SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 10
Agrupamento de Escolas Finisterra

Escola Secundária de Cantanhede
Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Matemática

Secções cónicas: a ELIPSE
A matemática é a mais alta das ciências, o dom mais alto que os deuses deram aos
homens. Ela é mais poesia que a própria poesia.

Arquimedes

Turma: 10CT4
Docente: Profª Marília Zorrinho

Trabalho realizado por:
Luís André P. Alves de Oliveira | Nº 15720
Pedro Miguel N. Oliveira | Nº 15737
Ano Letivo: 2013 / 2014

Índice
Introdução ....................................................................................................................................... 3
Breve referência histórica sobre a elipse .............................................................................. 4
Definição de elipse ....................................................................................................................... 5
Métodos de construção da elipse ........................................................................................... 5
Equação da elipse e os seus elementos ................................................................................ 5
Aplicações da elipse ..................................................................................................................... 8
Conclusão......................................................................................................................................... 9
Bibliografia ..................................................................................................................................... 10

JANEIRO DE 2014

2
Introdução
Secções cónicas são as curvas que resultam da intersecção de um plano
com uma superfície cónica.
As secções cónicas representam uma parte muito importante no estudo
da Matemática. As suas equações e os seus gráficos são muitoutilizados em
vários ramos da Matemática, como por exemplo o Cálculo Integral, para além
de serem muitas as aplicações das cónicas na história da sociedade. Desde que
o matemático grego Apolónio de Perga escreveu o primeiro trabalho sobre as
secções cónicas, diversos matemáticos de renome contribuíram, de maneira
significativa, para o conhecimento desta curvas e suas aplicações nos diversos
assuntos.
Das várias cónicas destacam-se duas: a circunferência e a elipse.

JANEIRO DE 2014

3
Breve referência histórica sobre a
elipse
Apolónio de Perga, foi um matemático que se dedicou principalmente ao
estudo de curvas, denominadas por cónicas.
As civilizações antigas dedicaram-se ao estudo da astronomia
principalmente com fins práticos. Utilizavam-na, por exemplo, para realizar
previsões acerca de acontecimentos importantes, ou para determinar as
estações do ano a fim de procederem às atividades agrícolas nas alturas
corretas. Mais tarde, as razões vieram a alterar-se, mas o interesse pela
astronomia manteve-se sempre.
Os primeiros modelos de que há registo consideravam que as órbitas
planetárias eram circulares. Assim mesmo começou por considerar Johannes
Kepler, chegando à discordância entre os resultados teóricos e as observações
do astrónomo dinamarquês TychoBrahe, em que se apoiou.
Essa discordância veio a ser resolvida quando deduziu que as órbitas
planetárias eram elípticas e publica em 1609 a sua descoberta de que a órbita
de Marte em torno do Sol é uma elipse.
A partir daí as cónicas revelaram a sua restrita ligação com a Natureza, em
particular com as trajetórias dos planetas no Sistema Solar. Esta descoberta,
associada aos estudos de Galileu, levou posteriormente (em 1680) Isaac Newton
a formular a sua lei gravitacional.
O matemático Apolónio nasceu em Perga, Pamphylia. Na época de
Apolónio, Perga era um centro de cultura e o local de devoção da deusa
Artemis.
Apolónio de Perga ficou conhecido como "O Grande Geómetra", tendo
deixado uma vasta obra, que em muito contribuiu para o desenvolvimento da
Matemática, apesar de se terem perdido vários dos seus trabalhos ao longo dos
anos.

JANEIRO DE 2014

4
Definição
elipse

de

Uma elipse é um conjunto de pontos
do plano cuja soma das distâncias a
dois pontos fixos (focos) é constante e
maior que a distância entre eles.

Métodos de construção da elipse
Existem vários métodos de construção da elipse entre os quais se destaca
o método do jardineiro e o método do alongamento da circunferência.
O método do jardineiro consiste em
espetar duas hastes verticais no chão, atar as
extremidades de uma corda a cada uma das
hastes e com um pau encostado à corda ir
traçando a elipse no chão, mantendo sempre a
corda esticada. O comprimento da corda deve,
obviamente, ser superior à distância entre as
hastes.
O
método
do
alongamento
da
circunferência consiste em, partindo de uma
circunferência de um determinado diâmetro, com
centro na origem de referencial, multiplicar as
abcissas de todos os pontos da circunferência por
um fator de alongamento. O diâmetro deve ser igual ao eixo menor da elipse
que se pretende traçar. O fator de alongamento deve ser escolhido por forma a
que quando multiplicado pelo diâmetro da circunferência dê a medida do eixo
maior da elipse.

Equação da elipse e os
seus elementos
Da equação da circunferência para a equação da elipse
JANEIRO DE 2014

5
Uma elipse pode ser imaginada como uma circunferência que foi “alongada” ou
“achatada”.
Será possível, a partir da equação de uma circunferência obter a equação de
uma elipse?
Considere-se a circunferência de centro (0,0) e raio 4.
A equação desta circunferência é:

Ou, dividindo ambos os membros por

,

A equação da elipse aparece, normalmente, sob a forma de:

Na circunferência tem-se a = b = raio. Na elipse tem-se a>b ou a<b.
Através de um alongamento da circunferência de equação
, obtémse uma elipse em que o eixo menor é igual ao diâmetro da circunferência:

Cada ponto A (x,y) da circunferência é transformado no ponto
X

2x

Y

A’ (X,Y) da elipse, sendo:

y

X

x

2
y

Y

Substituindo, na equação da circunferência, por e por Y, obtém-se:
X

2

Y

2

2

JANEIRO DE 2014

4

2

X
4

2

Y

2

16

X

2

64

Y

2

16

1

X
8

2
2

Y

1

4

6
Assim,
Elipse de centro na origem
Semieixo maior:
Semieixo menor:
2

y

2

8

Equação:

x

2

4

2

1

Se uma vez de um alongamento se tivesse procedido a um achatamento da
circunferência de equação x 2 y 2 4 2 , a elipse obtida teria o eixo maior
igual ao diâmetro da circunferência.
Cada ponto A (x,y) da circunferência é
transformado no ponto A’ (X,Y) da elipse, sendo:
x

X

x

Y

y

, y)

2X

Y

2

y)

y

x

Substituindo, na equação da circunferência, x por
2X e y por Y, obtém-se:
2

(2 X )

Y

2

4

2

2

4X

2

Y

16

4X
16

Assim, a equação

X
2

2
2

Y

2

4

2

1 define

2

Y

2

16

1

X
2

2
2

Y

2

4

2

1

uma elipse de centro na

origem, sendo:
Semieixo menor:
Semieixo maior:
Assim tem-se:
Considere-se uma elipse de centro na origem e vértices (

JANEIRO DE 2014

); (

;(

e

7
x

2

y

2

a

A equação da elipse é

2

b

2

1.

Aplicações da elipse
Suponhamos
que
temos
uma
lanterna
direcionada para uma parede, o feixe de luz emitido
desenhará nessa parede uma curva cónica. Este facto
acontece porque o feixe de luz emitido pela lanterna
forma um cone, e também porque a parede funciona
como um plano que corta o cone formado.
Dependendo da inclinação da lanterna relativamente à
parede, assim se obtém uma circunferência, uma elipse, uma parábola ou uma
hipérbole.
O som emitido por um avião a jacto supersónico tem a forma de um
cone, pelo que, ao chocar com a Terra vai formar uma curva cónica. Assim,
dependendo da inclinação do avião relativamente à Terra, vamos obter elipses,
parábolas ou hipérboles. A audiometria usa este
facto, entre outros, para saber a que distância da
Terra o avião pode ultrapassar a velocidade do som.
Certos candeeiros de cabeceira, cujo abat-jour
é aberto segundo uma circunferência, desenham na
parede uma hipérbole e no tecto uma elipse.
Os Engenheiros da área da iluminação usam
este facto, entre outros, para construírem candeeiros,
lanternas, etc...
As extremidades das asas do famoso avião britânico
Spitfire, usado com grande sucesso na II Guerra
Mundial, eram arcos de elipses. Embora a razão da
sua escolha se prenda com o facto de se obter mais
espaço para transportar munições, pois este tipo de
asa diminuía a resistência do ar, favorecendo
melhores performances ao avião em voo.

JANEIRO DE 2014

8
Conclusão
Neste trabalho concluímos que Apolónio de Perga teve uma grande
influência no conhecimento mais aprofundado das cónicas (elipse, parábola,
hipérbole).
Aprendemos que a elipse tem váriosmétodos de construção, que pode
ser formada, por exemplo, pelo alargamento ou por achatar uma circunferência.
Passamos ainda a conhecer a equação da elipse, que é formada a partir da
equação da circunferência e ainda seus elementos.
Aprendemos ainda que a elipse tem várias aplicações no nosso dia a dia,
e são em coisas que nós nunca reparamos, como por exemplo quando a luz de
uma lanterna bate na parede, foi utilizada numas asas de um dos aviões mais
famosos, entre outras coisas.

JANEIRO DE 2014

9
Bibliografia
Gomes, F., Viegas, C., & Lima, Y. (2013). xeqmat. In F. Gomes, C. Viegas, & Y.
Lima, xeqmat. Lisboa: O livro.
Neves, M., & Guerreiro, L. (s.d.). Matemática A - 10º ano - Geometris.
Ovigli, D., de Jesus e Silva, L., Valéria da Silva, S., & Ribeiro Garcia Malheiros, C.
(21 de 12 de 2013). Elipse. Obtido de Elipse: http://estatisticandoelipse.blogspot.pt/
Varandas, J. M. (21 de 12 de 2013). Elipse. Obtido de Website de U.Lisboa:
http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm2000/icm27/elipse.htm

JANEIRO DE 2014

10

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Algebra linear e geometria analitica
Algebra linear e geometria analiticaAlgebra linear e geometria analitica
Algebra linear e geometria analiticauagno
 
Isometrias 6º ano (translação, rotação, reflexão)
Isometrias   6º ano (translação, rotação, reflexão)Isometrias   6º ano (translação, rotação, reflexão)
Isometrias 6º ano (translação, rotação, reflexão)Ana Tapadinhas
 
Equações do 2.º grau
Equações do 2.º grauEquações do 2.º grau
Equações do 2.º graualdaalves
 
Critérios de paralelismo
Critérios de paralelismoCritérios de paralelismo
Critérios de paralelismoaldaalves
 
Áreas e volumes de sólidos
Áreas e volumes de sólidosÁreas e volumes de sólidos
Áreas e volumes de sólidosJoana Ferreira
 
Relatório colisões turma t5
Relatório colisões   turma t5Relatório colisões   turma t5
Relatório colisões turma t5Roberto Leao
 
Areas volumes
Areas volumesAreas volumes
Areas volumesProfessor
 
Trabalho de matematica sobre as isometrias 8ªano
Trabalho de matematica sobre as isometrias 8ªanoTrabalho de matematica sobre as isometrias 8ªano
Trabalho de matematica sobre as isometrias 8ªanonelsoncampos11
 
Função quadratica história e curiosidades
Função quadratica história e curiosidadesFunção quadratica história e curiosidades
Função quadratica história e curiosidadesmonica_cassia
 
Resumo do 7º e 8º ano
Resumo do 7º e 8º anoResumo do 7º e 8º ano
Resumo do 7º e 8º anoTiiagu
 
01 relatório de laboratório nº 02 movimento uniforme (protected) (1)
01 relatório de laboratório nº 02   movimento uniforme (protected) (1)01 relatório de laboratório nº 02   movimento uniforme (protected) (1)
01 relatório de laboratório nº 02 movimento uniforme (protected) (1)Fernanda Souza
 

Was ist angesagt? (20)

Aula 18 estudo da reta
Aula 18   estudo da retaAula 18   estudo da reta
Aula 18 estudo da reta
 
Circunferências
CircunferênciasCircunferências
Circunferências
 
Algebra linear e geometria analitica
Algebra linear e geometria analiticaAlgebra linear e geometria analitica
Algebra linear e geometria analitica
 
Isometrias 6º ano (translação, rotação, reflexão)
Isometrias   6º ano (translação, rotação, reflexão)Isometrias   6º ano (translação, rotação, reflexão)
Isometrias 6º ano (translação, rotação, reflexão)
 
Equações do 2.º grau
Equações do 2.º grauEquações do 2.º grau
Equações do 2.º grau
 
Critérios de paralelismo
Critérios de paralelismoCritérios de paralelismo
Critérios de paralelismo
 
Áreas e volumes de sólidos
Áreas e volumes de sólidosÁreas e volumes de sólidos
Áreas e volumes de sólidos
 
Fisica moderna relatividade restrita
Fisica moderna   relatividade restritaFisica moderna   relatividade restrita
Fisica moderna relatividade restrita
 
Aula 10 ponto e sistemas de projeções
Aula 10   ponto e sistemas de projeçõesAula 10   ponto e sistemas de projeções
Aula 10 ponto e sistemas de projeções
 
Relatório colisões turma t5
Relatório colisões   turma t5Relatório colisões   turma t5
Relatório colisões turma t5
 
Poligonos
PoligonosPoligonos
Poligonos
 
Areas volumes
Areas volumesAreas volumes
Areas volumes
 
Espelhos
EspelhosEspelhos
Espelhos
 
Trabalho de matematica sobre as isometrias 8ªano
Trabalho de matematica sobre as isometrias 8ªanoTrabalho de matematica sobre as isometrias 8ªano
Trabalho de matematica sobre as isometrias 8ªano
 
Hipérbole
HipérboleHipérbole
Hipérbole
 
Função quadratica história e curiosidades
Função quadratica história e curiosidadesFunção quadratica história e curiosidades
Função quadratica história e curiosidades
 
Resumo do 7º e 8º ano
Resumo do 7º e 8º anoResumo do 7º e 8º ano
Resumo do 7º e 8º ano
 
Fichas ev 7 8
Fichas ev 7 8Fichas ev 7 8
Fichas ev 7 8
 
Geometria projetiva
Geometria projetivaGeometria projetiva
Geometria projetiva
 
01 relatório de laboratório nº 02 movimento uniforme (protected) (1)
01 relatório de laboratório nº 02   movimento uniforme (protected) (1)01 relatório de laboratório nº 02   movimento uniforme (protected) (1)
01 relatório de laboratório nº 02 movimento uniforme (protected) (1)
 

Andere mochten auch

AplicaçõEs Da Elipse
AplicaçõEs Da ElipseAplicaçõEs Da Elipse
AplicaçõEs Da Elipsehpaivajunior
 
Trabalho de geometria analítica - SUPERIOR
Trabalho de geometria analítica - SUPERIORTrabalho de geometria analítica - SUPERIOR
Trabalho de geometria analítica - SUPERIORPamella Rayely
 
Plano de trabalho - Circunferência e círculo
Plano de trabalho - Circunferência e círculoPlano de trabalho - Circunferência e círculo
Plano de trabalho - Circunferência e círculoLuciane Oliveira
 
Asmaravilhasdamatematica
Asmaravilhasdamatematica Asmaravilhasdamatematica
Asmaravilhasdamatematica rosefarias123
 
Mat conicas exercicios resolvidos
Mat conicas exercicios resolvidosMat conicas exercicios resolvidos
Mat conicas exercicios resolvidostrigono_metrico
 
Seções Cônicas - Hipérbole
Seções Cônicas - HipérboleSeções Cônicas - Hipérbole
Seções Cônicas - HipérboleGabriel Resende
 
Trabalho de física Isaac Newton
Trabalho de física  Isaac NewtonTrabalho de física  Isaac Newton
Trabalho de física Isaac NewtonMoraes99
 
Alterações Climáticas
Alterações ClimáticasAlterações Climáticas
Alterações ClimáticasMichele Pó
 
Circunferência
CircunferênciaCircunferência
Circunferêncialeilamaluf
 
Laís, bianca e lorena estaçoes do ano
Laís, bianca e lorena estaçoes do anoLaís, bianca e lorena estaçoes do ano
Laís, bianca e lorena estaçoes do anoMarcos Neves
 

Andere mochten auch (20)

AplicaçõEs Da Elipse
AplicaçõEs Da ElipseAplicaçõEs Da Elipse
AplicaçõEs Da Elipse
 
Elipse
ElipseElipse
Elipse
 
Trabalho de geometria analítica - SUPERIOR
Trabalho de geometria analítica - SUPERIORTrabalho de geometria analítica - SUPERIOR
Trabalho de geometria analítica - SUPERIOR
 
Plano de trabalho - Circunferência e círculo
Plano de trabalho - Circunferência e círculoPlano de trabalho - Circunferência e círculo
Plano de trabalho - Circunferência e círculo
 
Conicas Bom
Conicas BomConicas Bom
Conicas Bom
 
Asmaravilhasdamatematica
Asmaravilhasdamatematica Asmaravilhasdamatematica
Asmaravilhasdamatematica
 
Elipse
ElipseElipse
Elipse
 
Mat conicas exercicios resolvidos
Mat conicas exercicios resolvidosMat conicas exercicios resolvidos
Mat conicas exercicios resolvidos
 
Seções Cônicas - Hipérbole
Seções Cônicas - HipérboleSeções Cônicas - Hipérbole
Seções Cônicas - Hipérbole
 
Parábola
ParábolaParábola
Parábola
 
Isaac Newton
Isaac NewtonIsaac Newton
Isaac Newton
 
Cônicas - Elipse
Cônicas - ElipseCônicas - Elipse
Cônicas - Elipse
 
Clima
ClimaClima
Clima
 
Numeros racionais
Numeros racionaisNumeros racionais
Numeros racionais
 
Trabalho de física Isaac Newton
Trabalho de física  Isaac NewtonTrabalho de física  Isaac Newton
Trabalho de física Isaac Newton
 
Alterações Climáticas
Alterações ClimáticasAlterações Climáticas
Alterações Climáticas
 
Circunferência
CircunferênciaCircunferência
Circunferência
 
Trabalho de cocaina
Trabalho de cocainaTrabalho de cocaina
Trabalho de cocaina
 
Estações do Ano
Estações do AnoEstações do Ano
Estações do Ano
 
Laís, bianca e lorena estaçoes do ano
Laís, bianca e lorena estaçoes do anoLaís, bianca e lorena estaçoes do ano
Laís, bianca e lorena estaçoes do ano
 

Ähnlich wie A Elipse: Definição, Construção e Aplicações

Trabalho(1) beatriz_bruno
 Trabalho(1) beatriz_bruno Trabalho(1) beatriz_bruno
Trabalho(1) beatriz_brunoRui Lopes
 
Trabalho nº1
 Trabalho nº1 Trabalho nº1
Trabalho nº1Rui Lopes
 
Lista de exerecicios elipses
Lista de exerecicios elipsesLista de exerecicios elipses
Lista de exerecicios elipsesThiago soares
 
Conicas Hoje
Conicas HojeConicas Hoje
Conicas HojeISJ
 
Astronomia e astrof´+¢sica parte 001
Astronomia e astrof´+¢sica parte 001Astronomia e astrof´+¢sica parte 001
Astronomia e astrof´+¢sica parte 001Thommas Kevin
 
O CÍRCULO E O NÚMERO Pi
O CÍRCULO E O NÚMERO PiO CÍRCULO E O NÚMERO Pi
O CÍRCULO E O NÚMERO Pimarconunes1
 
Relatorio de matematica usar este akii
Relatorio de matematica usar este akiiRelatorio de matematica usar este akii
Relatorio de matematica usar este akiitadakiyosakai
 
História da Geometria
História da GeometriaHistória da Geometria
História da GeometriaMaria Campos
 
Poesia matemática mat
Poesia matemática matPoesia matemática mat
Poesia matemática matIdelma
 
AULA SOBRE ÓPTICA 2º ANO.pptx
AULA SOBRE ÓPTICA 2º ANO.pptxAULA SOBRE ÓPTICA 2º ANO.pptx
AULA SOBRE ÓPTICA 2º ANO.pptxProf. ROBINHO
 
Astronomia e astrof´+¢sica parte 001
Astronomia e astrof´+¢sica parte 001Astronomia e astrof´+¢sica parte 001
Astronomia e astrof´+¢sica parte 001Thommas Kevin
 
Horizon Magazine 0
Horizon Magazine 0Horizon Magazine 0
Horizon Magazine 0HorizonFCUL
 
Circunferência slide
Circunferência slideCircunferência slide
Circunferência slidecheilasp2003
 
Circunferência
Circunferência Circunferência
Circunferência cheilacs82
 
Circunferência
Circunferência Circunferência
Circunferência cheilacs
 

Ähnlich wie A Elipse: Definição, Construção e Aplicações (20)

CôNicas
CôNicasCôNicas
CôNicas
 
Trabalho(1) beatriz_bruno
 Trabalho(1) beatriz_bruno Trabalho(1) beatriz_bruno
Trabalho(1) beatriz_bruno
 
Trabalho nº1
 Trabalho nº1 Trabalho nº1
Trabalho nº1
 
Lista de exerecicios elipses
Lista de exerecicios elipsesLista de exerecicios elipses
Lista de exerecicios elipses
 
Conicas Hoje
Conicas HojeConicas Hoje
Conicas Hoje
 
CôNicas Como Lugar Geometrico
CôNicas Como Lugar GeometricoCôNicas Como Lugar Geometrico
CôNicas Como Lugar Geometrico
 
Astronomia e astrof´+¢sica parte 001
Astronomia e astrof´+¢sica parte 001Astronomia e astrof´+¢sica parte 001
Astronomia e astrof´+¢sica parte 001
 
O CÍRCULO E O NÚMERO Pi
O CÍRCULO E O NÚMERO PiO CÍRCULO E O NÚMERO Pi
O CÍRCULO E O NÚMERO Pi
 
1ª aula de física
1ª aula de física1ª aula de física
1ª aula de física
 
Cônicas
CônicasCônicas
Cônicas
 
Relatorio de matematica usar este akii
Relatorio de matematica usar este akiiRelatorio de matematica usar este akii
Relatorio de matematica usar este akii
 
História da Geometria
História da GeometriaHistória da Geometria
História da Geometria
 
Poesia matemática mat
Poesia matemática matPoesia matemática mat
Poesia matemática mat
 
AULA SOBRE ÓPTICA 2º ANO.pptx
AULA SOBRE ÓPTICA 2º ANO.pptxAULA SOBRE ÓPTICA 2º ANO.pptx
AULA SOBRE ÓPTICA 2º ANO.pptx
 
Astronomia e astrof´+¢sica parte 001
Astronomia e astrof´+¢sica parte 001Astronomia e astrof´+¢sica parte 001
Astronomia e astrof´+¢sica parte 001
 
Horizon Magazine 0
Horizon Magazine 0Horizon Magazine 0
Horizon Magazine 0
 
Circunferência slide
Circunferência slideCircunferência slide
Circunferência slide
 
Circunferência
Circunferência Circunferência
Circunferência
 
Circunferência
Circunferência Circunferência
Circunferência
 
Circunferência
Circunferência Circunferência
Circunferência
 

Kürzlich hochgeladen

planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfmaurocesarpaesalmeid
 
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdfBlendaLima1
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfWagnerCamposCEA
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdfLeloIurk1
 
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxMauricioOliveira258223
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfEmanuel Pio
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorEdvanirCosta
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdfAna Lemos
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteVanessaCavalcante37
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESEduardaReis50
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfTutor de matemática Ícaro
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.Mary Alvarenga
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesFabianeMartins35
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 

Kürzlich hochgeladen (20)

planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
 
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
 
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕESCOMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
COMPETÊNCIA 4 NO ENEM: O TEXTO E SUAS AMARRACÕES
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 

A Elipse: Definição, Construção e Aplicações

  • 1. Agrupamento de Escolas Finisterra Escola Secundária de Cantanhede Trabalho realizado no âmbito da disciplina de Matemática Secções cónicas: a ELIPSE A matemática é a mais alta das ciências, o dom mais alto que os deuses deram aos homens. Ela é mais poesia que a própria poesia. Arquimedes Turma: 10CT4 Docente: Profª Marília Zorrinho Trabalho realizado por: Luís André P. Alves de Oliveira | Nº 15720 Pedro Miguel N. Oliveira | Nº 15737
  • 2. Ano Letivo: 2013 / 2014 Índice Introdução ....................................................................................................................................... 3 Breve referência histórica sobre a elipse .............................................................................. 4 Definição de elipse ....................................................................................................................... 5 Métodos de construção da elipse ........................................................................................... 5 Equação da elipse e os seus elementos ................................................................................ 5 Aplicações da elipse ..................................................................................................................... 8 Conclusão......................................................................................................................................... 9 Bibliografia ..................................................................................................................................... 10 JANEIRO DE 2014 2
  • 3. Introdução Secções cónicas são as curvas que resultam da intersecção de um plano com uma superfície cónica. As secções cónicas representam uma parte muito importante no estudo da Matemática. As suas equações e os seus gráficos são muitoutilizados em vários ramos da Matemática, como por exemplo o Cálculo Integral, para além de serem muitas as aplicações das cónicas na história da sociedade. Desde que o matemático grego Apolónio de Perga escreveu o primeiro trabalho sobre as secções cónicas, diversos matemáticos de renome contribuíram, de maneira significativa, para o conhecimento desta curvas e suas aplicações nos diversos assuntos. Das várias cónicas destacam-se duas: a circunferência e a elipse. JANEIRO DE 2014 3
  • 4. Breve referência histórica sobre a elipse Apolónio de Perga, foi um matemático que se dedicou principalmente ao estudo de curvas, denominadas por cónicas. As civilizações antigas dedicaram-se ao estudo da astronomia principalmente com fins práticos. Utilizavam-na, por exemplo, para realizar previsões acerca de acontecimentos importantes, ou para determinar as estações do ano a fim de procederem às atividades agrícolas nas alturas corretas. Mais tarde, as razões vieram a alterar-se, mas o interesse pela astronomia manteve-se sempre. Os primeiros modelos de que há registo consideravam que as órbitas planetárias eram circulares. Assim mesmo começou por considerar Johannes Kepler, chegando à discordância entre os resultados teóricos e as observações do astrónomo dinamarquês TychoBrahe, em que se apoiou. Essa discordância veio a ser resolvida quando deduziu que as órbitas planetárias eram elípticas e publica em 1609 a sua descoberta de que a órbita de Marte em torno do Sol é uma elipse. A partir daí as cónicas revelaram a sua restrita ligação com a Natureza, em particular com as trajetórias dos planetas no Sistema Solar. Esta descoberta, associada aos estudos de Galileu, levou posteriormente (em 1680) Isaac Newton a formular a sua lei gravitacional. O matemático Apolónio nasceu em Perga, Pamphylia. Na época de Apolónio, Perga era um centro de cultura e o local de devoção da deusa Artemis. Apolónio de Perga ficou conhecido como "O Grande Geómetra", tendo deixado uma vasta obra, que em muito contribuiu para o desenvolvimento da Matemática, apesar de se terem perdido vários dos seus trabalhos ao longo dos anos. JANEIRO DE 2014 4
  • 5. Definição elipse de Uma elipse é um conjunto de pontos do plano cuja soma das distâncias a dois pontos fixos (focos) é constante e maior que a distância entre eles. Métodos de construção da elipse Existem vários métodos de construção da elipse entre os quais se destaca o método do jardineiro e o método do alongamento da circunferência. O método do jardineiro consiste em espetar duas hastes verticais no chão, atar as extremidades de uma corda a cada uma das hastes e com um pau encostado à corda ir traçando a elipse no chão, mantendo sempre a corda esticada. O comprimento da corda deve, obviamente, ser superior à distância entre as hastes. O método do alongamento da circunferência consiste em, partindo de uma circunferência de um determinado diâmetro, com centro na origem de referencial, multiplicar as abcissas de todos os pontos da circunferência por um fator de alongamento. O diâmetro deve ser igual ao eixo menor da elipse que se pretende traçar. O fator de alongamento deve ser escolhido por forma a que quando multiplicado pelo diâmetro da circunferência dê a medida do eixo maior da elipse. Equação da elipse e os seus elementos Da equação da circunferência para a equação da elipse JANEIRO DE 2014 5
  • 6. Uma elipse pode ser imaginada como uma circunferência que foi “alongada” ou “achatada”. Será possível, a partir da equação de uma circunferência obter a equação de uma elipse? Considere-se a circunferência de centro (0,0) e raio 4. A equação desta circunferência é: Ou, dividindo ambos os membros por , A equação da elipse aparece, normalmente, sob a forma de: Na circunferência tem-se a = b = raio. Na elipse tem-se a>b ou a<b. Através de um alongamento da circunferência de equação , obtémse uma elipse em que o eixo menor é igual ao diâmetro da circunferência: Cada ponto A (x,y) da circunferência é transformado no ponto X 2x Y A’ (X,Y) da elipse, sendo: y X x 2 y Y Substituindo, na equação da circunferência, por e por Y, obtém-se: X 2 Y 2 2 JANEIRO DE 2014 4 2 X 4 2 Y 2 16 X 2 64 Y 2 16 1 X 8 2 2 Y 1 4 6
  • 7. Assim, Elipse de centro na origem Semieixo maior: Semieixo menor: 2 y 2 8 Equação: x 2 4 2 1 Se uma vez de um alongamento se tivesse procedido a um achatamento da circunferência de equação x 2 y 2 4 2 , a elipse obtida teria o eixo maior igual ao diâmetro da circunferência. Cada ponto A (x,y) da circunferência é transformado no ponto A’ (X,Y) da elipse, sendo: x X x Y y , y) 2X Y 2 y) y x Substituindo, na equação da circunferência, x por 2X e y por Y, obtém-se: 2 (2 X ) Y 2 4 2 2 4X 2 Y 16 4X 16 Assim, a equação X 2 2 2 Y 2 4 2 1 define 2 Y 2 16 1 X 2 2 2 Y 2 4 2 1 uma elipse de centro na origem, sendo: Semieixo menor: Semieixo maior: Assim tem-se: Considere-se uma elipse de centro na origem e vértices ( JANEIRO DE 2014 ); ( ;( e 7
  • 8. x 2 y 2 a A equação da elipse é 2 b 2 1. Aplicações da elipse Suponhamos que temos uma lanterna direcionada para uma parede, o feixe de luz emitido desenhará nessa parede uma curva cónica. Este facto acontece porque o feixe de luz emitido pela lanterna forma um cone, e também porque a parede funciona como um plano que corta o cone formado. Dependendo da inclinação da lanterna relativamente à parede, assim se obtém uma circunferência, uma elipse, uma parábola ou uma hipérbole. O som emitido por um avião a jacto supersónico tem a forma de um cone, pelo que, ao chocar com a Terra vai formar uma curva cónica. Assim, dependendo da inclinação do avião relativamente à Terra, vamos obter elipses, parábolas ou hipérboles. A audiometria usa este facto, entre outros, para saber a que distância da Terra o avião pode ultrapassar a velocidade do som. Certos candeeiros de cabeceira, cujo abat-jour é aberto segundo uma circunferência, desenham na parede uma hipérbole e no tecto uma elipse. Os Engenheiros da área da iluminação usam este facto, entre outros, para construírem candeeiros, lanternas, etc... As extremidades das asas do famoso avião britânico Spitfire, usado com grande sucesso na II Guerra Mundial, eram arcos de elipses. Embora a razão da sua escolha se prenda com o facto de se obter mais espaço para transportar munições, pois este tipo de asa diminuía a resistência do ar, favorecendo melhores performances ao avião em voo. JANEIRO DE 2014 8
  • 9. Conclusão Neste trabalho concluímos que Apolónio de Perga teve uma grande influência no conhecimento mais aprofundado das cónicas (elipse, parábola, hipérbole). Aprendemos que a elipse tem váriosmétodos de construção, que pode ser formada, por exemplo, pelo alargamento ou por achatar uma circunferência. Passamos ainda a conhecer a equação da elipse, que é formada a partir da equação da circunferência e ainda seus elementos. Aprendemos ainda que a elipse tem várias aplicações no nosso dia a dia, e são em coisas que nós nunca reparamos, como por exemplo quando a luz de uma lanterna bate na parede, foi utilizada numas asas de um dos aviões mais famosos, entre outras coisas. JANEIRO DE 2014 9
  • 10. Bibliografia Gomes, F., Viegas, C., & Lima, Y. (2013). xeqmat. In F. Gomes, C. Viegas, & Y. Lima, xeqmat. Lisboa: O livro. Neves, M., & Guerreiro, L. (s.d.). Matemática A - 10º ano - Geometris. Ovigli, D., de Jesus e Silva, L., Valéria da Silva, S., & Ribeiro Garcia Malheiros, C. (21 de 12 de 2013). Elipse. Obtido de Elipse: http://estatisticandoelipse.blogspot.pt/ Varandas, J. M. (21 de 12 de 2013). Elipse. Obtido de Website de U.Lisboa: http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm2000/icm27/elipse.htm JANEIRO DE 2014 10