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Passageiros do tempo




       Josane Peer




“Minha primeira estrofe da
         alma”




              1
2
BIOGRÁFIA

Poeta, Compositor, Letrista, Músico e Produtor
Artistico. Atuou em grupos de rock, como:Inhumanos
(BA), Madrasta-Mãe (SP) e hoje segue carreira solo.
No meio literário participou de Antologias pelas
Editoras:Physis, Andross (SP) e Lítteris (RJ),Diretor
da APACESP (Associação de Produtores e Agentes
Culturais do Estado de São Paulo), e recém eleito
Membro Correspondente da Academia de Artes de
Cabo Frio-RJ (ArtPop).

Contatos :
Josane Peer

(11)8255-2390
MSN e Orkut:
never-land2009@hotmail.com
josanepeer@myspace.com

ww.myspace.com/josanepeer
www.palcomp3.com.br/josanepeer
http://clubecaiubi.ning.com/profile/Peer
http://www.oinovosom.com/
http://www.pleimo.com/peer
http://twitter.com/poetadorock
http://peerrock.blogspot.com/
http://noisecall.com/POETADOROCK


                              3
Agradecimentos Especiais:
Ao Universo, á Minha Mãe Rosália e sobrinhas,W.T.Tede
Silva, Hélio Braz, Prof.Ediney Santana, os irmãos
Ydelmar e Lindomar de Oliveira e Jussiê ,Héliomar e
Hélio, Eliciane Alves, Preto Paulo, Juliana Gimenes,
Josane Tonello, Moacir Barbosa (Bicho Raro) á poetisa
e escritora Sílvia Mendonça, aos poetas e escritores de
Pontes Culturais por Izabelle Valladares (em especial),
De Luna Freire, Sra.Lúcia Pio e Bia, Renata Viana,
Luana Lima, Regina Galdino e todos os meus amigos e
pessoas que me apoiaram e também aos críticos.




                           4
1a edicao - 1a impressão
Direção Geral: Josane Peer
Revisão: Josane Peer
Capa: Anjo Produções Gráficas
Projeto Gráfico/ diagramação: Anjo Produções
Gráficas




DIREITOS RESERVADOS É proibida a reprodução total ou
parcial da obra, de qualquer forma ou por qualquer meio sem
a autorização prévia e por escrito do autor. A violação dos
Direitos Autorais (Lei nº 9610/98) é crime estabelecido pelo
artigo 48 do Código Penal.




ISBN :
Impresso no Brasil
Printed in Brazil
2010




                              5
A Poesia do Submundo
Por: Ediney Santana*
	       A poética de Josane Peer não nasceu com a escrita,
nasceu no canto, na música. Poucos são os letristas de
canções que merecem o epitáfio de poeta, Peer merece.
Autor de verbos cortantes e imagens aterradoras sobre
nossa cambaleante humanidade Peer se insere no
contexto máximo de quem faz da arte confissão e fé de
ser.
	       É quase impossível separar Peer da música ou
literatura, sabemos o quanto é a música sua paixão
primeira, no entanto a palavra sempre lhe foi mais
generosa; como foi também com Renato Russo, Jim
Morrison, Cazuza ou John Lennon.
	       O fazer poética de Josane Peer se insere na bem
sucedida mistura entre o Romantismo e Simbolismo o
que não raro nos oferece uma deliciosa seleta de versos
repletos de imagens e mergulhos profundos na alma
humana.
	       Cada verso de Peer é urbanamente hermético, não
é uma leitura fácil sua escrita, embora seja um sujeito
forjado na essência da cultura pop, Peer é dado os
hermetismos clássicos. Pop sim, mas impiedosamente
clássico no trato com a língua portuguesa.
	       Tive o prazer de conhecê-lo e conviver com ele
durante anos, pude acompanhar seu incansável trabalho
artístico o qual a Bahia não soube reconhecer, pude velo
nas escadarias do Centro Educacional Teodoro Sampaio,
em Santo Amaro-Ba, compondo instantaneamente
inúmeras canções, como se estivesse em profundo
transe artístico. Seu talento era inegável tanto quanto
                            6
seu sofrimento por não se reconhecido ou ao menos
respeitado como artista.
	      É com alegria que vivo esses novos tempos em que
as tecnologias felicitam a produção artística de inúmeros
músicos e escritores, com alegria vejo o império dos
“donos” da cultura desabar.
	      Um novo mapa cultural vai aos poucos se
desenhando no país, novas e antigas vozes antes
ignoradas ganham as ruas sem o carimbo das poderosas
corporações empresariais, escritores publicam e são
lidos sem constar nas listas pré-fabricas “dos mais lidos
da semana”, é com alegria que tudo isso eu presencio.
Cultura e Educação andam juntas, mas no nosso país
no qual políticas públicas são remendos sociais para
maquiar a degradação do próprio Estado Brasileiro
e milhões de pessoas são mantidas por esse mesmo
Estado artificialmente na ignorância pelos processos de
desarticulação da escola pública, publicar um livro é
algo a ser celebrado.
	      Celebremos então Josane Peer por ter vivo sua
vida em favor da arte e nunca ter machucado ninguém,
celebremos suas palavras, palavras coloridas quando
falam de juventude, amizade, infância, sonho e alma;
palavras cinzas quando falam de injustiça, dor, tristeza,
solidão e política.
	      Celebro a você meu amigo poeta da urbanidade,
da busca constante por si mesmo, pelo amor, pelo
submundo que tantas vezes juntos andamos em busca de
paz e respeito, celebro tua vida que é arte e construção
honesta de uma Utopia a qual teu canto nunca desistiu de
buscar.
                              7
Poeta a navegar entre os sonhos da juventude e o
mundo impiedoso da maturidade, da concreta realidade
ao lúdico, da não aceitação da derrota a solidão longe da
família, da voz acidamente delirante a compaixão pelo
próximo, da palavra em favor da vida a busca pela tão
sonhada paz de espírito.
	      Das guitarras distorcidas a sempre e necessária
rebeldia, do fazer solidário de poemas repletos de
delicados encontros consigo ao mundo desejado. Assim
se faz o letrista, poeta e inegavelmente artista passageiro
do tempo: Josane Peer.
	      * Ediney Santana é escritor, autor de diversos
livros, escreve regularmente em http://cartasmentirosas.
blogspot.com




                             8
Viver é se expressar. Quem não faz um filme,
escreve um livro. O cinema é uma industria, a musica
é um vicio, o teatro é a arte do desespero, a poesia é o
ultimo refugio da dignidade, da identidade, da expressão
da sensibilidade humana. As midias mudam, o vinil
volta, o CD acaba, todo mundo pirateia, os artistas
lutam para sobreviver como nunca. Apenas a poesia
é eterna, não precisa de super produção, nem casas de
exibição, nem suportes fisicos elaborados, apenas a
força das palavras no exercicio triunfal do que de melhor
pode fazer a lingua. Assim Josane Peer, carregando toda
a sensibilidade de uma geração, se expressa na poesia
para seguir vivendo, ele que é um multiartista, musico,
cantor, ator. Não sabemos aonde vamos, quando e onde
parar, como ele diz em um de seus inspirados versos. A
estrada que seguimos é mais perigosa do que cala nosso
coração, garante ele. Mas a certeza, e o poeta insiste, é
que sabemos que o grande momento esta na liberdade de
se amar. Se amar. Quando estamos cercados, ou tentam
nos paralisar, ou tentam nos reduzir à rotina do come e
dorme, eis que uma rajada de poesias desperta-nos do
marasmo e mostra que "a virtude não esta contida na
verdade de quem vai contar" mas sim "esta expressa no
misterio que tentamos buscar." Grande Josane Peer! Que
a Poesia continue tendo em você um guerreiro, pois tudo
o resto é descartável mas ela é essencial!

Tede Silva
Diretor,Ator,Compositor,Escritor,Artista Multimídia
Atualmente reside na França


                              9
A casa torta
Prisioneiros do abismo solidão
Repletos de vazio
Estranha multidão

A mesa posta sem resposta
Alma sem lar a casa torta
A cama é quente
O riso é frio
Indiferente amor servil
São fantasmas que nos vestem
De loucas fantasias
Á procura da saída sem sair da escuridão
Escuridão

Prisioneiros do abismo solidão
Repleto de vazio
Estranha multidão




                 A cor da Rosa
A cor da Rosa é Mistério
A cor da Rosa de infinito Ton
Tom de arco-íris do olhar
Que desperta o verdadeiro Som
Desperta a Pétala Flor -Mulher

                          10
A cor da Rosa é essência Real
A cor da Rosa
De fragrância Natural
De um jeito terno
Que é só teu...teu...teu
Sublime de Ser

A cor da Rosa
È bam mais que Arte de estar
Que se quer descobrir
Ao recôndito Prazer de se Dar

De revelar-se em Rara beleza
A Deusa-Mulher
A Deusa-Mulher
A Deusa-Mulher!


                      VIDAS
Vidas se prostituem
Em busca de outras vidas
Tentando se encontrar
Perdida consciência
De luz...ausência
É o que há
Na pálidez espectral do olhar
Falange de seuisos corpos
Sedentos de ser
Cobertos de amores vãos
Onde outrora beleza exposta
                                11
Jaz agora corrompida
No sempre vazio de ter o que não é
Nem nunca virá a ser em Vida
Restará apenas o passado
Como companhia
No disfarce do porvir
Que do futuro irá se fartar
Com tua dor como conselheira
Ao amanhecer por fim estando inerte
Se ainda o destino quiser e estar
Achar-se ao seu lado para acordar


                   A Paulicéia
Cidade de tantas vertentes
Igualitária em suas desigualdades
Tênue e soberba
Tua louca densidade
E diversidade tamanha
Concreto e aço
Teu coração
De arranha-céus
E cores profusas nos outdoors
E adjacentes vias tuas
Certeiras e marginais
Nas horas (in) certas
Do caos á pressa
De se encontrar
Nos desencontros
Das múltiplas estações
                          12
Leste,Oeste,Norte e Sul,
De contigentes
Das trilhas do Metrô
Que não se pode parar
Nem separar
Cosmopolita multidão
Cidade de sonhos dispersos
E tão diversos
Gritante solidão
Transgredindo a inocência
Perdida nos semáforos e cruzamentos
Nos viadutos
Em dias e noites
De inteira progressão
Despe contagem regressiva
Correndo o tempo no Ar
São Paulo meu louco amor
Aqui estou de braços abertos
A te abraçar


                   Alma Blue
Vestida para amar devora-me
Devora minha solidão
Me cubra com os lençóis secretos
Misteriosos do teu coração
Desnuda minha alma em transe
Me vista com tua presença
Me envolva com os teus sorrisos
Encantados da tua essência
                            13
Dispa-se dos teus segredos
Iluminado sob o sol das noites
Faz-me sonhar e amar sem medo
Imaginando o paraíso em flores
Vamos inventar o infinito outra vez
E vestir de nudez a nossa plenitude
Alma blue
Alma blue
Alma blue
Alma blue

                   Amor Maior

Busque se tocar em Arte intensamente
Transcendendo amores e paixões incandescentes
Para transformar e brilhar no palco dos nossos corações
Onde aceleram pulsantes
No reino dos nossos sonhos
Na incessante procura do nosso outro lado amante
Na incessante procura do nosso outro lado amante
Tão constante quanto é a eternidade
Majestosa e infinita é a brevidade
Enquanto dure o encanto
Do nosso amor maior
Enquanto dure o encanto
Do nosso louco amor maior
Maior amor maior amor maior amor maior




                          14
Aqui Jaz
Cidade cinza
Vermelho tinto e luto
Sangue e vinto tinto,
Branco a cor do riso sujo
Degradê,neôn e lusco-fusco
Verdejante teu grito que busca
De rarefeito Ar
Insípido,incolor e inodora dor do paladar
Uma dança sem par
Rosto sem lar
Trafego sem rumo
Sem ter como voltar
Sem ter como voar


                      Bailado
Na magistral arte de bailar
Tu evocas encantos
Que se manifestam
Nos recônditos da alma
Que sonha liberdade
E se despe de tamanha vontade
De plenitude presente
E rege teu mundo
Teu universo interior
De rara beleza e explendor
Transcendendo desejos e fantasias mil
Que extasiam
                             15
Os olhos famintos
Ante a tua força
Ante a tua feminilidade inocente
Inocentemente transgressora
Pronta pra nos hipnotizar
Através do teu sorriso
Através dos teus gestos
Através de tua nudez
Da tua grandeza
De ser o que és
Na busca incessante de prazer
Na busca incessante de sonhar
Ser livre
Ser livre para ser eterna
Ser eterna para amar!


               Beatinik Sputinik
Seus olhos arco-íris
Mergulhara por sob almas além
Suas mãos mecanizadas
Teciam flores de plásticos
Envoltas sob bombas de chocolate
Adocicando com canções tuas
Corações metálicos
Caminhava ele por destinos
Que não tinha fins nem meios
Era apenas re-começo
De sí mesmo a surgir
Em meios as tramas do medo
                          16
Perdidas através das areias dos tempos
Onde escorriam os sonhos
Através dos muitos dedos
Por entre as chaves do mistério
Escondia-se do Universo
Todos os segredos
Beatinik Sputinik


                   Bela Mulher
Tua voz sensualmente rouca
Nos convida a sonhar
Soa como doce melodia
Adentrando nossos ouvidos
E se transformando
Em bela e harmoniosa canção
Viajando até nosso desarmado espírito
Embevecido á exaustão
No compasso mais que perfeito da emoção
Faz-nos pulsar mais forte
Ao sabor de indescritíveis desejos
O nosso hipnotizado coração
Que imaginas querer desvendar
Teus mistérios e segredos
De bela mulher que tu és
Independente do teu estado civil
Quer intensamente vivenciar
E sentir o teu querer, o teu pulsar,
O teu olhar,te sentir ,te tocar
E por ti te fazer delirar
                             17
De desmedido e incomensurável prazer,
Prazer proibido
Adentrar o teu universo de feminino ser
E chegar juntamente contigo
Na plenitude de intermináveis gozos divinais
Às portas do teu íntimo paraíso...


                    Blue Baby
Leve voa pousa e repousa
Suave canta trança e encanta
Nada é mais distante agora
Só resta o infinito
Gôtas de silêncio afloram
E tecem o grito
Dos momentos
Loucos pensamentos germem
Se perdem no espaço
E que se transformam belos
Em laços e abraços
Dos momentos
Dos meus olhos rubros
Que procuram silêncio
Impressos gritos no escuro
Alma dor sentimento




                          18
Blues da solidão
As vezes a dor tão suave
Quanto sonhar amor
Um só amar é perigoso
Melhor sonhar a dois
Blues da solidão que me consola
Inconsolável fúria atroz
Alma inacabada
Enlouquecida
Refém do ser
Algoz que sou


               Boneco de Louça

Vem me carregar sou teu big baby
Compor uma canção

Fúnebre de ninar
fúnebre de ninar
fúnebre de ninar

Quer me carregar e me jogar ao chão
Porta fora aberta do sagrado coração de sangue
Sangue maternal,sangue maternal

Sou teu bebê (sou teu bebê)
Quero respirar
Sou frágil,

                              19
frágil,
frágil bebê
Boneco de louça

Guardado na estante
Esquecido em qualquer lugar
Parte de um todo
Da memória viva

De um berço tumular
De um berço tumular
De um berço tumular


                  Botão em flor

Pequenina feita em flor botão
Teu sorriso de menina-mulher
Me diz quantos segredos tem teu coração?
Me diz destino afinal
O que essa moça quer?


                      Cabelos

Pelos pêlos capilares
Ondalejantes cacheados e suaves
Crespos,lisos entrelaçados
Em muitas ramagens
                         20
Vestem-se e despem-se aos milhares
As cabeças em seus cortes
Adereços e recortes
E retoques
Secos & Molhados
Fios aos montes
Retos...curtos...curvos...longos
Pelas pontas...soltas presas,
Vem de monta
Para brilhar,molhar,alisar,massagear,secar,remodelar
Tipo trançado,channel
E tudo mais que for possível
Pelo bem da ética e da estética
Todos os penteados todos os estilos
Variados pelos pêlos capilares
Molduram faces, decoram modelos e tipos
Criam moda da terra,ao mar, ao céu
Sugerem dos cabelos outros e novos arquétipos




                            21
Cavaleiros da Ordem

Somos Cavaleiros da Ordem
E vimos em Missão de Paz
Irradiar Amor na Terra
Honradamente Apraz

Preservar a Natureza-Mãe
Amar à Deus e ao Semelhantes
E fazer o Bem
Sem olhar a quem

Nem mesmo o Tempo e à Morte
Pode nos vencer
Somos Eternos em Irmandade
Nada temos à temer

Avante Cavaleiros...Avante Cavaleiras...
Na comunhão da Luz
O Amor é o Caminho
Que assim sejas!




                          22
Cenário

Neste cenário imperfeito de desilusão
Quero partir
Pegar carona
Pela estrada afora
Do teu beijo
E me perder
No infinito
Teus abraços
Nos delírios
Teus desejos...


                  Conformismo
Conformismo
Vem com o exílio
Que se farta e me devora
E me derrota com a fome
Que assola e arrebenta a consciência
De todo o ser
E a morte trás o caos que se avizinha
Sem demora
Com o mal que sempre entorta
Os caminhos do nascer
Hipocrisia é poesia
Que arrota ignorância
Sacra ,sangra e espanca toda a forma de viver
E explode e enriquece o egoísmo que empobrece

                             23
E apodrece a nossa espécie
Em toda forma de poder
Nos privando de sobreviver
Sempre dispostos a matar
E não morrer
Nos privando de sobreviver
Sempre dispostos a matar
E não morrer

                      Desejo
Desejos conhecer-te na profundidade
Do teu ser mais pleno
Na serenidade do teu sentir
Na magnetude do teu pulsar
Na tua ânsia saudável de viver
No teu desejo intimo e recôndito de amar
Te adoro
Na tríade sublimal simbiose
Do corpo, da alma e do coração


                    Desplugar
Minha alma desplugada está
Da minha mente a se desligar
Repleta de solidão
Deste vazio a vagar
Enquanto não( des) cançar
Nada ainda vai restar
O que desta será feito
                          24
Por obra do destino
Só o caso por sí mesmo
A predestinar
O que almejas agarrar
E teima em pensar
No impedimento de sonhar
Onde não há mais lugar
Por onde possa escoar e ecoar
Se há muito pouco
(Por efeito parafuso ou desuso)
Minha alma desplugada está...

                        Ecos

Minha voz ecoa
Em acordes densos e cortantes
Emitindo díspares emoções constantes
Em imersas ebulições adiante
E só eu sei
O quanto isso me é gratificante
Deveras inspirativa
Vital e importante
Expulsar os meus demônios interiores
Meus medos, mitos, dores e rancores
Combustível plenamente essencial
Para estar de mãos dadas
O Bem com o Mal




                             25
Do além cantar

Canto para o espaço infinito
Canto para a noite sonhar
Canto para a minha morte
Canto para a vida sem par

Canto para o riso do pranto
Canto para a tristeza espantar
Canto para os excluídos de liberdade
Canto para os sinos dobrar

Canto para os caminhantes
Canto para os tortos a vagar
Canto para os que no trem partiram
Canto para os que estão por chegar
r
Canto para o Silêncio
Canto para o tempo a bailar
Canto para a dor dos ais que persiste
Canto pra quando a morte chegar

Canto para o meu torto canto
Canto para o Além do voar



Ensinar e aprender... Amando



                           26
Aprender contigo
E incomensuravelmente
Mesmo que distraídamente
Em fantasias ter-te
Serias sublimal
Querer-te em Arte
Destarte ensinar-me
Os mistérios
Dos desejos inconscientes
Na maestral pureza
Do teu Feminino dom de sê-la
A ensinar-me
Nos meandros de "proibidas"
Sensações que a paixão
Despertas
E incontinente sob a epiderme
Com aguçada sagacidade e perspicácia
E de desejos febris me invades...
Tomam-me de assalto solene
Debalde tão somente... Amar-te!


                    Esperanças
Tudo o que passou
Vou deixar pra trás
Nasce um novo tempo
Pra re-começar

Agora é hora de sorrir
O sol brilha por nós dois
                            27
E as nuvens se dissipam
Com o pulsar das horas

Vou seguir em frente
Pela estrada a fora
E nas curvas do destino vou
Trilhar o meu caminho

Não desistir jamais
Até chegar ao fim

Não desistir jamais
Até chegar ao fim

Fecho as cortinas do passado
E deixo atrás da porta
O presente aqui e agora
É o que me importa
Meu amor




                   Esvair-se
            P/estevão in memorian

Qual o real sentido da vida?
Por que sofrer tanto
Perante a inexorável ventura da morte?
Qual o verdadeiro sentido da existência?
Por que tristeza,dor e pranto?

                          28
Por que em uma fração de segundo
Se esvai todo e qualquer resquício
De consciência?
Quando parecíamos estar vivos?
Por que se autoanular
E se entregar no vazio negando toda essência?
Por que desistir?
No meio do caminho?
Por que subtrair-se e quedar-se ante aos desafios?
Que nos impõe o destino
Por que fraquejamos?
Por que?
Quais as respostas pra tantas questões?
Por que após muito lutarmos caímos
Como vencidos?
Vencidos pelo cansaço e fechamos os olhos
Para sempre?por que?por que?
Por que ?finalmente?
Por que ,perecer,fenecer, morrer


                Eternidade
          In memorian:Cássia Eller

Vou pegar estrada
Para algum ponto de partida p’ro final
Interminável de mim mesmo
No sorriso da tristeza da aurora
A esperança plena se veste
De tons imaginários
                             29
Uma sonora viagem
Silenciosa
Que agora grita
Eternidade!

Uma sonora viagem
silenciosa
Que agora grita
Eternidade!

                   Exato êxtase
Quando me inspirar
Na tua expiração
Não sei se vai caber ou não
Do senso a sensação
Ao explodir mil gestos nús
De ti profana erupção

Primaveril floral estão
Tua densa relva em profusão
De intensa seiva o pulsar
Da ação
Íntimo cosmo em expansão
De sermos uno aos turbilhões
No exato êxtase de estar então
No exato êxtase de estar então




                          30
F...
Da noite és perfeita dama
Entre furtivas paixões
Que clama alcova e foge
Por entre lençois teus sonhos em chamas
A realidade amanhece em suas tramas
Tecem feroz...
Avida já não é mais
Um mar de rosas
Nem tamouco de estrelas é coberto teu chão
Onde lá no fundo suplica tua alma
Reinvindica a calma
Faminta de amor e completa afeição
Quem pensas que tú és mera aventura
Redondamente se enganas
Choras ao cair da cama
Inútilmente se trae para fazer tua fama
Pois eles não sabem que do teu sagrado seio
Divinamente repousa
A mãe – menina-mulher
Que sonha esperança
A heroína que és
Quase que semi-deusa
Tão pura , tão nua
F...




                            31
Filhos do vício

Há um grave preconceito
Que nos foi imposto
Quando saímos da ilusão
Invadimos sem licença
O adulto mundo da razão

Não somos culpados
Sim, somos vítimas
Da incompreensão
Que vem da criminosa dúvida
Dívida de ser vida
Neste mundo cão
Nós hoje somos jovens
Com pressa de chegar
A algum lugar
Que o destino aponta
Mas...queremos retornar

Somos só filhos
Filhos do vício
Do vício da existência
Que as vezes nos impede
E nos mata de sonhar
Que as vezes nos impede
E nos mata de sonhar


                          32
Flor da liberdade
Sonho acordado
E viajo em um mundo imaginário
Rico em miragens flutuam
No instante do horizonte de um espaço
Vôo e vejo a clara percepção
Dos olhos nús
Gritam em lembranças vivas
Que ocultam gotas
De silêncio frágil
Fragmento belo
De silêncio frágil
Fragmento belo
Onde me perco e me acho
Na eternidade plena de um abraço
Dessas noites que emergem como pássaros
Cantam inspirações e poesias e delírios, sonhos
Infinitos como a flor da liberdade




                             33
Flor Marginal
A Flor Marginal exala o perfume ocre
Em poesias acídas de Tons atonais
Em suas cores Piscodélicas e Dissonantemente
Desconcertantes a despojar as carapaças
De nossos inconscientes e despertando
Para a delicada crueza da realidade Nua
Que se finge de ilusão
Flor Marginal Perpétua sejas
Nos teus jardins do Esperançar
Conjugando o verbo Liberdade
E desconstruindo o caos da hipocrísia
Reinante que teima com seus subterfúgios
O verdadeiro sentido de SER do humano ser
Eclipsar
Que teu perfume aguce todas as narinas
E fossas nassais
Que tuas cores despertem e façam toda a íris
Contida no semblante a enxergar
Que tua acída poesia possas enfim
E dissonante canção atonal
Fazer todo consiciente espirito que jaz
Na orbe terrestre
Para o Por Vir de uma nova consciência
Igualitária e despida de egos
Se fazer ser ouvida a todos grotões
E Nações do mundo
E se fazer de vez o todo amâgo nascente
Inssurgir-se na forma de advérbio crescente
Dessa eterna busca
Revolucionar
                         34
Florescência
Arvores,ramagens,frutos,folhas e flores
Verdes miragens,paisagens e cores
Coloridos ramalhetes de serena plenitude
Seiva...sementes... de aromas tão doces

Ginoceu...androceu...
Pairam vicejantes e amigas
De germinante botão desperta a pétala
Sublimes sonhos de clorofila
Hão de preencher de Vida a Terra!


                       Fuga
Os confins do mundo
São só meras imagens
Que povoam e flutuam os espaços
Falidos da minha cabeça
Não importa agora se o tempo
Retrocede ou avança
Não levará nada a nenhum lugar
Os pensamentos se perdem
Nas vagas lembranças
Nos momentos de serenidade
Que o instinto da fuga estraçalham junto
Com as fantasias
O brusco e o angustiante vôo para o nada
Se confundem em seus próprios instintos
E não haverá um único sentimento pressentido
                            35
Que venha a resgatar-me
Da misericórdia de Deus
E agora o que será da vida?
O que será do meu último instante?
E agora o que será da vida?
O que será do meu último instante?


               Gritos do silêncio
É violenta e cruel a dor que trago em mim
Deixou marcas no meu corpo
É o preço pago pelo progresso nocivo
Em trocada nossa liberdade
A nossa falsa liberdade
A nossa falsa liberdade
O vento corta o meu rosto
Silencia suspeito ao grito que ecoa na cidade
O vento corta o meu rosto
Silencia suspeito ao grito que ecoa na cidade
É só a fúria que se desenha nas palavras
É só a noite cujo o desejo se retrata
E voa alto rumo ao céus sem asas
E voa alto rumo aos céus sem asas
É como a droga que entorpece os nossos sonhos
Entrega-nos a vida a escuridão
Turva-nos a voz e cala o nosso próprio mundo
Não há chance de voltar mais o perdão
Não há chance de voltar mais o perdão
Não há chance de voltar mais perdão
Que sobrevoa os quatro cantos da cidade
                          36
Me violentam me jogam aos pés dessa cidade
E me arranca alma sob o sol dessa cidade
Cujo grito ecoa os quatro cantos da cidade
É como a droga que entorpece os nossos sonhos
Entrega-nos vida a escuridão
Turva-nos a voz e cala o nosso próprio mundo
Não há chance de voltar mais o perdão
Não há chance de voltar mais o perdão
Não há chance de voltar mais o perdão




            Grupos de exterminio
Grupos de extermínio fuzilam nossos sonhos
Nos matam o futuro e assassinam crianças
Famintas, perdidas de amor sem perdão
Em troca do escuro seqüestram nossos dias
E as noites que talvez nunca virão
E as noites que talvez nunca virão
Semeiam com sangue a revolta e a miséria
Com derrubam toda uma nação
Não haverá nunca a chance de vida
Será se houver sangue nas faces ,nas mãos
Quem escreverá a poesia
O que será destes pobres inocentes
Condenados a não ver mais a luz do dia?
Estendi a mão
Dá-me violência
Recebi o ódio
Como gratidão
                           37
Abri meu coração
Não obtive clemência
Quando quis a paz
Nos deram a morte
E das guerras nos deram ilusão
Ilusão...ilusão...
O que será do futuro?o que será de nós?
Se provocaram da vida um aborto
E mataram os nossos sonhos
Nossos pais,nossa pátria,nossos heróis
O que será do futuro? O que será de nós
Se provocaram da vida um aborto?
E mataram os nossos sonhos
Nossos pais ,nossa pátria, nossos anjos
E assassinaram os heróis tudo pela dor


              La Fêmme Passion

Como definir teus estágios e encantos?
Como definir tua intuiva beleza
Que enobrece e conquistas
Por onde passas?
Encantos de menina
Menina em flor
Feito mulher
Na fragrancia cristalina
Que seduz e domina
Nossos instintos
Ainda que possas parecer
                          38
Que não se quer
Sutil paixão e explendor
Que feminal e plena personificas
Na sensualidade premente
Que instigas
E convidas a bailar
Mil sonhos e noites
De prazer
Prazer entre Pétalas e Botões
No paraíso dos Gineceus
E no Phoênis das muitas Dianas
E Deusas de Elfos e Afrodites
Renascidas
Na virtude do desabrochar-se
Ante ao toque feminal de Ser
Deste belo e divino SER
Natural e tão cósmico
Tão intímo
Tão leve e marcante
La Femme Passion
Que nos convida
A infinitasmente
No Amor Platônico
Se inspirar
Da inspiração
De desnudamente
Teu mistérios desvendar
La Femme Passional
Um indescritível
Cheiro da Prefeita Fragrância
De sensual liberdade no AR
                            39
Lua Rubra


Meu corpo sofreu amputação do tempo
Levou consigo as lembranças perdidas
Ao vento
Por um instante eu pensei
Ter achado a liberdade
Que se encontrava entre prisões
De conscientes crueldades
E a paz que eu tinha em mim guardada
Nos lábios traíam um gosto de guerra
A viajar por momentos sóbrios
De inebriadas solidões eternas

Há de extinguir a vida
Companheira minha morte
O que será do futuro de um passado
Ao inferno me devolve
Ao fim...

Aos caos da tua língua
Cujo o corpo quero esquecer
Esquecer que eu existo
Da indiferença me refazer
Refugiar-me do meu nada
Compreender o quanto fui tudo
Pedir ao sol pra que se apague
E voltarmos para o escuro

                          40
Há de extinguir a vida
Companheira minha morte
O que será do futuro
De um passado
Ao inferno me devolve
Ao fim...
Da lua rubra




                        Luz
Vou dar a luz a tua luz, a meia-luz
Por inteiro grávido de Amor
Na gravidade do espaço-coração
Um novo ser
Chamado sentimento
Na aurora virginal dos tempos
Leve soprar da Eternidade
Claro alvorecer
O grito libertário do sonho igual
A bordo da esperança plena
Serena plenitude
De um novo plano astral
A bordo da esperança plena
Serena plenitude
De um novo plano astral




                             41
Magia do existir
Descortinar horizontes
É adentrar o âmago dos teus olhos
É partilhar dos teus sonhos
É compor uma canção

É ser mais veloz que o tempo
Nos permitir aos pensamentos
Se desvelar na emoção

E não me importa nada além
O que me importa agora é tudo
Que vem de tí meu bem

É enxergar o mais profundo
Com o saber da inocência do sentir
Perpetuar tesouros do amor
Na magia do existir


              Mary Hellen Blues
Além dos limites dos sonhos
Nas linhas do coração
Se desenham os momentos futuros
Palco para a imaginação
Uma nova realidade
Para a transformação
Do nosso ser humanidade
Do infinito o soprar
                          42
Vem me abraçar com teu olhar de luz
Pintam as cores dos dias
Nos conduz a trafegar
Na eternidade por quase um segundo
Invencível ao tempo superas a morte

Nos brinda ávida em felicidade
Na flor de uma canção
Brotar a semente mais lindo do amor
Universal do coração
Oh! Mary Hellen Blues
Do nosso coração


                    Mistérios
Quão silentes Mistérios
Tomam-me de assalto a alma
E meu corpo invades?

Tão intensa e Proibida
Que me excitas e evocas
E impele-mes a convidar-te

A querer contigo
Banhar-se de nuas sensações
E fazer-te Amor com Arte?
Mutações


Não precisam de dentifrícios
                               43
Os uivantes caninos
Antissépsia sem artificialismos
A antissépsia
Não usam molas
Os saltos dos felinos
Que traçam sete vidas teus destinos
De garras siamesas
E as aranhas tuas teias tecem
Multiplicam lares com tuas próprias vestes
Pós borboletas
Bichos-da-seda
Despertam vidas em sombras tamanhas
Luz se revela oculta na penumbra
E o Criador criava as criaturas
Que brincavam de ser
O construtor


                Nazista infernal

Quando nasceu alijado do céu
Teve um destino ruim
De tão mal foi cruel
Sua mãe viveu na prostituição
Seu pai era tido como um ladrão
Seu brinquedo a violência
Sua virtude a maldição
Estuprava virgens
Seu indecente!
Não tinha alma nem coração
                          44
Matava por prazer e sem justiça
Condenado pela polícia
Era um psicopata terrorista
Dizimou tantas culturas
Genocida!
Já não tenho palavras para explicar
Já não tenho meios para conceber
Um crime uma vida um filme sem final
De um nazista infernal


                     No meu 4º

As palavras se transformam em silêncio
E os pensamentos belas fantasias
Travestidas nas paredes do meu quarto
E os sentimentos sempre serão os mesmos
Os mesmos caminhos que sempre percorremos
Em busca de solidão
Travestida nas paredes do meu quarto
E me consumem atrás de alguma explicação
Confusões criadas pelo próprio mundo
Qual a razão ?
O que será da razão?
Traços riscados, desenhos coloridos
Logotipos eróticos colados na parede
Discos, fotos de jornais olhar em preto e branco
Nas janelas as imagens que sempre as mesmas
Nem tudo isso tem explicação

                             45
Na mesa de um bar...Blues
Quero uma dose de uísque
Para esquentar meu coração
Congelar minha eterna dor
Minha companheira solidão
Quero viver sob as sombras do infinito
Do que morrer sob as luzes da ilusão
Quero o beijo azul mais que proibido
Voar nas asas dessa canção
Quero você estagnada
Cantando comigo
E ser até apedrejada por tua falsa consciência
Por tua falsa consciência
O nosso amor acabou ele jamais começou
És página virada destacada e descartada
Que o vento levou
Meu amor
Meu amor
Pra encerrar agora quero outra dose de uísque
E o vinho etílico da transgressão
Me embriagar nas esquinas
Da companheira solidão
Da companheira solidão




                           46
O Deus que vejo

O Deus que vejo
Não pertence as classes
E elites dominantes
Não é aquele cuja a plebe
Se curva e diz amém
A espera de migalhas da salvação
Não é o Deus do armagedom
E do juízo final
Está acima do bem e do mal
Não é o Deus das ditas religiões
Com seus profetas e suas vãs filosofias
O Deus que vejo não pertence a ninguém
Não é o Deus ateu dos suicídas
Não é o Deus do pranto,das guerras,das pestes
Da fome,dos dizímos,das ceitas, da cismas
O Deus que vejo resplandece
No regaço atemporal do Infinito
Em forma de natureza,revolução, canção e poesia!


                    Acreditar
Acredite em você e vença
Lute e não se deixe quedar
Á primeira dificuldade
Você pode superar

Se olhas no espelho e digas a ti mesmo
                             47
Eu me tenho eu me amo de verdade
Nada podes me abalar

Nós somos o que pensamos
Calcados no insconsciente
Se positivo ou negativo no ser
Produzidos pelos padrões da mente

Liberte-se deste casulo
Você quer, você é mais forte
Só o Amor constrói
Superas a própria Morte...

Nós somos o que pensamos
Calcados no inconsciente
Se positivo ou negativo no ser
Produzidos pelos padrões da mente


                   Amor de Três
Vamos brincar,vamos brincar de ser
E tingir o arco-íris
Com as cores do som e da luz
Inventar um páis
Sami fazer sorrir linda “tekinha” de luz feliz
Nos jardins da inspiração brotou
A mais bela fina flor canção de amor
De céu ornamentou-se o coração
E fez morada felicidade ali
Como mágica mil borboletas
                            48
Passeiam pelo ar
Bailam e flutuam nos convidas a dançar
Pra brincar e amar
Pra brincar pra dançar e amar...

             Amor Incondicional
Não tenha pressa de viver
Não tenhas medo de se descobrir
Com as doze dicas de motivação
O importante é ser Feliz

Prosperidade é cuidar de si mesmo
É amar você
É ajudar o outro
É ter um relacionamento sustentável
É cuidar da Natureza
Preservar nosso Planeta
É ter riqueza com espiritualidade
É Motivação (ter motivos para praticar ações)

É amar o próximo
É voltarmos para o Pai
Melhor do que nós viemos

O Amor Incondicional
É o maior dos ensinamentos
O Amor Incondicional
É o mais belo dos ensinamentos


                             49
As Maravilhas da Criação
Sorria para a Vida
E deixe a Luz entrar
Deixe aberta as portas
Do teu coração

Vêm e dê a mão
Fazendo o Bem
Siga á direção
Sem olhar a quem

O que importa é ser feliz
Com Paz e Amor
É querer alguém
Sem cobrança e rancor

É saciar a fome
É matar a sede
É agasalhar de carinho o irmão

É gostar de si mesmo
É poder conquistar
É realizar muitos sonhos
É ter brilho no olhar

É ter plenitude
Em constante evolução
Espalhar Amor e Harmonia
Faz bem ao coração

E poder contemplar as maravilhas do Criador e sua
Criação
                            50
Basta um pouco de tí...

Basta um pouco de ti
Para alegrar meu coração
Guiam-me os pensamentos
Rumo à tua direção

Todas as palavras do mundo
Ainda não são suficientes
Pra traduzir
Este grande sentimento por ti

És tão fascinante
És tão onipresente
Ainda que fisicamente distantes
Penso em ti tão somente

Unicamente te quero
Constantemente te sinto
Hei de te encontrar
Absolutamente hei de te Amar

Infinitasmente
Junto a mi corazon...
Hei de te amar
Pra sempre!




                                51
Fantástico ter você
Fantástico ter você comigo
Fantástico ter você aqui
Fantástico sermos amigos
Fantástico ser e servir

Fantástico ver você sorrindo
Fantástico ver nascer o Amor
Fantástico você evoluindo
Fantástico que Deus criou

Fantástico a tua presença
Fantástico sermos irmãos
Sem dogmas e respeitando crenças
E amarmos sem distinção

Fantástico ter você conosco
Fantástico a Vida fluir
Fantástico fazer o bem
Fantástico é ser Feliz

Fantástico estar entre amigos
Fantástico ajudar o irmão
Fantástico ser Cavaleiro
Fantástico nossa Missão




                             52
Deusa Hera
Como Descrever tamanha formosura
Que de tua beleza
Como jóia rara emanas
Misteriosa e enigmática Femina
Vem consagrar aos Deuses perpétuos de Hera
Tamanho Amor vívido que em teu regaço perduras
Na alcova cintilante dos nossos dias
Hão de contemplar adjacentes maravilhas
Que saltam do teu profundo olhar
Que fulguras majestosa
Qual explendor de Rainha tua luz explana
Veneranda de prazer pontificas
Ao elo que tecem encantadora carícia
Dulcissima e perfeita que és
Na tua nobre grandeza de Linda Mulher-Menina
Querer-te desvendar teus segredos
Em desvelado Amor
É de todos homens de paixão
Acrisolados nos caminho se destinas do coração
Do labirinto ato de sentir-se e inssurgir
Acorrentada e enfeitiçada sina

                 Femina Flor
Na síntese do desejo e extase
Que nossa fantasia instigas e prescrutas
Quão doces mistérios e sabores hão de se conter no
Universo oculto Deste belo ser Feminino da qual
ostentas perfumada Flor de delicada Vulva?
                          53
Libertação do Amor
Liberte sua mente
Dos teus velhos vícios
Incorpore novos hábitos
E abras um sorriso

Dê um novo colorido
Para a tua vida
A si mesmo uma nova chance
Comece bem o dia

Ame-se a vontade
Que sem esperar
Um outro alguém irá surgir
Querendo te amar

Partilhes alegria as 4 cantos
Do mundo
Você é forte
Você pode
Tudo muda em um segundo

Se permitas para a vida
O agora é aqui
Esquece o que passou pra traz
E venha ser livre

Lindamente Demoníaca
Lindamente Demôniaca
Fazes me ajoelhar
                            54
Ante ao tronos
Dos teus desejos
Desejos que me fazem descer
Aos intermináveis umbrais
Do insconsciente
Dos nossos instintos
Despe-mes ...
Escraviza-me ante as labaredas
Dos teus puros anseios
Meu corpo arde
De dolorido gozo
Espasmódico e perfeito
Ante ao teu enlace
Que debalde
Me fazes tomar de assalto
E sobressaltante lúxuria
No derradeiro osculo envolvente
Da tua celestial
Ternura
Mergulhado e infenso
Na tua beleza angelical de azul delirio constante
No contraste cósmorgasmico feminal presente
Lindamente demôniaca e excitante...

               Luz da Motivação
Você pode mudar a tua vida
P’ra melhor
Você é especial
Você pode vencer
Com muita fé ,energia e Amor
                             55
O Universo conspira a teu favor

É tua chance de crescer com garra e Motivação
(Você é especial)

Você pode muda sua vida
P’ra melhor
Você é especial
Você pode vencer

Com muita fé energia e Amor
O Universo conspira a teu favor

É preciso ser feliz
Para alcançar a Vitória
Faça por Bem
Que o Criador te cobrirás
De Paz e Glórias

Faça a tua parte
O Cosmos te recompensarás
Recomece nunca é tarde
Acredite e vencerás

Você podes mudar a tua vida
P’ra melhor
Você é especial
Você pode vencer

Com muita fé , energia e Amor
O Universo conspira a teu favor
                            56
O Dia do Chacal
Máquinas de almas
Estatizando vícios
Privatizando mentes
Socializando egoísmos

Mas Deus não estava em casa
Universo de férias coletivas
Estados falimentares
Das causas primeiras dessa vida

Vidas que custam a passar
Corre que o tempo está por findar
Santo burgos
Chacal dos sete umbrais
De passagem para o caos
Teus vis metais
Letais
Mentais


                     O Louco
Taxam-me por louco
Insano
Débil
Demente
Mormente não sabem eles
Quão preciosa e régia
É ter sensibilidade
                             57
Mas querem-me ou tem-me por joguete
Ou quem sabe por tolo ou marionetes
Esquecem eles que a Natureza-Mãe
Outorgou-me Ser
Primo-irmão da poesia em Arte
Onde quiça serei perene
Mesmo na morte
E quanto a eles restarão
Ser-lhes fadados ao limbo do esquecimento precoce
debalde!


              O mais belo morrer
Choro delírios e versos
Que aflorescem a dor
Angustiada fantasia
Me decomponho aos poucos
Aborta-me o silêncio
Em falsas alegrias
Traço e desfecho um ato
Desenlace os laços
E partos em guerras
Suprir de existência ternura
Renegar o amanhã
Abstratas quimeras
Reagem em cadeia
Tracejam-me as teias
Corroem-me as veias
Apagam as a centelhas
Do que foi meu ser
                          58
De braços abertos
Despida traduz
Louca eternidade
O mais belo morrer

                      O manto

O manto negro do meu cantar
É a solidão solidária
Solidária com a dor do desatino
Que desagua em minha vida sem vida

Minha alegria tristonha
Melancolia vestem fantasias

Tortos caminhos meus passos
Em lenta agonia sem fim
Vem me sorrir a morte
Em eternos desvários

Eu sigo infinito cantando a dor deste Blues
E eu sigo infinito cantando a dor deste Blues

Minha alegria tristonha
Melancolia vestem fantasias




                              59
O nada

Sinais dispersos
Nos detém aos teus
Exatos apelos anexos
Retratis olhares
Universos aos pares
Díspares sonhos
Em vários disfarces
Sutis reticências de cores milenares
Que nos refletem por todos os lugares
Vazios repletos de silêncio
De braços abertos pro nada
Vazios repletos de silêncio
De braços abertos
De braços abertos
De braços abertos
Pro nada


           O outro lado da vaidade

Rasgaram a liberdade
No olhar não está presente
Rasgaram a liberdade
No olhar não está presente
Estragado da noite
Estragado da noite
Onde vomitamos sangue fruto
                          60
Dos nossos sonhos e ambições
Sob o asfalto as incertezas
Sob os corpos longínquos de tédio marcados
Pelas veias as drogas
Subjugando as almas de outroras manhãs
Das manhãs das manhãs
Das manhãs das manhãs
Dos condenados a se viciar
Pelo rol da cobiça se definhar
Em muitas injustiças e traições
Nos olhares tristonhos
E suas tortas lembranças
Que vos confere a desilusão
Na face o gosto amargo da decepção
Lhes sobrevêm da fraqueza
E a impotente servidão
A nua e crua realidade
Que se lhes impõe por herança
A “nossa” democrática sociedade
O desfecho inapelável
O advérbio:Negação!!!


                     O poeta

O poeta é tão celére
Quanto a velocidade da luz
Tão espantoso quanto a precisão
Do tempo
Que este se eterniza
                            61
Na lembrança memorial da História
Contramão ao largo do silencioso esquecimento



                O “X” da Questão
Não desista mesmo que caias
Você podes levantar
Há muitas glórias
Para te esperar

Mesmo que chores
Ainda é tempo de sorrir
A vida agora apenas começou
É hora de seguir

O que é a dor
Perante a Evolução?
O que é o mal
Perante o Amor
Que aqueces o coração?

O Criador te esperas
De braços abertos
Ele é luz, é força e inspiração
É o caminho mais certo

Você foi feito para brilhar
Você tem tudo p’ra evoluir
Você tem o coração para amar
Você tem tudo para ser feliz
                            62
Olhar Blues

Livre navega em silêncio
Tua alma primavera
De sonhos e luz
Blues são teus olhos
Tão profundo e infinitos

Dos teus desejos nus
Dos teus desejos nus
Dos teu desejos nus
Dos teus desejos nus
(sentimento)

Eternizada que sejas
Em tua bela realeza de amor
Fruto de um grito verdadeiro
Em poesia e rock n roll

Dos teus desejos nus
Dos teus desejos nus
Dos teus desejo nus
Dos teus desejos nus
(sentimento)




                               63
Olhos que sentem

Olhar em flor amanhecem
Em noites a sonhar teus segredos
Despertar mistérios
Revelar-se por teus olhos

Me carregue nos abraços
Infinitos teus
E vem ficar comigo
Me carregue no teu seio
Adentrar teu coração
Me leve ao Paraíso

Pinta a alma em flor
Os mais nobres sentimentos
Descobrindo o universo do Amor
Como se fosse um beijo sem fim

Me carregue nos abraços
Infinitos teus
E vem ficar comigo
Me carregue nos teu seio
Adentrar teu coração
Me leve ao Paraíso




                           64
Os Sete Véus
Passado vivificado em cera
Evocando tempos remotos
Trazendo á tira colo
Retrovisor espelho futuro

De eólicas sensações
Mumificantes lembranças
Nos braços do Coletivo Insconsciente
Dormitas
Os Sete Véus
Do Grande Enigma
Por entremeios que nos destinas
Do Além regaço
Despojos e Traças
Despem-se Tesouros e Sete Taças
Com Quem estão guardadas
As Sete Chaves do Mistério?
Na ofuscante forma nossa de pensar
Tão fugaz e Disforme
Que nos distorce
E no Ápice do desenlace
Verteremo-nos tão somente a Pó
Na contramão da História
A contagem regressiva
Escandantes areias da Ampulheta
Como Maestro Regente o Tempo
E Orquestra de Não Nascidos
E Sepulcrais côro de vozes
Por onde o Silêncio é teu Par!
                             65
Passageiros do Tempo
A verdade não está nos livros
Da mentira escrita a mão
Nossa vida é uma eterna História
Página rasgada olha sem visão
Somos Passageiros do tempo
E andamos pela contramão
A estrada que seguimos é mais perigosa
Do que cala o nosso coração
Somos passageiros do tempo
Não sabemos aonde vamos
Quando e onde parar
Só sabemos que o grande momento está
Na liberdade de se amar
A virtude não está contida
Na verdade de quem vai contar
Está expressa no concreto
Que se encerra no mistério
Que tentamos buscar
A chance de uma palavra
Amiga do coração
Mais densa que o silêncio
Mais breve que a solidão
Estamos acompanhados
Por sociedades que ditam tortas leis
Mas elas já nascem mortas
Das mãos inconscientes de quem as fez
E desfaz-se o ser humano
Que compõe a sua decomposição
E se torna a lembrança
                         66
Que esquece o tempo
Seca as lágrimas da razão
E transita ante a loucura
E da simples criação
E se torna mais complexa
Ante a extensa imensidão
Se não fogem os seus erros
E segredos irracionais
Somos só passageiros do tempo
Por entre estranhos carnavais


               Pequena notável
És pureza do inocente desejo?
Ou desejo de ser pura
No divino ato de pecar?
Tantos mistérios
Residem em ti
Quem ousará por fim desvendar?
Pequena notável
De grande e sensível
Rara beleza ímpar
Quantos segredos escondidos
Por trás do teu sorriso
De menina-mulher
Há de guardar?




                          67
Pérola Janis
Quando a lua dos teus olhos
Banhar-se em sangue
E o sol da tua alma
Estiver fora de sí
Longe de tudo
Longe de mim mesmo
Meu eu meu corpo em fogo
Como canção
Serei sempre teu eternamente azul
De infinitos sonhos beijo em blues
Serei sempre teu eternamente azul
De infinitos sonhos beijo em blues
Pérola Janis
Pérola Janis joplin
Pérola Janis
For ever Janis Joplin
Até libertra minh’alma
Em uma explosão interior
Lúcida loucamente Amor
Rasgar o céu de som em som
Sombra e luz girar o mundo cinza
Pedir a cor em par com dor
Dos nossos corpos nus
Pérola Janis,Pérola Janis Joplin
Pérola Janis,For Ever Janis joplin
Voando intensamente
Em um beijo azul
De infinitos sonhos blues
Voando intensamente
                          68
Em um beijo azul
De infinitos sonhos blues
Pérola Janis,Perola Janis Joplin
Pérola Janis,For ever Janis Joplin




               Pescador de ilusão
Já cruzei tantos mares
Nunca dantes navegados
Muitos caminhos que andei
Pelo destino traçados

Mas perdi a direção
Sou um barco á deriva
À procura de uma ilha
Porto seguro pra atracar

É forte a tormenta
Tempestade me arrebenta
Nestes dias frios

Minha vista cansada
Alma nublada
Repleto deste vazio

Procurando encontrar
Tesouros do coração
Apesar do eterno risco
De navegar sempre na contramão
                              69
Procurando encontrar
Tesouros do coração
Apesar do eterno risco
Sou pescador de ilusão




             Poesia do Submundo

Moramos em um país
Somos vistos como marginais
Derrotados pelo conflito entre o trabalho
E os donos dos capitais
Não sabemos nossos nomes
Se vivemos ou se morremos
De fome ou de doença
Por crime ou violência
Moramos em um país
Onde nós somos culpados
De rasgarmos o futuro
Pros nossos filhos abortados
Massacrados pelos homens
Que estão cegos de poder
Não sabemos como vamos
Sobreviver
Há tantas injustiças que convêm
A nos partir
O nosso ego é ilimitado
Não sabemos como definir
Neste país de marginais
                           70
Marginais corrompidos
Pelo dinheiro sujo de sangue
Drogas ou homicídio
Essa música é para aqueles
Que não se deixam conduzir
De carregar nas costas
O castigo do passado
E se destruir
Pelas garras do poder
Das cegueiras da ilusão
Que se presta a julgar a Humanidade
Ou tal país pelo crime de omissão!


                   Poetizando...
Poetizando é o desnudar da tua alma
Devassar tua vastidão de mistérios femininos
É partilhar contigo desejos incontidos
É mergulhar na profundidade dos teu oceano
De encantos e quedar-se ante teu intenso brilho
É cingir-se de tua aura cristalina
E banhar-se na tua plenitude
De luz que enebrias a todos a olhos vistos
É achar-se no horizonte dos teus aconchegos
É eternecer-se com tamanha meiguice
Que emanas
Tal qual acesa chama de Paixão
Que em teu cerne latente estás
E que com certeza poderosa e repleta
De imensidão há de reverberás
                             71
Poetizando me sinto como se estivesse
A querer desvendar
Quanta magia estás oculta
No teu nobre coração
Sedentas de querer ser amada e
Infinitamente Amar!

                    Pôr do sol

Por detrás do pôr do sol
Adormece o girassol
Por detrás do pôr do sol
Adormece o girassol
No silêncio da amplitude
Vibra a flor da quietude
No silêncio da amplitude
Vibra a flor da quietude
Infinito horizonte
Pequeno grande coração

Um porto mistério
Infinito segredo
Um porto mistério
Infinito segredo

Crepuscular silêncio
Tecem contemplação
A vida a envolver
As mãos em luz
Sol!
                           72
Por entrelinhas
Nas curvas do destino
Sob meus passos
Entrelinhas
Minhas mãos
Meu caminho a direção
Por onde seguir?
Para me encontrar
O sentido
Que tanto busco a procurar
Um trago de felicidade
Para me realizar
Nas taças da imaginária
E fugidia liberdade
Que sonho um dia degustar
Para adocicar
O meu amargo pa-la-dar



                      Por que

Qual o sentido da interrogação?
Qual a razão do por que?
E o por que da razão?
Qual o limite?
Até onde vai a loucura?
Fragmentada e diluída ?
Em um traço indivisível

                             73
De dúvidas e de incertezas?
Sem respostas pras perguntas
De tudo que sem o ser
Determinante o fator crer
De ter e acontecer racionando
O que ninguém pode saber
E ainda que desconfie
E pergunte o que é
E mesmo que sem saber
Qual a razão do porque
Se mesmo na realidade
Nada é definível
Possível de se prever
Qual a razão do por que?


                Por todas as eras

Não me importas o teu nome
Nem onde moras
Me importas o que sentes
O que pensas quando ris ou choras
Apesar dessa distância
Dos desencontros e das circunstâncias
Estou contigo

Você é meu porto seguro
Pro meu perdido espírito
De poeta ,solitário
E quase louco...anjo decaído
                          74
Convertido no que agora sou
Entre incertezas e imperfeições

E se possível fosse que o tempo congelasse
Toda amaldade ao derredor
Ao derredor de nós dois
Para o bem de nós dois

Ainda assim te espero
Para sonharmos juntos
O sonho de liberdade e de amor sincero
Você estará comigo na memória do meu espírito
Por toda a Eternidade nos braços da saudade
Até que um dia tudo isso passe
Até que todas as eras se acabem


                 Por um segundo

Por um segundo
No contratempo
De sobressalto
Passos na contramão
Inventam espaço
Em velozes pensamentos
Entrelaços e caminhos
Carregam aos braços
O SER
Instinto decerto
                             75
Que sonha liberdade
Por certo destino
(in) certo!



                Primeira infância
Vamos viver
Viemos para vencer
E mudar
Toda a questão de ser
Sem perder a razão
E a emoção da alegria de sorrir

Na primeira instância
Paralela a circunstância
De crescer e lutar

Sem perder a infância
Sem perder a ternura
Sem perder a inocência
Da primeira infância

E a simplicidade
De estar e ser sincero
Neste nosso mundo
Tão adulto e tão complexo

Sem adulterar a pureza do coração
Quem irá nos traduzir?

                            76
In memorian:
       Renato Russo (Legião Urbana)
Quem sabe o porto dos sentidos?
Os sete dias e os varões
Se fez palavra o silêncio derradeiro
Abertas as portas da percepção

Diário em canção
Renega a vida em nome das paixões
Foi tão difícil viver sob as próprias vontades
Voz da minha juventude
Em tristezas me fizestes feliz
Voz da minha juventude
Em tristezas me fizestes feliz

A tua dor voz amiga faz me sentir teu silêncio
E ver que o mundo é uma simples passagem
Face marcada sofrimento

Tua luz a verdade de uma vida
Rara essência do coração
Que conduz a liberdade em poesia
E eterniza o infinito da canção

Vais amigo descance em paz
Pois a saudades que deixas-tes não foi em vão
Vais amigo segues em frente
Livremente tomar carona
Rumo á outra Legião...

                              77
Quisera

Quisera eu ser diafano
Tal qual os nobres faunos
Quisera eu ser leve
E sábio como os ascetas
Quisera eu ser reto
De caráter férreo
Como uma certeira flexa
Quisera eu ser tão casto
Quanto a nascente erva
Quisera eu não descender de Adão
E sim ser fruto
Do divino pecado de Eva




                         78
Reflexões
No bojo da ignorante sapiência
De todo o mistério que se reveste a Vida
É não ter nenhum segredo que seja
Por ser desvendado
Porém nossa razão embotada
Não nos permite licença para descobri-la
Por isso mister que se diga
Que desejaria eu me encontra além
No além de mim mesmo
Em outras estratosferas
Por outras plagas siderais e eras
Do cosmo universal indizível
No íntimo atímo do ápice
Do verbo não-existir
Porém infinitamente conjugando em Poesia
O verso Ser, sentir!




                                79

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Passageiros do Tempo

  • 1. Passageiros do tempo Josane Peer “Minha primeira estrofe da alma” 1
  • 2. 2
  • 3. BIOGRÁFIA Poeta, Compositor, Letrista, Músico e Produtor Artistico. Atuou em grupos de rock, como:Inhumanos (BA), Madrasta-Mãe (SP) e hoje segue carreira solo. No meio literário participou de Antologias pelas Editoras:Physis, Andross (SP) e Lítteris (RJ),Diretor da APACESP (Associação de Produtores e Agentes Culturais do Estado de São Paulo), e recém eleito Membro Correspondente da Academia de Artes de Cabo Frio-RJ (ArtPop). Contatos : Josane Peer (11)8255-2390 MSN e Orkut: never-land2009@hotmail.com josanepeer@myspace.com ww.myspace.com/josanepeer www.palcomp3.com.br/josanepeer http://clubecaiubi.ning.com/profile/Peer http://www.oinovosom.com/ http://www.pleimo.com/peer http://twitter.com/poetadorock http://peerrock.blogspot.com/ http://noisecall.com/POETADOROCK 3
  • 4. Agradecimentos Especiais: Ao Universo, á Minha Mãe Rosália e sobrinhas,W.T.Tede Silva, Hélio Braz, Prof.Ediney Santana, os irmãos Ydelmar e Lindomar de Oliveira e Jussiê ,Héliomar e Hélio, Eliciane Alves, Preto Paulo, Juliana Gimenes, Josane Tonello, Moacir Barbosa (Bicho Raro) á poetisa e escritora Sílvia Mendonça, aos poetas e escritores de Pontes Culturais por Izabelle Valladares (em especial), De Luna Freire, Sra.Lúcia Pio e Bia, Renata Viana, Luana Lima, Regina Galdino e todos os meus amigos e pessoas que me apoiaram e também aos críticos. 4
  • 5. 1a edicao - 1a impressão Direção Geral: Josane Peer Revisão: Josane Peer Capa: Anjo Produções Gráficas Projeto Gráfico/ diagramação: Anjo Produções Gráficas DIREITOS RESERVADOS É proibida a reprodução total ou parcial da obra, de qualquer forma ou por qualquer meio sem a autorização prévia e por escrito do autor. A violação dos Direitos Autorais (Lei nº 9610/98) é crime estabelecido pelo artigo 48 do Código Penal. ISBN : Impresso no Brasil Printed in Brazil 2010 5
  • 6. A Poesia do Submundo Por: Ediney Santana* A poética de Josane Peer não nasceu com a escrita, nasceu no canto, na música. Poucos são os letristas de canções que merecem o epitáfio de poeta, Peer merece. Autor de verbos cortantes e imagens aterradoras sobre nossa cambaleante humanidade Peer se insere no contexto máximo de quem faz da arte confissão e fé de ser. É quase impossível separar Peer da música ou literatura, sabemos o quanto é a música sua paixão primeira, no entanto a palavra sempre lhe foi mais generosa; como foi também com Renato Russo, Jim Morrison, Cazuza ou John Lennon. O fazer poética de Josane Peer se insere na bem sucedida mistura entre o Romantismo e Simbolismo o que não raro nos oferece uma deliciosa seleta de versos repletos de imagens e mergulhos profundos na alma humana. Cada verso de Peer é urbanamente hermético, não é uma leitura fácil sua escrita, embora seja um sujeito forjado na essência da cultura pop, Peer é dado os hermetismos clássicos. Pop sim, mas impiedosamente clássico no trato com a língua portuguesa. Tive o prazer de conhecê-lo e conviver com ele durante anos, pude acompanhar seu incansável trabalho artístico o qual a Bahia não soube reconhecer, pude velo nas escadarias do Centro Educacional Teodoro Sampaio, em Santo Amaro-Ba, compondo instantaneamente inúmeras canções, como se estivesse em profundo transe artístico. Seu talento era inegável tanto quanto 6
  • 7. seu sofrimento por não se reconhecido ou ao menos respeitado como artista. É com alegria que vivo esses novos tempos em que as tecnologias felicitam a produção artística de inúmeros músicos e escritores, com alegria vejo o império dos “donos” da cultura desabar. Um novo mapa cultural vai aos poucos se desenhando no país, novas e antigas vozes antes ignoradas ganham as ruas sem o carimbo das poderosas corporações empresariais, escritores publicam e são lidos sem constar nas listas pré-fabricas “dos mais lidos da semana”, é com alegria que tudo isso eu presencio. Cultura e Educação andam juntas, mas no nosso país no qual políticas públicas são remendos sociais para maquiar a degradação do próprio Estado Brasileiro e milhões de pessoas são mantidas por esse mesmo Estado artificialmente na ignorância pelos processos de desarticulação da escola pública, publicar um livro é algo a ser celebrado. Celebremos então Josane Peer por ter vivo sua vida em favor da arte e nunca ter machucado ninguém, celebremos suas palavras, palavras coloridas quando falam de juventude, amizade, infância, sonho e alma; palavras cinzas quando falam de injustiça, dor, tristeza, solidão e política. Celebro a você meu amigo poeta da urbanidade, da busca constante por si mesmo, pelo amor, pelo submundo que tantas vezes juntos andamos em busca de paz e respeito, celebro tua vida que é arte e construção honesta de uma Utopia a qual teu canto nunca desistiu de buscar. 7
  • 8. Poeta a navegar entre os sonhos da juventude e o mundo impiedoso da maturidade, da concreta realidade ao lúdico, da não aceitação da derrota a solidão longe da família, da voz acidamente delirante a compaixão pelo próximo, da palavra em favor da vida a busca pela tão sonhada paz de espírito. Das guitarras distorcidas a sempre e necessária rebeldia, do fazer solidário de poemas repletos de delicados encontros consigo ao mundo desejado. Assim se faz o letrista, poeta e inegavelmente artista passageiro do tempo: Josane Peer. * Ediney Santana é escritor, autor de diversos livros, escreve regularmente em http://cartasmentirosas. blogspot.com 8
  • 9. Viver é se expressar. Quem não faz um filme, escreve um livro. O cinema é uma industria, a musica é um vicio, o teatro é a arte do desespero, a poesia é o ultimo refugio da dignidade, da identidade, da expressão da sensibilidade humana. As midias mudam, o vinil volta, o CD acaba, todo mundo pirateia, os artistas lutam para sobreviver como nunca. Apenas a poesia é eterna, não precisa de super produção, nem casas de exibição, nem suportes fisicos elaborados, apenas a força das palavras no exercicio triunfal do que de melhor pode fazer a lingua. Assim Josane Peer, carregando toda a sensibilidade de uma geração, se expressa na poesia para seguir vivendo, ele que é um multiartista, musico, cantor, ator. Não sabemos aonde vamos, quando e onde parar, como ele diz em um de seus inspirados versos. A estrada que seguimos é mais perigosa do que cala nosso coração, garante ele. Mas a certeza, e o poeta insiste, é que sabemos que o grande momento esta na liberdade de se amar. Se amar. Quando estamos cercados, ou tentam nos paralisar, ou tentam nos reduzir à rotina do come e dorme, eis que uma rajada de poesias desperta-nos do marasmo e mostra que "a virtude não esta contida na verdade de quem vai contar" mas sim "esta expressa no misterio que tentamos buscar." Grande Josane Peer! Que a Poesia continue tendo em você um guerreiro, pois tudo o resto é descartável mas ela é essencial! Tede Silva Diretor,Ator,Compositor,Escritor,Artista Multimídia Atualmente reside na França 9
  • 10. A casa torta Prisioneiros do abismo solidão Repletos de vazio Estranha multidão A mesa posta sem resposta Alma sem lar a casa torta A cama é quente O riso é frio Indiferente amor servil São fantasmas que nos vestem De loucas fantasias Á procura da saída sem sair da escuridão Escuridão Prisioneiros do abismo solidão Repleto de vazio Estranha multidão A cor da Rosa A cor da Rosa é Mistério A cor da Rosa de infinito Ton Tom de arco-íris do olhar Que desperta o verdadeiro Som Desperta a Pétala Flor -Mulher 10
  • 11. A cor da Rosa é essência Real A cor da Rosa De fragrância Natural De um jeito terno Que é só teu...teu...teu Sublime de Ser A cor da Rosa È bam mais que Arte de estar Que se quer descobrir Ao recôndito Prazer de se Dar De revelar-se em Rara beleza A Deusa-Mulher A Deusa-Mulher A Deusa-Mulher! VIDAS Vidas se prostituem Em busca de outras vidas Tentando se encontrar Perdida consciência De luz...ausência É o que há Na pálidez espectral do olhar Falange de seuisos corpos Sedentos de ser Cobertos de amores vãos Onde outrora beleza exposta 11
  • 12. Jaz agora corrompida No sempre vazio de ter o que não é Nem nunca virá a ser em Vida Restará apenas o passado Como companhia No disfarce do porvir Que do futuro irá se fartar Com tua dor como conselheira Ao amanhecer por fim estando inerte Se ainda o destino quiser e estar Achar-se ao seu lado para acordar A Paulicéia Cidade de tantas vertentes Igualitária em suas desigualdades Tênue e soberba Tua louca densidade E diversidade tamanha Concreto e aço Teu coração De arranha-céus E cores profusas nos outdoors E adjacentes vias tuas Certeiras e marginais Nas horas (in) certas Do caos á pressa De se encontrar Nos desencontros Das múltiplas estações 12
  • 13. Leste,Oeste,Norte e Sul, De contigentes Das trilhas do Metrô Que não se pode parar Nem separar Cosmopolita multidão Cidade de sonhos dispersos E tão diversos Gritante solidão Transgredindo a inocência Perdida nos semáforos e cruzamentos Nos viadutos Em dias e noites De inteira progressão Despe contagem regressiva Correndo o tempo no Ar São Paulo meu louco amor Aqui estou de braços abertos A te abraçar Alma Blue Vestida para amar devora-me Devora minha solidão Me cubra com os lençóis secretos Misteriosos do teu coração Desnuda minha alma em transe Me vista com tua presença Me envolva com os teus sorrisos Encantados da tua essência 13
  • 14. Dispa-se dos teus segredos Iluminado sob o sol das noites Faz-me sonhar e amar sem medo Imaginando o paraíso em flores Vamos inventar o infinito outra vez E vestir de nudez a nossa plenitude Alma blue Alma blue Alma blue Alma blue Amor Maior Busque se tocar em Arte intensamente Transcendendo amores e paixões incandescentes Para transformar e brilhar no palco dos nossos corações Onde aceleram pulsantes No reino dos nossos sonhos Na incessante procura do nosso outro lado amante Na incessante procura do nosso outro lado amante Tão constante quanto é a eternidade Majestosa e infinita é a brevidade Enquanto dure o encanto Do nosso amor maior Enquanto dure o encanto Do nosso louco amor maior Maior amor maior amor maior amor maior 14
  • 15. Aqui Jaz Cidade cinza Vermelho tinto e luto Sangue e vinto tinto, Branco a cor do riso sujo Degradê,neôn e lusco-fusco Verdejante teu grito que busca De rarefeito Ar Insípido,incolor e inodora dor do paladar Uma dança sem par Rosto sem lar Trafego sem rumo Sem ter como voltar Sem ter como voar Bailado Na magistral arte de bailar Tu evocas encantos Que se manifestam Nos recônditos da alma Que sonha liberdade E se despe de tamanha vontade De plenitude presente E rege teu mundo Teu universo interior De rara beleza e explendor Transcendendo desejos e fantasias mil Que extasiam 15
  • 16. Os olhos famintos Ante a tua força Ante a tua feminilidade inocente Inocentemente transgressora Pronta pra nos hipnotizar Através do teu sorriso Através dos teus gestos Através de tua nudez Da tua grandeza De ser o que és Na busca incessante de prazer Na busca incessante de sonhar Ser livre Ser livre para ser eterna Ser eterna para amar! Beatinik Sputinik Seus olhos arco-íris Mergulhara por sob almas além Suas mãos mecanizadas Teciam flores de plásticos Envoltas sob bombas de chocolate Adocicando com canções tuas Corações metálicos Caminhava ele por destinos Que não tinha fins nem meios Era apenas re-começo De sí mesmo a surgir Em meios as tramas do medo 16
  • 17. Perdidas através das areias dos tempos Onde escorriam os sonhos Através dos muitos dedos Por entre as chaves do mistério Escondia-se do Universo Todos os segredos Beatinik Sputinik Bela Mulher Tua voz sensualmente rouca Nos convida a sonhar Soa como doce melodia Adentrando nossos ouvidos E se transformando Em bela e harmoniosa canção Viajando até nosso desarmado espírito Embevecido á exaustão No compasso mais que perfeito da emoção Faz-nos pulsar mais forte Ao sabor de indescritíveis desejos O nosso hipnotizado coração Que imaginas querer desvendar Teus mistérios e segredos De bela mulher que tu és Independente do teu estado civil Quer intensamente vivenciar E sentir o teu querer, o teu pulsar, O teu olhar,te sentir ,te tocar E por ti te fazer delirar 17
  • 18. De desmedido e incomensurável prazer, Prazer proibido Adentrar o teu universo de feminino ser E chegar juntamente contigo Na plenitude de intermináveis gozos divinais Às portas do teu íntimo paraíso... Blue Baby Leve voa pousa e repousa Suave canta trança e encanta Nada é mais distante agora Só resta o infinito Gôtas de silêncio afloram E tecem o grito Dos momentos Loucos pensamentos germem Se perdem no espaço E que se transformam belos Em laços e abraços Dos momentos Dos meus olhos rubros Que procuram silêncio Impressos gritos no escuro Alma dor sentimento 18
  • 19. Blues da solidão As vezes a dor tão suave Quanto sonhar amor Um só amar é perigoso Melhor sonhar a dois Blues da solidão que me consola Inconsolável fúria atroz Alma inacabada Enlouquecida Refém do ser Algoz que sou Boneco de Louça Vem me carregar sou teu big baby Compor uma canção Fúnebre de ninar fúnebre de ninar fúnebre de ninar Quer me carregar e me jogar ao chão Porta fora aberta do sagrado coração de sangue Sangue maternal,sangue maternal Sou teu bebê (sou teu bebê) Quero respirar Sou frágil, 19
  • 20. frágil, frágil bebê Boneco de louça Guardado na estante Esquecido em qualquer lugar Parte de um todo Da memória viva De um berço tumular De um berço tumular De um berço tumular Botão em flor Pequenina feita em flor botão Teu sorriso de menina-mulher Me diz quantos segredos tem teu coração? Me diz destino afinal O que essa moça quer? Cabelos Pelos pêlos capilares Ondalejantes cacheados e suaves Crespos,lisos entrelaçados Em muitas ramagens 20
  • 21. Vestem-se e despem-se aos milhares As cabeças em seus cortes Adereços e recortes E retoques Secos & Molhados Fios aos montes Retos...curtos...curvos...longos Pelas pontas...soltas presas, Vem de monta Para brilhar,molhar,alisar,massagear,secar,remodelar Tipo trançado,channel E tudo mais que for possível Pelo bem da ética e da estética Todos os penteados todos os estilos Variados pelos pêlos capilares Molduram faces, decoram modelos e tipos Criam moda da terra,ao mar, ao céu Sugerem dos cabelos outros e novos arquétipos 21
  • 22. Cavaleiros da Ordem Somos Cavaleiros da Ordem E vimos em Missão de Paz Irradiar Amor na Terra Honradamente Apraz Preservar a Natureza-Mãe Amar à Deus e ao Semelhantes E fazer o Bem Sem olhar a quem Nem mesmo o Tempo e à Morte Pode nos vencer Somos Eternos em Irmandade Nada temos à temer Avante Cavaleiros...Avante Cavaleiras... Na comunhão da Luz O Amor é o Caminho Que assim sejas! 22
  • 23. Cenário Neste cenário imperfeito de desilusão Quero partir Pegar carona Pela estrada afora Do teu beijo E me perder No infinito Teus abraços Nos delírios Teus desejos... Conformismo Conformismo Vem com o exílio Que se farta e me devora E me derrota com a fome Que assola e arrebenta a consciência De todo o ser E a morte trás o caos que se avizinha Sem demora Com o mal que sempre entorta Os caminhos do nascer Hipocrisia é poesia Que arrota ignorância Sacra ,sangra e espanca toda a forma de viver E explode e enriquece o egoísmo que empobrece 23
  • 24. E apodrece a nossa espécie Em toda forma de poder Nos privando de sobreviver Sempre dispostos a matar E não morrer Nos privando de sobreviver Sempre dispostos a matar E não morrer Desejo Desejos conhecer-te na profundidade Do teu ser mais pleno Na serenidade do teu sentir Na magnetude do teu pulsar Na tua ânsia saudável de viver No teu desejo intimo e recôndito de amar Te adoro Na tríade sublimal simbiose Do corpo, da alma e do coração Desplugar Minha alma desplugada está Da minha mente a se desligar Repleta de solidão Deste vazio a vagar Enquanto não( des) cançar Nada ainda vai restar O que desta será feito 24
  • 25. Por obra do destino Só o caso por sí mesmo A predestinar O que almejas agarrar E teima em pensar No impedimento de sonhar Onde não há mais lugar Por onde possa escoar e ecoar Se há muito pouco (Por efeito parafuso ou desuso) Minha alma desplugada está... Ecos Minha voz ecoa Em acordes densos e cortantes Emitindo díspares emoções constantes Em imersas ebulições adiante E só eu sei O quanto isso me é gratificante Deveras inspirativa Vital e importante Expulsar os meus demônios interiores Meus medos, mitos, dores e rancores Combustível plenamente essencial Para estar de mãos dadas O Bem com o Mal 25
  • 26. Do além cantar Canto para o espaço infinito Canto para a noite sonhar Canto para a minha morte Canto para a vida sem par Canto para o riso do pranto Canto para a tristeza espantar Canto para os excluídos de liberdade Canto para os sinos dobrar Canto para os caminhantes Canto para os tortos a vagar Canto para os que no trem partiram Canto para os que estão por chegar r Canto para o Silêncio Canto para o tempo a bailar Canto para a dor dos ais que persiste Canto pra quando a morte chegar Canto para o meu torto canto Canto para o Além do voar Ensinar e aprender... Amando 26
  • 27. Aprender contigo E incomensuravelmente Mesmo que distraídamente Em fantasias ter-te Serias sublimal Querer-te em Arte Destarte ensinar-me Os mistérios Dos desejos inconscientes Na maestral pureza Do teu Feminino dom de sê-la A ensinar-me Nos meandros de "proibidas" Sensações que a paixão Despertas E incontinente sob a epiderme Com aguçada sagacidade e perspicácia E de desejos febris me invades... Tomam-me de assalto solene Debalde tão somente... Amar-te! Esperanças Tudo o que passou Vou deixar pra trás Nasce um novo tempo Pra re-começar Agora é hora de sorrir O sol brilha por nós dois 27
  • 28. E as nuvens se dissipam Com o pulsar das horas Vou seguir em frente Pela estrada a fora E nas curvas do destino vou Trilhar o meu caminho Não desistir jamais Até chegar ao fim Não desistir jamais Até chegar ao fim Fecho as cortinas do passado E deixo atrás da porta O presente aqui e agora É o que me importa Meu amor Esvair-se P/estevão in memorian Qual o real sentido da vida? Por que sofrer tanto Perante a inexorável ventura da morte? Qual o verdadeiro sentido da existência? Por que tristeza,dor e pranto? 28
  • 29. Por que em uma fração de segundo Se esvai todo e qualquer resquício De consciência? Quando parecíamos estar vivos? Por que se autoanular E se entregar no vazio negando toda essência? Por que desistir? No meio do caminho? Por que subtrair-se e quedar-se ante aos desafios? Que nos impõe o destino Por que fraquejamos? Por que? Quais as respostas pra tantas questões? Por que após muito lutarmos caímos Como vencidos? Vencidos pelo cansaço e fechamos os olhos Para sempre?por que?por que? Por que ?finalmente? Por que ,perecer,fenecer, morrer Eternidade In memorian:Cássia Eller Vou pegar estrada Para algum ponto de partida p’ro final Interminável de mim mesmo No sorriso da tristeza da aurora A esperança plena se veste De tons imaginários 29
  • 30. Uma sonora viagem Silenciosa Que agora grita Eternidade! Uma sonora viagem silenciosa Que agora grita Eternidade! Exato êxtase Quando me inspirar Na tua expiração Não sei se vai caber ou não Do senso a sensação Ao explodir mil gestos nús De ti profana erupção Primaveril floral estão Tua densa relva em profusão De intensa seiva o pulsar Da ação Íntimo cosmo em expansão De sermos uno aos turbilhões No exato êxtase de estar então No exato êxtase de estar então 30
  • 31. F... Da noite és perfeita dama Entre furtivas paixões Que clama alcova e foge Por entre lençois teus sonhos em chamas A realidade amanhece em suas tramas Tecem feroz... Avida já não é mais Um mar de rosas Nem tamouco de estrelas é coberto teu chão Onde lá no fundo suplica tua alma Reinvindica a calma Faminta de amor e completa afeição Quem pensas que tú és mera aventura Redondamente se enganas Choras ao cair da cama Inútilmente se trae para fazer tua fama Pois eles não sabem que do teu sagrado seio Divinamente repousa A mãe – menina-mulher Que sonha esperança A heroína que és Quase que semi-deusa Tão pura , tão nua F... 31
  • 32. Filhos do vício Há um grave preconceito Que nos foi imposto Quando saímos da ilusão Invadimos sem licença O adulto mundo da razão Não somos culpados Sim, somos vítimas Da incompreensão Que vem da criminosa dúvida Dívida de ser vida Neste mundo cão Nós hoje somos jovens Com pressa de chegar A algum lugar Que o destino aponta Mas...queremos retornar Somos só filhos Filhos do vício Do vício da existência Que as vezes nos impede E nos mata de sonhar Que as vezes nos impede E nos mata de sonhar 32
  • 33. Flor da liberdade Sonho acordado E viajo em um mundo imaginário Rico em miragens flutuam No instante do horizonte de um espaço Vôo e vejo a clara percepção Dos olhos nús Gritam em lembranças vivas Que ocultam gotas De silêncio frágil Fragmento belo De silêncio frágil Fragmento belo Onde me perco e me acho Na eternidade plena de um abraço Dessas noites que emergem como pássaros Cantam inspirações e poesias e delírios, sonhos Infinitos como a flor da liberdade 33
  • 34. Flor Marginal A Flor Marginal exala o perfume ocre Em poesias acídas de Tons atonais Em suas cores Piscodélicas e Dissonantemente Desconcertantes a despojar as carapaças De nossos inconscientes e despertando Para a delicada crueza da realidade Nua Que se finge de ilusão Flor Marginal Perpétua sejas Nos teus jardins do Esperançar Conjugando o verbo Liberdade E desconstruindo o caos da hipocrísia Reinante que teima com seus subterfúgios O verdadeiro sentido de SER do humano ser Eclipsar Que teu perfume aguce todas as narinas E fossas nassais Que tuas cores despertem e façam toda a íris Contida no semblante a enxergar Que tua acída poesia possas enfim E dissonante canção atonal Fazer todo consiciente espirito que jaz Na orbe terrestre Para o Por Vir de uma nova consciência Igualitária e despida de egos Se fazer ser ouvida a todos grotões E Nações do mundo E se fazer de vez o todo amâgo nascente Inssurgir-se na forma de advérbio crescente Dessa eterna busca Revolucionar 34
  • 35. Florescência Arvores,ramagens,frutos,folhas e flores Verdes miragens,paisagens e cores Coloridos ramalhetes de serena plenitude Seiva...sementes... de aromas tão doces Ginoceu...androceu... Pairam vicejantes e amigas De germinante botão desperta a pétala Sublimes sonhos de clorofila Hão de preencher de Vida a Terra! Fuga Os confins do mundo São só meras imagens Que povoam e flutuam os espaços Falidos da minha cabeça Não importa agora se o tempo Retrocede ou avança Não levará nada a nenhum lugar Os pensamentos se perdem Nas vagas lembranças Nos momentos de serenidade Que o instinto da fuga estraçalham junto Com as fantasias O brusco e o angustiante vôo para o nada Se confundem em seus próprios instintos E não haverá um único sentimento pressentido 35
  • 36. Que venha a resgatar-me Da misericórdia de Deus E agora o que será da vida? O que será do meu último instante? E agora o que será da vida? O que será do meu último instante? Gritos do silêncio É violenta e cruel a dor que trago em mim Deixou marcas no meu corpo É o preço pago pelo progresso nocivo Em trocada nossa liberdade A nossa falsa liberdade A nossa falsa liberdade O vento corta o meu rosto Silencia suspeito ao grito que ecoa na cidade O vento corta o meu rosto Silencia suspeito ao grito que ecoa na cidade É só a fúria que se desenha nas palavras É só a noite cujo o desejo se retrata E voa alto rumo ao céus sem asas E voa alto rumo aos céus sem asas É como a droga que entorpece os nossos sonhos Entrega-nos a vida a escuridão Turva-nos a voz e cala o nosso próprio mundo Não há chance de voltar mais o perdão Não há chance de voltar mais o perdão Não há chance de voltar mais perdão Que sobrevoa os quatro cantos da cidade 36
  • 37. Me violentam me jogam aos pés dessa cidade E me arranca alma sob o sol dessa cidade Cujo grito ecoa os quatro cantos da cidade É como a droga que entorpece os nossos sonhos Entrega-nos vida a escuridão Turva-nos a voz e cala o nosso próprio mundo Não há chance de voltar mais o perdão Não há chance de voltar mais o perdão Não há chance de voltar mais o perdão Grupos de exterminio Grupos de extermínio fuzilam nossos sonhos Nos matam o futuro e assassinam crianças Famintas, perdidas de amor sem perdão Em troca do escuro seqüestram nossos dias E as noites que talvez nunca virão E as noites que talvez nunca virão Semeiam com sangue a revolta e a miséria Com derrubam toda uma nação Não haverá nunca a chance de vida Será se houver sangue nas faces ,nas mãos Quem escreverá a poesia O que será destes pobres inocentes Condenados a não ver mais a luz do dia? Estendi a mão Dá-me violência Recebi o ódio Como gratidão 37
  • 38. Abri meu coração Não obtive clemência Quando quis a paz Nos deram a morte E das guerras nos deram ilusão Ilusão...ilusão... O que será do futuro?o que será de nós? Se provocaram da vida um aborto E mataram os nossos sonhos Nossos pais,nossa pátria,nossos heróis O que será do futuro? O que será de nós Se provocaram da vida um aborto? E mataram os nossos sonhos Nossos pais ,nossa pátria, nossos anjos E assassinaram os heróis tudo pela dor La Fêmme Passion Como definir teus estágios e encantos? Como definir tua intuiva beleza Que enobrece e conquistas Por onde passas? Encantos de menina Menina em flor Feito mulher Na fragrancia cristalina Que seduz e domina Nossos instintos Ainda que possas parecer 38
  • 39. Que não se quer Sutil paixão e explendor Que feminal e plena personificas Na sensualidade premente Que instigas E convidas a bailar Mil sonhos e noites De prazer Prazer entre Pétalas e Botões No paraíso dos Gineceus E no Phoênis das muitas Dianas E Deusas de Elfos e Afrodites Renascidas Na virtude do desabrochar-se Ante ao toque feminal de Ser Deste belo e divino SER Natural e tão cósmico Tão intímo Tão leve e marcante La Femme Passion Que nos convida A infinitasmente No Amor Platônico Se inspirar Da inspiração De desnudamente Teu mistérios desvendar La Femme Passional Um indescritível Cheiro da Prefeita Fragrância De sensual liberdade no AR 39
  • 40. Lua Rubra Meu corpo sofreu amputação do tempo Levou consigo as lembranças perdidas Ao vento Por um instante eu pensei Ter achado a liberdade Que se encontrava entre prisões De conscientes crueldades E a paz que eu tinha em mim guardada Nos lábios traíam um gosto de guerra A viajar por momentos sóbrios De inebriadas solidões eternas Há de extinguir a vida Companheira minha morte O que será do futuro de um passado Ao inferno me devolve Ao fim... Aos caos da tua língua Cujo o corpo quero esquecer Esquecer que eu existo Da indiferença me refazer Refugiar-me do meu nada Compreender o quanto fui tudo Pedir ao sol pra que se apague E voltarmos para o escuro 40
  • 41. Há de extinguir a vida Companheira minha morte O que será do futuro De um passado Ao inferno me devolve Ao fim... Da lua rubra Luz Vou dar a luz a tua luz, a meia-luz Por inteiro grávido de Amor Na gravidade do espaço-coração Um novo ser Chamado sentimento Na aurora virginal dos tempos Leve soprar da Eternidade Claro alvorecer O grito libertário do sonho igual A bordo da esperança plena Serena plenitude De um novo plano astral A bordo da esperança plena Serena plenitude De um novo plano astral 41
  • 42. Magia do existir Descortinar horizontes É adentrar o âmago dos teus olhos É partilhar dos teus sonhos É compor uma canção É ser mais veloz que o tempo Nos permitir aos pensamentos Se desvelar na emoção E não me importa nada além O que me importa agora é tudo Que vem de tí meu bem É enxergar o mais profundo Com o saber da inocência do sentir Perpetuar tesouros do amor Na magia do existir Mary Hellen Blues Além dos limites dos sonhos Nas linhas do coração Se desenham os momentos futuros Palco para a imaginação Uma nova realidade Para a transformação Do nosso ser humanidade Do infinito o soprar 42
  • 43. Vem me abraçar com teu olhar de luz Pintam as cores dos dias Nos conduz a trafegar Na eternidade por quase um segundo Invencível ao tempo superas a morte Nos brinda ávida em felicidade Na flor de uma canção Brotar a semente mais lindo do amor Universal do coração Oh! Mary Hellen Blues Do nosso coração Mistérios Quão silentes Mistérios Tomam-me de assalto a alma E meu corpo invades? Tão intensa e Proibida Que me excitas e evocas E impele-mes a convidar-te A querer contigo Banhar-se de nuas sensações E fazer-te Amor com Arte? Mutações Não precisam de dentifrícios 43
  • 44. Os uivantes caninos Antissépsia sem artificialismos A antissépsia Não usam molas Os saltos dos felinos Que traçam sete vidas teus destinos De garras siamesas E as aranhas tuas teias tecem Multiplicam lares com tuas próprias vestes Pós borboletas Bichos-da-seda Despertam vidas em sombras tamanhas Luz se revela oculta na penumbra E o Criador criava as criaturas Que brincavam de ser O construtor Nazista infernal Quando nasceu alijado do céu Teve um destino ruim De tão mal foi cruel Sua mãe viveu na prostituição Seu pai era tido como um ladrão Seu brinquedo a violência Sua virtude a maldição Estuprava virgens Seu indecente! Não tinha alma nem coração 44
  • 45. Matava por prazer e sem justiça Condenado pela polícia Era um psicopata terrorista Dizimou tantas culturas Genocida! Já não tenho palavras para explicar Já não tenho meios para conceber Um crime uma vida um filme sem final De um nazista infernal No meu 4º As palavras se transformam em silêncio E os pensamentos belas fantasias Travestidas nas paredes do meu quarto E os sentimentos sempre serão os mesmos Os mesmos caminhos que sempre percorremos Em busca de solidão Travestida nas paredes do meu quarto E me consumem atrás de alguma explicação Confusões criadas pelo próprio mundo Qual a razão ? O que será da razão? Traços riscados, desenhos coloridos Logotipos eróticos colados na parede Discos, fotos de jornais olhar em preto e branco Nas janelas as imagens que sempre as mesmas Nem tudo isso tem explicação 45
  • 46. Na mesa de um bar...Blues Quero uma dose de uísque Para esquentar meu coração Congelar minha eterna dor Minha companheira solidão Quero viver sob as sombras do infinito Do que morrer sob as luzes da ilusão Quero o beijo azul mais que proibido Voar nas asas dessa canção Quero você estagnada Cantando comigo E ser até apedrejada por tua falsa consciência Por tua falsa consciência O nosso amor acabou ele jamais começou És página virada destacada e descartada Que o vento levou Meu amor Meu amor Pra encerrar agora quero outra dose de uísque E o vinho etílico da transgressão Me embriagar nas esquinas Da companheira solidão Da companheira solidão 46
  • 47. O Deus que vejo O Deus que vejo Não pertence as classes E elites dominantes Não é aquele cuja a plebe Se curva e diz amém A espera de migalhas da salvação Não é o Deus do armagedom E do juízo final Está acima do bem e do mal Não é o Deus das ditas religiões Com seus profetas e suas vãs filosofias O Deus que vejo não pertence a ninguém Não é o Deus ateu dos suicídas Não é o Deus do pranto,das guerras,das pestes Da fome,dos dizímos,das ceitas, da cismas O Deus que vejo resplandece No regaço atemporal do Infinito Em forma de natureza,revolução, canção e poesia! Acreditar Acredite em você e vença Lute e não se deixe quedar Á primeira dificuldade Você pode superar Se olhas no espelho e digas a ti mesmo 47
  • 48. Eu me tenho eu me amo de verdade Nada podes me abalar Nós somos o que pensamos Calcados no insconsciente Se positivo ou negativo no ser Produzidos pelos padrões da mente Liberte-se deste casulo Você quer, você é mais forte Só o Amor constrói Superas a própria Morte... Nós somos o que pensamos Calcados no inconsciente Se positivo ou negativo no ser Produzidos pelos padrões da mente Amor de Três Vamos brincar,vamos brincar de ser E tingir o arco-íris Com as cores do som e da luz Inventar um páis Sami fazer sorrir linda “tekinha” de luz feliz Nos jardins da inspiração brotou A mais bela fina flor canção de amor De céu ornamentou-se o coração E fez morada felicidade ali Como mágica mil borboletas 48
  • 49. Passeiam pelo ar Bailam e flutuam nos convidas a dançar Pra brincar e amar Pra brincar pra dançar e amar... Amor Incondicional Não tenha pressa de viver Não tenhas medo de se descobrir Com as doze dicas de motivação O importante é ser Feliz Prosperidade é cuidar de si mesmo É amar você É ajudar o outro É ter um relacionamento sustentável É cuidar da Natureza Preservar nosso Planeta É ter riqueza com espiritualidade É Motivação (ter motivos para praticar ações) É amar o próximo É voltarmos para o Pai Melhor do que nós viemos O Amor Incondicional É o maior dos ensinamentos O Amor Incondicional É o mais belo dos ensinamentos 49
  • 50. As Maravilhas da Criação Sorria para a Vida E deixe a Luz entrar Deixe aberta as portas Do teu coração Vêm e dê a mão Fazendo o Bem Siga á direção Sem olhar a quem O que importa é ser feliz Com Paz e Amor É querer alguém Sem cobrança e rancor É saciar a fome É matar a sede É agasalhar de carinho o irmão É gostar de si mesmo É poder conquistar É realizar muitos sonhos É ter brilho no olhar É ter plenitude Em constante evolução Espalhar Amor e Harmonia Faz bem ao coração E poder contemplar as maravilhas do Criador e sua Criação 50
  • 51. Basta um pouco de tí... Basta um pouco de ti Para alegrar meu coração Guiam-me os pensamentos Rumo à tua direção Todas as palavras do mundo Ainda não são suficientes Pra traduzir Este grande sentimento por ti És tão fascinante És tão onipresente Ainda que fisicamente distantes Penso em ti tão somente Unicamente te quero Constantemente te sinto Hei de te encontrar Absolutamente hei de te Amar Infinitasmente Junto a mi corazon... Hei de te amar Pra sempre! 51
  • 52. Fantástico ter você Fantástico ter você comigo Fantástico ter você aqui Fantástico sermos amigos Fantástico ser e servir Fantástico ver você sorrindo Fantástico ver nascer o Amor Fantástico você evoluindo Fantástico que Deus criou Fantástico a tua presença Fantástico sermos irmãos Sem dogmas e respeitando crenças E amarmos sem distinção Fantástico ter você conosco Fantástico a Vida fluir Fantástico fazer o bem Fantástico é ser Feliz Fantástico estar entre amigos Fantástico ajudar o irmão Fantástico ser Cavaleiro Fantástico nossa Missão 52
  • 53. Deusa Hera Como Descrever tamanha formosura Que de tua beleza Como jóia rara emanas Misteriosa e enigmática Femina Vem consagrar aos Deuses perpétuos de Hera Tamanho Amor vívido que em teu regaço perduras Na alcova cintilante dos nossos dias Hão de contemplar adjacentes maravilhas Que saltam do teu profundo olhar Que fulguras majestosa Qual explendor de Rainha tua luz explana Veneranda de prazer pontificas Ao elo que tecem encantadora carícia Dulcissima e perfeita que és Na tua nobre grandeza de Linda Mulher-Menina Querer-te desvendar teus segredos Em desvelado Amor É de todos homens de paixão Acrisolados nos caminho se destinas do coração Do labirinto ato de sentir-se e inssurgir Acorrentada e enfeitiçada sina Femina Flor Na síntese do desejo e extase Que nossa fantasia instigas e prescrutas Quão doces mistérios e sabores hão de se conter no Universo oculto Deste belo ser Feminino da qual ostentas perfumada Flor de delicada Vulva? 53
  • 54. Libertação do Amor Liberte sua mente Dos teus velhos vícios Incorpore novos hábitos E abras um sorriso Dê um novo colorido Para a tua vida A si mesmo uma nova chance Comece bem o dia Ame-se a vontade Que sem esperar Um outro alguém irá surgir Querendo te amar Partilhes alegria as 4 cantos Do mundo Você é forte Você pode Tudo muda em um segundo Se permitas para a vida O agora é aqui Esquece o que passou pra traz E venha ser livre Lindamente Demoníaca Lindamente Demôniaca Fazes me ajoelhar 54
  • 55. Ante ao tronos Dos teus desejos Desejos que me fazem descer Aos intermináveis umbrais Do insconsciente Dos nossos instintos Despe-mes ... Escraviza-me ante as labaredas Dos teus puros anseios Meu corpo arde De dolorido gozo Espasmódico e perfeito Ante ao teu enlace Que debalde Me fazes tomar de assalto E sobressaltante lúxuria No derradeiro osculo envolvente Da tua celestial Ternura Mergulhado e infenso Na tua beleza angelical de azul delirio constante No contraste cósmorgasmico feminal presente Lindamente demôniaca e excitante... Luz da Motivação Você pode mudar a tua vida P’ra melhor Você é especial Você pode vencer Com muita fé ,energia e Amor 55
  • 56. O Universo conspira a teu favor É tua chance de crescer com garra e Motivação (Você é especial) Você pode muda sua vida P’ra melhor Você é especial Você pode vencer Com muita fé energia e Amor O Universo conspira a teu favor É preciso ser feliz Para alcançar a Vitória Faça por Bem Que o Criador te cobrirás De Paz e Glórias Faça a tua parte O Cosmos te recompensarás Recomece nunca é tarde Acredite e vencerás Você podes mudar a tua vida P’ra melhor Você é especial Você pode vencer Com muita fé , energia e Amor O Universo conspira a teu favor 56
  • 57. O Dia do Chacal Máquinas de almas Estatizando vícios Privatizando mentes Socializando egoísmos Mas Deus não estava em casa Universo de férias coletivas Estados falimentares Das causas primeiras dessa vida Vidas que custam a passar Corre que o tempo está por findar Santo burgos Chacal dos sete umbrais De passagem para o caos Teus vis metais Letais Mentais O Louco Taxam-me por louco Insano Débil Demente Mormente não sabem eles Quão preciosa e régia É ter sensibilidade 57
  • 58. Mas querem-me ou tem-me por joguete Ou quem sabe por tolo ou marionetes Esquecem eles que a Natureza-Mãe Outorgou-me Ser Primo-irmão da poesia em Arte Onde quiça serei perene Mesmo na morte E quanto a eles restarão Ser-lhes fadados ao limbo do esquecimento precoce debalde! O mais belo morrer Choro delírios e versos Que aflorescem a dor Angustiada fantasia Me decomponho aos poucos Aborta-me o silêncio Em falsas alegrias Traço e desfecho um ato Desenlace os laços E partos em guerras Suprir de existência ternura Renegar o amanhã Abstratas quimeras Reagem em cadeia Tracejam-me as teias Corroem-me as veias Apagam as a centelhas Do que foi meu ser 58
  • 59. De braços abertos Despida traduz Louca eternidade O mais belo morrer O manto O manto negro do meu cantar É a solidão solidária Solidária com a dor do desatino Que desagua em minha vida sem vida Minha alegria tristonha Melancolia vestem fantasias Tortos caminhos meus passos Em lenta agonia sem fim Vem me sorrir a morte Em eternos desvários Eu sigo infinito cantando a dor deste Blues E eu sigo infinito cantando a dor deste Blues Minha alegria tristonha Melancolia vestem fantasias 59
  • 60. O nada Sinais dispersos Nos detém aos teus Exatos apelos anexos Retratis olhares Universos aos pares Díspares sonhos Em vários disfarces Sutis reticências de cores milenares Que nos refletem por todos os lugares Vazios repletos de silêncio De braços abertos pro nada Vazios repletos de silêncio De braços abertos De braços abertos De braços abertos Pro nada O outro lado da vaidade Rasgaram a liberdade No olhar não está presente Rasgaram a liberdade No olhar não está presente Estragado da noite Estragado da noite Onde vomitamos sangue fruto 60
  • 61. Dos nossos sonhos e ambições Sob o asfalto as incertezas Sob os corpos longínquos de tédio marcados Pelas veias as drogas Subjugando as almas de outroras manhãs Das manhãs das manhãs Das manhãs das manhãs Dos condenados a se viciar Pelo rol da cobiça se definhar Em muitas injustiças e traições Nos olhares tristonhos E suas tortas lembranças Que vos confere a desilusão Na face o gosto amargo da decepção Lhes sobrevêm da fraqueza E a impotente servidão A nua e crua realidade Que se lhes impõe por herança A “nossa” democrática sociedade O desfecho inapelável O advérbio:Negação!!! O poeta O poeta é tão celére Quanto a velocidade da luz Tão espantoso quanto a precisão Do tempo Que este se eterniza 61
  • 62. Na lembrança memorial da História Contramão ao largo do silencioso esquecimento O “X” da Questão Não desista mesmo que caias Você podes levantar Há muitas glórias Para te esperar Mesmo que chores Ainda é tempo de sorrir A vida agora apenas começou É hora de seguir O que é a dor Perante a Evolução? O que é o mal Perante o Amor Que aqueces o coração? O Criador te esperas De braços abertos Ele é luz, é força e inspiração É o caminho mais certo Você foi feito para brilhar Você tem tudo p’ra evoluir Você tem o coração para amar Você tem tudo para ser feliz 62
  • 63. Olhar Blues Livre navega em silêncio Tua alma primavera De sonhos e luz Blues são teus olhos Tão profundo e infinitos Dos teus desejos nus Dos teus desejos nus Dos teu desejos nus Dos teus desejos nus (sentimento) Eternizada que sejas Em tua bela realeza de amor Fruto de um grito verdadeiro Em poesia e rock n roll Dos teus desejos nus Dos teus desejos nus Dos teus desejo nus Dos teus desejos nus (sentimento) 63
  • 64. Olhos que sentem Olhar em flor amanhecem Em noites a sonhar teus segredos Despertar mistérios Revelar-se por teus olhos Me carregue nos abraços Infinitos teus E vem ficar comigo Me carregue no teu seio Adentrar teu coração Me leve ao Paraíso Pinta a alma em flor Os mais nobres sentimentos Descobrindo o universo do Amor Como se fosse um beijo sem fim Me carregue nos abraços Infinitos teus E vem ficar comigo Me carregue nos teu seio Adentrar teu coração Me leve ao Paraíso 64
  • 65. Os Sete Véus Passado vivificado em cera Evocando tempos remotos Trazendo á tira colo Retrovisor espelho futuro De eólicas sensações Mumificantes lembranças Nos braços do Coletivo Insconsciente Dormitas Os Sete Véus Do Grande Enigma Por entremeios que nos destinas Do Além regaço Despojos e Traças Despem-se Tesouros e Sete Taças Com Quem estão guardadas As Sete Chaves do Mistério? Na ofuscante forma nossa de pensar Tão fugaz e Disforme Que nos distorce E no Ápice do desenlace Verteremo-nos tão somente a Pó Na contramão da História A contagem regressiva Escandantes areias da Ampulheta Como Maestro Regente o Tempo E Orquestra de Não Nascidos E Sepulcrais côro de vozes Por onde o Silêncio é teu Par! 65
  • 66. Passageiros do Tempo A verdade não está nos livros Da mentira escrita a mão Nossa vida é uma eterna História Página rasgada olha sem visão Somos Passageiros do tempo E andamos pela contramão A estrada que seguimos é mais perigosa Do que cala o nosso coração Somos passageiros do tempo Não sabemos aonde vamos Quando e onde parar Só sabemos que o grande momento está Na liberdade de se amar A virtude não está contida Na verdade de quem vai contar Está expressa no concreto Que se encerra no mistério Que tentamos buscar A chance de uma palavra Amiga do coração Mais densa que o silêncio Mais breve que a solidão Estamos acompanhados Por sociedades que ditam tortas leis Mas elas já nascem mortas Das mãos inconscientes de quem as fez E desfaz-se o ser humano Que compõe a sua decomposição E se torna a lembrança 66
  • 67. Que esquece o tempo Seca as lágrimas da razão E transita ante a loucura E da simples criação E se torna mais complexa Ante a extensa imensidão Se não fogem os seus erros E segredos irracionais Somos só passageiros do tempo Por entre estranhos carnavais Pequena notável És pureza do inocente desejo? Ou desejo de ser pura No divino ato de pecar? Tantos mistérios Residem em ti Quem ousará por fim desvendar? Pequena notável De grande e sensível Rara beleza ímpar Quantos segredos escondidos Por trás do teu sorriso De menina-mulher Há de guardar? 67
  • 68. Pérola Janis Quando a lua dos teus olhos Banhar-se em sangue E o sol da tua alma Estiver fora de sí Longe de tudo Longe de mim mesmo Meu eu meu corpo em fogo Como canção Serei sempre teu eternamente azul De infinitos sonhos beijo em blues Serei sempre teu eternamente azul De infinitos sonhos beijo em blues Pérola Janis Pérola Janis joplin Pérola Janis For ever Janis Joplin Até libertra minh’alma Em uma explosão interior Lúcida loucamente Amor Rasgar o céu de som em som Sombra e luz girar o mundo cinza Pedir a cor em par com dor Dos nossos corpos nus Pérola Janis,Pérola Janis Joplin Pérola Janis,For Ever Janis joplin Voando intensamente Em um beijo azul De infinitos sonhos blues Voando intensamente 68
  • 69. Em um beijo azul De infinitos sonhos blues Pérola Janis,Perola Janis Joplin Pérola Janis,For ever Janis Joplin Pescador de ilusão Já cruzei tantos mares Nunca dantes navegados Muitos caminhos que andei Pelo destino traçados Mas perdi a direção Sou um barco á deriva À procura de uma ilha Porto seguro pra atracar É forte a tormenta Tempestade me arrebenta Nestes dias frios Minha vista cansada Alma nublada Repleto deste vazio Procurando encontrar Tesouros do coração Apesar do eterno risco De navegar sempre na contramão 69
  • 70. Procurando encontrar Tesouros do coração Apesar do eterno risco Sou pescador de ilusão Poesia do Submundo Moramos em um país Somos vistos como marginais Derrotados pelo conflito entre o trabalho E os donos dos capitais Não sabemos nossos nomes Se vivemos ou se morremos De fome ou de doença Por crime ou violência Moramos em um país Onde nós somos culpados De rasgarmos o futuro Pros nossos filhos abortados Massacrados pelos homens Que estão cegos de poder Não sabemos como vamos Sobreviver Há tantas injustiças que convêm A nos partir O nosso ego é ilimitado Não sabemos como definir Neste país de marginais 70
  • 71. Marginais corrompidos Pelo dinheiro sujo de sangue Drogas ou homicídio Essa música é para aqueles Que não se deixam conduzir De carregar nas costas O castigo do passado E se destruir Pelas garras do poder Das cegueiras da ilusão Que se presta a julgar a Humanidade Ou tal país pelo crime de omissão! Poetizando... Poetizando é o desnudar da tua alma Devassar tua vastidão de mistérios femininos É partilhar contigo desejos incontidos É mergulhar na profundidade dos teu oceano De encantos e quedar-se ante teu intenso brilho É cingir-se de tua aura cristalina E banhar-se na tua plenitude De luz que enebrias a todos a olhos vistos É achar-se no horizonte dos teus aconchegos É eternecer-se com tamanha meiguice Que emanas Tal qual acesa chama de Paixão Que em teu cerne latente estás E que com certeza poderosa e repleta De imensidão há de reverberás 71
  • 72. Poetizando me sinto como se estivesse A querer desvendar Quanta magia estás oculta No teu nobre coração Sedentas de querer ser amada e Infinitamente Amar! Pôr do sol Por detrás do pôr do sol Adormece o girassol Por detrás do pôr do sol Adormece o girassol No silêncio da amplitude Vibra a flor da quietude No silêncio da amplitude Vibra a flor da quietude Infinito horizonte Pequeno grande coração Um porto mistério Infinito segredo Um porto mistério Infinito segredo Crepuscular silêncio Tecem contemplação A vida a envolver As mãos em luz Sol! 72
  • 73. Por entrelinhas Nas curvas do destino Sob meus passos Entrelinhas Minhas mãos Meu caminho a direção Por onde seguir? Para me encontrar O sentido Que tanto busco a procurar Um trago de felicidade Para me realizar Nas taças da imaginária E fugidia liberdade Que sonho um dia degustar Para adocicar O meu amargo pa-la-dar Por que Qual o sentido da interrogação? Qual a razão do por que? E o por que da razão? Qual o limite? Até onde vai a loucura? Fragmentada e diluída ? Em um traço indivisível 73
  • 74. De dúvidas e de incertezas? Sem respostas pras perguntas De tudo que sem o ser Determinante o fator crer De ter e acontecer racionando O que ninguém pode saber E ainda que desconfie E pergunte o que é E mesmo que sem saber Qual a razão do porque Se mesmo na realidade Nada é definível Possível de se prever Qual a razão do por que? Por todas as eras Não me importas o teu nome Nem onde moras Me importas o que sentes O que pensas quando ris ou choras Apesar dessa distância Dos desencontros e das circunstâncias Estou contigo Você é meu porto seguro Pro meu perdido espírito De poeta ,solitário E quase louco...anjo decaído 74
  • 75. Convertido no que agora sou Entre incertezas e imperfeições E se possível fosse que o tempo congelasse Toda amaldade ao derredor Ao derredor de nós dois Para o bem de nós dois Ainda assim te espero Para sonharmos juntos O sonho de liberdade e de amor sincero Você estará comigo na memória do meu espírito Por toda a Eternidade nos braços da saudade Até que um dia tudo isso passe Até que todas as eras se acabem Por um segundo Por um segundo No contratempo De sobressalto Passos na contramão Inventam espaço Em velozes pensamentos Entrelaços e caminhos Carregam aos braços O SER Instinto decerto 75
  • 76. Que sonha liberdade Por certo destino (in) certo! Primeira infância Vamos viver Viemos para vencer E mudar Toda a questão de ser Sem perder a razão E a emoção da alegria de sorrir Na primeira instância Paralela a circunstância De crescer e lutar Sem perder a infância Sem perder a ternura Sem perder a inocência Da primeira infância E a simplicidade De estar e ser sincero Neste nosso mundo Tão adulto e tão complexo Sem adulterar a pureza do coração Quem irá nos traduzir? 76
  • 77. In memorian: Renato Russo (Legião Urbana) Quem sabe o porto dos sentidos? Os sete dias e os varões Se fez palavra o silêncio derradeiro Abertas as portas da percepção Diário em canção Renega a vida em nome das paixões Foi tão difícil viver sob as próprias vontades Voz da minha juventude Em tristezas me fizestes feliz Voz da minha juventude Em tristezas me fizestes feliz A tua dor voz amiga faz me sentir teu silêncio E ver que o mundo é uma simples passagem Face marcada sofrimento Tua luz a verdade de uma vida Rara essência do coração Que conduz a liberdade em poesia E eterniza o infinito da canção Vais amigo descance em paz Pois a saudades que deixas-tes não foi em vão Vais amigo segues em frente Livremente tomar carona Rumo á outra Legião... 77
  • 78. Quisera Quisera eu ser diafano Tal qual os nobres faunos Quisera eu ser leve E sábio como os ascetas Quisera eu ser reto De caráter férreo Como uma certeira flexa Quisera eu ser tão casto Quanto a nascente erva Quisera eu não descender de Adão E sim ser fruto Do divino pecado de Eva 78
  • 79. Reflexões No bojo da ignorante sapiência De todo o mistério que se reveste a Vida É não ter nenhum segredo que seja Por ser desvendado Porém nossa razão embotada Não nos permite licença para descobri-la Por isso mister que se diga Que desejaria eu me encontra além No além de mim mesmo Em outras estratosferas Por outras plagas siderais e eras Do cosmo universal indizível No íntimo atímo do ápice Do verbo não-existir Porém infinitamente conjugando em Poesia O verso Ser, sentir! 79