SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 28
A Imagem
do Artista
Quando falamos em artista, logo pensamos em
sujeito excêntrico, um cantor de rock, um
pintor, um gênio maluco, etc... Mas quando é
que surgiu essa imagem que temos do artista?
Nas primeiras produções de arte feitas pelo ser humano,
não existia a figura do artista, nem a idéia de arte; o fazer
esculturas ou pinturas se vinculava à relação mágica do
homem com o mundo.
No Egito antigo, surge a figura do artesão, e boa parte
da produção artística está vinculada à religião.
É somente na Grécia clássica que os artesões começam a
expressar sua individualidade como Policleto, Fídias, Mirón.
Mas vai ser somente no Renascimento que vai surgir
a figura do artista.
Com a queda do Império romano e o crescimento
da igreja católica, surgem diversas ordens
monásticas (de monges).
Que se ocupam na Idade Média em produzirem
livros buscando a organização do conhecimento
espalhado pela Europa.
Também produziam
Iluminuras (livros de
orações ilustrados).
São considerados
monges-artesões.
Inicialmente estes monges trabalhavam no
“scriptorium” (sala do mosteiro). Com o tempo
eles começam a viajar para orientar os novos
monges na produção dos manuscritos.
Para mergulhar neste universo, recomendo o livro
de Humberto Eco: “O Nome da Rosa” ou a sua
adaptação para o cinema.
Na Idade Média, buscando proteger-se dos bárbaros,
as pessoas passam a viver em feudos agrícolas
Depois das cruzadas, as cidades voltam a serem
povoadas e surge uma nova classe social
conhecida como burguesia.
Além da Igreja essa nova classe social passa a patrocinar
os artistas se transformando nos novos mecenas.
As cidades começam a fervilhar vida cultural.
Com o enriquecimento da Igreja, as construção de
igrejas e mosteiros na zona rural antecede a construção
das grandes catedrais góticas (ano 1000/1300),
onde as cidades disputavam pela arquitetura
mais bonita e grandiosa.
Pouco a pouco o
trabalho dos monges
é substituído por
outros artesões
comandados
por um arquiteto.
Eles se reuniam na “logia” (lugar ao lado da construção
para produzirem pinturas, esculturas e outros materiais
utilizados nas catedrais).
Alguns pintores começam a receber encomendas
fora das logias e começam a se organizarem nos
talheres (oficinas) de pintura ou escultura.
Buscando proteger os artesões em sua vida
profissional, surgem os grêmios que buscam garantir o
trabalho de seus associados.
Mas, se por um lado os artesões estão
protegidos pelos grêmios, por outro sua liberdade de
criação fica limitada aos temas religiosos ou mitológicos.
Passa-se então a
valorizar a técnica do
artista e seu potencial
intelectual.
Andrea Mantegna
Alguns artesões se rebelam contra
os grêmios, reivindicando para si
o papel de artista criador e
independente.
Surgem então as primeiras “academias” que busca a
formação dos estudantes, bem como a sua participação
na realização de encomendas feitas por papas, reis e
mercadores.
Com o passar dos anos, as academias além de exigir uma
sólida formação, se prende à cópias de artistas consagrados,
limitando a criatividade.
No século XIX os artistas rompem com a arte
acadêmica e se proclamam gênios criadores
comprometidos apenas com sua própria expressão.
No século XX, alguns
artistas passam a
produzir a própria
imagem de gênio louco
e criativo.
Salvador Dali
E foi esse percurso que proporcionou o status de
“artista” para os artesões (pintores, escultores,
arquitetos), bem como a idéia de um “gênio criador”
e cuja imagem perdura até os dias atuais.
Projeto Gráfico:
Paulo Cintra
Bibliografia:
História da Arte – Ernest Gombrich
El Complot del Arte – Jean Baudrillard
O Nome da Rosa – Humberto Eco

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt?

Renascimento - Filosofia
Renascimento - FilosofiaRenascimento - Filosofia
Renascimento - Filosofia
Carson Souza
 
Renascimento Cultural e Científico
Renascimento Cultural e CientíficoRenascimento Cultural e Científico
Renascimento Cultural e Científico
Rodrigo Vaz Rui
 
Renascimento Cultural
Renascimento CulturalRenascimento Cultural
Renascimento Cultural
eiprofessor
 

Was ist angesagt? (20)

Renascimento cultural 1
Renascimento cultural 1Renascimento cultural 1
Renascimento cultural 1
 
Renascimento cultural
Renascimento culturalRenascimento cultural
Renascimento cultural
 
Renascimento
Renascimento Renascimento
Renascimento
 
Renascimento - Filosofia
Renascimento - FilosofiaRenascimento - Filosofia
Renascimento - Filosofia
 
4 breve viagem pela
4 breve viagem pela4 breve viagem pela
4 breve viagem pela
 
Renascimento Cultural
Renascimento CulturalRenascimento Cultural
Renascimento Cultural
 
Renascimento
RenascimentoRenascimento
Renascimento
 
08. Aula de História Geral - Renascimento Cultural
08. Aula de História Geral - Renascimento Cultural08. Aula de História Geral - Renascimento Cultural
08. Aula de História Geral - Renascimento Cultural
 
O Renascimento Cultural e Científico
O Renascimento Cultural e CientíficoO Renascimento Cultural e Científico
O Renascimento Cultural e Científico
 
Renascimento cultural
Renascimento culturalRenascimento cultural
Renascimento cultural
 
Renascimento ppt
Renascimento pptRenascimento ppt
Renascimento ppt
 
Renascimento cultural e cientifico
Renascimento cultural e cientificoRenascimento cultural e cientifico
Renascimento cultural e cientifico
 
Renascimento Cultural e Científico
Renascimento Cultural e CientíficoRenascimento Cultural e Científico
Renascimento Cultural e Científico
 
Renascimento
Renascimento Renascimento
Renascimento
 
Renascimento e a nova mentalidade
Renascimento e a nova mentalidadeRenascimento e a nova mentalidade
Renascimento e a nova mentalidade
 
Renascimento - História Geral
Renascimento - História GeralRenascimento - História Geral
Renascimento - História Geral
 
Renascimento cultural
Renascimento culturalRenascimento cultural
Renascimento cultural
 
Renascimento Cultural
Renascimento CulturalRenascimento Cultural
Renascimento Cultural
 
Renascimento Cultural
Renascimento CulturalRenascimento Cultural
Renascimento Cultural
 
Renascimento (Ensino Médio)
Renascimento (Ensino Médio)Renascimento (Ensino Médio)
Renascimento (Ensino Médio)
 

Andere mochten auch

LINGUAGEM E PUBLICIDADE
LINGUAGEM E PUBLICIDADELINGUAGEM E PUBLICIDADE
LINGUAGEM E PUBLICIDADE
pacobr
 
DESENHO GRÁFICO - O CARTAZ
DESENHO GRÁFICO - O CARTAZDESENHO GRÁFICO - O CARTAZ
DESENHO GRÁFICO - O CARTAZ
pacobr
 
Desenho industrial
Desenho industrialDesenho industrial
Desenho industrial
pacobr
 
A MARCA NA PUBLICIDADE
A MARCA NA PUBLICIDADEA MARCA NA PUBLICIDADE
A MARCA NA PUBLICIDADE
pacobr
 
TIPOGRAFIA E PUBLICIDADE
TIPOGRAFIA E PUBLICIDADETIPOGRAFIA E PUBLICIDADE
TIPOGRAFIA E PUBLICIDADE
pacobr
 
Pocket Cores
Pocket CoresPocket Cores
Pocket Cores
pthormann
 
[cv - 2011.2] 17 - cores
[cv - 2011.2] 17 - cores[cv - 2011.2] 17 - cores
[cv - 2011.2] 17 - cores
Eduardo Novais
 
Eartistica funchal set-12_mm
Eartistica funchal set-12_mmEartistica funchal set-12_mm
Eartistica funchal set-12_mm
margarida_moura
 
História recontada com a magia da oralidade e das cores...
História recontada com a magia da oralidade e das cores...História recontada com a magia da oralidade e das cores...
História recontada com a magia da oralidade e das cores...
Leoesnabe Mendes
 
Apresentacao psicologia das cores
Apresentacao psicologia das coresApresentacao psicologia das cores
Apresentacao psicologia das cores
Raphaela Rocha
 
A perpectiva power
A perpectiva powerA perpectiva power
A perpectiva power
pacobr
 
A evolução da ciência psicológica
A evolução da ciência psicológicaA evolução da ciência psicológica
A evolução da ciência psicológica
Eduardo Dias
 

Andere mochten auch (20)

LINGUAGEM E PUBLICIDADE
LINGUAGEM E PUBLICIDADELINGUAGEM E PUBLICIDADE
LINGUAGEM E PUBLICIDADE
 
DESENHO GRÁFICO - O CARTAZ
DESENHO GRÁFICO - O CARTAZDESENHO GRÁFICO - O CARTAZ
DESENHO GRÁFICO - O CARTAZ
 
Desenho industrial
Desenho industrialDesenho industrial
Desenho industrial
 
A MARCA NA PUBLICIDADE
A MARCA NA PUBLICIDADEA MARCA NA PUBLICIDADE
A MARCA NA PUBLICIDADE
 
TIPOGRAFIA E PUBLICIDADE
TIPOGRAFIA E PUBLICIDADETIPOGRAFIA E PUBLICIDADE
TIPOGRAFIA E PUBLICIDADE
 
Pocket Cores
Pocket CoresPocket Cores
Pocket Cores
 
[cv - 2011.2] 17 - cores
[cv - 2011.2] 17 - cores[cv - 2011.2] 17 - cores
[cv - 2011.2] 17 - cores
 
Eartistica funchal set-12_mm
Eartistica funchal set-12_mmEartistica funchal set-12_mm
Eartistica funchal set-12_mm
 
História recontada com a magia da oralidade e das cores...
História recontada com a magia da oralidade e das cores...História recontada com a magia da oralidade e das cores...
História recontada com a magia da oralidade e das cores...
 
Apresentacao psicologia das cores
Apresentacao psicologia das coresApresentacao psicologia das cores
Apresentacao psicologia das cores
 
Psicologia das cores
Psicologia das coresPsicologia das cores
Psicologia das cores
 
E book em português - psicologia das cores
E book em português - psicologia das coresE book em português - psicologia das cores
E book em português - psicologia das cores
 
A Cor E A Psicologia
A Cor E A PsicologiaA Cor E A Psicologia
A Cor E A Psicologia
 
As sensações das cores
  As sensações das cores  As sensações das cores
As sensações das cores
 
Psicologia das cores
Psicologia das coresPsicologia das cores
Psicologia das cores
 
A perpectiva power
A perpectiva powerA perpectiva power
A perpectiva power
 
A evolução da ciência psicológica
A evolução da ciência psicológicaA evolução da ciência psicológica
A evolução da ciência psicológica
 
Psicologia das Cores no Design
Psicologia das Cores no DesignPsicologia das Cores no Design
Psicologia das Cores no Design
 
Percepção
PercepçãoPercepção
Percepção
 
A cor
A corA cor
A cor
 

Ähnlich wie A imagem do artista

3 renascimento cultural-e_cientifico
3 renascimento cultural-e_cientifico3 renascimento cultural-e_cientifico
3 renascimento cultural-e_cientifico
Danilson Silva
 
A descrença no pensamento positivista e as novas concepções científicas
A descrença no pensamento positivista e as novas concepções científicasA descrença no pensamento positivista e as novas concepções científicas
A descrença no pensamento positivista e as novas concepções científicas
gofontoura
 
Pré renascimento
 Pré renascimento Pré renascimento
Pré renascimento
greghouse48
 

Ähnlich wie A imagem do artista (20)

Historia da arte
Historia da arteHistoria da arte
Historia da arte
 
Historia da arte
Historia da arteHistoria da arte
Historia da arte
 
3 renascimento cultural-e_cientifico
3 renascimento cultural-e_cientifico3 renascimento cultural-e_cientifico
3 renascimento cultural-e_cientifico
 
Renascimento cultural 1
Renascimento cultural 1Renascimento cultural 1
Renascimento cultural 1
 
A descrença no pensamento positivista e as novas concepções científicas
A descrença no pensamento positivista e as novas concepções científicasA descrença no pensamento positivista e as novas concepções científicas
A descrença no pensamento positivista e as novas concepções científicas
 
Renascimento2
Renascimento2Renascimento2
Renascimento2
 
Ufu 2019 Revisão
Ufu 2019 RevisãoUfu 2019 Revisão
Ufu 2019 Revisão
 
Apostila arte contemporanea
Apostila arte contemporaneaApostila arte contemporanea
Apostila arte contemporanea
 
Apostila de-arte-contemporc3a2nea
Apostila de-arte-contemporc3a2neaApostila de-arte-contemporc3a2nea
Apostila de-arte-contemporc3a2nea
 
Aula 4- Renascimento cultural.pptx
Aula 4- Renascimento cultural.pptxAula 4- Renascimento cultural.pptx
Aula 4- Renascimento cultural.pptx
 
Trabalho do Renascimente
Trabalho do RenascimenteTrabalho do Renascimente
Trabalho do Renascimente
 
Arteterapia 02
Arteterapia 02Arteterapia 02
Arteterapia 02
 
Pré renascimento
 Pré renascimento Pré renascimento
Pré renascimento
 
ARTE - UEM - CONHECIMENTOS GERAIS
ARTE - UEM - CONHECIMENTOS GERAISARTE - UEM - CONHECIMENTOS GERAIS
ARTE - UEM - CONHECIMENTOS GERAIS
 
Artes
ArtesArtes
Artes
 
Escultura e surrealismo
Escultura e surrealismoEscultura e surrealismo
Escultura e surrealismo
 
O que é a arte e outros
O que é a arte e outrosO que é a arte e outros
O que é a arte e outros
 
Renascimento 120628154736-phpapp01
Renascimento 120628154736-phpapp01Renascimento 120628154736-phpapp01
Renascimento 120628154736-phpapp01
 
Renascimento 2018
Renascimento 2018Renascimento 2018
Renascimento 2018
 
3 120731130823-phpapp02
3 120731130823-phpapp023 120731130823-phpapp02
3 120731130823-phpapp02
 

Mehr von pacobr

Arte no Renascimento
Arte no RenascimentoArte no Renascimento
Arte no Renascimento
pacobr
 
Teoria das cores
Teoria das coresTeoria das cores
Teoria das cores
pacobr
 
Industria cultural
Industria culturalIndustria cultural
Industria cultural
pacobr
 
Arte renascimento
Arte renascimentoArte renascimento
Arte renascimento
pacobr
 
Industria cultural
Industria culturalIndustria cultural
Industria cultural
pacobr
 
Arte grega
Arte gregaArte grega
Arte grega
pacobr
 
Grécia arte e matemática
Grécia arte e matemáticaGrécia arte e matemática
Grécia arte e matemática
pacobr
 
Arte e beleza
Arte e belezaArte e beleza
Arte e beleza
pacobr
 

Mehr von pacobr (9)

ABORDAGENS PEDAGOGICAS
ABORDAGENS PEDAGOGICASABORDAGENS PEDAGOGICAS
ABORDAGENS PEDAGOGICAS
 
Arte no Renascimento
Arte no RenascimentoArte no Renascimento
Arte no Renascimento
 
Teoria das cores
Teoria das coresTeoria das cores
Teoria das cores
 
Industria cultural
Industria culturalIndustria cultural
Industria cultural
 
Arte renascimento
Arte renascimentoArte renascimento
Arte renascimento
 
Industria cultural
Industria culturalIndustria cultural
Industria cultural
 
Arte grega
Arte gregaArte grega
Arte grega
 
Grécia arte e matemática
Grécia arte e matemáticaGrécia arte e matemática
Grécia arte e matemática
 
Arte e beleza
Arte e belezaArte e beleza
Arte e beleza
 

Kürzlich hochgeladen

A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
PatriciaCaetano18
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
HELENO FAVACHO
 

Kürzlich hochgeladen (20)

Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdfConflitos entre:  ISRAEL E PALESTINA.pdf
Conflitos entre: ISRAEL E PALESTINA.pdf
 
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptxProdução de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
Produção de Texto - 5º ano - CRÔNICA.pptx
 
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
A Revolução Francesa. Liberdade, Igualdade e Fraternidade são os direitos que...
 
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.pptTexto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
Texto dramático com Estrutura e exemplos.ppt
 
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...E a chuva ...  (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
E a chuva ... (Livro pedagógico para ser usado na educação infantil e trabal...
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
A EDUCAÇÃO FÍSICA NO NOVO ENSINO MÉDIO: IMPLICAÇÕES E TENDÊNCIAS PROMOVIDAS P...
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxEducação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
 
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2Estudar, para quê?  Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
Estudar, para quê? Ciência, para quê? Parte 1 e Parte 2
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
6ano variação linguística ensino fundamental.pptx
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 

A imagem do artista

  • 2. Quando falamos em artista, logo pensamos em sujeito excêntrico, um cantor de rock, um pintor, um gênio maluco, etc... Mas quando é que surgiu essa imagem que temos do artista?
  • 3. Nas primeiras produções de arte feitas pelo ser humano, não existia a figura do artista, nem a idéia de arte; o fazer esculturas ou pinturas se vinculava à relação mágica do homem com o mundo.
  • 4. No Egito antigo, surge a figura do artesão, e boa parte da produção artística está vinculada à religião.
  • 5. É somente na Grécia clássica que os artesões começam a expressar sua individualidade como Policleto, Fídias, Mirón.
  • 6. Mas vai ser somente no Renascimento que vai surgir a figura do artista.
  • 7. Com a queda do Império romano e o crescimento da igreja católica, surgem diversas ordens monásticas (de monges).
  • 8. Que se ocupam na Idade Média em produzirem livros buscando a organização do conhecimento espalhado pela Europa.
  • 9. Também produziam Iluminuras (livros de orações ilustrados). São considerados monges-artesões.
  • 10. Inicialmente estes monges trabalhavam no “scriptorium” (sala do mosteiro). Com o tempo eles começam a viajar para orientar os novos monges na produção dos manuscritos.
  • 11. Para mergulhar neste universo, recomendo o livro de Humberto Eco: “O Nome da Rosa” ou a sua adaptação para o cinema.
  • 12. Na Idade Média, buscando proteger-se dos bárbaros, as pessoas passam a viver em feudos agrícolas
  • 13. Depois das cruzadas, as cidades voltam a serem povoadas e surge uma nova classe social conhecida como burguesia.
  • 14. Além da Igreja essa nova classe social passa a patrocinar os artistas se transformando nos novos mecenas. As cidades começam a fervilhar vida cultural.
  • 15. Com o enriquecimento da Igreja, as construção de igrejas e mosteiros na zona rural antecede a construção das grandes catedrais góticas (ano 1000/1300), onde as cidades disputavam pela arquitetura mais bonita e grandiosa.
  • 16. Pouco a pouco o trabalho dos monges é substituído por outros artesões comandados por um arquiteto.
  • 17. Eles se reuniam na “logia” (lugar ao lado da construção para produzirem pinturas, esculturas e outros materiais utilizados nas catedrais).
  • 18. Alguns pintores começam a receber encomendas fora das logias e começam a se organizarem nos talheres (oficinas) de pintura ou escultura.
  • 19. Buscando proteger os artesões em sua vida profissional, surgem os grêmios que buscam garantir o trabalho de seus associados.
  • 20. Mas, se por um lado os artesões estão protegidos pelos grêmios, por outro sua liberdade de criação fica limitada aos temas religiosos ou mitológicos.
  • 21. Passa-se então a valorizar a técnica do artista e seu potencial intelectual. Andrea Mantegna
  • 22. Alguns artesões se rebelam contra os grêmios, reivindicando para si o papel de artista criador e independente.
  • 23. Surgem então as primeiras “academias” que busca a formação dos estudantes, bem como a sua participação na realização de encomendas feitas por papas, reis e mercadores.
  • 24. Com o passar dos anos, as academias além de exigir uma sólida formação, se prende à cópias de artistas consagrados, limitando a criatividade.
  • 25. No século XIX os artistas rompem com a arte acadêmica e se proclamam gênios criadores comprometidos apenas com sua própria expressão.
  • 26. No século XX, alguns artistas passam a produzir a própria imagem de gênio louco e criativo. Salvador Dali
  • 27. E foi esse percurso que proporcionou o status de “artista” para os artesões (pintores, escultores, arquitetos), bem como a idéia de um “gênio criador” e cuja imagem perdura até os dias atuais.
  • 28. Projeto Gráfico: Paulo Cintra Bibliografia: História da Arte – Ernest Gombrich El Complot del Arte – Jean Baudrillard O Nome da Rosa – Humberto Eco