O documento apresenta uma entrevista com o artista plástico Perigo Neto, falando sobre sua carreira e paixão por alegrar crianças como o palhaço Miriçoca. A matéria também discute os desafios da profissão, como o calor afetando a maquiagem e o deboche de alguns. Por fim, o palhaço comenta que sua maior satisfação é o sorriso das crianças e que precisa se aperfeiçoar para agradar públicos diferentes.
10. EDITORIALO que é POP? Todo mundo sabe, né?! Mesmo se cada um responder de
forma diferente, a conclusão é uma só: POP é qualquer manifestação em que
o povo interage de forma ativa. Essas manifestações se resumem nas artes, na
literatura, na dança, na música, no folclore e em mais um bocado de coisa. E é
bem por aí que OPOP está fundamentada.
Fundada por Nayalle e João Neto, esta revista visa a retomada do projeto
que inicialmente tinha outro nome: Epifania. Uma revista eletrônica criada em
2011 por João Neto na conclusão do curso de Jornalismo.
Aqui em OPOP, o conceito de revelar as pluralidades continua com força.
Tanto que para a primeira edição começamos logo com duas capas! Uma com
a apresentação da colunista de moda Priscyla Morais; e a outra traz de volta um
dos maiores artistas plásticos do Nordeste: Perigo Neto. Espetacular!
Além disso, a revista está recheada de outras matérias superinteressantes,
a exemplo da ‘Born to be Wild’, que toma depoimentos de quem respira
motociclismo, e do Ensaio Fotográfico de Júlia Nunes no Castelo de Brennand.
Já pra quem curte filmes, músicas, games e histórias em quadrinhos, tem uma
página especial pra vocês. Sem esquecer das seções Gourmet, Fitness e VIPoraí.
Bom... Agora que fomos apresentados, que tal virar a página (ou a revista) e
começar a ver quem é mesmo OPOP!
fundadores
João Neto & Nayalle Mayra
OPOP
Edição e diagramação
João A. M. Neto
Direção, marketing e assistência editorial
Nayalle M. G. Moreira
Fotos
Nalvinha Nunes, Marlon
Nóbrega, Yan Rafaell, Alarcon,
Ramon Vasconcellos, João Neto e
acervos pessoais (VIPor aí)
Redatores
João Neto, Murilo Santos, Nayalle Mayra,
Eduardo Brasileiro, Jonas Guedes, Jade Vilar,
George Oliveira, Orlando Damascena
Publicidades
Agência SIGA! - Willams Nunes
Lado Arte: 4,6,11,12,21 e 34. Lado Moda: 5,10,13,23 e 30
Agradecimentos
Katiuska Lira, Nadja Guedes, Sara Andrade,
Odinéia, Murilo Santos, Misael Nóbrega,
João Leuson, Mara Santos e Júnior.
OPOP#1
Perigo
Neto
Uma entrevista com
cultura|entretenimento|opinião|moda|lifestyle|gourmet|fitness
SET. 2013
+ o palhaço
+ vem pra rua
+ saúde perfeita
+ entendendo direito
+ em forma
+ dicas de filmes, livros
música e games
OPOP#1
cultura|entretenimento|opinião|moda|lifestyle|gourmet|fitness
SET. 2013
+ júlia nunes - 15 anos
+ born to be wild
+ VIPor aí
+ beleza
+ gourmet
+ drinks
Priscyla
Morais
vem com tudo
Serviços gráficos
Gráfica Real
Tiragem
3.000 exemplares
EXPEDIENTE
CAPAS
MAGAZINE
11.
12.
13.
14. PALHAÇOFoi em 2011, quando concluía o curso de Comunicação Social, que o editor¹ de OPOP e seu orientador² conceberam a
ideia de realizar uma entrevista com o artista Ronaldo Martins para se entender melhor quais forças o incentivavam a
interpretar o Palhaço Miriçoca. Em um bate-papo franco e emocionado, o brasiliense radicado em Patos falou do início
da carreira, dos altos e baixos como animador de festas e da sua paixão pelo sorriso das crianças.
Matéria originalmente
publicada na
Revista Epifania
Este homem é um...
¹ João Neto
² Fábio Silva
fotos
ALARCON
14
15. Logo que nos recebeu em casa, Ronaldo nos
perguntou se queríamos vê-lo maquiado. Não se sabia
se a sugestão tinha algum motivo específico, mas
aceitamos prontamente. Tão impressionante e rápida
foi a transformação que a camiseta listrada, o macacão
azul, as pastas de maquiagem, a peruca colorida e o
nariz vermelho pareciam mais ingredientes mágicos
que simples acessórios. Em poucos minutos já havíamos
esquecido que falávamos com alguém sem nariz
vermelho. Na nossa frente só havia o Palhaço Miriçoca.
Para ele, o envolvimento com o seu personagem é
tamanho que já não a distinção entre artista e criação.
Daí fomos à entrevista. Ronaldo conta que há 20
anos, enquanto brincava entre amigos, era censurado
repetidas vezes por fazer folia com tudo à sua volta.
Com ele, parecia que nada era levado a sério. Deveria
se o jeito mudar? Ser simplesmente um homem sério?
Tomado pela crítica dos amigos, ele não viu a
seriedade como alternativa. Preferiu legitimar o que já
estava constatado por todos: precisava se tornar um
palhaço. Se já era bem humorado e também adorava
fazer as crianças sorrirem, nada mais natural que
se fantasiar e ganhar a vida alegrando as pessoas.
Segundo ele, nunca houve sequer um momento de
arrependimento na decisão, mesmo com os problemas
que enfrenta até hoje.
Quase sempre, no caminho do trabalho, não há
como fugir das brincadeiras que soltam pelas ruas.
Normal, para quem anda vestido de palhaço. Por
se tratar de um personagem cômico, ele traduz isso
como reconhecimento de um ofício bem feito. Porém,
se entristece quando um ou outro gaiato extrapola no
deboche. Basta uma resposta bem dada para colocar o
abusado em seu lugar. São os ossos do ofício...
Pela tarde, já com a maquiagem derretendo,
Miriçoca confidencia que o calor é um dos seus piores
inimigos. “Não tem maquiagem que se sustente no
rosto com esse calor. E mesmo que o aniversário seja
feito numa noite fria, eu corro e pulo todo o tempo,
então dá na mesma! A pessoa precisa ter disposição
de atleta”.
Sobre a aceitação do público, Miriçoca ri e diz que
sua maior satisfação é o sorriso de uma criança. É daí
que vem a certeza de que está fazendo o certo e que
o show precisa continuar. Ele sabe que aperfeiçoar o
repertório é essencial pra manter crianças e adultos
alegres durante toda uma festa e reconhece esta não
é uma tarefa fácil. “Preciso estudar muito pra que as
piadas e as brincadeiras animem o público, sem coisas
imorais ou que ofendam alguém. As vezes algumas
pessoas pedem piadas imorais, mas no meu show não
existe esse tipo de humor por respeito às crianças.”
Acolhida
O nascimento
de Miriçoca
As Alegrias...
“O nosso trabalho é fazer as outras
pessoas felizes, mas há quem se
sinta na liberdade de maltratar o
artista” - Ronaldo Martins (Palhaço Miriçoca)
ARQUIVO ESPECIAL
15
16. ... e as tristezas
Passados mais de 20 anos atuando e
lidando com o público, Ronaldo também
guarda em suas memórias, experiências
que lhe trouxeram angústias, quase sempre
relacionadas à falta de reconhecimento
artístico em momentos marcantes da sua
vida.
“A minha maior tristeza é o desdém
que algumas pessoas têm pela figura
do palhaço. O nosso trabalho
é fazer as outras pessoas
felizes, mas infelizmente há
quem sinta a liberdade de
maltratar o artista, como
se não tivéssemos
sentimentos. Houve
uma vez, em um
evento, que um jovem
furou minhas costas
com um espeto de
madeira. Doeu muito
e não houve como
contornar a situação.
Quando prestei atenção,
única atitude dos pais foi rirem da situação.
Logo depois a festa acabou por causa do
episódio.” disse o artista emocionado.
Sem a maquiagem, Ronaldo aparenta
ser uma pessoa completamente normal.Nos
momentos em que não se fantasia, trabalha
como taxista, curte a família, se encontra
com os amigos, enfim, tem uma rotina tão
habitual como a da maioria das pessoas.
Mas é só parar pra perceber que Miriçoca
é a materialização de todas as experiências
positivas que Ronaldo Martins pôde
vivenciar.
Depoisdeduashorasdeconversa,
tivemos que deixar Ronaldo voltar
a preparar a mala, ele faria
apresentações em mais de
dez cidades da Paraíba e
Pernambuco. As pessoas
precisam de alegria, e
ele tem consciência
disso. Descanso?
Apenas no mês de
janeiro, quando ele e
a família viajam para
Tambaba, no litoral
paraibano, onde tudo é
azul e todo mundo fica nu.n
17. OPOPDICASPacificRim
FILMESmusicalivrosgames
Em um futuro próximo, o
mundo conhece os Kaiju:
gigantescas criaturas
capazes de causar
devastação com sua
simples presença. Para
combatê-los são criados
os Jaegers: robôs gigantes
capazes de levar a luta
até o inimigo, permitindo
confrontá-lo de maneira efetiva. Mano a mano.
Este é o ponto de partida de Círculo de Fogo (Pacific Rim, 2013),
novo filme de Guillermo del Toro. O filme é uma clara homenagem aos
antigos Tokusatsus japoneses e deve agradar apreciadores do gênero,
assim como todos os que gostam de curtir uma ótima sessão de
pancadaria no bom estilo Godzilla.
A ação, evidentemente, é o melhor ponto de Círculo de Fogo. Os
combates são retratados com uma magnitude nunca vista, em cenas
muito bem coreografadas. Os personagens centrais também são
interessantes e têm uma dinâmica empolgante, ainda que pouco se
desenvolva no decorrer da história.
Círculo de Fogo agrada e é uma excelente opção pra quem procura
uma tarde de diversão e deseja encher os olhos com fantásticos efeitos
especiais. Nostalgia inclusa.
Lançado no
começo desse
ano, o álbum Get Up! é
fruto de uma parceria entre
Harper e Charles Musselwhite,
uma fera do blues americano
e mestre da gaita elétrica,
pouco conhecido por aqui.
A dupla conseguiu criar um
verdadeiro efeito máquina do
tempo nas 10 faixas da obra,
transportando o ouvinte para a
década de 1960. Get Up enfatiza o blues, particularmente nas três
(ótimas) faixas iniciais e na canção título, que tem uma pegada a
la B.B. King. O destaque é da intimista “All That Matters Now”, de
abertura.Visitando outros estilos, temos “I don’t Believe a Word you
Say” e “Blood Side Out”. “We can’t End this Way”, com forte levada
gospel; além de “She got Kick”, mais ao estilo rock and roll, e a
belíssima balada “You found another Lover”, onde Harper deixa sua
marca pessoal.Vale a pena conferir.
get up!
Um dos grandes lançamentos do ano, “Injustice: Gods Among
Us” é um jogo de luta com personagens icônicos da DC: Super
Homem, Batman, Mulher Maravilha, Flash,Aquaman e Lanterna
Verde.
A história se parece com certas sagas da DC, como O Reino
do Amanhã e Terra 2, e se passa em nossa realidade e em outra
alternativa, onde o Super Homem resolveu instituir um regime totalitário
no planeta, o que dá um sabor diferente à trama.O jogo foi produzido
pela Netherhealms, a mesma do último Mortal Kombat, com o qual
Injustice tem similaridades marcantes, como a movimentação e a lógica
dos golpes.As diferenças, porém, são visíveis.Tudo é mais grandioso,
não há Fatalities (ei, esse é um jogo com super-heróis!), o controle
é simplificado, e o cenário bastante interativo, com coisas a serem
quebradas ou arremessadas dependendo do tipo de personagem que
você controla.
Injustice foi lançado em abril de 2013, e está disponível para
Playstation 3, X-Box 360 e Wii U. Jogão!
injustice
A série Homem Aranha 2099
foi publicada no Brasil pela Abril a
primeira vez em outubro de 1993 e
foi considerada uma das melhores
releituras do herói de todos os tempos.
Ambientada em um futuro onde os
governos desapareceram e o mundo é
dominado pelas grandes corporações,
a história é cheia de viradas e tramas
narradas em ritmo frenético. O mundo
teria sofrido algum evento misterioso
que dizimou os super seres.Até o
momento.A chegada do novo Homem
Aranha marca o retorno dos heróis,
que vão aparecendo à medida que a
opressão política precisa mudar.
Tomando todos de surpresa, a
Panini relançou em abril desse ano esse
clássico em edição de colecionador em 250 páginas, em impressão de
ótima qualidade, e com preço acessível (R$ 22,90). É uma oportunidade
ímpar de conhecer (ou relembrar) o instigante universo 2099 e seu
principal representante.
spiderman 2099
hq’s
17
18. Você pergunta e o Ginecologista
Dr. Orlando responde
SAÚDE PERFEITA
Toda vez que se fala em saúde da mulher,várias dúvidas começam a
aparecer. E é pensando nisso que o Dr. Orlando Damascena elencou
algumas das perguntas mais frequentes para respondê-las aqui.
Tenho microcistos nos ovários e atrasos menstruais. Já posso usar
comprimidos anticoncepcionais para regular? Preciso ser Operada?
Nem uma coisa, nem outra. Procure o médico.
Inicialmente, será investigado no seu sangue, alterações
hormonais provocadores de microcistos, para daí, tomar decisões
acertadas quanto ao tratamento de uma possível síndrome dos
ovários policísticos.
Caso a doença não seja tratada corretamente, a mulher passará
por atrasos menstruais, aumento de peso e seu corpo pode assumir
aspectos masculinos (excesso de pelos e gordura mais localizada
na barriga). É comum a dificuldade de ficar grávida e de se tornar
diabética ou hipertensa no futuro.
Dr.Orlando.Tenho 17 anos, sou casada há 6 meses e não tive filhos.
No exame ginecológico mostrou que o colo uterino apresenta uma
parte vermelha. Eu preciso de uma queimagem?
Não! Certamente o que você tem é um fenômeno chamado
‘Ectrópio’. Isso não é doença!
Algumas jovens sem filhos e várias mulheres que passaram por
partos normais podem apresentar aspectos avermelhados nos seus
colos uterinos, sem problema.
O tal epitélio vermelho é importante na proteção dos
espermatozóides. Caso seja queimado, as chances de gravidez na
mulher podem diminuir.
Indica-se a queimagem do colo uterino, principalmente, se
numa biópsia o diagnóstico apresentar sinais de pré-câncer.
Dr.Orlando. O que é Histeroscopia?
É um exame que permite filmar o interior do útero,possibilitando
diagnosticar o interior do útero, possibilitando diagnosticar com
mais clareza doenças como o Câncer Endometrial, Pólipos, Miomas
Sub-Mucosas, etc.
A Ultrassonografia já sugere existir alterações dentro do útero,
mas é a histeroscopia diagnóstica realizada posteriormente que
esclarecerá melhor a doença existente, permitindo inclusive, a
realização de biópsia na investigação de câncer.
Indica-se também a histeroscopia em mulheres com dificuldades
de ficarem grávidas e nas que apresentam sangramentos uterinos
sem respostas aos tratamentos clínicos
Pode-se evitar o Câncer de Colo Uterino? E o da Mama?
O Câncer de Colo Uterino, provocado pelo vírus HPV pode ser
evitado.
Sinais no colo que, que só haverão de transformar-se em câncer
entre 7 e 10 anos, poderão ser visualizados e diagnosticados
através do exame da colposcopia e da citologia. Os quais, tratados,
pode chegar a 100% de cura.
O Câncer da Mama não é visível no seu início. Há chances de
cura quando diagnosticado cedo.
Realizamos em Patos, cirurgias do Câncer de Mama e do Útero
com a participação do Dr. Cadete. Ele é mastologista e oncologista,
médico do Hospital do Câncer Napoleão Laureano.
A Saúde da Mulher em FocoA Saúde da Mulher em Foco
CRM 1501 PB
Clínica GINECAM
Av. Pedro Firmino, 256 - Centro de Patos
Telefone (83) 3421 3827
n
18
19. atuação, saúde e dedicação
Perfil: Drª. IllyuskaPerfil: Drª. Illyuska
1. cálculo que determina peso ideal da pessoa
2. instrumento que determina taxa de gordura corporal
A
limentar-se bem é uma
prioridade que já virou
realidade nos nossos tempos.
Previne doenças, regula o
sono e melhora o ânimo. E
pra acompanhar tudo isso, a presença do
nutricionista é fundamental.
Formada na Universidade Federal
da Paraíba há pouco mais de 2 anos, a
nutricionista Illyuska Leite se destaca pelo
profissionalismo reconhecido na atuação da
área médica de Patos. Para saber mais dos
principais temas que envolvem a nutrição,
OPOP conversou com a profissional que
falou sobre rotinas, comida sertaneja e dietas
milagrosas.
OPOP: Muitos consideram o trabalho
do nutricionista focado somente no
emagrecimento. Isso procede?
Drª Illyuska: Não... de forma alguma. Se há
algo que fazemos, esta coisa é proporcionar
a Educação Alimentar. Desde o nascimento
à terceira idade a alimentação precisa ser
acompanhada. Eu me baseio na entrevista
com o paciente. Depois realizamos a medição
do IMC¹ e do adipômetro². Assim, fazemos
uma dieta que atenda às necessidades
nutricionais, levando em conta a idade da
pessoa. Daí, em cada reunião nós analisamos
os aumentos e diminuições de gordura e
músculos.
OPOP: Como seguir horários de dieta em um
mundo tão frenético?
Tudo depende da adaptação da pessoa ao
lugar. Caso haja um restaurante perto do
trabalho, o nutricionista precisa saber como o
cardápio pode se ajustar à dieta do paciente.
Outra forma bem eficiente é levar a comida
de casa para o trabalho.
OPOP: E o cardápio sertanejo?
Qualquer dieta deve levar em conta as
singularidades da região. Eu sempre ofereço
opções que estejam ao alcance do paciente.
Em outros casos, O exagero também deve ser
cortado, como o cuscuz que é muito bom e
faz parte da nossa cultura. A dieta orienta
quantidades e dias específicos pra consumir.
Afinal, nada em excesso é saudável.
OPOP: E as dietas milagrosas?
Nós, nutricionistas, não concordamos com
isso. Em propostas do tipo “perca 15 quilos
em 30 dias” não existe reeducação alimentar.
A pessoa passa fome e depois que os 30
dias acabam, todo o peso retorna. Em uma
dieta acompanhada, a pessoa não deixa de
comer e seu peso estabiliza para o ideal. Na
reeducação, a possibilidade do peso voltar a
subir é muito difícil.
OPOP: De que forma o seu trabalho reflete na
vida das pessoas?
Quando as pessoas vêm para fazer uma
reeducação alimentar há uma conversa
que revela o quanto a rotina vai interferir na
alimentação. A nutrição e a saúde emocional
têm ligações fortíssimas e uma interfere
diretamente na outra. Se a pessoa come bem,
se sente bem.
Drª Illyuska atende todas as faixas etárias
e casos peculiares que impedem o paciente
sair de casa. Ela também é responsável pelo
acompanhamento nutricional do Hospital
São Francisco.
Drª Illyuska Leite
CRN 10890/p
O consultório da Drª Illyuska fica na Policlínica
São Francisco
Rua Floriano Peixoto, Centro de Patos.
Telefones: (83)3422-1618 e (83)9108-1948
n
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20. sua saúde agradece
EM FORMA
N
os dias de hoje é difícil
falar em qualidade de vida
sem exercício físico. Na
correria diária, costumamos
nos esquecer de alguns
cuidados que nos blindam contra doenças
que são vistas como verdadeiras epidemias
do mundo contemporâneo, tais quais:
diabetes, hipertensão arterial, doenças
metabólicas, problemas cardíacos, depressão,
ansiedade, entre outras, todas elas agravadas
normalmente pelo sedentarismo e pelo estresse
das aceleradas rotinas de trabalho e de estudo
que nos são impostas pela competitividade do
mundo globalizado.
Assim, a busca por soluções que diminuam
os efeitos nocivos dessas rotinas estressantes
passa, necessariamente, pela adoção do
exercício físico e de uma alimentação
equilibrada, como auxiliares no tratamento
de doenças, e também bem como alternativa
preventiva para quem deseja manter um estilo
de vida saudável.
Além dos benefícios à saúde física, se
exercitar é uma poderosa ferramenta na
melhoria da autoestima dos praticantes e,
consequentemente, da saúde mental dos
mesmos.
Qualquer pessoa pode fazer atividade
física. Não precisa ser um atleta para cuidar
da sua saúde. Caminhar pelo bairro, correr,
andar de bicicleta, nadar, dançar ou passear
com o cachorro, também pode trazer vários
benefícios, sobretudo quando se aproveita
tudo isso para estar em contato com o meio
ambiente. É importante escolher algo que dê
prazer e praticar com regularidade. Usufruir e
desfrutar dos espaços públicos para lazer é um
bom começo para descobrir que fazer atividade
física é mais simples do que parece.
Por fim, fica um convite aos leitores a
adotarem já a prática regular de exercícios
físicos, pois além de ajudar a fortalecer os
músculos, melhora a qualidade óssea, melhora
a frequência dos batimentos cardíacos e a
circulação sanguínea bem como evita, diminui
e controla doenças cardiovasculares,ansiedade,
depressão, obesidade, diabetes, osteoporose e
alguns tipos de câncer. Sua saúde agradece!
Seguem 10 dicas importantes para a prática de
atividades físicas e conquista de uma melhor
qualidade de vida:
1. Não faça atividades físicas em jejum e beba
água antes, durante e depois;
2. Atividade em grupo ou com um amigo ajuda
a manter o estímulo;
3. De preferência a lugares apropriados, como
parques, praças e centros esportivos;
4. Consulte um profissional de atividade física
antes de fazer atividade mais rigorosa ou
aumentar o tempo das que você já faz;
5. Use roupas leves e prefira as horas mais
frescas do dia, não use plásticos em volta
do corpo. Eles aumentam a desidratação e a
temperatura corporal
6. Coma mais frutas, verduras e legumes,
prefira sucos ou água a refrigerantes;
7. Use sempre o filtro solar;
8. Evite elevadores e use mais as escadas;
9. Conheça sua cidade caminhando ou junte
uma turma para jogar vôlei, pedalar, futebol ou
fazer caminhada;
10. Estacione o carro mais longe ou desça em
um ponto de ônibus mais distante, para você
andar um pouco mais.
Atividade FísicaAtividade Física
CREF 3282
George Oliveira
20
n
23. PERIGONETOPERIGONETO
UMA ENTREVISTA COM
Suas obras estão ali... nas paredes da ‘Antiga Rodoviária’. Ao alcance das mãos de
qualquer um que queira ver seus traços mais de perto ou simplesmente que decida
se escorar por ali. Também estão espalhados por escritórios, corredores e casas. A
verdade é que com tanto tempo de convívio com a arte de Perigo Neto, o patoense
naturalmente sente uma forte ligação com a influência causada pela sua presença.
38 anos depois de sua partida da Morada do Sol, Perigo ainda volta a Patos por
outros motivos que não o pincel. Em busca de saber o porquê, OPOP ‘deu os seus
pulos’ e conseguiu uma entrevista exclusiva com o artista e aproveitou pra falar
sobre a arte na vida, as lembranças e as fortes ligações com a cidade natal.
ESPECIAL DE CAPA
23
24. A quantas anda, Perigo Neto?
Q
uando saí de Patos em
1976, morei em Recife
por 8 anos e depois me
fixei em Fortaleza por 30
anos. O que me fez ter
ficado longe de Patos há
38 anos. O incrível é que
sinto como se tivesse dei-
xado a Morada do Sol apenas no último
São João, quando tive o prazer de rever
a terrinha, a família e os amigos .
Aqui em Fortaleza participei de
várias exposições, com destaque para
o 50° Salão de Abril, onde fui selecio-
nado entre mais de 350 concorrentes.
Também tive a felicidade de realizar
uma exposição individual na antiga Te-
lemar. O resultado foi a escolha de um
dos trabalhos expostos para ser capa dos
catálogos telefônicos do interior do Ce-
ará no ano seguinte. Porém, reconheço
que a vida de artista é dura. Cheguei a
conclusão que aqueles que enaltecem o
nosso trabalho, acham tudo muito boni-
to e dão o maior valor, preferem colocar
na sala uma gravura já emoldurada do
que um trabalho original.
Alguma outra paixão além da pintura?
Sou metido a poeta e adoro poesia
de repente. Há um poema de minha
autoria chamado “Eu morro e não me
acostumo ser pobre e não ter cartaz”,
que por obra do destino foi escrito em
1976, um mês antes de ser chamado
para trabalhar no Recife e que na base
da caneta tirei o seguinte repente:
Como nasceu a sua relação com a pin-
tura sendo você natural de uma cidade
carente de artistas plásticos?
Houve uma época em que meu ir-
mão e mais dez amigos fundaram o
Fortelândia. Um clube de jovens com
objetivos culturais e sociais. Foi onde
conheci Marcos Meira Cezar (Marqui-
nhos), Marconi Portela e Osvaldo Tri-
gueiro, que tinham em comum o gosto
pela arte. Era costume ornamentar clu-
bes com pinturas e nisto o bom de bola
era Marquinhos. Como eu não sabia
usar o pincel, apenas observava. Mas
me atrevi a desenhar na parede de fora
do prédio um Roberto Carlos inspirado
em uma camiseta com a inscrição: “É
uma brasa, mora!’
Pois bem. Na noite de inauguração
todos que olhavam para o Roberto Car-
los, perguntavam pelo autor. Uma das
presentes, Berlânia, filha do prefeito
José Cavalcante, olhou para mim e dis-
se: “ Puxa, você é que é uma brasa”.
Com o tempo fui aprendendo a pin-
celar e como na realidade eu não tinha
gostado do tal Roberto Carlos, tempo
depois eu mesmo passei cal por cima da
figura e fiz outro Roberto, caprichando
em cada fio de cabelo, em cada curva,
desenhado e pintando, enfim... Serviço
completo. Eu tinha 15 anos e em pou-
co tempo passei a ser chamado para
as decorações das tradicionais festas da
época, Festa da Primavera, Festa do Al-
godão, Festa Universitária e principal-
mente a ornamentação carnavalesca da
AABB, do Campestre e do Patos Tênis
Clube que, por vários anos, mesmo já
morando fora, continuei fazendo.
Meu primeiro quadro, pintado num
tecido esticado num chassi de madeira,
feito com tintas que nem sei de onde
tirei, era justamente uma procissão
inspirada na música de Gilberto Gil do
mesmo nome que dizia: “(...) olha lá vai
passando a procissão, se arrastando que
EUVIVOATORMENTADO
JOGANDONALOTERIA
ENUNCAESSAPORCARIA
DÁZEBRAPARAOMEULADO,
MEUTEMPOÉPROTOCOLADO
PELAMISÉRIASAGAZ,
PARECEQUEOSATANÁS
SEATRAVESSOUNOMEURUMO,
EUMORROENÃOMEACOSTUMO
SERPOBREENÃOTERCARTAZ.
Pescadores do Mucuripe
24
25. nem cobra pelo chão, as pessoas que
nela vão passando acreditam nas coisas
lá do céu...” Este quadro foi doado ao Dr.
Diógenes pela minha mãe. O doutor
era nosso vizinho na Rua Rui Barbosa
e nos ajudava muito nas enfermidades.
Sobre a realidade da nossa cidade – a
falta de incentivo às artes - você acha
que algo mudou? Há uma evolução po-
sitiva nesse sentido?
A falta de incentivo às artes por
parte do poder público, assim como do
privado, tem sido praxe em todos os
governos, pois a cultura e a educação
foram menosprezadas por muitos anos.
Tanto que, por mais que se diga que
houve uma mudança para melhor, con-
tinuamos aquém do desenvolvimento
cultural e educacional de outros países.
Basta ver que uma das bandeiras das
grandes manifestações, que agora ocor-
rem no país, é justamente a inoperância
do Estado com relação a questão. Se evo-
luiu foi muito pouco, porém, só daqui a
alguns anos é que saberemos a resposta.
Como se deu a feitura das pinturas da
antiga Rodoviária de Patos?
1972 foi o ano do sesquicentenário
(150 anos) da Independência do Brasil.
Eu tinha 21 anos e pelo que me lembro,
a inauguração da rodoviária fazia par-
te das comemorações da data. O pre-
feito de Patos era o Dr. Olavo Nóbrega.
Fui então procurado pelo Dr. Romero
Nóbrega, grande amigo e incentivador
que, conforme me confidenciou, tinha
colocado meu nome e convencido à ad-
ministração que eu era a pessoa mais
indicada a realizar o trabalho de pin-
tura dos painéis. Desde então, o nome
preferido era o de Zezinho Pintor. No
final ficou decidido que eu faria os pai-
néis e Zezinho faria os letreiros. Por
alguns dias ele esbravejou, ficou P da
vida, mas foi quem me emprestou um
banco de madeira para que eu pudesse
pintar até a altura do teto.
A maior dificuldade estava no for-
mato estreito e na quantidade dos pai-
QUANDOEUNASCI,PATOSAINDAERAMENINA.CRESCEMOSJUNTOSEU
EACIDADE.LEMBRODOSCAMELÔSNAFEIRANOMERCADOPÚBLICO,DA
FEIRADEPASSARINHOS,DOPAU-DE-SEBODEMANOELDOSSANTOS,DOS
SERMÕESDEFREIDAMIÃO,DASEXPOSIÇÕESDEGADO,DASVAQUEJADAS,DOS
CANTADORES,DOSVITIMADOSPELASSECAS,DASPROCISSÕES...
O Pedreiro, A Lavadeira, O Menino, O Carroceiro
néis (12). O que limitava a elaboração
de um trabalho mais abrangente. A so-
lução foi sair distribuindo personagens
do nosso cotidiano (pedreiro, lavadeira
de roupa, leiteiro, menino soltando pipa
etc). Além de tudo, a superfície era re-
bocada por uma mistura de areia e ci-
mento irregular. Eu não tinha conheci-
mento da técnica e nem paciência para
deixar a superfície adequada e só depois
trabalhar na pintura. Então, foi tudo fei-
to na “tora”. A parede era sofrível e a tin-
ta utilizada não era apropriada (esmalte
sintético). Quando no meio do caminho
aparecesse um “buraco” eu tinha que
me virar para fechar, pois não tinha um
pedreiro que me socorresse. Mas no fim
das contas tudo foi terminado a tempo
para a inauguração.
Um detalhe curioso é que eu tam-
bém fui encarregado de desenhar o mo-
delo dos balcões das lanchonetes e dos
guichês de venda de passagens, minha
primeira e última experiência no ramo.
O layout das calçadas de acesso em que
foram utilizadas pedras portuguesas
também foi da minha autoria. Então,
como agradecimento ao prefeito Olavo,
que em momento algum interferiu no
meu trabalho, utilizei o logotipo daque-
la administração, formado pelas letras
iniciais de Olavo Nóbrega, como ponto
de partida do desenho aplicado.
25
26. A pintura Naïf foi uma escolha dentre
outras ou esse estilo surgiu natural-
mente? Porque?
Claro que surgiu naturalmente.
Quando eu era menino não tinha nem
como escolher, o único critério que se
ouvia sobre pintura tinha como perso-
nagem Zezinho Pintor. Não havia tele-
visão nos moldes de hoje. Globalização?
Muito menos! Nem se imaginava que
iríamos chegar a comunicação em tem-
po real com todo o planeta. Patos era um
mundo a parte. Ouvia-se falar dos gran-
des jogadores, dos grandes cantores, po-
rém se curtia mais os destaques locais.
Existiam os afrescos da Catedral, mas
eles sugeriam apenas o inalcançável.
A inspiração vinha dos contos do
cangaço, da religiosidade, dos flagelos
da seca, dos festejos juninos, dos santos
sertanejos, pelo dom de nascença como
costumamos dizer no interior.
Qualquer tema é passível de ser tra-
tado por sua pintura ou o seu estilo se
dirige melhor e com exclusividade a
temas regionais?
Qualquer tema pode ser abordado,
dependendo do que representa na roti-
na do indivíduo. Os temas religiosos são
abordados por todo tipo de artista cada
um com estilos diferentes. De Miche-
langelo a Picasso o tema religião deve
ser o mais recorrente do mundo. Os
chamados pintores primitivos abordam
ainda mais o tema, tanto na pintura
como na escultura. Eu, particularmen-
te, já fiz uma dúzia de “Últimas Ceias”,
adaptadas a cenários diferentes. Contu-
do, certamente, os temas regionais são
os mais interessantes para o meu estilo.
o cangaço, por exemplo, vem sendo uti-
lizado por mim na pintura de mandalas,
com cangaceiros históricos e fictícios.
Mercado. Como você se encontra no
comércio de pinturas em nosso estado
e no mercado em geral?
Atualmente, estou muito acomoda-
do quanto a divulgação dos meus tra-
balhos. Posso até estar enganado, mas
sinto que não existe uma integração
no mercado da arte entre a Paraíba e o
Ceará. Porém o fato de não existir uma
clientela satisfatória desanima e faz cair
o interesse do artista. Contudo, venden-
do ou não, o pintor tem que batalhar
para expor seus trabalhos, buscar gale-
rias, praças etc. Quando busquei espaço
para expor meus trabalhos aproveitei
algumas portas abertas. Correios, Banco
do Nordeste, espaços públicos e galerias
particulares estão sempre buscando
novidades. Ultimamente tenho me res-
tringido a fazer trabalhos mais domésti-
cos e limitados, que são adquiridos por
amigos, colegas e aqueles que tomam
conhecimento do nosso trabalho atra-
vés do boca a boca.
Hoje você é funcionário público. Você
já viveu exclusivamente da arte?
Creio que só em Patos, no tempo em
que fazia de tudo: pintava faixas, orna-
mentações e até letreiros! A verdade é
que na época, sendo apenas estudante,
solteiro e vivendo na casa dos pais, o
que pintasse era lucro. Porém, o que se
vê no Brasil é que poucos vivem da arte.
E já é rotina o artista ser retratado sem-
pre como uma pessoa que veste roupas
surradas, que utiliza instrumentos pre-
cários para esculpir, talhar, pintar obras
de artes admiráveis e que mal consegue
bancar o pão de cada dia.
Contudo, o artista que consegue
viver exclusivamente da sua arte pelo
valor que merece ou pela sorte que tem,
vai poder evoluir, produzir mais, em
quantidade e qualidade suficiente para
ficar constantemente em evidência.
Como você se relaciona com o público
consumidor de pinturas de Patos?
Eu fiz apenas uma exposição
em Patos ao longo desses 38 anos de
MEUAVÔFOICANGACEIRO
NASQUEBRADASDOSERTÃO,
MATOUMUITOCABRARUIM
MASTAMBÉMMUITOCRISTÃO.
HOJE,EUMECHAMOPERIGO
QUEERAOSEUAPELIDO
NOBANDODELAMPIÃO.
FORAONOMESOUTRANQÜILO,
NUNCAPASSEIPORBANDIDO,
TENHOOUTRAFORMAÇÃO.
QUANDOPRETENDOMATAR
NÃOPEGONOMOSQUETÃO,
USOASARMASDODESEJO
EENTRETAPASEBEIJOS
MATODEAMOREPAIXÃO!
26
27. ausência. Aconteceu na gestão de
Dinaldo, velho amigo de infância.
Tendo sido patrocinada pela Secretaria
de Educação e Cultura. O local do
acontecimento, pouco propício, foi no
saguão do Fórum Miguel Sátyro. Apesar
das dificuldades apresentadas pelo
local e da pouca divulgação do evento,
fui recompensado pela presença dos
amigos e pela venda de cerca de 10
trabalhos.
Por recomendação do prefeito, a Se-
cretaria adquiriu a tela “PESCADORES
DO MUCURIPE”, com a qual fui selecio-
nado para o 50° Salão de Abril de For-
taleza, já mencionado. Hoje a obra pode
ser encontrada no acervo da Secretaria
de Educação.
Sempre desejei voltar a fazer uma
exposição em Patos, mas, o fato é que
os gestores da cidade foram sendo
substituídos pelas novas gerações e eu,
como um barco a deriva, fui ficando
esquecido.
E o que ficou ainda de você em Patos?
O que essa cidade representa pra você
e sua pintura?
Os painéis da antiga rodoviária,
inegavelmente! Embora, já maltratados
pelo tempo e pela condição dos locais
em que foram pintados, eles são o meu
cordão umbilical com Patos. Infelizmen-
te, por ficarem ao alcance das mãos e
dos pés dos freqüentadores, o desgaste
da pintura acaba se acelerando. Afinal,
foram executados em 1972 e já se vão 41
anos de resistência.
Lembro que, quando ainda morava
em Recife, fui avisado que Dr. Rivaldo,
prefeito na época, queria falar comigo.
Chegando a Patos fui até o consultório
dele e fiquei um bom tempo sentado es-
perando ser recebido. Em dado momen-
to ele apareceu e eu falei: “Dr. Rivaldo,
Perigo Neto!” Ele apenas respondeu que
no outro dia eu comparecesse à prefei-
tura.
Dia seguinte o prefeito foi logo di-
zendo:
- Chamei o senhor para fazer o tra-
balho de recuperação dos painéis da ro-
doviária que está recebendo serviço de
manutenção... Por quanto o senhor faz?”
- Cz$1.000,00. - respondi inseguro.
- Dou Cz$600,00 e se o senhor não
quiser eu mando apagar!
- Não, não, tudo bem, eu faço.
Fiz a recuperação e quando comuni-
quei que havia terminado, pedi o valor
em dinheiro e não em cheque. Secamen-
te, ele respondeu que teria que ser em
cheque e ponto final. Porém, para mi-
nha surpresa, quando fui receber tava
lá o dinheiro em espécie.
Sobre as restaurações feitas em suas
pinturas na rodoviária. O que você
pensa sobre elas?
Acho desnecessário, já que o autor
da obra está a um e-mail de distância e
sequer foi consultado. É uma ingenui-
dade do artista que realizou o trabalho
de restauração acrescentar o nome dele.
Também vi Zezinho sobrepor o nome
dele num dos painéis da Via Sacra da
Catedral de Nossa Senhora da Guia. Isso
aconteceu quando disputamos quem
seria o escolhido para o trabalho de
restauração que Padre Levi pretendia
fazer nos painéis pintados por “Lima”.
Graças a Deus que não fui eu o escolhi-
do. Apesar da diferença de idade e esti-
los, Zezinho e eu chegamos a nutrir uma
amizade e em algumas oportunidades
até tomamos umas cervejas juntos. Com
aquele jeitão ríspido porém respeitoso,
ele me dizia: Sou eu na “artística” e você
na “moderna”!
Pra finalizar: Perigo Neto é pop?
Eu diria que sou um artista popular
porque não tive escola e pinto por intui-
ção, inspirado nas regionalidades.
27
n
28.
29. saiba qual a melhor forma
de financiar o seu carro
ENTENDENDO DIREITO
Q
uem pensa em comprar um
carro novo aproveitando
as promoções tem que
ficar atento às ofertas
de financiamento. Os
juros altos podem fazer o
motorista pagar quase dois carros.
O consumidor tem que procurar as
melhores taxas.
Existem grandes diferenças entre
as taxas. Por isso o consumidor deve
procurar com calma o que vai ser
melhor para ele.
O CDC (Crédito Direto ao
Consumidor) é um empréstimo
com uma prestação fixa, onde o
comprador pode antecipar as parcelas
finais para ter abatimento dos juros
proporcionais. No leasing, que é um
aluguel, ele vai ter um valor residual
que se pode quitar o bem e ficar com o
carro para sempre.
No leasing o carro permanece
no nome do banco e só no final
dos pagamentos ele passa para o
consumidor por causa da taxa que já
foi paga antecipadamente.
Caso devolva o bem,o consumidor
podepedirdevoltaaparcelaantecipada
do valor residual. O famoso VRG.
O leasing, também conhecido
como arrendamento mercantil, é
o contrato em que o arrendador
(banco ou sociedade de arrendamento
mercantil) adquire um bem escolhido
pelo cliente (arrendatário ou locatário)
para alugar a ele por um determinado
prazo.
Há ainda a possibilidade de
compensação entre as prestações em
atraso e o valor que o consumidor tem
a receber a título de VRG.
Em regra, a prestação na operação
de leasing é composta da soma da
contraprestação mensal (aluguel),
que corresponde às remunerações e
despesas pela utilização do bem e do
Valor Residual Garantido - VRG, que
é o valor contratado para o exercício
do direito de compra.
Em termos de taxas, o leasing
costuma ser melhor porque o banco já
tem o bem no seu nome, mas os dois
precisam ser pesquisados sempre.
Por Dr. Jonas Guedes OAB/PB 18.027
Pós-Graduando em Processo Civil e
Membro da Escola Superior de Advocacia
CDC ou Leasing?
n
29
30. O retrospecto
Muitos participaram.Todos viram.Quando em junho de 2013 começaram
os protestos contra o aumento de 20 centavos no valor da passagem de
ônibus, a discussão sobre as razões que impulsionaram o brasileiro a ir
às ruas para protestar foram postas em evidência. A proposta da 'Cura
Gay', a exclusão do Ministério Público em investigações e a manipulação
informativa dos grandes meios de informação do Brasil geraram
reações em cadeia de clamor por todo o Brasil. Em meio a toda esta
polêmica gerada entre o povo e o poder público, uma pergunta emergiu
violentamente para nossas realidades: DO QUE O BRASIL PRECISA?
de um movimento
que ainda
não acabou
**
BRASIL
30
31.
32. D
esde quando o grito “Vem pra rua!” se
tornou o lema oficial dos protestos que
irromperam em junho, uma legião
de brasileiros de diversas
cidades tomaram as ruas
pra protestar por educação, saúde,
justiça e contra o rumo tomado
por boa parte do política nacional.
O aumento das passagens, a Cura
Gay, as PECs e a manipulação
midiática chegam a interferir o
meio social de tal forma que o povo
buscou a insurreição sem bandeiras.
Quem tem idade suficiente pra
ter vivido outras revoluções, deve ter se
surpreendido com a rapidez que o movimento
se espalhou pelo Brasil através das redes sociais. Foi
praticamente em instantes que se viu o uso de serviços
tão despretenciosos gerar mobilizações capazes de
chamar a atenção de todo o mundo. Nem mesmo a
Grande Mídia, tão focada na Copa das Confederações,
conseguiu ignorar o turbilhão de vozes que exigiam a
cobertura nas ruas.
Acontece que estas manifestações não só
contestam os ditos “poderosos”. As mutações
partidárias feriram tantos discursos nos últimos
anos que o questionamento desta vez aponta pra
todas as representações políticas. Por isso, diante da
espontaneidade do movimento que nasceu sem estes
representantes, quem aparecesse com uma bandeira
política era combatido ali mesmo.
Deixamos de deitar
eternamente em berço
esplêndido e estamos
mostrando QUE UM FILHO
TEU NÃO FOGE À LUTA!
Manifestante
#vemprarua
Em Patos, as manifestações tiveram as suas
representações civis com a iniciativa de estudantes
universitários. Mas, diferente do resto do Brasil, as
caminhadas também lidaram com forças sindicais e
partidárias. Pra Ovídio Angelino, co-fundador
do movimento na cidade, a saúde e o
transporte público foram os principais
motivos que o impulsionaram a se engajar
nesta força, mas ele reconhece que cada
participante buscou externar as suas
reivindicações. Independente ou em
grupos organizados.
Já que todo esse tumulto girou
em torno da necessidade por atitude
política, os principais governantes do país
geraram propostas para responder aos levantes
gerais. Passes de ônibus baixaram (inclusive em João
Pessoa), discursos foram feitos, mas as populações não se
acalmaram. A presidente chegou a considerar a realização
de um plebiscito para se estabelecer uma reforma política
no Brasil (vocês lembram disso?). Mas não foi isso que
acalmou o povo nas ruas. Eles continuam, em menor
número mas ainda ativos.
O esforço pra que haja algo realmente significativo
do povo, historicamente, nasce a partir da redefinição
completa das estruturas que criam os problemas. A bem
da verdade, a retomada da coragem do brasileiro ir às
ruas já é, em si, um avanço na possibilidade de diálogo
entre sociedade e poder público. Basta agora que todos
os gêneros, as classes, as raças e as bandeiras discutam
para dizer do que o Brasil precisa, afinal.
32
n
34. afinal...
em Patos
tem de tudo!
ZECA’S LANCHES
Fone: (83)3422-2002
Av. Solon de Lucena, 64
Centro - Patos
Fone: (83)3422-2328
Av. Epitácio Pessoa, 400
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Praça Getúlio Vargas, 46
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