O documento discute a sustentabilidade e responsabilidade social das corporações, abordando os principais marcos históricos e conceitos. Aponta que embora as empresas promovam iniciativas sociais e ambientais, existem descompassos entre a retórica e a prática, com danos sociais e ambientais ainda ocorrendo.
2. CONTEXTO
• Fóruns e acordos internacionais acerca de temas
relacionados a cooperação internacional, direitos
humanos e questões ambientais;
• Efervescência dos movimentos sociais e ONGs;
• Globalização econômica e abertura de mercados
a partir dos anos 90;
• No Banco Mundial, surge o discurso do
Desenvolvimento, que deixa de ser função
exclusiva do Estado e passa a ser compartilhado
com empresas e OSC;
3. MARCOS - SUSTENTABILIDADE
• 1972 – Conferência ONU sobre Meio Ambiente
Humano, Estocolmo – Suécia / 113 países;
Introduziu o debate sobre meio ambiente na agenda
global
Criação do PNUMA.
“desenvolvimento econômico como grande vilão do meio
ambiente, e que para melhorar a qualidade ambiental seria
necessário diminuir o ritmo de crescimento econômico”
(OLIVEIRA, 2008, p. 22).
4. MARCOS - SUSTENTABILIDADE
• 1980 – I Estratégia Mundial para a Conservação:
plano de longo prazo para conservar recursos
biológicos (PNUMA e WWF);
• 1983 – Formada Comissão Mundial sobre Meio
Ambiente e o Desenvolvimento (CMMAD);
• 1987 – Publicação do ‘Relatório Brundtland’ ou
‘Nosso Futuro Comum’ da CMMAD:
Cunhou oficialmente o conceito de DS
5. MARCOS - SUSTENTABILIDADE
• Brundtland, 1987 - (OLIVEIRA, 2008, p. 23)
“crescimento econômico e proteção ambiental não
são incompatíveis e podem acontecer ao mesmo
tempo”;
“a pobreza e as questões sociais, e não só as
econômicas, devem ser incorporadas ao debate
ambiental”;
“levar em conta nas consequências das nossas ações
não só a geração atual, mas também as gerações
futuras”.
7. CONCEITOS - SUSTENTABILIDADE
Do ambiental ao Socioambiental
O Conceito de DS é amplamente utilizado, mas não há apenas uma definição!
8. CONCEITOS - SUSTENTABILIDADE
• Relatório Brundtland, (1987) – DS é aquele que
satisfaz as necessidades presentes, sem
comprometer a capacidade das gerações futuras de
suprir suas próprias necessidades;
• Instituto Ethos – Sustentabilidade empresarial
consiste em assegurar o sucesso do negócio em
longo prazo e, ao mesmo tempo, contribuir para o
desenvolvimento econômico e social da comunidade,
um meio ambiente saudável e uma sociedade
estável.
10. EMPRESAS E SUSTENTABILIDADE
Tripé da Sustentabilidade, Triple Bottom Line ou 3 eixos do conceito de
Sustentabilidade:
Modelo de desenvolvimento que “envolve um manejo
racional dos recursos naturais e também modificar a
organização produtiva e social que produz e reproduz a
desigualdade e a pobreza, assim como as práticas
produtivas predatórias e a criação de novas relações
sociais, cujo eixo já não será a ânsia de lucro, mas o bem-
estar humano” (DIAS, 2011, p. 38);
Sugere que as empresas gerenciem seus negócios
equilibrando objetivos econômicos, sociais e
ambientais.
Pessoas equidade social
Planeta preservação ambiental
Lucro crescimento econômico
11. EMPRESAS E SUSTENTABILIDADE
Empresa sustentável pressupõe
equilíbrio
entre dimensões econômica, social e
ambiental.
Visa a sobrevivência e lucratividade do
negócio
no curto e no longo prazo.
13. RSC – ABORDAGENS TEÓRICAS
• VISÃO LIBERAL: Responsabilidade Social das
empresas é gerar empregos, lucros e impostos. O
social não é de sua competência específica, deve ser
objeto de atuação do Estado e da Sociedade Civil.
• VISÃO CRÍTICA: As empresas são vilãs, responsáveis
pela maior parte dos problemas sociais e
ambientais. Apenas amenizam, “tapam o sol com
uma peneira".
14. RSC – ABORDAGENS TEÓRICAS
• VISÃO POLÍTICA: Aqueles que defendem e
participam do movimento da responsabilidade
social das empresas afirmam que, pelo poder que
as empresas concentram, elas não podem estar à
margem do debate político, ambiental e social.
15. RSC - CONCEITO
• Responsabilidade Social Empresarial ou
Corporativa:
"forma de gestão que se define pela relação ética e
transparente da empresa com todos os públicos com
os quais ela se relaciona e pelo estabelecimento de
metas empresariais que impulsionem o
desenvolvimento sustentável da sociedade,
preservando recursos ambientais e culturais para as
gerações futuras, respeitando a diversidade e
promovendo a redução das desigualdades sociais”.
(INSTITUTO ETHOS)
16. RSC - CONCEITO
• Responsabilidade Social (ISO 26000)
“responsabilidade de uma organização pelos impactos de
suas decisões e atividades na sociedade e no meio-
ambiente, por meio de um comportamento ético e
transparente que:
- Contribua para o DS, inclusive saúde e bem-estar da
sociedade;
- Leve em consideração as expectativas das partes
interessadas;
- Esteja em conformidade com a legislação aplicável e seja
consistente com as normas internacionais de
comportamento;
- Esteja integrada em toda a organização e seja praticada
em suas relações”.
17. INVESTIMENTO SOCIAL PRIVADO
Características do ISP:
Profissionalismo na gestão;
Causas e áreas definidas;
Menos assistencialista;
Planejamento de prazos, metas,
objetivos e avaliação;
Priorizam ações sustentáveis
para além do período de apoio
da empresa;
Comunidade como stakeholder.
23. RETÓRICA X PRÁTICA
VALE - Mineração
Missão: Transformar recursos naturais em prosperidade e
desenvolvimento sustentável.
Em vários estados brasileiros patrocina mais de 70 projetos
que vão desde música, patrimônios e festividades
tradicionais a pesquisas científicas e preservação do meio
ambiente.
Destaques 2015
US$ 800,1 milhões em dispêndios socioambientais
• 71% em ações ambientais
• 29% em ações sociais
32. REFERÊNCIAS
ABNT NBR ISO 26000:2010
DIAS, R. Gestao Ambiental: responsabilidade social e sustentabilidade. São
Paulo: Atlas, 2006.
KREITLON, Maria Priscilla. A Ética nas Relações entre Empresas e
Sociedade: Fundamentos Teóricos da Responsabilidade Social
Empresarial ENANPAD. 2004. Curitiba.
OLIVEIRA, J.A.P. Empresas na Sociedade: sustentabilidade e responsabilidade
social. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008 (p. 16-30).
SCHOMMER, Paula Chies. Responsabilidade Socioambiental. MBA em
Gestão e Negócios do Desenvolvimento Regional Sustentável. Salvador:
Consórcio MBA-DRS UFBA/UFMT/UnB/ UFLA/INEPAD. Jan. 2008.
SCHOMMER, Paula C. e ROCHA, Fabio C. C. As Três Ondas da Gestão
Socialmente Responsável no Brasil: Dilemas, Oportunidades e Limites. Anais
do 31º ENANPAD. Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação e
Pesquisa em Administração. Rio de Janeiro, 2007.