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O Deus do Sol Shamash
Seu nome significa simplesmente o “sol”. Ele
representa a luz brilhante do sol, que retorna diariamente
para iluminar a vida. É a força que aquece e faz com que as
plantações cresçam. O Deus sol, que acompanha a vida do
homem, tudo vê, pois está acima, nos céus, iluminando á
terra. Da sua luz nada pode se esconder. Utu para os
Sumérios era a personificação da luz que bane a escuridão
e o mal.
Em alguns dos mais bonitos Hinos sumérios em
honra ao Deus, o homem sumério apelava á
Shamash como o Deus para quem se deve pedir
para ajudar aqueles que estão sofrendo
injustamente. Shamash instituiu as leis, sendo o
juiz supremo.
Monólito do Código de Hamurabi, em que na parte
superior pode-se ver o rei Hamurabi, em pé, diante do rei
Sol, Shamash. Abaixo deles, vê-se parte das 281 normas
em escrita cuneiforme.
Segundo a Mitologia Suméria, Shamash é
filho de Nanna, o Deus Lua, e irmão de
Inanna, a Vênus Sumeriana (Chamada na
acádia de Ishtar). Juntos eles representavam
a tríade Celeste (Sol, lua e estrela).
Embora houvessem templos dedicados ao Deus
espalhados por todo o país (como Ur, Mari, e
Ninive), os principais centros de adoração á
Shamash eram Larsa (atual Senkerah) e Sippar
(cidade de Abu Habba), sendo este ultimo o mais
famoso. Em ambos os lugares era um dos mais
proeminentes Deuses para o qual se dedicavam
culto, onde se mantiam templos chamados de E-
barra (ou E-babbara) “a casa brilhante” uma alusão
direta ao brilho do sol.
Os hinos sumérios exaltavam-no dizendo que o
Deus Sol levantava-se todos os dias da “montanha
do leste, percorrendo o caminho até a montanha do
oeste. Protegia a terra onde moravam os vivos,
tendo no poema de Gilgamesh invocado os sete
heróis do tempo para defendê-la. Os dons ligados á
Utu são comumente clareza de pensamentos, o dom
de oracular, e a arte de ser “brilhante em tudo o
que se faz”.
Em alguns mitos, Shamash é traduzido como o
Deus da justiça tanto entre os deuses quanto entre
os homens, é comum acharem-se referências do
Deus “libertando os atormentados pelos demônios”,
julgando as causas humanas até no submundo, pra
onde se dirige assim que o deus Lua toma conta dos
Céus juntamente com a escuridão, decidindo o
destino dos mortos (a quantidade de dias que
passariam sob o domínio de Ereshkigal no lugar
cujas portas eram guardadas por homens-
escorpião).
Iconografia:
Usualmente representava-se com uma serra,
que simbolizava a justiça incontornável que era
exercida por ele, e com raios solares que partiam
dos ombros.
Alguns estudiosos acham que inicialmente o
Deus sol era uma divindade secundária,
provavelmente subordinada á lua dado ao fato que
os povos Ugaríticos (predecessores dos Sumérios)
eram nômades e usavam a lua, e as estrelas para
se orientar. Entretanto com o Advento da civilização
e, por conseguinte da agricultura, o sol ganhou mais
importância, passando a ser um dos principais
Deuses do panteão.
Luiza Brito Leal 1ºA.

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  • 1. O Deus do Sol Shamash Seu nome significa simplesmente o “sol”. Ele representa a luz brilhante do sol, que retorna diariamente para iluminar a vida. É a força que aquece e faz com que as plantações cresçam. O Deus sol, que acompanha a vida do homem, tudo vê, pois está acima, nos céus, iluminando á terra. Da sua luz nada pode se esconder. Utu para os Sumérios era a personificação da luz que bane a escuridão e o mal.
  • 2. Em alguns dos mais bonitos Hinos sumérios em honra ao Deus, o homem sumério apelava á Shamash como o Deus para quem se deve pedir para ajudar aqueles que estão sofrendo injustamente. Shamash instituiu as leis, sendo o juiz supremo. Monólito do Código de Hamurabi, em que na parte superior pode-se ver o rei Hamurabi, em pé, diante do rei Sol, Shamash. Abaixo deles, vê-se parte das 281 normas em escrita cuneiforme.
  • 3. Segundo a Mitologia Suméria, Shamash é filho de Nanna, o Deus Lua, e irmão de Inanna, a Vênus Sumeriana (Chamada na acádia de Ishtar). Juntos eles representavam a tríade Celeste (Sol, lua e estrela).
  • 4. Embora houvessem templos dedicados ao Deus espalhados por todo o país (como Ur, Mari, e Ninive), os principais centros de adoração á Shamash eram Larsa (atual Senkerah) e Sippar (cidade de Abu Habba), sendo este ultimo o mais famoso. Em ambos os lugares era um dos mais proeminentes Deuses para o qual se dedicavam culto, onde se mantiam templos chamados de E- barra (ou E-babbara) “a casa brilhante” uma alusão direta ao brilho do sol.
  • 5. Os hinos sumérios exaltavam-no dizendo que o Deus Sol levantava-se todos os dias da “montanha do leste, percorrendo o caminho até a montanha do oeste. Protegia a terra onde moravam os vivos, tendo no poema de Gilgamesh invocado os sete heróis do tempo para defendê-la. Os dons ligados á Utu são comumente clareza de pensamentos, o dom de oracular, e a arte de ser “brilhante em tudo o que se faz”. Em alguns mitos, Shamash é traduzido como o Deus da justiça tanto entre os deuses quanto entre os homens, é comum acharem-se referências do Deus “libertando os atormentados pelos demônios”, julgando as causas humanas até no submundo, pra onde se dirige assim que o deus Lua toma conta dos Céus juntamente com a escuridão, decidindo o destino dos mortos (a quantidade de dias que passariam sob o domínio de Ereshkigal no lugar cujas portas eram guardadas por homens- escorpião).
  • 6. Iconografia: Usualmente representava-se com uma serra, que simbolizava a justiça incontornável que era exercida por ele, e com raios solares que partiam dos ombros.
  • 7. Alguns estudiosos acham que inicialmente o Deus sol era uma divindade secundária, provavelmente subordinada á lua dado ao fato que os povos Ugaríticos (predecessores dos Sumérios) eram nômades e usavam a lua, e as estrelas para se orientar. Entretanto com o Advento da civilização e, por conseguinte da agricultura, o sol ganhou mais importância, passando a ser um dos principais Deuses do panteão. Luiza Brito Leal 1ºA.