SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 25
Downloaden Sie, um offline zu lesen
ANÁLISE DE TEXTOS DE COMUNICAÇÃO 
Dominique Maingueneau 
Capítulo 1 – Enunciado e contexto Capítulo 2 – As leis do discurso Capítulo 3 – Diversas competências 
Patricia S. Machado 
Disciplina: Comunicação organizacional: uma abordagem discursiva – Profª Drª Elizabeth Gonçalves
Sobre o autor 
Dominique Maingueneau 
•França, 1950 
•Linguista e analista do discurso 
•Professor na Universidade de Paris-Sorbonne 
•Co-editor do Dicionário de Análise do Discurso (Ed. Contexto, 2004)
Cap. 1 – Enunciado e contexto O sentido e o enunciado Um processo assimétrico 
Compreender um enunciado não é somente referir-se a gramática e a um dicionário, é mobilizar saberes muito diversos, fazer hipóteses, raciocinar, construindo um contexto que não é um dado preestabelecido e estável. (p. 20) 
•Superação de formas clássicas de interpretação 
•Um enunciado não possui sentido fixo. 
•A compreensão de um enunciado envolve 
contexto – temporalidade – perspectiva
O estatuto pragmático do enunciado 
Não 
F 
um 
ar
O estatuto pragmático do enunciado 
Interpretação: 
Sequência signos / sequência verbal: enunciado. 
Fonte enunciativa: idioma. 
Condições materiais de apresentação intervêm de maneira decisiva: 
modelo padrão - Interdição
“Se o leitor da placa não consegue determinar qual é esse ato, não adotará um comportamento adequado em relação ao enunciado: uma interdição não tem as mesmas consequências práticas de um voto ou um provérbio: desobedecer uma ordem pode, no mínimo, provocar uma repreensão ou mesmo uma penalidade” 
- O enunciado deve ser capaz de mostrar o valor pragmático por intermédio da enunciação. 
As condições materiais de apresentação:
O estatuto pragmático do enunciado 
Formas e cores convencionais 
Indicação paratextual 
Conhecimento de hábitos sociais
O estatuto pragmático do enunciado 
É PROIBIDO PROIBIR. 
“Não basta identificar esse enunciado como uma proibição regulamentar; é preciso, também, presumir que ele é “sério”, que a instância que o comunica tem realmente a intenção de significar o que ele significa, de agir de uma determinada maneira sobre o destinatário”
O estatuto pragmático do enunciado
As marcas lingüísticas 
O uso do verbo infinitivo não é suficiente para demonstrar a interdição. 
“Na verdade, se interpretamos ‘Não fumar’ como uma interdição, não é por causa unicamente do sentido de ‘fumar’, mas também porque sabemos que as placas nas paredes das repartições públicas geralmente servem para transmitir ordens (e não para expressar desejos), ou ainda porque sabemos que os médicos dizem que fumar prejudica a saúde, ou que o Estado promulgou leis contra o tabagismo...” Interdiscursos.
Os contextos 
As três fontes de informações para a interpretação: 
1.Ambiente físico ou contexto situacional: o ambiente físico ou o lugar da enunciação. 
2.O cotexto: recurso que usa a memória do intérprete e que relaciona uma unidade a uma outra no mesmo texto. Recurso linguístico do enunciado. 
3.Os saberes anteriores à enunciação 
Exemplo: 
“Cantareira bate novo recorde negativo. Caso não chova, a água disponível deve acabar em novembro.”
Os procedimentos pragmáticos 
“Trata-se de procedimentos pragmáticos, porque exigem do destinatário uma análise do contexto e não somente uma interpretação semântica, seu conhecimento da língua” 
O destinatário não é passivo: 
É ele quem define o contexto para a interpretação. 
“A priori nunca há uma única interpretação possível para um enunciado e é preciso explicar quais os procedimentos do destinatário para chegar a mais provável, que será aquela que se deve proferir em tal e qual contexto”
Os procedimentos pragmáticos 
Para compreender o enunciado é necessário recorrer a recursos que vão além dos linguísticos. 
Oswald Ducrot: o sentido de “mas” é o de construir mais uma interpretação. 
O “mas” também contém instruções que são usadas para explicar proposições implícitas. 
Esta sala é um espaço reservado para não fumantes. Mas há um bar no final do corredor. 
“é impossível fumar” 
“é possível fumar”
Cap. 2 - As leis do discurso 
“As leis do discurso não são normas de uma conversação ideal, mas regras que desempenham um papel crucial no processo de compreensão dos enunciados. Pelo simples fato de serem conhecidos pelos interlocutores, elas permitem a transmissão de conteúdos implícitos.” 
-Ação de um saber mutuamente conhecido 
-Regras postuladas por cada um dos parceiros e aceitas por ambos 
-Obrigatórias e inconscientes 
-Normas que devem ser respeitadas num ato comunicacional verbal 
Várias denominações: 
-Princípio de cooperação (Grice) 
-Contrato de Comunicação (Charaudeau) 
-Relações de lugares (Flahault)
As principais leis 
Lei da pertinência: 
-O enunciado deve ser adequado ao contexto 
-Causar interesse ao destinatário 
-Conter informações que modifiquem a situação 
Lei da sinceridade: 
-Engajamento do enunciador. Desejo da realização do que se diz. 
-Deve-se garantir a verdade no que se diz 
-Uso de advérbios como “francamente” ou “sinceramente” – conflitante com outras leis (como a da polidez). Deveria ser desnecessário o uso.
As principais leis 
Lei da informatividade: 
-Não se deve falar para não dizer nada. 
-Postula que se deva dar informações novas ao destinatário. 
-Mesmo não havendo nada de novo, busca-se uma informação implícita. Ex: 
“Para aqueles a quem o Punto já não bastava, aqui está o Punto” 
Lei da exaustividade 
-Não é uma repetição da lei da informatividade 
-O enunciador deve dar o máximo de informação. 
-Não esconder nenhuma informação importante: 
“um grupo de jovens agride um homem” 
-Não exceder informações: 
“Um grupo de jovens agride um policial loiro de setenta e sete quilos”. 
- A informatividade depende da pertinência.
As principais leis 
As leis da modalidade 
-As informações devem ser claras (pronúncia, escolha das palavras, construção das frases) e econômicas (formulações diretas). 
-Não há uma regra geral para a clareza, pois existem diversos gêneros de discurso. Ex.: as usadas em um artigo acadêmico não são as mesmas de uma conversa familiar. 
-Há exceções. As normas podem ser suspensas quando, por exemplo, “os enunciados não são destinados a serem compreendidos no sentido habitual da palavra, mas a suscitar a procura lúdica de sua significação.
Preservação das faces 
A comunicação verbal é 
•uma relação social 
•submete-se a polidez 
•transgredir algumas das leis: má educação 
Teoria das Faces (P. Brown e S. Levinson inspirados por E. Goffman) 
Fenômeno da polidez integra-se à teoria da faces. 
Cada indivíduo tem duas faces (totalizando 4 faces): 
-Face negativa: o território de si (seu corpo, sua intimidade 
-Face positiva: fachada social (imagem valorizante) 
“todo ato de comunicação verbal pressupõe uma ameaça para uma ou várias dessas faces”
Preservação das faces 
•Atos humilhantes - As falas ameaçadoras para a face positiva do locutor: admitir um erro, desculpar-se, etc. 
•Atos que demandam tempo e energia - As falas ameaçadoras para a face negativa do locutor: promessas, avaliações, julgamentos, etc. 
•Falas que a ameaçam a face positiva do destinatário: receber críticas, insultos, etc. 
•Falas que ameaçam a face negativa do destinatário: perguntas indiscretas, conselhos não solicitados, etc. 
Uma fala pode ameaçar uma face para preservar uma outra. Desenvolvimento de estratégias (acordos e negociações) para equilibrar estas contradições.
Preservação das faces 
Diferença entre discurso publicitário e discurso jornalístico 
Discurso publicitário 
Ameaça as duas faces do destinatário (oferta) 
Esforçar-se para criar um discurso sedutor que anule imaginariamente as ameaças. 
Discurso jornalístico 
Antecipadamente legitimado 
(demanda) 
Procura valorizar as faces positivas: 
Do leitor e do locutor (ele próprio)
Cap. 3 - Diversas competências 
“O domínio das leis do discurso e dos gêneros de discurso (a competência genérica) são os componentes essenciais de nossa competência comunicativa, ou seja, de nossa aptidão para produzir e interpretar os enunciados de maneira adequada às múltiplas situações de nossa existência. Essa aptidão não requer uma aprendizagem explícita; nós a adquirimos por impregnação, ao mesmo tempo que aprendemos a nos conduzir na sociedade” (p. 41)
Tipos de competências 
Competência linguística 
Domínio da língua 
Competência enciclopédica 
Conhecimento do mundo. 
Varia conforme a sociedade em que se vive. 
Tudo o que se aprende se torna potencial fonte de produção e compreensão de enunciados. 
Scripts (roteiros) – sequências estereotipadas de ações. 
Competência genérica 
Necessária para a compreensão dos inúmeros gêneros de discurso. 
Varia de acordo com os tipos de indivíduos envolvidos. 
Revela a desigualdade social. 
Relacionada ao desempenho de certos papéis. Ex.: aluno(a), professor(a)
A interação das competências 
•As diversas competências interagem para que possamos produzir uma interpretação. 
•Uma competência pode suprir as deficiências de outra. Ex: a compreensão de um enunciado em um idioma que não se tenha fluência completa, mas que pode ser compreendido através do contexto em que se apresenta.
Leitor-modelo e saber enciclopédico 
•A fala é uma atividade fundamentalmente coorperativa. 
•Cabe ao autor prever a “imagem” e as competências dos leitores que irão decifrar o enunciado. 
•Chegar a uma justa medida entre as competências linguística e enciclopédica que se espera do leitor. As produções midiáticas dividem os leitores por públicos: 
•temáticos 
•generalistas
Grata. Patricia S. Machado foxmachado@gmail.com

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Coerência e coesão textual,matias
Coerência e coesão textual,matiasCoerência e coesão textual,matias
Coerência e coesão textual,matiasAlexandra Gonçalves
 
Cadeia de referência
Cadeia de referênciaCadeia de referência
Cadeia de referênciaMarluce Brum
 
Slides 'Preconceito Linguístico o que é, como se faz '
Slides 'Preconceito Linguístico o que é, como se faz 'Slides 'Preconceito Linguístico o que é, como se faz '
Slides 'Preconceito Linguístico o que é, como se faz 'Danielle Galvão
 
Tipos e mecanismos de coesão textual
Tipos e mecanismos de coesão textual Tipos e mecanismos de coesão textual
Tipos e mecanismos de coesão textual Josiane Franzó
 
Semântica
SemânticaSemântica
Semânticavinivs
 
2ª série 03.12.2021 - os processos de coordenação e subordinação
2ª série   03.12.2021 - os processos de coordenação e subordinação2ª série   03.12.2021 - os processos de coordenação e subordinação
2ª série 03.12.2021 - os processos de coordenação e subordinaçãoAntnioFernandodosSan
 
Formação de palavras (derivações e composições) aula 1
Formação de palavras (derivações e composições)  aula 1Formação de palavras (derivações e composições)  aula 1
Formação de palavras (derivações e composições) aula 1Alice Silva
 
Processos de formação de palavras
Processos de formação de palavrasProcessos de formação de palavras
Processos de formação de palavrasJoaquim Safara
 

Was ist angesagt? (20)

Coerência e coesão textual,matias
Coerência e coesão textual,matiasCoerência e coesão textual,matias
Coerência e coesão textual,matias
 
9ano oracoes subordinadas
9ano oracoes subordinadas9ano oracoes subordinadas
9ano oracoes subordinadas
 
Cadeia de referência
Cadeia de referênciaCadeia de referência
Cadeia de referência
 
Slides 'Preconceito Linguístico o que é, como se faz '
Slides 'Preconceito Linguístico o que é, como se faz 'Slides 'Preconceito Linguístico o que é, como se faz '
Slides 'Preconceito Linguístico o que é, como se faz '
 
Semântica
SemânticaSemântica
Semântica
 
Paralelismo sintático e semântico
Paralelismo sintático e semânticoParalelismo sintático e semântico
Paralelismo sintático e semântico
 
Tipos e mecanismos de coesão textual
Tipos e mecanismos de coesão textual Tipos e mecanismos de coesão textual
Tipos e mecanismos de coesão textual
 
Uso da vírgula
Uso da vírgulaUso da vírgula
Uso da vírgula
 
Intertextualidade
IntertextualidadeIntertextualidade
Intertextualidade
 
Oracoes Subordinadas
Oracoes SubordinadasOracoes Subordinadas
Oracoes Subordinadas
 
Semântica
SemânticaSemântica
Semântica
 
Período Composto
Período CompostoPeríodo Composto
Período Composto
 
Tempo e modo verbais
Tempo e modo verbaisTempo e modo verbais
Tempo e modo verbais
 
Análise de (do) discurso
Análise de (do) discursoAnálise de (do) discurso
Análise de (do) discurso
 
Figuras de Linguagem
Figuras de LinguagemFiguras de Linguagem
Figuras de Linguagem
 
2ª série 03.12.2021 - os processos de coordenação e subordinação
2ª série   03.12.2021 - os processos de coordenação e subordinação2ª série   03.12.2021 - os processos de coordenação e subordinação
2ª série 03.12.2021 - os processos de coordenação e subordinação
 
Paralelismo
ParalelismoParalelismo
Paralelismo
 
Morfossintaxe
MorfossintaxeMorfossintaxe
Morfossintaxe
 
Formação de palavras (derivações e composições) aula 1
Formação de palavras (derivações e composições)  aula 1Formação de palavras (derivações e composições)  aula 1
Formação de palavras (derivações e composições) aula 1
 
Processos de formação de palavras
Processos de formação de palavrasProcessos de formação de palavras
Processos de formação de palavras
 

Andere mochten auch

Dominique maingueneau análise de textos de comunicação
Dominique maingueneau   análise de textos de comunicaçãoDominique maingueneau   análise de textos de comunicação
Dominique maingueneau análise de textos de comunicaçãoAlberto Cuambe
 
Metafunção Textual (oração como mensagem): SISTEMA DE TEMA E REMA.
Metafunção Textual (oração como mensagem): SISTEMA DE TEMA E REMA.Metafunção Textual (oração como mensagem): SISTEMA DE TEMA E REMA.
Metafunção Textual (oração como mensagem): SISTEMA DE TEMA E REMA.Fatima Andreia Tamanini
 
Geraldi. portos de passagem (prefácio e introdução)
Geraldi. portos de passagem (prefácio e introdução)Geraldi. portos de passagem (prefácio e introdução)
Geraldi. portos de passagem (prefácio e introdução)Mariana Correia
 
Jornalismo econômico
Jornalismo econômico Jornalismo econômico
Jornalismo econômico Genize
 
Competencia lingüística!
Competencia lingüística!Competencia lingüística!
Competencia lingüística!Adrii Martinez
 
4ª Aula 24 03 2010\AnáLise Do Discurso E Direitos Humanos
4ª Aula   24 03 2010\AnáLise Do Discurso E Direitos Humanos4ª Aula   24 03 2010\AnáLise Do Discurso E Direitos Humanos
4ª Aula 24 03 2010\AnáLise Do Discurso E Direitos HumanosElenitaPimentel
 
Aspectos constitutivos da enunciação
Aspectos constitutivos da enunciaçãoAspectos constitutivos da enunciação
Aspectos constitutivos da enunciaçãoFernanda Câmara
 
tempos verbais
tempos verbaistempos verbais
tempos verbaisCida Silva
 
Anticorpos: estrutura, classes, subclasses e atividades biológicas
Anticorpos: estrutura, classes, subclasses  e atividades biológicasAnticorpos: estrutura, classes, subclasses  e atividades biológicas
Anticorpos: estrutura, classes, subclasses e atividades biológicasLABIMUNO UFBA
 
Texto Narrativo Categorias
Texto Narrativo CategoriasTexto Narrativo Categorias
Texto Narrativo CategoriasElsa Maximiano
 
Relação entre as palavras
Relação entre as palavrasRelação entre as palavras
Relação entre as palavrasnelsonalves70
 
LinkedIn SlideShare: Knowledge, Well-Presented
LinkedIn SlideShare: Knowledge, Well-PresentedLinkedIn SlideShare: Knowledge, Well-Presented
LinkedIn SlideShare: Knowledge, Well-PresentedSlideShare
 

Andere mochten auch (15)

Dominique maingueneau análise de textos de comunicação
Dominique maingueneau   análise de textos de comunicaçãoDominique maingueneau   análise de textos de comunicação
Dominique maingueneau análise de textos de comunicação
 
Metafunção Textual (oração como mensagem): SISTEMA DE TEMA E REMA.
Metafunção Textual (oração como mensagem): SISTEMA DE TEMA E REMA.Metafunção Textual (oração como mensagem): SISTEMA DE TEMA E REMA.
Metafunção Textual (oração como mensagem): SISTEMA DE TEMA E REMA.
 
Geraldi. portos de passagem (prefácio e introdução)
Geraldi. portos de passagem (prefácio e introdução)Geraldi. portos de passagem (prefácio e introdução)
Geraldi. portos de passagem (prefácio e introdução)
 
Jornalismo econômico
Jornalismo econômico Jornalismo econômico
Jornalismo econômico
 
Competencia lingüística!
Competencia lingüística!Competencia lingüística!
Competencia lingüística!
 
4ª Aula 24 03 2010\AnáLise Do Discurso E Direitos Humanos
4ª Aula   24 03 2010\AnáLise Do Discurso E Direitos Humanos4ª Aula   24 03 2010\AnáLise Do Discurso E Direitos Humanos
4ª Aula 24 03 2010\AnáLise Do Discurso E Direitos Humanos
 
Aspectos constitutivos da enunciação
Aspectos constitutivos da enunciaçãoAspectos constitutivos da enunciação
Aspectos constitutivos da enunciação
 
Semântica pragmática
Semântica pragmáticaSemântica pragmática
Semântica pragmática
 
tempos verbais
tempos verbaistempos verbais
tempos verbais
 
Anticorpos: estrutura, classes, subclasses e atividades biológicas
Anticorpos: estrutura, classes, subclasses  e atividades biológicasAnticorpos: estrutura, classes, subclasses  e atividades biológicas
Anticorpos: estrutura, classes, subclasses e atividades biológicas
 
Texto Narrativo Categorias
Texto Narrativo CategoriasTexto Narrativo Categorias
Texto Narrativo Categorias
 
Graus dos adjetivos
Graus dos adjetivosGraus dos adjetivos
Graus dos adjetivos
 
Pronominalização
PronominalizaçãoPronominalização
Pronominalização
 
Relação entre as palavras
Relação entre as palavrasRelação entre as palavras
Relação entre as palavras
 
LinkedIn SlideShare: Knowledge, Well-Presented
LinkedIn SlideShare: Knowledge, Well-PresentedLinkedIn SlideShare: Knowledge, Well-Presented
LinkedIn SlideShare: Knowledge, Well-Presented
 

Ähnlich wie Análise de textos de comunicação_Maingueneau

O que é discurso helena brandão
O que é discurso helena brandãoO que é discurso helena brandão
O que é discurso helena brandãoRose Moraes
 
Direito - Comunicação e Expressão II - 1 modulo unidade I
Direito - Comunicação e Expressão II - 1 modulo unidade IDireito - Comunicação e Expressão II - 1 modulo unidade I
Direito - Comunicação e Expressão II - 1 modulo unidade IRomeu Godoi
 
Apostila texto vnia_arajo
Apostila texto vnia_arajoApostila texto vnia_arajo
Apostila texto vnia_arajoAraujo Silva
 
Lingusticaaplicadainterpretaodetextoscursinho 111006072155-phpapp02
Lingusticaaplicadainterpretaodetextoscursinho 111006072155-phpapp02Lingusticaaplicadainterpretaodetextoscursinho 111006072155-phpapp02
Lingusticaaplicadainterpretaodetextoscursinho 111006072155-phpapp02Maria Marlene Marcon
 
Comunicação e o indivíduo
Comunicação e o indivíduoComunicação e o indivíduo
Comunicação e o indivíduoPedro Alves
 
ufcd_9835 comunicação interpessoal e instituicional.pdf
ufcd_9835 comunicação interpessoal e instituicional.pdfufcd_9835 comunicação interpessoal e instituicional.pdf
ufcd_9835 comunicação interpessoal e instituicional.pdfClaudiaBrito73
 
Técnicas e estratégias de leitura em inglês ppt
Técnicas e estratégias de leitura em inglês pptTécnicas e estratégias de leitura em inglês ppt
Técnicas e estratégias de leitura em inglês pptLuciana Araujo
 
Parte 1 linguística geral apresentação 2012
Parte 1   linguística geral  apresentação 2012Parte 1   linguística geral  apresentação 2012
Parte 1 linguística geral apresentação 2012Mariana Correia
 
O funcionalismo em linguística
O funcionalismo em linguísticaO funcionalismo em linguística
O funcionalismo em linguísticaFernanda Câmara
 
GENEROS E TIPOS TEXTUAIS PPT.pptx
GENEROS E TIPOS TEXTUAIS PPT.pptxGENEROS E TIPOS TEXTUAIS PPT.pptx
GENEROS E TIPOS TEXTUAIS PPT.pptxMoneliseVilela
 
Comunicação
ComunicaçãoComunicação
Comunicaçãocattonia
 
Parte 1 linguística geral apresentação
Parte 1   linguística geral apresentaçãoParte 1   linguística geral apresentação
Parte 1 linguística geral apresentaçãoMariana Correia
 
o funcionalismo em lingustica
o funcionalismo em lingusticao funcionalismo em lingustica
o funcionalismo em lingusticaPedroRocha944191
 

Ähnlich wie Análise de textos de comunicação_Maingueneau (20)

O que é discurso helena brandão
O que é discurso helena brandãoO que é discurso helena brandão
O que é discurso helena brandão
 
A LINGUAGEM VOLTADA PARA O ENEM E DICA .
A LINGUAGEM VOLTADA PARA O ENEM E DICA .A LINGUAGEM VOLTADA PARA O ENEM E DICA .
A LINGUAGEM VOLTADA PARA O ENEM E DICA .
 
TP5- Unidades 17 e 18
TP5- Unidades 17  e  18TP5- Unidades 17  e  18
TP5- Unidades 17 e 18
 
Direito - Comunicação e Expressão II - 1 modulo unidade I
Direito - Comunicação e Expressão II - 1 modulo unidade IDireito - Comunicação e Expressão II - 1 modulo unidade I
Direito - Comunicação e Expressão II - 1 modulo unidade I
 
Apostila texto vnia_arajo
Apostila texto vnia_arajoApostila texto vnia_arajo
Apostila texto vnia_arajo
 
Tp5
Tp5Tp5
Tp5
 
Lingusticaaplicadainterpretaodetextoscursinho 111006072155-phpapp02
Lingusticaaplicadainterpretaodetextoscursinho 111006072155-phpapp02Lingusticaaplicadainterpretaodetextoscursinho 111006072155-phpapp02
Lingusticaaplicadainterpretaodetextoscursinho 111006072155-phpapp02
 
Comunicação e o indivíduo
Comunicação e o indivíduoComunicação e o indivíduo
Comunicação e o indivíduo
 
ufcd_9835 comunicação interpessoal e instituicional.pdf
ufcd_9835 comunicação interpessoal e instituicional.pdfufcd_9835 comunicação interpessoal e instituicional.pdf
ufcd_9835 comunicação interpessoal e instituicional.pdf
 
Língua em contexto
Língua em contextoLíngua em contexto
Língua em contexto
 
Pcc
PccPcc
Pcc
 
Técnicas e estratégias de leitura em inglês ppt
Técnicas e estratégias de leitura em inglês pptTécnicas e estratégias de leitura em inglês ppt
Técnicas e estratégias de leitura em inglês ppt
 
Parte 1 linguística geral apresentação 2012
Parte 1   linguística geral  apresentação 2012Parte 1   linguística geral  apresentação 2012
Parte 1 linguística geral apresentação 2012
 
O funcionalismo em linguística
O funcionalismo em linguísticaO funcionalismo em linguística
O funcionalismo em linguística
 
GENEROS E TIPOS TEXTUAIS PPT.pptx
GENEROS E TIPOS TEXTUAIS PPT.pptxGENEROS E TIPOS TEXTUAIS PPT.pptx
GENEROS E TIPOS TEXTUAIS PPT.pptx
 
Comunicação
ComunicaçãoComunicação
Comunicação
 
Parte 1 linguística geral apresentação
Parte 1   linguística geral apresentaçãoParte 1   linguística geral apresentação
Parte 1 linguística geral apresentação
 
Artigo norma linguisticahibridismo
Artigo norma linguisticahibridismoArtigo norma linguisticahibridismo
Artigo norma linguisticahibridismo
 
o funcionalismo em lingustica
o funcionalismo em lingusticao funcionalismo em lingustica
o funcionalismo em lingustica
 
Aulas 01 e_02_extensivo_2013
Aulas 01 e_02_extensivo_2013Aulas 01 e_02_extensivo_2013
Aulas 01 e_02_extensivo_2013
 

Kürzlich hochgeladen

apostila filosofia 1 ano 1s (1).pdf 1 ANO DO ENSINO MEDIO . CONCEITOSE CARAC...
apostila filosofia 1 ano  1s (1).pdf 1 ANO DO ENSINO MEDIO . CONCEITOSE CARAC...apostila filosofia 1 ano  1s (1).pdf 1 ANO DO ENSINO MEDIO . CONCEITOSE CARAC...
apostila filosofia 1 ano 1s (1).pdf 1 ANO DO ENSINO MEDIO . CONCEITOSE CARAC...SileideDaSilvaNascim
 
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 2)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 2)Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 2)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 2)Centro Jacques Delors
 
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LP
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LPQuestões de Língua Portuguesa - gincana da LP
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LPEli Gonçalves
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...azulassessoria9
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...MariaCristinaSouzaLe1
 
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024azulassessoria9
 
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .pptAula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .pptNathaliaFreitas32
 
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Missa catequese para o dia da mãe 2025.pdf
Missa catequese para o dia da mãe 2025.pdfMissa catequese para o dia da mãe 2025.pdf
Missa catequese para o dia da mãe 2025.pdfFbioFerreira207918
 
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
aprendizagem significatica, teórico David Ausubel
aprendizagem significatica, teórico David Ausubelaprendizagem significatica, teórico David Ausubel
aprendizagem significatica, teórico David Ausubeladrianaguedesbatista
 
INTERTEXTUALIDADE atividade muito boa para
INTERTEXTUALIDADE   atividade muito boa paraINTERTEXTUALIDADE   atividade muito boa para
INTERTEXTUALIDADE atividade muito boa paraAndreaPassosMascaren
 
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdfRepública Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdfLidianeLill2
 
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...azulassessoria9
 
Apresentação | Símbolos e Valores da União Europeia
Apresentação | Símbolos e Valores da União EuropeiaApresentação | Símbolos e Valores da União Europeia
Apresentação | Símbolos e Valores da União EuropeiaCentro Jacques Delors
 
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024azulassessoria9
 
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024azulassessoria9
 
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!Centro Jacques Delors
 
Acessibilidade, inclusão e valorização da diversidade
Acessibilidade, inclusão e valorização da diversidadeAcessibilidade, inclusão e valorização da diversidade
Acessibilidade, inclusão e valorização da diversidadeLEONIDES PEREIRA DE SOUZA
 

Kürzlich hochgeladen (20)

apostila filosofia 1 ano 1s (1).pdf 1 ANO DO ENSINO MEDIO . CONCEITOSE CARAC...
apostila filosofia 1 ano  1s (1).pdf 1 ANO DO ENSINO MEDIO . CONCEITOSE CARAC...apostila filosofia 1 ano  1s (1).pdf 1 ANO DO ENSINO MEDIO . CONCEITOSE CARAC...
apostila filosofia 1 ano 1s (1).pdf 1 ANO DO ENSINO MEDIO . CONCEITOSE CARAC...
 
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 2)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 2)Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 2)
Sopa de letras | Dia da Europa 2024 (nível 2)
 
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LP
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LPQuestões de Língua Portuguesa - gincana da LP
Questões de Língua Portuguesa - gincana da LP
 
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
O estudo do controle motor nada mais é do que o estudo da natureza do movimen...
 
Novena de Pentecostes com textos de São João Eudes
Novena de Pentecostes com textos de São João EudesNovena de Pentecostes com textos de São João Eudes
Novena de Pentecostes com textos de São João Eudes
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
 
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
 
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .pptAula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
 
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 06, Central Gospel, O Anticristo, 1Tr24.pptx
 
Missa catequese para o dia da mãe 2025.pdf
Missa catequese para o dia da mãe 2025.pdfMissa catequese para o dia da mãe 2025.pdf
Missa catequese para o dia da mãe 2025.pdf
 
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
 
aprendizagem significatica, teórico David Ausubel
aprendizagem significatica, teórico David Ausubelaprendizagem significatica, teórico David Ausubel
aprendizagem significatica, teórico David Ausubel
 
INTERTEXTUALIDADE atividade muito boa para
INTERTEXTUALIDADE   atividade muito boa paraINTERTEXTUALIDADE   atividade muito boa para
INTERTEXTUALIDADE atividade muito boa para
 
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdfRepública Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
República Velha (República da Espada e Oligárquica)-Sala de Aula.pdf
 
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
Aprender as diferentes formas de classificar as habilidades motoras é de extr...
 
Apresentação | Símbolos e Valores da União Europeia
Apresentação | Símbolos e Valores da União EuropeiaApresentação | Símbolos e Valores da União Europeia
Apresentação | Símbolos e Valores da União Europeia
 
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
 
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
ATIVIDADE 2 - DESENVOLVIMENTO E APRENDIZAGEM MOTORA - 52_2024
 
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
 
Acessibilidade, inclusão e valorização da diversidade
Acessibilidade, inclusão e valorização da diversidadeAcessibilidade, inclusão e valorização da diversidade
Acessibilidade, inclusão e valorização da diversidade
 

Análise de textos de comunicação_Maingueneau

  • 1. ANÁLISE DE TEXTOS DE COMUNICAÇÃO Dominique Maingueneau Capítulo 1 – Enunciado e contexto Capítulo 2 – As leis do discurso Capítulo 3 – Diversas competências Patricia S. Machado Disciplina: Comunicação organizacional: uma abordagem discursiva – Profª Drª Elizabeth Gonçalves
  • 2. Sobre o autor Dominique Maingueneau •França, 1950 •Linguista e analista do discurso •Professor na Universidade de Paris-Sorbonne •Co-editor do Dicionário de Análise do Discurso (Ed. Contexto, 2004)
  • 3. Cap. 1 – Enunciado e contexto O sentido e o enunciado Um processo assimétrico Compreender um enunciado não é somente referir-se a gramática e a um dicionário, é mobilizar saberes muito diversos, fazer hipóteses, raciocinar, construindo um contexto que não é um dado preestabelecido e estável. (p. 20) •Superação de formas clássicas de interpretação •Um enunciado não possui sentido fixo. •A compreensão de um enunciado envolve contexto – temporalidade – perspectiva
  • 4. O estatuto pragmático do enunciado Não F um ar
  • 5. O estatuto pragmático do enunciado Interpretação: Sequência signos / sequência verbal: enunciado. Fonte enunciativa: idioma. Condições materiais de apresentação intervêm de maneira decisiva: modelo padrão - Interdição
  • 6. “Se o leitor da placa não consegue determinar qual é esse ato, não adotará um comportamento adequado em relação ao enunciado: uma interdição não tem as mesmas consequências práticas de um voto ou um provérbio: desobedecer uma ordem pode, no mínimo, provocar uma repreensão ou mesmo uma penalidade” - O enunciado deve ser capaz de mostrar o valor pragmático por intermédio da enunciação. As condições materiais de apresentação:
  • 7. O estatuto pragmático do enunciado Formas e cores convencionais Indicação paratextual Conhecimento de hábitos sociais
  • 8. O estatuto pragmático do enunciado É PROIBIDO PROIBIR. “Não basta identificar esse enunciado como uma proibição regulamentar; é preciso, também, presumir que ele é “sério”, que a instância que o comunica tem realmente a intenção de significar o que ele significa, de agir de uma determinada maneira sobre o destinatário”
  • 9. O estatuto pragmático do enunciado
  • 10. As marcas lingüísticas O uso do verbo infinitivo não é suficiente para demonstrar a interdição. “Na verdade, se interpretamos ‘Não fumar’ como uma interdição, não é por causa unicamente do sentido de ‘fumar’, mas também porque sabemos que as placas nas paredes das repartições públicas geralmente servem para transmitir ordens (e não para expressar desejos), ou ainda porque sabemos que os médicos dizem que fumar prejudica a saúde, ou que o Estado promulgou leis contra o tabagismo...” Interdiscursos.
  • 11. Os contextos As três fontes de informações para a interpretação: 1.Ambiente físico ou contexto situacional: o ambiente físico ou o lugar da enunciação. 2.O cotexto: recurso que usa a memória do intérprete e que relaciona uma unidade a uma outra no mesmo texto. Recurso linguístico do enunciado. 3.Os saberes anteriores à enunciação Exemplo: “Cantareira bate novo recorde negativo. Caso não chova, a água disponível deve acabar em novembro.”
  • 12. Os procedimentos pragmáticos “Trata-se de procedimentos pragmáticos, porque exigem do destinatário uma análise do contexto e não somente uma interpretação semântica, seu conhecimento da língua” O destinatário não é passivo: É ele quem define o contexto para a interpretação. “A priori nunca há uma única interpretação possível para um enunciado e é preciso explicar quais os procedimentos do destinatário para chegar a mais provável, que será aquela que se deve proferir em tal e qual contexto”
  • 13. Os procedimentos pragmáticos Para compreender o enunciado é necessário recorrer a recursos que vão além dos linguísticos. Oswald Ducrot: o sentido de “mas” é o de construir mais uma interpretação. O “mas” também contém instruções que são usadas para explicar proposições implícitas. Esta sala é um espaço reservado para não fumantes. Mas há um bar no final do corredor. “é impossível fumar” “é possível fumar”
  • 14. Cap. 2 - As leis do discurso “As leis do discurso não são normas de uma conversação ideal, mas regras que desempenham um papel crucial no processo de compreensão dos enunciados. Pelo simples fato de serem conhecidos pelos interlocutores, elas permitem a transmissão de conteúdos implícitos.” -Ação de um saber mutuamente conhecido -Regras postuladas por cada um dos parceiros e aceitas por ambos -Obrigatórias e inconscientes -Normas que devem ser respeitadas num ato comunicacional verbal Várias denominações: -Princípio de cooperação (Grice) -Contrato de Comunicação (Charaudeau) -Relações de lugares (Flahault)
  • 15. As principais leis Lei da pertinência: -O enunciado deve ser adequado ao contexto -Causar interesse ao destinatário -Conter informações que modifiquem a situação Lei da sinceridade: -Engajamento do enunciador. Desejo da realização do que se diz. -Deve-se garantir a verdade no que se diz -Uso de advérbios como “francamente” ou “sinceramente” – conflitante com outras leis (como a da polidez). Deveria ser desnecessário o uso.
  • 16. As principais leis Lei da informatividade: -Não se deve falar para não dizer nada. -Postula que se deva dar informações novas ao destinatário. -Mesmo não havendo nada de novo, busca-se uma informação implícita. Ex: “Para aqueles a quem o Punto já não bastava, aqui está o Punto” Lei da exaustividade -Não é uma repetição da lei da informatividade -O enunciador deve dar o máximo de informação. -Não esconder nenhuma informação importante: “um grupo de jovens agride um homem” -Não exceder informações: “Um grupo de jovens agride um policial loiro de setenta e sete quilos”. - A informatividade depende da pertinência.
  • 17. As principais leis As leis da modalidade -As informações devem ser claras (pronúncia, escolha das palavras, construção das frases) e econômicas (formulações diretas). -Não há uma regra geral para a clareza, pois existem diversos gêneros de discurso. Ex.: as usadas em um artigo acadêmico não são as mesmas de uma conversa familiar. -Há exceções. As normas podem ser suspensas quando, por exemplo, “os enunciados não são destinados a serem compreendidos no sentido habitual da palavra, mas a suscitar a procura lúdica de sua significação.
  • 18. Preservação das faces A comunicação verbal é •uma relação social •submete-se a polidez •transgredir algumas das leis: má educação Teoria das Faces (P. Brown e S. Levinson inspirados por E. Goffman) Fenômeno da polidez integra-se à teoria da faces. Cada indivíduo tem duas faces (totalizando 4 faces): -Face negativa: o território de si (seu corpo, sua intimidade -Face positiva: fachada social (imagem valorizante) “todo ato de comunicação verbal pressupõe uma ameaça para uma ou várias dessas faces”
  • 19. Preservação das faces •Atos humilhantes - As falas ameaçadoras para a face positiva do locutor: admitir um erro, desculpar-se, etc. •Atos que demandam tempo e energia - As falas ameaçadoras para a face negativa do locutor: promessas, avaliações, julgamentos, etc. •Falas que a ameaçam a face positiva do destinatário: receber críticas, insultos, etc. •Falas que ameaçam a face negativa do destinatário: perguntas indiscretas, conselhos não solicitados, etc. Uma fala pode ameaçar uma face para preservar uma outra. Desenvolvimento de estratégias (acordos e negociações) para equilibrar estas contradições.
  • 20. Preservação das faces Diferença entre discurso publicitário e discurso jornalístico Discurso publicitário Ameaça as duas faces do destinatário (oferta) Esforçar-se para criar um discurso sedutor que anule imaginariamente as ameaças. Discurso jornalístico Antecipadamente legitimado (demanda) Procura valorizar as faces positivas: Do leitor e do locutor (ele próprio)
  • 21. Cap. 3 - Diversas competências “O domínio das leis do discurso e dos gêneros de discurso (a competência genérica) são os componentes essenciais de nossa competência comunicativa, ou seja, de nossa aptidão para produzir e interpretar os enunciados de maneira adequada às múltiplas situações de nossa existência. Essa aptidão não requer uma aprendizagem explícita; nós a adquirimos por impregnação, ao mesmo tempo que aprendemos a nos conduzir na sociedade” (p. 41)
  • 22. Tipos de competências Competência linguística Domínio da língua Competência enciclopédica Conhecimento do mundo. Varia conforme a sociedade em que se vive. Tudo o que se aprende se torna potencial fonte de produção e compreensão de enunciados. Scripts (roteiros) – sequências estereotipadas de ações. Competência genérica Necessária para a compreensão dos inúmeros gêneros de discurso. Varia de acordo com os tipos de indivíduos envolvidos. Revela a desigualdade social. Relacionada ao desempenho de certos papéis. Ex.: aluno(a), professor(a)
  • 23. A interação das competências •As diversas competências interagem para que possamos produzir uma interpretação. •Uma competência pode suprir as deficiências de outra. Ex: a compreensão de um enunciado em um idioma que não se tenha fluência completa, mas que pode ser compreendido através do contexto em que se apresenta.
  • 24. Leitor-modelo e saber enciclopédico •A fala é uma atividade fundamentalmente coorperativa. •Cabe ao autor prever a “imagem” e as competências dos leitores que irão decifrar o enunciado. •Chegar a uma justa medida entre as competências linguística e enciclopédica que se espera do leitor. As produções midiáticas dividem os leitores por públicos: •temáticos •generalistas
  • 25. Grata. Patricia S. Machado foxmachado@gmail.com