O documento discute a abordagem desenvolvimentista da CEPAL para a integração econômica na América Latina nas décadas de 1950-1980. A CEPAL via a integração como uma estratégia secundária para compensar pequenos mercados domésticos e incentivar a industrialização, visando superar o atraso econômico. Os processos de integração falharam devido à falta de compromissos concretos e mecanismos de compensação entre países.
2. Integração e
Desenvolvimento
As propostas de integração econômica antes de
1950 eram limitadas
A influência da concepção da infant industry (
List) nas teses desenvolvimentista da CEPAL
Importância da CEPAL – elaborou um amplo e
original sistema analítico
Origem – Presbisch – deterioração dos termos de
intercâmbio e a interpretação estruturalista da
inflação.
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3. Crítica ao Modelo Primário-
Exportador
limitação do progresso técnico às atividades
primárias
identificação do processo de industrialização
anárquico
baixo grau de diversificação da estrutura produtiva
baixa produtividade exceto nos setores
exportadores (heterogeneidade estrutural)
queda do poder de compra das exportações
Proposta: modernização da estrutura produtiva com aumento
da produtividade. Industrialização
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4. Atuação da CEPAL
Objetivos da CEPAL: dar suporte as
medidas governamentais (planejamento e
políticas protecionistas)
Proposição política: alterar os rumos da
economia dos países subdesenvolvidos da
América Latina
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5. CEPAL e Integração
Econômica
A integração neste contexto assumiria um papel
secundário. Era vista como uma estratégia que
compensaria os exíguos mercados domésticos (pg. 86. Ver
nota 171, pg. 87)
Integração latino-americana funcionaria , num segundo
momento, como uma estratégia de concentração
demográfica dos setores urbanos propiciando o
desenvolvimento de atividades fabris e aumento dos
mercados.
A integração seria uma das condições para a possibilidade
de avançar no desenvolvimento de setores industriais de
maior porte.
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6. CEPAL e Integração Econômica (cont.)
Resultados esperados:
Industrialização superaria o atraso no
desenvolvimento econômico e tecnológico
Os problemas básicos da industrialização na
região seriam removidos (limitações dos
mercados nacionais)
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7. Retrospectiva histórica do processo
de integração na América Latina
Simon Bolívar – integração latina – séc.
XVIII
I protocolo de intenções de integração
das A.L. Tratado de União, Liga e
Confederação Perpétua (1836)
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8. Etapas dos Processos de
Integração Econômica
Etapa Voluntarista (1950/60) – influência da
Cepal
Objetivos:
união dos mercados internos para possibilitar
ganhos de escala industrial
redução de barreiras tarifárias e não-tarifárias
para estimular a concorrência, criando assim
possibilidade de diversificação produtiva
possibilitar os Estados nacionais das condições de
financiamento de certas estratégias
desenvolvimentista
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9. Etapas dos Processos de Integração Econômica (cont.)
1957 – Comitê de Comércio/Grupo de Trabalho para o
Mercado Regional Latino-Americano
1959 – Mercado Comum Latino-Americano
!960 – ALALC – metas pré-estabelecidas e
compromissos rígidos (pg. 94)
A desaceleração do processo de liberação comercial foi
a causa central do fracasso da integração (não foram
negociadas listas de concessão e listas comuns de
produtos sujeitos a comércio preferencial)
Faltou também mecanismos compensadores das perdas
sofridas pelos países menos desenvolvidos
(desigualdade econômica)
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10. Etapas dos Processos de Integração Econômica (cont.)
Etapa Revisionista (pós-1970)
Adoção de políticas neoliberais em alguns países
da região atrapalhou os planos de integração
econômica
Os processos de integração foram abandonados
em sua concepção original desenvolvimentista
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11. Etapas dos Processos de Integração Econômica (cont.)
Etapa Pragmática (pós-1980)
Abandono das metas pré-fixadas e os objetivos
ambiciosos
Foi criada a ALADI com a manutenção de criação de
uma mercado comum no futuro
Estimulou-se acordos bilaterais e sub-regionais
Princípios norteadores da nova proposta
pluralismo
flexibilidade
convergência e tratamento diferenciado
multiplicidade
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