Palestra proferida como parte do evento em comemoração à Semana Internacional do Acesso Aberto "Perspectivas interdisciplinares de Ciência Aberta e de Acesso aberto na pesquisa em Gestão da Informação e do Conhecimento"
3. “A Ciência Aberta é a atividade
científica praticada de modo
aberto, colaborativo e
transparente, em todos os
domínios do conhecimento,
desde as ciências fundamentais
até às ciências sociais e
humanidades” (FIOCRUZ, 2019).
4. Ciência Aberta
É um movimento internacional que defende a abertura
de publicações, dados de pesquisa, metodologias,
códigos de softwares, ente outros (SHINTAKU; SALES,
2019).
5. Visa à abertura de todo o processo
científico e o transferência
de conhecimento ampliando os
impactos sociais e econômicos da
ciência e reforçando o conceito de
responsabilidade social científica
(SANTOS; ALMEIDA; HENNING,
2017).
6. “Propõe, ainda, a colaboração de
não cientistas na pesquisa,
ampliando a participação social
por meio de um conjunto de
elementos que dispõem de novos
recursos para a formalização da
comunicação científica" (SILVA;
SILVEIRA, 2019, p. 2).
8. Conjunto de seis processos distintos, mas inter-relacionados: identificação
de necessidades informacionais; aquisição de informação; organização e
armazenamento da informação; desenvolvimento de produtos e serviços
informacionais; distribuição; e uso da informação (CHOO, 2002).
Gestão da
Informação
FIGURA 1 – CICLO DE GESTÃO DA INFORMAÇÃO
FONTE: Choo (2002, p. 24, tradução nossa)
9. [...] o conjunto de políticas e processos que sistematizam a identificação
de necessidades, coleta/aquisição, organização, armazenamento e
preservação, recuperação, disseminação e uso da informação científica
no contexto das instituições que a produzem (LEITE; COSTA, 2016, p. 47).
.
Gestão da Informação
Científica
10. Gestão da informação
científica
FIGURA 2 - Relacionamento entre os tópicos gestão da informação científica e comunicação
científica e acesso aberto
FONTE: (LEITE; COSTA, 2016, p. 50).
- Necessidade de um novo modelo de
comunicação científica;
- Comunicação científica
promove/gera o fluxo de informação;
- GI sistematiza o fluxo de informação;
- Nova perspectiva informacional e
comunicacional do sistema científico.
11. FIGURA 3 - Procedimentos para a coleta de dados para a proposição do modelo de GIC
FONTE: (LEITE; COSTA, 2016, p. 50).
13. “Um domínio do conhecimento é para ser entendido
como uma demarcação de dado conhecimento, seja
ancorado em um contexto profissional ou não
profissional”, (THELLEFSEN; THELLEFSEN, 2004, p. 179,
tradução nossa).
“Um domínio é um corpo de conhecimento, definido
socialmente e teoricamente como o conhecimento de
um grupo de pessoas que compartilha
comprometimentos ontológicos e epistemológicos”
(Hjørland, 2017, p. 441, tradução nossa).
Domínio
14. INTERDOMÍNIO
[..] um espaço de intersecção ou conjunção apropriado por
domínios distintos de uma ou mais áreas, de modo a constituir um
lócus para o estabelecimento de relações interdisciplinares e
colaborativas entre estes domínios (BUFREM; FREITAS, 2015, p. 1).
[...] o interdomínio não é algo estabelecido e institucionalizado, mas
um processo relacional representado em um espaço comum entre
dois ou mais domínios ou áreas do conhecimento (BUFREM;
FREITAS, 2015, p. 1)..
.
19. - Compreensão da importância da transparência da processo científico;
- Planejamento do processo de gestão de dados (Plano de Gestão de Dados);
- Uso e resuso de dados científicos;
- Compartilhamento dos dados científicos obtidos nas pesquisas (Repositório
de Dados);
22. Karolayne Costa Rodrigues de Lima
Orientador: Prof. Dr. Ricardo Mendes Junior
Exemplo de
pesquisa
Objetivo: Identificar os fatores de impacto percebido
pelos pesquisadores sobre o reuso de dados
científicos nos repositórios brasileiros registrados no
Re3data.
29. Exemplo de
Pesquisa
Edilaine Azevedo
Orientadora: Prof. Dr.ª Taiane Ritta Coelho
Objetivo: Analisar as causas de devolução de recursos
obtidos por meio de convênios firmados com a
Fundação Araucária pelas universidades do Paraná.
32. REFERÊNCIAS
BUFREM, Leilah Santiago; FREITAS, Juliana Lazzarotto. Interdomínios na literatura periódica científica
da Ciência da Informação. DataGramaZero: Revista de Informação, v. 16, n. 3, p. 1–10, ago. 2015.
Disponível em: https://brapci.inf.br/index.php/res/download/45956. Acesso em: 8 abr. 2018.
CHOO, Chun Wei. Information management for the intelligent organization: the art of scanning the
environment. 3.ed. [s.l.]: ASIST, 2002.
FIOCRUZ. O que é ciência aberta?, 2019. Disponível em:
https://cursos.campusvirtual.fiocruz.br/course/view.php?id=93. Acesso em: 03 abr. 2020.
HJØRLAND, B. Domain analysis. Knowledge Organization, v. 44, n. 6, p. 436–464, nov. 2017. (Reviews of
Concepts in Knowledge Organization).
PONTIKA, Nancy; KNOTH, Petr; CANCELLIERI, Matteo; PEARCE, Samuel. Fostering Open Science to
Research using a Taxonomy and an eLearning Portal. In: INTERNATIONAL CONFERENCE ON
KNOWLEDGE TECHNOLOGIES AND DATA DRIVEN BUSINESS, 15., 2015. iKnow: 15th International
Conference on Knowledge Technologies and Data Driven Business.
New York, NY: Association for Computing Machinery, 21-22 Oct 2015.
DOI: https://doi.org/10.1145/2809563.2809571
33. REFERÊNCIAS
SANTOS, Paula Xavier; ALMEIDA, Bethânia de Araújo; HENNING, Patricia (Coord.). Livro verde ciência
aberta e dados abertos: mapeamento e análise de políticas, infraestruturas e estratégias em
perspectiva nacional e internacional. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2017. 141 p.
SHINTAKU, M.; SALES, L. (EDS.). Ciência aberta para editores científicos. São Paulo: ABEC, 2019.
SILVA, Fabiano Couto Corrêa da; SILVEIRA, Lúcia da. O ecossistema da ciência aberta. Transinformação,
Campinas, v. 31, 2019. DOI: 10.1590/2318-0889201931e19001.
THELLEFSEN, T.L.; THELLEFSEN, M.M. Pragmatic semiotics and knowledge organization. Knowledge
Organization, v. 31, n. 3, p.177-187, 2004.
Hinweis der Redaktion
Por outro lado, tendo em vista a ideia da inseparabilidade da comunicação científica das atividades a que serve, ressaltado por Goffman e Warren (1980) e Meadows (1999), a comunicação científica pode ser definida como um complexo sistema que viabiliza os fluxos da informação científica entre pesquisadores, de modo que estes possam, em uma dinâmica cíclica, acessar, usar, gerar e disseminar informação durante a realização de suas atividades como pesquisadores. A partir de dessa definição, considera-se que a comunicação científica e a gestão da informação científica estão inexorável e funcionalmente unidas. A primeira promove/gera os fluxos de informação enquanto que a segunda os sistematiza (LEITE; COSTA, 2016, p. 48).
Institutos de pesquisa vistos como sistemas abertos.
Considera-se como fundamento deste trabalho a necessidade de intensificar o estudo de alternativas para a realização de pesquisas interdisciplinares, a fim de que os campos científicos possam abarcar seus problemas e objetos de uma perspectiva metodológica capaz de captar o material de análise em suas diversas formas e manifestações, revelar o seu desenvolvimento e as relações internas entre esses aspectos (BUFREM; FREITAS, 2015, p. 1)