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FICHA RESUMO DO TEXTO
Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência- UFPel
Área: Subprojeto das Ciências Sociais
Nome do Bolsista: Aline Rodrigues Dobke
Referência Bibliográfica: POMBO, Olga. Práticas interdisciplinares, Porto alegre,
ano 8,n 15, janjun, 208-249, 2006.
Titulo do texto: Práticas interdisciplinares
A autora começa o texto falando que a consequência do crescimento da ciência
foi a progressiva fragmentação e especialização das ciências modernas. A
autonomia de cada uma das disciplinas fragmentou o universo teórico em
especialidades desligadas entre si. Assim, as ciências se isolaram em seus
respectivos métodos, linguagens, etc.
Sobre a interdisciplinaridade a autora diz que o fato mais interessante que
caracteriza a interdisciplinaridade enquanto fenômeno, não da sociologia, mas
da ontologia da ciência, é que ela só se deixa pensar no cruzamento da
perspectiva veritativa e da perspectiva sociológica da ciência. A
interdisciplinaridade traduz-se na constante emergência de novas disciplinas
que não são mais do que a estabilização institucional e epistemológica de
rotinas de cruzamento de disciplinas. Pode-se distinguir três tipos fundamentais
entre as novas ciências:
1. Ciências de fronteira: são constituídas nas interfaces de duas disciplinas
tradicionais, também são denominadas “disciplinas hibridas”. Exemplo:
bioquímica.
2. Interdisciplinas: são disciplinas com autonomia acadêmica e que surgem
do cruzamento de varias disciplinas cientificas com o campo industrial e
organizacional. Exemplo: psicologia industrial.
3. Interciências: são novas disciplinas constituídas na junção de varias
disciplinas de diferentes áreas do conhecimento. Exemplo: ecologia.
As ciências cognitivas são um dos exemplos mais pregnantes das interciências.
Estas são constituídas por um conjunto de investigações que têm origem em
cinco disciplinas dominantes: psicologia, linguística, filosofia, inteligência
artificial e as neurociências. Podendo, conforme os casos e as exigências dos
problemas em estudo, incluir um conjunto muito mais amplo de disciplinas,
subdisciplinas, etc. Trata-se de um conjunto disciplinar aberto, sujeito a
variações. A cognição hoje é um terreno insuficientemente delimitado, ela tem
sido compreendida segundo três características:
a) Funcionalidade: convicção de que a cognição consiste num certo numero
de operações de conhecimento executadas de forma puramente
estrutural, independentemente do seu suporte físico.
b) Formalidade: diz respeito a natureza especifica da causalidade realizada
nas operações de conhecimento, a qual tende a ser concebida como
uma eficácia das próprias representações.
c) Internalidade: designa a independência das leis e da natureza das
funções cognitivas face ao contexto externo, elas resultam unicamente
de um conjunto de regras e instruções.
As ciências cognitivas não podem deixar de aparecer como uma área aberta,
irradiante, comportando diferentes dimensões e suscetível de diversas
abordagens e níveis de analise A hipótese mais forte é a de que as ciências
cognitivas constituem uma nova disciplina cientifica no sentido clássico do
termo. A emergência hoje das ciências cognitivas corresponderia ao lento
desvelar de uma área inexplorada da realidade - a cognição – mediante a qual
se caminharia no sentido de uma crescente complexidade e aproximação ao
humano. A noção de cognição representa um primeiro passo interdisciplinar,
pois a existência de uma área de investigação comum às ciências cognitivas é o
resultado de uma pratica de trabalho transversal às delimitações disciplinares
estabelecidas.
A interdisciplinaridade existe sobretudo como pratica, ela traduz-se na
realização de diferentes tipos de experiências interdisciplinares de investigação
pura e aplicada. A realidade da interdisciplinaridade, na ausência de um
programa teórico unificado que poderia ser a interdisciplinaridade, oscila entre
dois extremos: uma versão instrumental instaurada pela complexidade do
“objeto” (de que as ciências cognitivas são exemplo pregnante) e uma versão
processual na qual a colaboração entre investigadores de diferentes disciplinas
é previa a emergência dos próprios objetos complexos e requerida pela vontade
interdisciplinar que anima as “instituições” que lhe dão enquadramento (o Santa
Fe Institute leva ate as suas ultimas consequências este modelo). As
modalidades mais pregnantes são:
1. Praticas de importação: são praticas decorrentes de limites sentidos no
interior das disciplinas especializadas. O aprofundamento da
investigação numa disciplina leva ao reconhecimento da necessidade de
transcender as fronteiras disciplinares. Ela consiste na cooptação, a favor
da disciplina “importadora”, de conceitos, métodos e instrumentos já
provados noutras disciplinas.
2. Praticas de cruzamento: são praticas relativas a problemas que, tendo a
origem numa determinada disciplinas irradiam para outras, invadem
outros domínios.
3. Praticas de convergência: são praticas em que a interdisciplinaridade
passa, não tanto pela concertação previa de uma metodologia, mas pelo
convite a convergência de perspectivas em torno de um determinado
objeto de analise.
4. Praticas de descentralização: são praticas que tem sua origem em
problemas impossíveis de reduzir as disciplinas tradicionais. A
interdisciplinaridade é descentrada, pois não há propriamente uma
disciplina que constitua o ponto de partida ou irradiação do problema, ou
que seja o ponto de chegada do trabalho interdisciplinar.
5. Praticas de comprometimento: são praticas que visam questões vastas e
difíceis, que resistem a todos os esforços que gerariam sua solução, mas
que reclamam soluções urgentes. A interdisciplinaridade não apenas
troca informações ou confronta métodos, mas circular um saber, explora
as possibilidades de “polinização cruzada” e cujo objetivo é encontrar
soluções técnicas para a resolução de problemas que resistem às
contingencias históricas em constante evolução.
Análise crítica do texto:
O texto aborda detalhadamente as formas da interdisciplinaridade, sendo esta
muito complexa, pois precisa agregar os saberes que foram fragmentados com
a evolução da ciência. A interdisciplinaridade é algo muito recente e que tem
que lutar contra a hierarquia estabelecida pelas disciplinas especializadas,
porem, ela é a única capaz de resolver problemas mais complexos. Sendo
assim, acredito que a interdisciplinaridade é o caminho para uma educação de
maior qualidade.

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Fichamento do texto aline

  • 1. FICHA RESUMO DO TEXTO Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência- UFPel Área: Subprojeto das Ciências Sociais Nome do Bolsista: Aline Rodrigues Dobke Referência Bibliográfica: POMBO, Olga. Práticas interdisciplinares, Porto alegre, ano 8,n 15, janjun, 208-249, 2006. Titulo do texto: Práticas interdisciplinares A autora começa o texto falando que a consequência do crescimento da ciência foi a progressiva fragmentação e especialização das ciências modernas. A autonomia de cada uma das disciplinas fragmentou o universo teórico em especialidades desligadas entre si. Assim, as ciências se isolaram em seus respectivos métodos, linguagens, etc. Sobre a interdisciplinaridade a autora diz que o fato mais interessante que caracteriza a interdisciplinaridade enquanto fenômeno, não da sociologia, mas da ontologia da ciência, é que ela só se deixa pensar no cruzamento da perspectiva veritativa e da perspectiva sociológica da ciência. A interdisciplinaridade traduz-se na constante emergência de novas disciplinas que não são mais do que a estabilização institucional e epistemológica de rotinas de cruzamento de disciplinas. Pode-se distinguir três tipos fundamentais entre as novas ciências: 1. Ciências de fronteira: são constituídas nas interfaces de duas disciplinas tradicionais, também são denominadas “disciplinas hibridas”. Exemplo: bioquímica. 2. Interdisciplinas: são disciplinas com autonomia acadêmica e que surgem do cruzamento de varias disciplinas cientificas com o campo industrial e organizacional. Exemplo: psicologia industrial. 3. Interciências: são novas disciplinas constituídas na junção de varias disciplinas de diferentes áreas do conhecimento. Exemplo: ecologia. As ciências cognitivas são um dos exemplos mais pregnantes das interciências. Estas são constituídas por um conjunto de investigações que têm origem em cinco disciplinas dominantes: psicologia, linguística, filosofia, inteligência artificial e as neurociências. Podendo, conforme os casos e as exigências dos problemas em estudo, incluir um conjunto muito mais amplo de disciplinas, subdisciplinas, etc. Trata-se de um conjunto disciplinar aberto, sujeito a
  • 2. variações. A cognição hoje é um terreno insuficientemente delimitado, ela tem sido compreendida segundo três características: a) Funcionalidade: convicção de que a cognição consiste num certo numero de operações de conhecimento executadas de forma puramente estrutural, independentemente do seu suporte físico. b) Formalidade: diz respeito a natureza especifica da causalidade realizada nas operações de conhecimento, a qual tende a ser concebida como uma eficácia das próprias representações. c) Internalidade: designa a independência das leis e da natureza das funções cognitivas face ao contexto externo, elas resultam unicamente de um conjunto de regras e instruções. As ciências cognitivas não podem deixar de aparecer como uma área aberta, irradiante, comportando diferentes dimensões e suscetível de diversas abordagens e níveis de analise A hipótese mais forte é a de que as ciências cognitivas constituem uma nova disciplina cientifica no sentido clássico do termo. A emergência hoje das ciências cognitivas corresponderia ao lento desvelar de uma área inexplorada da realidade - a cognição – mediante a qual se caminharia no sentido de uma crescente complexidade e aproximação ao humano. A noção de cognição representa um primeiro passo interdisciplinar, pois a existência de uma área de investigação comum às ciências cognitivas é o resultado de uma pratica de trabalho transversal às delimitações disciplinares estabelecidas. A interdisciplinaridade existe sobretudo como pratica, ela traduz-se na realização de diferentes tipos de experiências interdisciplinares de investigação pura e aplicada. A realidade da interdisciplinaridade, na ausência de um programa teórico unificado que poderia ser a interdisciplinaridade, oscila entre dois extremos: uma versão instrumental instaurada pela complexidade do “objeto” (de que as ciências cognitivas são exemplo pregnante) e uma versão processual na qual a colaboração entre investigadores de diferentes disciplinas é previa a emergência dos próprios objetos complexos e requerida pela vontade interdisciplinar que anima as “instituições” que lhe dão enquadramento (o Santa Fe Institute leva ate as suas ultimas consequências este modelo). As modalidades mais pregnantes são:
  • 3. 1. Praticas de importação: são praticas decorrentes de limites sentidos no interior das disciplinas especializadas. O aprofundamento da investigação numa disciplina leva ao reconhecimento da necessidade de transcender as fronteiras disciplinares. Ela consiste na cooptação, a favor da disciplina “importadora”, de conceitos, métodos e instrumentos já provados noutras disciplinas. 2. Praticas de cruzamento: são praticas relativas a problemas que, tendo a origem numa determinada disciplinas irradiam para outras, invadem outros domínios. 3. Praticas de convergência: são praticas em que a interdisciplinaridade passa, não tanto pela concertação previa de uma metodologia, mas pelo convite a convergência de perspectivas em torno de um determinado objeto de analise. 4. Praticas de descentralização: são praticas que tem sua origem em problemas impossíveis de reduzir as disciplinas tradicionais. A interdisciplinaridade é descentrada, pois não há propriamente uma disciplina que constitua o ponto de partida ou irradiação do problema, ou que seja o ponto de chegada do trabalho interdisciplinar. 5. Praticas de comprometimento: são praticas que visam questões vastas e difíceis, que resistem a todos os esforços que gerariam sua solução, mas que reclamam soluções urgentes. A interdisciplinaridade não apenas troca informações ou confronta métodos, mas circular um saber, explora as possibilidades de “polinização cruzada” e cujo objetivo é encontrar soluções técnicas para a resolução de problemas que resistem às contingencias históricas em constante evolução. Análise crítica do texto: O texto aborda detalhadamente as formas da interdisciplinaridade, sendo esta muito complexa, pois precisa agregar os saberes que foram fragmentados com a evolução da ciência. A interdisciplinaridade é algo muito recente e que tem que lutar contra a hierarquia estabelecida pelas disciplinas especializadas, porem, ela é a única capaz de resolver problemas mais complexos. Sendo assim, acredito que a interdisciplinaridade é o caminho para uma educação de maior qualidade.