1. Universidade Federal de Pelotas
Instituto de Filosofia, Sociologia e Política
Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência
Nome do bolsista ID: Felipe Aurélio Euzébio Matricula: 16100275
FICHAMENTO
1. Referência bibliográfica completa:
ARAUJO, Djacira Maria de Oliveira. Movimentos Sociais: questões de gênero e
educação na Experiência do MST. II Congresso Nacional Movimentos Sociais e
Educação. Questões de Gênero e Educação, no circulo de Dialógo. Bahia (UESC),
2014.
2. Ideia, problema principal:
Problematizar os desafios dos movimentos sociais na perspectiva de fortalecer e
valorar novas práticas educativas e formativas nas relações de gênero utilizando-se de
uma reflexão histórica das desigualdades sociais e políticas e de uma analise de como os
movimentos sociais vem enfrentando essas questões, com uma olhar especial ao MST.
3. Hipóteses - proposição que pode ser a solução do problema: (identificar e transcrever
as principais hipóteses, indicando a página):
Para a autora a educação “tanto pode se constituir enquanto espaços de reproduzir o
modelo social quanto pode contribuir para as transformações na perspectiva de uma nova
formação social” (Araujo, 2014 p.3). Sendo assim“a concepção que norteará as ações dos
movimentos sociais é o projeto político, cultural, econômico que deve orientar os pressupostos
educativos e metodológicos das suas práticas pedagógica. Responder qual o projeto de
sociedade, qual a concepção de educação e quais são os valores são parte da nossa formação do
novo camponês, do novo trabalhador e sujeito político. É essencial, para responder o que é mais
importante: que as crianças aprendam quais valores e comportamentos estão se produzindo ou
se reproduzindo nos processos educativos; e qual o modo de vida que se busca alcançar. E isso
não é tarefa apenas dos educadores. E sim de todos os que almejam mudanças na natureza da
sociedade, de todos e todas que estão vivendo sobre condições de opressão, violência,
discriminação e exploração econômica. Por isso, cabe aos movimentos e militantes sociais
incorporarem e construírem esse novo projeto societário; e isso é um grande desafio” (Araujo,
2014 p.9).
Ela ainda cita: “A escola também é lugar de viver e refletir sobre uma nova ética: (…)
Nos processos de transformação em que estamos envolvidos, um dos grandes desafios tem sido
romper com os valores da velha sociedade e construir valores pessoais, coerentes com os
processos de luta coletiva. Nossa tendência é repetir os vícios que calçaram nossa personalidade
até agora, tais como o individualismo, o autoritarismo, a autossuficiência, ou a obediência cega,
o machismo, o racismo, etc. (MST, 2005, p.48)” (Araujo, 2014 p.3).
2. 4. Principais conceitos utilizados pelo autor (identificar e transcrever os principais
conceitos, indicando a página):
Relações de Gênero; Poder; Sociedades Patriarcais e Classistas; Divisão
Social do Trabalho; Divisão Sexual do Trabalho.
5. Principais conclusões do autor (identificar e transcrever as principais conclusões,
indicando a página):
Djacira diz que: “Avançar na construção de novas relações de gênero é uma
tarefa que exige um cuidado e atenção permanente. Nas lutas dos movimentos sociais é
preciso enxergar com nitidez o papel que homens e mulheres estão assumindo,
analisando para onde essas relações estão apontando, se almejam superar as
desigualdades de classe, gênero, etnias, entre outras” (Araujo, 2014 p.9).
E ainda conclui dizendo que: “Para o MST a desigualdade de gênero é uma construção
social, pautada em escala de valores que tornam as pessoas vítimas da exploração e da opressão.
E a sociedade socialista que está no seu horizonte prescinde eliminar as formas de opressão,
exploração e desigualdade. Desse modo, este movimento reafirma a premissa marxista de que a
luta contra a opressão das mulheres se coloca como estratégia da emancipação humana, em que
a medida do grau de civilização da sociedade se expressa no nível de emancipação da mulher.”
(Araujo, 2014 p.10).
6. Considerações pessoais:
A autora faz um levantamento histórico e uma analise da trajetória do
MST com relação às discussões de gênero e a inclusão das mulheres na luta e no
movimento de forma mais efetiva, além de trazer a importância da educação para a
construção de uma sociedade mais humanista e socialista, eliminando as formas de
opressão, exploração e desigualdade.
Como a própria autora apresenta, o MST ao almejar essas mudanças
sociais elabora em seus assentamentos e acampamento um novo tipo de educação que
necessita e precisar ser cultivado, pois tratasse de uma educação mais inclusiva,
igualitária e livre. Que permite aos seus estudantes discutir, refletir e construir um novo
modelo de sociedade.
7. Palavras-chave:
Gênero, Poder, Opressão, Desigualdade, Movimentos Sociais, Inclusão,
Educação, MST, Classe.