans e proximidades. Cerca de 500 mil pessoas abandonaram a região. Nem todos voltarão. O fato de os EUA não terem se comprometido a reduzir a emissão dos poluentes, quando da assinatura do Protocolo de Kioto, alegando que este fato diminuiria o potencial de sua produção industrial, é em si preocupante. Não há no mundo um país que produza mais poluição. Cerca de 25% da emissão de dióxido de carbono (CO2) vem dos EUA. Estudos ligados às mudanças climáticas apontam que o aumento do número de eventos como o Katrina deve-se ao aquecimento global, ligado, principalmente, a uma maior produção de CO2. A elevação da temperatura do planeta interfere diretamente no aumento dos níveis dos oceanos, 9
  • 15. IMPACTO AMBIENTAL comprometendo a vida nas cidades. As geleiras dos pólos vêm derretendo, o que ameaça a existência de pequenas ilhas. Isto mostra a necessidade de se mudar urgentemente a matriz energética do planeta. Países emergentes, como o Brasil, a China ou a Índia, tendem a se contrapor às mudanças destas matrizes. Estes são países que buscam fortalecer e estruturar sua indústria, baseados no consumo de combustíveis fósseis descartáveis, como o petróleo o gás natural. O investimento por parte dos governos em energias alternativas mais “limpas”, como o biocombustível e as energias eólica e solar, pode ser uma boa saída para amenizar os efeitos de anos alimentando a poluição do planeta. Muito embora o retorno financeiro não seja imediato, o custo de produção destas energias tende a cair ainda mais e, num futuro próximo, até os carros poderão ser movidos pela energia solar, por exemplo. Hoje já existem as tecnologias necessárias para isto. O desafio é implementá-las antes de o sistema entrar em colapso. Iniciativas como a Bolsa do Clima, nos EUA, são bem interessantes para a preservação ambiental e para demonstrar que esta alternativa pode ser uma excelente saída econômica. Cada empresa participante da bolsa tem que cumprir a meta de diminuir em 1% ao ano a emissão de CO2. Quem a cumpre coloca ações da sua empresa para serem vendidas; quem não cumpre, tem que comprar ações. Há a possibilidade ainda de se conseguir bônus para alcançar a meta investindo em reflorestamento. Em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, existe uma iniciativa holandesa de compra de créditos da emissão do gás metano em um aterro sanitário. O gás, ao invés de disperso no ar, é coletado e utilizado para outras finalidades. A Suécia tem um programa mais ambicioso. O país está trabalhando para substituir boa parte do imposto de renda por impostos sobre o consumo de energia. Fazendo isso, espera ser, em até 25 anos, a primeira economia industrial livre do petróleo. Empresas que investem nesta área têm a imagem associada à preservação ambiental e ao ‘ecologicamente correto’. Além disso, elas têm um maior potencial econômico, dada a urgência em se buscar alternativas na diminuição de poluentes e na preservação do planeta em que vivemos. A Terra e seus limites Douglas Paraíso Garciaa e Patrícia Paulo Rodsenkob a Aluno do curso de Sistemas de Informação. E- douglas_froid@hotmail.com b Aluna do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza. E- rodsenko@yahoo.com.br 10
  • 16. IMPACTO AMBIENTAL A s questões sobre problemas ambientais têm – se destacado progressivamente. Cria – se um senso comum a esse respeito, as pessoas querem demonstrar que estão cientes dos acontecimentos, dizem preocupar – se com o meio ambiente e tentam mostrar que colaboram, não jogando lixo na rua, utilizando clichês como: “Precisamos da Natureza”, “Vamos preservar o verde”, “Não polua o planeta”, entre outros, sendo que o problema ambiental vai muito, além disso. Não há a preocupação pela emissão de poluentes na atmosfera realizados por automóveis ou pela indústria, pois isso afetaria o bem estar social e econômico de todo um país. A parceria entre ciência e tecnologia proporcionou ao homem maneiras de desvendar minérios jamais imaginados, porém o ser humano vem sempre ultrapassando os limites sem saber onde parar, esquecendo – se de que os recursos de nosso planeta são finitos. Desde 1700, a proporção de CO2 e CH4 na atmosfera cresceu cerca de 30%, segundo os cientistas do Painel Inter Governamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC – Intergovernamental Pannel on Climate Change), e também afirmam que parte disso tem a influência do homem sobre o ambiente. De certo modo esse aumento de temperatura, faz parte do ciclo natural de aquecimento do planeta, que em seguida se esfria novamente. O grande problema é que as atividades humanas como o desmatamento e a poluição causada pelas indústrias e pelos automóveis, aceleram cada vez mais esse processo, o chamado EFEITO ESTUFA. A preocupação com o meio ambiente, sendo uma delas o aquecimento global, vem sendo reforçada a muito tempo e medidas como a ECO – RIO 92 e o protocolo de KYOTO assinado (ambos visam a diminuição de poluentes na atmosfera) vem sendo tomadas para amenizar tal condição, pois se a quantidade de CO2 e CH4 dobrar, haverá um aumento médio de 1.5ºC a 4.5ºC do aquecimento na Terra, causando assim o degelo das calotas polares levando a drásticas conseqüências, como a extinção da fauna e flora de muitas regiões do planeta. O protocolo de KYOTO, assinado em 1997, contava com a participação de 84 paises industrializados e maiores responsáveis pela emissão de poluentes, atualmente conta com 31 ratificações, porém, dentre esses paises, os maiores emissores de gases que são: EUA, Rússia e Austrália não assinaram o protocolo, segundo o governo dos EUA, eles não iriam colocar em risco a economia do país por um problema ambiental mundial. Mesmo sem a participação dos três países citados anteriormente, o protocolo de KYOTO entrou em vigor prevendo a redução de 5.2% das emissões globais de gases que provocam o efeito estufa até 2012, tomando por base o ano de 1990. 11
  • 17. IMPACTO AMBIENTAL Kyoto ataca Aline Soaresa e Kátia Ramos de Oliveirab a Aluna do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza. E- li.soares@usp.br b Aluna do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza. E- katitaramos@yahoo.com.br C om a explosão demográfica dos últimos dois séculos e com o aumento do consumo de energia per capita, o consumo total de energia no mundo aumentou cerca de 100 vezes em relação ao passado distante (Ibsen de Gusmão Câmara). Com fator da revolução industrial, século XVIII, o consumo de energia aumentou drasticamente em relação aos seus antepassados. E isso ocorreu devido as habilidades e as descobertas que o ser humano vem fazendo ao longo da história. Com a queima do carvão e do petróleo, foi possível para o homem tornar seu modo de vida mais agradável na medida em que podia satisfazer suas necessidades num período menor que antigamente. A partir de conhecimentos científicos e os avanços tecnológicos, teve-se então, no mundo, um desenvolvimento significante. Em contra partida, com todos esses fatores de evolução que ao longo do tempo vinham “facilitando” a vida do homem, o meio ambiente foi sofrendo várias conseqüências e sendo degradado. A alta concentração de dióxido de carbono na atmosfera terrestre acarretou vários danos decorrentes do aumento da queima de combustíveis fósseis como carvão e petróleo, e de gás natural, para atender ao crescimento de produção de energia, indispensável para suprir as necessidades de uma população em rápida expansão. E todo esse desequilíbrio aconteceu em virtude do desenvolvimento científico e tecnológico que viabilizou o aumento do uso de usinas térmicas e de motores a explosão. Tanto a concentração de dióxido de carbono como gás metano, entre outros gases poluentes da atmosfera, levou a terra a sofrer mudanças climáticas catastróficas, tais como: a elevação da temperatura média, que subiu de 0,4 a 0,8 ºC desde 1860; o nível dos oceanos que continua a subir devido a cobertura de gelo estar se desfazendo; além da precipitação de chuvas em dadas regiões que vem aumentando a cada ano. Sendo assim, medidas como a criação do Protocolo de Kyoto, este que tem por objetivo reduzir a emissão de gases poluentes que agravam o efeito estufa, foi colocado em questão para ser adotado por países principalmente os industrializados, para reduzir a emissão de gases poluentes na atmosfera. O Protocolo de Kyoto reconheceu claramente o princípio da “responsabilidade compartilhada e diferenciada” pelo aquecimento global e impõe maiores sacrifícios aos países industrializados, inclusive obrigando-os a transferir tecnologias “limpas” aos países em desenvolvimento para evitar que estes se transformem, no futuro, em grandes emissores. 12
  • 18. IMPACTO AMBIENTAL Sendo assim o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), criado pelo Protocolo de Kyoto (artigo 12) é um novo mecanismo para redução de emissões, resultante de projetos de desenvolvimento sustentável em países em desenvolvimento. Os países industrializados viram o MDL como um mecanismo adicional para redução das emissões através de uma implementação conjunta, já os em desenvolvimento viram o MDL como um novo canal para assistência financeira, investimentos para promover desenvolvimento sustentável, transferência de tecnologia e promoção de equidade. No entanto, esse protocolo vem sendo desrespeitado por alguns países, evidenciando o EUA que além de não adotá-lo é responsável por um quarto das emissões globais. Enquanto países desenvolvidos brigam pelos seus ideais, nosso planeta vai sofrendo duras conseqüências com a agravação do efeito estufa e o Protocolo de Kyoto cada vez mais os ataca. Gás carbônico: um desafio a ser enfrentado Leandro A. Oliveiraa e Winicius dos Santosb a Aluno do curso de Marketing. E- lelemanbr@yahoo.com.br b Aluno do curso de Sistemas de Informação. E- winigu@ig.com.br U ltimamente vem sendo realizadas diversas pesquisas com plantas tropicais, a fim de se detectar os seus níveis de absorção de dióxido de carbono(CO2) da atmosfera. Um exemplo desses experimentos, é o realizado pelo Instituto de Botânica de São Paulo, o qual tem estudado mudas de uma espécie de Jatobá, a Hyemenaea Courbaril, cujo crescimento, impulsionado por uma maior absorção de CO2, parece se acelerar em ambientes ricos em gás carbônico (Revista FAPESP, ed. 80, out/2002). Esse tipo de pesquisa tem ganhado grande relevância devido à constatação de um acúmulo cada vez maior deste gás na atmosfera, apontado como um dos principais causadores do chamado Efeito Estufa. O CO2 sempre esteve presente em nosso planeta, devido à sua emissão proveniente do metabolismo dos seres vivos, queimadas, atividades vulcânicas, etc. No entanto a sua concentração na atmosfera vem aumentando gradativamente desde o início da Revolução Industrial (meados do século XIX), por conta da utilização crescente de combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás), e aumenta na razão de 0,4 % ao ano, ou o equivalente à 6 bilhões de toneladas de carbono. A metade dessa cifra gigantesca, presumem os cientista, é absorvida por vegetais e oceanos, enquanto a outra metade permanece na atmosfera. Acredita-se que o acúmulo de gás carbônico e outros gases estufa (metano , CFC, vapor d'agua, ozônio troposférico e óxido nitroso, etc ) aprisionem mais energia na superfície e na atmosfera baixa, o que por sua vez, provocará elevações na temperatura do planeta e mudanças climáticas, ocasionando sérias conseqüências para a vida na Terra. 13
  • 19. IMPACTO AMBIENTAL Devido à grande importância dos vegetais na absorção de dióxido de carbono excedente, vêm sendo pensadas medidas de preservação de florestas tropicais. Uma das formas é o patrocínio dado pelos países desenvolvidos aos em desenvolvimento, com o intuito de compensar as suas próprias emissões, procedimentos estes que constituem o chamado Mercado de Crédito de Carbono, que foi fortemente proposto durante o Protocolo Internacional de 1997, em Kioto no Japão. O protocolo de Kioto compromete uma série de nações industrializadas a reduzir suas emissões de CO2 em 5,2%, tendo como parâmetro os níveis de 1990, para o período de 2008-2012. Além do mercado de carbono outro meio previsto pelo protocolo para que as metas de redução sejam atingidas é a substituição do uso de combustíveis fósseis por Energia Limpa, que incluem a biomassa, energia solar, eólica, geotérmica e hidrelétrica, que permitem emissões nulas (ou quase nulas) de gases de efeito estufa, além de reduzir emissões de outros poluentes. Esse tipo de energia vem sendo utilizada em muitos países, no caso do Brasil podemos citar o exemplo da cana-de-açúcar (biomassa) que tem seu consumo em crescimento, devido a demanda do setor automobilístico desde a criação em 1975 do Pró-álcool (programa do governo de Geisel que visava conter os gastos com a importação de petróleo aumentando a produção nacional do álcool), e mais recentemente com o desenvolvimento de carros bi- combustíveis (álcool-gasolina). É importante que se tome consciência dos riscos que o efeito estufa pode provocar, bem como que se contenha as emissões de CO2, realizando mudanças que alterem as matrizes energéticas dos países, sendo não menos importantes as medidas de âmbito individual, como a opção por transportes coletivos ao invés do particular. É fundamental que exista a preocupação em se priorizar o uso de formas de Energia Limpa, além da preservação das grandes florestas, que funcionam como importantes sorvedouros de gás carbônico da atmosfera. Aquecimento global: faça a diferença* Moana Simasa e Tatiana Cunhab a Aluna do curso de Gestão Ambiental. E- paje_moana@yahoo.com.br b Aluna do curso de Gestão Ambiental. E- tatianafc@usp.br O artigo Ciclo da Vida, de Carlos Voght inicia com uma indagação pertinente: “É possível manter os atuais padrões de produção e de consumo e ainda assim acreditar ser possível o desenvolvimento sustentável da economia, da sociedade e das relações do homem com a natureza?”. Ao que tudo indica a resposta é não. Atualmente a população mundial é de aproximadamente 6,5 bilhões de habitantes e a 14
  • 20. IMPACTO AMBIENTAL estimativa das Nações Unidas é que em 2050 atinja 7,6 bilhões. Esse crescimento populacional aliado ao consumismo indiscriminado aumenta a demanda de alimentos, produtos industrializados e conseqüentemente o consumo de energia, causando um maior impacto ambiental. O impacto ambiental humano não é recente. Estudos mostram que há mais de um milhão de anos, grandes animais existentes na África foram extintos após o surgimento do homem moderno. Atualmente os impactos estão associados principalmente com a produção de energia, que na maioria das vezes colabora com o aquecimento global. Até o final da idade média, a produção de energia era feita pela queima de madeira; com a revolução industrial, passou a ser feito pela queima de carvão mineral e, a partir do século XX, pela queima de combustíveis fósseis. Essas formas liberaram e continuam liberando diversos gases, como metano e gás carbônico, que acabam intensificando o efeito estufa. O efeito estufa ocorre naturalmente no planeta Terra e tem a importante função de manter a temperatura do planeta mais ou menos constante entre o dia e a noite. Ele é mantido pela presença de gases estufa, como o gás carbônico e o metano. Entretanto o excesso desses gases poderá causar um aumento de 2º a 6º C nos próximos 100 anos. A esse fenômeno dá-se o nome de “aquecimento global”. Caso essa situação persista já estão previstos, por diversos pesquisadores, o desaparecimento de vários ecossistemas e espécies animais e vegetais; o derretimento de geleiras e o conseqüente aumento do nível do mar, o que prejudicará cidades litorâneas; o aumento de ocorrências de tufões e enchentes; epidemias de doenças tropicais como a malária, em países de clima temperado; e influências negativas na produção agrícola, reduzindo a quantidade de alimentos. Dessa forma o aquecimento global não é uma preocupação apenas da área ambiental, mas sim de todo ser humano, já que sua existência compromete a vida na terra. Como o maior vilão do aquecimento global é o excesso de CO2 na atmosfera, ONG’s e países vêm se juntando para criar medidas que reduzam a liberação desse gás. Entre elas, e talvez a mais significativa delas, está o protocolo de Kyoto, assinado em 1997 por 141 países, que prevê a diminuição da emissão de carbono pelos países industrializados em até de 5% em relação a 1990, até 2012. Como a produção de energia mundial está ancorada na queima de combustíveis fósseis, a redução da emissão de CO2 deve se dar pela criação de outros modos de geração de energia menos poluentes, ou pela redução do consumo energético. As energias alternativas mais utilizadas são a energia solar, que capta os raios solares em placas de silício; a energia eólica, que gera energia por meio da rotação de hélices movidas pelo vento; a energia hidroelétrica, que converte a energia potencial de quedas d’águas em energia elétrica; a energia das marés, que aproveita a oscilação do nível das mares; a energia da biomassa, sendo o principal exemplo o álcool (etanol), proveniente da cana-de-açúcar, como combatível de automóveis; a energia nuclear, que produz energia pela 15
  • 21. IMPACTO AMBIENTAL fissão nuclear; e a energia geotérmica, que aproveita o calor gerado por atividades vulcânicas. A população em geral pode colaborar por meio da redução do consumo de energia e utilização de outros meios de transporte que não utilizem combustíveis fósseis, além de utilizar mais transportes coletivos ao invés do uso indiscriminado de automóveis particulares. Além disso, seria importante uma conscientização mundial em relação ao consumo de produtos industrializados de forma indiscriminada, já que sua produção libera na atmosfera a grande parte de gás carbônico. Assim, para existir um desenvolvimento sustentável, é preciso que ocorram mudanças, primeiramente, nos padrões de produção de energia e consumo geral da população. Alterações climáticas já começaram a ocorrer. Reveja suas atitudes e pense como você pode colaborar para a redução da emissão de CO2 na atmosfera. Faça a diferença! *Esse texto foi classificado entre os 20 melhores produzidos pelos alunos das turmas 32, 33, 42, 43, 52 e 53. Perspectivas para um futuro melhor Daniel Bastosa e Helino Hiramab a Aluno do curso de Sistemas de Informação. E- daniel.bastos@usp.br b Aluno do curso de Gestão Ambiental. E- hhirama@usp.br C om a Revolução Industrial, em meados do século XVIII, houve o início da utilização do carvão como fonte de energia, principalmente para movimentar as máquinas e locomotivas a vapor. O carvão é um combustível fóssil, isto é, uma substância mineral composta de hidrocarbonetos empregada para gerar energia. Dois problemas surgem com a utilização dessas substâncias: a primeira é que são recursos finitos e a segunda é que sua queima libera gases que provocam o efeito estufa. A partir do século XX, o principal combustível tornou-se o petróleo. Este possui maior poder calórico e, conseqüentemente, produz maior energia, porém também é um combustível fóssil. O efeito estufa acontece quando a acumulação de gás carbônico na atmosfera faz com que haja a retenção do calor emitido pelo sol, assim como ocorre, por exemplo, no interior de um automóvel estacionado num local ensolarado e com os vidros fechados. O vidro deixa passar a luz solar, mas impede a saída do calor. E por falar nisso, a cada ano o total de veículos no mundo aumenta em 16 milhões, resultando na liberação de mais de 900 milhões de toneladas de CO2 (gás carbônico) no ar. Um estudo do Painel Intergovernamental Sobre Mudanças Climáticas (IPCC) mostrou, em 2001, que nos últimos 100 anos a temperatura média da Terra subiu em 0,5ºC. Esse aquecimento tem causado o derretimento das calotas polares e de 16
  • 22. IMPACTO AMBIENTAL geleiras, fator que eleva o nível das águas dos oceanos e dos lagos, submergindo ilhas e áreas litorâneas. O superaquecimento das regiões tropicais contribui para intensificar o processo de desertificação e de proliferação de insetos nocivos à saúde. A chuva ácida também é causada em decorrência da utilização desse tipo de energia. Ela é originada pelo enxofre que é liberado durante a queima dos combustíveis fósseis. Indústrias e usinas termoelétricas movidas a carvão são os principais responsáveis pela chuva ácida. Peixes têm sua capacidade respiratória reduzida quando estão em um lago poluído por ácidos liberados durante esse fenômeno. As árvores também são prejudicadas quando perdem nutrientes e têm o ritmo do crescimento das raízes diminuído. E no solo, íons tóxicos acumulam-se, tornando uma séria ameaça ao seres humanos. O cobre é causador de epidemias de diarréia em crianças e acredita-se que existe alguma relação entre a utilização de água contaminada com alumínio e a ocorrência do mal de Alzheimer. O Protocolo de Kyoto surge como uma preocupação da comunidade científica com essas mudanças climáticas. Foi discutido em 1997, e por ele se propõe um calendário pelo qual os países desenvolvidos têm a obrigação de reduzir a quantidade de emissão de gases poluentes em 5,2% até 2012, tendo como base os níveis de 1990. Mas o principal responsável pela produção e liberação desses poluentes (representando um quarto das emissões de gás carbônico no planeta), os EUA, se recusam a assinar o protocolo. Já os países que se disporem a reduzir suas emissões poderão investir em programas de controle de poluentes e reflorestamento em países subdesenvolvidos, caso não consigam cumprir suas metas. Entende-se que os países pobres necessitam se desenvolver, então não seriam obrigados a controlar emissões. Outra forma de cumprir as metas é investir em fontes alternativas de energia como a solar, a eólica e a de biomassa que praticamente não causam nenhum dano ao meio ambiente. Energia solar é a designação dada a qualquer tipo de captação de energia luminosa proveniente do Sol para utilização do homem. Tanto serve para o aquecimento de líquidos, num sistema de tubos onde circula água que se torna quente quando há a incidência de calor solar, quanto para a geração da energia elétrica por meio de células fotovoltaicas, também chamadas de “células solares”. A luz solar produz até 1000 Watts de energia por metro quadrado de células solares, o que representa um enorme potencial energético. Já a energia eólica provém do vento. Ela tem sido aproveitada desde a antiguidade para movimentar barcos impulsionados por velas e engrenagens de moinhos. Na atualidade, produz-se energia elétrica a partir do movimento de aerogeradores. Esses dispositivos funcionam como pás de um moinho que giram com o movimento do ar. Entretanto esses geradores podem ser ruidosos. Um tipo de obtenção de energia que vem crescendo é a partir da queima de plantas, excrementos, madeira, matérias vegetais e animais, e até o lixo. É a chamada energia de biomassa. O Brasil é pioneiro na utilização desse tipo de energia, aproveitando a cana-de-açúcar para a produção de álcool combustível, provando, assim, que sua utilização em larga escala é possível. Devemos investir em pesquisas com intuito de aprimorar o aproveitamento de fontes de energia renováveis. Igualmente importantes são a educação ambiental e a 17
  • 23. IMPACTO AMBIENTAL consciência ecológica, termos ainda pouco conhecidos em nosso vocabulário. Preservar o planeta é crucial para a manutenção de nossa espécie. Infelizmente, o futuro ainda permanece uma incógnita. O planeta hipertérmico Lucas Athayde Couria e Victhor Souza Teixeirab a Aluno do curso de Gestão Ambiental. E- lucas@globonet.com.br b Aluno do curso de Gestão Ambiental. E- victhor30@hotmail.com O planeta durante sua vida sofreu muitos aumentos e diminuições de temperatura, afetando diretamente as espécies de seres vivos contidas nele. Tal oscilação térmica tem aumentado consideravelmente nas últimas décadas graças às intervenções humanas. O ser humano intensifica um processo que já é natural (o chamado efeito estufa) através, principalmente, da emissão exagerada de dióxido de carbono. Esse gás é emitido de várias fontes como a queima de combustíveis fósseis e as queimadas, colaborando decisivamente com o aquecimento global. O gás carbônico que está hoje na atmosfera possui longo tempo de duração, levando centenas de anos para decompor-se. Desde a pré-história, quando o homem descobriu o fogo, até os dias de hoje o ser humano vem intensificando essa emissão. A necessidade de adquirir energia é a principal causa desse fato, utilizada desde simples fogueiras até sofisticados meios de transporte. O planeta nos mostra, cada vez mais, sua fragilidade frente à ação humana e é nas últimas 5 décadas que o homem realizou os maiores esforços para atenuar esses efeitos. Em fevereiro de 1997 o Protocolo de Kyoto foi posto em questão, impondo uma taxa de 5% (relativa a 1990) de diminuição dessa emissão, podendo levar países desenvolvidos a afetarem suas economias. Os principais emissores são os EUA e a Rússia, sendo, o primeiro responsável por 25% de todos os gases causadores do efeito estufa hoje. A maior economia global também não aceita o tratado, pois, apesar de possuir 6% da população mundial, consome cerca de 65% de toda energia produzida no globo. Os países desenvolvidos, em geral, discordam de Kyoto quando esse diz que os países em desenvolvimento devem manter seu crescimento sem precisar diminuir tanto sua emissão, ou seja, os países que utilizam idéias e recursos dos emergentes para alcançar suas próprias metas, querem que os mesmos diminuam ainda mais sua emissão. Enquanto isso acontece, várias mudanças climáticas assolam nosso planeta e o efeito estufa tem aumentado sua intensidade, aumentando, assim, a temperatura média global. Um estudo feito por 19 pesquisadores de oito países mostrou o efeito da temperatura nas espécies da Terra: 18% entrariam em extinção com o aumento 18
  • 24. IMPACTO AMBIENTAL de 30% de dióxido de carbono na atmosfera, pois, causaria um aumento de 0,7 à 1,8 graus Celsius na temperatura. Para que o efeito estufa se normalize, os países precisarão diminuir em 60% as emissões, algo que está fora do âmbito atual, pois é evidente a dificuldade em alcançar, ao menos, 5%. A Terra em pânico Fabiano Duartea e Danilo Mattarb a Aluno do curso de Gestão Ambiental. E- emaildofabiano@usp.br b Aluno do curso de Gestão Ambiental. E- osmattar@hotmail.com A tualmente vem ocorrendo serias mudanças climáticas no mundo, desde a revolução industrial, o aquecimento global tem se acentuado (a temperatura media da superfície terrestre subiu 0,4 a 0,8 graus Celsius desde 1860), graças à liberação de gases responsáveis à intensificação do efeito estufa. O homem primitivo não necessitava de muita energia, consumindo só o necessário para sua sobrevivência e, com seu desenvolver, passou a necessitar de mais energia. De acordo com José Goldenberg (secretário do meio ambiente do estado de São Paulo); ‘’O consumo médio de energia no mundo hoje, é dez vezes superior ao consumo do homem primitivo’’. Com o aumento da demanda da produção e consumo, o homem teve de recorrer a novas formas de energia, pouco se preocupando com impactos ambientais futuros. A emissão de gás carbônico tem crescido descontroladamente por queima de combustíveis derivados do petróleo, queima de florestas e muitos outros poluentes, agravando o aquecimento global que traz graves conseqüências como: - aumento do nível dos oceanos devido ao derretimento das calotas polares (dados de uma pesquisa realizada em 2001 indicam que o nível das águas subiu de 10 a 20 centímetros no século 20, e o crescimento foi maior neste século do que no século 19); - aumento na precipitação das chuvas; - inundações de áreas terrestres costeiras (30 países ilhas com risco de desaparecimento); - chuva ácida; - pesquisas científicas apontam que daqui a 50 anos, 900 mil a 1,8 milhões de espécies de animais e plantas entrem em extinção, e isso equivale a 18% das espécies atuais e ,estima-se também, um aumento de 30% das concentrações de dióxido de carbono, tendo como conseqüências o aumento das temperaturas que ficam entre 0,8 a 1,7 graus Celsius; 19
  • 25. IMPACTO AMBIENTAL - inconstância de temperatura nas estações do ano (invernos quentes e verões frios); - efeito estufa, sendo prejudicial ao meio ambiente quando em excesso. Esse nível elevado da concentração de gás carbônico acaba retendo a reflexão da radiação solar que é uma radiação infravermelha, ou seja, calor, aumentando assim a temperatura global, causando diversos impactos ambientais como, por exemplo, a ocorrência de um tornado, denominado Catarina, no Sul do país, fato inédito em áreas urbanas no Brasil. Medidas de remediação do problema têm sido propostas e providenciadas, como o Protocolo de Kyoto, que visa a diminuição da emissão de gases poluentes em 5,2%, iniciado em 1990 tendo prazo até 2012, pelos paises participantes do tratado, tendo como proposta: o aumento da utilização de fontes de energias renováveis (biomassa, hidroelétrica, solar, maré, térmica e eólica), captação do gás carbônico (reflorestamento, bombeamento para o fundo do oceano, armazenamento em cavernas subterrâneas), tendo formas convenientes como as cotas de carbono, que são os limites estipulados pelo tratado, que um país ou alianças podem emitir gases poluentes, podendo ser negociadas dentre países ou elevadas através de reflorestamento pelo mundo. O homem degradou muito o meio ambiente, e agora passou a dar a devida atenção para tal meio fundamental, visando o desenvolvimento sustentável e reduzir a agressão ao “planeta vida”, deixando a dúvida eminente: Quanto tempo a Terra ainda irá sobreviver? Estufa-se um planeta* Christian Lacerda Aluno do curso de Sistemas de Informação. E- christian@usp.br T odos, mesmo que intuitivamente, pensamos nas alterações pelas quais passa o nosso planeta hoje e sabemos que cada vez mais a interferência humana tem provocado algum tipo de mudança global. Essa atitude nossa de cada dia nos trouxe tamanhas mudanças que suas conseqüências verificadas hoje refletem um passado recente de euforia industrial-tecnológica sem preocupações com possíveis impactos ambientais. As formas de obtenção de energia e sua utilização atualmente têm influenciado diretamente nas condições naturais do clima terrestre, segundo José Goldenberg, hoje, o ser humano consome dez vezes mais energia que o homem primitivo, quando partimos para a maneira de como se dá esta utilização, percebemos que um dos fatores responsáveis por algumas mudanças climáticas inesperadas é a queima de combustíveis fósseis. No simples ato de acordar de manhã num dia de frio, por exemplo, ao tomar um banho quente e deixar o carro um tempinho esquentando enquanto toma- se o café rapidamente, podem estar envolvidos diversos processos que interferem, de maneira nem sempre favorável, no ciclo ambiental. 20
  • 26. IMPACTO AMBIENTAL O gás carbônico – como é comumente chamado o dióxido de carbono (CO2) - um dos gases emitidos em maior quantidade por veículos de motores a explosão, por exemplo, tem grande influência no agravamento do efeito estufa, hoje se fala inclusive em comércio de carbonos, uma das pautas mais interessantes discutidas na conferência de Quioto, que prevê um acordo entre países a fim de atingir metas redutórias na emissão deste poluente. A atmosfera terrestre torna-se então cada vez mais suscetível à radiação solar incidente à medida que os gases do efeito estufa recobrem a atmosfera impedindo os raios nela refletidos de voltarem para o espaço, provocando o aquecimento global. Em um relatório publicado pelo IPCC – sigla em inglês para Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas – em 2001 mostrou que a temperatura média na superfície terrestre, por exemplo, subiu de 0,4 a 0,8°C desde 1860 e que a década de 1990 foi a mais quente do século XX. De fato nem mesmo a energia elétrica utilizada para aquecer a água do chuveiro está imune de interferências ambientais, uma vez que a geração desta, mesmo que por usinas, hidrelétricas, termelétricas ou nucleares provocam impactos ambientais preocupantes. Portanto diversos países hoje procuram meios alternativos de obtenção de energia que não provoquem grandes alterações no ambiente, são as chamadas energias renováveis. No Brasil, por exemplo, uma das soluções encontradas para reduzir ou pelo menos não aumentar a emissão de CO2 na atmosfera foi a utilização da cana- de-açúcar para produzir o álcool etílico, um dos combustíveis mais utilizados para movimentar os veículos no país. A busca por estas e outras medidas que possam diminuir a interferência que os avanços da humanidade tem provocado no ambiente e estar ciente de que cada um pode influenciar diretamente no clima global tornam-se, hoje, fundamentalmente necessárias. *Esse texto foi classificado entre os 20 melhores produzidos pelos alunos das turmas 32, 33, 42, 43, 52 e 53. Até onde irá a ganância humana?* Maiara Larissa dos Santosa e Sara Laís de Souzab a Aluna do curso de Gestão Ambiental. E- maiara@usp.br b Aluna do curso de Gestão Ambiental. E- sls@usp.br C omo se não bastasse a fome, a pobreza, a violência, a desigualdade social e outros fatores que afligem a humanidade há muitos anos, no século XX veio a tona um grave problema ambiental que, se não for encarado com a devida seriedade, trará inúmeros malefícios para a 21
  • 27. IMPACTO AMBIENTAL vida na Terra. Desde a Revolução Industrial, com o aumento da queima de combustíveis fósseis utilizados para atender a demanda de produção de energia, o gás carbônico (CO2) vem se acumulando na atmosfera, acentuando drasticamente o efeito estufa. Para se ter idéia da dimensão desse acúmulo, o gás lançado há 150 anos atrás permanece na atmosfera até hoje. O efeito estufa é um fenômeno natural causado por gases que impedem a re- emissão da radiação térmica para fora da Terra, aquecendo o planeta da mesma forma que uma estufa aquece vegetais no inverno para não prejudicar seu crescimento. Sem esses gases, a temperatura aproximada da Terra seria entre 15º - 20º C abaixo de zero, porém seu acúmulo pode trazer conseqüências graves, como mudanças climáticas. Após anos de estudo, o Painel Intergovernamental sobre mudanças climáticas (IPCC), criado pela Organização Meteorológica Mundial (WMO) e pelo Programa do Meio Ambiente das Nações Unidas (UNEP), em 1988, divulgou dados preocupantes: a temperatura média da superfície terrestre aumentou desde o fim do século XIX e deverá aumentar entre 1,5º e 4,5º C quando a concentração de CO2 dobrar; a cobertura de neve e gelo sobre os continentes continuou a decrescer; o nível dos oceanos continua a subir; a precipitação de chuvas aumenta em muitas regiões, bem como o número de eventos climáticos extremos. Outras pesquisas também apontam a alteração das correntes marinhas e o aumento de doenças tropicais como conseqüências do aquecimento global. Para tentar amenizar os danos do mais grave problema ambiental do século XXI, foi colocado em prática no dia 16 de fevereiro de 2005 um projeto que há anos vinha sendo discutido, o Protocolo de Kyoto. Esse acordo visa diminuir em 5,2% a emissão global de gases estufa, contudo, o país que mais polui a atmosfera e contribui com 25% da emissão de gases no mundo, os Estados Unidos da América, não o assinou. Alegando que tal diminuição poderia interferir em sua economia, os Estados Unidos negam-se veementemente a ratificar o Protocolo. Para atingir seu objetivo, os países que participam do Protocolo de Kyoto desenvolvem métodos alternativos tanto para reduzir a emissão dos gases quanto para capturar o excedente dos mesmos na atmosfera. Alguns destaques são a utilização de fontes de energia limpa, como a da biomassa (um tipo de matéria utilizada na produção de energia a partir de processos como a combustão de material orgânico, produzida e acumulada em um ecossistema), a eólica e a solar; o reflorestamento de áreas desmatadas; e pesquisas no aperfeiçoamento de novas tecnologias que não degradem o ambiente. Neste aspecto o Brasil tem muito a ensinar, pois existe uma técnica no país capaz de capturar metano (um dos principais gases estufa) e transformá-lo em energia, além dos inúmeros projetos envolvendo a biomassa na geração de energia. Os países também utilizam o crédito de carbono para alcançar sua meta, comprando o excedente da produção de outros países ou tecnologias limpas que colaborem para a redução do efeito estufa. No entanto, mesmo colaborando com a criação de projetos que apóiam o cumprimento do Protocolo, o Brasil, a Índia e a China não concordam com a exigência de 22
  • 28. IMPACTO AMBIENTAL alguns países industrializados de assumir maiores responsabilidades, adquirindo alvos específicos na diminuição dos gases. Por serem países emergentes, atestam que isso poderia comprometer seu desenvolvimento econômico. Para sua evolução, o ser humano utilizou-se do desenvolvimento da ciência e da tecnologia e aprimorou as técnicas de produção de energia – necessária para sua sobrevivência. Porém com tamanha sede de progresso, a devida preocupação com a natureza, fonte de matéria prima não cresceu na mesma proporção de sua ganância. Agora, sabendo que a falta de recursos pode causar uma barreira para o desenvolvimento, o homem procura na tecnologia (que colaborou para o agravamento do problema) respostas capazes de amenizar os danos que o meio ambiente vem sofrendo. Basta cada um contribuir fazendo sua parte, para que a espécie humana não se extinga do planeta. *Esse texto foi classificado entre os 20 melhores produzidos pelos alunos das turmas 32, 33, 42, 43, 52 e 53. O impacto no cotidiano Bruno Luis Marra Silvaa e Carla Yoshie Shimoteb a Aluno do curso de Gestão de Políticas Públicas. E- marra@usp.br b Aluna do curso de Gestão de Políticas Públicas. E- carla_shimote@hotmail.com A ciência é a maravilha dos homens. Graças a ela vivemos hoje até os 80, até os 90, 100 anos com mais facilidade. Desafiamos nossa própria natureza, até mesmo sobrevoamos além dos mares. Porém, a quais custos? Um dos princípios mais básicos que o estudo da ciência econômica apresenta é que há escassez de recursos e que para a produção de bens há uma fronteira, ou seja, a matéria prima tirada do planeta Terra é limitada e são necessárias decisões para a finalidade de sua utilização. Pois bem, hoje se sabe, por estimativa, que o petróleo, um dos principais recursos naturais utilizados na produção de energia, tem reservas que durarão de trinta a quarenta anos. Ora, isso significa que em um espaço curto de tempo haverá um imenso abalo do processo produtivo e que, portanto, novas políticas devem ser abordadas. Cientistas como José Goldemberg e uma infinidade de outros, também afirmam que a utilização de combustíveis fósseis, tal como petróleo e carvão, presentes na gasolina, no gás de cozinha e em diversos outros produtos como o saco de lixo e substâncias sintéticas como o DTT, (presente até pouco tempo nos inseticidas), são responsáveis pela agressão ao meio ambiente. Os cientistas apontam que o dióxido de carbono, gás emitido na combustão de combustíveis fósseis, e o metano estão diretamente ligados com o crescimento no tamanho do buraco na camada de ozônio. Apesar de sempre haver a liberação de tais gases para a atmosfera, o que vem ocorrendo nas últimas 23
  • 29. IMPACTO AMBIENTAL décadas é um acréscimo elevado, e em um tempo reduzido, da porcentagem “natural” de gás presente na atmosfera, o que faz com o buraco se torne mais largo. A camada de ozônio que protege a Terra dos raios ultravioleta, e o efeito estufa, uma espécie de “cobertor” que retêm o calor, juntos provocam o aumento da temperatura, mesmo que em escalas insensíveis no cotidiano (uma aumento de 0,4 a 0,8 °C desde 1860), mas que já custam caro para a natureza. Já é notável a redução do tamanho das calotas polares, o aumento do volume das águas coloca em risco ilhas próximas ao nível do mar, as alterações no índice pluviométrico em diversas áreas continentais, desorganizando a produção de alimentos; alterações, também, de freqüência e intensidade das tempestades tropicais, incluindo florações e ampliação das áreas de ocorrência de doenças tropicais. São para que acontecimentos como esses não se acentuem que, em 1997, foi discutido e aprovado o Protocolo de Kyoto. De caráter universalista - ou que pelo menos tenta agir como tal - há pressões de países que o adotaram sobre os que se recusam a adotá-lo (dentre os quais os Estados Unidos da América, alegando motivos de ordem econômica e prejuízo em sua estrutura produtora de bens) – o Protocolo determinou como meta a ser atingida uma redução das emissões de poluentes em 5,2% , em relação a 1990, até 2012. Medidas como a compra de créditos de carbono e desenvolvimento de projetos de reflorestamento em países em desenvolvimento foram aprovadas como forma de se chegar a essa meta. A visão que se tem hoje, após nove anos de aprovação e implementação tardia do Protocolo de Kyoto, é de que o principal resultado, ou pelo menos o mais visível, parte da invenção de energias alternativas como a eólica, a geotérmica, a de biomassa, e a solar, a qual o Brasil exporta sua tecnologia. Políticas assim de sustentabilidade, são relevantes para minimizar o impacto que a produção e o consumo desenfreado de bens geraram, principalmente depois da Revolução Industrial, e por isso devem sempre estar em relevância nas principais metas mundiais. Alterações climáticas: há solução? Letícia Megumi Ishiharaa e Daiane Marquesb a Aluna do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza. E- leticialcn@usp.br b Aluna do curso de Licenciatura em Ciências da Natureza. E- daiane_880@hotmail.com 24
  • 30. IMPACTO AMBIENTAL O homem precisa utilizar-se dos recursos naturais para produzir a energia necessária à sua sobrevivência. Antes da industrialização, o principal meio de obtenção de energia foi a queima de madeira que, aliada à sua utilização para produção de objetos – como casas, barcos, móveis – já vinha contribuindo para o desmatamento. Nos últimos séculos, o aumento do uso de combustíveis fósseis propiciou um rápido desenvolvimento tecnológico-industrial. Porém, a queima desses combustíveis – principalmente o carvão e o petróleo – é a principal causadora das altas taxas de gases poluentes na atmosfera terrestre, entre eles o dióxido de carbono (CO2) e o metano (CH4). A crescente emissão desses gases está intensificando a absorção da radiação infravermelha na troposfera, o que causa uma maior retenção de calor na atmosfera terrestre. Esse fenômeno é chamado de "efeito estufa". O relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) de 2001, com a participação de centenas de cientistas, divulgou a situação climática do planeta, demonstrando evidências da influência humana nas alterações, ocorridas principalmente devido ao aumento das concentrações de gases do efeito estufa. Entre elas, podemos citar: aumento da temperatura global; elevação do nível dos mares; aumento das precipitações em locais específicos, desregulando a produção de alimentos; diminuição da biodiversidade, com várias espécies em risco de extinção, o que afeta todo o equilíbrio do ecossistema; agravamento da poluição, principalmente nos grandes centros urbanos, causando sérios danos à saúde da população e até mortes prematuras. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) as mudanças climáticas matam 150 mil pessoas por ano. Diante desse quadro alarmante, estão sendo desenvolvidos meios alternativos de produção de energia. Os países pioneiros da industrialização causaram maior impacto negativo no meio ambiente e por isso, em sua maioria, assumiram o compromisso do Protocolo de Quioto de reduzir em 5,2% a emissão de gases de efeito estufa entre 2008 e 2012. O Brasil, apesar de não fazer parte desse acordo, tem se destacado na implementação de tecnologias renováveis, que já estão substituindo a produção de energia convencional. Entre as alternativas utilizadas, estão a eólica, a do etanol, a reutilização do metano e sua conversão em energia limpa em Nova Iguaçu. Os investimentos nessas técnicas favoráveis ao meio ambiente devem crescer, mesmo que seja necessário um apelo comercial ao seu desenvolvimento, pois, se o quadro se agravar, os danos à natureza e a várias formas de vida na Terra tornar-se- ão irreversíveis. 25
  • 31. Seção IMPACTO AMBIENTAL T53 Realmente um problema... Marília Castilho Fernandesa e Rafael Pontesb a Aluna do curso de Obstetrícia. E- mariliacf@usp.br b Aluno do curso de Ciências da Atividade Física. D esde a criação, a Terra sempre esteve em constantes mudanças de temperatura, em ciclos de milhares de anos de aquecimento e glaciação causados por fenômenos naturais. A partir da Revolução Industrial, o planeta passou a enfrentar uma nova realidade: a mudança de temperatura causada pelo homem através da poluição gerada pelo avanço tecnológico. Este problema começou a ser sentido nos microclimas (que corresponde às condições climáticas de uma superfície realmente pequena), com o aumento de temperatura nos grandes centros urbanos e mais recentemente no macroclima (que corresponde ao clima médio ocorrente num território relativamente vasto, exigindo, para sua caracterização, dados de um conjunto de postos meteorológicos; em zonas com relevo acentuado os dados macroclimáticos possuem um valor apenas relativo, especialmente sob o aspecto agrícola), com o aumento do nível do mar, uma ameaça em escala global. A principal conseqüência é o aquecimento do clima da Terra, provocando o aumento da temperatura dos oceanos e o derretimento das geleiras. Mas são vários fatores que provocam essas mudanças, tais como o efeito estufa (é a forma que a Terra tem para manter sua temperatura constante), buraco na camada de ozônio, poluição atmosférica e aumento na produção de gás carbônico. Os gases precursores do efeito estufa, como o gás carbônico (CO2), o metano (CH4), o óxido nitroso (NO2), o vapor d’ água são responsáveis pelo problema. Misturando-se á atmosfera eles a fazem se comportar como uma estufa, retirando o calor próximo á superfície terrestre. O que tem provocado o aumento excessivo de emissão de gases na atmosfera é em grande parte as atividades humanas em busca do desenvolvimento econômico e das comodidades da vida moderna, e também os processos como o da respiração (das pessoas, das plantas, dos animais), ou o uso de CFCs, que liberam dióxido de carbono, bem como processos orgânicos de fermentação, que liberam metano, fermentação do lixo e, também acidentes como vazamentos de gás ou petróleo. 26
  • 32. IMPACTO AMBIENTAL O padrão de emissão de CO2 apresenta diferenças entre um país e outro. Por isso, e como tentativa de amenizar os problemas atuais e futuros do meio ambiente, cento e quarenta e um países decidiram assinar um tratado, o Protocolo de Kyoto, que é um acordo internacional para controlar o aumento da temperatura do planeta, o "efeito estufa" causado pela poluição. Proposto em 1997 na cidade japonesa de Kyoto, o protocolo prevê que os países ricos reduzam as emissões de gases causadores do aquecimento global. O Protocolo de Kyoto é um instrumento jurídico que representa que normas sejam cumpridas. O alcance dos objetivos (os países desenvolvidos reduzam suas emissões em 5,2 % em relação ao ano de 1990), depende, entre outros fatores, da descarbonização da matriz energética mundial. As metas quantitativas para a redução dos gases impostas pelo Protocolo de Kyoto são modestas do ponto de vista ambiental, pois contribuem muito pouco para a redução de emissões globais dos gases. Apesar disto, o cumprimento dessas metas não é fácil, sendo assim, para conferir alguma flexibilidade aos países do anexo I (desenvolvidos), de forma que pudessem atingir suas metas mais facilmente, o Protocolo estabeleceu três mecanismos de mercado, dentre os quais, o Mecanismo de Defesa Limpo (MDL), o único que envolve diretamente países em desenvolvimento. As metas de redução conjugadas aos mecanismos de mercado tendem a gerar um custo de oportunidade para a geração de energia baseada em combustíveis fomentando o uso de energias renováveis. A mudança climática exemplifica muito bem a relação intricada entre economia, energia, tecnologia, sociedade e seus impactos sobre o meio ambiente. Por vários motivos a mudança climática é um dos problemas ambientais mais graves do século: ela intensifica e é intensificada por outros problemas ambientais locais e regionais, o combate ás suas causas é extremamente complexo, envolvendo difíceis questões políticas e econômicas, além de possuir um caráter inercial, ou seja, as causas permanecem atuando por décadas mesmo depois de eliminadas. Ademais, suas conseqüências são possivelmente catastróficas e muitas delas irreversíveis. Eterno paradoxo: criação versus destruição Nathália Pizzinia e Mariana Bonadiob a Aluna do curso de Tecnologia Têxtil e da Indumentária. E- nathypizzini@usp.br b Aluna do curso de Tecnologia Têxtil e da Indumentária. E- mari_flower26@hotmail.com A energia consumida pelo homem está relacionada com os estágios de desenvolvimento deste. Há aproximadamente 1 milhão de anos, no leste da África, o homem primitivo dispunha apenas da energia dos 27
  • 33. IMPACTO AMBIENTAL alimentos que ingeria. Já na Idade Média, no nordeste da Europa, o homem usava muito o carvão para aquecimento, a força da água, do vento, e, a tração animal. O uso caótico do carvão levou a destruição de grande parte das florestas da Europa. A Inglaterra, pioneira na revolução industrial – por possuir capital excedente, grandes jazidas de ferro e outras vantagens – no século XIX, fazia uso constante de combustíveis fósseis, que são responsáveis pela emissão de gás carbônico na atmosfera, este leva séculos para se decompor. A revolução industrial contribuiu para a evolução das tecnologias, esta por sua vez, proporcionou melhorias para a população, o que levou a um grande crescimento vegetativo. A explosão populacional nos últimos dois séculos resultou num aumento do consumo de energia cerca de 100 vezes maior. O crescimento no consumo de combustíveis fósseis, fez com que a emissão de gás carbônico na atmosfera se tornasse mais agressiva, acumulando – se na atmosfera, formando uma barreira que não permite a dissipação de calor, o que têm como conseqüência um aquecimento global, o que promove o degelo e a elevação do nível dos mares. O aumento do nível do mar é preocupante para países de pequenas ilhas que estão condenados a desaparecer se a emissão de gases de efeito estufa não diminuir significativamente.Ao todo são trinta países ilhas “semi – sentenciados” a este fim. Os primeiros a serem atingidos, foram os habitantes da Ilha de Tuvalu, essas pessoas fugiram das águas para a Tailândia. Cerca de 141 nações, preocupadas com as conseqüências do aumento do nível do mar, no dia 16 de fevereiro de 2005, apoiaram o protocolo de kioto, com o objetivo de reduzir ate 2012, 5,2% das emissões globais de gases tóxicos causadores do efeito estufa. Curiosamente, os EUA, um dos principais países jovens responsáveis pelo efeito estufa, (25% as emissões de gases tóxicos),não aderiu ao protocolo. O governo Bush questiona a verdade dos estudos científicos e alega não ter a pretensão de sacrificar o desenvolvimento da nação. O Brasil é o terceiro maior emissor de gás carbônico, e 77% de todo esse gás lançado, é conseqüência das queimadas. A partir de 2013, os países emergentes, como o Brasil e a China, serão obrigados a aderir também ao Kioto. Porém, o protocolo prevê apenas 5.2% de redução, o que não basta para a resolução do problema em questão, seria necessária uma diminuição de 60% nas emissões dos gases. A ciência e a tecnologia, causadores diretos, ou indiretos de graves problemas ambientais, têm papel indispensáveis na sua solução, pois estes geram respostas tecnológicas para a necessária redução do uso de combustíveis fósseis como fonte de energia. A principal resposta seria o uso de fontes alternativas de energia, como o álcool, o que seria muito lucrativo para o Brasil, a energia nuclear, a eólica, e outras que a ciências e a tecnologia já descobriram ou irão descobrir.Criando assim um incrível maniqueísmo ao seu redor, um eterno paradoxo entre a criação e a destruição. 28
  • 34. IMPACTO AMBIENTAL Caixa de Pandora Bárbara Carrizoa e José Guilherme Diniz Alvesb a Aluna do curso de Tecnologia Têxtil e da Indumentária. E- bacarrizo@usp.br b Aluno do curso de Tecnologia Têxtil e da Indumentária. E- guilhermediniz@usp.br inquestionável o uso de potencial de energia para melhorar a qualidade É de vida humana, visto que desde os primórdios o homem procura evoluir seus modos de obter energia: o homem primitivo, sem uso do fogo, dispunha apenas de energia dos alimentos que ingeria; o homem caçador além da energia dos alimentos também queimava madeira para obter calor e para cozinhar; o homem agrícola primitivo utilizava a energia dos animais de tração; o homem agrícola avançado usava carvão, a força da água, do vento e do transporte animal e o homem industrial dispunha da máquina à vapor. Dessa forma, o homem com a ajuda do desenvolvimento cientifico e tecnológico aumentou seu consumo energético cerca de 100 vezes em relação ao consumo no passado distante. Sem perceber, através dessa sua ambição e curiosidade, cometeu o mesmo que erro que Pandora (personagem da mitologia): abriu uma caixa e espalhou o mal por todo o mundo, sendo agora o mal representado pela degradação do meio ambiente causada pelo mau uso que o homem faz das fontes de energia. Tal degradação ameaça a saúde humana e a qualidade de vida, além de afetar o equilíbrio e a diversidade biológica, tudo isso gerado pela emissão de gases obtidos através da queima de combustíveis fósseis, tanto no âmbito industrial quanto no âmbito doméstico. Para exemplificar temos os gases emitidos por indústrias, o escapamento de veículos e até do arroto dos gados. Os principais poluentes emitidos na combustão desses combustíveis fósseis são óxidos de enxofre (S2) e nitrogênio (N2) e monóxido e dióxido de carbono (CO e CO2), sendo este último um dos principais causadores do efeito estufa, cujos gases causadores tenderão a alterar a temperatura atmosférica e oceânica, a circulação associada e os tipos de clima. Em um relatório publicado em 2001 pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), foi declarado que a temperatura média da superfície terrestre aumentou a partir do fim do século XIX: a temperatura média subiu de 0,4 a 0,8°C desde 1860; globalmente as temperaturas mínimas cresceram desde 1950 com o dobro da velocidade com que cresceram até essa década; a década de 1990 foi a mais quente do século XX, e o ano de 1998, o mais quente do século, já no que diz respeito ao futuro o aumento da temperatura média da superfície da Terra deverá se situar entre 1,5 e 4,5°C quando a concentração de CO2 dobrar. O nível dos oceanos também vem sofrendo alterações: subiu de 10 a 20 centímetros no século XX, sendo maior o crescimento neste século do que no século passado; o aumento do nível 29
  • 35. IMPACTO AMBIENTAL deverá se situar entre 0,14 e 0.7 metro até o ano 2110; a precipitação de chuvas continuará a aumentar em muitas regiões e a cobertura de neve e gelo sobre os continentes continuou a decrescer. Têm ocorrido mudanças também nos padrões de circulação da atmosfera e dos oceanos, bem como aumento do número de eventos climáticos extremos. Os dados da temperatura média da superfície terrestre e as temperaturas da atmosfera a alguns quilômetros de altura, obtidos por satélite, são consistentes, o que nos leva a refletir sobre o atual modo de interação do homem sobre o meio ambiente. Para tanto, foi criado em 1997 e colocado em vigor em 2004, o Protocolo de Kyoto, o qual tem como meta diminuir as emissões de gases do efeito estufa, contando para isso com a participação de 171 países a fim de diminuir 5,2% das emissões – globalmente – tendo como base o ano de 1990. Sendo a maior porcentagem das emissões realizadas por países industrializados, foram dadas como alternativas para a redução no âmbito industrial: uso de tecnologias “limpas”, a implementação conjunta pelos países envolvidos, o comércio de emissões e uso de “bolhas” de emissões. Entretanto, mesmo havendo poucas dúvidas de que uma combinação desses métodos acabaria por resolver problemas mais graves já enfrentados pela humanidade, o protocolo não resolverá o maior deles: o aquecimento da temperatura global, visto que não há maneira pra reverter esse processo, mas sim para evitar que ele piore. Além disso, o maior emissor de gases poluentes, os Estados Unidos, se nega a ratificar o tratado utilizando justificativas de cunho econômico. Mas então qual seria a(s) solução (ões) para evitar futuros problemas causados pelas emissões de gases? A primeira delas é a redução que pode ser conseguida através de: uso mais eficiente de energia, especialmente no ponto do fim do uso em prédios, utilizações elétricas, veículos e processos industriais; aumento da utilização de fontes de energia renováveis (biomassa, solar, eólica, geotérmica e hidrelétrica) que permitem emissões nulas de gases do efeito estufa, além de reduzir as outras emissões poluentes; desenvolvimento acelerado para a disseminação de tecnologias de energias novas, especialmente tecnologias para combustíveis fósseis de próxima geração, que produzem reduzidos níveis de emissões prejudiciais. A segunda solução seria recapturar esses gases uma vez emitidos, o qual pode ser feito através do reflorestamento, que recaptura e fixa carbono da atmosfera ou bombear o CO2 para o fundo do oceano, cavernas subterrâneas ou para poços de petróleo e gás exauridos. Dessa forma será possível garantir a oferta de energia para a redução da pobreza, permitindo que o desenvolvimento seja sustentável e não agrida exageradamente o meio ambiente; além de poder diminuir os efeitos da abertura da caixa de Pandora. 30