Este documento discute a Teoria das Relações Humanas, originada da Experiência de Hawthorne na década de 1920. A experiência mostrou que fatores sociais e psicológicos influenciam a produtividade dos trabalhadores mais do que fatores físicos. Isso levou ao desenvolvimento de uma abordagem humanista nas organizações focada nas necessidades sociais e emocionais dos funcionários. A teoria recebeu críticas por ter uma visão limitada e manipulativa das relações industriais.
Revisão bibliográfica: Teoria das Relações Humanas
1. FACULDADE DE TECNOLOGIA TECBRASIL
CURSO SUPERIOR EM GESTÃO EM TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
PETERSON DANDA
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA:
TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS
Caxias do Sul
2012
2. Sumário
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 3
ORIGEM DA ESCOLA DAS RELAÇÕES HUMANAS ................................................. 4
CONSEQUENCIAS DA EXPERIÊNCIA DE HAWTHORNE NAS ORGANIZAÇÕES . 5
CRÍTICAS À TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS .................................................. 6
CONCLUSÃO.............................................................................................................. 8
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................ 9
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3. INTRODUÇÃO
O objetivo do trabalho é apresentar a Teoria das Relações Humanas,
demonstrando suas origens e influências na administração até os dias de hoje.
A base dos estudos sobre essa teoria alicerça-se no estudo chamado
“Experiência de Hawthorne”.
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4. ORIGEM DA ESCOLA DAS RELAÇÕES HUMANAS
A Escola Humanística da Administração teve sua origem no Estados Unidos a
partir de uma experiência realizada pelo Conselho Nacional de Pesquisas daquele
país e conduzida por Elton Mayo. Essa experiência, conhecida como “Experiência
de Hawthorne”, foi realizada em uma fábrica da empresa Western Electric Company
na cidade de Chicago, no bairro Hawthorne, que deu origem ao experimento. O
objetivo dessa experiência era avaliar a correlação entre iluminação e eficiência dos
operários, medida através de sua produção. Além disso, a pesquisa também avaliou
a fadiga, acidentes no trabalho, rotatividade de pessoal (turnover) e ao efeito das
condições de trabalho sobre a produtividade de cada trabalhador.
Outros fatores que influenciaram o nascimento da Teoria das Relações
Humanas, segundo CHIAVENATO, foram:
a. A necessidade de humanizar e democratizar a Administração, libertando-a
dos conceitos rígidos e mecanicistas da Teoria Clássica e adequando-a aos
novos padrões de vida do povo americano.
b. O desenvolvimento das ciências humanas, principalmente a psicologia, bem
como sua crescente influência intelectual e suas primeiras aplicações à
organização industrial.
c. As ideias da filosofia pragmática de John Dewey e da Psicologia Dinâmica de
Kurt Lewin, fundamentais para o humanismo da Administração.
Segundo MOTTA & VASCONCELOS, os resultados da Experiência de
Hawthorne foram interpretados da seguinte maneira:
A produtividade dos trabalhadores era determinada por padrões e
comportamentos informais estabelecidos pelo grupo de trabalho
Os padrões e as normas informais dos grupos de trabalhadores são
influenciados por elementos que eles trazem em sua cultura e hábitos
próprios, que refletem características de sua socialização.
Quando existe um conflito entre as regras de trabalho e os padrões
informais estabelecidos pelo grupo, a tendência deste era diminuir a
produtividade.
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5. CONSEQUENCIAS DA EXPERIÊNCIA DE HAWTHORNE NAS ORGANIZAÇÕES
A partir da avaliação dos resultados obtidos na Experiência de Hawthorne
surgiram diversas críticas ao então modelo de natureza homo economicus aplicado
na época, cuja Escola de Relações Humanas forçou a substituição para o modelo do
homo socialis. (MOTTA & VASCONCELOS, 2006).
Ainda segundo MOTTA & VASCONCELOS, esse modelo de homo socialis
possui 3 características principais:
o homem é apresentado como um ser cujo comportamento não pode ser
reduzido a esquemas simples e mecanicistas;
o homem é, a um só tempo, condicionado pelo sistema social e pelas
demandas de ordem biológica;
em que pese as diferenças individuais, todo homem possui necessidade de
segurança, afeto, aprovação social, prestígio e auto realização
.
Condicionado pelo Necessidade de
sistema social e afiliação
pela biologia Grupos Informais
SER HUMANO
Comportamento Afetividade e
complexo sociabilidade
Figura 1: O homo socialis segundo MOTTA & VASCONCELOS
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6. Miller e Form (1951), em dua obra intitulada Industrial sociology, forneceram
algumas conclusões sobre as pesquisas realizadas por Mayo, que constituem o
centro da Escola das Relações Humanas. Tais conclusões parecem ter sido
extremamente importantes para o desenvolvimento da administração:
O trabalho é uma atividade grupal.
O mundo social do adulto é primeiramente padronizado em relação a sua
atividade no trabalho.
A necessidade de reconhecimento e segurança e o senso de pertencer a algo
são mais importantes na determinação do moral do trabalhador e da
produtividade que as condições físicas sob as quais trabalha.
Uma reclamação não é necessariamente o enunciado objetivo de um fato;
comumente é o sintoma de um distúrbio relacionado com o status do
indivíduo.
O trabalhador é uma pessoa cujas atitudes e eficiência são condicionadas
pelas demandas sociais, tanto dentro como fora da fábrica.
Grupos informais dentro da fábrica exercem grande controle sobre os hábitos
no trabalho e as atitudes do trabalhador.
A colaboração grupal não ocorre por acidente; ao contrário, deve ser
planejada e desenvolvida. Se tal colaboração for alcançada, as relações no
trabalho podem chegar a uma coesão que resista aos efeitos do
desmembramento de uma sociedade em adaptação.
CRÍTICAS À TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS
Ela apresenta uma visão inadequada dos problemas de relações industriais –
em alguns aspectos a experiência de Hawthorne foi insegura e artificial e
mesmo tendenciosa. alguns estudiosos acreditam que a origem esteja no fato
de ser a teoria das relações humanas em produto da ética e do princípio
democrático então existente nos Estados Unidos.
Oposição cerrada à teoria clássica - Tudo aquilo que esta preconizava, a
teoria das relações humanas negava.
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7. Limitação no campo experimental e parcialidade nas conclusões levaram
gradualmente a teoria a um certo descrédito.
A concepção ingênua e romântica do operário - as pessoas que seguiram
demonstraram que nem sempre isto ocorreu.
A ênfase exagerada nos grupos informais colaboraram rapidamente para que
esta teoria fosse repensada.
O seu enfoque manipulativo e certamente demagogo não deixou de ser
descoberto e identificado pelos operários e seus sindicatos.
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8. CONCLUSÃO
A Experiência de Hawthorne pode ser considerada como um marco para as
teorias atuais da administração, pois a partir dela passou-se a visualizar os
trabalhadores não apenas como peças de uma grande engrenagem, mas também
como seres que pensam e sentem. O resultado da experiência alertou os
administradores para fatores ambientais da organização, como o trabalho em grupo,
que influencia diretamente no desempenho e satisfação de seus funcionários.
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9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. São Paulo:
Campus, 2004. 7ª Edição.
MOTTA & VASCONCELOS, Fernando C. Prestes e Isabella F. Gouveia de. Teoria
Geral da Administração. São Paulo: Cengage Learning, 2009. 3ª Edição.
APOSTILA, Disciplina Modelos de Gestão.
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