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ATENÇÃO À
CRIANÇA
BEXIGA E INTESTINO NEUROGÊNICOS NA CRIANÇA
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BEXIGA E INTESTINO NEUROGÊNICOS NA CRIANÇA
Bexiga neurogênica e intestino neurogênico são temas pouco
conhecidos e discutidos na criança.
Ainda assim, envolve funções – e disfunções – muito básicas,
que interferem na saúde e na qualidade de vida das crianças,
na sua inclusão e participação social.
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BEXIGA E INTESTINO NEUROGÊNICOS NA CRIANÇA
Objetivos dessa apresentação:
• Sensibilizar os profissionais de saúde;
• Fortalecer a capacidade de assistir pacientes e produzir
conhecimento nas áreas de bexiga e intestino neurogênico em
crianças.
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BEXIGA E INTESTINO NEUROGÊNICOS NA CRIANÇA
• Na maioria dos casos, a bexiga neurogênica vem acompanhada também por distúrbios
da eliminação fecal (intestino neurogênico). Esta combinação é descrita como
Disfunção Vesical e Intestinal (DVI) de origem neurogênica.
• A maioria dos bebês diagnosticados com esta disfunção apresenta trato urinário
superior normal ao nascer, mas desenvolve deterioração da função renal se não
receber o manejo adequado.
Bexiga neurogênica é uma disfunção do trato urinário inferior (DTUI) causada por
qualquer alteração nas funções do Sistema Nervoso Central ou Periférico, ligadas ao
controle da micção.
Wishahi, 2021.
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BEXIGA E INTESTINO NEUROGÊNICOS NA CRIANÇA
A doença renal crônica é um problema global de saúde pública, com milhões de
pessoas tratadas por terapia de substituição renal – diálise ou transplante. No Brasil,
85% dos pacientes que necessitam diálise são tratados no SUS.
Em um estudo da Universidade de São Paulo (USP), 53.3% das crianças com bexiga
neurogênica tratadas tardiamente (média de idade 4,2 anos) já apresentavam danos
renais.
O tratamento precoce da bexiga neurogênica, dentro do primeiro ano de vida, reduz
os padrões de risco que levam à doença renal crônica.
Moura et. al., 2014.
Olandoski et. al., 2011.
Monteiro et. al., 2017.
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BEXIGA E INTESTINO NEUROGÊNICOS NA CRIANÇA
Principais Causas de Disfunção Vesical e Intestinal Neurogênica
Bauer, 2008.; Monteiro et. al., 2018.
Mielomeningocele - Disrafismo espinhal (a mais comum)
Alterações na coluna vertebral - agenesia sacral, medula ancorada
Alguns tipos de imperfuração anal associada a alterações de coluna
Alterações na medula espinhal por lesões esportivas e acidentes de veículos
Anormalidades do SNC
Síndrome Congênita do vírus Zika (a mais recente)
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BEXIGA E INTESTINO NEUROGÊNICOS NA CRIANÇA
Processo de micção e o SNC e SNP
• A micção depende de ações coordenadas
entre o sistema nervoso simpático,
parassimpático e somático e entre os
centros de controle central.
• Fase de enchimento vesical: a bexiga
deve permanecer relaxada e sob baixa
pressão até que sua capacidade máxima
seja atingida.
• Fase de esvaziamento vesical: a bexiga
contrai de maneira sustentada e
sincronizada com o relaxamento
esfincteriano, permitindo seu
esvaziamento completo, sem resíduo
urinário pós‐miccional.
Sistema Nervoso
Autônomo Simpático
Noradrenalina
Receptores colo vesical e
uretral
Relaxamento
vesical/Enchimento
Sistema Nervoso
Autônomo Parassimpático
Acetilcolina
Receptores Muscarínicos
da parede vesical
Contração Vesical/Micção
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BEXIGA E INTESTINO NEUROGÊNICOS NA CRIANÇA
Processo de defecação e o SNC e SNP • A evacuação depende de ações dos
centros de controle central, encéfalo e
medula e o sistema nervoso simpático,
parassimpático e somático.
• Fase de enchimento : acomodação das
fezes na ampola retal. A continência é
mantida pela inibição da motilidade
colônica e pela contração dos músculos
do assoalho pélvico e esfíncteres.
• Fase de esvaziamento: distensão da
parede retal desencadeia sinais aferentes
e iniciam ondas peristálticas no cólon
descendente, sigmoide e reto, forçando
as fezes na direção anal associado a um
relaxamento da musculatura do assoalho
pélvico e esfíncteres.
Sistema Nervoso
Autônomo Simpático
Noradrenalina
Estímulo da motilidade
Fase de enchimento
Sistema Nervoso
Autônomo
Parassimpático
Acetilcolina
Estímulo da motilidade
Evacuação
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BEXIGA E INTESTINO NEUROGÊNICOS NA CRIANÇA
Processo da Micção
Bexiga
Fase de Esvaziamento
U
R
E
T
R
A
Bexiga
Fase de Enchimento
U
R
E
T
R
A
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BEXIGA E INTESTINO NEUROGÊNICOS NA CRIANÇA
Processo da Evacuação
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BEXIGA E INTESTINO NEUROGÊNICOS NA CRIANÇA
Assoalho
Pélvico
O processo adequado de micção e
evacuação dependem da sinergia
entre bexiga/reto e complexo
esfincteriano e assoalho pélvico.
Assoalho
Pélvico
Fase de Enchimento
Fase de Esvaziamento
A distensão da parede
retal/vesical desencadeia sinais
aferentes que se propagam para
iniciar a contração vesical ou
retal forçando a urina ou fezes
para o meio externo.
Sistema Nervoso Somático / Assoalho Pélvico
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BEXIGA E INTESTINO NEUROGÊNICOS NA CRIANÇA
Disfunção Miccional de Origem Neurogênica
Essas alterações prejudicam a função de
reservatório da bexiga e interferem nas
fases de armazenamento e esvaziamento da
urina.
Alterações do SNC ou SNP podem
interromper a comunicação entre os centros
de micção e o trato urinário inferior.
• Na fase de enchimento vesical: pressão vesical muito elevada:
-> dificuldade de drenagem da urina pelo rim (podendo causar hidronefrose)
-> esvaziamento vesical precoce (podendo causar incontinência urinária)
• Na fase de esvaziamento vesical: contração vesical inexistente ou não sustentada, ausência de
relaxamento esfincteriano:
-> podendo causar retenção urinária
-> podendo causar infecção urinária
Repercussões mais comuns:
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BEXIGA E INTESTINO NEUROGÊNICOS NA CRIANÇA
Disfunção Evacuatória de Origem Neurogênica
Essas alterações prejudicam a função de
motilidade intestinal e reservatório do reto
e interferem nas fases de armazenamento e
esvaziamento das fezes.
Alterações do SNC ou SNP podem
interromper a comunicação com os órgãos
do trato gastrointestinal.
• Na fase de enchimento:
-> esvaziamento reto-anal precoce (incontinência fecal)
• Na fase de esvaziamento:
-> constipação
Repercussões mais comuns:
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BEXIGA E INTESTINO NEUROGÊNICOS NA CRIANÇA
• Estudo que avalia a função vesical, na fase de armazenamento e esvaziamento da
bexiga, além da atividade do complexo esfincteriano.
• Diagnostica o tipo de disfunção, e permite a escolha do tratamento adequado.
Diagnóstico
Padrão ouro: URODINÂMICA
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BEXIGA E INTESTINO NEUROGÊNICOS NA CRIANÇA
Tratamento Clínico
Problema Tratamento proposto Ação esperada
Droga indicada
(Método)
• Capacidade de
armazenamento
vesical
comprometida
• Causa:
pressão vesical
aumentada durante o
enchimento e/ou
capacidade vesical
diminuída/baixa
complacência vesical
• Anticolinérgicos ou
antagonistas muscarínicos
• Ação: Inibem a liberação
do neurotransmissor
(acetilcolina) e sua
interação com os
receptores muscarínicos da
bexiga
• Inibem a contração vesical
• Postergar o início e
diminuir a amplitude das
contrações vesicais
presentes na fase de
enchimento.
• Reduzir a pressão e
aumentar a capacidade
vesical.
• Aumentar a capacidade de
armazenamento da bexiga.
Primeira escolhas
em crianças:
Cloridrato de
Oxibutinina
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BEXIGA E INTESTINO NEUROGÊNICOS NA CRIANÇA
Tratamento Clínico
Problema Tratamento proposto Ação esperada
Droga indicada
(Método)
• Capacidade de esvaziamento
vesical comprometida
• Causa:
Resíduos pós-miccional acima de
20% da capacidade vesical
máxima medida durante a
urodinâmica
• Cateterismo intermitente
limpo, realizado pelo
responsável ou pelo
paciente quando possível
(sempre após capacitação)
• Ação: garantir esvaziamento
periódico e eficaz da bexiga
• Esvaziamento
vesical eficaz
• Manutenção da
atividade
muscular da
bexiga para
encher e esvaziar
Cateterismo
intermitente
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Tratamento Clínico
Problema Tratamento proposto Ação esperada Primeira escolha
• Capacidade de
armazenamento e
esvaziamento
vesical/retal
comprometida.
• Causa:
Dissinergismo do assoalho
pélvico.
• Terapêutica
comportamental /
reabilitação associada ao
manejo medicamentoso
e ao cateterismo.
• Ação: garantir
esvaziamento periódico e
eficaz da bexiga/reto.
• Harmonizar a função
vesical/retal
(esvaziamento e
enchimento) com
esfíncteres e assoalho
pélvico.
Fisioterapia
pélvica
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BEXIGA E INTESTINO NEUROGÊNICOS NA CRIANÇA
• Acesso ao diagnóstico, exames e tratamento,
• Aquisição de sondas,
• Dúvidas quanto às infecções urinárias de repetição,
• Necessidade de mudanças no cotidiano da família, como morar com outros membros e
abandonar o emprego,
• Dificuldade de aceitação dessa crianças em creches e escolas,
• Dificuldade de aceitação do cateterismo vesical
• Questões emocionais.
Principais Desafios
É importante identificar quais fatores dificultam o tratamento, em especial o CIL
(Cateterismo Intermitente Limpo), para o desenvolvimento de estratégias para a redução
do medo, visando a sua aceitação e aumentando a adesão ao tratamento.
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BEXIGA E INTESTINO NEUROGÊNICOS NA CRIANÇA
• Para melhorar a adesão ao tratamento: estratégias de educação em saúde
• Para melhorar os problemas de acesso e aceitação:
o Acompanhamento contínuo com a mãe/cuidador (presencial e virtual)
o Observação e orientação sobre os procedimentos durante consultas
o Projeto Terapêutico Singular
O acompanhamento multiprofissional da criança,
cuidadores e familiares é fundamental!
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BEXIGA E INTESTINO NEUROGÊNICOS NA CRIANÇA
• Diagnóstico e tratamento precoce e multiprofissional da disfunção
vesical e intestinal de origem neurogênica reduz a morbidade e
melhora a qualidade de vida, a inclusão e a participação social da
criança.
• O reconhecimento do problema e a atuação dos pais/responsáveis,
gestores e profissionais de saúde para alcançar estes resultados é
essencial nesse processo.
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BEXIGA E INTESTINO NEUROGÊNICOS NA CRIANÇA
• Wishahi M. Lower urinary tract dysfunction in pediatrics progress to kidney disease in adolescents: Toward precision medicine in treatment. World
J Nephrol. 2021;10(4):37-46. doi:10.5527/wjn.v10.i4.37
• de Moura L, Prestes IV, Duncan BB, Thome FS, Schmidt MI. Dialysis for end stage renal disease financed through the Brazilian National Health
System, 2000 to 2012. BMC Nephrol. 2014;15:111. Published 2014 Jul 9. doi:10.1186/1471-2369-15-111
• Olandoski, Karen Previdi, Koch, Vera and Trigo-Rocha, Flavio Eduardo. Renal function in children with congenital neurogenic bladder. Clinics
[online]. 2011, v. 66, n. 2 [Accessed 24 May 2022] , pp. 189-195. Epub 31 Mar 2011. ISSN 1980-5322. https://doi.org/10.1590/S1807-
59322011000200002.
• Costa Monteiro LM, Cruz GO, Fontes JM, et al. Early treatment improves urodynamic prognosis in neurogenic voiding dysfunction: 20 years of
experience. J Pediatr (Rio J). 2017;93(4):420-427. doi:10.1016/j.jped.2016.11.010.
• Costa Monteiro LM, Cruz GNdO, Fontes JM, Saad Salles TRD, Boechat MCB, et al. (2018) Neurogenic bladder findings in patients with Congenital
Zika Syndrome: A novel condition. PLOS ONE 13(3): e0193514. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0193514
• Azevedo de Almeida V, Gonçalves RP, Morya E, et al. Evaluation of bladder and bowel functions in children with microcephaly and congenital zika
syndrome. J Pediatr Urol. 2021;17(5):733.e1-733.e8. doi:10.1016/j.jpurol.2021.06.033
• Cruz GN, Monteiro AC, Gomes Junior SC, Fontes JM, Saad T, Costa Monteiro LM. Virus-related neurological lower urinary tract dysfunction: Lessons
learned during 4-year follow-up of patients with Congenital Zika Syndrome. J Pediatr Urol. 2021;17(4):523.e1-523.e9.
doi:10.1016/j.jpurol.2021.04.005
• Bauer, S.B. Neurogenic bladder: etiology and assessment. Pediatr Nephrol 23, 541–551 (2008). https://doi.org/10.1007/s00467-008-0764-7
• Azevedo De Almeida V, Sotero N, Pauletti Gonçalves R, Morya E, Lira Lisboa L, Maria Costa Monteiro L, et al. Criteria To Evaluate Neurogenic Bowel
Dysfunction In Children With Congenital Zika Syndrome v1. 2020.
• Fontes JM, Cruz G, Pauletti Gonçalves R, Melo TC, Rondon Á, Calado A, et al. Criteria to evaluate neurological lower urinary tract dysfunction in
children with Congenital Zika Syndrome: Revised version after the fourth year of use v1. 2021.
Referências
ATENÇÃO À
CRIANÇA
portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
Material de 06 de julho de 2022
Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br
Eixo: Atenção à Criança
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BEXIGA E INTESTINO NEUROGÊNICOS NA CRIANÇA

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Bexiga e Intestino Neurogênicos na Criança

  • 2. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br BEXIGA E INTESTINO NEUROGÊNICOS NA CRIANÇA Bexiga neurogênica e intestino neurogênico são temas pouco conhecidos e discutidos na criança. Ainda assim, envolve funções – e disfunções – muito básicas, que interferem na saúde e na qualidade de vida das crianças, na sua inclusão e participação social.
  • 3. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br BEXIGA E INTESTINO NEUROGÊNICOS NA CRIANÇA Objetivos dessa apresentação: • Sensibilizar os profissionais de saúde; • Fortalecer a capacidade de assistir pacientes e produzir conhecimento nas áreas de bexiga e intestino neurogênico em crianças.
  • 4. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br BEXIGA E INTESTINO NEUROGÊNICOS NA CRIANÇA • Na maioria dos casos, a bexiga neurogênica vem acompanhada também por distúrbios da eliminação fecal (intestino neurogênico). Esta combinação é descrita como Disfunção Vesical e Intestinal (DVI) de origem neurogênica. • A maioria dos bebês diagnosticados com esta disfunção apresenta trato urinário superior normal ao nascer, mas desenvolve deterioração da função renal se não receber o manejo adequado. Bexiga neurogênica é uma disfunção do trato urinário inferior (DTUI) causada por qualquer alteração nas funções do Sistema Nervoso Central ou Periférico, ligadas ao controle da micção. Wishahi, 2021.
  • 5. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br BEXIGA E INTESTINO NEUROGÊNICOS NA CRIANÇA A doença renal crônica é um problema global de saúde pública, com milhões de pessoas tratadas por terapia de substituição renal – diálise ou transplante. No Brasil, 85% dos pacientes que necessitam diálise são tratados no SUS. Em um estudo da Universidade de São Paulo (USP), 53.3% das crianças com bexiga neurogênica tratadas tardiamente (média de idade 4,2 anos) já apresentavam danos renais. O tratamento precoce da bexiga neurogênica, dentro do primeiro ano de vida, reduz os padrões de risco que levam à doença renal crônica. Moura et. al., 2014. Olandoski et. al., 2011. Monteiro et. al., 2017.
  • 6. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br BEXIGA E INTESTINO NEUROGÊNICOS NA CRIANÇA Principais Causas de Disfunção Vesical e Intestinal Neurogênica Bauer, 2008.; Monteiro et. al., 2018. Mielomeningocele - Disrafismo espinhal (a mais comum) Alterações na coluna vertebral - agenesia sacral, medula ancorada Alguns tipos de imperfuração anal associada a alterações de coluna Alterações na medula espinhal por lesões esportivas e acidentes de veículos Anormalidades do SNC Síndrome Congênita do vírus Zika (a mais recente)
  • 7. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br BEXIGA E INTESTINO NEUROGÊNICOS NA CRIANÇA Processo de micção e o SNC e SNP • A micção depende de ações coordenadas entre o sistema nervoso simpático, parassimpático e somático e entre os centros de controle central. • Fase de enchimento vesical: a bexiga deve permanecer relaxada e sob baixa pressão até que sua capacidade máxima seja atingida. • Fase de esvaziamento vesical: a bexiga contrai de maneira sustentada e sincronizada com o relaxamento esfincteriano, permitindo seu esvaziamento completo, sem resíduo urinário pós‐miccional. Sistema Nervoso Autônomo Simpático Noradrenalina Receptores colo vesical e uretral Relaxamento vesical/Enchimento Sistema Nervoso Autônomo Parassimpático Acetilcolina Receptores Muscarínicos da parede vesical Contração Vesical/Micção
  • 8. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br BEXIGA E INTESTINO NEUROGÊNICOS NA CRIANÇA Processo de defecação e o SNC e SNP • A evacuação depende de ações dos centros de controle central, encéfalo e medula e o sistema nervoso simpático, parassimpático e somático. • Fase de enchimento : acomodação das fezes na ampola retal. A continência é mantida pela inibição da motilidade colônica e pela contração dos músculos do assoalho pélvico e esfíncteres. • Fase de esvaziamento: distensão da parede retal desencadeia sinais aferentes e iniciam ondas peristálticas no cólon descendente, sigmoide e reto, forçando as fezes na direção anal associado a um relaxamento da musculatura do assoalho pélvico e esfíncteres. Sistema Nervoso Autônomo Simpático Noradrenalina Estímulo da motilidade Fase de enchimento Sistema Nervoso Autônomo Parassimpático Acetilcolina Estímulo da motilidade Evacuação
  • 9. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br BEXIGA E INTESTINO NEUROGÊNICOS NA CRIANÇA Processo da Micção Bexiga Fase de Esvaziamento U R E T R A Bexiga Fase de Enchimento U R E T R A
  • 10. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br BEXIGA E INTESTINO NEUROGÊNICOS NA CRIANÇA Processo da Evacuação
  • 11. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br BEXIGA E INTESTINO NEUROGÊNICOS NA CRIANÇA Assoalho Pélvico O processo adequado de micção e evacuação dependem da sinergia entre bexiga/reto e complexo esfincteriano e assoalho pélvico. Assoalho Pélvico Fase de Enchimento Fase de Esvaziamento A distensão da parede retal/vesical desencadeia sinais aferentes que se propagam para iniciar a contração vesical ou retal forçando a urina ou fezes para o meio externo. Sistema Nervoso Somático / Assoalho Pélvico
  • 12. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br BEXIGA E INTESTINO NEUROGÊNICOS NA CRIANÇA Disfunção Miccional de Origem Neurogênica Essas alterações prejudicam a função de reservatório da bexiga e interferem nas fases de armazenamento e esvaziamento da urina. Alterações do SNC ou SNP podem interromper a comunicação entre os centros de micção e o trato urinário inferior. • Na fase de enchimento vesical: pressão vesical muito elevada: -> dificuldade de drenagem da urina pelo rim (podendo causar hidronefrose) -> esvaziamento vesical precoce (podendo causar incontinência urinária) • Na fase de esvaziamento vesical: contração vesical inexistente ou não sustentada, ausência de relaxamento esfincteriano: -> podendo causar retenção urinária -> podendo causar infecção urinária Repercussões mais comuns:
  • 13. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br BEXIGA E INTESTINO NEUROGÊNICOS NA CRIANÇA Disfunção Evacuatória de Origem Neurogênica Essas alterações prejudicam a função de motilidade intestinal e reservatório do reto e interferem nas fases de armazenamento e esvaziamento das fezes. Alterações do SNC ou SNP podem interromper a comunicação com os órgãos do trato gastrointestinal. • Na fase de enchimento: -> esvaziamento reto-anal precoce (incontinência fecal) • Na fase de esvaziamento: -> constipação Repercussões mais comuns:
  • 14. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br BEXIGA E INTESTINO NEUROGÊNICOS NA CRIANÇA • Estudo que avalia a função vesical, na fase de armazenamento e esvaziamento da bexiga, além da atividade do complexo esfincteriano. • Diagnostica o tipo de disfunção, e permite a escolha do tratamento adequado. Diagnóstico Padrão ouro: URODINÂMICA
  • 15. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br BEXIGA E INTESTINO NEUROGÊNICOS NA CRIANÇA Tratamento Clínico Problema Tratamento proposto Ação esperada Droga indicada (Método) • Capacidade de armazenamento vesical comprometida • Causa: pressão vesical aumentada durante o enchimento e/ou capacidade vesical diminuída/baixa complacência vesical • Anticolinérgicos ou antagonistas muscarínicos • Ação: Inibem a liberação do neurotransmissor (acetilcolina) e sua interação com os receptores muscarínicos da bexiga • Inibem a contração vesical • Postergar o início e diminuir a amplitude das contrações vesicais presentes na fase de enchimento. • Reduzir a pressão e aumentar a capacidade vesical. • Aumentar a capacidade de armazenamento da bexiga. Primeira escolhas em crianças: Cloridrato de Oxibutinina
  • 16. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br BEXIGA E INTESTINO NEUROGÊNICOS NA CRIANÇA Tratamento Clínico Problema Tratamento proposto Ação esperada Droga indicada (Método) • Capacidade de esvaziamento vesical comprometida • Causa: Resíduos pós-miccional acima de 20% da capacidade vesical máxima medida durante a urodinâmica • Cateterismo intermitente limpo, realizado pelo responsável ou pelo paciente quando possível (sempre após capacitação) • Ação: garantir esvaziamento periódico e eficaz da bexiga • Esvaziamento vesical eficaz • Manutenção da atividade muscular da bexiga para encher e esvaziar Cateterismo intermitente
  • 17. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br BEXIGA E INTESTINO NEUROGÊNICOS NA CRIANÇA Tratamento Clínico Problema Tratamento proposto Ação esperada Primeira escolha • Capacidade de armazenamento e esvaziamento vesical/retal comprometida. • Causa: Dissinergismo do assoalho pélvico. • Terapêutica comportamental / reabilitação associada ao manejo medicamentoso e ao cateterismo. • Ação: garantir esvaziamento periódico e eficaz da bexiga/reto. • Harmonizar a função vesical/retal (esvaziamento e enchimento) com esfíncteres e assoalho pélvico. Fisioterapia pélvica
  • 18. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br BEXIGA E INTESTINO NEUROGÊNICOS NA CRIANÇA • Acesso ao diagnóstico, exames e tratamento, • Aquisição de sondas, • Dúvidas quanto às infecções urinárias de repetição, • Necessidade de mudanças no cotidiano da família, como morar com outros membros e abandonar o emprego, • Dificuldade de aceitação dessa crianças em creches e escolas, • Dificuldade de aceitação do cateterismo vesical • Questões emocionais. Principais Desafios É importante identificar quais fatores dificultam o tratamento, em especial o CIL (Cateterismo Intermitente Limpo), para o desenvolvimento de estratégias para a redução do medo, visando a sua aceitação e aumentando a adesão ao tratamento.
  • 19. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br BEXIGA E INTESTINO NEUROGÊNICOS NA CRIANÇA • Para melhorar a adesão ao tratamento: estratégias de educação em saúde • Para melhorar os problemas de acesso e aceitação: o Acompanhamento contínuo com a mãe/cuidador (presencial e virtual) o Observação e orientação sobre os procedimentos durante consultas o Projeto Terapêutico Singular O acompanhamento multiprofissional da criança, cuidadores e familiares é fundamental!
  • 20. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br BEXIGA E INTESTINO NEUROGÊNICOS NA CRIANÇA • Diagnóstico e tratamento precoce e multiprofissional da disfunção vesical e intestinal de origem neurogênica reduz a morbidade e melhora a qualidade de vida, a inclusão e a participação social da criança. • O reconhecimento do problema e a atuação dos pais/responsáveis, gestores e profissionais de saúde para alcançar estes resultados é essencial nesse processo.
  • 21. portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br BEXIGA E INTESTINO NEUROGÊNICOS NA CRIANÇA • Wishahi M. Lower urinary tract dysfunction in pediatrics progress to kidney disease in adolescents: Toward precision medicine in treatment. World J Nephrol. 2021;10(4):37-46. doi:10.5527/wjn.v10.i4.37 • de Moura L, Prestes IV, Duncan BB, Thome FS, Schmidt MI. Dialysis for end stage renal disease financed through the Brazilian National Health System, 2000 to 2012. BMC Nephrol. 2014;15:111. Published 2014 Jul 9. doi:10.1186/1471-2369-15-111 • Olandoski, Karen Previdi, Koch, Vera and Trigo-Rocha, Flavio Eduardo. Renal function in children with congenital neurogenic bladder. Clinics [online]. 2011, v. 66, n. 2 [Accessed 24 May 2022] , pp. 189-195. Epub 31 Mar 2011. ISSN 1980-5322. https://doi.org/10.1590/S1807- 59322011000200002. • Costa Monteiro LM, Cruz GO, Fontes JM, et al. Early treatment improves urodynamic prognosis in neurogenic voiding dysfunction: 20 years of experience. J Pediatr (Rio J). 2017;93(4):420-427. doi:10.1016/j.jped.2016.11.010. • Costa Monteiro LM, Cruz GNdO, Fontes JM, Saad Salles TRD, Boechat MCB, et al. (2018) Neurogenic bladder findings in patients with Congenital Zika Syndrome: A novel condition. PLOS ONE 13(3): e0193514. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0193514 • Azevedo de Almeida V, Gonçalves RP, Morya E, et al. Evaluation of bladder and bowel functions in children with microcephaly and congenital zika syndrome. J Pediatr Urol. 2021;17(5):733.e1-733.e8. doi:10.1016/j.jpurol.2021.06.033 • Cruz GN, Monteiro AC, Gomes Junior SC, Fontes JM, Saad T, Costa Monteiro LM. Virus-related neurological lower urinary tract dysfunction: Lessons learned during 4-year follow-up of patients with Congenital Zika Syndrome. J Pediatr Urol. 2021;17(4):523.e1-523.e9. doi:10.1016/j.jpurol.2021.04.005 • Bauer, S.B. Neurogenic bladder: etiology and assessment. Pediatr Nephrol 23, 541–551 (2008). https://doi.org/10.1007/s00467-008-0764-7 • Azevedo De Almeida V, Sotero N, Pauletti Gonçalves R, Morya E, Lira Lisboa L, Maria Costa Monteiro L, et al. Criteria To Evaluate Neurogenic Bowel Dysfunction In Children With Congenital Zika Syndrome v1. 2020. • Fontes JM, Cruz G, Pauletti Gonçalves R, Melo TC, Rondon Á, Calado A, et al. Criteria to evaluate neurological lower urinary tract dysfunction in children with Congenital Zika Syndrome: Revised version after the fourth year of use v1. 2021. Referências
  • 22. ATENÇÃO À CRIANÇA portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br Material de 06 de julho de 2022 Disponível em: portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br Eixo: Atenção à Criança Aprofunde seus conhecimentos acessando artigos disponíveis na biblioteca do Portal. BEXIGA E INTESTINO NEUROGÊNICOS NA CRIANÇA