O documento descreve o caso de um paciente de 47 anos com poliartrite há 2 meses. Apresenta inchaço e dor no 2o dedo do pé. Descreve conceitos sobre espondiloartrites como artrite psoriática, artrite reativa e enteroartropatias, incluindo sinais, sintomas, classificações e tratamentos.
2. S.A.C, 47ª,encaminhado para a reumatologia com quadro de poliartrite em
IFPs, IFDs,MCfs,punhos, joelhos e tornozelos há cerca de 2 meses.Refere
também inchaço em dor no 2º dedo do pé
Apresentação de caso clínico
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6. A artrite psoriásica (AP) é uma artrite inflamatória
associada à presença de psoríase, geralmente
soronegativo para o fator reumatoide
Conceito
7. Artrite psoriática (AP) pode ser bastante agressiva em metade
dos pacientes, gerando alto grau de incapacidade funcional e
afetando sua qualidade de vida
Incidência= 6 em 100.000 pessoas/ ano • Homens e mulheres
(caucasianos) igualmente acometidos • Idade: 30 a 50 anos • Pode
ocorrer em crianças que têm familiares com psoríase
PREVALÊNCIA:
Psoríase (população geral)-Psoríase (população geral)- Prevalência 2%Prevalência 2%
Artrite psoriásica (na população geral)Artrite psoriásica (na população geral) Prevalência 0,1 a 1,4%Prevalência 0,1 a 1,4%
Artrite psoriásica (em pacientes com psoríaseArtrite psoriásica (em pacientes com psoríasePrevalência 4 a 31%Prevalência 4 a 31%
Introdução
8. Em 70% dos pacientes a psoríase precede a artrite; em
15% ocorre ao mesmo tempo e nos outros 15% a artrite
precede a doença de pele.
O comprometimento articular, geralmente, é
oligoarticular, embora possa evoluir para doença
poliarticular, imitando artrite reumatóide.
INTRODUÇÃO
9. Manifestações cutâneas e musculoesqueléticas são variadas,
apresentando seis domínios principais: artrite periférica,doença axial,
entesite, dactilite, pele e unha.
HLA B27 positivo não é relevante,sendo positivo em apenas 30% dos
pacientes
Associada a manifestações extra-articulares e comorbidades,como
diabetes,dislipidemia e hipertensaõ,que aumentamo risco de doença
cardiovascular e mortalidade
A AP é uma doença crônica, heterogênea, cuja patogênese é
desconhecida, apesar de se saber do papel dos fatores genéticos,
ambientais e imunológicos.
INTRODUÇÃO
10. Diagnóstico e tratamento precoces previnem
deformidades, incapacidade funcional e
morbi/mortalidade.
EVOLUÇÃO
13. Classificação Clínica segundo Moll
e Wright (1973)
Formas de apresentaçãoFormas de apresentação:
a) Artrite Clássica Distal
b) Poliartrite semelhante à artrite reumatóide
c) Oligoartrite assimétrica
d) Axial
e) Artrite mutilante
27. Notar o encurtamento dos polegares e indicador esquerdo. ONotar o encurtamento dos polegares e indicador esquerdo. O
5°dedo a direita foi amputado5°dedo a direita foi amputado
48. A infecção desencadeante pode ser assintomática
Shigella flexneri, Shigella sonnei,Salmonella
typhimurium, Salmonella enteritidis, Yersínia
enterocolitica,Yersínia pseudotuberculosis ou
Campylobacter jejuni, são os agentes mais comuns
das infecções entéricas.
Estima-se que 6 a 30% dos indivíduos com infecção
intestinal desenvolvam a doença cerca de 2 a 4 semanas
após a infecção inicial.
49. Chlamydia trachomatis é o agente mais comum da uretrite não
gonocócica. Ureaplasma urealyticum e Mycoplasma hominis como
participantes na gênese dessas artrites ainda não estão confirmados.
1 a 3 % dos pacientes com uretrite não gonocócica manifestarão
artrites após 2 a 4 semanas da infecção inicial.
Antígenos microbianos persistem na membrana e no líquido sinovial
desses pacientes, porém os microrganismos jamais foram cultivados a
partir da articulação afetada.
ARTRITE REATIVA
50. Além do DNA da Chlamydia encontra-se no material de biópsia
sinovial o RNA mensageiro.Tal fato sugere que a Chlamydia
trachomatis possa encontrar-se viva no interior da articulação.
Diante das dificuldades da detecção ,por PCR, das enterobactérias
sugere-se que as mesmas não se encontrariam vivas nas
articulações.
A Artrite reativa acomete ambos os sexos com a mesma
frequência quando a infecção incitante é de natureza
gastrointestinal.
A Artrite reativa predomina no sexo masculino quando a
transmissão da infecção é de natureza sexual.
Artrite reativa
51. A Artrite reativa tem um pico de incidência dosA Artrite reativa tem um pico de incidência dos
20 aos 40 anos e , é incomum em crianças20 aos 40 anos e , é incomum em crianças
abaixo dos 15 anos e nos idosos.abaixo dos 15 anos e nos idosos.
Síndrome de ReiterSíndrome de Reiter é uma conotação mais restrita
que consiste de uretrite,conjuntivite e artrite.
ARTRITE REATIVA
52. Em pacientes brancos,americanos e europeus com
artrite reativa a prevalência do HLAB27 é de 70 a
95%.
A herança do gene B27 aumenta o risco em 50
vezes.
Concluindo:A doença é mais comumente vista em
adultos jovens sexualmente ativos, principalmente
no sexo masculino quando é desencadeada por
Chlamydia Trachomatis.
53. Achados Clínicos
1. Tríade clássicaTríade clássica: artrite,conjuntivite e uretrite (pode
não ser a manifestação inicial).
2. Manifestações articularesManifestações articulares:Artralgias, artrites
leves ou debilitantes, recurrentes,podendo desenvolver
forma crônica caracterizada por artrites recurrentes e
clínica de sacroileíte e espondilite.Os membros inferiores
são os preferenciais. Entesites, edema em salsicha e
fasceíte plantar.
3. IriteIrite aguda.
4. Manifestações mucocutaneasManifestações mucocutaneas:Ceratoderma
blenorrágico, Balanite circinada, Onicólise, eritema nodoso.
5.Lesões neurológicasLesões neurológicas ou cardíacas
61. Achados radiológicos
Edema de partes moles e osteoporose
Erosões ósseas , diminuição dos espaços
Esporões mal-definidos
A coluna em bambu não é usualmente um achado
62. Diagnóstico
Anamnese + Exame Físico
VHS (acima de 60 mm) e PCR aumentados
Leucocitose leve e anemia moderada
Liquido Sinovial do tipo inflamatório
Afastar artrite gonocócica
Pode ser feito o teste da fluorescencia direta de
um esfregaço de swab de algodão da uretra ou
do canal endocervical
63. 1-COPROCULTURA NA FASE AGUDA
2-EXAMES SOROLÓGICOS PARA AS ENTEROINFECÇÕES:BAIXA
SENSIBILIDADE
3-CULTURA DO RASPADO ENDOURETRAL OU ENDOCERVICAL
PARA PESQUISA DA Chlamydia trachomatis.
4-PESQUISA DA Chlamydia trachomatis POR Imunofluorescencia
direta.(swab de células epiteliais da uretra ou do colo uterino.
5-PCR de DNA da Chlamydia trachomatis (padrão ouro)
64.
65. Não existem critérios diagnósticos validados para o
diagnóstico de Artrite Reativa.Um dos mais
utilizados são os do IIIWorkshop Internacional de
Artrite Reativa de 1996.
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS
69. As doenças inflamatórias intestinais podem acometer de
2 a 20 indivíduos em cada 200.000 pessoas; já o
acometimento articular pode afetar 2% a 26% dos
pacientes com a doença.
Classicamente, podemos observar manifestações
articulares associadas à retocolite ulcerativa e à doença
de Crohn, e, em menor proporção, à doença deWhipple,
doença celíaca e cirurgia de bypass intestinal.
INTRODUÇÃO
70. Introdução
Os acometimentos articulares podem ser subdivididos em
oligoartrite periférica (periférica TIPO I), poliartrite
periférica (periférica II) e espondilite enteropática.
O HLB-27 está presente em 50% dos brancos com espondilite
enteropática.
71. A oligoartrite periférica acomete preferencialmente
grandes articulações de membros inferiores, associada a
entesopatias periféricas (notadamente em inserção de
tendão aquileano e fáscia plantar); não tem predomínio de
sexo ou antígeno de histocompatibilidade específico, e sua
evolução está invariavelmente associada à atividade da
doença intestinal; lesões cutâneas, tipo eritema nodoso,
podem ocorrer em 10% a 25% destes pacientes
Oligoartrite periférica
72. Uma poliartrite periférica, geralmente não deformante,
pode ocorrer na doença deWhipple e após cirurgia de
bypass intestinal; quadro semelhante, porém
potencialmente mais agressivo e deformante, pode
ocorrer em pacientes com doença de Crohn; também não
apresentam associação com HLA específico, e sua
evolução costuma ser independente do acometimento
intestinal.
Poliartrite periférica
73. A espondilite enteropática pode acometer 2% a 12% dos
pacientes com retocolite ulcerativa e doença de Crohn;
predomina no sexo masculino, sendo que 50% a 75%
destes pacientes apresentam HLA-B27 positivo; o quadro
clínico e radiológico da espondilite enteropática é
semelhante ao observado na espondilite anquilosante, e
sua evolução costuma ser independente do quadro
intestinal
Espondilite
74. Artrite periféricaTipo I:Artrite periféricaTipo I: Artrite periféricaTipo IIArtrite periféricaTipo II
>5 articulações
Grandes e pequenas
articulações
Pode ser erosiva e
persistente
Independe da atividade de
DII
Associado a uveíte
<5 articulações
Assimétrico
MMII
Duração <10 semanas
Reativação DII
Artrite Enteropática-sub-tipos periféricosArtrite Enteropática-sub-tipos periféricos
Resumindo:Resumindo:
75. Espondilite: + comum na DC
Evolução independente do DII
HLA-B27+
Artrite Enteropática-sub-tipo axialArtrite Enteropática-sub-tipo axial