O documento discute os conceitos e práticas de gestão democrática na escola pública. A gestão democrática requer métodos que promovam a democracia de forma efetiva, como o aprendizado contínuo, diálogo e participação de todos os envolvidos. O coordenador pedagógico desempenha um papel fundamental na mediação das relações entre professores, alunos e currículo de modo a promover uma educação emancipatória e comprometida com o acesso igualitário ao conhecimento.
2. GESTÃO DEMOCRÁTICA
A gestão democrática é, portanto,
atitude e método. A atitude
democrática é necessária, mas não é
suficiente. Precisamos de métodos
democráticos de efetivo exercício da
democracia. Ela também é um
aprendizado. Demanda tempo,
atenção e trabalho. (GADOTTI,
1980, p.4).
3. GESTÃO DEMOCRÁTICA
... A gestão democrática poderá constituir
um caminho real de melhoria da qualidade
de ensino se ela for concebida, em
profundidade, como mecanismo capaz de
alterar práticas pedagógicas.(SPOSITO,)
4. PRESSUPOSTO BÁSICO
O QUE É REALMENTE DEMOCRÁTICO
NA ESCOLA PÚBLICA?
A SOCIALIZAÇÃO DO
CONHECIMENTO
FUNÇÃO SOCIAL DA ESCOLA PÚBLICA
5. GESTÃO DEMOCRÁTICA
... Trata-se também de se pensar em uma
educação, compreendida enquanto
processo de formação humana e não
apenas instrução escolar, que permita aos
sujeitos que estão no cotidiano da escola,
ter acesso a experiências democráticas,
seja através de estudos e troca de
experiências, seja através do próprio
currículo. (APPLE)
6. INSTÂNCIAS COLEGIADAS
Gestão Escolar
Papel do Coordenador pedagógico e
Direção
Responsáveis pela mediação, organização,
integração e articulação do trabalho
pedagógico, legitimando–se também no
movimento de organização do currículo
pela via da gestão.
7. INSTÂNCIAS COLEGIADAS
...mais do que integração da escola com a
família e a comunidade ou colaboração dos
pais, é preciso entender essa presença como
mecanismo de representação e participação
política (SPÓSITO).
8. INSTÂNCIAS COLEGIADAS
... Trata-se da percepção de que, para
funcionar a contento, a escola necessita da
adesão de seus usuários (não só de alunos,
mas também de seus pais ou responsáveis)
aos propósitos educativos a que ela deve
visar, e que essa adesão precisa redundar
em ações efetivas que contribuam para o
bom desempenho do estudante (PARO).
9. GRÊMIO ESTUDANTIL
Papel do coordenador pedagógico
ENTENDIMENTO DO SIGNIFICADO DO REPRESENTANTE
DO CORPO DISCENTE CONCEPÇÃO DE
REPRESENTAÇÃO/REPRESENTATIVIDADE
10. CONSELHO DE CLASSE
O Conselho de Classe é um dos poucos
organismos na escola, talvez o único, que
permite a discussão do trabalho
pedagógico em sua especificidade, de
forma espontânea e natural, já que discute
o próprio resultado do aluno, a própria
relação que tem sido estabelecida entre
aluno, professor e conteúdo, num momento
de análise e decisão para a tomada de
novos rumos desse mesmo processo. É
uma relação imediata, direta, que orienta
novas relações próximas e futuras.
11. CONSELHO DE CLASSE
O Conselho de Classe é um órgão colegiado
que pode propiciar o debate permanente e a
geração de ideias numa produção social. A
dimensão dos espaços coletivos é essencial
para o estabelecimento de uma relação
social transformadora, e torna-se
fundamental o resgate das instâncias
colegiadas na escola.
12. PRÉ- CONSELHO
Papel da equipe pedagógica é mediar a
relação ensino e aprendizagem buscando
no professor e no aluno os condicionantes
desse processo.
14. PÓS- CONSELHO
Implica nas providências previstas em C.C.
que possam dar condições para que a
aprendizagem ocorra como a retomada de
conteúdos por parte do professor, retomada
da metodologia de ensino, orientações aos
alunos e familiares.
15. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
PEDAGÓGICO
PAPEL DO COORDENADOR PEDAGOGICO
O CP visto em uma multidimensão: social,
política, humana e cultural, sem implicar na
plurifunção;
Intelectual orgânico das massas (como diria
Gramsci) profissional que compreenda a natureza
do trabalho coletivo na escola e que percebe a
necessidade de pensar a educação neste processo
de contradição,
16. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
PEDAGÓGIGO
que toma por base as condições concretas e articula
a educação às relações sociais democráticas e
emancipadoras;
Pensa o papel da escola historicamente
mediando as relações pedagógicas: professor,
aluno, currículo, metodologia, processo de
avaliação, processo de ensino e aprendizagem
17. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
PEDAGÓGIGO
à luz de uma concepção de educação voltada a
um projeto de sociedade: não excludente, não
alienada, não reacionária ou conservadora e
sim projeto de educação coletivo, democrático e
comprometido com o acesso das classes
populares ao conhecimento sistematizado.
18. ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
PEDAGÓGIGO
O CP delineia a ação intencional que
media e orienta a prática docente à luz de
uma concepção progressista.
19. Segundo Kuenzer...
A ampliação do trabalho doCP é necessário, mas
não se basta senão fundamentada nas categorias
de uma pedagogia emancipatória. Somente
mudar os termos não basta, corremos o risco de
promover a substituição do trabalho
especializado do taylorismo/fordismo pelo
trabalhador multitarefa, em ações esvaziadas.
20. ENSINO (professor)
Papel do Coordenador Pedagógico
Assessorar o professor na identificação e
planejamento para o atendimento às
dificuldades de aprendizagem.
Acompanhar o planejamento das aulas dos
professores se está de acordo com a
Proposta Curricular Pedagógica e o Projeto
Político Pedagógico;
21. ENSINO (professor)
Papel do Pedagogico
Contribuir com encaminhamentos
metodológicos, sugestões de leitura em
torno de uma prática comum e articulada
com a concepção de escola pública.
Assessorar os professores frente a
concepção de avaliação da
aprendizagem, adequando-as à prática
pedagógica.
22. Organizar atendimento na hora- atividade de
maneira que garanta o espaço- tempo seja
para reflexão-ação sobre o processo
pedagógico desenvolvido em sala de aula.
23. ENSINO (professor)
Subsidiar o aprimoramento teórico-
metodológico do coletivo de professores
da escola, promovendo estudos
sistemáticos, troca de experiência, debates
e oficinas pedagógicas;
Orientar o processo de elaboração do
plano de trabalho docente junto ao coletivo
24. APRENDIZAGEM (ALUNO)
Organizar meios de intervenção para
trabalhar com os que apresentam
dificuldades de aprendizagem;
Acompanhar o aluno em suas
dificuldades, encaminhando-o a outros
especialistas ou espaços de aprendizagem
(sala de recurso, sala de apoio à
aprendizagem);
26. A Educação numa concepção
transformadora, pressupõe tomar o aluno
na sua totalidade, não em um momento
reduzido como “aluno”, e isso implica em
entendê-lo dentro de uma dinâmica social,
onde as ações são determinadas.