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LEANDRO FARIA
          PMP, CSM, ITIL, FCE, MCITP, MCPD, MCP, MCT

   Especialista em engenharia de software e gerenciamento de
    projetos;
   Graduado em Sistemas de Informação e pós-graduado em
    Gerenciamento Estratégico de Projetos pela Universidade
    FACE/FUMEC;
   Diversas certificações técnicas e gerenciais na área;
   Executivo nomeado da diretoria de administração e finanças do
    capítulo mineiro do Project Management Institute (PMI-MG);
   Presidente e fundador do Scrum Minas, primeiro e único user group
    oficial da Scrum Alliance em Minas Gerais, e um dos primeiros no
    Brasil;
   Praticante de lean software development;
   Empreendedor e entusiasta de startups;
AGENDA
   Os Jardins do Palácio Imperial do Japão
   O Conceito de Sistema “Puxado”
   Teoria das Restrições
   Porque Kanban?
   Kanban Boards
   Métricas
   Takeaways
   Literatura Recomendada
   Dúvidas?
OS JARDINS DO PALÁCIO IMPERIAL DO JAPÃO
Em Tóquio, no Japão, existe um período
durante o início de abril que é conhecido
como temporada da flor da cerejeira.
Nesta época os Jardins do Oriente, no
Palácio Imperial do centro de Tóquio,
ficam cheios de visitantes e turistas que
vão lá para desfrutar da tranquilidade do
parque e da beleza da sakura (flor de
cerejeira).
OS JARDINS DO PALÁCIO IMPERIAL DO JAPÃO
Ao entrar no parque, cada visitante recebe um “Admission
Ticket”. Um pequeno cartão de plástico sem numeração ou
identificação com a seguinte mensagem no verso “Por favor devolva
este cartão no portão de saída do parque”. A entrada é grátis, e o
ticket não é utilizado para nenhum tipo de cobrança.

                         Fim                      Início
                        Saída                    Entrada
                      (+1 Ticket)               (-1 ticket)




                                    Visitante
OS JARDINS DO PALÁCIO IMPERIAL DO JAPÃO


   Se o ticket não tem nenhuma
   identificação única, e se não é
     utilizado para cobrança de
    entrada, para que ele existe?
OS JARDINS DO PALÁCIO IMPERIAL DO JAPÃO

            Para controlar o WIP.
                 WIP = Work In
                   Progress
    Cada visitante que recebe um ticket na entrada do parque é
  considerado um WIP. Como existe um limite de pessoas dentro dos
   jardins, quando os cartões acabam as pessoas foram uma fila do
   lado de fora dos portões aguardando que novos cartões estejam
          disponíveis, devolvidos pelos visitantes que saíram.
OS JARDINS DO PALÁCIO IMPERIAL DO JAPÃO

 O WIP associado a um limite, põe
  em prática conceitos conhecidos
   como sistemas “puxados” (pull
             systems).

 Em resumo, o Palácio Imperial de
 Tóquio utiliza um sistema kanban!
O CONCEITO DE SISTEMA PUXADO

Um sistema “puxado”, determina que o
  WIP em uma organização, em um
     time, ou uma célula, deve ser
        configurado levando em
   consideração a capacidade de
   execução de trabalho, ou como
   conhecemos, pelo seus limites.
O CONCEITO DE SISTEMA PUXADO

  Sistema “Empurrado” (Push)           Sistema “Puxado” (Pull)

• Em uma cadeia de fornecimento   • Em uma cadeia de fornecimento
  push-based, a configuração do     pull-based, a aquisição,
  nível de produção é               distribuição e produção são
  estabelecida de acordo com        orientadas pela demanda e
  padrões históricos de             pela capacidade de WIP da
  produção, não levando em          organização ou time.
  consideração a capacidade de    • Como principal resultado temos
  WIP da organização ou time.       um ritmo sustentável de
• Normalmente causa:                produção e a redução dos
  overstocking , bottlenecks e      sintomas causados por
  delays.                           sistemas push-based.
O CONCEITO DE SISTEMA PUXADO
   Certo número de cartões equivalente à capacidade de um sistema é
    colocado em circulação;
   Um cartão é anexado a um trabalho;
   Cada cartão age como um mecanismo de sinalização;
   Um novo trabalho pode ser iniciado apenas quando um cartão está
    disponível;
   Este cartão livre é anexado e um trabalho e o segue à medida que
    um cartão está disponível;
   Quando algum trabalho for concluído, seu cartão é liberado e
    reciclado;
   Com um cartão agora livre, um novo trabalho da fila pode ser
    iniciado.
O CONCEITO DE SISTEMA PUXADO
   Certo número de cartões equivalente à capacidade de um
    sistema é colocado em circulação;
   Um cartão é anexado a um trabalho;
   Cada cartão age como um mecanismo de sinalização;
   Um novo trabalho pode ser iniciado apenas quando um cartão está
    disponível;
   Este cartão livre é anexado e um trabalho e o segue à medida que
    um cartão está disponível;
   Quando algum trabalho for concluído, seu cartão é liberado e
    reciclado;
   Com um cartão agora livre, um novo trabalho da fila pode ser
    iniciado.
O CONCEITO DE SISTEMA PUXADO
   Certo número de cartões equivalente à capacidade de um sistema é
    colocado em circulação;
   Um cartão é anexado a um trabalho;
   Cada cartão age como um mecanismo de sinalização;
   Um novo trabalho pode ser iniciado apenas quando um cartão está
    disponível;
   Este cartão livre é anexado e um trabalho e o segue à medida que
    um cartão está disponível;
   Quando algum trabalho for concluído, seu cartão é liberado e
    reciclado;
   Com um cartão agora livre, um novo trabalho da fila pode ser
    iniciado.
O CONCEITO DE SISTEMA PUXADO
   Certo número de cartões equivalente à capacidade de um sistema é
    colocado em circulação;
   Um cartão é anexado a um trabalho;
   Cada cartão age como um mecanismo de sinalização;
   Um novo trabalho pode ser iniciado apenas quando um cartão está
    disponível;
   Este cartão livre é anexado e um trabalho e o segue à medida que
    um cartão está disponível;
   Quando algum trabalho for concluído, seu cartão é liberado e
    reciclado;
   Com um cartão agora livre, um novo trabalho da fila pode ser
    iniciado.
O CONCEITO DE SISTEMA PUXADO
   Certo número de cartões equivalente à capacidade de um sistema é
    colocado em circulação;
   Um cartão é anexado a um trabalho;
   Cada cartão age como um mecanismo de sinalização;
   Um novo trabalho pode ser iniciado apenas quando um cartão
    está disponível;
   Este cartão livre é anexado e um trabalho e o segue à medida que
    um cartão está disponível;
   Quando algum trabalho for concluído, seu cartão é liberado e
    reciclado;
   Com um cartão agora livre, um novo trabalho da fila pode ser
    iniciado.
O CONCEITO DE SISTEMA PUXADO
   Certo número de cartões equivalente à capacidade de um sistema é
    colocado em circulação;
   Um cartão é anexado a um trabalho;
   Cada cartão age como um mecanismo de sinalização;
   Um novo trabalho pode ser iniciado apenas quando um cartão está
    disponível;
   Este cartão livre é anexado e um trabalho e o segue à medida
    que um cartão está disponível;
   Quando algum trabalho for concluído, seu cartão é liberado e
    reciclado;
   Com um cartão agora livre, um novo trabalho da fila pode ser
    iniciado.
O CONCEITO DE SISTEMA PUXADO
   Certo número de cartões equivalente à capacidade de um sistema é
    colocado em circulação;
   Um cartão é anexado a um trabalho;
   Cada cartão age como um mecanismo de sinalização;
   Um novo trabalho pode ser iniciado apenas quando um cartão está
    disponível;
   Este cartão livre é anexado e um trabalho e o segue à medida que
    um cartão está disponível;
   Quando algum trabalho for concluído, seu cartão é liberado e
    reciclado;
   Com um cartão agora livre, um novo trabalho da fila pode ser
    iniciado.
O CONCEITO DE SISTEMA PUXADO
   Certo número de cartões equivalente à capacidade de um sistema é
    colocado em circulação;
   Um cartão é anexado a um trabalho;
   Cada cartão age como um mecanismo de sinalização;
   Um novo trabalho pode ser iniciado apenas quando um cartão está
    disponível;
   Este cartão livre é anexado e um trabalho e o segue à medida que
    um cartão está disponível;
   Quando algum trabalho for concluído, seu cartão é liberado e
    reciclado;
   Com um cartão agora livre, um novo trabalho da fila pode ser
    iniciado.
A TEORIA DAS RESTRIÇÕES
   A Teoria das Restrições (TOC - Theory of Constraints) é uma
    filosofia de negócios introduzida por Eliyahu M. Goldratt no seu
    livro A Meta, de 1984;
   Ela é baseada na aplicação de princípios científicos e do
    raciocínio lógico para guiar organizações humanas;
   De acordo com a TOC, toda organização tem - em um dado
    momento no tempo - pelo menos uma restrição que limita a
    performance do sistema (a organização em questão) em relação à
    sua meta;
   Para gerir a performance do sistema, a restrição deve ser
    identificada e administrada corretamente.
A TEORIA DAS RESTRIÇÕES


O Kanban implementa conceitos da
  Teoria das Restrições, em um
   modelo de sistema “puxado”.
PORQUE KANBAN?

    O conceito de sistema puxado foi
 amplamente utilizado em aplicações de
supply chain management, em especial
    pelo pioneiro Sistema Toyota de
Produção, base para diversos frameworks
   e metodologias inspiradas em Lean
   Manufacturing, criando por exemplo,
     sistemas como o Just in time.
PORQUE KANBAN?
   Kanban é uma palavra japonesa que significa “etiqueta” ou “cartão
    sinalizador”;
   Em administração da produção kanban significa um cartão de
    sinalização que controla os fluxos de produção ou transportes em
    uma indústria. O cartão pode ser substituído por outro sistema de
    sinalização, como luzes, caixas vazias e até locais vazios
    demarcados;
   No caso da Toyota, cartões kanban são utilizados para sinalizar a
    necessidade de repor estoques.
PORQUE KANBAN?

 “kanban” com “k” minúsculo, refere-se aos cartões
 sinalizadores há muito tempo utilizados na indústria.


   “Kanban”, com “K” maiúsculo, é utilizado para se
     referir ao método de melhoria de processo
  incremental que surgiu entre 2006 e 2008 e é hoje
 amplamente utilizado e aprimorado pela comunidade
               lean software development.
KANBAN BOARDS
Quadros de cartões e pos-its se tornaram um mecanismo de controle
visual popular no desenvolvimento de software ágil, para controle do
WIP. No Kanban, são comumente conhecidos como Kanban boards.




      Vale observar que os Kanban boards não são
      inerentemente sistemas Kanban, são apenas
              ferramentas de controle visual.
KANBAN
 BOARDS
LIVE DEMO
MÉTRICAS
   Um diagrama de fluxo
    cumulativo é um gráfico
    de área que representa a
    quantidade de trabalho
    em um determinado
    estado.
   A distância entre a
    primeira e a última linha
    horizontalmente
    representa o WIP;
   A distância entre a
    primeira e a última linha
    representa uma média de
    lead time (tempo médio
    entre o início e fim de uma
    funcionalidade).
MÉTRICAS
   A diminuição do WIP
    comprovadamente
    diminui o lead time
    médio.
   Isto significa menos
    trabalho em progresso,
    mais entregas, menor
    chance de erros e
    consequentemente
    melhoria na qualidade
    (tente fazer tudo ao
    mesmo tempo e não
    entregue nada).
MÉTRICAS




Um sistema puxado expõe os gargalos
 e cria folgas onde não há gargalos.
TAKEAWAYS

               Visualize
              Limite o WIP
            Gerencie o Fluxo
     Políticas Transparentes
     Aumente a Colaboração
TAKEAWAYS
   Sistemas Kanban podem ser utilizados em qualquer situação em
    que há um desejo de limitar a quantidade de itens dentro de um
    sistema;
   A quantidade de cartões de sinalização “kanban” em circulação
    limita o trabalho em progresso (WIP);
   Um novo trabalho é puxado para dentro do processo assim que um
    cartão de sinalização é liberado;
   Kanban boards comuns no desenvolvimento ágil de software não
    são sistemas Kanban;
   Sistemas Kanban criam uma tensão positiva no ambiente de
    trabalho pois força um discussão sobre os problemas e gargalos;
TAKEAWAYS
   O método Kanban (com “K” maiúsculo) utiliza um sistema kanban
    como catalisador de mudança;
   Kanban requer que as políticas do processo sejam explicitamente
    definidas;
   Kanban possibilita a melhoria incremental do processo através da
    descoberta repetitiva dos problemas que afetam o desempenho
    dos processos;
   Uma definição contemporânea do método Kanban pode ser
    encontrada on-line no web site da Limited WIP Society:
    www.limitedwipsociety.org.
LITERATURA RECOMENDADA
   Muitos dos temas e conceitos aqui
    abordados foram elaborados por David
    J. Anderson, e retirados do seu livro:
    “KANBAN, Mudança evolucionária de
    sucesso para seu negócio de
    tecnologia”, recentemente traduzido
    para o português, o qual deixo como
    literatura recomendada;
   Uma definição contemporânea do
    método Kanban pode ser encontrada
    on-line no web site da Limited WIP
    Society: www.limitedwipsociety.org.
DÚVIDAS?
 contato@leandrofaria.com.
  br
 leandrofaria.com.br
 twitter.com/lhfaria

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Gerenciamento de Projetos e Kanban

  • 1.
  • 2. LEANDRO FARIA PMP, CSM, ITIL, FCE, MCITP, MCPD, MCP, MCT  Especialista em engenharia de software e gerenciamento de projetos;  Graduado em Sistemas de Informação e pós-graduado em Gerenciamento Estratégico de Projetos pela Universidade FACE/FUMEC;  Diversas certificações técnicas e gerenciais na área;  Executivo nomeado da diretoria de administração e finanças do capítulo mineiro do Project Management Institute (PMI-MG);  Presidente e fundador do Scrum Minas, primeiro e único user group oficial da Scrum Alliance em Minas Gerais, e um dos primeiros no Brasil;  Praticante de lean software development;  Empreendedor e entusiasta de startups;
  • 3. AGENDA  Os Jardins do Palácio Imperial do Japão  O Conceito de Sistema “Puxado”  Teoria das Restrições  Porque Kanban?  Kanban Boards  Métricas  Takeaways  Literatura Recomendada  Dúvidas?
  • 4. OS JARDINS DO PALÁCIO IMPERIAL DO JAPÃO Em Tóquio, no Japão, existe um período durante o início de abril que é conhecido como temporada da flor da cerejeira. Nesta época os Jardins do Oriente, no Palácio Imperial do centro de Tóquio, ficam cheios de visitantes e turistas que vão lá para desfrutar da tranquilidade do parque e da beleza da sakura (flor de cerejeira).
  • 5. OS JARDINS DO PALÁCIO IMPERIAL DO JAPÃO Ao entrar no parque, cada visitante recebe um “Admission Ticket”. Um pequeno cartão de plástico sem numeração ou identificação com a seguinte mensagem no verso “Por favor devolva este cartão no portão de saída do parque”. A entrada é grátis, e o ticket não é utilizado para nenhum tipo de cobrança. Fim Início Saída Entrada (+1 Ticket) (-1 ticket) Visitante
  • 6. OS JARDINS DO PALÁCIO IMPERIAL DO JAPÃO Se o ticket não tem nenhuma identificação única, e se não é utilizado para cobrança de entrada, para que ele existe?
  • 7. OS JARDINS DO PALÁCIO IMPERIAL DO JAPÃO Para controlar o WIP. WIP = Work In Progress Cada visitante que recebe um ticket na entrada do parque é considerado um WIP. Como existe um limite de pessoas dentro dos jardins, quando os cartões acabam as pessoas foram uma fila do lado de fora dos portões aguardando que novos cartões estejam disponíveis, devolvidos pelos visitantes que saíram.
  • 8. OS JARDINS DO PALÁCIO IMPERIAL DO JAPÃO O WIP associado a um limite, põe em prática conceitos conhecidos como sistemas “puxados” (pull systems). Em resumo, o Palácio Imperial de Tóquio utiliza um sistema kanban!
  • 9. O CONCEITO DE SISTEMA PUXADO Um sistema “puxado”, determina que o WIP em uma organização, em um time, ou uma célula, deve ser configurado levando em consideração a capacidade de execução de trabalho, ou como conhecemos, pelo seus limites.
  • 10. O CONCEITO DE SISTEMA PUXADO Sistema “Empurrado” (Push) Sistema “Puxado” (Pull) • Em uma cadeia de fornecimento • Em uma cadeia de fornecimento push-based, a configuração do pull-based, a aquisição, nível de produção é distribuição e produção são estabelecida de acordo com orientadas pela demanda e padrões históricos de pela capacidade de WIP da produção, não levando em organização ou time. consideração a capacidade de • Como principal resultado temos WIP da organização ou time. um ritmo sustentável de • Normalmente causa: produção e a redução dos overstocking , bottlenecks e sintomas causados por delays. sistemas push-based.
  • 11. O CONCEITO DE SISTEMA PUXADO  Certo número de cartões equivalente à capacidade de um sistema é colocado em circulação;  Um cartão é anexado a um trabalho;  Cada cartão age como um mecanismo de sinalização;  Um novo trabalho pode ser iniciado apenas quando um cartão está disponível;  Este cartão livre é anexado e um trabalho e o segue à medida que um cartão está disponível;  Quando algum trabalho for concluído, seu cartão é liberado e reciclado;  Com um cartão agora livre, um novo trabalho da fila pode ser iniciado.
  • 12. O CONCEITO DE SISTEMA PUXADO  Certo número de cartões equivalente à capacidade de um sistema é colocado em circulação;  Um cartão é anexado a um trabalho;  Cada cartão age como um mecanismo de sinalização;  Um novo trabalho pode ser iniciado apenas quando um cartão está disponível;  Este cartão livre é anexado e um trabalho e o segue à medida que um cartão está disponível;  Quando algum trabalho for concluído, seu cartão é liberado e reciclado;  Com um cartão agora livre, um novo trabalho da fila pode ser iniciado.
  • 13. O CONCEITO DE SISTEMA PUXADO  Certo número de cartões equivalente à capacidade de um sistema é colocado em circulação;  Um cartão é anexado a um trabalho;  Cada cartão age como um mecanismo de sinalização;  Um novo trabalho pode ser iniciado apenas quando um cartão está disponível;  Este cartão livre é anexado e um trabalho e o segue à medida que um cartão está disponível;  Quando algum trabalho for concluído, seu cartão é liberado e reciclado;  Com um cartão agora livre, um novo trabalho da fila pode ser iniciado.
  • 14. O CONCEITO DE SISTEMA PUXADO  Certo número de cartões equivalente à capacidade de um sistema é colocado em circulação;  Um cartão é anexado a um trabalho;  Cada cartão age como um mecanismo de sinalização;  Um novo trabalho pode ser iniciado apenas quando um cartão está disponível;  Este cartão livre é anexado e um trabalho e o segue à medida que um cartão está disponível;  Quando algum trabalho for concluído, seu cartão é liberado e reciclado;  Com um cartão agora livre, um novo trabalho da fila pode ser iniciado.
  • 15. O CONCEITO DE SISTEMA PUXADO  Certo número de cartões equivalente à capacidade de um sistema é colocado em circulação;  Um cartão é anexado a um trabalho;  Cada cartão age como um mecanismo de sinalização;  Um novo trabalho pode ser iniciado apenas quando um cartão está disponível;  Este cartão livre é anexado e um trabalho e o segue à medida que um cartão está disponível;  Quando algum trabalho for concluído, seu cartão é liberado e reciclado;  Com um cartão agora livre, um novo trabalho da fila pode ser iniciado.
  • 16. O CONCEITO DE SISTEMA PUXADO  Certo número de cartões equivalente à capacidade de um sistema é colocado em circulação;  Um cartão é anexado a um trabalho;  Cada cartão age como um mecanismo de sinalização;  Um novo trabalho pode ser iniciado apenas quando um cartão está disponível;  Este cartão livre é anexado e um trabalho e o segue à medida que um cartão está disponível;  Quando algum trabalho for concluído, seu cartão é liberado e reciclado;  Com um cartão agora livre, um novo trabalho da fila pode ser iniciado.
  • 17. O CONCEITO DE SISTEMA PUXADO  Certo número de cartões equivalente à capacidade de um sistema é colocado em circulação;  Um cartão é anexado a um trabalho;  Cada cartão age como um mecanismo de sinalização;  Um novo trabalho pode ser iniciado apenas quando um cartão está disponível;  Este cartão livre é anexado e um trabalho e o segue à medida que um cartão está disponível;  Quando algum trabalho for concluído, seu cartão é liberado e reciclado;  Com um cartão agora livre, um novo trabalho da fila pode ser iniciado.
  • 18. O CONCEITO DE SISTEMA PUXADO  Certo número de cartões equivalente à capacidade de um sistema é colocado em circulação;  Um cartão é anexado a um trabalho;  Cada cartão age como um mecanismo de sinalização;  Um novo trabalho pode ser iniciado apenas quando um cartão está disponível;  Este cartão livre é anexado e um trabalho e o segue à medida que um cartão está disponível;  Quando algum trabalho for concluído, seu cartão é liberado e reciclado;  Com um cartão agora livre, um novo trabalho da fila pode ser iniciado.
  • 19. A TEORIA DAS RESTRIÇÕES  A Teoria das Restrições (TOC - Theory of Constraints) é uma filosofia de negócios introduzida por Eliyahu M. Goldratt no seu livro A Meta, de 1984;  Ela é baseada na aplicação de princípios científicos e do raciocínio lógico para guiar organizações humanas;  De acordo com a TOC, toda organização tem - em um dado momento no tempo - pelo menos uma restrição que limita a performance do sistema (a organização em questão) em relação à sua meta;  Para gerir a performance do sistema, a restrição deve ser identificada e administrada corretamente.
  • 20. A TEORIA DAS RESTRIÇÕES O Kanban implementa conceitos da Teoria das Restrições, em um modelo de sistema “puxado”.
  • 21. PORQUE KANBAN? O conceito de sistema puxado foi amplamente utilizado em aplicações de supply chain management, em especial pelo pioneiro Sistema Toyota de Produção, base para diversos frameworks e metodologias inspiradas em Lean Manufacturing, criando por exemplo, sistemas como o Just in time.
  • 22. PORQUE KANBAN?  Kanban é uma palavra japonesa que significa “etiqueta” ou “cartão sinalizador”;  Em administração da produção kanban significa um cartão de sinalização que controla os fluxos de produção ou transportes em uma indústria. O cartão pode ser substituído por outro sistema de sinalização, como luzes, caixas vazias e até locais vazios demarcados;  No caso da Toyota, cartões kanban são utilizados para sinalizar a necessidade de repor estoques.
  • 23. PORQUE KANBAN? “kanban” com “k” minúsculo, refere-se aos cartões sinalizadores há muito tempo utilizados na indústria. “Kanban”, com “K” maiúsculo, é utilizado para se referir ao método de melhoria de processo incremental que surgiu entre 2006 e 2008 e é hoje amplamente utilizado e aprimorado pela comunidade lean software development.
  • 24. KANBAN BOARDS Quadros de cartões e pos-its se tornaram um mecanismo de controle visual popular no desenvolvimento de software ágil, para controle do WIP. No Kanban, são comumente conhecidos como Kanban boards. Vale observar que os Kanban boards não são inerentemente sistemas Kanban, são apenas ferramentas de controle visual.
  • 26. MÉTRICAS  Um diagrama de fluxo cumulativo é um gráfico de área que representa a quantidade de trabalho em um determinado estado.  A distância entre a primeira e a última linha horizontalmente representa o WIP;  A distância entre a primeira e a última linha representa uma média de lead time (tempo médio entre o início e fim de uma funcionalidade).
  • 27. MÉTRICAS  A diminuição do WIP comprovadamente diminui o lead time médio.  Isto significa menos trabalho em progresso, mais entregas, menor chance de erros e consequentemente melhoria na qualidade (tente fazer tudo ao mesmo tempo e não entregue nada).
  • 28. MÉTRICAS Um sistema puxado expõe os gargalos e cria folgas onde não há gargalos.
  • 29. TAKEAWAYS Visualize Limite o WIP Gerencie o Fluxo Políticas Transparentes Aumente a Colaboração
  • 30. TAKEAWAYS  Sistemas Kanban podem ser utilizados em qualquer situação em que há um desejo de limitar a quantidade de itens dentro de um sistema;  A quantidade de cartões de sinalização “kanban” em circulação limita o trabalho em progresso (WIP);  Um novo trabalho é puxado para dentro do processo assim que um cartão de sinalização é liberado;  Kanban boards comuns no desenvolvimento ágil de software não são sistemas Kanban;  Sistemas Kanban criam uma tensão positiva no ambiente de trabalho pois força um discussão sobre os problemas e gargalos;
  • 31. TAKEAWAYS  O método Kanban (com “K” maiúsculo) utiliza um sistema kanban como catalisador de mudança;  Kanban requer que as políticas do processo sejam explicitamente definidas;  Kanban possibilita a melhoria incremental do processo através da descoberta repetitiva dos problemas que afetam o desempenho dos processos;  Uma definição contemporânea do método Kanban pode ser encontrada on-line no web site da Limited WIP Society: www.limitedwipsociety.org.
  • 32. LITERATURA RECOMENDADA  Muitos dos temas e conceitos aqui abordados foram elaborados por David J. Anderson, e retirados do seu livro: “KANBAN, Mudança evolucionária de sucesso para seu negócio de tecnologia”, recentemente traduzido para o português, o qual deixo como literatura recomendada;  Uma definição contemporânea do método Kanban pode ser encontrada on-line no web site da Limited WIP Society: www.limitedwipsociety.org.
  • 33. DÚVIDAS?  contato@leandrofaria.com. br  leandrofaria.com.br  twitter.com/lhfaria