2. Regime Político
República presidencialista e, posteriormente,
parlamentarista.
Elaboração da Constituição democrática.
Regime democrático na teoria e populista na prática
(utilização da demagogia para ampliar o apoio
popular). Marcado pelas eleições diretas para os
principais cargos políticos, pelo pluripartidarismo e
pela liberdade de atuação da imprensa, das
agremiações políticas e dos sindicatos.
3. O período populista abriu perspectivas para o desenvolvimento
de várias formas de participação social, uma vez que trouxe de
volta a disputa político-partidária e a revitalização sindical.
Reflexos sociais da migração interna impulsionada pela
industrialização e urbanização já eram bastante visíveis e
refletiram-se também no modo de organização das lutas
sociais no espaço urbano.
O Brasil, no contexto sócio-econômico, foi impulsionado pela
forte entrada de capital estrangeiro, favorecendo a proposta
desenvolvimentista (modernização econômica e institucional
organizada pelo Estado).
4. Principais Objetivos e Conquistas
Intervenção do Estado na Saúde.
Criação do Ministério da Saúde (1953)
Elaboração da constituição de 1946 (direito político e
exercício dos direitos civis).
Atuação do SESP (Serviço Especial de Saúde
Pública) – assistência médica dos trabalhadores
recrutados para auxiliar na produção da borracha
Amazônica que estavam sujeitos à malária.
Eliminar o quadro de doenças infecciosas e
parasitárias.
5. Plano de metas – aumento de 70% dos leitos
hospitalares (governo Juscelino Kubitschek).
Criação do Plano SALTE em 1948 (Saúde,
Alimentação, Transporte e Energia) – estimular e
melhorar o desenvolvimento desses setores
(responsável pela construção de diversos hospitais
pelo Brasil). Entretanto, foi considerado um fracasso
e o governo perdeu o apoio do proletariado.
6. Surgimento de empresas de saúde privadas, que
por sua vez eram as mais estruturadas, organizadas
e lutavam pelo financiamento através do Estado,
defendendo a privatização.
Emergência de doenças modernas (doenças
crônicas degenerativas, acidentes de trabalho e de
trânsito).
Diminuir a elevada taxa de morbidade e mortalidade
tanto infantil quanto em âmbito geral.
7. Investimento na assistência médica hospitalar em razão da
atenção primária (centros de saúde), pois era um sistema
favorável ao crescente desenvolvimento industrial de
equipamentos médicos e da indústria farmacêutica.
Assistência médica aos associados dos IAPs (Instituto de
Aposentadorias e Pensões) – luta sindical.
Construção de hospitais por parte dos IAPs, surgindo os
primeiros serviços médicos contratados pelas empresas em
detrimento ao mal atendimento do Instituto dos Industriários.
8. Principais Leis
Assistência sanitária e médica ao
trabalhador e à gestante.
Lei Orgânica da Previdência Social (1960).
Lei 1.920 – criação do Ministério da Saúde
(antes vinculado ao Ministério da Saúde e
Educação).
9. Ministério da Saúde
Passou a exercer as atividades do DNS (Departamento
Nacional de Saúde).
Tem a função de oferecer condições para a promoção,
proteção e recuperação da saúde da população, reduzindo as
enfermidades, controlando as doenças endêmicas e
parasitárias e melhorando a vigilância à saúde, dando, assim,
mais qualidade de vida ao brasileiro.
Desafio de garantir o direito do cidadão ao atendimento à
saúde e dar condições para que esse direito esteja ao alcance
de todos, independente da condição social de cada um.
10. Manteve a mesma estrutura que, na época, não era
suficiente para dar ao órgão governamental o perfil
de Secretaria de Estado, apropriado para atender
aos importantes problemas da saúde pública
existentes.
Mesmo sendo a principal unidade administrativa de
ação sanitária direta do Governo, essa função
continuava, ainda, distribuída por vários ministérios
e autarquias, com pulverização de recursos
financeiros e dispersão do pessoal técnico, ficando
alguns vinculados a órgãos de administração direta,
outros às autarquias e fundações.
11. Ministros
Estácio Souto-Maior
formulação da Política Nacional de Saúde.
Redefinir a identidade do Ministério da
Saúde e sincronizá-lo com os avanços
verificados na esfera econômico-social.
12. Wilson Fadul
Convocação da III Conferência Nacional da
Saúde que propunha a reordenação da
assistência médico-sanitária e alinhamentos
gerais para determinar uma nova divisão das
atribuições e responsabilidades entre os
níveis político-administrativos da Federação,
visando a municipalização.
13. Mário Pinotti
Campanha contra a doença de Chagas.
Grande programa de erradicação da Malária
no Brasil.
Criador de um novo método de combate à
malária, o "método Pinotti", aceito pela
Organização Mundial de Saúde (OMS).
14. Miguel Couto Filho
Criação de postos e unidades completos para o
serviço médico itinerante.
Participou da elaboração de projetos e sugestões
relativos a problemas sanitários.
Tratou do combate à malária e à esquistossomose,
da vacinação antidiftérica.
Foi um dos principais defensores da criação do
Ministério da Saúde como pasta autônoma,
desvinculada do Ministério da Educação.
15. Resumo
A Saúde no período de 1945-1964 não
conseguiu atingir suas principais metas, pois
a mortalidade continuava alta, os
investimentos na área da Saúde foram
escassos (salvo os anos de 50, 56 e 63 em
que o capital fora aplicado favoravelmente,
ocorrendo melhoria na área sanitária) assim
como os investimentos no Plano SALTE.
16. A estrutura de atendimento hospitalar de natureza privada,
com fins lucrativos, já estava montada a partir dos anos 50 e
apontava na direção da formação das empresas médicas.
A corporação médica ligada aos interesses capitalistas do
setor era, no momento, a mais organizada e pressionava o
financiamento através do Estado, da produção privada,
defendendo a privatização. Entretanto, apesar das pressões, a
assistência médica previdenciária até 1964, era fornecida
basicamente pelos serviços próprios dos Institutos.
As formas de compra dos serviços médicos a terceiros
aparecem como minoritárias e pouco expressivas no quadro
geral da prestação da assistência médica pelos institutos.