Esta é uma apostila de estudo da especialidade de Animais Noturnos dos Desbravadores, que você possa fazer bom proveito deste material.
Obs.: Se houver algum erro, ou faltar informações, deixe uma observação nos comentários pois "Não havendo sábios conselhos, o povo cai, mas na multidão de conselhos há segurança." (Pv 11: 14)
Maranata!
1. Especialidade de
Animais Noturnos
Introdução
Os animais noturnos apresentam hábitos diferenciados dos demais animais que vivem de forma tranquila
durante o dia. São vários os tipos de espécies de animais noturnos que possuem alguns mecanismos, os
quais beneficiam suas vidas noturnas, como caçar e se locomover sem maiores dificuldades. Embora não
sejam todos, alguns animais se adaptam com a vida noturna conforme seu desenvolvimento como, por
exemplo, as rãs e sapos que devido a sua pele sensível têm melhor adaptação ao período da noite.
Outro grande exemplo de animais noturnos é o morcego, que passa o período do dia em cavernas ou grutas
escuras e úmidas e sai somente a noite para se alimentar. Alguns animais noturnos são favorecidos a noite
como os gambás e outros animais pequenos que fogem dos temíveis predadores se escondendo durante o dia
e saindo para se alimentar a noite sem serem notados.
Os Animais Noturnos e o Clima
Assim como os animais diurnos, os noturnos também têm suas funções e características na natureza. Muitas
espécies que conhecemos têm hábitos noturnos e por isso é bastante comum nos admirarmos como eles são
tranquilos e ficam somente escondidos e deitados em cavernas ou grutas no período do dia. Por mais que o
ambiente possa ser o mesmo, muitos animais se adaptam melhor no período da noite, pois o clima é mais
ameno e a umidade do ar é mais elevada favorecendo seu determinado tipo de pele e visão.
A forma de proteção é um dos fatores nos quais os animais noturnos encontram para viver, sendo mais
ativo somente no período da noite. Grande maioria dos animais noturnos vive em regiões muito quentes e
veem a necessidade de proteger sua pele e até mesmo a vida, desfrutando melhor o período noturno em que
o clima é mais agradável e menos perigoso.
Exemplos:
Coruja
As corujas são aves pertencentes à família Strigidae e à ordem Strigiformes.
Habitat – Campos e Áreas Urbanas
Reprodução - Durante o período de reprodução, o macho oferece uma presa à fêmea,
quando a presa é aceita ocorre o acasalamento. A cada postura a fêmea põe de 3 a 5
ovos, o tempo de incubação é de aproximadamente 33 dias e os filhotes começam a
voar, em média, em 75 dias. As espécies maiores de corujas vivem de 15 a 20 anos.
Alimentação - A coruja se alimenta de pequenos mamíferos (ratos e camundongos,
por exemplo), gafanhotos, grilos, aranhas e outras aves. Costumam engolir suas
presas inteiras para depois vomitar o que não aproveitam, tais como penas e pedaços
de ossos. Há espécies de corujas que se especializaram na pesca (este fato pode ser
observado nas Filipinas). Seus predadores naturais são: o gavião, o gato-do-mato e as
cobras. Apesar do aspecto parado, a coruja é um animal bastante esperto que não
facilita a vida dos seus predadores.
Hábitos - Trata-se de aves de rapina, tímidas, solitárias, discretas e de vôo silencioso,
graças ao formato e à textura de suas penas.
Lobo-guará
O lobo-guará (nome científico: Chrysocyon brachyurus) é uma espécie de canídeo endêmico da América do
Sul e único integrante do gênero Chrysocyon.
2. Habitat – O habitat do lobo-guará se caracteriza principalmente por campos abertos, com vegetação
arbustiva e áreas florestais com o dossel aberto, sendo um animal típico do Cerrado.
Reprodução - O lobo guará é sozinho, diferente de outros lobos ele não vive em alcateia, mas durante o
período de reprodução fica junto a sua companheira. Se reproduzem uma vez por
ano e a gestação dura em média 65 dias. As ninhadas variam entre 2 e 6 filhotes, mas
o número médio é de 2 filhotes, que nascem entre junho e setembro.
Alimentação - O lobo guará se alimenta de pequenos mamíferos, roedores, aves e
frutos. A lobeira (Solanum lycocarpum) é uma planta essencial no cardápio deste
animal, pois se ele não se alimentar dela morre de complicações renais. Ele costuma
caçar a noite, mas quando está no período de reprodução costuma procurar alimento
de dia. Sua alimentação varia muito de acordo com as estações seca a chuvosa do
Cerrado. Durante o período chuvoso, alimentam-se principalmente de frutos, já nos
períodos de seca, alimentam-se mais de animais pequenos.
Hábitos - Geralmente é visto no fim do dia, habita em campos abertos, com
vegetação de arbustos e áreas de bosque com o dossel aberto. Ele também pode ser
encontrado em áreas que sofrem inundações periódicas e campos cultivados pelo homem. É uma espécie que
não apresenta grandes riscos ao homem, só ataca caso sinta-se ameaçado.
Animais noturnos nas diferentes Classes:
Mamíferos: Tamanduá-mirim, tatu-galinha, Gambá, mão-pelada,
raposa, onça, bicho preguiça, gato-do-mato, maracajá, jaguatirica, a
suçuarana, gato-palheiro, lobo-guará entre outros.
Insetos: vaga-lume, tarântula, Traças ou traças-de-livro, Bicho-pau.
Anfíbios: Sapo Cururu, Salamandra de fogo, Cobra-cega, Rã,
Pererecas.
Aves: Bacurau, Urutaus ou mães da lua, Curiangos.
Répteis: Teiú, Jiboias, Lagartixas, entre outros.
Outra adaptação dos animais noturnos está na visão. A maioria deles possui apenas os bastonetes,
fotorreceptores (células da visão) bastante sensíveis a luz, mas que não os permite distinguir cores, oq eu
não significa que eles enxerguem mal. A coruja-das-torres (Tyto alba), por exemplo, possui uma visão capaz
de distinguir um alvo a mais de 10 metros de distância e consegue enxergar com apenas 10% da luz de que o
olho humano precisa. Os animais noturnos precisaram desenvolver outras características que não apenas a
visão para poder sobreviver em meio à escuridão. Os morcegos desenvolveram a ecolocalização e as
mariposas, suas presas, desenvolveram uma audição aguçadíssima para captar o barulho dos morcegos (que
pode chegar a 160 decibéis, mas que não pode ser percebido pela audição humana) e conseguir fugir deles.
Já as cobras não venenosas desenvolveram um recurso capaz de perceber o calor de suas presas com
tamanha precisão que elas conseguem saber até o tamanho da vítima e, se esta for grande demais, fugir para
se proteger.
Os Quiropteros
Dentro dessa ordem estão duas subdivisões, a subordem Megachiroptera (raposas voadoras) e a subordem
Microchiroptera que são os morcegos propriamente ditos. Os morcegos representam 1/4 de todas as
espécies de mamíferos do mundo! Ao contrário do que a maioria das pessoas pensam, os morcegos não se
alimentam somente de sangue, aliás, é apenas uma ínfima parte deles. A dieta dos morcegos varia com as
espécie e o lugar em que habitam, podendo ser de néctar, pólen, frutos, folhas, sementes, insetos, pequenos
vertebrados, peixes e sangue. Somente 3 espécies são hematófagas, ou seja, que se alimentam de
sangue. Apenas 3 de pelo menos 1.116 espécies conhecidas. Observando então sua natureza,
podemos relacionar seu papel no meio ambiente.
3. Pela maioria ser insetívora, eles fazem uma enorme diferença, se alimentando de muitos insetos
que podem constituir pragas agrícolas e vetores de doenças. Se não fossem pelos morcegos, o gasto
com inseticidas nas plantações aumentaria em enormes proporções! Um simples morceguinho
pode ingerir 500 insetos por hora, podendo chegar a 3.000 insetos por noite! Imagina se os
morcegos não existissem?! Sendo assim, funcionam muito bem como controle biológico.
E não para por aí, os morcegos frutívoros também auxiliam
na dispersão de sementes, pois ao se alimentarem dos frutos,
deixam cair suas sementes dispersando as espécies de plantas.
Esta característica deles é muito importante para recuperar
florestas degradadas. Os morcegos também são ótimos
polinizadores (6,5% de todas as espécies polinizadoras), muitos
se alimentam de néctar, levando consigo grãos de pólen e
ajudando na manutenção de muitas espécies! Há espécies vegetais que evoluíram e permitem
apenas que determinada espécie de morcego as polinize.
Muitas espécies de plantas polinizadas por morcegos são de importância econômica, sendo
utilizadas como alimentos e remédios. Por serem sensíveis a mudanças ambientais, os morcegos
são ótimos bioindicadores, ou seja, seres vivos capazes de indicar se algo está prejudicando o
ambiente. A partir desta análise, é possível tomar medidas que contribuam para a preservação
ambiental. A maioria dos morcegos vivem em cavernas, e ao excretarem neste ambiente,
depositam nutrientes que permitem a sobrevivência de outras espécies neste habitat. As fezes
dos morcegos ainda podem ser utilizadas como adubo agrícola, e enzimas de bactérias presentes
nelas ainda têm a capacidade de destoxificação (processo biológico que reduz impactos
negativos de toxinas para o metabolismo corporal) de resíduos industriais, podendo os
componentes das fezes ainda serem utilizados para a fabricação de inseticidas naturais,
detergentes entre outros. E a saliva dos morcegos hematófagos é muito utilizada em pesquisas
para fabricar remédios para doenças cardiovasculares, que são as que mais causam morte no
mundo.
Animais Noturnos na Bíblia
Coruja - Lv 11:17, Dt 14:16, Is 34:11, 15
Raposa - Ne 4:3; Lc 13:32
Rã - Êx 8:2-13; Sl 78:45, 105:13; Ap 16:13
Rato - Lv 11:29, Is 66:17
LOBO - Gn 49:27; Is 11:6; 65:25; Jr 5:6; Jo 10:12
Pesquise em sua Bíblia!
Pedro Henrique de Araújo Silva
Clube de Desbravadores Heróis Triunfantes
Catende, 1º de Junho de 2016
Bibliografia
http://www.zun.com.br/o-que-sao-animais-noturnos/
http://www.infoescola.com/biologia/animais-noturnos/
https://projetofauna.wordpress.com/2013/08/01/mamiferos-noturnos-nao-voadores-do-jbrj-por-roberta-costa/
http://www.avesderapinabrasil.com/athene_cunicularia.htm
http://www.infoescola.com/aves/coruja/
http://www.estudokids.com.br/lobo-guara/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lobo-guar%C3%A1
http://www.herpetofauna.com.br/Insetos.htm
http://ambientes.ambientebrasil.com.br/fauna/repteis/repteis_-_caracteristicas_gerais.html
https://blogdonurof.wordpress.com/page/11/
http://www.ninha.bio.br/biologia/lagartixa.html
https://idealverde.wordpress.com/2013/08/06/importancia-ecologica-dos-morcegos/
http://a-jesus.webnode.com.br/news/animais%20citados%20na%20b%C3%ACblia-/