1. PREFEITURA
DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
SUBSECRETARIA DE ENSINO
COORDENADORIA DE EDUCAÇÃO
LÍNGUA PORTUGUESA
PROVA 2º BIMESTRE
7º ANO
2. Texto I
Pã, uma divindade rural
De acordo com a mitologia greco-romana, Pã ou Pan é o deus dos
bosques e dos campos, dos rebanhos e dos pastores. Morava em grutas, vagava
pelas montanhas e pelos vales e divertia-se caçando ou dirigindo as danças das
ninfas (divindades dos rios, dos bosques, das florestas e dos campos). Amante
da música, inventou a avena, uma flauta, que tocava exemplarmente.
Pã era temido por todos aqueles que tinham que atravessar as matas
durante a noite, pois as trevas e a solidão desses lugares predispunham as
pessoas a medos e superstições.
Por isso, os pavores desprovidos de causas aparentes eram atribuídos a Pã e
chamados de pânico.
Fonte: Thomas Bulfinch. O livro de ouro da mitologia.Rio de Janeiro: Ouro, 1967
QUESTÃO 1
Em “(...) e a solidão desses lugares (...)”, a expressão em destaque” refere-se
(A) às montanhas.
(B) aos vales.
(C) aos bosques.
(D) às matas.
3. Texto II
Todo acontecimento da cidade, da casa do vizinho, meu avô escrevia nas
paredes. Quem casou, morreu, fugiu, caiu, matou, traiu, comprou, juntou, chegou,
partiu. Coisas simples como a agulha perdida no buraco do assoalho, ele escrevia. A
história do açúcar sumido durante a guerra estava anotada. Eu não sabia por que os
soldados tinham tanta coisa a adoçar.[...]. E a casa de corredor comprido, ia ficando
bordada, estampada de cima a baixo. As paredes eram o caderno do meu avô.
Cada quarto, cada sala, cada cômodo, uma página (...). Conversa mais indecente
ele escrevia bem no alto. Era preciso ser grande para ler, ou aproveitar quando não
tinha ninguém em casa.(...).
Enquanto ele escrevia, eu inventava histórias sobre cada pedaço da parede.
A casa do meu avô foi o meu primeiro livro. (...) Apreciava meu avô e sua maneira
de não deixar as palavras se perderem.
Trecho extraído de Bartolomeu Campos Queirós. Por parte de pai. Belo Horizonte: RHJ, 1995.
QUESTÃO 2
O trecho em que o autor deixa clara a admiração que tinha pelo avô é
(A) “Todo acontecimento da cidade, da casa do vizinho, meu avô escrevia nas
paredes”.
(B) “A história do açúcar sumido durante a guerra estava anotada.”
(C) “A casa do meu avô foi meu primeiro livro”.
(D) “Apreciava meu avô e sua maneira de não deixar as palavras se perderem”.
QUESTÃO 3
O uso da palavra “Enquanto”, no 2° parágrafo, estabelece a seguinte relação com o
1° parágrafo:
(A) Simultaneidade entre as ações do avô e os pensamentos do menino.
(B) Comparação entre os pensamentos do avô e os do menino.
(C) Atemporalidade nas ações e pensamentos dos personagens.
(D) Contradição nos aspectos específicos entre avô e neto.
4. Texto III
LIBERDADE
É não depender de droga nenhuma pra viver.
Você sabia que os remédios sem indicação médica, a cola de sapateiro, o
álcool e o cigarro são as drogas mais consumidas no Brasil? São as mais comuns e,
por isso mesmo, muito traiçoeiras. Porque o pior de toda droga nem é o risco de
morte, é a certeza de uma vida de dependência. Quem ainda acredita que as drogas
libertam, é candidato a escravo. Porque a outra palavra para liberdade é
independência.
Campanha publicitária do Ministério da Saúde – Brasil: Governo Federal
A GENTE AJUDA VOCÊ A SAIR DESSA. LIGUE: TELESUS – DDG (061) 800.0778
QUESTÃO 4
A finalidade do texto é
(A) alertar as pessoas para o uso indevido de remédios.
(B) chamar a atenção para os malefícios da dependência química.
(C) informar sobre todos os tipos de drogas existentes.
(D) buscar soluções para os usuários das drogas mais consumidas.
5. Texto IV
Neologismo
Beijo pouco, falo menos ainda.
Mas invento palavras
que traduzem a ternura mais funda
E mais cotidiana.
Inventei, por exemplo, o verbo teadorar.
Intransitivo
Teadoro, Teodora.
http://www.casadobruxo.com.br/poesia/m/neo.htm
QUESTÃO 5
O sentido da palavra do título - Neologismo - está ratificado no seguinte verso:
(A) “Beijo pouco, falo menos ainda”.
(B) “Mas invento palavras”.
(C) “É mais cotidiana”.
(D) “Intransitivo”.
6. Texto V
Sai o primeiro condomínio com energia eólica
O primeiro empreendimento imobiliário com produção de energia eólica no
Brasil é residencial e será lançado este mês, em Florianópolis. O projeto, batizado
de Neo, prevê a instalação de duas turbinas de vento, uma em cada torre. Elas farão
o aquecimento de toda a água que será consumida pelos 24 apartamentos do
condomínio, cuja entrega está prevista para março de 2012.
[...]
“A tecnologia será capaz de produzir 100% da energia que será usada no
condomínio, que não utilizará nenhum tipo de combustível fóssil. Hoje, apenas o
aquecimento da água representa 50% do gasto com energia nas regiões Sul e
Sudeste”, diz Suchodolski. [...]
Ainda segundo Suchodolski, o empreendimento terá outros dispositivos
sustentáveis, como uma estação de tratamento de esgoto, com direito a uma
cisterna específica para água a ser reutilizada, destinada, por exemplo, à irrigação
das áreas verdes. Dessa forma, completa ele, o consumo será reduzido em 50%:
“Além disso, o condomínio usará madeira de reflorestamento certificada, tintas e
vernizes à base de água.”
http://www.zap.com.br/revista/imoveis/condominio
QUESTÃO 6
O condomínio a ser construído tem a finalidade de
(A) divulgar uma nova tecnologia.
(B) conter a expansão imobiliária na região.
(C) preservar o meio ambiente.
(D) diminuir o alto consumo de energia.
7. Texto VI
Texto VII
Ao namorado fanático
Além de linda, é do meu time
Você
sabe
que
sou
tão
apaixonada por você quanto você
é apaixonado pelo seu time. Mas
acho uma lástima gastar tanto
amor por um timinho como esse
seu. Ele já há muito tempo não te
dá nenhuma alegria.
Naquela tarde, quando a vi pela
primeira vez vestindo o uniforme do
meu time, integrada à nossa torcida
uniformizada, senti meu coração
bater descompassado.
http://1001cartasdeamor.terra.com.br/
http://1001cartasdeamor.terra.com.br/
QUESTÃO 7
A comparação entre os textos VI e VII nos permite afirmar que
(A) em VI, há a valorização do amor dos enamorados e do amor ao time preferido;
em VII, é exaltado o amor à torcida organizada.
(B) em VI, há a expressão sobre a facilidade dos enamorados torcerem pelo mesmo
time; em VII, é indicada a dificuldade de um relacionamento de namorados de
torcidas diferentes.
(C) em VI, há a abordagem da alegria daqueles que amam e torcem para mesmo
time; em VII, são apresentadas as frustrações oriundas da mesma torcida.
(D) em VI, há a revelação do sentimento negativo em relação ao time do amado; em
VII, é exaltada a coincidência entre amor e futebol.
8. Texto VIII
Bernardinho diz que derrota acontece, mas lembra que é preciso aprender
Técnico do Rio comenta irregularidade da equipe e parabeniza o Osasco
Nos cinco últimos anos, o técnico Bernardinho esteve no alto do pódio da
Superliga com a equipe do Rio de Janeiro. No entanto, neste domingo, em mais um
duelo com o Osasco, o treinador se viu um degrau abaixo.
– A derrota acontece, mas é preciso aprender com ela. Buscar saber o que
erramos para, da próxima vez, não pecarmos de novo - explicou o treinador.
Bernardinho comentou que o Rio de Janeiro foi muito irregular na partida.
Segundo ele, a equipe teve a chance do heptacampeonato, mas não soube
aproveitar. Antes de deixar o ginásio do Ibirapuera, o técnico fez questão de
ressaltar o esforço adversário.
– O Osasco está de parabéns. Sabíamos que não ia ser fácil, pois é sempre um
grande rival. Estão brigando por este título há anos.
http://globoesporte.globo.com/Esportes/Volei -19/04/2010
QUESTÃO 8
O trecho que apresenta um comentário do produtor do texto é
(A) “Nos cinco últimos anos, o técnico Bernardinho esteve no alto do pódio da
Superliga com a equipe do Rio de Janeiro”.
(B) “No entanto, neste domingo, em mais um duelo com o Osasco, o treinador se viu
um degrau abaixo.”
(C) “– A derrota acontece, mas é preciso aprender com ela.”
(D) “Antes de deixar o ginásio do Ibirapuera, o técnico fez questão de ressaltar o
esforço adversário”.
QUESTÃO 9
O trecho que revela a causa da derrota do Rio de Janeiro na Superliga Feminina é
(A) “ (...) Buscar saber o que erramos, (...) não pecarmos de novo.”
(B) “A derrota acontece, mas é preciso aprender com ela”.
(C) “ a equipe teve a chance (...), mas não soube aproveitar”.
(D) “(...) o técnico fez questão de ressaltar o esforço adversário”.
9. Texto IX
Qual É?
Marcelo D2
Eu tenho algo a dizer
Explicar prá você
Mas não garanto porém
Que engraçado
Eu serei dessa vez
Para os parceiros daqui
Para os parceiros de lá
Se você se porta
Como um homem, um homem...
Será?
Que você mantém a conduta
Será?
Que segue firme e forte na luta
Onde os caminhos da vida
Vão te levar
Se você aguenta ou não
O que será, será
Mas sem esse caô
De que tá ruim, não dá
Isso eu já ouvi, vi, venci
Deixa prá lá...
[...]
Então diz!
Essa onda que tu tira
Qual é?
Essa marra que tu tem
Qual é?
Tira onda com ninguém
Qual é?
Qual é neguinho?
Qual é?...
[...]
http://letras.terra.com.br/marcelo-d2/72679/http://letras.terra.com.br/marcelo-d2/72679/
QUESTÃO 10
O trecho da letra da música que exemplifica o uso da linguagem informal é
(A) “[...] Eu serei dessa vez”
(B) “[...]você mantém a conduta”
(C) “[...]Isso eu já ouvi, vi, venci”
(D) “[...]Tira onda com ninguém”
10. Texto X
Epitáfio
Sérgio Britto
Devia ter amado mais
Ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais
E até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer...
Queria ter aceitado
As pessoas como elas são
Cada um sabe a alegria
E a dor que traz no coração...
[...]
Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos
Com problemas pequenos
Ter morrido de amor...
[...]
http://letras.terra.com.br/titas/48968/
QUESTÃO 11
O tema central da letra da música é
(A) a eternização do amor como solução para os problemas da vida.
(B) o arrependimento por não ter podido aproveitar mais as coisas da vida.
(C) a preocupação por não saber o que fazer nas diversas situações de vida.
(D) o sentimento de morte que perpassa todas as simples situações da vida.
11. Texto XI
Conversa fiada
Era uma vez um homem muito velho que, por não ter muito o que fazer, ficava
pescando num lago.
Era uma vez um menino muito novo que também não tinha muito o que fazer e
ficava pescando no mesmo lago.
Um dia, os dois se encontraram, lado a lado, na pescaria, e no mesmo
momento, exatamente no mesmo instante, sentiram aquela puxadinha que indica
que o peixe mordeu a isca. [...] Quando apareceram os respectivos peixes, porém,
decepção: o peixe do menino era muito velho e o peixe do velho era muito novo!
O velho disse para o menino:
– Você não pode pescar esse peixe tão velho! Deixe que ele viva o pouco da
vida que lhe resta.
O menino respondeu:
– E o que você vai fazer com este peixe tão novo? Ele é tão pequeno... deixe
que ele viva mais um pouco!
O velho e o menino olharam um para o outro e, sem perder tempo, jogaram os
peixes no lago.
Ficaram amigos e agora, quando não têm muito o que fazer, vão até o lago,
cumprimentam os peixes e matam o tempo jogando conversa fora.
FRATE, Diléa. Histórias para Acordar. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1996
QUESTÃO 12
O fato responsável pelo desenrolar da história é
(A) o encontro e a pescaria do menino com o velho no lago.
(B) o peixe do velho ser muito velho.
(C) o peixe do menino ser novo e pequeno.
(D) o retorno dos peixes ao lago.
12. Texto XII
Quino. Mafalda
QUESTÃO 13
A expressão da personagem feminina - Mafalda -, no primeiro quadrinho, reforça
(A) a gravidade da doença revelada no 4° quadrinho.
(B) a objetividade da resposta do personagem feminino no 2° quadrinho .
(C) as falas dos personagens no 3° quadrinho.
(D) a preocupação da pergunta do personagem masculino no 2° quadrinho.
13. Texto XIII
Orion
A primeira namorada, tão alta
que o beijo não alcançava,
o pescoço não alcançava,
nem mesmo a voz a alcançava.
Eram quilômetros de silêncio.
Luzia na janela do sobrado.
(Carlos Drummond de Andrade. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro:Aguilar, 1973.p392)
Glossário:
Orion – Constelação do equador celeste, reconhecida em todo o mundo, por incluir
estrelas brilhantes e visíveis de ambos os hemisférios da Terra.
QUESTÃO 14
Para enfatizar a ideia expressa no poema, reforçada no verso
“Eram quilômetros de silêncio”, o recurso utilizado foi
(A) a presença da vírgula no 2° verso, ratificando a negação.
(B) o isolamento do sexto verso, formando uma estrofe.
(C) a repetição da vírgula no 3° verso, separando as ações.
(D) a presença de uma estrofe, formada por cinco versos.
QUESTÃO 15
O uso da expressão “tão alta” no primeiro verso e o título do poema reforçam a ideia
de
(A) dedicação completa do eu poético à mulher amada.
(B) distanciamento total do eu poético da mulher amada.
(C) sofrimento do eu poético e da mulher amada.
(D) sensação forte de imaturidade da mulher amada.