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Histórias que Edificam
   Animando Vencedores




                        Registro na Biblioteca Nacional
            Nº. Registro da Obra: 417269, no Livro 779,
                             Folha 429, em 30/11/2007.




           1
Índice
Comentário e Agradecimento...pág. 04
Introdução...pág. 05
1. O elevador celeste...........pág. 06
2. A pedra que queria ser gente ...pág.07
3.A formiguinha egocêntrica....pág.08
4. Balões e sonhos...pág. 10
5. O menino e o medo...pág.11
6. O raiar do perdão ...pág. 12
7. O Sol e o Pai...........pág.14
8. As três pedras...........pág.15
9. O queijeiro e o menino...........pág.18
10. O garotinho e as pedras...........pág.19
11. A escada do céu...........pág.21
12 .O jovem mentiroso...........pág.22
13. O caçador e o leão...........pág.24
14. A mulher de fé...........pág.25
15. Detergente Divino...........pág.26
16. A Balsa...........pág.27
17. A Bacia...........pág.28
18. O Metrô...........pág.29
19. As Duas Sementes...........pág.30
20. O dentista divino...........pág.31
21. O mais fiel entre os homens...........pág.32
22. A máquina humana...........pág.34
23. O piloto sem fé...........pág.35


                                                   2
24. O pescador de sonhos...........pág.36
25. A pipa...........pág.37
26. Dar corda...........pág.38
27. O mundo precisa de energia...pág.39
28. A vida volúvel daqueles que se dizem cristãos e não conhecem nada sobre sua fé.....pág.40
29. O chuveiro da graça e a fé......pág.42
30. A televisão...........pág.43
31.O inimigo do Rei...........pág.44
32. Sonhos e foguetes...........pág.45
33. Auto-Estima...........pág.46
34. A roda e o talento...........pág.48
35. Os dois murais...........pág.49
36. Impressão permanente ...........pág.50
37. A melhor maneira de ver o mundo...........pág.51
38. O rei da pequena ilha..........pág.52
39.Os três talheres...........pág.53
40. O fogo, a vela e o fósforo...pág. 54
41.A cabeça e o corpo acompanham o coração...........pág.55
42.Amor, esforço e fé...........pág.56
43.A janela do coração...........pág.58
44.O milagre da boa alimentação ....pág.59
45.O homem que quase chegou ...pág.60




                                               3
Comentário e agradecimento


       Histórias que Edificam – Animando vencedores é um conjunto de
pensamentos que compõem uma maneira de ampliar a visão de mundo e
possibilitar que verdades que parecem estar ocultas aos olhos possam vir a
luz e ser aplicada a vida.

       A arte de Ilustrar e utilizar metáforas ou parábolas foi explorada por
muitos mestres, mas quero destacar aquele que sem nenhuma dúvida é o
maior de todos: “JESUS CRISTO”, que é por excelência o mestre dos
mestres e que ocupa uma parte singular neste trabalho, pois me disponho a
tributar toda glória, honra e meus sinceros agradecimentos para Ele que
possibilitou que se tornasse realidade compor, escrever e agora tornar
possível que muitas pessoas possam ter acesso a este livro.

      Agradeço a minha querida esposa Neide que em minha vida e
ministério tem sido uma dádiva divina!.

     Minhas filhas Priscilla e Nahara tem também minha gratidão, pois
como presentes dados por Deus vieram encher nossas vidas de alegria e
compartilhar a graça e o chamado que nos foi incumbido.

       Aos irmãos em Cristo e amigos que tem contribuído direta e
indiretamente para que possamos vencer barreiras, conquistar vitórias e ver
sonhos se concretizarem um grande obrigado.

                                                    Paulo Francisco dos Santos
                                                        Pastor, escritor e poeta.




                                     4
Introdução



       As histórias que serão lidas ilustram a vida cotidiana e invocam
princípios que estão militando contra uma enxurrada de novos conceitos de
um mundo moderno que infelizmente ajuda enterrar o que é bom e acolhe
coisas tidas como normais, mas que são totalmente prejudiciais a sociedade
e a família. Não tenho proposto neste livro uma apologia a maneira de viver
atual, na verdade não há espaço e tempo, porém há uma pincelada em
muitos aspectos do viver diário, do cristianismo, da fé, do sobrenatural, o
convívio social, o lado emocional e sobre motivação que darão ao caro leitor
a oportunidade de refletir.

      Ao criar-se um livro cria-se uma parte do ser, ou seja, a doação que
um escritor faz para o surgimento de um livro faz deste, uma parte sua que
não está mais condicionada ao espaço físico que limita o corpo, mas que vai
além, pois é (como já foi dito) uma parte que pode estar nas mãos de várias
pessoas e declarar os pensamentos que lhe deram vida.

      Quero que o leitor possa ver em cada linha e em cada história sua
essência e assim, contribuir para uma leitura agradável e que possa ampliar
a visão de mundo.




                                     5
O elevador celeste

       Certo professor ilustrou a salvação desta maneira:
       Existia um lugar especial onde tudo era muito bom.
       Neste lugar havia uma boa moradia, comida em abundância, atividades que
proporcionam uma vida feliz sem o infortúnio da ociosidade.
       Este lugar era tão especial que não se localiza na terra, mas entre a terra e o céu.
Um lugar perfeito com tudo que era necessário para viver alegremente.
       Uma nuvem gigante abrigava um paraíso que era habitado por um casal que
sempre era visitado pelo proprietário do paraíso.
       Onde tudo é bom, tudo vai bem. Todavia por um descuido o feliz casal não
observou uma placa de proibido a passagem e acabou caindo num buraco.
       Eles caíram num lugar diferente do que estavam acostumados a viver. Tudo era
ruim comparado a sua antiga habitação.
       Eles queriam voltar, mas como eles poderiam fazer isso.
        O ser humano não tem asas. A força da gravidade puxa o corpo em direção ao solo
de maneira que sem auxílio de algum mecanismo eles não podem sair do chão.
       Jogar uma corda para cima não dava, pois além de muita força para alcançar a
nuvem seria necessário muitos metros de corda.
       O quê fazer? Se não houvesse algum tipo de ajuda proveniente do alto seria
impossível o retorno.
       O proprietário do paraíso celeste ao sentir a falta dos seus amigos os procurou
incessantemente e chegou à conclusão que eles deveriam ter caído em direção a terra e por
isso contratou um elevador. Por um imenso cabo de aço desceu o elevador até a terra e
chamou o casal para subir nele e retornarem para seu antigo lar.
       Como nós não podíamos voltar para Deus, Ele enviou a Jesus que ilustra o
elevador que possibilita todo ser humano a retornar para o lar, ou seja, para a comunhão
na presença de Deus.




                                            6
A pedra que queria ser gente

        Conta-se que um velho sábio foi questionado sobre a situação ruim do mundo atual
e como mudá-lo. Depois de grande insistência ele relatou uma história: - Em uma época
distante o mundo vivia em harmonia e toda Terra podia se comunicar, homens, animais, o
vento, a água, o fogo e as pedras. Um dia uma das pedras contou um sonho na reunião
anual da natureza onde todos compareceram menos o ser humano. Ela disse:- Eu sonhei
que gostaria de ser igual aos homens, pois para mim no sonho os homens eram fantásticos
em sua maneira de ser e viver e pus-me a chorar porque para mim isto era muito difícil e
em meio a muitas lágrimas se aproximou de mim um ser resplandecente que me disse se eu
tinha certeza em meu pedido e ao afirmar que sim, ele me convidou a um passeio e de
repente eu fui levantado do chão sem auxílio de ninguém e comecei a flutuar e pude
acompanhá-lo em sua caminhada, o tempo estava diferente, parecia passar muito rápido,
uma hora era dia, outra era noite e notei que ele me levou ao futuro e então fizemos
algumas paradas em épocas distantes das nossas e vi o que para mim era inacreditável:
    1. Homens que eram mais insensíveis do que eu, pois por amar ao que eles chamavam
        de dinheiro mentiam, enganavam e destruíam seus semelhantes sem se quer ter
        remorso de suas atitudes.
    2. Homens que eram mais duros do que eu, pois por inveja se reuniam e planejavam
        como poderiam prejudicar seu semelhante.
    3. Homens que eram mais imóveis do que eu, pois viam muitos a sofrer e não moviam
        nem sequer um dedo a seu favor.
    4. Homens que eram mais pesados do que eu, pois quando caiam em cima de alguém
        os pisavam e faziam guerras e matavam milhares de seus semelhantes;
    5. Homens que não sabiam ficar calados como eu, mas que falavam e falavam tantas
        coisas que causavam dor naqueles que os ouviam e por isto, chorei;
    6. Homens que não sabiam tapar os ouvidos como eu, mas que gostavam de saber
        coisas de seus semelhantes para poder ridicularizá-los e espalhar coisas que nem
        se convém aqui mencionar.
    7. Homens que não sabiam ter uma forma só como eu, mas que mudavam e mudavam
        a ponto de não saber que tipo de caráter eles tinham.
        Ao final daquela visão ele me perguntou: - Você ainda quer ser igual a eles?
Respondi, claro que não! Eu pude notar que apesar de ser uma pedra tenho mais virtudes
do que esses meros seres humanos e quero afirmar que devemos cortar nossas relações
com estes, pois eles são perigosíssimos. E daquele dia em diante a natureza nunca mais se
comunicou com os homens.
        Então o sábio conclui:
        ―Só haverá uma verdadeira mudança se os homens se tornarem melhores que as
pedras!‖




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A formiguinha egocêntrica


    Uma certa formiguinha estava enfadada com aquela vida de trabalhar e trabalhar.
As formigas vivem uma vida comunitária que visa o bem estar de todo o formigueiro.
―Uma por todas! E todas por uma!‖ É o que podemos definir como lema da sociedade
formiguil. A pequena formiguinha juntamente com as outras formigas guardavam
alimento para o tempo de inverno, mas isto era muito trabalhoso. Pensou ela: ―Se eu
trabalhar somente para mim, vou ajuntar comida rápido, e irei descansar o resto do
verão‖. Algo estranho para alguém que vivia sempre em união trabalhando em prol de
um objetivo comum. Ela não conhecia a vida fora do formigueiro. Nunca teve antes
uma vida independente. Mas ela começou a olhar só pra si, e desejar viver uma vida
isolada, sem ter compromisso com o formigueiro. Ela era forte, jovem, carregava
muitas folhas, sabia cavar bem, podia se virar sozinha. Pensava ela. Quando ela via
passar uma formiga mais velha e com uma quantidade de alimento inferior ao que ela
costumava carregar ela resmungava: - Que formiga imprestável! Eu tenho de trabalhar
duro para sustentar a preguiça destas outras formigas que não fazem quase nada.
Quanto mais ela fazia, mas ela se achava auto-suficiente. Ela esnobava suas
companheiras e sentia-se muito melhor que qualquer uma delas. Ao passar o tempo os
seus sentimentos de individualidade cresceram de tal maneira que ela não pode se
conter. Arrumou suas trouxinhas numa noite e saiu do formigueiro sem avisar a
ninguém. No dia seguinte foi um alvoroço só no formigueiro e a pergunta comum era: -
Onde esta a formiguinha egocêntrica? Ela arrumou suas coisas e foi embora.
Respondeu uma formiga que havia sido a primeira a notar sua falta e que havia a
procurado em seu quarto. Imediatamente foi enviada uma comitiva para trazê-la de
volta. Depois de algum tempo elas há encontraram um pouco distante do formigueiro,
cavando e cavando. Ela estava fazendo o seu próprio formigueiro. As formigas
disseram: - Volte para sua casa formiguinha egocêntrica, o seu lugar não foi ocupado.
Não, não voltarei. Agora eu posso viver a minha vida, sem ter que trabalhar para
sustentar ninguém. Vão embora. Disse ela. Tristes com a atitude de sua irmã
formiguinha, a comitiva voltou para o formigueiro. O tempo foi passando e a
formiguinha egocêntrica conseguiu fazer um buraco razoável e fez um formigueiro só
seu. Um mundinho individual e egoísta. Começou ajuntar comida. Como ela nunca
havia trabalhado somente para si, ela não sabia quanto de comida deveria ajuntar
para passar a época de inverno. Ajuntou uma boa quantidade e disse: - Isto deve
bastar. Ela não trabalhou nem metade do verão e já podia descansar. Estava se
achando o máximo. Quando se aproximou o inverno às formigas preocupadas com a
formiguinha egocêntrica mandaram outra comitiva a chamá-la de volta, pois os dias de
escassez de alimento estavam chegando. Ela simplesmente disse: - Vão embora, vocês
querem roubar o fruto do meu trabalho. Ao ouvir estas palavras à comitiva com mais
tristeza novamente voltou ao seu lar. O inverno chegou com toda sua força. As
formigas estavam bem abrigadas no formigueiro. Havia comida em abundância para
passar não somente esta estação, mas para muitos dias depois. Existia no meio delas
um clima muito especial, a união era algo muito forte em seu meio. E a alegria só não
era maior por causa da formiguinha egocêntrica que havia deixado o seu lar para

                                        8
buscar uma vida individual. O que elas podiam fazer? A própria formiguinha
egocêntrica havia escolhido seu destino e nisto elas não podiam interferir. Bem
distante dali, estava ela, a formiguinha individualista em seu mundinho achando que
tudo eram mil maravilhas. Ao passar dos dias viu quanto era chato estar sem a
companhia das outras formigas, mas não deu o braço a torcer, continuou dentro do seu
formigueiro particular sem ao menos dar ouvido à voz da consciência que lhe dizia que
ela estava errada. A neve encheu toda parte. Como a formiguinha guardou menos
comida do que precisava e não havia comida em nenhum lugar resolveu ir procurar.
Ao abrir a porta do formigueiro para buscar ajuda com as outras formigas ela notou
que não dava para caminhar pela neve, ela não conseguiria voltar. Assim ela ficou no
seu mundinho esperando o fim. Ao terminar o inverno as formigas preocupadas com a
rebelde formiguinha egocêntrica enviaram outra comitiva para ver se estava tudo bem
com ela. Ao chegarem no minúsculo formigueiro notaram a porta aberta e ao entrarem
encontraram estirada no chão a antiga companheira morta pelo desejo de ser
independente.




                                        9
Balões e sonhos



       Um homem sentou-se em um banco de uma praça e perguntava-se porque seus
planos nunca davam certo. Como um enviado divino ao seu lado sentou-se um senhor que
vendia balões e lhe disse:
       - Boa tarde, Jovem.
       - Para mim não está tão boa, mas obrigado.
       - Por que você está tão triste assim? Você até parece que não possui sonhos.
       - Sonhos? Já tive vários, mas nunca consegui realiza-los.
       - Não acredito.
       - Também não estou acreditando neles.
       - Você não deve parar de acreditar.
       - Mas por que eu devo continuar acreditando neles?
       - Porque meu jovem os sonhos são semelhantes a balões, sem a ação de enche-los
          eles permanecerão estáticos e vazios.
              Ao terminar a frase este senhor encheu vários balões e os soltou. Eles
   subiram ao céu deixando para aquele jovem uma grande lição. ―Sem esforço e vontade
   realmente os sonhos nunca deixarão o coração para cruzarem o céu da realidade‖.




                                         10
O menino e o medo




        Certo menino em uma noite chuvosa estava apavorado em seu quarto. A energia
elétrica havia faltado. Não havia luz para iluminar seu quarto. O escuro é algo apavorante
para uma criança que tem mente fértil e imagina criaturas sombrias em toda parte. A cada
instante ia aumentando a força do vento e a chuva se tornando tão forte como apavorante.
Raios e trovões faziam barulhos que arrepiavam cada minúsculo cabelo de seu corpinho.
Apesar de ter o cobertor como companheiro e tentar se esconder desta situação o menino
se vê tão sozinho que seu único socorro é chorar. De repente a porta de seu quarto se abre
e seu pai aparece. O menininho não pergunta o que o pai está fazendo ali, ou porque ele
demorou em vir socorrê-lo. A atitude dele é correr e se abrigar na segurança dos braços
de seu pai.
        Para refletir: ―O melhor lugar para todos nós se abrigarmos dos medos de nossa
vida é nos braços de nosso pai celeste‖.




                                           11
O raiar do perdão


        Um rapaz queria saber por que existia a necessidade de perdoar, pois para si o
rancor não era algo tão ruim. Ao passar o tempo ele se tornou uma pessoa indisposta e
solitária, andando errante pelo mundo. Em suas andanças pode conhecer vários lugares e
pessoas, mas nunca esse lado negativo pode ser mudado. Um dia ao caminhar por uma
montanha encontrou um homem velho e sábio que o convidou para ser sua companhia
durante a primavera. O sábio era uma pessoa amável, gentil e um tanto enigmático aos
olhos de nosso amigo que já não era mais um rapaz, mas um homem — o homem
rancoroso. Durante os três meses daquela estação o homem rancoroso aprendeu muito,
mas muito mesmo. Acendeu-se uma fagulha de mudança de uma maneira que não havia
antes acontecido e por isso decidiu permanecer mais tempo e tentar resolver aquela
questão de sua juventude. Durante os dias de sua estadia com o sábio notou que este,
acordava antes do nascer do Sol e minutos antes dele se pôr sentava-se no ponto mais alto
da montanha e meditava durante duas horas. Um dia o sábio o convidou para juntos
contemplarem o pôr do Sol e ao findar as costumeiras duas horas de meditação este lhe
perguntou: - O quê você achou da despedida da luz e do abraço das trevas?
        O homem rancoroso lhe respondeu:
        - A principio bonito.
        - Mas e agora? Tornou a perguntar.
        - Não sinto nada.
        - Muito bem. Agora vamos permanecer parados aqui durante todo o abraço das
trevas.
        - Porque sábio mestre? Replicou o homem rancoroso.
        - Para você obter suas respostas. Depois destas palavras silenciou-se por toda
noite.
        A noite que veio sobre eles era de um negrume indescritível, pois não havia lua
cheia ou nova e o céu estava nublado, fazendo-se que a escuridão fosse total, não podendo
se enxergar até mesmo o nariz.
        Com exceção do conselho de permanecer em silêncio durante toda noite para que a
tão aguardada resposta viesse os dois não se comunicaram e assim permaneceram calados
e estáticos até o despontar do novo dia.
        Pouco antes do sol nascer o velho sábio falou:
        - O quê você tem a me dizer sobre o abraço das trevas?
        - Ele não é tão belo quanto no inicio, mestre. Respondeu.
        - O quê você sentiu durante está noite?
        - Não sei explicar direito, mas senti muito medo, muita angústia, dor, um desespero
que quase me fez pedir sua ajuda. Só não o fiz por vergonha e receio de me achar um
moleque medroso. Disse.
        - Isto é, algo que posso classificar como normal nestas circunstâncias.
        - Sério mestre!? O homem rancoroso pergunta com espanto.
        - Sim, porém, quero lhe fazer outra pergunta e você seja rápido em suas respostas.
O quê você acha que seria de sua vida se o abraço das trevas nunca te deixasse?

                                            12
- O senhor quer dizer que se esse sentimento de medo, angústia, dor e desespero
fosse permanente?
        - Sim.
        - Acho que morreria.
        - Resposta sabia e falada na hora certa, pois o Sol vai começar a nascer.
        A luz do sol começou a brilhar e iluminar toda a terra e o sábio continuou a fazer
perguntas ao homem rancoroso.
        - O quê aconteceu com aqueles sentimentos depois do raiar do dia?
        - Eles sumiram mestre.
        - Você pode tirar alguma lição sobre o perdão destes acontecimentos?
        - Acredito que sim.
        - Meu amigo, quando não se perdoa cada um de nós recebe o abraço das trevas e
ficamos na escuridão do medo, angústia, dor, desespero, ódio e rancor até que o raiar do
perdão ilumine nossa vida. A necessidade do perdão é como a necessidade do nascer do
Sol, se ele de repente parasse de brilhar não existiria vida, apenas a morte reinaria e tudo
morreria aos poucos. ―Sem o perdão o homem também morreria aos poucos!‖ Depois
desta lição o homem passou de rancoroso a se chamar o homem harmonioso, pois o
perdão traz harmonia à vida daquele que está nas trevas do rancor.




                                            13
O Sol e o Pai


       Certo dia um menino perguntou para seu pai:
       - Pai, por que o Sol vai embora de tardinha?
       Seu pai lhe respondeu:
       - Porque ele vai descansar.
       - Por que ele descansa? Fez outra pergunta.
       - Porque ele está cansado, ora essa.
       O menino pensou e pensou sobre o descanso do Sol e no outro dia disse ao seu pai:
       - Pai, o Sol precisa descansar?
       - Claro, eu não disse que ele descansa.
       - É que a professa disse que quando ele vai embora depois da tardinha ele vai
          brilhar em outro lugar.
       - Se você já sabia por que me perguntou?
       - Eu estava pensando papai.
       - Pensando em quê?
       - Que o Sol precisa tirar umas férias!
       - Não diga! Riu-se o pai.
       - Você também não acha papai?
       O pai balançou a cabeça afirmativamente, mas ainda assim sorria com a
problemática do filho.
       - Acho que ele teria mais tempo para dona lua e as estrelinhas.
       - Você tem razão meu filho. Depois desta resposta soltou uma grande
          gargalhada.
       - Papai eu ainda estava pensado.
       - No quê meu filho? No décimo terceiro do Sol?
       - Não no décimo terceiro, mas estava pensando que o Sol é trabalhador como o
          senhor, e se ele precisa de férias, acho que o senhor também precisa.
       - Porque você está dizendo isso meu filho?
       - Por que de férias o senhor teria mais tempo pra mim e pra mamãe!
       Depois da resposta do garoto o pai viu que estava dando mais importância para as
coisas passageiras do que para sua família e por causa disto mudou sua atitude
reservando para ela o que era de direito — a atenção de um pai que se importa com o
maior tesouro que Deus lhe concedeu.




                                          14
As três pedras


       Um pastor foi indagado por um rapaz que queria entender o evangelho, mais que
ainda estava com seu coração um pouco duro sobre como ele poderia perdoar certas
atitudes erradas que as pessoas cometem. Para ele havia perdão para coisas simples, mas
coisas maiores não poderiam ser perdoadas facilmente.
       Eles andavam em um caminho estreito pela vegetação seca da caatinga no sertão
de Pernambuco.
    O pastor disse:
    - Gosto muito de passar por este caminho e ir meditando, falando com o Senhor e
        aprendendo. As pedras durante este caminho parecem que falam!
    - Não estou entendo. Disse o rapaz.
    Eles caminharam mais uns cinco minutos em silêncio e depois o Pastor falou:
    - Observe bem o caminho que iremos percorrer, pois Deus tem algo a nos ensinar
        hoje.
    - Tudo bem. O rapaz afirmativamente respondeu ao pastor.
    Eles continuaram a caminhar por mais uns quinze minutos calados até o momento em
que o pastor fez uma pergunta:
    - Você esta vendo aquela pequena pedra ao lado daquele cajueiro?
    - Sim, estou vendo!? Respondeu o rapaz com ar de indagação.
    - Guarde-a em sua memória, você precisará dela para aprender o que significa o
        verdadeiro perdão. Depois destas palavras o pastor ficou calado novamente
        durante uns vinte e cinco minutos, rompendo o silêncio ao chegar perto de um
        açude. Ele disse:
    - Olhe lá para o meio das águas. Você vê naquela ilhazinha uma árvore cortada na
        altura de meio metro.
    - Sim, estou vendo. O rapaz se sentia intrigado com esta segunda demonstração de
        pedra que o pastor fazia.
    - O que você vê em cima do tronco dela? Perguntou o pastor.
    - Uma pedra de mais ou menos uns cinquenta quilos? Mais vejo o que isso não tem
        haver com minha pergunta? E deu de ombros com um ar frustrado.
    - Guarde-a também em sua memória, você precisará dela para aprender o que
        significa o verdadeiro perdão.
    Sem entender nada o rapaz seguia o pastor inculcado por não ver lógica nesta história
de guardar na memória pedras. Depois de andar mais uma hora e estarem quase chegando
na cidadezinha em que o pastor iria pregar numa concentração em praça pública, eles
pararam junto a uma grande pedra. O pastor ficou olhando para aquela grande pedra
durante algum tempo e disse ao rapaz:
    - Vamos subir nesta grande pedra.
    O pastor e o rapaz com muito esforço chegaram ao topo da grande pedra. Daquele
lugar eles podiam ver a cidadezinha que ficava uns dois quilômetros de onde eles estavam.
       O pastor falou:
    - Você pode ver esta grande pedra?
    - Ver e estar em cima dela. O rapaz sorrindo respondeu a pergunta.

                                           15
-   Muito bem! Lembra-se da primeira pedra? O pastor devolveu o sorriso.
   -   Sim. As três pedras estão gravadas em minha memória. Mas...? Impaciente o rapaz
       estava esperando a resposta as suas indagações fitando os olhos do pastor e ouviu
       a seguinte pergunta:
   - Você poderia leva-la até a entrada daquela cidade semana que vem?
   - Claro isso seria fácil. Mas porque só até a entrada? Indagou.
   - Digamos que seja proibido entrar com pedras nela. Mas me responda
       sinceramente, você consegue ou não?
   - Lógico que sim. Já disse que isso é fácil. Com firmeza o rapaz respondeu a
       pergunta.
   O pastor com a voz pausada e aspecto de admiração o elogiou e fez uma nova
pergunta:
   - Muito bem! E a segunda pedra? Você também conseguiria leva-la até a entrada
       daquela cidade semana que vem?
   - Com ajuda de mais uma pessoa acredito que sim.
   - Muito bem! E esta terceira pedra, você conseguiria leva-la até a entrada daquela
       cidade, visto que ela esta mais perto do que as duas outras?
   - Claro que não! Ela é muito grande.
   - Imagine que sua vida dependesse de pelo menos tirar essa pedra do caminho, o que
       você faria?
   - Nada, eu não posso fazer isto. Se a minha vida dependesse disso eu estaria perdido!
   - E se você precisasse carregar as três pedras juntas?
   - Piorou! Isso parece loucura. Essa história toda de pedras nos levará a que lugar?
   - Quer que eu te explique?
   - Pare de brincadeira pastor! Já estou mais que ansioso para entender tudo o que
       você quer dizer.
   - Só existe perdão quando acontece uma ofensa. Você sabia disso?
   - Acho que sim. Mas e as pedras?
   - Podemos classificar as três pedras como três ofensas. Uma é a que alguém comete
       contra nós. A segunda é aquela que cometemos contra os outros. E a terceira é
       aquela que cometemos contra Deus. Cada pedra simboliza uma dessas ofensas, o
       caminho que nós fizemos é a nossa trajetória neste mundo, ou o tempo que dura
       nossa vida e a cidade simboliza o céu onde não entra ofensas mesmo que quisermos
       leva-las até lá.
   - Interessante! Explique mais, por favor. O rapaz estava cada vez mais atento a
       explicações do pastor.
   - Cada um de nós tem que entender que toda ofensa que alguém cometer contra
       nossa vida pode ser carregada facilmente durante toda vida, mas ao chegarmos
       ante a cidade, não podemos entrar com ela. Em comparação com aquela grande
       pedra, a pequena pedra tanto pode ser carregada como lançada fora. O perdão é a
       capacidade de não levar esta pedra que também é símbolo de impedimento para
       nossa entrada no céu.
   - A segunda pedra simboliza a ofensa que cometemos contra nossos semelhantes. Ela
       é maior porque é carregada por duas ou mais pessoas. Quando se ofende alguém
       quase que instantaneamente o ofensor e o ofendido passam a carregar esta pedra

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média juntos. Pelo fato de nem todos os homens serem iguais, e uns terem mais
       dificuldades em parar de carregar a pedra da ofensa se não houver um acordo, é
       necessário o perdão, que neste caso é a capacidade de reconhecimento do erro e a
       atitude espontânea de repara-lo, buscando uma reconciliação para remover esse
       impedimento deixando a pedra da ofensa de lado para entrada no céu.
    - A terceira pedra é a ofensa cometida contra Deus. Ela é impossível de carregar e
       nossa vida depende de tira-la de nosso caminho para podemos entrar no céu. Como
       não se pode tira-la com a própria capacidade a sua afirmação de estar perdido é
       totalmente certa.
    - Mas deve existir um meio de remover esta pedra? O rapaz perguntou com
       preocupação para o pastor
    - Ai, entra o que Jesus fez por nós lá na cruz. Ele de certa maneira comprou um
       grande guindaste que remove esta pedra e a leva para longe possibilitando nossa
       entrada no céu. Acima de tudo você tem que entender que as três pedras são
       impedimentos que precisam ser retirados. Cada um de nós precisa perdoar aos que
       nos ofendem, precisamos pedir perdão quando ofendemos alguém e acima de tudo
       precisamos do perdão de Deus para podemos entrar no céu.
    Eles desceram da grande pedra e caminharam em direção à cidade, onde foram
recebidos pelos irmãos que ansiosamente esperavam pelo pastor que iria transmitir a
palavra de Deus naquela tarde. O rapaz compreendendo o significado do verdadeiro
perdão aceitou Jesus como seu salvador pessoal naquele mesmo dia e nunca esqueceu que
o perdão deve fazer parte da vida do verdadeiro cristão.




                                          17
O queijeiro e o menino


        Um vendedor de queijo estava em uma praça de uma cidade interiorana esperando
vender seus cinquenta últimos queijos para ganhar o dia, quando um guri que estava
andando de um lado para o outro parecendo procurar algo resolveu perguntar o preço do
seu produto.
        - O seu queijeiro quanto é o queijo?
        - Depende do queijo. Respondeu o queijeiro que se chamava Antônio.
        - Qual é o mais barato? Perguntou o menino.
        - Quanto você tem em dinheiro garoto?
        - O senhor vende queijo ou dinheiro?
        - O quê? Você está me gozando? Pelo menos você tem dinheiro para querer
            algum queijo?
        - Não.
        - Não o quê? Não tem dinheiro ou não quer o queijo?
        - Não estou entendendo?
        - Você é complicado garotinho.
        - Quero cinquenta queijos assim.
        - Assim como?
        - Bem picado e gordinho.
        - Suma daqui e vai gozar sua mãe. O queijeiro deu de ombros e foi em direção do
            garoto com ar de zangado, fazendo-o correr de medo.
        Findando o dia ele não conseguiu vender seus últimos queijos e estava levando toda
mercadoria para sua casa quando uma caminhonete buzinou para ele e parou logo em
seguida. Para espanto do queijeiro era aquele mesmo garotinho acompanhado do pai e
isto lhe causou certo receio pela carreira que ele havia lhe dado.
        - Obrigado queijeiro. Disse o garoto.
        - Obrigado?
        - Sim, eu estava procurando um local para comprar cinquenta queijos para a
            mercearia de papai e quis comprar de você, mas como o senhor me mandou ir
            para rua Sumari do lado da loja lar da mãe encontrei a fábrica de queijo.
        Ao terminar a frase o garotinho e seu pai seguiram seu caminho deixando o
queijeiro indignado, pois a oportunidade de vender toda a mercadoria daquele dia havia
passado e ele não a aproveitou.
        Para refletir: Para cada um de nós também fica a seguinte lição: ―A oportunidade
vem e não podemos deixa-la ir sem desfruta-la‖.




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O garotinho e as pedras


       Um garotinho jogava todos os dias umas vinte pedrinhas numa colina próxima de
sua cidadezinha.
       Ele fez isto, durante quase um ano.
       De tanto subir a colina e jogar aquelas pedrinhas o garoto despertou a curiosidade
de um fazendeiro que morava em um lugar no qual podia vê-lo todos os dias, e consigo
mesmo já havia proposto perguntar o porquê dele todos os dias lançar aquelas pedras
colina abaixo.
       No outro dia o fazendeiro estava no pé da colina esperando o garotinho chegar
para lhe perguntar o motivo dele subir até o ponto mais alto e atirar pedras de lá, porém o
garotinho não apareceu naquele dia, e no outro também. Na verdade passaram-se vários
dias e o garotinho não apareceu mais e por causa disso o fazendeiro resolveu ir à cidade
para encontra-lo. Não seria difícil reconhece-lo, pois o garotinho havia passado quase um
ano atirando pedras da colina e o fazendeiro tinha guardado sua fisionomia de tal maneira
que poderia reconhecê-lo em qualquer lugar.
       Depois de algum tempo procurando o fazendeiro encontrou o garotinho no quintal
de sua casa junto ao barril jogando cinco pedrinhas dentro dele. O fazendeiro disse:
       - Boa tarde, garoto.
       - Boa. Respondeu ele.
       - Senti sua falta e vim vê-lo. Disse o fazendeiro.
       - Minha falta? Indagou o guri.
       - Sim, todos os dias você ia à colina perto de minha fazenda jogar pedras, mas já
           faz algumas semanas que você não vai mais. Continuou o fazendeiro.
       - Ah! Sim, eu ia sempre. Mas agora eu não preciso mais ir! Exclamou o
           garotinho.
       - Por quê? Sem entender perguntou o fazendeiro.
       - Porque não preciso mais jogar pedras. O garotinho deu uma simples resposta.
       - Você pode me explicar por que você jogava aquelas pedras? O fazendeiro pediu
           uma explicação mais detalhada do assunto.
       - Posso sim. Eu mentia muito, mas muito mesmo. E meu pai encheu este barril de
           pedrinhas e pós naquela trilha que vai para o lago que todos gostam de pescar
           e disse que eu só receberia minha bicicleta quando esvaziasse o barril. O
           garotinho começou sua longa história.
       - E o que tem haver isso e as pedras? Curioso e querendo saber mais perguntou o
           fazendeiro.
       - Meu pai falou que pessoas mentirosas são pedras que atrapalham o caminho
           das pessoas e que eu não devia mais mentir e disse que toda vez que eu contasse
           uma mentira eu tinha de pegar uma pedra e joga-la da colina, até esvaziar o
           barril e retira-lo da trilha. Continuou o guri.
       - Você esvaziou o barril? Perguntou o fazendeiro.
       - Sim, e meu pai falou que a mentira deve ser jogada na colina do esquecimento e
           nunca mais ser encontrada. E como o barril se esvaziou daquelas pedrinhas eu

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devia estar vazio das mentiras e que daquele dia em diante eu devia contar
          somente a verdade e toda vez que assim fizesse deveria colocar uma pedrinha
          no barril, pois eu devo me encher da verdade. E assim como o barril saiu do
          meio da trilha deixando o caminho livre, todo aquele que fala a verdade abre
          caminho para passagem de si e do seu próximo.
       Ao findar a explicação o fazendeiro saiu pensativo. Ele aprendeu uma grande lição
com o garotinho das pedras. Devemos nos esvaziar das mentiras e nos encher da verdade
para podermos abrir caminhos para nós mesmos e para o nosso próximo.




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A escada do céu


        Uma família passeava no centro de uma grande metrópole e resolveram adentrar
em um Shopping. Era uma época natalina, clima de alegria, lojas enfeitadas e também
superlotadas. No piso térreo eles gastaram vários minutos vendo preços e admirando as
mercadorias. A caçula do casal que possuía uns sete anos de idade teve vontade de fazer
xixi e pediu para sua irmã mais velha de doze ir com ela até o banheiro o que seus pais
concordaram, continuando a passear pelas lojas. Passado algum tempo eles começaram a
se preocupar com as meninas, pois estavam demorando e por isso começaram a procura-
las. Procuraram e procuraram e nada de encontra-las e quando eles iam ao nível superior
para continuar a busca de suas filhas, foram abordados pelo sorriso de sua menininha que
dizia:
        - Venha papai e mamãe para o céu!
        - Céu!? Que história é essa Gabriela? Perguntou o pai para sua filha de doze
           anos.
        - É isso mesmo papai, vamos para o céu? Sorriu para os dois.
        A menina caçula pegou o pai e a mãe pelos braços e os conduziu para escada
rolante continuando a dizer que ela os levaria para o céu! Quando eles chegaram ao pé da
escada viram uma grande placa que dizia: ―Queres ir para o céu? Caso a resposta seja
sim, use apenas está escada!‖ Quando subiram a escada e chegaram ao piso superior
viram um palco, atores e uma peça natalina sobre o céu. A peça ia começar e eles se
acomodaram e assistiram-na voltando emocionados para casa.
        O interessante desta ilustração é a placa com a pergunta: ―Queres ir para o céu?
Caso a resposta seja sim, use apenas está escada!‖
        Qual é a única escada que podemos usar para chegar ao céu? O Senhor Jesus é a
escada que liga a terra ao céu e nos permite chegar perto de Deus. Se alguém realmente
quer ir para o céu deve usar está escada.




                                          21
O jovem mentiroso


        Em uma cidadezinha muito pequena que fazia parte de um grande reino que era
governado por um rei muito autoritário morava um jovem que tinha um grande problema.
        Ele era uma pessoa de qualidades formidáveis: gentil, educado, trabalhador e que
se expressava bem. Porém tinha um defeito que castigava sua consciência diariamente:
―ele não ficava uma hora sem dizer uma mentirinha‖.
        Para sua infelicidade saiu um decreto da parte do rei que dizia que aquele que
fosse o homem mais mentiroso do reino seria lançado de um penhasco. E como a fama de
grande mentiroso do jovem rapaz era reconhecida em sua cidade todos já sabiam quem
iria ser a vitima da sentença do rei. Dentro de uma semana uma comitiva vindo do palácio
real iria a cidadezinha interrogar cidadão por cidadão e fazer cumprir o decreto.
        O Jovem com medo foi consultar o homem mais sábio de seu país, um ancião que
morava sozinho em uma choupana retirada da cidade. Ao relatar sua historia e o medo de
ser morto na sua tenra idade ficou esperando uma solução para o seu problema.
        O sábio ancião disse:
        - O seu caso é muito difícil! Não tenho uma solução.
        - Então eu vou morrer?! Choramingou o jovem.
        O sábio caminhou até seu quarto e trouxe um grande espelho e pediu para o jovem
olhar bem o seu próprio reflexo e fez as seguintes perguntas.
        - Quando os oficiais do rei virão interrogar os habitantes da sua cidade?
        - Amanhã. Disse o rapaz.
        - Você gostaria de viver mais?
        - Sim. Ele respondeu.
        - O que a mentira vai lhe dar como pagamento?
        - A morte. Começou a chorar.
        - Qual é o seu nome?
        - Eu sou o Pedrinho...
        - Você mente?
        - Sim. Ainda estava a chorar.
        - Você costuma falar a verdade?
        - Muito pouco.
        - Muito bem – Disse o sábio – Está tudo resolvido. Ao terminar está frase o sábio
            recolheu o espelho e disse ao jovem que ele poderia voltar para sua casa, pois
            estava preparado para o interrogatório do dia seguinte.
        O jovem direcionou-se para seu lar ainda preocupado.
        Ao entrar na cidade todos olhavam para ele e cochichavam: ―Este ai, de amanhã
não passa!‖. Todos estavam certos que ele haveria de morrer, pois quem seria mais
mentiroso do que o Pedrinho ―O grande Mentiroso‖. O sol se pôs e chegou a hora de
dormir para cidadezinha, menos para Pedrinho que ficou a noite toda em claro. No outro
dia a comitiva imperial chegou bem cedo e interrogou cidadão por cidadão na delegacia
da cidade. Todos os moradores um por um se diziam amigos da verdade e que nenhum
dizia qualquer mentira e que na cidade não existia ninguém que gostasse de mentir a não
ser o famoso... Vocês sabem quem. Chegou à vez de Pedrinho. Quão ansioso e preocupado

                                           22
estava este mentiroso que queria se redimir, quando ele caminha em direção ao lugar de
interrogação se lembrou da conversa com o sábio e sentiu uma confiança que o fez mudar
o aspecto do seu rosto. Os oficiais perguntaram a Pedrinho:
        - Qual é o seu nome?
        - Pedrinho. Ele respondeu.
        - Você sabe qual é pena para quem mente?
        - A morte. Querendo chorar ele respondeu a pergunta, mas ainda teve forças
           para se conter.
        - Você costuma mentir senhor Pedro?
        - Sim.
        - E sempre fala a verdade?
        - De vez em quando.
        - É só isso seu Pedro, pode se retirar. Disse o principal oficial.
        Ao findar o dia a comitiva real foi se embora sem punir ninguém daquela cidade.
Alguns meses depois foi enviada uma carta diretamente do rei convocando Pedrinho para
trabalhar no palácio real. A carta dizia: ―Em todo o meu reino todos os cidadãos disseram
que jamais haviam mentido, todavia ainda não conheci um homem que jamais mentiu.
Deveria eu então matar todos os cidadãos do reino? Na verdade isso seria prejudicial para
todos. Entretanto, encontrei apenas um cidadão que assumiu que é imperfeito, o que ao
meu ver é essencial para poder chegar ao caminho da perfeição. Por este motivo quero que
ele venha prestar serviços diretamente para mim. Espero que o senhor Pedro esteja em
meu palácio real no máximo em três dias. Finaliza cordialmente o vosso rei‖.
        O caminho para uma verdadeira mudança acontece quando reconhecemos o que
verdadeiramente nós somos e quando decidimos então mudar. Quando entregamos nossa
vida para Jesus e reconhecemos o que fizemos e quem somos e queremos mudar, Ele nos
ajuda. Além de sermos transformados por sua grandiosa graça Ele nos leva a estar junto
de si e em breve o céu será nossa habitação.




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O caçador e o leão

        Um caçador estava em mais uma empreitada no meio de uma mata atrás de um
grande leão. Há mais de quinze dias ele seguia-o e estava quase o encurralando. O mato
para ele era algo tão familiar quanto sua própria casa. Ele era um homem jovem e muito
forte, experiente caçador e bem equipado. Mas por uma obra do acaso ele perdeu seu
equipamento em meio suas muitas tentativas de capturar o leão e disparou seu último
projétil sem acerta-lo. Aconteceu o inesperável e virando o jogo completamente o leão
passou a persegui-lo. O ditado ―um dia é da caça e outro do caçador‖ virou uma
realidade em sua vida, antes o leão lutava para salvar sua pele, agora, o destemido
caçador é quem lutava para continuar vivo. Em um compasso frenético para se safar das
garras do leão, ele caiu dentro de um buraco, que trouxe infelicidade para o leão que não
pode entrar para pegá-lo. Como ele era experiente caçador, sabia que o leão iria ficar
esperando ele sair deste buraco quanto tempo fosse preciso. Ele olhou para um lado e para
outro tudo era escuridão. Lembrou-se da historia de Daniel na cova dos leões e como ele
havia se salvado porque acreditara em Deus. Então disse: ―– Senhor Deus, me ajude!‖.
Ele não ouviu a voz do Senhor, mas o rugido do leão do lado de fora que fez tremer todos
os ossos de seu cansado corpo. Passaram se horas e de vez em quando o caçador ouvia o
rugido do leão que estava a sua espera do lado de fora. Um dia se findou e ele estava
imóvel dentro do buraco. Dois se passaram. Três, quatro, cinco... No sétimo dia pela
manha ele ainda pode ouvir o rugido do leão lhe dizendo que não havia desistido de querer
come-lo. Sem forças e quase com esperanças desvanecidas ele pode ouvir a voz de Deus
que lhe dizia: ―- Vire se, de cinco passos para sua direita e ande mais para o fundo deste
buraco‖. Andar mais para o fundo? Mas como? Pensou ele. Há tantos dias sem comer ele
estava sem condições, não tinha forças para fazer nada, mas em um impulso de
sobrevivência tateou no escuro e se direcionou conforme a ordem divina ao fundo do
buraco, que na verdade era uma caverna e pode contemplar uma pequena luz ao longe.
Depois de uma hora caminhando chegou a uma saída. Esta saída estava ao lado da
nascente de um grande rio que abrigava em suas margens varias árvores frutíferas que
serviram para o restabelecimento do caçador que concluiu que havia sido salvo por um
grande milagre. Grato por tão grande livramento ao retornar para sua cidade se
reconciliou na igreja que ele havia deixado quando criança e se tornou mais tarde um
obreiro da obra de Deus.
        Muitas vezes o diabo nos encurrala como um leão e espera o melhor momento para
nos destruir. Qual é a nossa solução? Ouvir a voz de Deus e dar cinco passos para sermos
vitoriosos:
        O primeiro é ouvir e não ignorar a voz de Deus.
        O segundo é obedece-la.
        O terceiro é nos distanciarmos do leão.
        O quarto é deixar que a luz da palavra de Deus possa nos levar ao lugar de
repouso e desfrutar da paz e alegria que nos é oferecida.
        O quinto é ser grato por tudo que Deus fez por nós, o amando e servindo-o.




                                           24
A mulher de fé


        No nordeste brasileiro existem épocas de grande seca.
        O povo para sobreviver tem de buscar água em lugares distantes, pois nem sempre
os caminhões do governo que transportam água dão assistência em todos os municípios.
Assim era também a situação da cidadezinha de Pouca Água. Lá a água era pouca mesmo
e o povo muito sofrido. Todos acordavam muito cedo, mais ou menos às três horas da
madrugada para caminhar uns quinze quilômetros para buscar água com um pote de barro
de cinco a dez litros na cabeça. A realidade do povo de Pouca Água era cercada de
dificuldade e estavam distantes de Deus até que certo dia pelo Espírito Santo um
evangelista chegou à cidadezinha e anunciou o evangelho. Muitos se converteram a
palavra do Senhor e logo se formou uma congregação de crentes fervorosos que viviam em
oração. Certo dia os irmãos resolveram se unir para buscar a Deus em prol de chuvas,
pois a mais de um ano a seca castigava a pobre cidade. Todos se uniram em oração e
durante um período de três horas oraram e oraram. Findando a oração todos foram para
casa, à oração havia começado às dezesseis horas e terminado a dezenove. No dia seguinte
como de costume todos acordaram as três da madrugada para buscar água naquele lugar
distante de sempre. Todos, menos uma irmã, a qual foi procurada entre os cidadãos que
iam unidos buscar água. Ela não estava. Resolveram bater em sua casa. Ela estava
dormindo. Quando indagada por estar dormindo e não ter se despertado para buscar a
água pelos próprios crentes que no dia anterior oraram com ela, respondeu: ―- Orei ao
Senhor e nele confiarei, ainda hoje em nossa cidade choverá‖.
        Devemos orar e acreditar no que estamos pedindo. Quem ora e não acredita nunca
receberá nada. Através da fé daquela irmã naquele mesmo dia Deus enviou chuva para
cidade de Pouca Água que teve de mudar de nome. A cidade por causa das orações de uma
mulher de fé passou a se chamar Abundante Água.




                                          25
Detergente Divino


       Mariazinha era menininha muito inteligente e questionadora que vivia a pedir
explicações a sua mãe. Dona Gertrudes ficava de cabelo em pé toda vez que Mariazinha
lhe formula aquelas perguntas que teria de ter jogo de cintura para responder. Certa
segunda-feira, logo após o período diurno de ensino Mariazinha chegou em casa, guardou
a camiseta e a blusa do uniforme escolar, porém a calça pôs para lavar. Fez a lição de
casa e ao terminar o almoço observando sua mãe lavar a louça se pôs a perguntar:
       - Mãezinha ontem o pastor disse que o sangue de Jesus limpa a todos nós do
           pecado. Como pode ser isto, pois hoje quando estava brincando na escola cai,
           machuquei o joelho e o sangue que saiu sujou toda minha calça. Se o sangue
           suja, como o de Jesus pode lavar em vez de sujar?
       - Mariazinha... Mariazinha... Você e suas perguntinhas. Sorrindo falou
           alegremente com a filha e no pensamento orou: ―Dá-me sabedoria Senhor!‖.
       - Eu quero saber mãezinha, eu não entendo. Replicou Mariazinha.
       - Lembra daquele detergente baratinho que comprei semana passada filha?
       - Sim, não valia nada, eu lembro que foi isso que a senhora disse, em vez de
           limpar parecia sujar a louça. Disse a Menina.
       - E este outro que comprei e estou usando você viu como é diferente?
       - Ele limpa melhor e é mais caro mãezinha.
       - Isso mesmo, assim também é o sangue de Jesus minha filha. O sangue de todos
           os homens é como aquele detergente ruim em vez de limpar ele suja, ele não
           serve para limpar, mas o de Jesus é como este detergente melhor que comprei,
           ele tem o poder de limpar o homem da sujeira do pecado!




                                          26
A Balsa


        Na região Norte do Brasil existem lugares inacessíveis aos automóveis e até mesmo
pelo meio normal de locomoção – ―as pernas‖, é necessário usar uma balsa para
atravessar um mar de água doce e chegar as vilas onde vivem pessoas muito carentes do
amor de Deus. Não medindo esforços um pregador decidiu levar a palavra de Deus para
aqueles que moram além do mar doce e usou a experiência da trajetória da balsa para
ilustrar aos cidadãos daquele lugar como todos os homens podem chegar perto de Deus.
Ele disse: - Moradores da Vila Tal, vejam como é difícil chegar aqui. O carro que tentasse
vir aqui ficaria afundado no grande rio, pois ele foi feito para rodar em ruas e não para
flutuar na água. A pé não se pode chegar aqui, pois o homem não consegue desafiar a lei
da gravidade e andar sobre as águas. Para vir aqui a nado só se for um nadador
profissional e olhe lá, pois estamos cercados de muita água. Sem a balsa o que seria de
cada um de nós? Sem nosso amigo que a pilota e o dinheiro que pagamos a passagem
como chegaríamos do outro lado? Saibam que da mesma maneira que estas muitas águas
nos separam do outro lado e se constituem uma barreira que devemos transpor quando
precisamos ir até a cidade grande, entre cada um de nós e Deus existe também uma
barreira que é muito maior que as essas águas. A barreira do pecado. E não existe
nenhuma maneira de cada um de nós chegarmos perto de Deus com nossos esforços ou
coisas que inventamos. É necessário utilizar a balsa que é o Senhor Jesus, pois Ele é o
único meio de transpormos o mar do pecado e chegarmos perto de Deus. Jesus é o piloto
que nos leva a Deus e o custo da passagem Ele já pagou morrendo em nosso lugar e a
única coisa que Ele exige para podemos entrar em sua balsa é a fé e a obediência.




                                           27
A Bacia


       Num belo dia de domingo pela manhã uma professora da escola dominical foi
inspirada pelo Espírito Santo e explicou para sua classe de crianças de seis a oito anos
como o Senhor Jesus podia lavar o homem dos seus pecados e deixa-lo limpo e porque nem
todos queriam ficar limpos do pecado. Ela como em todos os domingos reuniu os alunos e
orou com eles deixando-os logo em seguida brincar durante duas horas no parquinho que
ficava atrás da igreja. Ao terminar às duas horas de brincadeiras ela chamou-os para
retornar a sala de aula e notou que as crianças tinham ficado com as mãos bem sujas de
terra e os colocou em fila para lavá-las em uma grande bacia que estava em sua mesa,
depois que cada um lavou as mãozinhas e se dirigiu para seu lugar na sala ela disse:
       - Quem gostou das brincadeiras?
       Todos levantaram as mãos e disseram:
       - Eu!
       A professora perguntou:
       - Quem ficou com a mão suja?
       -    Só o Joãozinho professora. Respondeu um dos meninos.
        Então a professora perguntou novamente:
       - Quem lembra da lição da semana passada?
       - A lição nos ensinou sobre que cada um de nós pode ser limpo do pecado pelo
           sangue de Jesus. Disse uma menina.
       - Muito bem - Disse a professora e continuou – O pecado é como a sujeira que
           estava nas mãozinhas de vocês, mas quando cada um decidiu vir lavar nesta
           grande bacia a suas mãos ficaram limpas. Somente Joãozinho ficou com as
           mãos sujas, porque não quis lavá-las.
       - Jesus é como a água desta bacia que tira o pecado assim como tirou a sujeira
           das nossas mãos professora?
       - Isto mesmo Zezinho. Respondeu a professora e ainda perguntou. Quem
           entendeu a explicação sobre como Jesus nos limpa de nossos pecados?
       - Eu. Todos juntos levantaram as mãos, inclusive Joãozinho.
       - Agora que todos sabemos que o pecado é tão ruim como a sujeira nós sempre
           pediremos para o Senhor Jesus nos lavar para que sempre fiquemos limpos.
       A alegria da professora foi muito grande, pois não só ensinou higiene pessoal para
seus alunos, mas também a palavra que dá vida eterna e antes de fazer a oração final para
encerrar a escola dominical viu Joãozinho se aproximar de sua mesa e lavar suas
mãozinhas e dizer:
       - Lavei as mãos e nesta oração quero que a bacia de Jesus também limpe a
           sujeira do meu pecado professa!
       A professora sorriu e orou com as crianças agradecendo a Deus por mais uma aula
abençoada.



                                           28
O Metrô


      Um homem que anunciava a palavra de Deus próximo a uma estação do Metrô foi
indagado por um ouvinte:
      - Será que algum comedor de arroz e feijão vai conseguir ir ao céu? A passagem
          deve ser muito cara! Ao acabar de falar começou a rir.
      Ele respondeu:
      - Caro amigo, à volta de Jesus está próxima de acontecer. O preço da passagem
          para ir ao céu é a fé e a mensagem – ―O evangelho‖ é como um trem do metrô
          que tem um percurso a cumprir. Ele tem inicio e final. Como o metrô tem que
          percorrer várias estações para chegar ao seu destino, assim também é a
          mensagem do evangelho. Cada dia que passa é como uma estação que o metrô
          do evangelho para e chama pessoas para embarcar. A viagem parece ser muito
          longa, e muitos pensam que ela nunca terminará, mas não devemos nos enganar
          porque assim como a viagem teve inicio também terá final, pois chegando o
          momento da parada na última estação, ou melhor, no último dia e quando isto
          ocorrer o metrô do evangelho vai conduzir cada um que estiver nele ao destino
          final que é estar para sempre ao lado de Jesus. Tanto você e eu não devemos
          estar preocupados se o metrô do evangelho vai chegar ou não ao final de sua
          viagem, mas devemos nos preocupar em estar dentro dele para poder
          contemplar o céu onde está nosso Deus.




                                          29
As Duas Sementes


       Um palestrante cristão contava aos irmãos de certa igreja a importância do
evangelho ser ensinado as crianças desde de sua tenra idade pelos pais e a própria igreja.
Ele mostrou livros, brinquedos, revistas, desenhos, vídeos e etc. No final de sua palestra
ele comparou as crianças a uma sementinha que deveria ser cuidada e passou um vídeo
mostrando a trajetória de duas sementes.
        A primeira foi colocada em solo ruim e era regada de vez em quando e foi adubada
poucas vezes durante a fase de crescimento. Como era um vídeo onde todos puderam ver o
que acontece com uma semente que germina e é mal cuidada. Um processo de vários meses
condicionado em apenas alguns minutos. A sementinha mal cuidada se tornou uma planta
pequena, raquítica e feia. Não tinha forças nem para dar frutos e o seu final foi à morte.
       A segunda foi colocada em um bom solo e era regada diariamente, bem adubada no
tempo certo germinou e seu crescimento foi maravilhoso. O vídeo que encurtou o tempo de
meses mostrou também em minutos o desenvolvimento desta nossa plantinha que cresceu e
se tornou uma árvore bonita e que deu frutos que davam água na boca.
       Ao final ele concluiu aos ouvintes:
       - Se desprezarmos a oportunidade dada por Deus aos pais e a igreja de ensinar o
           evangelho aos nossos filhos eles serão seres humanos vazios da graça divina e
           feios por causa do pecado e destinados à morte eterna. Se utilizarmos bem
           nossas virtudes e dons e unidos ensinarmos o evangelho as nossas crianças
           além de receberem a vida eterna serão os futuros trabalhadores de um imenso
           campo para nosso grande Deus.




                                           30
O dentista divino


        Num consultório dentário dois amigos discutiam sobre a salvação. Um era
descrente e dizia que era impossível um homem mau que fez coisas terríveis se tornar uma
pessoa mudada. Isto nunca pode acontecer! Afirmava ele.
         O amigo cristão simplesmente disse:
        - Parece que você nunca restaurou um dente. A mudança que ocorre em um homem
é como a restauração de um dente. O dente sozinho não pode ser restaurado e dependendo
da carie ele pode até ser arrancado e jogado fora, mas graças à intervenção do dentista o
dente mais cariado pode ser restaurado se tornando bom novamente. Assim também é a
mudança que ocorre no homem pecador, ele é semelhante ao dente e está cariado
(danificado) pelo pecado. O dentista divino que é Jesus Cristo o restaura e o muda de tal
maneira que ele se torna um dente bom. E neste dente bom se deve usar o fio dental da
oração para retirar as caries e a pasta de dente da palavra para mantê-lo limpo.




                                           31
O mais fiel entre os homens


        Sonhei que me foi incumbida uma tarefa muito difícil, teria que achar o mais fiel
entre os homens. Como a voz daquele que me ordenava transmitia uma urgência tão
profunda sai tão rápido a essa procura que me via como uma águia que voa com todo o
ímpeto. As minhas andanças foram muitas e comecei a alistar aquilo que vi em toda a
terra.
        1) Conheci um homem que possuía uma riqueza tão grande que mal podia ser
calculada e que antes de sua morte a distribuiu totalmente num gesto de caridade para
auxiliar várias pessoas necessitadas. Disse comigo certamente é este o homem que
procurava, todavia ouvi a mesma voz que me incumbira desta missão a dizer: ―A sua
busca ainda não cessou‖.
        Então sai e continuei a procurar...
        2) Caminhei e caminhei e achei um grande evangelista que ao levantar as suas
mãos milhares eram curados de suas enfermidades, porém não era ele quem eu procurava.
        Continuei minha procura até que...
        3) Encontrei um que também era notável, homem muito inteligente, um grande
pesquisador que criou uma vacina que beneficiou milhares e milhares de pessoas que
estavam sentenciadas a morte, todavia também não era ele.
        Não podia desistir de minha missão e por isso a jornada foi estendida e ...
        4) Achei um que era inventor e que criou inumeráveis invenções. Ao contemplar a
lista que apontava para milhões que foram beneficiados por elas não tive dúvidas em dizer
é este quem eu procurava, todavia a minha procura deveria continuar, pois ainda não era
ele.
        Eu dizia comigo a onde ele está? Quando estava quase a desanimar...
        5) Em uma terra longínqua conheci um homem que por sua grande capacidade de
governar transformou seu país numa nação prospera e feliz. Nunca havia andado em um
lugar que todos não reclamavam de nada e tudo era tão bem organizado. Quando pensei
em escrever que a minha busca havia terminado ouvi a mesma voz a dizer para continuar a
minha procura.
        Daquele lugar parti...
        6) E cheguei num lugar onde todos cantavam e cantavam. Conheci também outro
que para mim era mais que notável, era um compositor de músicas que fez alegrar milhões
e milhões com suas canções. Pessoas que estavam à morte sorriam ao ouvir suas melodias,
crianças pulavam, homens e mulheres cantavam suas canções, todavia também não era
este.
        A procura estava muito difícil, porém não podia parar, aquela voz que me ordenou
essa missão parecia viva dentro de mim e por isso continuei...
        7) Encontrei um homem que era sábio e entendido e através dos seus escritos fez
muito bem a milhões, mas ainda não era ele aquele a quem procurava.
        8) Quando disse a mim mesmo: desisto! Vi um homem a certa distância e para mim
ele não demonstrava ter dons que sobrepujavam aos que encontrei anteriormente, porém
ao chegar perto observei que o seu rosto brilhava, suas palavras transmitiam vida e suas

                                           32
atitudes demonstravam que ele era diferente. Naquele instante pude ouvir aquela voz que
me transmitira à missão de encontrar o mais fiel entre os homens dizer que eu o havia
encontrado. Então pude compreender que o mais fiel entre os homens era aquele que como
um espelho refletia a imagem de nosso Senhor Jesus Cristo.




                                          33
A máquina humana



Ao ler que o ser humano era uma verdadeira máquina,
Resolvi fazer um curso de instalador e comecei a instalar.
Instalei amizade na vizinhança e começou a funcionar.
No trabalho o companheirismo mudou o ambiente.
Em casa o amor e cumplicidade resolveram os problemas.
A paciência ajudou vários pais a criar seus filhos.
Na escola o incentivo foi suficiente para levantar vários gênios.
A honestidade mudou o quadro do governo.
Com misericórdia e compreensão cessou as brigas no bairro inteiro.
A única dificuldade foi convencer outros a iniciar este curso,
Pois a manutenção dos serviços é mais trabalhosa do que a instalação,
Deus é quem o diga.
Por acaso você não quer se candidatar, caro amigo?




                                    34
O piloto sem fé


        Um piloto estava sobrevoando a região de manguezais, quando seu avião sofreu
uma falha mecânica e se precipitou em rumo a destruição, colidindo com uma montanha.
Ele porém, saltou de paraquedas caindo no topo de uma arvore no meio do manguezal.
Estava ele numa pequena área de terra rodeada de águas. Para ser mais exato ele estava
em uns cinco metros quadrados de terra seca. A água era muito barrenta e escura de tal
forma que não era possível ver o fundo. Isto não seria um grande problema se pelo menos
ele soubesse nadar. Para complicar ainda mais a situação ele havia se lembrado que
naquela região existiam jacarés e piranhas, fato que o deixou espavorido. Além disso, ele
estava ferido em seu ombro esquerdo e havia perdido muito sangue, precisava urgente de
primeiros socorros e de ir ao hospital mais próximo. Ao passar o tempo a angustia
começou a tomar conta de seu ser, sua situação ficou cada vez pior devido ao ferimento. À
vontade de sair era grande, tão grande quanto o medo de se afogar. Foi ai que ele se
lembrou de Deus e disse: - Senhor Deus, se o Senhor existe, por favor, me tire daqui. Então
ele ouviu a voz do Senhor a falar ao seu coração: - Você quer mesmo sair daí?
                - Sim, como quero! Disse ele.
                - Você lembra que Moisés passou pelo mar vermelho? Perguntou Deus.
                - Sim lembro Senhor. Respondeu Ele.
        Deus continuou falando:
                - E que meu filho Jesus andou por cima das águas?
                - Sim me lembro de tudo isto Senhor. Respondeu novamente.
                - Muito bem! Saia andando por cima destas águas. Ordenou-lhe Deus.
                - Não posso Senhor, não sei nadar e ainda estou com o ombro bem
                    machucado. Replicou tristemente.
    A tristeza virou um medo crescente, que o impulsionou a subir na arvore em que estava
preso seu paraquedas querendo achar alguma segurança e ali ficou até que o machucado
virou uma grande gangrena e ele acabou morrendo. Pouco tempo depois de sua morte,
alguns homens que caçavam crustáceos e estavam andando pela água barrenta do mangue
que não era superior a trinta centímetros de altura, viram o corpo morto entre os galhos
da arvore e disseram: - Pobre homem, não deve ter dado tempo de descer desta árvore e
vir andando para nossa vila que fica a uns quinze minutos daqui.




                                            35
O pescador de sonhos


        Ao falar sobre sonhos um palestrante pediu que sua plateia de cerca de cinquenta
pessoas o seguissem. Sem saber para onde iam entraram num ônibus que os levou a um
pesqueiro que se situava próximo ao auditório da palestra. Ao descerem do ônibus cada
um ficou se perguntando o porquê da interrupção da palestra e o motivo de estarem num
pesqueiro. O palestrante apenas pediu para sua plateia observa-lo. Este entrou num barco
e foi até certo ponto do pesqueiro e com a vara na mão jogou o anzol e pescou. Pescou
quatro grandes peixes e voltou. Ao descer do barco disse:
        - Os sonhadores se assemelham a pescadores que pela determinação de lançar as
           suas varas no mar do coração retiram para realidade seus sonhos. Os quatro
           peixes que retirei do mar simbolizam os quatro princípios que vocês devem ter
           para fazer que os sonhos se tornem realidade. O primeiro é possuir o sonho, o
           segundo acreditar que ele pode se tornar realidade, o terceiro é a coragem de
           lutar por ele, o quarto é a determinação de não esmorecer encontrando
           dificuldades.




                                          36
A pipa


       Um homem caminhava por um parque desconsolado. As coisas estavam difíceis,
sua empresa estava falindo, as dividas estavam cada vez mais altas e seus pensamentos
eram tão desanimadores que o direcionavam ao suicídio. De repente ele parou e começou
a observar vários garotos que empinavam pipas. As pipas eram belas e estavam cruzando
os céus num majestoso espetáculo de beleza e animação. Crianças sabem fazer uma
verdadeira festa com seus brinquedos. Porém, entre eles um menininho estava triste e com
a cabeça baixa estava a chorar. O homem desconsolado tirou forças de onde não tinha e
disse ao menino:
       - Não chore menino.
       - Minha pipa não sobe e não tem jeito dela subir.
       - Lógico que tem jeito eu vou te ajudar. O homem desconsolado falou.
       Quando era criança o homem desconsolado gostava muito de empinar pipa e
conhecida muito sobre esta brincadeira. Por isso, conseguiu arrumar a pipa do menino e
ainda conseguiu coloca-la no alto e ambos sorriram. Ao final do dia o homem
desconsolado não estava mais desconsolado, mas bem melhor. E para completar seu dia
ele pode ouvir daquele simples menino uma frase que ergueu seu ânimo:
       - Obrigado meu caro amigo. Sozinho eu nunca poderia fazer minha pipa subir,
           mas graças a sua ajuda olhe onde ela está.
       As palavras do menino ecoaram em seus pensamentos durante horas e por fim, o
homem que outrora estava desanimado, teve uma impulsão divina de ânimo. Deixou de
lado a ideia de suicídio, propôs segurar nas mãos amigas que lhe tinham sido estendidas,
dividiu suas preocupações com sua família e amigos. Lutou e com apoio dos familiares e
funcionários a empresa novamente se estabilizou. A maior lição disso tudo ele pode contar
às pessoas que lhe perguntaram como conseguiu tirar a empresa da falência resumindo na
seguinte frase:
       - ―Nenhuma pipa defeituosa pode subir sem auxilio, pois existem momentos que
           precisamos de ajuda e o apoio de mãos ajudadoras. Sem elas tudo se torna
           muito difícil, porém com elas ao lado temos a virtude necessária para
           alcançarmos a vitória‖.




                                           37
Dar corda


        Dois homens de grande importância pública entraram numa relojoaria e discutiam
sobre como levar o país crescer novamente, sendo que há anos a economia estava
estagnada. O relojoeiro recebeu o relógio de um daqueles homens e ao abri-lo para
verificar o motivo pelo qual este não funcionava também ouvia a discussão que até então
não houvera progredido em rumo a uma solução. Um dizia – a saída é mais um
empréstimo. O outro dizia o jeito é criar mais um imposto. Em meio há minutos acalorados
de planos e mais planos para mudar a realidade do país o relojoeiro disse:
        - O relógio tem tudo para funcionar, as engrenagens estão nos lugares e suas
            peças são de excelente qualidade o que está faltando é o senhor dar corda nele,
            pois ele parado no tempo além de não funcionar pode enferrujar.
        - Obrigado. Disse o dono do relógio e foi se retirando com seu amigo quando o
            relojoeiro lhe disse:
        - O nosso país tem tudo para crescer. Basta dar corda na educação, dar corda na
            produção agrícola, dar corda à produção cientifica, dar corda na redução de
            gastos desnecessários, dar corda às campanhas anticorrupção, dar corda a
            políticas de apoio aos pobres e não parar no tempo diante das prioridades que
            indicam que os governantes estão interessados em governar para o povo e não
            para si mesmos.




                                            38
O mundo precisa de energia


        A energia elétrica é um beneficio fabuloso para toda a humanidade com ela
podemos usar aparelhos que fazem inúmeros trabalhos ao nosso favor e ainda podemos em
noites escuras ter a claridades das lâmpadas graças a ela, a dona eletricidade. Porém em
uma noite que parecia como qualquer outra aconteceu um blecaute e a cidade caiu em uma
escuridão total durante alguns minutos. Na hidroelétrica que fornecia toda eletricidade da
cidade houve uma pane no seu sistema causando um grande transtorno a todos. Graças à
intervenção dos técnicos e profissionais da área o problema foi resolvido, mas a situação
exposta nos jornais do dia seguinte proporcionou ao pastor de uma igreja formular a
seguinte ilustração:
        ―O mundo precisa da energia para realizar diversas atividades que sem a
facilidade que ela promove até mesmo durante o dia seria difícil fazer e ainda é de
conhecimento de todos que as noites sem ela tornariam o mundo mergulhado em trevas. A
palavra de Deus é a energia que ilumina o mundo que está mergulhado em trevas
continuas. Deus é a hidroelétrica que envia energia para este mundo mediante aos cabos,
ou, seja, a pregação da igreja é a energia que todos estão precisando para não viverem em
trevas. A mentira, a ganância, a cobiça, o roubo, o adultério, o homicídio , o vicio, o
sacrilégio e o pecado em geral deve ser dissipado pela luz do evangelho.‖
        O Pastor concluiu o discurso dizendo:
        ―Querida igreja, não deixemos o mundo mergulhado em trevas!‖




                                           39
A vida volúvel daqueles que se dizem
                      cristãos e não conhecem nada sobre sua fé


       Eram 20h45 minutos e o culto da igreja cristã do bairro de Vila Incerteza havia
terminado. Todos os membros estavam satisfeitos com o sermão que ouviram. Parece que
todos eles tinham quase certeza que conheciam aquele que eles cultuam todos os
domingos. Enquanto a multidão que saia das portas do templo se deslocava aos seus lares
a pé ou se direcionavam para seus automóveis uma cena chamou a atenção deste escritor.
Um homem aparentando cinquenta anos de idade e uns trinta de cristão estava sendo
entrevistado por um repórter do diário escarnecedor. A entrevista foi mais ou menos
assim:

Repórter: - Você é cristão?
Entrevistado: - Sim.
Repórter: - Você conhece Cristo?
Entrevistado: - Sim.
Repórter: - Você conhece Deus?
Entrevistado: - Sim.
Repórter: - Você conhece o Espírito Santo?
Entrevistado: - Sim.
Repórter: - Você conversa com eles?
Entrevistado: - Sim.
Repórter: - Você acredita neles?
Entrevistado: - Sim.
Repórter: - Como você afirmou que conhece a Cristo, O Espírito Santo e a Deus, me diga
como eles são.
Entrevistado: - Eu não sei como eles são.
Repórter: - Como não? Se você diz que os conhece, conversa e acredita neles como não os
conhece?
Entrevistado: - Eu acho...
Repórter: - Quem acha não tem certeza.
Entrevistado: - Meu pastor diz que eles existem, e ele sempre fala a verdade.
Repórter: - Quer dizer que o seu pastor conhece a Trindade?
Entrevistado: - Lógico que sim.
Repórter: - Será que ele aceitaria ser entrevistado?
Entrevistado: - Sei não. Ele é um homem muito ocupado, estou esperando uma visita dele a
uns três anos e ele ainda não teve tempo.
Repórter: - Obrigado, depois eu vejo se consigo agendar com seu pastor uma entrevista.
Entrevistado: - Você pode tentar.
Repórter: - Você lê a Bíblia?
Entrevistado: - De vez em quando.
Repórter: - É verdade que a Bíblia diz que Deus tarda mais não falha?

                                          40
Entrevistado: - Sim, já li isso nela.
Repórter: - Também está escrito que Deus escreve certo por linhas tortas?
Entrevistado: - Não tenho certeza, mas acho que sim. Outro dia ouvi o irmão fulano de tal
dizer que na Bíblia isto estava escrito e ele lê a Bíblia muito mais que eu.
Repórter: - Os pastores afirmam que existe um céu e por isso eu gostaria de saber se você
acredita nisto, pois ninguém ainda viu este tal de céu.
Entrevistado: - Eu acredito, mas ainda não tinha parado para pensar nisto.
Repórter: - Quer dizer que vocês cristãos não pensam?
Entrevistado: - Não é bem assim. Agente quer tudo mastigado.
Repórter: - Quer dizer que o quê o pastor fala é lei e vocês nem conferem na Bíblia?
Entrevistado: - É mais ou menos assim.
Repórter: - Acho melhor você mudar de religião, pois, você nem sabe se o que você ouviu é
verdade e você também nem tem o interesse de pesquisar.
Entrevistado: - Sabe que você tem razão.
Repórter: - A minha religião é meu emprego e o céu é minha casa.
Entrevistado: - Acho que vou adotar essa religião também.
       Ao final da entrevista o repórter do diário escarnecedor teve a matéria para seu
jornal e ainda pode desenvolver uma tese para o seu mestrado intitulada: ―A vida volúvel
daqueles que se dizem cristãos e não conhecem nada sobre sua fé!‖
       Moral da história: quem não conhece o que está escrito na Bíblia fala o que não
está escrito, concorda com o que não é bíblico, critica a verdade e pode ser induzido a
deixar a sua fé.‖




                                           41
O chuveiro da graça e a fé


       Numa das aulas do discipulado de uma igreja cristã o catecúmeno perguntou ao
professor como pela fé a pessoa tem condições de receber o perdão dos pecados mediante
o sangue de Cristo Jesus. O professor com muita paciência explicou tudo o que entendia
por salvação começando pela morte substitutiva de Jesus por cada um dos homens e
também pela redenção, justificação, adoção, graça e a importância da fé finalizando com a
seguinte ilustração:
       O pecado é uma espécie de sujeira impregnada no ser humano. Nós sabemos que
toda sujeira que o homem acumula em seu corpo deve ser limpa por uma questão de
higiene e prevenção. A sujeira pode fazer uma pessoa até adquirir doenças e etc. O quê
cada um de nós faz parar limpar a sujeira do nosso corpo? Utilizamos o chuveiro.
Sabonete, xampu e água são nossas armas para limpar nosso corpo. Mas o quê isso tem
haver com o pecado? Podemos ilustrar que a sujeira do pecado deve ser limpa no chuveiro
da graça que derrama o sangue de Jesus que é semelhante à água que não mancha, mas
limpa e utilizando o sabonete da palavra e o xampu da oração podem fazer em nosso corpo
uma lavagem completa e eficaz. Mas onde a fé entra nessa história? A água do chuveiro
não cai sem que abramos o registro, o sabonete e o xampu não podem limpar nada se não
tomarmos eles em nossas mãos e esfregarmos o corpo e os cabelos. A fé é semelhante à
mão que abre o registro e esfrega o sabonete no corpo e o xampu nos cabelos. A fé é
totalmente necessária para que os efeitos maravilhosos da graça possam ser eficazes em
nossas vidas.




                                           42
A televisão


        A televisão quebrou. A entrada auxiliar para entrar o dvd e assim poder assistir
filmes, clips e etc não funcionava e por isso levei-a ao conserto. Durante quinze dias ela
funcionou muito bem até que aconteceu de novo, quebrou. Eu via a imagem e não ouvia o
som. Que coisa mais chata! Mandei-a para o conserto novamente. Durante um mês ela
permaneceu excelente, porém, aconteceu de novo, só que desta vez não tinha imagem
somente a som. Foi-se para o conserto. Passados alguns meses pifou, nada estava
funcionando e ao leva-la novamente ao conserto foi me dito que não dava mais para
arruma-la. O jeito foi joga-la fora, espero que pelo menos ela possa servir como material
reciclável. No lixo a televisão foi apanhada por um rapaz que levou para sua casa e
resolveu conserta-la. Para mim não tinha mais jeito, mas para ele era o contrario, aquela
televisão iria ficar novinha em folha. Ele um excelente técnico em eletrônica e a arrumou
de tal maneira que seu desempenho passou a ser melhor do que antes. Com esse
acontecimento comecei a pensar que homem é semelhante a uma televisão quebrada.
Apesar de ter sido criado a imagem de seu criador o pecado o danificou e como no caso da
entrada do dvd ele esta sempre se recusando a se conectar com Deus e ter os ensinamentos
divinos que irão lhe conduzirão a vida eterna. Também como no momento em que a
imagem funcionada e o som não saia, o pecado faz com que o homem não ouça a voz de
sua consciência e por isso anda de uma maneira desordenada. No outro caso em que ela
estava sem imagem, mas com o som, eu pude refletir que o homem por causa do pecado
anda apagando a imagem do Senhor de sua vida e o som de sua alma pedindo socorro é
semelhante ao pedido de conserto para televisão. Por fim, o pecado é tão terrível e tomou
conta do homem de um jeito que parece que não existe mais solução para ele e por isso seu
destino é ser jogado fora, no inferno. Ainda bem que o melhor técnico do mundo muda essa
situação. Jesus faz como aquele rapaz que consertou a televisão que foi jogada fora e a fez
funcionar novamente e de uma maneira melhor. Jesus retira o pecado, conserta o homem
e faz com que ele possa ter condições de viver de uma maneira melhor estando conectado
com o céu, recebendo e transmitindo a palavra de Deus e refletindo sua imagem.




                                            43
O inimigo do Rei


        Em uma terra remota há muitos anos atrás viveu um poderoso Rei que reinou sobre
    muitos povos. A trajetória de sua historia foi marcada por inumeráveis vitórias e sua
    fama voou por todos os lugares. Mas como aos homens está ordenado viverem uma
    única vez, ele seguiu o caminho de todos, nasceu, cresceu, envelheceu e por fim iria
    como qualquer homem morrer. Antes de sua morte, chamou o príncipe herdeiro e
    disse:
        -     Como eu, você enfrentará muitos inimigos e não deve de maneira nenhuma
              teme-los.
        -     Procurarei vence-los. Respondeu o príncipe.
        -     Sei disso meu filho. Mas quero que você saiba que de todos os inimigos que
              você enfrentar, um deles vai ser o mais forte de todos.
        -     Quem é ele meu pai? Indagou o jovem príncipe.
        -     Agora você não poderá entender o que estou falando, mas para o dia em que
              você estiver em grande aflição e perigo tenho preparado está caixinha para te
              direcionar a vitória. Neste dia, somente neste dia, me prometa que abrirá está
              caixinha e então você conhecerá seu maior inimigo. Falando com bastante
              dificuldade o rei deu está ultima ordem.
        -     Sim meu pai, como me pediste assim farei. O príncipe em lagrimas jurou ao
              velho rei e viu o seu ultimo suspiro.
        Anos se passaram e em muitas batalhas o jovem rei lutou, mas nunca se esqueceu
das palavras de seu pai. Ele sabia que cedo ou tarde teria que encontrar o tal inimigo que
seu pai lhe falara e por isso fortaleceu seu reino com todo tipo de armas bélicas de sua
época e seu país foi considerado uma grande potencia.
        Um dia porem, uma grande nação se levantou contra seu reino. Era uma nação
muito forte e valente que havia conquistado muitos povos e venceu parte do exercito do
jovem rei. A angustia, a dificuldade e aflição que seu pai falará havia chegado. Mas ele já
estava conhecendo seu inimigo sem precisar olhar dentro da caixinha e ele via que não
tinha jeito de mudar o que já era inevitável—a derrota era certa.
        Certa manhã prevendo que o reino seria destruído e quase sem forças para lutar
resolveu olhar dentro da caixinha qual era esse tal inimigo que ele tinha de conhecer para
vence-lo. Abriu a caixinha e ficou olhando-a por longo tempo. Reuniu as tropas que
restaram e partiu para a batalha decisiva e foi vitorioso.
        Dias depois, em comemoração sobre a vitória que ele conquistará, relembrou as
palavras de seu pai e agradeceu pela caixinha que ele havia deixado para lhe mostrar
como ele poderia vencer seu maior inimigo. O jovem rei falou:
        -     Hoje tenho o prazer de comemorar está grande vitória. Não tive de vencer em
              primeiro lugar a espada ou a flecha, nem cavalos ou canhões, mas ao olhar
              para aquela caixinha dada pelo meu saudoso pai, vi uma chapa de latão
              polida e que mostrava minha imagem distorcida e continha um bilhete que
              dizia: teu maior inimigo é você mesmo. Aquele reflexo distorcido não era eu,
              por isso, compreendi que se quisesse ser um vencedor teria que vencer a mim
              mesmo, e depois, vencer outros inimigos menores.

                                            44
Sonhos e foguetes


       Certo palestrante desafiou seus ouvintes com a seguinte pergunta: - Vocês querem
ver seus sonhos subirem e cruzarem os céus? Logicamente todos disseram que sim.
       Ele continuou:
       - Os sonhos são semelhantes a foguetes. Um foguete para subir necessita de
combustível, designer e mecânica. Aquele que não pôde contemplar o foguete do seu
sonho subir é porque não o desenhou, não o projetou, não fez o seu designer direito. E
também não fez manutenções, não se preocupou com sua mecânica e por fim, não colocou
combustível suficiente. Por isso o desanimo venceu e o foguete não decolou. Mas quero
dizer que cada um de vocês devem projetar seus sonhos, saber como eles são e lutar para
construí-los. E ainda devem fazer sua manutenção, cuidar dele, organiza-lo, trocar alguma
peça que não está funcionando bem, mas nunca joga-lo fora e por fim colocar muito, mais
muito combustível de perseverança para poder vê-lo cruzar os céus.




                                           45
Auto-Estima


       Conta-se que na antiguidade havia dois guerreiros e atletas imbatíveis que se
chamavam Estima. A única coisa que diferenciava os dois era a cidade em que nasceram.
Um havia nascido na cidade Auta e outro na cidade Baixo. Assim eram conhecidos: Auto-
Estima e Baixo-Estima. Em tudo que eles disputavam se sobressaiam sobre os demais e no
fim se confrontavam e caiam prostrados e esgotados de tal maneira que em tudo
empatavam. Nas corridas, lutas, natação, jogos e etc. somente a palavra empate existia a
favor dos dois. Até então nunca se soube qual era o melhor, porém, este impasse passou a
incomodar até os deuses que se propuseram a resolver este dilema propondo uma corrida
pela estrada da vida inteira. Durante a corrida os dois oponentes correriam carregando
enormes cestos nas costas e neles deveriam colocar pedras ao passarem por sete cidades
maravilhosas e os vales que lhes opõem. e que não podem ser evitados durante a corrida
na estrada da vida inteira. Os vales são: vale do desânimo, da calúnia, da humilhação, do
desespero, da murmuração, do ceticismo, da desesperança. Destes vales sairiam as pedras
que tentariam frustrar essa disputa de titãs.
       Antes de começar a corrida, na linha de largada a deusa da sabedoria entregou a
ambos uma chave e lhes disse: - O vencedor será aquele que cruzar a linha de chegada
portando o seu cesto e abrir a caixa que contêm o grande prêmio dessa corrida.
       A estrada da vida inteira possuía um único começo, mas duas trilhas opostas a
cada corredor. Por ter trilhas opostas os dois adversários não se veriam em nenhum
momento. A prova duraria dezesseis dias e ao som das trombetas os deuses disseram: -
Que comece a disputa!
       Baixo-Estima e Auto-Estima correram e correram. Eles chegaram a cidade de
Ânimo para vencer e a cruzaram já no primeiro dia deixando-a em poucas horas para trás
e seguindo a tarde pelo vale do desânimo foram abordados por um gigante que lhes falou:
- Para prosseguir você deve carregar a pedra do desânimo. Sem contestarem nada
colocaram a pesada pedra no cesto e continuaram a corrida até que findou o primeiro dia.
No segundo dia após passarem pela cidade de Boa Fama outro gigante os abordou no Vale
da Calúnia e como aquele do dia anterior lhes disse que para prosseguir deveriam levar a
grande pedra da calúnia no cesto. Outra vez, sem contestarem nada colocaram a pedra e
seguiram adiante até que findou o segundo dia. Do terceiro ao sétimo dia encontram
outros gigantes que lhes acrescentaram cinco pedras grandes (humilhação, desespero,
murmuração, ceticismo e desesperança) que em tudo lhes dificultaram a viagem. Ao
dormirem no final do sétimo dia todos os dois estavam esgotados e sem forças para
prosseguir. O esforço para carregar aquelas pedras exigiu demais de cada um, porém eles
eram determinados e realmente os melhores homens de sua época.
       Ao raiar do oitavo dia Baixo-Estima resolveu prosseguir e tentar terminar a corrida
usando todas as suas forças, porém, acabou desfalecendo e no meio do caminho morreu.
       Auto-Estima ao colocar o cesto em suas costas com as sete pesadas pedras
começou a pensar nas palavras da deusa da sabedoria: “Aquele que cruzar a linha de
chegada com o cesto nas costas será o vencedor!” E disse consigo mesmo: ―Ela não disse

                                           46
que deveríamos cruzar a linha de chegada com o cesto e as pedras!” Por isso, lançou as
pedras fora e venceu a corrida. Cruzou a linha de chegada, abriu a caixa e viu que lá
estava uma flor de satisfação colhida no vale da vida vitoriosa.
        A maior lição que essa metáfora pode nos passar é que durante nossa trajetória
nesta vida encontramos gigantes que querem nos matar obrigando a cada um de nós a
carregar pedras pesadas e assim destruir nossos sonhos, nossa vida social, emocional e
física, mas a exemplo de Auto-Estima devemos lançar essas pedras fora e prosseguir
adiante e vencer.




                                         47
A roda e o talento


        Toda pessoa tem um talento natural que ao ser utilizado pode beneficiar a si mesmo
e aos demais, basta apenas encontra-lo.
        Conta-se numa antiga lenda que nos primórdios da humanidade um homem das
cavernas ao cortar arvore para lenha e para fazer objetos como lança e etc. teve a ideia de
fazer um objeto redondo. No inicio aquele objeto não servia para nada. Os concidadãos
daquela comunidade até zombavam do inventor dizendo: ―Pra quê serve isso?‖ E riam-se.
Um deles até pegou o objeto redondo de madeira e jogou no fogo dizendo: ―Pelo menos
serve para queimar!‖
        O homem das cavernas se entristecia, porém perseverante dizia aos companheiros:
―Ainda vou descobrir a utilidade deste objeto e ele nos ajudará muito!‖ Ao ouvir isto, aí
que os zombadores caçoavam mais.
        Depois de um longo tempo nosso inventor observando a dificuldade de carregar
alimentos, madeira e etc. começou a pensar no que poderia ser feito para facilitar a tarefa
de locomoção de coisas. Com raiva por ter inventado uma coisa inútil, resolveu desfazer-se
dela e jogou, montanha abaixo. Ao fazer isto, ele observou que seu objeto redondo girava,
ou melhor, rodava e rodava percorrendo assim uma longa distância. Então ele teve a ideia
de unir dois daqueles objetos redondos ligados por uma madeira comprida. Ele montou o
que nós chamamos hoje de carroça e aquele objeto redondo mostrou sua utilidade e é
conhecido como roda. Sua invenção não beneficiou apenas aquela comunidade, ela viajou
por muitas cidades e países e ainda atravessou o tempo beneficiando o mundo até os dias
atuais.
        Se descobrir o talento que há em você, não o esconda, pois poderá ver que
benefícios virão não somente para si, mas para aqueles que estiverem ao seu redor e talvez
viajar distâncias que você nunca imaginou.




                                            48
Os dois murais


       A dois grafiteiros foi incumbida a tarefa de pintar um mural retratando o seguinte
tema: A sociedade perfeita.
       O primeiro desenhou uma cidade, pessoas andando de mãos dadas, pessoas
sorrindo, crianças brincando, pessoas realizando várias atividades. Ele então disse a
respeito de seu mural: As pessoas estão sempre fazendo alguma coisa e por isso são
sempre felizes e acrescentou. ―A ocupação faz a sociedade se aperfeiçoar!‖
       O segundo desenhou apenas dois homens em várias ações. Na primeira os dois
estavam conversando. Na segunda pareciam discordar. Na terceira concordavam com
algo. Na quarta estavam a ponto de brigar. Na quinta se abraçavam. Na sexta e última
figura os dois estavam construindo uma linda casa que fazia parte de uma grande e linda
cidade. Ele então falou acerca de seu mural: ―A sociedade perfeita é aquela que sabe
vencer diferenças, conviver de uma maneira inteligente e que busca o bem comum!‖




                                           49
Impressão permanente


        Um famoso perfumista ao ser entrevistado respondeu a seguinte pergunta: Qual a
razão do sucesso de sua linha de fragrâncias e o possível fracasso de seu maior
concorrente?
        ―A primeira impressão é a que fica? Já ouvi muitos dizerem isto, e sobre nossa
linha de fragrâncias temos aplicado o que há de melhor no quesito designer o que
contribuiu muito para nosso sucesso, mas sem dúvida o conteúdo é o mais importante, pois
a qualidade faz com que nosso produto seja desejado, apreciado e recomprado quando de
seu termino‖.
        O interessante dessa afirmação é que a transferindo para o viver diário, ela nos
ensina que a beleza exterior pode conquistar a atenção, olhares, elogios e despertar o
desejo, porém, se o que está no interior for ruim, ou seja, a pessoa for soberba, arrogante,
mentirosa, desonesta e etc. com certeza irá destruir a primeira impressão.




                                            50
A melhor maneira de ver o mundo


       Um artista plástico e inventor desenvolveu uma luneta multicolorida e numa festa
em seu apartamento no último andar com uma vista panorâmica de toda cidade
cognominada maravilhosa resolveu testa-la. Por voltas das duas horas da manhã ele
reuniu os convidados e brindou a melhor maneira de ver o mundo. Os convidados se
alegraram, porém, não entenderam direito o que ele queria dizer. O artista então disse:
―Em meio a muitas reflexões descobri que o mundo pode ser enxergado de várias formas e
cores‖. Então ele convidou todos a olharem a cidade por sua luneta. Na primeira olhada
todos enxergaram-na escura com a imagem deformada fazendo a cidade maravilhosa
perder seu costumeiro brilho. A seguir ele apertou um botão e a luneta começou a passar
uma a uma as lentes de cores diferentes até chegar a uma lente multicolorida mostrando a
cidade maravilhosa de várias perspectivas. Ao final ele disse: ―A melhor maneira de ver o
mundo é através de lentes que mostrem a sua verdadeira forma e cor. Essas são apenas um
exemplo, pois cada um deve escolher a sua maneira‖.




                                           51
O rei da pequena ilha


       Um marinheiro experiente sofreu um naufrágio. Somente ele havia sobrevivido e
chegado a uma pequena ilha. Esta ilha tinha dez coqueiros e uma caverna que cabia o
náufrago e mais um pequeno espaço. O tempo foi passando e ele foi sobrevivendo dos
cocos que ia colhendo. Comia a carne do coco e bebia sua água. Muitos dias se passaram
e o marinheiro passou a perder o juízo. Imaginava-se um grande rei, o rei da pequena ilha.
Como rei solitário que era, o náufrago dava ordens e mais ordens a si mesmo. Anos se
foram e ele se acostumou a viver apenas consigo e para si mesmo. Mas algo muito ruim
aconteceu, os dez coqueiros ficaram enfermos e começaram a morrer. E cada um produziu
o último coco, o que o marinheiro logo tratou de colher e guardar. Agora ia ser uma
questão de tempo para o pior chegar, a sua fonte alimento havia se esgotado. Quando tudo
parecia perdido, ao longe ele avistou um navio vindo em direção a sua ilha. O capitão
estava com uma luneta e viu uma pessoa na ilha e direcionou o navio para ela. O pobre
náufrago ia ser resgatado. Os anos de solidão iriam ser substituídos pelo convívio entre
pessoas, ele iria saborear comidas e bebidas diferentes. Ele teria a liberdade da ilha com
paredes de água. Ao fitar durante algum tempo o navio vindo em sua direção o marinheiro
tomou a atitude mais irônica que aquele momento lhe proporcionava. Pegou os dez cocos e
correu para dentro do buraco gritando: ―Não, não! Vocês não irão roubar meus cocos e
nem minha maravilhosa ilha‖. A cada instante o navio se aproximava mais e mais. Ao
chegar perto da ilha e não avistar ninguém, o capitão achou ter tido apenas uma ilusão,
confundido algum dos coqueiros secos com uma pessoa e por isso virou o navio em direção
oposta e foi se embora. O náufrago ficou só com seus dez cocos e a ilha, morrendo um
pouco depois de consumir o último coco.




                                           52
Os três talheres


        Os talhares se envolveram numa discussão que pretendia determinar qual deles
seria o instrumento mais importante para o bem estar dos homens. Cada um falou se auto
proclamou:
        A colher: - Para os homens se servirem de sopa, gelatina, doces, adoçar eu sou
essencial e por isto, o melhor instrumento.
        A faca: - Sem mim os homens ficariam sem condições de cortar carnes, massas,
frutas, bolos e etc. então por isto, sou o mais importante instrumento.
        O garfo: - Sou necessário para enrolar o macarrão, segurar carnes, saladas, frutas
e etc. e sem mim tudo seria difícil, então é obvio que o instrumento que sobressai sobre
todos sou eu.
        No meio da discussão os três talheres foram levados para mãos que não os
conheciam bem. Um homem que nunca havia estado em meio a civilização que se utiliza de
talheres estava prestes a aprender como usá-los, porém, antes de ser um mestre na arte de
utilizá-los cometeu equívocos que iremos descrever:
        Com a colher tentava cortar um suculento bife, mas não conseguiu e por isto,
amaldiçoou-a.
        Com o garfo tenteou tomar um pouco de sopa e sem sucesso também amaldiçoou
aquele que para si era um instrumento imprestável.
        Com a faca não foi diferente, ele tentou enrolar o macarrão, tomar sopa e gelatina,
sem sucesso, porém, findou também amaldiçoando-a.
        Os três talheres se puseram a chorar, pois, de repente cada um se viu insignificante.
Depois de algum tempo o homem rude que as havia amaldiçoado foi ensinado e aprendeu
utiliza-las. Ele tomou sopa com a colher e ainda adoçou suco e bebeu. Com o garfo
segurou um suculento bife e juntamente com a faca o cortou e ainda elas juntas foram
usadas para este saborear feijão, arroz, macarrão e salada. Ao final da refeição ele
levantou os três talheres e os abençoou.
        Os três compreenderam que sozinhos suas realizações eram ínfimas ou nulas, mas
quando utilizados em equipe se superavam e cumpriam sua missão (servir) recebendo
palavras de gratidão e benção!




                                             53
O fósforo, a vela e o fogo


        Foram dadas por Deus ao fósforo, a vela e ao fogo missões:
        Ao fósforo foi incumbida a missão de durante alguns segundos iluminar e fornecer
calor para breves realizações, pois logo sua vida se extingui, contudo não a sua missão.
        A vela foi incumbida a missão de com a ajuda do fósforo iluminar e fornecer calor
durante horas podendo chegar até mesmo a dias, mas como a parafina que lhe dá forma
juntamente com o pavio se consome também sua vida se esvai, porém, sua missão não.
        Ao fogo foi dada a missão permanente entre os homens de fornecer iluminação e
calor. Para isto, lhe foi lhe concedido condições de se formar e de se extinguir tantas vezes
quanto fosse necessário, bastando somente contratar alguns auxiliares.
        Ainda que sejamos ferramentas diferentes em ação e realização o importante é que
fazemos parte da mesma missão.
        ―Apenas descubra a sua!‖




                                             54
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Historias que edificam animando vencedores

  • 1. Histórias que Edificam Animando Vencedores Registro na Biblioteca Nacional Nº. Registro da Obra: 417269, no Livro 779, Folha 429, em 30/11/2007. 1
  • 2. Índice Comentário e Agradecimento...pág. 04 Introdução...pág. 05 1. O elevador celeste...........pág. 06 2. A pedra que queria ser gente ...pág.07 3.A formiguinha egocêntrica....pág.08 4. Balões e sonhos...pág. 10 5. O menino e o medo...pág.11 6. O raiar do perdão ...pág. 12 7. O Sol e o Pai...........pág.14 8. As três pedras...........pág.15 9. O queijeiro e o menino...........pág.18 10. O garotinho e as pedras...........pág.19 11. A escada do céu...........pág.21 12 .O jovem mentiroso...........pág.22 13. O caçador e o leão...........pág.24 14. A mulher de fé...........pág.25 15. Detergente Divino...........pág.26 16. A Balsa...........pág.27 17. A Bacia...........pág.28 18. O Metrô...........pág.29 19. As Duas Sementes...........pág.30 20. O dentista divino...........pág.31 21. O mais fiel entre os homens...........pág.32 22. A máquina humana...........pág.34 23. O piloto sem fé...........pág.35 2
  • 3. 24. O pescador de sonhos...........pág.36 25. A pipa...........pág.37 26. Dar corda...........pág.38 27. O mundo precisa de energia...pág.39 28. A vida volúvel daqueles que se dizem cristãos e não conhecem nada sobre sua fé.....pág.40 29. O chuveiro da graça e a fé......pág.42 30. A televisão...........pág.43 31.O inimigo do Rei...........pág.44 32. Sonhos e foguetes...........pág.45 33. Auto-Estima...........pág.46 34. A roda e o talento...........pág.48 35. Os dois murais...........pág.49 36. Impressão permanente ...........pág.50 37. A melhor maneira de ver o mundo...........pág.51 38. O rei da pequena ilha..........pág.52 39.Os três talheres...........pág.53 40. O fogo, a vela e o fósforo...pág. 54 41.A cabeça e o corpo acompanham o coração...........pág.55 42.Amor, esforço e fé...........pág.56 43.A janela do coração...........pág.58 44.O milagre da boa alimentação ....pág.59 45.O homem que quase chegou ...pág.60 3
  • 4. Comentário e agradecimento Histórias que Edificam – Animando vencedores é um conjunto de pensamentos que compõem uma maneira de ampliar a visão de mundo e possibilitar que verdades que parecem estar ocultas aos olhos possam vir a luz e ser aplicada a vida. A arte de Ilustrar e utilizar metáforas ou parábolas foi explorada por muitos mestres, mas quero destacar aquele que sem nenhuma dúvida é o maior de todos: “JESUS CRISTO”, que é por excelência o mestre dos mestres e que ocupa uma parte singular neste trabalho, pois me disponho a tributar toda glória, honra e meus sinceros agradecimentos para Ele que possibilitou que se tornasse realidade compor, escrever e agora tornar possível que muitas pessoas possam ter acesso a este livro. Agradeço a minha querida esposa Neide que em minha vida e ministério tem sido uma dádiva divina!. Minhas filhas Priscilla e Nahara tem também minha gratidão, pois como presentes dados por Deus vieram encher nossas vidas de alegria e compartilhar a graça e o chamado que nos foi incumbido. Aos irmãos em Cristo e amigos que tem contribuído direta e indiretamente para que possamos vencer barreiras, conquistar vitórias e ver sonhos se concretizarem um grande obrigado. Paulo Francisco dos Santos Pastor, escritor e poeta. 4
  • 5. Introdução As histórias que serão lidas ilustram a vida cotidiana e invocam princípios que estão militando contra uma enxurrada de novos conceitos de um mundo moderno que infelizmente ajuda enterrar o que é bom e acolhe coisas tidas como normais, mas que são totalmente prejudiciais a sociedade e a família. Não tenho proposto neste livro uma apologia a maneira de viver atual, na verdade não há espaço e tempo, porém há uma pincelada em muitos aspectos do viver diário, do cristianismo, da fé, do sobrenatural, o convívio social, o lado emocional e sobre motivação que darão ao caro leitor a oportunidade de refletir. Ao criar-se um livro cria-se uma parte do ser, ou seja, a doação que um escritor faz para o surgimento de um livro faz deste, uma parte sua que não está mais condicionada ao espaço físico que limita o corpo, mas que vai além, pois é (como já foi dito) uma parte que pode estar nas mãos de várias pessoas e declarar os pensamentos que lhe deram vida. Quero que o leitor possa ver em cada linha e em cada história sua essência e assim, contribuir para uma leitura agradável e que possa ampliar a visão de mundo. 5
  • 6. O elevador celeste Certo professor ilustrou a salvação desta maneira: Existia um lugar especial onde tudo era muito bom. Neste lugar havia uma boa moradia, comida em abundância, atividades que proporcionam uma vida feliz sem o infortúnio da ociosidade. Este lugar era tão especial que não se localiza na terra, mas entre a terra e o céu. Um lugar perfeito com tudo que era necessário para viver alegremente. Uma nuvem gigante abrigava um paraíso que era habitado por um casal que sempre era visitado pelo proprietário do paraíso. Onde tudo é bom, tudo vai bem. Todavia por um descuido o feliz casal não observou uma placa de proibido a passagem e acabou caindo num buraco. Eles caíram num lugar diferente do que estavam acostumados a viver. Tudo era ruim comparado a sua antiga habitação. Eles queriam voltar, mas como eles poderiam fazer isso. O ser humano não tem asas. A força da gravidade puxa o corpo em direção ao solo de maneira que sem auxílio de algum mecanismo eles não podem sair do chão. Jogar uma corda para cima não dava, pois além de muita força para alcançar a nuvem seria necessário muitos metros de corda. O quê fazer? Se não houvesse algum tipo de ajuda proveniente do alto seria impossível o retorno. O proprietário do paraíso celeste ao sentir a falta dos seus amigos os procurou incessantemente e chegou à conclusão que eles deveriam ter caído em direção a terra e por isso contratou um elevador. Por um imenso cabo de aço desceu o elevador até a terra e chamou o casal para subir nele e retornarem para seu antigo lar. Como nós não podíamos voltar para Deus, Ele enviou a Jesus que ilustra o elevador que possibilita todo ser humano a retornar para o lar, ou seja, para a comunhão na presença de Deus. 6
  • 7. A pedra que queria ser gente Conta-se que um velho sábio foi questionado sobre a situação ruim do mundo atual e como mudá-lo. Depois de grande insistência ele relatou uma história: - Em uma época distante o mundo vivia em harmonia e toda Terra podia se comunicar, homens, animais, o vento, a água, o fogo e as pedras. Um dia uma das pedras contou um sonho na reunião anual da natureza onde todos compareceram menos o ser humano. Ela disse:- Eu sonhei que gostaria de ser igual aos homens, pois para mim no sonho os homens eram fantásticos em sua maneira de ser e viver e pus-me a chorar porque para mim isto era muito difícil e em meio a muitas lágrimas se aproximou de mim um ser resplandecente que me disse se eu tinha certeza em meu pedido e ao afirmar que sim, ele me convidou a um passeio e de repente eu fui levantado do chão sem auxílio de ninguém e comecei a flutuar e pude acompanhá-lo em sua caminhada, o tempo estava diferente, parecia passar muito rápido, uma hora era dia, outra era noite e notei que ele me levou ao futuro e então fizemos algumas paradas em épocas distantes das nossas e vi o que para mim era inacreditável: 1. Homens que eram mais insensíveis do que eu, pois por amar ao que eles chamavam de dinheiro mentiam, enganavam e destruíam seus semelhantes sem se quer ter remorso de suas atitudes. 2. Homens que eram mais duros do que eu, pois por inveja se reuniam e planejavam como poderiam prejudicar seu semelhante. 3. Homens que eram mais imóveis do que eu, pois viam muitos a sofrer e não moviam nem sequer um dedo a seu favor. 4. Homens que eram mais pesados do que eu, pois quando caiam em cima de alguém os pisavam e faziam guerras e matavam milhares de seus semelhantes; 5. Homens que não sabiam ficar calados como eu, mas que falavam e falavam tantas coisas que causavam dor naqueles que os ouviam e por isto, chorei; 6. Homens que não sabiam tapar os ouvidos como eu, mas que gostavam de saber coisas de seus semelhantes para poder ridicularizá-los e espalhar coisas que nem se convém aqui mencionar. 7. Homens que não sabiam ter uma forma só como eu, mas que mudavam e mudavam a ponto de não saber que tipo de caráter eles tinham. Ao final daquela visão ele me perguntou: - Você ainda quer ser igual a eles? Respondi, claro que não! Eu pude notar que apesar de ser uma pedra tenho mais virtudes do que esses meros seres humanos e quero afirmar que devemos cortar nossas relações com estes, pois eles são perigosíssimos. E daquele dia em diante a natureza nunca mais se comunicou com os homens. Então o sábio conclui: ―Só haverá uma verdadeira mudança se os homens se tornarem melhores que as pedras!‖ 7
  • 8. A formiguinha egocêntrica Uma certa formiguinha estava enfadada com aquela vida de trabalhar e trabalhar. As formigas vivem uma vida comunitária que visa o bem estar de todo o formigueiro. ―Uma por todas! E todas por uma!‖ É o que podemos definir como lema da sociedade formiguil. A pequena formiguinha juntamente com as outras formigas guardavam alimento para o tempo de inverno, mas isto era muito trabalhoso. Pensou ela: ―Se eu trabalhar somente para mim, vou ajuntar comida rápido, e irei descansar o resto do verão‖. Algo estranho para alguém que vivia sempre em união trabalhando em prol de um objetivo comum. Ela não conhecia a vida fora do formigueiro. Nunca teve antes uma vida independente. Mas ela começou a olhar só pra si, e desejar viver uma vida isolada, sem ter compromisso com o formigueiro. Ela era forte, jovem, carregava muitas folhas, sabia cavar bem, podia se virar sozinha. Pensava ela. Quando ela via passar uma formiga mais velha e com uma quantidade de alimento inferior ao que ela costumava carregar ela resmungava: - Que formiga imprestável! Eu tenho de trabalhar duro para sustentar a preguiça destas outras formigas que não fazem quase nada. Quanto mais ela fazia, mas ela se achava auto-suficiente. Ela esnobava suas companheiras e sentia-se muito melhor que qualquer uma delas. Ao passar o tempo os seus sentimentos de individualidade cresceram de tal maneira que ela não pode se conter. Arrumou suas trouxinhas numa noite e saiu do formigueiro sem avisar a ninguém. No dia seguinte foi um alvoroço só no formigueiro e a pergunta comum era: - Onde esta a formiguinha egocêntrica? Ela arrumou suas coisas e foi embora. Respondeu uma formiga que havia sido a primeira a notar sua falta e que havia a procurado em seu quarto. Imediatamente foi enviada uma comitiva para trazê-la de volta. Depois de algum tempo elas há encontraram um pouco distante do formigueiro, cavando e cavando. Ela estava fazendo o seu próprio formigueiro. As formigas disseram: - Volte para sua casa formiguinha egocêntrica, o seu lugar não foi ocupado. Não, não voltarei. Agora eu posso viver a minha vida, sem ter que trabalhar para sustentar ninguém. Vão embora. Disse ela. Tristes com a atitude de sua irmã formiguinha, a comitiva voltou para o formigueiro. O tempo foi passando e a formiguinha egocêntrica conseguiu fazer um buraco razoável e fez um formigueiro só seu. Um mundinho individual e egoísta. Começou ajuntar comida. Como ela nunca havia trabalhado somente para si, ela não sabia quanto de comida deveria ajuntar para passar a época de inverno. Ajuntou uma boa quantidade e disse: - Isto deve bastar. Ela não trabalhou nem metade do verão e já podia descansar. Estava se achando o máximo. Quando se aproximou o inverno às formigas preocupadas com a formiguinha egocêntrica mandaram outra comitiva a chamá-la de volta, pois os dias de escassez de alimento estavam chegando. Ela simplesmente disse: - Vão embora, vocês querem roubar o fruto do meu trabalho. Ao ouvir estas palavras à comitiva com mais tristeza novamente voltou ao seu lar. O inverno chegou com toda sua força. As formigas estavam bem abrigadas no formigueiro. Havia comida em abundância para passar não somente esta estação, mas para muitos dias depois. Existia no meio delas um clima muito especial, a união era algo muito forte em seu meio. E a alegria só não era maior por causa da formiguinha egocêntrica que havia deixado o seu lar para 8
  • 9. buscar uma vida individual. O que elas podiam fazer? A própria formiguinha egocêntrica havia escolhido seu destino e nisto elas não podiam interferir. Bem distante dali, estava ela, a formiguinha individualista em seu mundinho achando que tudo eram mil maravilhas. Ao passar dos dias viu quanto era chato estar sem a companhia das outras formigas, mas não deu o braço a torcer, continuou dentro do seu formigueiro particular sem ao menos dar ouvido à voz da consciência que lhe dizia que ela estava errada. A neve encheu toda parte. Como a formiguinha guardou menos comida do que precisava e não havia comida em nenhum lugar resolveu ir procurar. Ao abrir a porta do formigueiro para buscar ajuda com as outras formigas ela notou que não dava para caminhar pela neve, ela não conseguiria voltar. Assim ela ficou no seu mundinho esperando o fim. Ao terminar o inverno as formigas preocupadas com a rebelde formiguinha egocêntrica enviaram outra comitiva para ver se estava tudo bem com ela. Ao chegarem no minúsculo formigueiro notaram a porta aberta e ao entrarem encontraram estirada no chão a antiga companheira morta pelo desejo de ser independente. 9
  • 10. Balões e sonhos Um homem sentou-se em um banco de uma praça e perguntava-se porque seus planos nunca davam certo. Como um enviado divino ao seu lado sentou-se um senhor que vendia balões e lhe disse: - Boa tarde, Jovem. - Para mim não está tão boa, mas obrigado. - Por que você está tão triste assim? Você até parece que não possui sonhos. - Sonhos? Já tive vários, mas nunca consegui realiza-los. - Não acredito. - Também não estou acreditando neles. - Você não deve parar de acreditar. - Mas por que eu devo continuar acreditando neles? - Porque meu jovem os sonhos são semelhantes a balões, sem a ação de enche-los eles permanecerão estáticos e vazios. Ao terminar a frase este senhor encheu vários balões e os soltou. Eles subiram ao céu deixando para aquele jovem uma grande lição. ―Sem esforço e vontade realmente os sonhos nunca deixarão o coração para cruzarem o céu da realidade‖. 10
  • 11. O menino e o medo Certo menino em uma noite chuvosa estava apavorado em seu quarto. A energia elétrica havia faltado. Não havia luz para iluminar seu quarto. O escuro é algo apavorante para uma criança que tem mente fértil e imagina criaturas sombrias em toda parte. A cada instante ia aumentando a força do vento e a chuva se tornando tão forte como apavorante. Raios e trovões faziam barulhos que arrepiavam cada minúsculo cabelo de seu corpinho. Apesar de ter o cobertor como companheiro e tentar se esconder desta situação o menino se vê tão sozinho que seu único socorro é chorar. De repente a porta de seu quarto se abre e seu pai aparece. O menininho não pergunta o que o pai está fazendo ali, ou porque ele demorou em vir socorrê-lo. A atitude dele é correr e se abrigar na segurança dos braços de seu pai. Para refletir: ―O melhor lugar para todos nós se abrigarmos dos medos de nossa vida é nos braços de nosso pai celeste‖. 11
  • 12. O raiar do perdão Um rapaz queria saber por que existia a necessidade de perdoar, pois para si o rancor não era algo tão ruim. Ao passar o tempo ele se tornou uma pessoa indisposta e solitária, andando errante pelo mundo. Em suas andanças pode conhecer vários lugares e pessoas, mas nunca esse lado negativo pode ser mudado. Um dia ao caminhar por uma montanha encontrou um homem velho e sábio que o convidou para ser sua companhia durante a primavera. O sábio era uma pessoa amável, gentil e um tanto enigmático aos olhos de nosso amigo que já não era mais um rapaz, mas um homem — o homem rancoroso. Durante os três meses daquela estação o homem rancoroso aprendeu muito, mas muito mesmo. Acendeu-se uma fagulha de mudança de uma maneira que não havia antes acontecido e por isso decidiu permanecer mais tempo e tentar resolver aquela questão de sua juventude. Durante os dias de sua estadia com o sábio notou que este, acordava antes do nascer do Sol e minutos antes dele se pôr sentava-se no ponto mais alto da montanha e meditava durante duas horas. Um dia o sábio o convidou para juntos contemplarem o pôr do Sol e ao findar as costumeiras duas horas de meditação este lhe perguntou: - O quê você achou da despedida da luz e do abraço das trevas? O homem rancoroso lhe respondeu: - A principio bonito. - Mas e agora? Tornou a perguntar. - Não sinto nada. - Muito bem. Agora vamos permanecer parados aqui durante todo o abraço das trevas. - Porque sábio mestre? Replicou o homem rancoroso. - Para você obter suas respostas. Depois destas palavras silenciou-se por toda noite. A noite que veio sobre eles era de um negrume indescritível, pois não havia lua cheia ou nova e o céu estava nublado, fazendo-se que a escuridão fosse total, não podendo se enxergar até mesmo o nariz. Com exceção do conselho de permanecer em silêncio durante toda noite para que a tão aguardada resposta viesse os dois não se comunicaram e assim permaneceram calados e estáticos até o despontar do novo dia. Pouco antes do sol nascer o velho sábio falou: - O quê você tem a me dizer sobre o abraço das trevas? - Ele não é tão belo quanto no inicio, mestre. Respondeu. - O quê você sentiu durante está noite? - Não sei explicar direito, mas senti muito medo, muita angústia, dor, um desespero que quase me fez pedir sua ajuda. Só não o fiz por vergonha e receio de me achar um moleque medroso. Disse. - Isto é, algo que posso classificar como normal nestas circunstâncias. - Sério mestre!? O homem rancoroso pergunta com espanto. - Sim, porém, quero lhe fazer outra pergunta e você seja rápido em suas respostas. O quê você acha que seria de sua vida se o abraço das trevas nunca te deixasse? 12
  • 13. - O senhor quer dizer que se esse sentimento de medo, angústia, dor e desespero fosse permanente? - Sim. - Acho que morreria. - Resposta sabia e falada na hora certa, pois o Sol vai começar a nascer. A luz do sol começou a brilhar e iluminar toda a terra e o sábio continuou a fazer perguntas ao homem rancoroso. - O quê aconteceu com aqueles sentimentos depois do raiar do dia? - Eles sumiram mestre. - Você pode tirar alguma lição sobre o perdão destes acontecimentos? - Acredito que sim. - Meu amigo, quando não se perdoa cada um de nós recebe o abraço das trevas e ficamos na escuridão do medo, angústia, dor, desespero, ódio e rancor até que o raiar do perdão ilumine nossa vida. A necessidade do perdão é como a necessidade do nascer do Sol, se ele de repente parasse de brilhar não existiria vida, apenas a morte reinaria e tudo morreria aos poucos. ―Sem o perdão o homem também morreria aos poucos!‖ Depois desta lição o homem passou de rancoroso a se chamar o homem harmonioso, pois o perdão traz harmonia à vida daquele que está nas trevas do rancor. 13
  • 14. O Sol e o Pai Certo dia um menino perguntou para seu pai: - Pai, por que o Sol vai embora de tardinha? Seu pai lhe respondeu: - Porque ele vai descansar. - Por que ele descansa? Fez outra pergunta. - Porque ele está cansado, ora essa. O menino pensou e pensou sobre o descanso do Sol e no outro dia disse ao seu pai: - Pai, o Sol precisa descansar? - Claro, eu não disse que ele descansa. - É que a professa disse que quando ele vai embora depois da tardinha ele vai brilhar em outro lugar. - Se você já sabia por que me perguntou? - Eu estava pensando papai. - Pensando em quê? - Que o Sol precisa tirar umas férias! - Não diga! Riu-se o pai. - Você também não acha papai? O pai balançou a cabeça afirmativamente, mas ainda assim sorria com a problemática do filho. - Acho que ele teria mais tempo para dona lua e as estrelinhas. - Você tem razão meu filho. Depois desta resposta soltou uma grande gargalhada. - Papai eu ainda estava pensado. - No quê meu filho? No décimo terceiro do Sol? - Não no décimo terceiro, mas estava pensando que o Sol é trabalhador como o senhor, e se ele precisa de férias, acho que o senhor também precisa. - Porque você está dizendo isso meu filho? - Por que de férias o senhor teria mais tempo pra mim e pra mamãe! Depois da resposta do garoto o pai viu que estava dando mais importância para as coisas passageiras do que para sua família e por causa disto mudou sua atitude reservando para ela o que era de direito — a atenção de um pai que se importa com o maior tesouro que Deus lhe concedeu. 14
  • 15. As três pedras Um pastor foi indagado por um rapaz que queria entender o evangelho, mais que ainda estava com seu coração um pouco duro sobre como ele poderia perdoar certas atitudes erradas que as pessoas cometem. Para ele havia perdão para coisas simples, mas coisas maiores não poderiam ser perdoadas facilmente. Eles andavam em um caminho estreito pela vegetação seca da caatinga no sertão de Pernambuco. O pastor disse: - Gosto muito de passar por este caminho e ir meditando, falando com o Senhor e aprendendo. As pedras durante este caminho parecem que falam! - Não estou entendo. Disse o rapaz. Eles caminharam mais uns cinco minutos em silêncio e depois o Pastor falou: - Observe bem o caminho que iremos percorrer, pois Deus tem algo a nos ensinar hoje. - Tudo bem. O rapaz afirmativamente respondeu ao pastor. Eles continuaram a caminhar por mais uns quinze minutos calados até o momento em que o pastor fez uma pergunta: - Você esta vendo aquela pequena pedra ao lado daquele cajueiro? - Sim, estou vendo!? Respondeu o rapaz com ar de indagação. - Guarde-a em sua memória, você precisará dela para aprender o que significa o verdadeiro perdão. Depois destas palavras o pastor ficou calado novamente durante uns vinte e cinco minutos, rompendo o silêncio ao chegar perto de um açude. Ele disse: - Olhe lá para o meio das águas. Você vê naquela ilhazinha uma árvore cortada na altura de meio metro. - Sim, estou vendo. O rapaz se sentia intrigado com esta segunda demonstração de pedra que o pastor fazia. - O que você vê em cima do tronco dela? Perguntou o pastor. - Uma pedra de mais ou menos uns cinquenta quilos? Mais vejo o que isso não tem haver com minha pergunta? E deu de ombros com um ar frustrado. - Guarde-a também em sua memória, você precisará dela para aprender o que significa o verdadeiro perdão. Sem entender nada o rapaz seguia o pastor inculcado por não ver lógica nesta história de guardar na memória pedras. Depois de andar mais uma hora e estarem quase chegando na cidadezinha em que o pastor iria pregar numa concentração em praça pública, eles pararam junto a uma grande pedra. O pastor ficou olhando para aquela grande pedra durante algum tempo e disse ao rapaz: - Vamos subir nesta grande pedra. O pastor e o rapaz com muito esforço chegaram ao topo da grande pedra. Daquele lugar eles podiam ver a cidadezinha que ficava uns dois quilômetros de onde eles estavam. O pastor falou: - Você pode ver esta grande pedra? - Ver e estar em cima dela. O rapaz sorrindo respondeu a pergunta. 15
  • 16. - Muito bem! Lembra-se da primeira pedra? O pastor devolveu o sorriso. - Sim. As três pedras estão gravadas em minha memória. Mas...? Impaciente o rapaz estava esperando a resposta as suas indagações fitando os olhos do pastor e ouviu a seguinte pergunta: - Você poderia leva-la até a entrada daquela cidade semana que vem? - Claro isso seria fácil. Mas porque só até a entrada? Indagou. - Digamos que seja proibido entrar com pedras nela. Mas me responda sinceramente, você consegue ou não? - Lógico que sim. Já disse que isso é fácil. Com firmeza o rapaz respondeu a pergunta. O pastor com a voz pausada e aspecto de admiração o elogiou e fez uma nova pergunta: - Muito bem! E a segunda pedra? Você também conseguiria leva-la até a entrada daquela cidade semana que vem? - Com ajuda de mais uma pessoa acredito que sim. - Muito bem! E esta terceira pedra, você conseguiria leva-la até a entrada daquela cidade, visto que ela esta mais perto do que as duas outras? - Claro que não! Ela é muito grande. - Imagine que sua vida dependesse de pelo menos tirar essa pedra do caminho, o que você faria? - Nada, eu não posso fazer isto. Se a minha vida dependesse disso eu estaria perdido! - E se você precisasse carregar as três pedras juntas? - Piorou! Isso parece loucura. Essa história toda de pedras nos levará a que lugar? - Quer que eu te explique? - Pare de brincadeira pastor! Já estou mais que ansioso para entender tudo o que você quer dizer. - Só existe perdão quando acontece uma ofensa. Você sabia disso? - Acho que sim. Mas e as pedras? - Podemos classificar as três pedras como três ofensas. Uma é a que alguém comete contra nós. A segunda é aquela que cometemos contra os outros. E a terceira é aquela que cometemos contra Deus. Cada pedra simboliza uma dessas ofensas, o caminho que nós fizemos é a nossa trajetória neste mundo, ou o tempo que dura nossa vida e a cidade simboliza o céu onde não entra ofensas mesmo que quisermos leva-las até lá. - Interessante! Explique mais, por favor. O rapaz estava cada vez mais atento a explicações do pastor. - Cada um de nós tem que entender que toda ofensa que alguém cometer contra nossa vida pode ser carregada facilmente durante toda vida, mas ao chegarmos ante a cidade, não podemos entrar com ela. Em comparação com aquela grande pedra, a pequena pedra tanto pode ser carregada como lançada fora. O perdão é a capacidade de não levar esta pedra que também é símbolo de impedimento para nossa entrada no céu. - A segunda pedra simboliza a ofensa que cometemos contra nossos semelhantes. Ela é maior porque é carregada por duas ou mais pessoas. Quando se ofende alguém quase que instantaneamente o ofensor e o ofendido passam a carregar esta pedra 16
  • 17. média juntos. Pelo fato de nem todos os homens serem iguais, e uns terem mais dificuldades em parar de carregar a pedra da ofensa se não houver um acordo, é necessário o perdão, que neste caso é a capacidade de reconhecimento do erro e a atitude espontânea de repara-lo, buscando uma reconciliação para remover esse impedimento deixando a pedra da ofensa de lado para entrada no céu. - A terceira pedra é a ofensa cometida contra Deus. Ela é impossível de carregar e nossa vida depende de tira-la de nosso caminho para podemos entrar no céu. Como não se pode tira-la com a própria capacidade a sua afirmação de estar perdido é totalmente certa. - Mas deve existir um meio de remover esta pedra? O rapaz perguntou com preocupação para o pastor - Ai, entra o que Jesus fez por nós lá na cruz. Ele de certa maneira comprou um grande guindaste que remove esta pedra e a leva para longe possibilitando nossa entrada no céu. Acima de tudo você tem que entender que as três pedras são impedimentos que precisam ser retirados. Cada um de nós precisa perdoar aos que nos ofendem, precisamos pedir perdão quando ofendemos alguém e acima de tudo precisamos do perdão de Deus para podemos entrar no céu. Eles desceram da grande pedra e caminharam em direção à cidade, onde foram recebidos pelos irmãos que ansiosamente esperavam pelo pastor que iria transmitir a palavra de Deus naquela tarde. O rapaz compreendendo o significado do verdadeiro perdão aceitou Jesus como seu salvador pessoal naquele mesmo dia e nunca esqueceu que o perdão deve fazer parte da vida do verdadeiro cristão. 17
  • 18. O queijeiro e o menino Um vendedor de queijo estava em uma praça de uma cidade interiorana esperando vender seus cinquenta últimos queijos para ganhar o dia, quando um guri que estava andando de um lado para o outro parecendo procurar algo resolveu perguntar o preço do seu produto. - O seu queijeiro quanto é o queijo? - Depende do queijo. Respondeu o queijeiro que se chamava Antônio. - Qual é o mais barato? Perguntou o menino. - Quanto você tem em dinheiro garoto? - O senhor vende queijo ou dinheiro? - O quê? Você está me gozando? Pelo menos você tem dinheiro para querer algum queijo? - Não. - Não o quê? Não tem dinheiro ou não quer o queijo? - Não estou entendendo? - Você é complicado garotinho. - Quero cinquenta queijos assim. - Assim como? - Bem picado e gordinho. - Suma daqui e vai gozar sua mãe. O queijeiro deu de ombros e foi em direção do garoto com ar de zangado, fazendo-o correr de medo. Findando o dia ele não conseguiu vender seus últimos queijos e estava levando toda mercadoria para sua casa quando uma caminhonete buzinou para ele e parou logo em seguida. Para espanto do queijeiro era aquele mesmo garotinho acompanhado do pai e isto lhe causou certo receio pela carreira que ele havia lhe dado. - Obrigado queijeiro. Disse o garoto. - Obrigado? - Sim, eu estava procurando um local para comprar cinquenta queijos para a mercearia de papai e quis comprar de você, mas como o senhor me mandou ir para rua Sumari do lado da loja lar da mãe encontrei a fábrica de queijo. Ao terminar a frase o garotinho e seu pai seguiram seu caminho deixando o queijeiro indignado, pois a oportunidade de vender toda a mercadoria daquele dia havia passado e ele não a aproveitou. Para refletir: Para cada um de nós também fica a seguinte lição: ―A oportunidade vem e não podemos deixa-la ir sem desfruta-la‖. 18
  • 19. O garotinho e as pedras Um garotinho jogava todos os dias umas vinte pedrinhas numa colina próxima de sua cidadezinha. Ele fez isto, durante quase um ano. De tanto subir a colina e jogar aquelas pedrinhas o garoto despertou a curiosidade de um fazendeiro que morava em um lugar no qual podia vê-lo todos os dias, e consigo mesmo já havia proposto perguntar o porquê dele todos os dias lançar aquelas pedras colina abaixo. No outro dia o fazendeiro estava no pé da colina esperando o garotinho chegar para lhe perguntar o motivo dele subir até o ponto mais alto e atirar pedras de lá, porém o garotinho não apareceu naquele dia, e no outro também. Na verdade passaram-se vários dias e o garotinho não apareceu mais e por causa disso o fazendeiro resolveu ir à cidade para encontra-lo. Não seria difícil reconhece-lo, pois o garotinho havia passado quase um ano atirando pedras da colina e o fazendeiro tinha guardado sua fisionomia de tal maneira que poderia reconhecê-lo em qualquer lugar. Depois de algum tempo procurando o fazendeiro encontrou o garotinho no quintal de sua casa junto ao barril jogando cinco pedrinhas dentro dele. O fazendeiro disse: - Boa tarde, garoto. - Boa. Respondeu ele. - Senti sua falta e vim vê-lo. Disse o fazendeiro. - Minha falta? Indagou o guri. - Sim, todos os dias você ia à colina perto de minha fazenda jogar pedras, mas já faz algumas semanas que você não vai mais. Continuou o fazendeiro. - Ah! Sim, eu ia sempre. Mas agora eu não preciso mais ir! Exclamou o garotinho. - Por quê? Sem entender perguntou o fazendeiro. - Porque não preciso mais jogar pedras. O garotinho deu uma simples resposta. - Você pode me explicar por que você jogava aquelas pedras? O fazendeiro pediu uma explicação mais detalhada do assunto. - Posso sim. Eu mentia muito, mas muito mesmo. E meu pai encheu este barril de pedrinhas e pós naquela trilha que vai para o lago que todos gostam de pescar e disse que eu só receberia minha bicicleta quando esvaziasse o barril. O garotinho começou sua longa história. - E o que tem haver isso e as pedras? Curioso e querendo saber mais perguntou o fazendeiro. - Meu pai falou que pessoas mentirosas são pedras que atrapalham o caminho das pessoas e que eu não devia mais mentir e disse que toda vez que eu contasse uma mentira eu tinha de pegar uma pedra e joga-la da colina, até esvaziar o barril e retira-lo da trilha. Continuou o guri. - Você esvaziou o barril? Perguntou o fazendeiro. - Sim, e meu pai falou que a mentira deve ser jogada na colina do esquecimento e nunca mais ser encontrada. E como o barril se esvaziou daquelas pedrinhas eu 19
  • 20. devia estar vazio das mentiras e que daquele dia em diante eu devia contar somente a verdade e toda vez que assim fizesse deveria colocar uma pedrinha no barril, pois eu devo me encher da verdade. E assim como o barril saiu do meio da trilha deixando o caminho livre, todo aquele que fala a verdade abre caminho para passagem de si e do seu próximo. Ao findar a explicação o fazendeiro saiu pensativo. Ele aprendeu uma grande lição com o garotinho das pedras. Devemos nos esvaziar das mentiras e nos encher da verdade para podermos abrir caminhos para nós mesmos e para o nosso próximo. 20
  • 21. A escada do céu Uma família passeava no centro de uma grande metrópole e resolveram adentrar em um Shopping. Era uma época natalina, clima de alegria, lojas enfeitadas e também superlotadas. No piso térreo eles gastaram vários minutos vendo preços e admirando as mercadorias. A caçula do casal que possuía uns sete anos de idade teve vontade de fazer xixi e pediu para sua irmã mais velha de doze ir com ela até o banheiro o que seus pais concordaram, continuando a passear pelas lojas. Passado algum tempo eles começaram a se preocupar com as meninas, pois estavam demorando e por isso começaram a procura- las. Procuraram e procuraram e nada de encontra-las e quando eles iam ao nível superior para continuar a busca de suas filhas, foram abordados pelo sorriso de sua menininha que dizia: - Venha papai e mamãe para o céu! - Céu!? Que história é essa Gabriela? Perguntou o pai para sua filha de doze anos. - É isso mesmo papai, vamos para o céu? Sorriu para os dois. A menina caçula pegou o pai e a mãe pelos braços e os conduziu para escada rolante continuando a dizer que ela os levaria para o céu! Quando eles chegaram ao pé da escada viram uma grande placa que dizia: ―Queres ir para o céu? Caso a resposta seja sim, use apenas está escada!‖ Quando subiram a escada e chegaram ao piso superior viram um palco, atores e uma peça natalina sobre o céu. A peça ia começar e eles se acomodaram e assistiram-na voltando emocionados para casa. O interessante desta ilustração é a placa com a pergunta: ―Queres ir para o céu? Caso a resposta seja sim, use apenas está escada!‖ Qual é a única escada que podemos usar para chegar ao céu? O Senhor Jesus é a escada que liga a terra ao céu e nos permite chegar perto de Deus. Se alguém realmente quer ir para o céu deve usar está escada. 21
  • 22. O jovem mentiroso Em uma cidadezinha muito pequena que fazia parte de um grande reino que era governado por um rei muito autoritário morava um jovem que tinha um grande problema. Ele era uma pessoa de qualidades formidáveis: gentil, educado, trabalhador e que se expressava bem. Porém tinha um defeito que castigava sua consciência diariamente: ―ele não ficava uma hora sem dizer uma mentirinha‖. Para sua infelicidade saiu um decreto da parte do rei que dizia que aquele que fosse o homem mais mentiroso do reino seria lançado de um penhasco. E como a fama de grande mentiroso do jovem rapaz era reconhecida em sua cidade todos já sabiam quem iria ser a vitima da sentença do rei. Dentro de uma semana uma comitiva vindo do palácio real iria a cidadezinha interrogar cidadão por cidadão e fazer cumprir o decreto. O Jovem com medo foi consultar o homem mais sábio de seu país, um ancião que morava sozinho em uma choupana retirada da cidade. Ao relatar sua historia e o medo de ser morto na sua tenra idade ficou esperando uma solução para o seu problema. O sábio ancião disse: - O seu caso é muito difícil! Não tenho uma solução. - Então eu vou morrer?! Choramingou o jovem. O sábio caminhou até seu quarto e trouxe um grande espelho e pediu para o jovem olhar bem o seu próprio reflexo e fez as seguintes perguntas. - Quando os oficiais do rei virão interrogar os habitantes da sua cidade? - Amanhã. Disse o rapaz. - Você gostaria de viver mais? - Sim. Ele respondeu. - O que a mentira vai lhe dar como pagamento? - A morte. Começou a chorar. - Qual é o seu nome? - Eu sou o Pedrinho... - Você mente? - Sim. Ainda estava a chorar. - Você costuma falar a verdade? - Muito pouco. - Muito bem – Disse o sábio – Está tudo resolvido. Ao terminar está frase o sábio recolheu o espelho e disse ao jovem que ele poderia voltar para sua casa, pois estava preparado para o interrogatório do dia seguinte. O jovem direcionou-se para seu lar ainda preocupado. Ao entrar na cidade todos olhavam para ele e cochichavam: ―Este ai, de amanhã não passa!‖. Todos estavam certos que ele haveria de morrer, pois quem seria mais mentiroso do que o Pedrinho ―O grande Mentiroso‖. O sol se pôs e chegou a hora de dormir para cidadezinha, menos para Pedrinho que ficou a noite toda em claro. No outro dia a comitiva imperial chegou bem cedo e interrogou cidadão por cidadão na delegacia da cidade. Todos os moradores um por um se diziam amigos da verdade e que nenhum dizia qualquer mentira e que na cidade não existia ninguém que gostasse de mentir a não ser o famoso... Vocês sabem quem. Chegou à vez de Pedrinho. Quão ansioso e preocupado 22
  • 23. estava este mentiroso que queria se redimir, quando ele caminha em direção ao lugar de interrogação se lembrou da conversa com o sábio e sentiu uma confiança que o fez mudar o aspecto do seu rosto. Os oficiais perguntaram a Pedrinho: - Qual é o seu nome? - Pedrinho. Ele respondeu. - Você sabe qual é pena para quem mente? - A morte. Querendo chorar ele respondeu a pergunta, mas ainda teve forças para se conter. - Você costuma mentir senhor Pedro? - Sim. - E sempre fala a verdade? - De vez em quando. - É só isso seu Pedro, pode se retirar. Disse o principal oficial. Ao findar o dia a comitiva real foi se embora sem punir ninguém daquela cidade. Alguns meses depois foi enviada uma carta diretamente do rei convocando Pedrinho para trabalhar no palácio real. A carta dizia: ―Em todo o meu reino todos os cidadãos disseram que jamais haviam mentido, todavia ainda não conheci um homem que jamais mentiu. Deveria eu então matar todos os cidadãos do reino? Na verdade isso seria prejudicial para todos. Entretanto, encontrei apenas um cidadão que assumiu que é imperfeito, o que ao meu ver é essencial para poder chegar ao caminho da perfeição. Por este motivo quero que ele venha prestar serviços diretamente para mim. Espero que o senhor Pedro esteja em meu palácio real no máximo em três dias. Finaliza cordialmente o vosso rei‖. O caminho para uma verdadeira mudança acontece quando reconhecemos o que verdadeiramente nós somos e quando decidimos então mudar. Quando entregamos nossa vida para Jesus e reconhecemos o que fizemos e quem somos e queremos mudar, Ele nos ajuda. Além de sermos transformados por sua grandiosa graça Ele nos leva a estar junto de si e em breve o céu será nossa habitação. 23
  • 24. O caçador e o leão Um caçador estava em mais uma empreitada no meio de uma mata atrás de um grande leão. Há mais de quinze dias ele seguia-o e estava quase o encurralando. O mato para ele era algo tão familiar quanto sua própria casa. Ele era um homem jovem e muito forte, experiente caçador e bem equipado. Mas por uma obra do acaso ele perdeu seu equipamento em meio suas muitas tentativas de capturar o leão e disparou seu último projétil sem acerta-lo. Aconteceu o inesperável e virando o jogo completamente o leão passou a persegui-lo. O ditado ―um dia é da caça e outro do caçador‖ virou uma realidade em sua vida, antes o leão lutava para salvar sua pele, agora, o destemido caçador é quem lutava para continuar vivo. Em um compasso frenético para se safar das garras do leão, ele caiu dentro de um buraco, que trouxe infelicidade para o leão que não pode entrar para pegá-lo. Como ele era experiente caçador, sabia que o leão iria ficar esperando ele sair deste buraco quanto tempo fosse preciso. Ele olhou para um lado e para outro tudo era escuridão. Lembrou-se da historia de Daniel na cova dos leões e como ele havia se salvado porque acreditara em Deus. Então disse: ―– Senhor Deus, me ajude!‖. Ele não ouviu a voz do Senhor, mas o rugido do leão do lado de fora que fez tremer todos os ossos de seu cansado corpo. Passaram se horas e de vez em quando o caçador ouvia o rugido do leão que estava a sua espera do lado de fora. Um dia se findou e ele estava imóvel dentro do buraco. Dois se passaram. Três, quatro, cinco... No sétimo dia pela manha ele ainda pode ouvir o rugido do leão lhe dizendo que não havia desistido de querer come-lo. Sem forças e quase com esperanças desvanecidas ele pode ouvir a voz de Deus que lhe dizia: ―- Vire se, de cinco passos para sua direita e ande mais para o fundo deste buraco‖. Andar mais para o fundo? Mas como? Pensou ele. Há tantos dias sem comer ele estava sem condições, não tinha forças para fazer nada, mas em um impulso de sobrevivência tateou no escuro e se direcionou conforme a ordem divina ao fundo do buraco, que na verdade era uma caverna e pode contemplar uma pequena luz ao longe. Depois de uma hora caminhando chegou a uma saída. Esta saída estava ao lado da nascente de um grande rio que abrigava em suas margens varias árvores frutíferas que serviram para o restabelecimento do caçador que concluiu que havia sido salvo por um grande milagre. Grato por tão grande livramento ao retornar para sua cidade se reconciliou na igreja que ele havia deixado quando criança e se tornou mais tarde um obreiro da obra de Deus. Muitas vezes o diabo nos encurrala como um leão e espera o melhor momento para nos destruir. Qual é a nossa solução? Ouvir a voz de Deus e dar cinco passos para sermos vitoriosos: O primeiro é ouvir e não ignorar a voz de Deus. O segundo é obedece-la. O terceiro é nos distanciarmos do leão. O quarto é deixar que a luz da palavra de Deus possa nos levar ao lugar de repouso e desfrutar da paz e alegria que nos é oferecida. O quinto é ser grato por tudo que Deus fez por nós, o amando e servindo-o. 24
  • 25. A mulher de fé No nordeste brasileiro existem épocas de grande seca. O povo para sobreviver tem de buscar água em lugares distantes, pois nem sempre os caminhões do governo que transportam água dão assistência em todos os municípios. Assim era também a situação da cidadezinha de Pouca Água. Lá a água era pouca mesmo e o povo muito sofrido. Todos acordavam muito cedo, mais ou menos às três horas da madrugada para caminhar uns quinze quilômetros para buscar água com um pote de barro de cinco a dez litros na cabeça. A realidade do povo de Pouca Água era cercada de dificuldade e estavam distantes de Deus até que certo dia pelo Espírito Santo um evangelista chegou à cidadezinha e anunciou o evangelho. Muitos se converteram a palavra do Senhor e logo se formou uma congregação de crentes fervorosos que viviam em oração. Certo dia os irmãos resolveram se unir para buscar a Deus em prol de chuvas, pois a mais de um ano a seca castigava a pobre cidade. Todos se uniram em oração e durante um período de três horas oraram e oraram. Findando a oração todos foram para casa, à oração havia começado às dezesseis horas e terminado a dezenove. No dia seguinte como de costume todos acordaram as três da madrugada para buscar água naquele lugar distante de sempre. Todos, menos uma irmã, a qual foi procurada entre os cidadãos que iam unidos buscar água. Ela não estava. Resolveram bater em sua casa. Ela estava dormindo. Quando indagada por estar dormindo e não ter se despertado para buscar a água pelos próprios crentes que no dia anterior oraram com ela, respondeu: ―- Orei ao Senhor e nele confiarei, ainda hoje em nossa cidade choverá‖. Devemos orar e acreditar no que estamos pedindo. Quem ora e não acredita nunca receberá nada. Através da fé daquela irmã naquele mesmo dia Deus enviou chuva para cidade de Pouca Água que teve de mudar de nome. A cidade por causa das orações de uma mulher de fé passou a se chamar Abundante Água. 25
  • 26. Detergente Divino Mariazinha era menininha muito inteligente e questionadora que vivia a pedir explicações a sua mãe. Dona Gertrudes ficava de cabelo em pé toda vez que Mariazinha lhe formula aquelas perguntas que teria de ter jogo de cintura para responder. Certa segunda-feira, logo após o período diurno de ensino Mariazinha chegou em casa, guardou a camiseta e a blusa do uniforme escolar, porém a calça pôs para lavar. Fez a lição de casa e ao terminar o almoço observando sua mãe lavar a louça se pôs a perguntar: - Mãezinha ontem o pastor disse que o sangue de Jesus limpa a todos nós do pecado. Como pode ser isto, pois hoje quando estava brincando na escola cai, machuquei o joelho e o sangue que saiu sujou toda minha calça. Se o sangue suja, como o de Jesus pode lavar em vez de sujar? - Mariazinha... Mariazinha... Você e suas perguntinhas. Sorrindo falou alegremente com a filha e no pensamento orou: ―Dá-me sabedoria Senhor!‖. - Eu quero saber mãezinha, eu não entendo. Replicou Mariazinha. - Lembra daquele detergente baratinho que comprei semana passada filha? - Sim, não valia nada, eu lembro que foi isso que a senhora disse, em vez de limpar parecia sujar a louça. Disse a Menina. - E este outro que comprei e estou usando você viu como é diferente? - Ele limpa melhor e é mais caro mãezinha. - Isso mesmo, assim também é o sangue de Jesus minha filha. O sangue de todos os homens é como aquele detergente ruim em vez de limpar ele suja, ele não serve para limpar, mas o de Jesus é como este detergente melhor que comprei, ele tem o poder de limpar o homem da sujeira do pecado! 26
  • 27. A Balsa Na região Norte do Brasil existem lugares inacessíveis aos automóveis e até mesmo pelo meio normal de locomoção – ―as pernas‖, é necessário usar uma balsa para atravessar um mar de água doce e chegar as vilas onde vivem pessoas muito carentes do amor de Deus. Não medindo esforços um pregador decidiu levar a palavra de Deus para aqueles que moram além do mar doce e usou a experiência da trajetória da balsa para ilustrar aos cidadãos daquele lugar como todos os homens podem chegar perto de Deus. Ele disse: - Moradores da Vila Tal, vejam como é difícil chegar aqui. O carro que tentasse vir aqui ficaria afundado no grande rio, pois ele foi feito para rodar em ruas e não para flutuar na água. A pé não se pode chegar aqui, pois o homem não consegue desafiar a lei da gravidade e andar sobre as águas. Para vir aqui a nado só se for um nadador profissional e olhe lá, pois estamos cercados de muita água. Sem a balsa o que seria de cada um de nós? Sem nosso amigo que a pilota e o dinheiro que pagamos a passagem como chegaríamos do outro lado? Saibam que da mesma maneira que estas muitas águas nos separam do outro lado e se constituem uma barreira que devemos transpor quando precisamos ir até a cidade grande, entre cada um de nós e Deus existe também uma barreira que é muito maior que as essas águas. A barreira do pecado. E não existe nenhuma maneira de cada um de nós chegarmos perto de Deus com nossos esforços ou coisas que inventamos. É necessário utilizar a balsa que é o Senhor Jesus, pois Ele é o único meio de transpormos o mar do pecado e chegarmos perto de Deus. Jesus é o piloto que nos leva a Deus e o custo da passagem Ele já pagou morrendo em nosso lugar e a única coisa que Ele exige para podemos entrar em sua balsa é a fé e a obediência. 27
  • 28. A Bacia Num belo dia de domingo pela manhã uma professora da escola dominical foi inspirada pelo Espírito Santo e explicou para sua classe de crianças de seis a oito anos como o Senhor Jesus podia lavar o homem dos seus pecados e deixa-lo limpo e porque nem todos queriam ficar limpos do pecado. Ela como em todos os domingos reuniu os alunos e orou com eles deixando-os logo em seguida brincar durante duas horas no parquinho que ficava atrás da igreja. Ao terminar às duas horas de brincadeiras ela chamou-os para retornar a sala de aula e notou que as crianças tinham ficado com as mãos bem sujas de terra e os colocou em fila para lavá-las em uma grande bacia que estava em sua mesa, depois que cada um lavou as mãozinhas e se dirigiu para seu lugar na sala ela disse: - Quem gostou das brincadeiras? Todos levantaram as mãos e disseram: - Eu! A professora perguntou: - Quem ficou com a mão suja? - Só o Joãozinho professora. Respondeu um dos meninos. Então a professora perguntou novamente: - Quem lembra da lição da semana passada? - A lição nos ensinou sobre que cada um de nós pode ser limpo do pecado pelo sangue de Jesus. Disse uma menina. - Muito bem - Disse a professora e continuou – O pecado é como a sujeira que estava nas mãozinhas de vocês, mas quando cada um decidiu vir lavar nesta grande bacia a suas mãos ficaram limpas. Somente Joãozinho ficou com as mãos sujas, porque não quis lavá-las. - Jesus é como a água desta bacia que tira o pecado assim como tirou a sujeira das nossas mãos professora? - Isto mesmo Zezinho. Respondeu a professora e ainda perguntou. Quem entendeu a explicação sobre como Jesus nos limpa de nossos pecados? - Eu. Todos juntos levantaram as mãos, inclusive Joãozinho. - Agora que todos sabemos que o pecado é tão ruim como a sujeira nós sempre pediremos para o Senhor Jesus nos lavar para que sempre fiquemos limpos. A alegria da professora foi muito grande, pois não só ensinou higiene pessoal para seus alunos, mas também a palavra que dá vida eterna e antes de fazer a oração final para encerrar a escola dominical viu Joãozinho se aproximar de sua mesa e lavar suas mãozinhas e dizer: - Lavei as mãos e nesta oração quero que a bacia de Jesus também limpe a sujeira do meu pecado professa! A professora sorriu e orou com as crianças agradecendo a Deus por mais uma aula abençoada. 28
  • 29. O Metrô Um homem que anunciava a palavra de Deus próximo a uma estação do Metrô foi indagado por um ouvinte: - Será que algum comedor de arroz e feijão vai conseguir ir ao céu? A passagem deve ser muito cara! Ao acabar de falar começou a rir. Ele respondeu: - Caro amigo, à volta de Jesus está próxima de acontecer. O preço da passagem para ir ao céu é a fé e a mensagem – ―O evangelho‖ é como um trem do metrô que tem um percurso a cumprir. Ele tem inicio e final. Como o metrô tem que percorrer várias estações para chegar ao seu destino, assim também é a mensagem do evangelho. Cada dia que passa é como uma estação que o metrô do evangelho para e chama pessoas para embarcar. A viagem parece ser muito longa, e muitos pensam que ela nunca terminará, mas não devemos nos enganar porque assim como a viagem teve inicio também terá final, pois chegando o momento da parada na última estação, ou melhor, no último dia e quando isto ocorrer o metrô do evangelho vai conduzir cada um que estiver nele ao destino final que é estar para sempre ao lado de Jesus. Tanto você e eu não devemos estar preocupados se o metrô do evangelho vai chegar ou não ao final de sua viagem, mas devemos nos preocupar em estar dentro dele para poder contemplar o céu onde está nosso Deus. 29
  • 30. As Duas Sementes Um palestrante cristão contava aos irmãos de certa igreja a importância do evangelho ser ensinado as crianças desde de sua tenra idade pelos pais e a própria igreja. Ele mostrou livros, brinquedos, revistas, desenhos, vídeos e etc. No final de sua palestra ele comparou as crianças a uma sementinha que deveria ser cuidada e passou um vídeo mostrando a trajetória de duas sementes. A primeira foi colocada em solo ruim e era regada de vez em quando e foi adubada poucas vezes durante a fase de crescimento. Como era um vídeo onde todos puderam ver o que acontece com uma semente que germina e é mal cuidada. Um processo de vários meses condicionado em apenas alguns minutos. A sementinha mal cuidada se tornou uma planta pequena, raquítica e feia. Não tinha forças nem para dar frutos e o seu final foi à morte. A segunda foi colocada em um bom solo e era regada diariamente, bem adubada no tempo certo germinou e seu crescimento foi maravilhoso. O vídeo que encurtou o tempo de meses mostrou também em minutos o desenvolvimento desta nossa plantinha que cresceu e se tornou uma árvore bonita e que deu frutos que davam água na boca. Ao final ele concluiu aos ouvintes: - Se desprezarmos a oportunidade dada por Deus aos pais e a igreja de ensinar o evangelho aos nossos filhos eles serão seres humanos vazios da graça divina e feios por causa do pecado e destinados à morte eterna. Se utilizarmos bem nossas virtudes e dons e unidos ensinarmos o evangelho as nossas crianças além de receberem a vida eterna serão os futuros trabalhadores de um imenso campo para nosso grande Deus. 30
  • 31. O dentista divino Num consultório dentário dois amigos discutiam sobre a salvação. Um era descrente e dizia que era impossível um homem mau que fez coisas terríveis se tornar uma pessoa mudada. Isto nunca pode acontecer! Afirmava ele. O amigo cristão simplesmente disse: - Parece que você nunca restaurou um dente. A mudança que ocorre em um homem é como a restauração de um dente. O dente sozinho não pode ser restaurado e dependendo da carie ele pode até ser arrancado e jogado fora, mas graças à intervenção do dentista o dente mais cariado pode ser restaurado se tornando bom novamente. Assim também é a mudança que ocorre no homem pecador, ele é semelhante ao dente e está cariado (danificado) pelo pecado. O dentista divino que é Jesus Cristo o restaura e o muda de tal maneira que ele se torna um dente bom. E neste dente bom se deve usar o fio dental da oração para retirar as caries e a pasta de dente da palavra para mantê-lo limpo. 31
  • 32. O mais fiel entre os homens Sonhei que me foi incumbida uma tarefa muito difícil, teria que achar o mais fiel entre os homens. Como a voz daquele que me ordenava transmitia uma urgência tão profunda sai tão rápido a essa procura que me via como uma águia que voa com todo o ímpeto. As minhas andanças foram muitas e comecei a alistar aquilo que vi em toda a terra. 1) Conheci um homem que possuía uma riqueza tão grande que mal podia ser calculada e que antes de sua morte a distribuiu totalmente num gesto de caridade para auxiliar várias pessoas necessitadas. Disse comigo certamente é este o homem que procurava, todavia ouvi a mesma voz que me incumbira desta missão a dizer: ―A sua busca ainda não cessou‖. Então sai e continuei a procurar... 2) Caminhei e caminhei e achei um grande evangelista que ao levantar as suas mãos milhares eram curados de suas enfermidades, porém não era ele quem eu procurava. Continuei minha procura até que... 3) Encontrei um que também era notável, homem muito inteligente, um grande pesquisador que criou uma vacina que beneficiou milhares e milhares de pessoas que estavam sentenciadas a morte, todavia também não era ele. Não podia desistir de minha missão e por isso a jornada foi estendida e ... 4) Achei um que era inventor e que criou inumeráveis invenções. Ao contemplar a lista que apontava para milhões que foram beneficiados por elas não tive dúvidas em dizer é este quem eu procurava, todavia a minha procura deveria continuar, pois ainda não era ele. Eu dizia comigo a onde ele está? Quando estava quase a desanimar... 5) Em uma terra longínqua conheci um homem que por sua grande capacidade de governar transformou seu país numa nação prospera e feliz. Nunca havia andado em um lugar que todos não reclamavam de nada e tudo era tão bem organizado. Quando pensei em escrever que a minha busca havia terminado ouvi a mesma voz a dizer para continuar a minha procura. Daquele lugar parti... 6) E cheguei num lugar onde todos cantavam e cantavam. Conheci também outro que para mim era mais que notável, era um compositor de músicas que fez alegrar milhões e milhões com suas canções. Pessoas que estavam à morte sorriam ao ouvir suas melodias, crianças pulavam, homens e mulheres cantavam suas canções, todavia também não era este. A procura estava muito difícil, porém não podia parar, aquela voz que me ordenou essa missão parecia viva dentro de mim e por isso continuei... 7) Encontrei um homem que era sábio e entendido e através dos seus escritos fez muito bem a milhões, mas ainda não era ele aquele a quem procurava. 8) Quando disse a mim mesmo: desisto! Vi um homem a certa distância e para mim ele não demonstrava ter dons que sobrepujavam aos que encontrei anteriormente, porém ao chegar perto observei que o seu rosto brilhava, suas palavras transmitiam vida e suas 32
  • 33. atitudes demonstravam que ele era diferente. Naquele instante pude ouvir aquela voz que me transmitira à missão de encontrar o mais fiel entre os homens dizer que eu o havia encontrado. Então pude compreender que o mais fiel entre os homens era aquele que como um espelho refletia a imagem de nosso Senhor Jesus Cristo. 33
  • 34. A máquina humana Ao ler que o ser humano era uma verdadeira máquina, Resolvi fazer um curso de instalador e comecei a instalar. Instalei amizade na vizinhança e começou a funcionar. No trabalho o companheirismo mudou o ambiente. Em casa o amor e cumplicidade resolveram os problemas. A paciência ajudou vários pais a criar seus filhos. Na escola o incentivo foi suficiente para levantar vários gênios. A honestidade mudou o quadro do governo. Com misericórdia e compreensão cessou as brigas no bairro inteiro. A única dificuldade foi convencer outros a iniciar este curso, Pois a manutenção dos serviços é mais trabalhosa do que a instalação, Deus é quem o diga. Por acaso você não quer se candidatar, caro amigo? 34
  • 35. O piloto sem fé Um piloto estava sobrevoando a região de manguezais, quando seu avião sofreu uma falha mecânica e se precipitou em rumo a destruição, colidindo com uma montanha. Ele porém, saltou de paraquedas caindo no topo de uma arvore no meio do manguezal. Estava ele numa pequena área de terra rodeada de águas. Para ser mais exato ele estava em uns cinco metros quadrados de terra seca. A água era muito barrenta e escura de tal forma que não era possível ver o fundo. Isto não seria um grande problema se pelo menos ele soubesse nadar. Para complicar ainda mais a situação ele havia se lembrado que naquela região existiam jacarés e piranhas, fato que o deixou espavorido. Além disso, ele estava ferido em seu ombro esquerdo e havia perdido muito sangue, precisava urgente de primeiros socorros e de ir ao hospital mais próximo. Ao passar o tempo a angustia começou a tomar conta de seu ser, sua situação ficou cada vez pior devido ao ferimento. À vontade de sair era grande, tão grande quanto o medo de se afogar. Foi ai que ele se lembrou de Deus e disse: - Senhor Deus, se o Senhor existe, por favor, me tire daqui. Então ele ouviu a voz do Senhor a falar ao seu coração: - Você quer mesmo sair daí? - Sim, como quero! Disse ele. - Você lembra que Moisés passou pelo mar vermelho? Perguntou Deus. - Sim lembro Senhor. Respondeu Ele. Deus continuou falando: - E que meu filho Jesus andou por cima das águas? - Sim me lembro de tudo isto Senhor. Respondeu novamente. - Muito bem! Saia andando por cima destas águas. Ordenou-lhe Deus. - Não posso Senhor, não sei nadar e ainda estou com o ombro bem machucado. Replicou tristemente. A tristeza virou um medo crescente, que o impulsionou a subir na arvore em que estava preso seu paraquedas querendo achar alguma segurança e ali ficou até que o machucado virou uma grande gangrena e ele acabou morrendo. Pouco tempo depois de sua morte, alguns homens que caçavam crustáceos e estavam andando pela água barrenta do mangue que não era superior a trinta centímetros de altura, viram o corpo morto entre os galhos da arvore e disseram: - Pobre homem, não deve ter dado tempo de descer desta árvore e vir andando para nossa vila que fica a uns quinze minutos daqui. 35
  • 36. O pescador de sonhos Ao falar sobre sonhos um palestrante pediu que sua plateia de cerca de cinquenta pessoas o seguissem. Sem saber para onde iam entraram num ônibus que os levou a um pesqueiro que se situava próximo ao auditório da palestra. Ao descerem do ônibus cada um ficou se perguntando o porquê da interrupção da palestra e o motivo de estarem num pesqueiro. O palestrante apenas pediu para sua plateia observa-lo. Este entrou num barco e foi até certo ponto do pesqueiro e com a vara na mão jogou o anzol e pescou. Pescou quatro grandes peixes e voltou. Ao descer do barco disse: - Os sonhadores se assemelham a pescadores que pela determinação de lançar as suas varas no mar do coração retiram para realidade seus sonhos. Os quatro peixes que retirei do mar simbolizam os quatro princípios que vocês devem ter para fazer que os sonhos se tornem realidade. O primeiro é possuir o sonho, o segundo acreditar que ele pode se tornar realidade, o terceiro é a coragem de lutar por ele, o quarto é a determinação de não esmorecer encontrando dificuldades. 36
  • 37. A pipa Um homem caminhava por um parque desconsolado. As coisas estavam difíceis, sua empresa estava falindo, as dividas estavam cada vez mais altas e seus pensamentos eram tão desanimadores que o direcionavam ao suicídio. De repente ele parou e começou a observar vários garotos que empinavam pipas. As pipas eram belas e estavam cruzando os céus num majestoso espetáculo de beleza e animação. Crianças sabem fazer uma verdadeira festa com seus brinquedos. Porém, entre eles um menininho estava triste e com a cabeça baixa estava a chorar. O homem desconsolado tirou forças de onde não tinha e disse ao menino: - Não chore menino. - Minha pipa não sobe e não tem jeito dela subir. - Lógico que tem jeito eu vou te ajudar. O homem desconsolado falou. Quando era criança o homem desconsolado gostava muito de empinar pipa e conhecida muito sobre esta brincadeira. Por isso, conseguiu arrumar a pipa do menino e ainda conseguiu coloca-la no alto e ambos sorriram. Ao final do dia o homem desconsolado não estava mais desconsolado, mas bem melhor. E para completar seu dia ele pode ouvir daquele simples menino uma frase que ergueu seu ânimo: - Obrigado meu caro amigo. Sozinho eu nunca poderia fazer minha pipa subir, mas graças a sua ajuda olhe onde ela está. As palavras do menino ecoaram em seus pensamentos durante horas e por fim, o homem que outrora estava desanimado, teve uma impulsão divina de ânimo. Deixou de lado a ideia de suicídio, propôs segurar nas mãos amigas que lhe tinham sido estendidas, dividiu suas preocupações com sua família e amigos. Lutou e com apoio dos familiares e funcionários a empresa novamente se estabilizou. A maior lição disso tudo ele pode contar às pessoas que lhe perguntaram como conseguiu tirar a empresa da falência resumindo na seguinte frase: - ―Nenhuma pipa defeituosa pode subir sem auxilio, pois existem momentos que precisamos de ajuda e o apoio de mãos ajudadoras. Sem elas tudo se torna muito difícil, porém com elas ao lado temos a virtude necessária para alcançarmos a vitória‖. 37
  • 38. Dar corda Dois homens de grande importância pública entraram numa relojoaria e discutiam sobre como levar o país crescer novamente, sendo que há anos a economia estava estagnada. O relojoeiro recebeu o relógio de um daqueles homens e ao abri-lo para verificar o motivo pelo qual este não funcionava também ouvia a discussão que até então não houvera progredido em rumo a uma solução. Um dizia – a saída é mais um empréstimo. O outro dizia o jeito é criar mais um imposto. Em meio há minutos acalorados de planos e mais planos para mudar a realidade do país o relojoeiro disse: - O relógio tem tudo para funcionar, as engrenagens estão nos lugares e suas peças são de excelente qualidade o que está faltando é o senhor dar corda nele, pois ele parado no tempo além de não funcionar pode enferrujar. - Obrigado. Disse o dono do relógio e foi se retirando com seu amigo quando o relojoeiro lhe disse: - O nosso país tem tudo para crescer. Basta dar corda na educação, dar corda na produção agrícola, dar corda à produção cientifica, dar corda na redução de gastos desnecessários, dar corda às campanhas anticorrupção, dar corda a políticas de apoio aos pobres e não parar no tempo diante das prioridades que indicam que os governantes estão interessados em governar para o povo e não para si mesmos. 38
  • 39. O mundo precisa de energia A energia elétrica é um beneficio fabuloso para toda a humanidade com ela podemos usar aparelhos que fazem inúmeros trabalhos ao nosso favor e ainda podemos em noites escuras ter a claridades das lâmpadas graças a ela, a dona eletricidade. Porém em uma noite que parecia como qualquer outra aconteceu um blecaute e a cidade caiu em uma escuridão total durante alguns minutos. Na hidroelétrica que fornecia toda eletricidade da cidade houve uma pane no seu sistema causando um grande transtorno a todos. Graças à intervenção dos técnicos e profissionais da área o problema foi resolvido, mas a situação exposta nos jornais do dia seguinte proporcionou ao pastor de uma igreja formular a seguinte ilustração: ―O mundo precisa da energia para realizar diversas atividades que sem a facilidade que ela promove até mesmo durante o dia seria difícil fazer e ainda é de conhecimento de todos que as noites sem ela tornariam o mundo mergulhado em trevas. A palavra de Deus é a energia que ilumina o mundo que está mergulhado em trevas continuas. Deus é a hidroelétrica que envia energia para este mundo mediante aos cabos, ou, seja, a pregação da igreja é a energia que todos estão precisando para não viverem em trevas. A mentira, a ganância, a cobiça, o roubo, o adultério, o homicídio , o vicio, o sacrilégio e o pecado em geral deve ser dissipado pela luz do evangelho.‖ O Pastor concluiu o discurso dizendo: ―Querida igreja, não deixemos o mundo mergulhado em trevas!‖ 39
  • 40. A vida volúvel daqueles que se dizem cristãos e não conhecem nada sobre sua fé Eram 20h45 minutos e o culto da igreja cristã do bairro de Vila Incerteza havia terminado. Todos os membros estavam satisfeitos com o sermão que ouviram. Parece que todos eles tinham quase certeza que conheciam aquele que eles cultuam todos os domingos. Enquanto a multidão que saia das portas do templo se deslocava aos seus lares a pé ou se direcionavam para seus automóveis uma cena chamou a atenção deste escritor. Um homem aparentando cinquenta anos de idade e uns trinta de cristão estava sendo entrevistado por um repórter do diário escarnecedor. A entrevista foi mais ou menos assim: Repórter: - Você é cristão? Entrevistado: - Sim. Repórter: - Você conhece Cristo? Entrevistado: - Sim. Repórter: - Você conhece Deus? Entrevistado: - Sim. Repórter: - Você conhece o Espírito Santo? Entrevistado: - Sim. Repórter: - Você conversa com eles? Entrevistado: - Sim. Repórter: - Você acredita neles? Entrevistado: - Sim. Repórter: - Como você afirmou que conhece a Cristo, O Espírito Santo e a Deus, me diga como eles são. Entrevistado: - Eu não sei como eles são. Repórter: - Como não? Se você diz que os conhece, conversa e acredita neles como não os conhece? Entrevistado: - Eu acho... Repórter: - Quem acha não tem certeza. Entrevistado: - Meu pastor diz que eles existem, e ele sempre fala a verdade. Repórter: - Quer dizer que o seu pastor conhece a Trindade? Entrevistado: - Lógico que sim. Repórter: - Será que ele aceitaria ser entrevistado? Entrevistado: - Sei não. Ele é um homem muito ocupado, estou esperando uma visita dele a uns três anos e ele ainda não teve tempo. Repórter: - Obrigado, depois eu vejo se consigo agendar com seu pastor uma entrevista. Entrevistado: - Você pode tentar. Repórter: - Você lê a Bíblia? Entrevistado: - De vez em quando. Repórter: - É verdade que a Bíblia diz que Deus tarda mais não falha? 40
  • 41. Entrevistado: - Sim, já li isso nela. Repórter: - Também está escrito que Deus escreve certo por linhas tortas? Entrevistado: - Não tenho certeza, mas acho que sim. Outro dia ouvi o irmão fulano de tal dizer que na Bíblia isto estava escrito e ele lê a Bíblia muito mais que eu. Repórter: - Os pastores afirmam que existe um céu e por isso eu gostaria de saber se você acredita nisto, pois ninguém ainda viu este tal de céu. Entrevistado: - Eu acredito, mas ainda não tinha parado para pensar nisto. Repórter: - Quer dizer que vocês cristãos não pensam? Entrevistado: - Não é bem assim. Agente quer tudo mastigado. Repórter: - Quer dizer que o quê o pastor fala é lei e vocês nem conferem na Bíblia? Entrevistado: - É mais ou menos assim. Repórter: - Acho melhor você mudar de religião, pois, você nem sabe se o que você ouviu é verdade e você também nem tem o interesse de pesquisar. Entrevistado: - Sabe que você tem razão. Repórter: - A minha religião é meu emprego e o céu é minha casa. Entrevistado: - Acho que vou adotar essa religião também. Ao final da entrevista o repórter do diário escarnecedor teve a matéria para seu jornal e ainda pode desenvolver uma tese para o seu mestrado intitulada: ―A vida volúvel daqueles que se dizem cristãos e não conhecem nada sobre sua fé!‖ Moral da história: quem não conhece o que está escrito na Bíblia fala o que não está escrito, concorda com o que não é bíblico, critica a verdade e pode ser induzido a deixar a sua fé.‖ 41
  • 42. O chuveiro da graça e a fé Numa das aulas do discipulado de uma igreja cristã o catecúmeno perguntou ao professor como pela fé a pessoa tem condições de receber o perdão dos pecados mediante o sangue de Cristo Jesus. O professor com muita paciência explicou tudo o que entendia por salvação começando pela morte substitutiva de Jesus por cada um dos homens e também pela redenção, justificação, adoção, graça e a importância da fé finalizando com a seguinte ilustração: O pecado é uma espécie de sujeira impregnada no ser humano. Nós sabemos que toda sujeira que o homem acumula em seu corpo deve ser limpa por uma questão de higiene e prevenção. A sujeira pode fazer uma pessoa até adquirir doenças e etc. O quê cada um de nós faz parar limpar a sujeira do nosso corpo? Utilizamos o chuveiro. Sabonete, xampu e água são nossas armas para limpar nosso corpo. Mas o quê isso tem haver com o pecado? Podemos ilustrar que a sujeira do pecado deve ser limpa no chuveiro da graça que derrama o sangue de Jesus que é semelhante à água que não mancha, mas limpa e utilizando o sabonete da palavra e o xampu da oração podem fazer em nosso corpo uma lavagem completa e eficaz. Mas onde a fé entra nessa história? A água do chuveiro não cai sem que abramos o registro, o sabonete e o xampu não podem limpar nada se não tomarmos eles em nossas mãos e esfregarmos o corpo e os cabelos. A fé é semelhante à mão que abre o registro e esfrega o sabonete no corpo e o xampu nos cabelos. A fé é totalmente necessária para que os efeitos maravilhosos da graça possam ser eficazes em nossas vidas. 42
  • 43. A televisão A televisão quebrou. A entrada auxiliar para entrar o dvd e assim poder assistir filmes, clips e etc não funcionava e por isso levei-a ao conserto. Durante quinze dias ela funcionou muito bem até que aconteceu de novo, quebrou. Eu via a imagem e não ouvia o som. Que coisa mais chata! Mandei-a para o conserto novamente. Durante um mês ela permaneceu excelente, porém, aconteceu de novo, só que desta vez não tinha imagem somente a som. Foi-se para o conserto. Passados alguns meses pifou, nada estava funcionando e ao leva-la novamente ao conserto foi me dito que não dava mais para arruma-la. O jeito foi joga-la fora, espero que pelo menos ela possa servir como material reciclável. No lixo a televisão foi apanhada por um rapaz que levou para sua casa e resolveu conserta-la. Para mim não tinha mais jeito, mas para ele era o contrario, aquela televisão iria ficar novinha em folha. Ele um excelente técnico em eletrônica e a arrumou de tal maneira que seu desempenho passou a ser melhor do que antes. Com esse acontecimento comecei a pensar que homem é semelhante a uma televisão quebrada. Apesar de ter sido criado a imagem de seu criador o pecado o danificou e como no caso da entrada do dvd ele esta sempre se recusando a se conectar com Deus e ter os ensinamentos divinos que irão lhe conduzirão a vida eterna. Também como no momento em que a imagem funcionada e o som não saia, o pecado faz com que o homem não ouça a voz de sua consciência e por isso anda de uma maneira desordenada. No outro caso em que ela estava sem imagem, mas com o som, eu pude refletir que o homem por causa do pecado anda apagando a imagem do Senhor de sua vida e o som de sua alma pedindo socorro é semelhante ao pedido de conserto para televisão. Por fim, o pecado é tão terrível e tomou conta do homem de um jeito que parece que não existe mais solução para ele e por isso seu destino é ser jogado fora, no inferno. Ainda bem que o melhor técnico do mundo muda essa situação. Jesus faz como aquele rapaz que consertou a televisão que foi jogada fora e a fez funcionar novamente e de uma maneira melhor. Jesus retira o pecado, conserta o homem e faz com que ele possa ter condições de viver de uma maneira melhor estando conectado com o céu, recebendo e transmitindo a palavra de Deus e refletindo sua imagem. 43
  • 44. O inimigo do Rei Em uma terra remota há muitos anos atrás viveu um poderoso Rei que reinou sobre muitos povos. A trajetória de sua historia foi marcada por inumeráveis vitórias e sua fama voou por todos os lugares. Mas como aos homens está ordenado viverem uma única vez, ele seguiu o caminho de todos, nasceu, cresceu, envelheceu e por fim iria como qualquer homem morrer. Antes de sua morte, chamou o príncipe herdeiro e disse: - Como eu, você enfrentará muitos inimigos e não deve de maneira nenhuma teme-los. - Procurarei vence-los. Respondeu o príncipe. - Sei disso meu filho. Mas quero que você saiba que de todos os inimigos que você enfrentar, um deles vai ser o mais forte de todos. - Quem é ele meu pai? Indagou o jovem príncipe. - Agora você não poderá entender o que estou falando, mas para o dia em que você estiver em grande aflição e perigo tenho preparado está caixinha para te direcionar a vitória. Neste dia, somente neste dia, me prometa que abrirá está caixinha e então você conhecerá seu maior inimigo. Falando com bastante dificuldade o rei deu está ultima ordem. - Sim meu pai, como me pediste assim farei. O príncipe em lagrimas jurou ao velho rei e viu o seu ultimo suspiro. Anos se passaram e em muitas batalhas o jovem rei lutou, mas nunca se esqueceu das palavras de seu pai. Ele sabia que cedo ou tarde teria que encontrar o tal inimigo que seu pai lhe falara e por isso fortaleceu seu reino com todo tipo de armas bélicas de sua época e seu país foi considerado uma grande potencia. Um dia porem, uma grande nação se levantou contra seu reino. Era uma nação muito forte e valente que havia conquistado muitos povos e venceu parte do exercito do jovem rei. A angustia, a dificuldade e aflição que seu pai falará havia chegado. Mas ele já estava conhecendo seu inimigo sem precisar olhar dentro da caixinha e ele via que não tinha jeito de mudar o que já era inevitável—a derrota era certa. Certa manhã prevendo que o reino seria destruído e quase sem forças para lutar resolveu olhar dentro da caixinha qual era esse tal inimigo que ele tinha de conhecer para vence-lo. Abriu a caixinha e ficou olhando-a por longo tempo. Reuniu as tropas que restaram e partiu para a batalha decisiva e foi vitorioso. Dias depois, em comemoração sobre a vitória que ele conquistará, relembrou as palavras de seu pai e agradeceu pela caixinha que ele havia deixado para lhe mostrar como ele poderia vencer seu maior inimigo. O jovem rei falou: - Hoje tenho o prazer de comemorar está grande vitória. Não tive de vencer em primeiro lugar a espada ou a flecha, nem cavalos ou canhões, mas ao olhar para aquela caixinha dada pelo meu saudoso pai, vi uma chapa de latão polida e que mostrava minha imagem distorcida e continha um bilhete que dizia: teu maior inimigo é você mesmo. Aquele reflexo distorcido não era eu, por isso, compreendi que se quisesse ser um vencedor teria que vencer a mim mesmo, e depois, vencer outros inimigos menores. 44
  • 45. Sonhos e foguetes Certo palestrante desafiou seus ouvintes com a seguinte pergunta: - Vocês querem ver seus sonhos subirem e cruzarem os céus? Logicamente todos disseram que sim. Ele continuou: - Os sonhos são semelhantes a foguetes. Um foguete para subir necessita de combustível, designer e mecânica. Aquele que não pôde contemplar o foguete do seu sonho subir é porque não o desenhou, não o projetou, não fez o seu designer direito. E também não fez manutenções, não se preocupou com sua mecânica e por fim, não colocou combustível suficiente. Por isso o desanimo venceu e o foguete não decolou. Mas quero dizer que cada um de vocês devem projetar seus sonhos, saber como eles são e lutar para construí-los. E ainda devem fazer sua manutenção, cuidar dele, organiza-lo, trocar alguma peça que não está funcionando bem, mas nunca joga-lo fora e por fim colocar muito, mais muito combustível de perseverança para poder vê-lo cruzar os céus. 45
  • 46. Auto-Estima Conta-se que na antiguidade havia dois guerreiros e atletas imbatíveis que se chamavam Estima. A única coisa que diferenciava os dois era a cidade em que nasceram. Um havia nascido na cidade Auta e outro na cidade Baixo. Assim eram conhecidos: Auto- Estima e Baixo-Estima. Em tudo que eles disputavam se sobressaiam sobre os demais e no fim se confrontavam e caiam prostrados e esgotados de tal maneira que em tudo empatavam. Nas corridas, lutas, natação, jogos e etc. somente a palavra empate existia a favor dos dois. Até então nunca se soube qual era o melhor, porém, este impasse passou a incomodar até os deuses que se propuseram a resolver este dilema propondo uma corrida pela estrada da vida inteira. Durante a corrida os dois oponentes correriam carregando enormes cestos nas costas e neles deveriam colocar pedras ao passarem por sete cidades maravilhosas e os vales que lhes opõem. e que não podem ser evitados durante a corrida na estrada da vida inteira. Os vales são: vale do desânimo, da calúnia, da humilhação, do desespero, da murmuração, do ceticismo, da desesperança. Destes vales sairiam as pedras que tentariam frustrar essa disputa de titãs. Antes de começar a corrida, na linha de largada a deusa da sabedoria entregou a ambos uma chave e lhes disse: - O vencedor será aquele que cruzar a linha de chegada portando o seu cesto e abrir a caixa que contêm o grande prêmio dessa corrida. A estrada da vida inteira possuía um único começo, mas duas trilhas opostas a cada corredor. Por ter trilhas opostas os dois adversários não se veriam em nenhum momento. A prova duraria dezesseis dias e ao som das trombetas os deuses disseram: - Que comece a disputa! Baixo-Estima e Auto-Estima correram e correram. Eles chegaram a cidade de Ânimo para vencer e a cruzaram já no primeiro dia deixando-a em poucas horas para trás e seguindo a tarde pelo vale do desânimo foram abordados por um gigante que lhes falou: - Para prosseguir você deve carregar a pedra do desânimo. Sem contestarem nada colocaram a pesada pedra no cesto e continuaram a corrida até que findou o primeiro dia. No segundo dia após passarem pela cidade de Boa Fama outro gigante os abordou no Vale da Calúnia e como aquele do dia anterior lhes disse que para prosseguir deveriam levar a grande pedra da calúnia no cesto. Outra vez, sem contestarem nada colocaram a pedra e seguiram adiante até que findou o segundo dia. Do terceiro ao sétimo dia encontram outros gigantes que lhes acrescentaram cinco pedras grandes (humilhação, desespero, murmuração, ceticismo e desesperança) que em tudo lhes dificultaram a viagem. Ao dormirem no final do sétimo dia todos os dois estavam esgotados e sem forças para prosseguir. O esforço para carregar aquelas pedras exigiu demais de cada um, porém eles eram determinados e realmente os melhores homens de sua época. Ao raiar do oitavo dia Baixo-Estima resolveu prosseguir e tentar terminar a corrida usando todas as suas forças, porém, acabou desfalecendo e no meio do caminho morreu. Auto-Estima ao colocar o cesto em suas costas com as sete pesadas pedras começou a pensar nas palavras da deusa da sabedoria: “Aquele que cruzar a linha de chegada com o cesto nas costas será o vencedor!” E disse consigo mesmo: ―Ela não disse 46
  • 47. que deveríamos cruzar a linha de chegada com o cesto e as pedras!” Por isso, lançou as pedras fora e venceu a corrida. Cruzou a linha de chegada, abriu a caixa e viu que lá estava uma flor de satisfação colhida no vale da vida vitoriosa. A maior lição que essa metáfora pode nos passar é que durante nossa trajetória nesta vida encontramos gigantes que querem nos matar obrigando a cada um de nós a carregar pedras pesadas e assim destruir nossos sonhos, nossa vida social, emocional e física, mas a exemplo de Auto-Estima devemos lançar essas pedras fora e prosseguir adiante e vencer. 47
  • 48. A roda e o talento Toda pessoa tem um talento natural que ao ser utilizado pode beneficiar a si mesmo e aos demais, basta apenas encontra-lo. Conta-se numa antiga lenda que nos primórdios da humanidade um homem das cavernas ao cortar arvore para lenha e para fazer objetos como lança e etc. teve a ideia de fazer um objeto redondo. No inicio aquele objeto não servia para nada. Os concidadãos daquela comunidade até zombavam do inventor dizendo: ―Pra quê serve isso?‖ E riam-se. Um deles até pegou o objeto redondo de madeira e jogou no fogo dizendo: ―Pelo menos serve para queimar!‖ O homem das cavernas se entristecia, porém perseverante dizia aos companheiros: ―Ainda vou descobrir a utilidade deste objeto e ele nos ajudará muito!‖ Ao ouvir isto, aí que os zombadores caçoavam mais. Depois de um longo tempo nosso inventor observando a dificuldade de carregar alimentos, madeira e etc. começou a pensar no que poderia ser feito para facilitar a tarefa de locomoção de coisas. Com raiva por ter inventado uma coisa inútil, resolveu desfazer-se dela e jogou, montanha abaixo. Ao fazer isto, ele observou que seu objeto redondo girava, ou melhor, rodava e rodava percorrendo assim uma longa distância. Então ele teve a ideia de unir dois daqueles objetos redondos ligados por uma madeira comprida. Ele montou o que nós chamamos hoje de carroça e aquele objeto redondo mostrou sua utilidade e é conhecido como roda. Sua invenção não beneficiou apenas aquela comunidade, ela viajou por muitas cidades e países e ainda atravessou o tempo beneficiando o mundo até os dias atuais. Se descobrir o talento que há em você, não o esconda, pois poderá ver que benefícios virão não somente para si, mas para aqueles que estiverem ao seu redor e talvez viajar distâncias que você nunca imaginou. 48
  • 49. Os dois murais A dois grafiteiros foi incumbida a tarefa de pintar um mural retratando o seguinte tema: A sociedade perfeita. O primeiro desenhou uma cidade, pessoas andando de mãos dadas, pessoas sorrindo, crianças brincando, pessoas realizando várias atividades. Ele então disse a respeito de seu mural: As pessoas estão sempre fazendo alguma coisa e por isso são sempre felizes e acrescentou. ―A ocupação faz a sociedade se aperfeiçoar!‖ O segundo desenhou apenas dois homens em várias ações. Na primeira os dois estavam conversando. Na segunda pareciam discordar. Na terceira concordavam com algo. Na quarta estavam a ponto de brigar. Na quinta se abraçavam. Na sexta e última figura os dois estavam construindo uma linda casa que fazia parte de uma grande e linda cidade. Ele então falou acerca de seu mural: ―A sociedade perfeita é aquela que sabe vencer diferenças, conviver de uma maneira inteligente e que busca o bem comum!‖ 49
  • 50. Impressão permanente Um famoso perfumista ao ser entrevistado respondeu a seguinte pergunta: Qual a razão do sucesso de sua linha de fragrâncias e o possível fracasso de seu maior concorrente? ―A primeira impressão é a que fica? Já ouvi muitos dizerem isto, e sobre nossa linha de fragrâncias temos aplicado o que há de melhor no quesito designer o que contribuiu muito para nosso sucesso, mas sem dúvida o conteúdo é o mais importante, pois a qualidade faz com que nosso produto seja desejado, apreciado e recomprado quando de seu termino‖. O interessante dessa afirmação é que a transferindo para o viver diário, ela nos ensina que a beleza exterior pode conquistar a atenção, olhares, elogios e despertar o desejo, porém, se o que está no interior for ruim, ou seja, a pessoa for soberba, arrogante, mentirosa, desonesta e etc. com certeza irá destruir a primeira impressão. 50
  • 51. A melhor maneira de ver o mundo Um artista plástico e inventor desenvolveu uma luneta multicolorida e numa festa em seu apartamento no último andar com uma vista panorâmica de toda cidade cognominada maravilhosa resolveu testa-la. Por voltas das duas horas da manhã ele reuniu os convidados e brindou a melhor maneira de ver o mundo. Os convidados se alegraram, porém, não entenderam direito o que ele queria dizer. O artista então disse: ―Em meio a muitas reflexões descobri que o mundo pode ser enxergado de várias formas e cores‖. Então ele convidou todos a olharem a cidade por sua luneta. Na primeira olhada todos enxergaram-na escura com a imagem deformada fazendo a cidade maravilhosa perder seu costumeiro brilho. A seguir ele apertou um botão e a luneta começou a passar uma a uma as lentes de cores diferentes até chegar a uma lente multicolorida mostrando a cidade maravilhosa de várias perspectivas. Ao final ele disse: ―A melhor maneira de ver o mundo é através de lentes que mostrem a sua verdadeira forma e cor. Essas são apenas um exemplo, pois cada um deve escolher a sua maneira‖. 51
  • 52. O rei da pequena ilha Um marinheiro experiente sofreu um naufrágio. Somente ele havia sobrevivido e chegado a uma pequena ilha. Esta ilha tinha dez coqueiros e uma caverna que cabia o náufrago e mais um pequeno espaço. O tempo foi passando e ele foi sobrevivendo dos cocos que ia colhendo. Comia a carne do coco e bebia sua água. Muitos dias se passaram e o marinheiro passou a perder o juízo. Imaginava-se um grande rei, o rei da pequena ilha. Como rei solitário que era, o náufrago dava ordens e mais ordens a si mesmo. Anos se foram e ele se acostumou a viver apenas consigo e para si mesmo. Mas algo muito ruim aconteceu, os dez coqueiros ficaram enfermos e começaram a morrer. E cada um produziu o último coco, o que o marinheiro logo tratou de colher e guardar. Agora ia ser uma questão de tempo para o pior chegar, a sua fonte alimento havia se esgotado. Quando tudo parecia perdido, ao longe ele avistou um navio vindo em direção a sua ilha. O capitão estava com uma luneta e viu uma pessoa na ilha e direcionou o navio para ela. O pobre náufrago ia ser resgatado. Os anos de solidão iriam ser substituídos pelo convívio entre pessoas, ele iria saborear comidas e bebidas diferentes. Ele teria a liberdade da ilha com paredes de água. Ao fitar durante algum tempo o navio vindo em sua direção o marinheiro tomou a atitude mais irônica que aquele momento lhe proporcionava. Pegou os dez cocos e correu para dentro do buraco gritando: ―Não, não! Vocês não irão roubar meus cocos e nem minha maravilhosa ilha‖. A cada instante o navio se aproximava mais e mais. Ao chegar perto da ilha e não avistar ninguém, o capitão achou ter tido apenas uma ilusão, confundido algum dos coqueiros secos com uma pessoa e por isso virou o navio em direção oposta e foi se embora. O náufrago ficou só com seus dez cocos e a ilha, morrendo um pouco depois de consumir o último coco. 52
  • 53. Os três talheres Os talhares se envolveram numa discussão que pretendia determinar qual deles seria o instrumento mais importante para o bem estar dos homens. Cada um falou se auto proclamou: A colher: - Para os homens se servirem de sopa, gelatina, doces, adoçar eu sou essencial e por isto, o melhor instrumento. A faca: - Sem mim os homens ficariam sem condições de cortar carnes, massas, frutas, bolos e etc. então por isto, sou o mais importante instrumento. O garfo: - Sou necessário para enrolar o macarrão, segurar carnes, saladas, frutas e etc. e sem mim tudo seria difícil, então é obvio que o instrumento que sobressai sobre todos sou eu. No meio da discussão os três talheres foram levados para mãos que não os conheciam bem. Um homem que nunca havia estado em meio a civilização que se utiliza de talheres estava prestes a aprender como usá-los, porém, antes de ser um mestre na arte de utilizá-los cometeu equívocos que iremos descrever: Com a colher tentava cortar um suculento bife, mas não conseguiu e por isto, amaldiçoou-a. Com o garfo tenteou tomar um pouco de sopa e sem sucesso também amaldiçoou aquele que para si era um instrumento imprestável. Com a faca não foi diferente, ele tentou enrolar o macarrão, tomar sopa e gelatina, sem sucesso, porém, findou também amaldiçoando-a. Os três talheres se puseram a chorar, pois, de repente cada um se viu insignificante. Depois de algum tempo o homem rude que as havia amaldiçoado foi ensinado e aprendeu utiliza-las. Ele tomou sopa com a colher e ainda adoçou suco e bebeu. Com o garfo segurou um suculento bife e juntamente com a faca o cortou e ainda elas juntas foram usadas para este saborear feijão, arroz, macarrão e salada. Ao final da refeição ele levantou os três talheres e os abençoou. Os três compreenderam que sozinhos suas realizações eram ínfimas ou nulas, mas quando utilizados em equipe se superavam e cumpriam sua missão (servir) recebendo palavras de gratidão e benção! 53
  • 54. O fósforo, a vela e o fogo Foram dadas por Deus ao fósforo, a vela e ao fogo missões: Ao fósforo foi incumbida a missão de durante alguns segundos iluminar e fornecer calor para breves realizações, pois logo sua vida se extingui, contudo não a sua missão. A vela foi incumbida a missão de com a ajuda do fósforo iluminar e fornecer calor durante horas podendo chegar até mesmo a dias, mas como a parafina que lhe dá forma juntamente com o pavio se consome também sua vida se esvai, porém, sua missão não. Ao fogo foi dada a missão permanente entre os homens de fornecer iluminação e calor. Para isto, lhe foi lhe concedido condições de se formar e de se extinguir tantas vezes quanto fosse necessário, bastando somente contratar alguns auxiliares. Ainda que sejamos ferramentas diferentes em ação e realização o importante é que fazemos parte da mesma missão. ―Apenas descubra a sua!‖ 54