2. Era uma vez uma menina que
não tinha educação
da sua boca, coitada,
só saia palavrão.
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3. Não dizia por favor, dá licença ou sim senhor,
tampouco muito obrigada.Gritava, empurrava
ou brigava, era assim que funcionava.
Não tinha amigos, a menina.
Pois nenhuma criança queria
ficar ali, bem do lado,
de uma criança mal-educada.
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4. Seus pais sempre lhe diziam,
Filhinha para com isso.
Mas pensa que adiantava?
Ela não mudava nada.
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5. Então o pai esbravejava e a
pobre da mãe chorava.
Um mês sem televisão,
nem video-game,
ou passeio!
Você está de castigo!
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6. Pois não é que um certo dia, desses que não
podia, brincar no parque ou no quarto,
por que estava de castigo...
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7. Ela abriu a boca e surpresa!
em vez de palavras agora,
de sua boca saiam
montes de bolhas de sabão!
Era só abrir a boca e lá vinha uma enxurrada
E aquilo tinha um gosto
tão ruim que parecia
que ela tinha engolido
uma barra de sabão.
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8. E por mais que se esforçasse
tudo que ela dizia,
era tudo transformado
em bolinhas coloridas
que explodiam nos olhos
e davam coceira no nariz.
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9. Correu para falar com a mãe,
mas ela logo lhe disse:
- Filhinha, de tanto falar palavrão
sua boca foi lavada com uma barra de sabão.
Pobre da garotinha,
que era mal-educada e
só falava palavrão,
mas que agora, coitada,
não dizia uma palavra,
por que a toda vez
que tentava
lá vinha um
monte de bolha
e o gosto ruim na boca.
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10. A menina foi pro quarto
e ficou chorando lá
o que ela faria
se já não podia falar?
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11. Chorou tanto que dormiu
e quando dormiu sonhou.
Com uma outra garotinha,
bem parecida com ela,
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12. que disse eu também
era assim
igualzinha a você.
Fazia malcriação
gritava com gente e
com o cão
até o dia em que
minha boca também
foi lavada com sabão
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13. para acabar com
esse gosto
não tem receita,
nem nada,
é só parar de falar
que nem gente mal-
criada.
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15. De manhã quando acordou,
ela foi e experimentou,
dizendo muito obrigada para
a mamãe quando esta,
foi acordá-la para a escola.
E a voz saiu, que surpresa,
agora sem nenhuma bolinha!
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