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IGREJA DE CRISTO
INTERNACIONAL DE BRASÍLIA
ESCOLA BÍBLICA
MÓDULO I - O NOVO TESTAMENTO
Aula I - O Mundo PolÍtico
O IMPÉRIO ROMANO
O mundo inteiro estava sob o domínio do império
romano (com exceção dos reinos pouco conhecidos
do extremo oriente)
Ele estendia-se do oceano atlântico, no ocidente,
até o Mar Vermelho e o Rio Eufrates, no Oriente.
Ilustração 1 - O Império Romano no ano de 116 d.C.
O imperador tinha poderes de um ditador e era
conhecido tanto por rei (I Pedro 2:17) quanto por
Augusto (Lucas 2:1) no Novo Testamento.
Roma foi fundada no ano de 753 a.C.
No quinto século antes de Cristo já possuía
estabilidade política.
Por meio de muitas guerras e alianças, Roma já
era a princesa da Península Itálica no ano de 256
a.C.
Os povos conquistados comprometiam-se, por
meio de acordos, a manter a paz e foram
incorporados gradativamente ao domínio romano.
Conquista de Cartago em 146 A.C: incorporação
da Espanha e do norte da África e da Acaia.
A província da Ásia foi doada aos romanos pelo
testamento de seu rei.
Ano de 63 a.C.: anexação da Judéia e da Síria.
68-57BC: Conquista da Gália.
Em quinhentos anos, Roma passou de uma cidade
obscura e desconhecida ao império dominante do
mundo.
No começo, desde 510 A.C, Roma era uma
república: o povo era considerado a verdadeira fonte
de poder.
No século anterior ao nascimento de Cristo, houve
uma sucessão de guerras civis, que culminaram
quando Octávio, ou Augusto, tomou o poder em 30
a.C. O império então se estabeleceu.
O imperador acabou se tornando a fonte
verdadeira de poder
DESCRIÇÃO DOS IMPERADORES E EVENTOS
RELACIONADOS DO CRISTIANISMO
Os imperadores do primeiro século após Cristo foram
os seguintes:
Augusto (27 a.C. a 14 d.C.)
O poder imperial foi consolidado. Foi um
governante bom e sábio. Politicamente havia
um equilíbrio de forças entre as instituições
democráticas, incluindo o senado, e o
imperador. Ao passar do tempo, no entanto, o
poder do imperador gradativamente
aumentou, levando o império a uma
autocracia de fato.
Augusto tentou levantar a moral do povo.
Instituiu a religião do estado e construiu
muitos templos. O culto imperial foi
introduzido nas províncias. Em muitos lugares
o imperador era adorado como Deus.
Levou Roma do caos à ordem.
Nascimento de Jesus durante seu reinado
(Lucas 2:1).
Tibério (14 a 37 d.C.)
Imperador impopular, por causa de razões
pessoais.
Jesus realizou seu ministério e foi executado
durante seu reinado (Lucas 3:1)
Calígula (37 a 41 d.C.)
Popular no início do seu mandato, logo
começou a demonstrar indícios de fraqueza
mental.
Conflito constante com os judeus, uma vez
que exigia ser cultuado como Deus.
Cláudio (41 a 54 d.C.)
Roma precisava de um governo mais eficiente
para governar seu território cada vez maior.
Durante seu reinado, o império se tornou uma
burocracia, governado por secretariados e
comitês.
A cidadania foi estendida às províncias.
Os judeus foram expulsos de Roma durante o
seu reinado (Atos 18:2).
Nero (54 a 68 d.C.)
Governo instável e ineficiente. Nero se
preocupava mais com a arte e suas
extravagâncias do que com a administração
de Roma
Em 64 d.C., um incêndio consumiu uma boa
parte da cidade e Nero era o principal
suspeito. Para desviar a culpa de si, culpou os
cristãos. O argumento fazia sentido, uma vez
que os cristãos eram considerados desligados
desse mundo e ensinavam que o mundo
inteiro seria destruído por meio do fogo um
dia. A carta de I Pedro foi escrita durante o
seu reinado e aborda questões relacionadas
com a perseguição de Nero (I Pedro 4:12-19).
Ilustração 2 - Busto de Nero
Galba (68 d.C.)
Otho (69 d.C.)
Vitélio (69 d.C.)
Vespasiano (69 a 79 d.C.)
Iniciou a conquista de Jerusalém em 67 d.C.
Tito (79 a 81 d.C.)
Terminou a conquista de Jerusalém, em 70
d.C. e dos postos de defesa judeus em 73 d.C.
Domiciano (81 a 96 d.C.)
Religiões estrangeiras foram proibidas,
especialmente as que procuravam fazer novos
convertidos.
Uma grande perseguição aos cristãos iniciou-
se durante seu reinado
A carta de Apocalipse provavelmente foi
escrita durante o seu reinado
Nerva (96 a 98 d.C.)
Trajano (98 a 117 d.C.)
O Novo Testamento faz poucas alusões aos eventos
do império romano porque seu enfoque centrava-se
no judaísmo. Além disso, é um livro direcionado ao
interior das pessoas e não a eventos exteriores. Em
vários lugares, no entanto, os livros do NT
mencionam governantes e eventos ocorridos no
império (Mateus 2:22, Lucas 1:5, 2:1, 3:1-2, 9:7,
Atos 18:2, 12, 23:24-26, 25:1-12, 23, etc.).
O ESTILO DE GOVERNO PROVINCIAL
O império romano era formado por um conjunto de
cidades, territórios e estados altamente
heterogêneos, todos sujeitos ao poder central de
Roma. A forma de governar sobre esses territórios
chamava-se de governo provinciano.
Uma província era uma extensão de terra
conquistada ou anexada a Roma.
Havia dois tipos de província: as que estavam em
paz e as que viviam em turbulência. As primeiras
eram governadas por procônsules (Atos 13:7, 18:2),
que se reportavam ao Senado. As províncias mais
turbulentas estavam sob a autoridade direta do
imperador.
A Palestina encaixava-se nesse último tipo. Pôncio
Pilatos era o prefeito apontado pelo imperador
(Mateus 27:11, traduzido como governador).
Havia muita liberdade por meio do governo
provincial. As províncias mantinham sua soberania
local e podiam até cunhar suas próprias moedas.
Os cultos religiosos locais eram mantidos.
Como medida para unir as províncias mais
fortemente a Roma, pequenas colônias de romanos
foram estabelecidas nas províncias, de modo que a
cultura romana se espalhou por todo o império.
O culto imperial era muito forte nas províncias,
especialmente na Ásia.
OS REINOS HELENÍSTICOS (GREGOS)
A atmosfera cultural do império devia-se em grande
parte à cultura grega que foi incorporada ao Império
com as conquistas de territórios.
Escravos gregos, muitos dos quais tinham mais
escolaridade do que seus senhores, trabalhavam em
suas casas, ensinando e exercendo outras atividades
liberais, ajudando, dessa forma, a disseminar a
cultura grega.
Embora Roma tivesse conquistado o mundo com
armas, a Grécia havia conquistado o mundo com a
sua cultura, a ponto de até a língua de Roma ter
virado o grego.
A helenização deve-se, em grande parte, às
conquistas de Alexandre o Grande, com sua grande
campanha pelo Oriente. Sua política era de
incentivar que os gregos casassem-se com os povos
conquistados e de educá-los à maneira grega.
Com o assassinato de Alexandre, o seu império
dividiu-se em quatro que, após um tempo, viraram
dois: os ptolomeus do Egito e os selêucidas da Síria.
Esses dois reinos guerrearam por muito tempo.
A Palestina encontrava bem no meio desses dois
territórios, e oscilava ora sob o domínio de um, ora
sob o domínio de outro.
Ilustração 3 - Posição da Palestina entre a Síria e o Egito
O reino selêucida
Nos anos 201-200 a.C. os selêucidas derrotaram
o exército egípcio em uma batalha e ganharam o
domínio da Palestina. A sua tentativa de
helenizar os judeus resultou na revolta dos
Macabeus, que ocasionou um reavivamento da
comunidade judaica.
A influência dos selêucidas foi enorme. Antioquia,
a capital da Síria, se tornou a terceira maior
cidade do império e uma das maiores igrejas
primitivas (foi de lá que saiu a primeira missão,
composta por Paulo e outros irmãos – Atos 13:1).
Muitas das cidades da Palestina eram bilíngües
(falavam grego e aramaico). Uma pequena parte
do cânon do Velho Testamento foi escrita em
aramaico.
Os ptolomeus do Egito
Alexandria, a capital do Egito, era um grande
centro de educação.
Foi lá onde o Velho Testamento foi traduzido para
o grego e tornou-se a Septuaginta, a versão do
VT mais usada pelos judeus da diáspora.
Foi nesse contexto de uma língua homogênea por
todo o império e uma versão em grego das
Escrituras, que o Cristianismo se espalhou na
antiguidade por todos os cantos.
O ESTADO JUDEU
O começo do povo hebraico e a ida ao Egito
(Gênesis)
A escravidão e o êxodo (Êxodo, Levítico, Números,
Deuteronômio)
A conquista de Canaã (Josué)
A época dos juízes (Juízes, Rute)
A época dos reis (I e II Samuel, I e II Reis, I e II
Crônicas, diversos livros de profetas)
Divisão de Israel em dois reinos: Israel (norte) e
Judá (sul) (I Reis 12).
Ilustração 4 - Reinos de Israel e Judá
O Exílio (597 a 322 a.C., diversos livros de profetas,
incluindo Lamentações)
Captura do reino de Israel em 722 a.C. e do reino
de Judá em 597 a.C.
O fim do estado político dos judeus – nunca mais
foram uma nação independente.
O começo da diáspora – o estudo da lei e o louvor
a Deus.
Começo das sinagogas – reunião que exigia no
mínimo 10 pessoas, onde a lei era estudada e
reverenciada.
O sacrifício do templo, não mais possível, foi
substituído pelo estudo minucioso da lei.
O começo da posição de mestre da lei
(escribas).
Alguém se levantava, lia um trecho das
escrituras e comentava o trecho.
Deu origem ao formato do culto cristão como
o conhecemos.
A volta do exílio (Neemias, Esdras, Ester, Ageu,
Zacarias e Malaquias)
A Babilônia foi conquistada pelos medos-persas
em 539 d.C.
Ciro, o rei da Pérsia, logo permitiu que os judeus
retornassem à sua terra para reconstruir o templo
(Esdras 6:1-5).
Apenas 42 mil judeus decidiram retornar, sob
a liderança de Sesbazar (Esdras 1:11).
Duas outras migrações ocorreram, anos
depois: uma sob a liderança de Esdras (Esdras
7:1-10) e a outra sob a liderança de Neemias
(Neemias 1-2).
Neemias e Esdras realizaram profundas
reformas em Israel e reconstruíram o templo,
as muralhas de Jerusalém.
O conhecimento da Lei foi renovado debaixo
da liderança do escriba Esdras.
As suas reformas deixaram um efeito
permanente. Dali em diante, mesmo debaixo
de influências estrangeiras, sempre existiu um
grupo de pessoas altamente fiéis à Lei e aos
seus princípios.
Várias transformações ocorreram até o segundo
século antes de Cristo:
O aramaico substituiu o hebraico como língua
da palestina (e juntou-se ao grego,
posteriormente).
Os judeus e samaritanos tornaram-se
etnicamente separados.
O Helenismo começava a ameaçar o judaísmo.
O sacerdócio constituía-se na fonte central de
poder político.
Dois aspectos da vida judaica desapareceram: a
monarquia e o posto de profeta.
O estudo intensivo da lei durante o exílio deu
margem ao surgimento de uma nova posição
religiosa, a dos escribas, que eram considerados
no mesmo nível de igualdade que os sacerdotes.
Debaixo dos ptolomeus (322 a 198 a.C.)
Os judeus possuíam muitos privilégios de uma
comunidade em liberdade e eram bem tratados,
em geral, pelos ptolomeus.
O estudo e a interpretação da lei foram
amplamente desenvolvidos.
Criação da Septuaginta
Debaixo dos selêucidas (198 a 168 a.C.)
Divisão interna entre os judeus, que em parte
preferiam o domínio Ptolomeu e em parte o
domínio selêucida.
Revolta dos macabeus (168 a 142 a.C.)
Sírios entraram em conflito com os egípcios e
foram forçados a se retirarem em batalha.
Voltaram à Palestina enfurecidos, destruíram as
muralhas de Jerusalém, pilharam o Templo,
colocaram uma imagem do deus Zeus no Templo,
proibiram o estudo do livro da Lei, ergueram
altares a deuses pagãos por todo o território e
proibiram a prática do Judaísmo completamente.
Um sacerdote idoso, chamado Matatias, se
rebelou contra as ordens dos sírios e começou
a revolta dos Macabeus.
Conseguiram expulsar os sírios, limparam o
Templo e ergueram um novo altar.
Um culto de rededicação foi celebrado e uma
nova festa, chamada de Festa das Luzes, ou
Festa da Dedicação (João 10:22), foi
estabelecida para comemorar a ocasião.
Deu autonomia política aos judeus até o
advento dos romanos.
O domínio dos selêucidas confirmou a resistência
do povo judeu à influência pagã e o tornou uma
nação ainda mais zelosa por suas tradições e por
sua vida nacional.
Debaixo dos Hasmoneanos (142 a 37 a.C.)
Vida religiosa judaica foi reavivada no início do
período.
Período marcado por conflitos internos e guerras
entre a Síria e a Palestina.
Debaixo dos herodianos (37 a.C. a 6 d.C.)
Herodes fez alianças com o Império Romano e foi
proclamado rei da Judéia.
Realizou muitas construções e a situação geral da
Palestina melhorou debaixo do seu reino.
Não conseguiu a simpatia dos judeus.
Um homem violento, assassino de muitas pessoas
(Mateus 2:1-18). O imperador Augusto chegou a
comentar que preferia ser um porco de Herodes a
seu filho.
Os sucessores de Herodes
A Palestina foi dividida, após a morte de Herodes,
entre Arquelau, Herodes Antipas e Filipe.
Arquelau (4 a.C. a 6 d.C. – Mateus 2:22)
Tão violento e repudiado quanto seu pai
Herodes.
Filipe (4 a.C. a 34 d.C. – Lucas 3:1)
Pacífico.
Herodes Antipas (4 a.C. a 39 d.C. – Lucas 3:1)
O governante mais mencionado no Novo
Testamento.
Jesus se referiu a ele como “aquela raposa”
(Lucas 13:32).
Pessoa violenta e vingativa (Lucas 3:19).
Assassino de João Batista (Mateus 14:1-12).
Herodes Agripa (37 a 44 d.C.)
Prendeu e executou Tiago, o filho de Zebedeu
e prendeu Pedro.
O último foi solto por intervenção divina e,
quando Herodes ficou sabendo do fato,
ordenou a execução dos guardas responsáveis
(Atos 12:1-19).
Herodes Agripa II (50 a 100 d.C.)
Aconselhou Festo sobre o julgamento de Paulo
(Atos 25:13-26:32).
Apoiou os romanos na revolta de 66 d.C., que
culminou com a destruição de Jerusalém em
70 d.C.
Debaixo dos sacerdotes até a queda de Jerusalém
(70 d.C.)
Os ptolomeus, selêucidas, os herodianos e,
posteriormente, os romanos, eram todos
considerados forasteiros que precisavam ser
tolerados.
O povo nunca se rendeu a eles de coração.
Durante a história do povo de Israel, vários tipos
de governo civil existiram: na época de Moisés, o
povo era liderado por chefes de tribos; na época
dos juízes, não existia autoridade central, mas
quando surgia a necessidade, líderes populares
eram levantados; durante o tempo dos reinos
divididos, o rei era o personagem central.
Em todas essas épocas, no entanto, a palavra do
sacerdote era considerada suprema, pois ele era
o porta-voz de Deus.
Durante o exílio, a função do sacerdote foi
temporariamente suspensa, mas os sacerdotes
não deixaram de existir, pois quando os cativos
voltaram do exílio havia uma grande quantidade
de sacerdotes e levitas entre eles (Esdras 2:36-
54).
Após o templo ser reconstruído, eles reassumiram
suas funções.
Durante todo esse tempo o sacerdócio controlava
o Judaísmo de forma central.
O sumo sacerdote assumia a sua função até
morrer e possuía controle supremo da nação,
debaixo do poder estrangeiro que estivesse
dominando o território.
Provavelmente tinha independência contanto que
não interferisse nas políticas estrangeiras e na
cobrança de impostos.
Associado ao sumo sacerdote existia um conselho
de presbíteros composto pelos homens mais
sábios e experimentados da nação. Alguns deles
eram escribas, como Esdras, outros estudantes
profissionais da lei e outros aristocratas.
A nação estava realmente na mão desse grupo,
do qual o Sinédrio era representativo.
A pressão desse grupo e do sumo sacerdote
sobre o governador romano era freqüente.
Também exerciam controle sobre a população,
como atesta João Marcos em Marcos 15:11.
A influência do sumo sacerdote e da aristocracia
religiosa sobre os judeus foi concomitante com os
governos estrangeiros mencionados
anteriormente e durou até a queda de Jerusalém
em 70 d.C.

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Império Romano e contexto político do Novo Testamento

  • 1. IGREJA DE CRISTO INTERNACIONAL DE BRASÍLIA ESCOLA BÍBLICA MÓDULO I - O NOVO TESTAMENTO Aula I - O Mundo PolÍtico
  • 2. O IMPÉRIO ROMANO O mundo inteiro estava sob o domínio do império romano (com exceção dos reinos pouco conhecidos do extremo oriente) Ele estendia-se do oceano atlântico, no ocidente, até o Mar Vermelho e o Rio Eufrates, no Oriente. Ilustração 1 - O Império Romano no ano de 116 d.C. O imperador tinha poderes de um ditador e era conhecido tanto por rei (I Pedro 2:17) quanto por Augusto (Lucas 2:1) no Novo Testamento. Roma foi fundada no ano de 753 a.C. No quinto século antes de Cristo já possuía estabilidade política. Por meio de muitas guerras e alianças, Roma já era a princesa da Península Itálica no ano de 256 a.C. Os povos conquistados comprometiam-se, por meio de acordos, a manter a paz e foram incorporados gradativamente ao domínio romano. Conquista de Cartago em 146 A.C: incorporação da Espanha e do norte da África e da Acaia. A província da Ásia foi doada aos romanos pelo testamento de seu rei. Ano de 63 a.C.: anexação da Judéia e da Síria. 68-57BC: Conquista da Gália.
  • 3. Em quinhentos anos, Roma passou de uma cidade obscura e desconhecida ao império dominante do mundo. No começo, desde 510 A.C, Roma era uma república: o povo era considerado a verdadeira fonte de poder. No século anterior ao nascimento de Cristo, houve uma sucessão de guerras civis, que culminaram quando Octávio, ou Augusto, tomou o poder em 30 a.C. O império então se estabeleceu. O imperador acabou se tornando a fonte verdadeira de poder DESCRIÇÃO DOS IMPERADORES E EVENTOS RELACIONADOS DO CRISTIANISMO Os imperadores do primeiro século após Cristo foram os seguintes: Augusto (27 a.C. a 14 d.C.) O poder imperial foi consolidado. Foi um governante bom e sábio. Politicamente havia um equilíbrio de forças entre as instituições democráticas, incluindo o senado, e o imperador. Ao passar do tempo, no entanto, o poder do imperador gradativamente aumentou, levando o império a uma autocracia de fato. Augusto tentou levantar a moral do povo. Instituiu a religião do estado e construiu muitos templos. O culto imperial foi introduzido nas províncias. Em muitos lugares o imperador era adorado como Deus. Levou Roma do caos à ordem. Nascimento de Jesus durante seu reinado (Lucas 2:1). Tibério (14 a 37 d.C.) Imperador impopular, por causa de razões pessoais. Jesus realizou seu ministério e foi executado durante seu reinado (Lucas 3:1) Calígula (37 a 41 d.C.) Popular no início do seu mandato, logo começou a demonstrar indícios de fraqueza mental. Conflito constante com os judeus, uma vez que exigia ser cultuado como Deus. Cláudio (41 a 54 d.C.) Roma precisava de um governo mais eficiente para governar seu território cada vez maior. Durante seu reinado, o império se tornou uma burocracia, governado por secretariados e comitês.
  • 4. A cidadania foi estendida às províncias. Os judeus foram expulsos de Roma durante o seu reinado (Atos 18:2). Nero (54 a 68 d.C.) Governo instável e ineficiente. Nero se preocupava mais com a arte e suas extravagâncias do que com a administração de Roma Em 64 d.C., um incêndio consumiu uma boa parte da cidade e Nero era o principal suspeito. Para desviar a culpa de si, culpou os cristãos. O argumento fazia sentido, uma vez que os cristãos eram considerados desligados desse mundo e ensinavam que o mundo inteiro seria destruído por meio do fogo um dia. A carta de I Pedro foi escrita durante o seu reinado e aborda questões relacionadas com a perseguição de Nero (I Pedro 4:12-19). Ilustração 2 - Busto de Nero Galba (68 d.C.) Otho (69 d.C.) Vitélio (69 d.C.) Vespasiano (69 a 79 d.C.) Iniciou a conquista de Jerusalém em 67 d.C. Tito (79 a 81 d.C.) Terminou a conquista de Jerusalém, em 70 d.C. e dos postos de defesa judeus em 73 d.C. Domiciano (81 a 96 d.C.) Religiões estrangeiras foram proibidas, especialmente as que procuravam fazer novos convertidos. Uma grande perseguição aos cristãos iniciou- se durante seu reinado A carta de Apocalipse provavelmente foi escrita durante o seu reinado Nerva (96 a 98 d.C.) Trajano (98 a 117 d.C.)
  • 5. O Novo Testamento faz poucas alusões aos eventos do império romano porque seu enfoque centrava-se no judaísmo. Além disso, é um livro direcionado ao interior das pessoas e não a eventos exteriores. Em vários lugares, no entanto, os livros do NT mencionam governantes e eventos ocorridos no império (Mateus 2:22, Lucas 1:5, 2:1, 3:1-2, 9:7, Atos 18:2, 12, 23:24-26, 25:1-12, 23, etc.). O ESTILO DE GOVERNO PROVINCIAL O império romano era formado por um conjunto de cidades, territórios e estados altamente heterogêneos, todos sujeitos ao poder central de Roma. A forma de governar sobre esses territórios chamava-se de governo provinciano. Uma província era uma extensão de terra conquistada ou anexada a Roma. Havia dois tipos de província: as que estavam em paz e as que viviam em turbulência. As primeiras eram governadas por procônsules (Atos 13:7, 18:2), que se reportavam ao Senado. As províncias mais turbulentas estavam sob a autoridade direta do imperador. A Palestina encaixava-se nesse último tipo. Pôncio Pilatos era o prefeito apontado pelo imperador (Mateus 27:11, traduzido como governador). Havia muita liberdade por meio do governo provincial. As províncias mantinham sua soberania local e podiam até cunhar suas próprias moedas. Os cultos religiosos locais eram mantidos. Como medida para unir as províncias mais fortemente a Roma, pequenas colônias de romanos foram estabelecidas nas províncias, de modo que a cultura romana se espalhou por todo o império. O culto imperial era muito forte nas províncias, especialmente na Ásia. OS REINOS HELENÍSTICOS (GREGOS) A atmosfera cultural do império devia-se em grande parte à cultura grega que foi incorporada ao Império com as conquistas de territórios. Escravos gregos, muitos dos quais tinham mais escolaridade do que seus senhores, trabalhavam em suas casas, ensinando e exercendo outras atividades liberais, ajudando, dessa forma, a disseminar a cultura grega. Embora Roma tivesse conquistado o mundo com armas, a Grécia havia conquistado o mundo com a sua cultura, a ponto de até a língua de Roma ter virado o grego.
  • 6. A helenização deve-se, em grande parte, às conquistas de Alexandre o Grande, com sua grande campanha pelo Oriente. Sua política era de incentivar que os gregos casassem-se com os povos conquistados e de educá-los à maneira grega. Com o assassinato de Alexandre, o seu império dividiu-se em quatro que, após um tempo, viraram dois: os ptolomeus do Egito e os selêucidas da Síria. Esses dois reinos guerrearam por muito tempo. A Palestina encontrava bem no meio desses dois territórios, e oscilava ora sob o domínio de um, ora sob o domínio de outro. Ilustração 3 - Posição da Palestina entre a Síria e o Egito O reino selêucida Nos anos 201-200 a.C. os selêucidas derrotaram o exército egípcio em uma batalha e ganharam o domínio da Palestina. A sua tentativa de helenizar os judeus resultou na revolta dos Macabeus, que ocasionou um reavivamento da comunidade judaica. A influência dos selêucidas foi enorme. Antioquia, a capital da Síria, se tornou a terceira maior cidade do império e uma das maiores igrejas primitivas (foi de lá que saiu a primeira missão, composta por Paulo e outros irmãos – Atos 13:1).
  • 7. Muitas das cidades da Palestina eram bilíngües (falavam grego e aramaico). Uma pequena parte do cânon do Velho Testamento foi escrita em aramaico. Os ptolomeus do Egito Alexandria, a capital do Egito, era um grande centro de educação. Foi lá onde o Velho Testamento foi traduzido para o grego e tornou-se a Septuaginta, a versão do VT mais usada pelos judeus da diáspora. Foi nesse contexto de uma língua homogênea por todo o império e uma versão em grego das Escrituras, que o Cristianismo se espalhou na antiguidade por todos os cantos. O ESTADO JUDEU O começo do povo hebraico e a ida ao Egito (Gênesis) A escravidão e o êxodo (Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio) A conquista de Canaã (Josué) A época dos juízes (Juízes, Rute) A época dos reis (I e II Samuel, I e II Reis, I e II Crônicas, diversos livros de profetas) Divisão de Israel em dois reinos: Israel (norte) e Judá (sul) (I Reis 12). Ilustração 4 - Reinos de Israel e Judá
  • 8. O Exílio (597 a 322 a.C., diversos livros de profetas, incluindo Lamentações) Captura do reino de Israel em 722 a.C. e do reino de Judá em 597 a.C. O fim do estado político dos judeus – nunca mais foram uma nação independente. O começo da diáspora – o estudo da lei e o louvor a Deus. Começo das sinagogas – reunião que exigia no mínimo 10 pessoas, onde a lei era estudada e reverenciada. O sacrifício do templo, não mais possível, foi substituído pelo estudo minucioso da lei. O começo da posição de mestre da lei (escribas). Alguém se levantava, lia um trecho das escrituras e comentava o trecho. Deu origem ao formato do culto cristão como o conhecemos. A volta do exílio (Neemias, Esdras, Ester, Ageu, Zacarias e Malaquias) A Babilônia foi conquistada pelos medos-persas em 539 d.C. Ciro, o rei da Pérsia, logo permitiu que os judeus retornassem à sua terra para reconstruir o templo (Esdras 6:1-5). Apenas 42 mil judeus decidiram retornar, sob a liderança de Sesbazar (Esdras 1:11). Duas outras migrações ocorreram, anos depois: uma sob a liderança de Esdras (Esdras 7:1-10) e a outra sob a liderança de Neemias (Neemias 1-2). Neemias e Esdras realizaram profundas reformas em Israel e reconstruíram o templo, as muralhas de Jerusalém. O conhecimento da Lei foi renovado debaixo da liderança do escriba Esdras. As suas reformas deixaram um efeito permanente. Dali em diante, mesmo debaixo de influências estrangeiras, sempre existiu um grupo de pessoas altamente fiéis à Lei e aos seus princípios. Várias transformações ocorreram até o segundo século antes de Cristo: O aramaico substituiu o hebraico como língua da palestina (e juntou-se ao grego, posteriormente). Os judeus e samaritanos tornaram-se etnicamente separados. O Helenismo começava a ameaçar o judaísmo. O sacerdócio constituía-se na fonte central de poder político.
  • 9. Dois aspectos da vida judaica desapareceram: a monarquia e o posto de profeta. O estudo intensivo da lei durante o exílio deu margem ao surgimento de uma nova posição religiosa, a dos escribas, que eram considerados no mesmo nível de igualdade que os sacerdotes. Debaixo dos ptolomeus (322 a 198 a.C.) Os judeus possuíam muitos privilégios de uma comunidade em liberdade e eram bem tratados, em geral, pelos ptolomeus. O estudo e a interpretação da lei foram amplamente desenvolvidos. Criação da Septuaginta Debaixo dos selêucidas (198 a 168 a.C.) Divisão interna entre os judeus, que em parte preferiam o domínio Ptolomeu e em parte o domínio selêucida. Revolta dos macabeus (168 a 142 a.C.) Sírios entraram em conflito com os egípcios e foram forçados a se retirarem em batalha. Voltaram à Palestina enfurecidos, destruíram as muralhas de Jerusalém, pilharam o Templo, colocaram uma imagem do deus Zeus no Templo, proibiram o estudo do livro da Lei, ergueram altares a deuses pagãos por todo o território e proibiram a prática do Judaísmo completamente. Um sacerdote idoso, chamado Matatias, se rebelou contra as ordens dos sírios e começou a revolta dos Macabeus. Conseguiram expulsar os sírios, limparam o Templo e ergueram um novo altar. Um culto de rededicação foi celebrado e uma nova festa, chamada de Festa das Luzes, ou Festa da Dedicação (João 10:22), foi estabelecida para comemorar a ocasião. Deu autonomia política aos judeus até o advento dos romanos. O domínio dos selêucidas confirmou a resistência do povo judeu à influência pagã e o tornou uma nação ainda mais zelosa por suas tradições e por sua vida nacional. Debaixo dos Hasmoneanos (142 a 37 a.C.) Vida religiosa judaica foi reavivada no início do período. Período marcado por conflitos internos e guerras entre a Síria e a Palestina. Debaixo dos herodianos (37 a.C. a 6 d.C.) Herodes fez alianças com o Império Romano e foi proclamado rei da Judéia. Realizou muitas construções e a situação geral da Palestina melhorou debaixo do seu reino. Não conseguiu a simpatia dos judeus.
  • 10. Um homem violento, assassino de muitas pessoas (Mateus 2:1-18). O imperador Augusto chegou a comentar que preferia ser um porco de Herodes a seu filho. Os sucessores de Herodes A Palestina foi dividida, após a morte de Herodes, entre Arquelau, Herodes Antipas e Filipe. Arquelau (4 a.C. a 6 d.C. – Mateus 2:22) Tão violento e repudiado quanto seu pai Herodes. Filipe (4 a.C. a 34 d.C. – Lucas 3:1) Pacífico. Herodes Antipas (4 a.C. a 39 d.C. – Lucas 3:1) O governante mais mencionado no Novo Testamento. Jesus se referiu a ele como “aquela raposa” (Lucas 13:32). Pessoa violenta e vingativa (Lucas 3:19). Assassino de João Batista (Mateus 14:1-12). Herodes Agripa (37 a 44 d.C.) Prendeu e executou Tiago, o filho de Zebedeu e prendeu Pedro. O último foi solto por intervenção divina e, quando Herodes ficou sabendo do fato, ordenou a execução dos guardas responsáveis (Atos 12:1-19). Herodes Agripa II (50 a 100 d.C.) Aconselhou Festo sobre o julgamento de Paulo (Atos 25:13-26:32). Apoiou os romanos na revolta de 66 d.C., que culminou com a destruição de Jerusalém em 70 d.C. Debaixo dos sacerdotes até a queda de Jerusalém (70 d.C.) Os ptolomeus, selêucidas, os herodianos e, posteriormente, os romanos, eram todos considerados forasteiros que precisavam ser tolerados. O povo nunca se rendeu a eles de coração. Durante a história do povo de Israel, vários tipos de governo civil existiram: na época de Moisés, o povo era liderado por chefes de tribos; na época dos juízes, não existia autoridade central, mas quando surgia a necessidade, líderes populares eram levantados; durante o tempo dos reinos divididos, o rei era o personagem central. Em todas essas épocas, no entanto, a palavra do sacerdote era considerada suprema, pois ele era o porta-voz de Deus.
  • 11. Durante o exílio, a função do sacerdote foi temporariamente suspensa, mas os sacerdotes não deixaram de existir, pois quando os cativos voltaram do exílio havia uma grande quantidade de sacerdotes e levitas entre eles (Esdras 2:36- 54). Após o templo ser reconstruído, eles reassumiram suas funções. Durante todo esse tempo o sacerdócio controlava o Judaísmo de forma central. O sumo sacerdote assumia a sua função até morrer e possuía controle supremo da nação, debaixo do poder estrangeiro que estivesse dominando o território. Provavelmente tinha independência contanto que não interferisse nas políticas estrangeiras e na cobrança de impostos. Associado ao sumo sacerdote existia um conselho de presbíteros composto pelos homens mais sábios e experimentados da nação. Alguns deles eram escribas, como Esdras, outros estudantes profissionais da lei e outros aristocratas. A nação estava realmente na mão desse grupo, do qual o Sinédrio era representativo. A pressão desse grupo e do sumo sacerdote sobre o governador romano era freqüente. Também exerciam controle sobre a população, como atesta João Marcos em Marcos 15:11. A influência do sumo sacerdote e da aristocracia religiosa sobre os judeus foi concomitante com os governos estrangeiros mencionados anteriormente e durou até a queda de Jerusalém em 70 d.C.