9. A tipografia do grego typos = forma e
graphein = escrita, é a arte e o processo de
criação na composição de um texto, física ou
digitalmente.
10. Assim como no design gráfico em geral, o
objetivo principal da tipografia é dar ordem
estrutural e forma à comunicação impressa.
Por analogia, tipografia também passou a ser um
modo de se referir à gráfica que usa uma prensa
de tipos móveis.
11. No uso da tipografia o
interesse visual é
realizado através da
escolha adequada de
fontes tipográficas,
composição (ou layout)
de texto, a sensibilidade
para o tom do texto e a
relação entre texto e os
elementos gráficos na
página.
12. Por muito tempo o trabalho com a tipografia,
era limitado aos tipógrafos (técnicos ou
designers especializados), mas com o advento
da computação gráfica a tipografia ficou
disponível para designers gráficos e leigos.
13. Pense que até bem pouco
tempo, uma pessoa leiga
somente poderia
“datilografar” um texto
utilizando apenas um
tipo de letra.
14. Hoje qualquer um pode escolher uma fonte
(tipo de letra) e compor um texto simples em um
processador de texto.
15. Mas essa democratização tem um preço,
pois a falta de conhecimento e formação
adequada criou uma proliferação de textos
mal diagramados e fontes tipográficas
que geram um carnaval de fontes.
TRABALHO DE CIÊNCIAS
O CORPO HUMANO
16. O conhecimento adequado do uso da
tipografia é essencial aos designers que
trabalham com diagramação, ou seja, na
relação de texto e imagem.
17. Para o designer que se
especializa nessa área,
a tipografia costuma se
revelar um dos aspectos
mais complexos e
sofisticados do design
gráfico.
19. A história da letra e da escrita é também a história
da comunicação. O Homo sapiens já havia
descoberto que com a pressão dos pés no barro,
eles deixavam um rastro marcado era o começo da
expressão gráfica.
20. As pinturas rupestres,
geralmente gravadas na
pedra, tinham uma função
mágica e expressiva e
muitas vezes eram
acompanhadas de signos
(sinais) e sua finalidade
não era decorativa, mas sim,
mnemônica e
comunicativas, feitas para
perpetuar o pensamento.
21. Escritura hieroglífica:
Representavam as idéias com figuras semelhantes
aos animais, plantas, formas humanas, etc.,
desenhadas ou gravadas na madeira, pedra e
outros materiais.
23. Escritura hierática:
As figuras isoladas
dos hieroglifos
combinadas e
simplificadas criaram
a escritura hierática
dos sacerdotes.
24. Escritura demótica:
Os sinais (signos) da escritura hierática foram se
simplificando até que foram desenhados com um
traçado completo, com uma linha contínua, criandose assim a escritura demótica ou popular.
25. Escritura fonética
Nas escritas anteriores se desconhecia o componente
fonético associado aos signos (sinais).
Assim, a necessidade criou a passagem da escrita das
idéias para os sons e vozes, surgindo a escrita
fonética ou das palavras.
26. Escrita silábica:
O fato de associar um
som com um sinal gráfico
provocou o fenô-meno
da pronúncia e se
observou que as palavras
eram decompostas em
sílabas.
27. O primeiro *pictograma do
qual temos constância se
remonta ao ano 3.500 a.C.,
uma peça encontrada na
cidade de Kish (Babilônia).
*(desenho representando um objeto ou uma idéia sem que
a pronunciação de tal objeto ou idéia seja tida em conta)
28. Mais tarde, os sumérios desenvolveram
ideogramas (símbolos que representam idéias),
sistema que foi se desenvolvendo até dar lugar ao
sistema cuneiforme sumério de escritura, baseado
em sílabas que imitavam a linguagem falada.
Ur, 2900-2600 a. C.,
descreve uma entrega de
cevada e comida a um
templo.
29. A evolução posterior deste sistema silábico deu
lugar à escritura cuneiforme (2.800 a.C.), que
utiliza o que podemos considerar como o
primeiro alfabeto, cujas letras se imprimiam
sobre argila usando uma alavanca.
30. Por volta de 1.500 a.C. se desenvolveu no
Egito três alfabetos (hieroglífico, hierático e
demótico). O hieroglífo (misto ideográfico e
consonântico), baseado em 24 símbolos
consoantes, era o mais antigo.
31. Os egípcios, mais interessados no aspecto mágico
que no aspecto funcional da escrita, nunca
substituíram os hieróglifos pelos glifos fonéticos que
tinham desenvolvido e aperfeiçoado – preferiram
usar uma escrita, que combinava caracteres
alfabéticos com hieróglifos.
32. Os fenícios adotaram o alfabeto egípcio 1.000
A.C., usando para escrever peles e ripas
enceradas, pouco depois foi adotado também
pelos hebreus e os arameus, sofrendo com o
tempo uma evolução própria em cada uma
destas culturas.
33. O alfabeto grego deriva duma variante do
semítico, introduzido na Grécia por
mercadores fenícios.
34. Dos gregos, o alfabeto grego (na variante
ocidental) passou para os etruscos, cuja cultura
foi o berço da cultura latina.
35. Os romanos em expansão territorial, adaptaram o
alfabeto grego-etrusco à sua língua e à sua
fonética.
36. As letras romanas inscritas em lápides,
apresentavam um belo efeito tridimensional,
obtido pela gravura na pedra, que
tinha necessariamente alguma profundidade.
37. Inicialmente, as letras romanas escreviam-se (ou
esculpiam-se) sem acabamentos terminais e com
hastes de grossura regular; só gradualmente, com o
aperfeiçoamento das ferramentas para trabalhar a
pedra, é que se desenvolveram as terminações
designadas por patas ou serifas.
39. Os romanos não só desenvolveram o «nosso»
alfabeto com os valores fonéticos, mas também a
forma das letras, a sua estética e as relações
recíprocas, que hoje se chamam
*tracking e kerning.
*Espaço e ajustamento
entre uma letra e outra.
40. As unciais apareceram no declínio do Império
Romano, persistiram no reino de Bizâncio e
durante toda a Idade Média.
41. A letra carolíngia deriva
das primeiras minúsculas
caligráficas francesas. A
primeira destas escritas
nasceu em Luxueil, traz o
nome desta fundação
monástica irlandesa e
atingiu o seu pico por
volta do ano de 700.
42. Em vários conventos
medievais europeus,
funcionaram a scriptoria,
oficinas caligráficas
encarregadas de copiar
textos religiosos e por
vezes, textos da
Antiguidade.
43. O imperativo de economizar espaço na folha de
pergaminho transformou as escritas nos centros
universitários medievais em letras violentamente
condensadas, com formas quebradas ou
geométricas, hastes e descendentes reduzidas,
proporcionando mais letras por linha e mais
linhas por página.
Letras
góticas
44. A partir da revolução tecnológica operada por
Gutemberg, a escrita passou a ficar de forma
durável, fixada em letras de chumbo.
45. Em vez de manuscritos e de caligrafia, passamos a
ter uma tipografia. A partir deste ponto, serão os
mestres tipógrafos que orientam a evolução das
letras. Com o advento da fundição de tipos,
passamos a falar de letras fundidas, de fontes.
46. Depois da invenção
da imprensa, a
tipografia teve
diversos mestres que
deixaram um legado
tipográfico.
Entre eles: o alemão
Erhard Ratdolf.
47. Aldus Manutis
Tipógrafo italiano do
Renascimento
Definiu os padrões
estéticos dos novos livros,
não só impressos com
tipos móveis, mas também
radicalmente diferentes
das obras manuscritas da
Idade Média.
55. Um bom desenho tipográfico pode reduzir
consideravelmente a necessidade de fotos e
ilustrações, porém, somando uma boa família de
fontes o projeto gráfico pode ficar muito mais
interessante.
56. Fonte – Sofia Script
Fonte manuscrita e sem acentuação.
Perfeita para estilos arrojados, pode ser moderna
ou retrô dependendo somente de como vem
acompanhada.