2. 1.Introdução
Durante os séculos XV e XVI, os europeus,
principalmente portugueses e espanhóis,
lançaram-se nos oceanos Pacífico, Índico e
Atlântico com dois objetivos principais : descobrir
uma nova rota marítima para as Índias e
encontrar novas terras. Este período ficou
conhecido como a Era das Grandes Navegações
e Descobrimentos Marítimos.
11. ASTROLÁBIO
O astrolábio era um antigo
instrumento para medir a altura
dos astros acima do horizonte,
utilizado na Idade Média para
fins astrológicos e
astronômicos. Também era
utilizado para resolver
problemas geométricos, como
calcular a altura de um edifício
ou a profundidade de um poço.
Era formado por disco de latão
graduado na sua borda, num
anel de suspensão e numa
mediclina (espécie de
ponteiro).O astrolábio náutico
era uma versão simplificada do
tradicional e tinha a
16. IDEIAS
Portugal, conhecedor de que as
Índias (como genericamente era
chamado o Oriente), ficava a
Leste, decidiu navegar nessa
direção, contornando os obstáculos
que fossem surgindo. Optou pelo
Ciclo Oriental. (costear a
África)
17.
18.
19. RAZÕES DO PIONEIRISMO
PORTGUES
Formação precoce de uma monarquia centralizada graças à
guerra de Reconquista, contra os muçulmanos;
Localização geográfica favorável, no extremo sul da
Europa, com fácil acesso para o Atlântico e para o continente
africano;
Formação de uma classe mercantil mais dinâmica que a velha
nobreza feudal, facilitando a modernização da monarquia.
Período de inovações técnicas através da influência árabe, foram
divulgados e aperfeiçoados diversos conhecimentos: algarismos
arábicos ,bússola, pólvora, papel. Com a invenção de imprensa, esses
conhecimentos ganhavam maior divulgação.
A grande experiência em navegações, principalmente da pesca,
COM caravelas,
Portugal contou com uma quantidade significativa de investimentos
de capital vindos da burguesia e também da nobreza, interessadas
23. Rosa dos ventos da fortaleza de Sagres, no
Algarve, Portugal.
24. 4.1. Planejamento das Navegações:
Primeira conquista deveria ser de Ceuta: (1415) era muçulmana e muito
rica e por isso serviria para financiar as outras expedições.
25. 4.2. Os descobrimentos
portugueses:
1415 conquistaram Ceutadurante o século XV o litoral da África e Ilha da
Madeira, Açores, Cabo Verde e Cabo Bojador;
1434 – os portugueses chegaram ao Cabo Bojador
•1488 Bartolomeu Dias chegou ao Sul da África, contornando o Cabo da Boa
Esperança;
• No ano de 1498, Portugal realiza uma das mais importantes navegações:
Vasco da Gama às Índias.
CAbral CHEGOU AO Brasil em abril de 1500. Após fazer um reconhecimento
da terra "descoberta", Cabral continuou o percurso em direção às Índias.
Em função destes acontecimentos, Portugal tornou-se a principal potência econômica da
época.
26.
27.
28. 5. Navegações Espanholas
Enquanto os portugueses navegaram para as Índias contornando a
África, os espanhóis optaram por um outro caminho. O genovês
Cristovão Colombo, financiado pela Espanha, pretendia chegar às
Índias, navegando na direção oeste.
Em 1492, as caravelas espanholas partiram rumo ao oriente
navegando pelo Oceano Atlântico. Colombo tinha o conhecimento de que
nosso planeta era redondo, porém desconhecia a existência do continente
americano. Chegou em 12 de outubro de 1492 nas ilhas da América
Central, sem saber que tinha atingido um novo continente. Foi somente anos
mais tarde que o navegador Américo Vespúcio identificou aquelas terras como
sendo um continente ainda não conhecido dos europeus. Em contato com os
índios da América ( maias, incas e astecas ), os espanhóis começaram um
processo de exploração destes povos, interessados na grande quantidade de
ouro. Além de retirar as riquezas dos indígenas americanos, os espanhóis
destruíram suas culturas.
29. 5.1. CRONOLOGIA
1492 – Colombo descobre a América
De América do Sul – descobrimento das Antilhas, Panamá e
da 1492 ate 1504
1504 – Américo Vespúcio afirmou que as terras descobertas
por Colombo eram um novo continente.
1513 – Nunes BalboaCentral chegando ao Oceano Pacífico.
por terra a América Vespúcio, deu o hipótese, atravessando
confirmou essa
Em homenagem a
novo continente. nome de América ao
Entre 1519 e 1522 circunavegação.
primeira viagem de – Fernão de Magalhães iniciou a
38. 8. O atraso da Inglaterra,
França e Holanda nas Grandes
Navegações
39. INGLATERRA
Inglaterra: além do desgaste na Guerra dos Cem Anos
(1337-1453), travada contra a França, a Inglaterra sofreu os
efeitos da Guerra das Duas Rosas (1455-85) retardando
assim sua presença nas Grandes Navegações, que somente
ocorreria a partir do reinado de Henrique VII (Tudor),
estimulada pelo êxito ibérico: com a viagem dos italianos João
e Sebastião Caboto (1497-98) foi atingido o Labrador, no
Canadá; entre 1584 e 1587, Walter Raleigh fundou a
colônia da Virgínia, o primeiro núcleo colonial inglês, além de
tentar fundar colônias na Flórida. A partir daí, e até 1740, serão
formadas as 13 colônias inglesas da América do Norte.
Um dos feitos mais importantes das navegações inglesas foi a segunda
viagem de circunavegação, realizada por Francis Drake, entre 1587 e
1590.
Como não participaram da colonização utilizavam a pirataria para lucrar.
40. FRANÇA
problemas que marcaram o processo de centralização
monárquica, dificultado pela nobreza, e aos efeitos
devastadores da Guerra dos Cem Anos. As Grandes
Navegações francesas começaram no século XVI, apoiadas pela
dinastia Valois e com a participação de navegadores
estrangeiros.
Em 1523, o italiano Verrazano atingiu o litoral do Canadá e o norte dos
EUA. Em seguida, Jacques Cartier penetrou o rio São Lourenço,
fundando em 1534 a colônia de Nova França, o primeiro
estabelecimento francês na América. Em 1604, já sob o governo dos
Bourbons, os franceses ocuparam a Guiana e em 1608 fundaram a
colônia de Quebec, no Canadá. Ainda neste século, penetraram o rio
Mississipi e fundaram os núcleos de Saint Louis e Nova Orleans,
embrião da colônia da Louisiana. Além disso, os franceses fizeram duas
tentativas de colonização no Brasil: no Rio de Janeiro (1555-67), com a
França Antártica, e no Maranhão (1612-15), com a França Equinocial,
ambas de curta duração. A penetração do Oriente começou no reinado
de Luís XIV com a conquista de parte da Índia.
41. HOLANDA
Mesmo com uma sólida tradição mercantil, os holandeses eram
dominados pela Espanha. Sua independência 1581, com o surgimento
das Províncias Unidas dos Países Baixos do Norte (Holanda).
criadas as Companhias de Comércio, das Índias Orientais (E.I.C.) e das
Indias Ocidentais (W.I.C.), responsáveis pela penetração no bloco
colonial ibérico.
Em 1626, os flamengos entraram para as Grandes Navegações e
atingiram a América do Norte, onde fundaram a colônia de Nova
Amsterdã, que depois de tomada pelos ingleses passou a se denominar
Nova York. Entre 1624 e 1654, a W.I.C. realizou duas invasões no
Nordeste brasileiro, buscando o controle da produção açucareira e, ao
mesmo tempo, incursões na África portuguesa, nas Antilhas espanholas
e no Oriente. Na América do Sul, em sua parte setentrional, criaram a
Guiana holandesa, atual Suriname. No século XVII, os holandeses
controlavam um grande império colonial, especialmente nas Índias
Orientais.
42.
43. 9. As consequências da expansão
marítima
O deslocamento do eixo econômico europeu do Mediterrâneo para o
Atlântico-Índico, com a ascensão dos países ibéricos e a
consequente decadência das cidades mercantis italianas.
♦ A consolidação do Estado Absolutista, típico da Época Moderna, que
depois de patrocinar o movimento expansionista, passou agora a
usufruir dos seus lucros.,
♦ Adoção da política econômica mercantilista, baseada no
protecionismo do Estado e no regime de monopólios.
♦ A formação do Sistema Colonial Tradicional vinculado à política
econômica mercantilista e responsável pela colonização da América.
♦ O renascimento da escravidão nas áreas colônias nos moldes do
capitalismo moderno, com a utilização intensiva da força de trabalho
indígena e africana.
♦ O fortalecimento da burguesia mercantil nos países atlânticos.
♦ Início do processo de europeização do mundo, especialmente, com
a expansão do cristianismo.
♦ A destruição das avançadas civilizações pré-colombianas existentes
na América.
♦ A expansão do comércio europeu (Revolução Comercial), dentro de
uma nova noção de mercado, agora entendido em escala mundial.
♦ Aceleração da acumulação primitiva de capital, realizada através da
circulação de mercadorias.