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PASTORADO – UMA VOCAÇÃO OU MAIS UMA PROFISSÃO?

        A questão é um tanto complicada de se abordar.
        A falta de envolvimento pessoal e conhecimento dos que comentam sobre esta questão
determinam, a meu ver, a realidade dos fatos. Uma realidade de muita confusão quando se
discute o assunto proposto. Cada grupo ou denominação religiosa entende do seu jeito e criam o
seu formato, tornando o entendimento correto e bíblico mais uma opinião ou argumentação como
as demais.
        O que significa ser um pastor, quais os critérios, características e a missão pastoral de
acordo com que revela a Palavra de Deus são totalmente negligenciados e toma-se um conceito
humano e empresarial para explicar o ofício e as funções de um pastor.
        Isso causa muitos conflitos e perturbações à vida da Igreja e por fim incentivam
oportunistas, interesseiros e preguiçosos a se candidatarem a futuros ministros.
        Não deveria ser assim.
        Mas por que isso acontece?
        Porque pouco ou nada se ensina sobre o assunto. O pastor ou o educador cristão tem,
muitas vezes, receio de ministrar e até falar sobre o que significa ser um pastor do ponto de vista
bíblico, porque pensa que estará ministrando em interesse ou defesa própria. E assim, o povo fica
sem entender a questão e aí se originam os erros e as distorções existentes.
        Por causa também disso, o universo evangélico criou vários tipos de pastores. Vejam
alguns deles a seguir:

       1. O pastor de “final de semana e feriados”.
       Este entende o pastorado como um trabalho complementar e secundário. Somente o
exerce quando não realiza outra atividade. Durante a semana possui um emprego e trata de se
dedicar a ele e a seus afazeres pessoais. Quando chega o final de semana ou feriado se veste de
pastor e vai à igreja pregar e rever seus irmãos. Durante o meio de semana não se pode contar
com ele. Estou trabalhando, afirma. Quando perguntam como sustenta a família, ele diz
orgulhosamente:
       - Tenho o meu trabalho. Não toco em um centavo do dinheiro da igreja.
       E isso vai sendo ensinado à congregação que “pastoreia”.

        2. O pastor “nominal”.
        Este entende o pastorado como uma forma de ostentação. Ama ostentar seu título de
pastor nos círculos familiares, eclesiásticos e de relacionamentos. Não se preocupa com o
rebanho do Senhor e muito menos com o que pensa o Senhor do rebanho. Está sempre buscando
outros e mais títulos, porém sempre com a motivação errada. Ele quer ser destacado entre os
demais. O nome de Jesus é só mais um detalhe. O nome dele é que importa ser notado e
comentado.
        Muitos destes “pastores” se tornam em outro tipo que chamo de “midiáticos”, ou seja, usam
a mídia (televisão, rádio, TV a cabo, etc...) para propagar suas devaneios com roupagem de
cristianismo com intenções de adquirir fama e prosperidade material às custas do povo
desavisado.
        E isso vai sendo ensinado à congregação que “pastoreia”.

      3. O pastor “profissional”
      Este entende o ministério pastoral como mais uma profissão e a Igreja de Cristo como
mais uma empresa. Cumpre com suas obrigações trabalhistas, que foram pré-determinadas em
sua contratação, e está tranquilamente consciente que pode ser dispensado por seus
empregadores se não as cumpri-las. Busca agradar seus “chefes” fazendo aquilo que os agrada,
porque se não o fizer pode ficar desempregado.
      É um profissional do púlpito. É um político eclesiástico.
      E isso vai sendo ensinado à congregação que “pastoreia”.

      4. O pastor “falso”.
      Este não foi chamado para ser pastor. Não possui vocação e por isso não consegue amar
o rebanho como deveria. Pode até ser um bom crente, porém não tem ferramentas espirituais
para pastorear e teima em prosseguir. Não deseja se aprofundar no conhecimento bíblico, não
deseja se sacrificar em prol do reino de Deus. Não se preparou para o ofício pastoral porque não
entende isso ser relevante.
       Não possui coração de pastor.
       Causa dores e sofrimentos em si e no rebanho. Produz maus costumes e heresias. É
motivo de piadas e “chacotas” dos descrentes e até de membros de sua congregação.
       E isso vai sendo ensinado à congregação que “pastoreia”.

       5. O pastor “enviado de satanás”.
       Este entende o que significa o ministério pastoral e por isso, diabolicamente, procura
perverte-lo e corrompe-lo diante dos olhos apavorados do povo. Desta forma, tenta produzir falta
de credibilidade sobre o ofício e a pessoa dos demais pastores. A desconfiança e incredulidade ao
pastorado são suas intenções.
       São enviados de satanás para iludir e enganar o povo de Deus e assim deturpar o real
sentido e significado da Igreja, das doutrinas bíblicas e do episcopado.
       E isso vai sendo ensinado à congregação que “pastoreia”.

         6. O pastor “preguiçoso”
         Este pensa que ser pastor é ficar à toa. Não aceita trabalhar secularmente, mas também
não deseja trabalhar ministerialmente. Não estuda. Não se prepara. Sequer prepara um sermão.
O púlpito é muito mais freqüentado por outros irmãos do que por ele. De vez em quando prega e
justifica que está dando oportunidades a futuros pregadores. Não freqüenta a EBD, nunca
ministrou em uma sala, porque preparar aula dá muito trabalho. Teologia pra ele é “coisa de
fariseu”. Delega o que é pra ser delegado e o que não é. Gosta de muito barulho e de chavões.
Tudo pra ele é de improviso e diz que é o Espírito Santo. Não gosta e nem sabe planejar nada.
Pensar, discernir, refletir pra ele é muito desgastante. Não respeita horários. É um exemplo de
falta de sabedoria. O pastorado pra ele é uma fuga da realidade dura da vida. É o preguiçoso por
excelência.

       Existem outros maus exemplos, mas penso que esses já são o bastante.
       Diante dessa realidade, não podemos culpar a maioria do povo por não entender o
ministério pastoral e considerá-la de forma totalmente equivocada e não bíblica e também de
muitos generalizarem e rotularem todos os pastores de “oportunistas, picaretas e desocupados”.
       Fundamentando-me biblicamente, como então devemos entender e ensinar a questão à
luz dessa Palavra de Deus?

       O pastor à Luz da Palavra de Deus.

        1. É um crente chamado, vocacionado e capacitado por Deus para exercer tal missão.
(todos aqueles que exerceram posições de liderança ou pastoreio no relato bíblico foram
chamados pessoalmente por Deus)
        2. Sua chamada e vocação são marcadas por um desejo interno, profundo e ardente em
cuidar, para Deus e sob Sua direção, de um grupo de crentes por um longo período em locais que
ele não escolhe. (nota-se isso claramente nos textos escritos por Paulo, Pedro, João e outros
escritores neo-testamentários)
        3. Sua chamada e vocação são confirmadas pelas pessoas que pastoreia ou que de
alguma forma estiveram sob seus cuidados pastorais. (A obediência da Igreja com relação às
cartas neo-testamentárias e a confirmação de que se tratava de escritos inspirados por Deus
corroboram isso)
        4. Sua capacitação se dá através de dons espirituais dados por Deus para bem exercer o
ofício e ministério pastoral como, por exemplo: dom de pastor, de profeta, de mestre e outros que
formam um “pacote” capacitando este crente para pastorear. (os dons alistados em Efésios 4:11
são uma prova de que se trata de dons ministeriais ou para liderança na Igreja. O contexto do
capítulo confirma isso.)
        5. O amor a Deus e ao rebanho de Deus são marcas visíveis neste crente. Sem isso seria
impossível pastorear. Isso o move ao perdão, paciência e perseverança incomuns à maioria dos
cristãos. (O amor dos apóstolos e a o amor dos genuínos pastores pelo rebanho e pela Palavra de
Deus no transcorrer da história da Igreja são contundentes para corroborar este ponto)
        6. Entende que seu pastorado não é uma profissão, mas sim uma missão determinada a
Ele por Deus. Ele não é um empresário, muito menos um empregado da Igreja. É um ministro da
Palavra de Deus. Seu trabalho é fundamentalmente espiritual. (A Bíblia em sua integralidade
confirma isso)
        7. Não possui interesses pessoais acima dos espirituais e ministeriais. Não tem dificuldade
em renunciar aos seus prazeres e satisfações pessoais em prol do rebanho do Senhor. (As cartas
pastorais ensinam largamente esse princípio bíblico da abnegação voluntária)
        8. Não busca ostentação e elogios. Não busca enriquecimento material. Busca vidas
salvas e libertas para glória de Deus. (As cartas pastorais ensinam largamente esse conceito
bíblico)
        9. Dedica e administra todo o seu tempo nas seguintes prioridades: 1. Deus 2. Família 3.
Igreja. 4. Amar ao próximo como a si mesmo. (Entende que é mordomo e prestará contas a Deus
de tudo que lhe foi confiado, inclusive do tempo. O Senhor Jesus ensinou isso na parábola dos
talentos)
        10. Dedica-se a pregação, ao estudo e ao ensino bíblico com responsabilidade e temor.
(As orientações paulinas a Timóteo enfatizam também essa questão.)
        11. É humilde e reconhece suas limitações. Sabe que mesmo sendo pastor, continua
sendo servo. (A Bíblia em sua integralidade ensina isso)
        12. É pastor de tempo integral. Está ciente que sua vocação e ofício exigem isso.
(Observa-se esse princípio claramente nos ministérios de Pedro, Paulo e demais discípulos.
(...)Quem prega a Palavra, que viva da Palavra...)
        12. É incansável no cuidado da sã doutrina. Cuida para que os demais irmãos sejam
ministrados em todo desígnio de Deus revelado em Sua Palavra. (As cartas pastorais enfocam
isso)
        13. É sustentado por Deus, através da instrumentalidade da Igreja. Vive nesta
dependência alegremente. Se for necessário e temporariamente irá “confeccionar tendas”, mas
sabe que isto não é o ideal bíblico para seu ministério. Irá trabalhar para que sua congregação
assim entenda o ministério pastoral. (O ministério de Paulo é um bom exemplo disso. Foi obrigado
a fazer tendas pela negligência da Igreja com o sustento do apóstolo. É um exemplo do que não é
pra ser feito, e não o contrário. O próprio Paulo explica isso em suas cartas)
        14. É consciente que somente os que também são vocacionados, como ele o é ao
ministério pastoral, conseguem entende-lo completamente. (A Bíblia mostra pelas cartas pastorais
que somente um pastor consegue entender outro pastor em todos os aspectos que constituem o
ministério pastoral)
        15. É consciente que mesmo possuindo dons espirituais não conseguirá pastorear sem a
ajuda e direção de Deus. Sabe que quem realiza é Deus.
        16. Sabe discernir e alertar o rebanho quando este está em perigo e quando falsos
mestres se introduzem nele. (sabe que o Espírito Santo o usa como o atalaia de Deus para a
Igreja do Novo Testamento)
        17. Tem consciência que muitas vezes se sentirá solitário e cansado. Mas tem a firme
convicção que Deus está com ele e Nele tem suas forças revigoradas pra prosseguir. (Não pode
negligenciar o dom que há nele dado por Deus. Continua firme fazendo a obra de um evangelista)
        17. Ensina estes itens aos irmãos que pastoreia. (Não tem receio ou medo de “tocar”
nesse assunto.)
        18. Sabe que desse ensino resultará no bom preparo de outros pastores segundo o
coração de Deus.
        19. Sabe que nem todos o entenderão.
        20. Sabe que Deus o entenderá e apoiará.

         Amigos pastores, ensinemos isso ao povo de Deus.
         Ainda existem muitos pastores fiéis a Deus e dignos de serem chamados de “homens de
Deus”.
      Mudemos a concepção que muitos têm daqueles que foram chamados por Deus a este
santo ministério. Rechacemos os lobos em peles de cordeiros. Honremos Aquele que nos
chamou.
A Igreja agradece.

Forte abraço,
Em Cristo,
Pr. Magdiel G Anselmo.

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Pastorado, profissão ou vocação

  • 1. PASTORADO – UMA VOCAÇÃO OU MAIS UMA PROFISSÃO? A questão é um tanto complicada de se abordar. A falta de envolvimento pessoal e conhecimento dos que comentam sobre esta questão determinam, a meu ver, a realidade dos fatos. Uma realidade de muita confusão quando se discute o assunto proposto. Cada grupo ou denominação religiosa entende do seu jeito e criam o seu formato, tornando o entendimento correto e bíblico mais uma opinião ou argumentação como as demais. O que significa ser um pastor, quais os critérios, características e a missão pastoral de acordo com que revela a Palavra de Deus são totalmente negligenciados e toma-se um conceito humano e empresarial para explicar o ofício e as funções de um pastor. Isso causa muitos conflitos e perturbações à vida da Igreja e por fim incentivam oportunistas, interesseiros e preguiçosos a se candidatarem a futuros ministros. Não deveria ser assim. Mas por que isso acontece? Porque pouco ou nada se ensina sobre o assunto. O pastor ou o educador cristão tem, muitas vezes, receio de ministrar e até falar sobre o que significa ser um pastor do ponto de vista bíblico, porque pensa que estará ministrando em interesse ou defesa própria. E assim, o povo fica sem entender a questão e aí se originam os erros e as distorções existentes. Por causa também disso, o universo evangélico criou vários tipos de pastores. Vejam alguns deles a seguir: 1. O pastor de “final de semana e feriados”. Este entende o pastorado como um trabalho complementar e secundário. Somente o exerce quando não realiza outra atividade. Durante a semana possui um emprego e trata de se dedicar a ele e a seus afazeres pessoais. Quando chega o final de semana ou feriado se veste de pastor e vai à igreja pregar e rever seus irmãos. Durante o meio de semana não se pode contar com ele. Estou trabalhando, afirma. Quando perguntam como sustenta a família, ele diz orgulhosamente: - Tenho o meu trabalho. Não toco em um centavo do dinheiro da igreja. E isso vai sendo ensinado à congregação que “pastoreia”. 2. O pastor “nominal”. Este entende o pastorado como uma forma de ostentação. Ama ostentar seu título de pastor nos círculos familiares, eclesiásticos e de relacionamentos. Não se preocupa com o rebanho do Senhor e muito menos com o que pensa o Senhor do rebanho. Está sempre buscando outros e mais títulos, porém sempre com a motivação errada. Ele quer ser destacado entre os demais. O nome de Jesus é só mais um detalhe. O nome dele é que importa ser notado e comentado. Muitos destes “pastores” se tornam em outro tipo que chamo de “midiáticos”, ou seja, usam a mídia (televisão, rádio, TV a cabo, etc...) para propagar suas devaneios com roupagem de cristianismo com intenções de adquirir fama e prosperidade material às custas do povo desavisado. E isso vai sendo ensinado à congregação que “pastoreia”. 3. O pastor “profissional” Este entende o ministério pastoral como mais uma profissão e a Igreja de Cristo como mais uma empresa. Cumpre com suas obrigações trabalhistas, que foram pré-determinadas em sua contratação, e está tranquilamente consciente que pode ser dispensado por seus empregadores se não as cumpri-las. Busca agradar seus “chefes” fazendo aquilo que os agrada, porque se não o fizer pode ficar desempregado. É um profissional do púlpito. É um político eclesiástico. E isso vai sendo ensinado à congregação que “pastoreia”. 4. O pastor “falso”. Este não foi chamado para ser pastor. Não possui vocação e por isso não consegue amar o rebanho como deveria. Pode até ser um bom crente, porém não tem ferramentas espirituais
  • 2. para pastorear e teima em prosseguir. Não deseja se aprofundar no conhecimento bíblico, não deseja se sacrificar em prol do reino de Deus. Não se preparou para o ofício pastoral porque não entende isso ser relevante. Não possui coração de pastor. Causa dores e sofrimentos em si e no rebanho. Produz maus costumes e heresias. É motivo de piadas e “chacotas” dos descrentes e até de membros de sua congregação. E isso vai sendo ensinado à congregação que “pastoreia”. 5. O pastor “enviado de satanás”. Este entende o que significa o ministério pastoral e por isso, diabolicamente, procura perverte-lo e corrompe-lo diante dos olhos apavorados do povo. Desta forma, tenta produzir falta de credibilidade sobre o ofício e a pessoa dos demais pastores. A desconfiança e incredulidade ao pastorado são suas intenções. São enviados de satanás para iludir e enganar o povo de Deus e assim deturpar o real sentido e significado da Igreja, das doutrinas bíblicas e do episcopado. E isso vai sendo ensinado à congregação que “pastoreia”. 6. O pastor “preguiçoso” Este pensa que ser pastor é ficar à toa. Não aceita trabalhar secularmente, mas também não deseja trabalhar ministerialmente. Não estuda. Não se prepara. Sequer prepara um sermão. O púlpito é muito mais freqüentado por outros irmãos do que por ele. De vez em quando prega e justifica que está dando oportunidades a futuros pregadores. Não freqüenta a EBD, nunca ministrou em uma sala, porque preparar aula dá muito trabalho. Teologia pra ele é “coisa de fariseu”. Delega o que é pra ser delegado e o que não é. Gosta de muito barulho e de chavões. Tudo pra ele é de improviso e diz que é o Espírito Santo. Não gosta e nem sabe planejar nada. Pensar, discernir, refletir pra ele é muito desgastante. Não respeita horários. É um exemplo de falta de sabedoria. O pastorado pra ele é uma fuga da realidade dura da vida. É o preguiçoso por excelência. Existem outros maus exemplos, mas penso que esses já são o bastante. Diante dessa realidade, não podemos culpar a maioria do povo por não entender o ministério pastoral e considerá-la de forma totalmente equivocada e não bíblica e também de muitos generalizarem e rotularem todos os pastores de “oportunistas, picaretas e desocupados”. Fundamentando-me biblicamente, como então devemos entender e ensinar a questão à luz dessa Palavra de Deus? O pastor à Luz da Palavra de Deus. 1. É um crente chamado, vocacionado e capacitado por Deus para exercer tal missão. (todos aqueles que exerceram posições de liderança ou pastoreio no relato bíblico foram chamados pessoalmente por Deus) 2. Sua chamada e vocação são marcadas por um desejo interno, profundo e ardente em cuidar, para Deus e sob Sua direção, de um grupo de crentes por um longo período em locais que ele não escolhe. (nota-se isso claramente nos textos escritos por Paulo, Pedro, João e outros escritores neo-testamentários) 3. Sua chamada e vocação são confirmadas pelas pessoas que pastoreia ou que de alguma forma estiveram sob seus cuidados pastorais. (A obediência da Igreja com relação às cartas neo-testamentárias e a confirmação de que se tratava de escritos inspirados por Deus corroboram isso) 4. Sua capacitação se dá através de dons espirituais dados por Deus para bem exercer o ofício e ministério pastoral como, por exemplo: dom de pastor, de profeta, de mestre e outros que formam um “pacote” capacitando este crente para pastorear. (os dons alistados em Efésios 4:11 são uma prova de que se trata de dons ministeriais ou para liderança na Igreja. O contexto do capítulo confirma isso.) 5. O amor a Deus e ao rebanho de Deus são marcas visíveis neste crente. Sem isso seria impossível pastorear. Isso o move ao perdão, paciência e perseverança incomuns à maioria dos
  • 3. cristãos. (O amor dos apóstolos e a o amor dos genuínos pastores pelo rebanho e pela Palavra de Deus no transcorrer da história da Igreja são contundentes para corroborar este ponto) 6. Entende que seu pastorado não é uma profissão, mas sim uma missão determinada a Ele por Deus. Ele não é um empresário, muito menos um empregado da Igreja. É um ministro da Palavra de Deus. Seu trabalho é fundamentalmente espiritual. (A Bíblia em sua integralidade confirma isso) 7. Não possui interesses pessoais acima dos espirituais e ministeriais. Não tem dificuldade em renunciar aos seus prazeres e satisfações pessoais em prol do rebanho do Senhor. (As cartas pastorais ensinam largamente esse princípio bíblico da abnegação voluntária) 8. Não busca ostentação e elogios. Não busca enriquecimento material. Busca vidas salvas e libertas para glória de Deus. (As cartas pastorais ensinam largamente esse conceito bíblico) 9. Dedica e administra todo o seu tempo nas seguintes prioridades: 1. Deus 2. Família 3. Igreja. 4. Amar ao próximo como a si mesmo. (Entende que é mordomo e prestará contas a Deus de tudo que lhe foi confiado, inclusive do tempo. O Senhor Jesus ensinou isso na parábola dos talentos) 10. Dedica-se a pregação, ao estudo e ao ensino bíblico com responsabilidade e temor. (As orientações paulinas a Timóteo enfatizam também essa questão.) 11. É humilde e reconhece suas limitações. Sabe que mesmo sendo pastor, continua sendo servo. (A Bíblia em sua integralidade ensina isso) 12. É pastor de tempo integral. Está ciente que sua vocação e ofício exigem isso. (Observa-se esse princípio claramente nos ministérios de Pedro, Paulo e demais discípulos. (...)Quem prega a Palavra, que viva da Palavra...) 12. É incansável no cuidado da sã doutrina. Cuida para que os demais irmãos sejam ministrados em todo desígnio de Deus revelado em Sua Palavra. (As cartas pastorais enfocam isso) 13. É sustentado por Deus, através da instrumentalidade da Igreja. Vive nesta dependência alegremente. Se for necessário e temporariamente irá “confeccionar tendas”, mas sabe que isto não é o ideal bíblico para seu ministério. Irá trabalhar para que sua congregação assim entenda o ministério pastoral. (O ministério de Paulo é um bom exemplo disso. Foi obrigado a fazer tendas pela negligência da Igreja com o sustento do apóstolo. É um exemplo do que não é pra ser feito, e não o contrário. O próprio Paulo explica isso em suas cartas) 14. É consciente que somente os que também são vocacionados, como ele o é ao ministério pastoral, conseguem entende-lo completamente. (A Bíblia mostra pelas cartas pastorais que somente um pastor consegue entender outro pastor em todos os aspectos que constituem o ministério pastoral) 15. É consciente que mesmo possuindo dons espirituais não conseguirá pastorear sem a ajuda e direção de Deus. Sabe que quem realiza é Deus. 16. Sabe discernir e alertar o rebanho quando este está em perigo e quando falsos mestres se introduzem nele. (sabe que o Espírito Santo o usa como o atalaia de Deus para a Igreja do Novo Testamento) 17. Tem consciência que muitas vezes se sentirá solitário e cansado. Mas tem a firme convicção que Deus está com ele e Nele tem suas forças revigoradas pra prosseguir. (Não pode negligenciar o dom que há nele dado por Deus. Continua firme fazendo a obra de um evangelista) 17. Ensina estes itens aos irmãos que pastoreia. (Não tem receio ou medo de “tocar” nesse assunto.) 18. Sabe que desse ensino resultará no bom preparo de outros pastores segundo o coração de Deus. 19. Sabe que nem todos o entenderão. 20. Sabe que Deus o entenderá e apoiará. Amigos pastores, ensinemos isso ao povo de Deus. Ainda existem muitos pastores fiéis a Deus e dignos de serem chamados de “homens de Deus”. Mudemos a concepção que muitos têm daqueles que foram chamados por Deus a este santo ministério. Rechacemos os lobos em peles de cordeiros. Honremos Aquele que nos chamou.
  • 4. A Igreja agradece. Forte abraço, Em Cristo, Pr. Magdiel G Anselmo.