O documento descreve as etapas do processo de design thinking aplicado aos negócios. A primeira etapa é o problem framing, que envolve redefinir o problema para soluções mais amplas. A segunda etapa é a observação, na qual os designers visitam o ambiente do problema para entender melhor a realidade. A terceira etapa é o info share, quando os designers compartilham as informações coletadas.
4. BUSINESS DESIGN
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PROBLEM FRAMING Redefinindo e organizando o problema
a ser resolvido para soluções inovadoras
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PROBLEM FRAMING
5. BUSINESS DESIGN
DE PARA
Solução específica Solução em aberto
Grande grupo de
pessoas e lugares
Grupo específico de usuários
Problemas ou demandas tendem a chegar em nossas mãos pré-determinados.
É preciso exercitar a habilidade de remontá-los a partir de uma ótica mais
sistêmica, para que as etapas seguintes do processo sejam mais ricas e
para que a solução seja o mais sustentável possível.
Negócio Usuário
Ideias Únicas Sistema de Ideias
Sintomas Causas
Objeto Atividade
PROBLEM
FRAMING1
EXEMPLO: Demanda por uma
nova garrafinha de
água para esportes
Desenvolver uma maneira melhor para pessoas
se hidratarem durante o exercício físico
PROBLEM FRAMING
6. BUSINESS DESIGN
REDEFINA O
PROBLEMA
IDENTIFIQUE
AMBIENTES
IDENTIFIQUE
PERSONAGENS
Onde acontece a atividade, lugares a ver com a atividade,
cadeia produtiva, tudo que possa contribuir ou interferir
na forma como a atividade principal acontece.
Usuário principal, usuário secundário,
especialistas, pessoas que exercem influência na
atividade ou possam ter informações relevantes.
Ao redefinir o problema é preciso abrir todas as possibilidades de
ambientes e personagens que possam influenciar no que está sendo
estudado. Essas possibilidades marcam o início da próxima fase.
PROBLEM
FRAMING1
PROBLEM FRAMING
8. BUSINESS DESIGN
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OBSERVAÇÃO Saindo do escritório e indo observar a realidade onde e como
ela acontece, para desenvolver soluções mais aderentes.
OBSERVAÇÃO
9. BUSINESS DESIGN
2
OBSERVAÇÃO
O maior conhecimento sobre qualquer assunto está na pessoas que
o vivem no dia-a-dia. Para ter acesso a esse valioso conhecimento,
é preciso observar. É hora de imergir na no universo do problema,
observando a cadeia produtiva e a relação das pessoas com ela.
Lugarde DESIGN(er)énarua.
OBSERVAÇÃO
10. BUSINESS DESIGN
A inspiração para essa fase de
Observação veio da Antropologia.
A Etnografia (ou Pesquisa Social) é uma parte
da Antropologia e refere-se ao estudo de um
objeto ou situação pela vivência direta na
realidade onde se insere.
Sua aplicação no mundo dos negócios é cada
vez maior e mais valorizada, pois aumenta
exponencialmente a probabilidade de sucesso
no desenvolvimento e lançamento de produtos,
serviços, processos, campanhas, etc.
2
OBSERVAÇÃO
ETNOGRAFIA
OBSERVAÇÃO
11. BUSINESS DESIGN
ANTES DE SAIR
Gaste um tempo pesquisando o que
vai estudar, navegue a web, procure
referências paralelas, converse.
Coloque no papel o cenário macro
que conseguiu ver, anote as
interrogações que vierem à sua
mente e, principalmente, selecione
os fatores que você acha que (por
enquanto) são importantes serem
observados.
PESQUISE
Leve com você aparato para registrar
o que achar importante: uma câmera
fotográfica, filmadora, folhas para
anotação, gravadores de áudio, etc.
Tudo isso vai ajudar a montar o
quebra-cabeça.
ARME-SE
Use os “Ambientes” e “Personagens”
da fase de Problem Framing para
definir seu plano de ação para a
expedição. Defina suas prioridades de
acordo com o tempo disponível. Se a
pesquisa de campo for em grupo,
dividam-se de modo que nunca vá
somente uma pessoa. Perspectivas
diferentes de um mesmo objeto são
essenciais.
PLANEJE
2
OBSERVAÇÃO
OBSERVAÇÃO
13. BUSINESS DESIGN
No primeiro encontro
busque pela pessoa
de “AUTORIDADE”
Se for um supermercado, chame o gerente. Se for numa comunidade, busque o prefeito ou
identifique líderes comunitários. Entenda como acontecem as interligações, os agentes
externos que influenciam naquela realidade. Concentre-se na pessoa, em suas atividades
diárias, os acontecimentos curiosos, os perigos, as surpresas. Aproxime-se dessa pessoa de
forma que ela lhe proporcione entrada em outros agentes do processo.
APROVEITE ao
máximo a oportunidade
Local e momento são únicos: os comportamentos que você vai observar só fazem
sentido no contexto onde ocorrem. Não fique com pressa de coletar informações. É um
trabalho de detetive, onde uma pista leva à outra, e que pode te levar a desvendar o caso.
DESCREVA
os fatos
Atenha-se a observar os fatos como eles realmente acontecem, como as pessoas se
comportam, como interagem, falam, sem o fator de julgamento ou de prescrição de como
aquela ação poderia ser mais eficiente ou de melhor experiência. As ideias vêm depois.
CUIDADO ao
sugerir hipóteses
Tente ser o mais aberto possível na pergunta para não direcionar a visão e resposta da
pessoa à sua sugestão. Por exemplo, quando quiser saber se outras coisas já foram
tentadas em um processo, é melhor usar “Vocês já tentaram outras coisas?” do que
“Vocês já fizeram do jeito X?”.
EM CAMPOOBSERVAÇÃO
2
OBSERVAÇÃO
14. BUSINESS DESIGN
EM CAMPOOBSERVAÇÃO
2
seja NEUTRO(A)
Busque uma posição de isenção durante a exploração. Se insira no ambiente com roupas
neutras, condizentes com o contexto, que não demonstrem nem autoridade nem posição
subalterna. Busque empatia com quem está conversando, mas não seja “o seu melhor amigo”.
Procure não interferir na realidade do que está sendo estudado, não “faça pelas pessoas”:
o objeto de estudo é o outro. Você vai ter o momento de experimentar quando for gerar ideias.
Pense
LATERALMENTE
Algumas valiosíssimas informações podem estar com pessoas e em lugares teoricamente
fora do processo observado. Um exemplo: os vigias de um shopping center podem dar
muitas informações sobre o comportamento das pessoas que visitam o shopping.
Seja
CARA-DE-PAU
Você vai perceber que ninguém vai chegar até você para contar o que quer saber. É preciso
criar caminhos para se aproximar das pessoas para conseguir informações.
OBSERVAÇÃO
16. BUSINESS DESIGN
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De volta da rua, todos chegam com muitos
casos e observações (e soluções!). É hora de
contar e mostrar a todos o que foi observado.
INFO SHARE
INFO SHARE
17. BUSINESS DESIGN
3
À medida que o ser humano moderno
envelhece ele vai se esquecendo de como
contar histórias. Essa é a hora de contar ao
grupo suas percepções. Ilustre com fotos,
escreva, seja teatral, mostre como as coisas
acontecem, o que as pessoas falaram, os fatos
que aconteceram nos lugares visitados.
INFO SHARE
INFO SHARE
CONTANDO
HISTÓRIAS
18. BUSINESS DESIGN
TÉCNICA:Crie categorias ou temas principais para o que foi observado
em campo. Todos devem dividir suas percepções com o resto do grupo e
anotar frases curtas em post-its com as idéias principais dos relatos,
relacionado-os a cada categoria.
EXEMPLO:
No caso da garrafinha
d’água, poderíamos criar
e dividir as seguintes
macro-categorias.
PORTABILIDADE ESTÉTICA
MATERIALUSO EM MOVIMENTO
INFO
3 SHARE
INFO SHARE
19. BUSINESS DESIGN
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Com todos os fatos à vista, é hora de
gerar ideias, possíveis soluções para o
problema inicial.
GERAÇÃO DE IDEIAS
GERAÇÃO DE IDEIAS
20. BUSINESS DESIGN
4 BRAINSTORMING
“O problema com
o brainstorm é
que todo mundo
acha que já o faz.”
Tom Kelley - IDEO
GERAÇÃO DE IDEIAS
GERAÇÃO
DE IDEIAS
21. BUSINESS DESIGN
O Brainstorm é o motor de
idéias dentro do processo de
Design Thinking.
É a oportunidade para a equipe ‘fantasiar’
as ideias em um projeto, pensar em
soluções variadas, sem censura.
O grande objetivo estratégico é traduzir o
que foi visto em campo em soluções
diversas para o problema inicial.
Um brainstorm eficiente deve durar no
máximo UMA HORA. Mais do que isso pode
fazer o grupo perder energia. Menos, pode
perder ideias. Algumas técnicas podem
deixar o Brainstorm mais produtivo.
4 BRAINSTORMINGGERAÇÃO
DE IDEIAS
OBSERVAÇÃO
INSIGHTS
IDEIAS
SOLUÇÕES
GERAÇÃO DE IDEIAS
22. BUSINESS DESIGN
4
GERAÇÃO
DE IDEIAS
Antes de começar, faça um alongamento dos músculos mentais. Um aquecimento qualquer,
para deixar a equipe mais extrovertida. Dinâmicas de grupo podem parecer cursos motivacionais,
mas ajudam a consolidar as pessoas enquanto equipe, e também a esquecer temporariamente
as preocupações como o relatório a ser acabado ou e-mails não lidos.
ALONGAMENTO
Uma boa sessão de brainstorm começa com a definição focada do problema a ser tratado. Se for
conveniente para a solução, separe o problema em categorias amplas, da mesma forma que você
fez no Info Share. As melhores definições de foco voltam-se para fora da empresa, ou seja, para uma
necessidade específica do usuário, e não para dentro, como “ser melhor do que a empresa X”.
DEFINA
O FOCO
Uma meta numérica desafia as pessoas antes e durante a sessão: ‘Vamos ter X idéias em
uma hora’. Numerar as ideias geradas cria o senso de evolução e motiva as pessoas a
pensarem de forma ainda mais abstrata para alcançar a meta. Em grupos experientes, 100
ideias por hora indica uma sessão boa e fluida. Estabeleça a sua meta.
ESTABELEÇA
META NUMÉRICA
Não critique ou debata ideias. Isso pode esgotar a energia da sessão bem depressa.
Desvieas críticas sem afastar os críticos. Para isso crie regras que quebrem essas atitudes,
como ‘PENSE EM IDEIAS MALUCAS’, ‘SEJA VISUAL’, ‘VÁ ATRÁS DE QUANTIDADE’. Deixe-as
sempre à vista de todos, em letras garrafais.
REGRAS
DIVERTIDAS
TÉCNICAS
GERAÇÃO DE IDEIAS
23. BUSINESS DESIGN
4 TÉCNICASGERAÇÃO
DE IDEIAS
UTILIZE TODO
O ESPAÇO
Escreva ou coloque o fluxo de ideias de maneira que ele fique sempre visível para o grupo
todo. Você pode usar computadores, tablets, ou qualquer dispositivo. Uma ferramenta de baixa
tecnologia mas de grande impacto são os post-its afixados na parede ou em um quadro
branco. O brainstorm é orientado ao grupo e as anotações concisas e rápidas matêm a equipe
focada nas mesmas ideias.
CHEGUE AO
NÍVEL FÍSICO
As boas sessões de brainstorm são extremamente visuais. Isso inclui desenhos, círculos, setas,
esboços, fluxos, etc. Mas as melhores são as que entram no nível físico, utilizando as 3
dimensões. Para isso utilizamos quaisquer materiais que tivermos à mão, montando modelos
primários de um conceito, ou mesmo uma expressão corporal. Utilize o que estiver disponível,
não se preocupe em construir protótipos muito bem acabados.
USE IDEIAS
COMO TRAMPOLIM
Algumas ideias podem, a princípio, parecer idiotas ou infactíveis, mas representam uma
grande oportunidade para construção de outras geniais e viáveis. Assim funciona o
trampolim. Sendo o facilitador ou não, você pode estimular o grupo incitando questões como
‘O que mais podemos fazer com essa ideia?’. Pequenas saltos, para frente ou para trás,
podem criar novos horizontes para que se chegue a novas abordagens.
GERAÇÃO DE IDEIAS
24. BUSINESS DESIGN
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Com todos os fatos à vista, é hora
de gerar ideias, possíveis soluções
para o problema inicial.
CONVERGÊNCIA
DE IDEIAS
5
CONVERGÊNCIA DE IDEIAS
25. BUSINESS DESIGN
5
CONVERGÊNCIA
DE IDEIAS
CONVERGÊNCIA DE IDEIAS
Com todas as ideias expostas, como
escolher UMA em meio a tantas?
Um designer perguntaria:
“Precisa ser só uma?”.
Pequenas partes formam um todo.
O princípio da convergência é olhar
todas as ideias geradas e pinçar as
melhores partes de todas para formar
uma unica solução para o problema.
Mas, como?
26. BUSINESS DESIGN
A convergência é um processo reducionista.
Tem a missão de afunilar todas as ideias em soluções sistêmicas, somando-as.
1. Peça a todos que escolham as que acham mais interessantes.
Separe as mais votadas.
2. Com essas ideias construa algumas hipóteses de solução para o problema -
no mínimo duas, no máximo quatro.
3. Faça protótipos com o que tiver em mãos.
Se for um serviço, procure encenar. Se for um negócio, procure desenhar.
4. Faça novamente uma votação para eleger os melhores aspectos de cada hipótese.
Faça outra fusão deles, prototipe, corrija, reorganize.
5. Com o mesmo método continue reduzindo o número de opções através de votações,
fusões e protótipos até chegar à solução final (ou um sistema de soluções).
5
CONVERGÊNCIA
DE IDEIAS
CONVERGÊNCIA DE IDEIAS
TÉCNICA
27. BUSINESS DESIGN
PILARESTodas as hipóteses precisam ser balizadas por
pilares que garantam a factibilidade do projeto.
ECONOMICAMENTE
VIÁVEL
TECNICAMENTE
POSSÍVEL
DESEJÁVEL
RESPOSTA AO
PROBLEMA
5
CONVERGÊNCIA
DE IDEIAS
CONVERGÊNCIA DE IDEIAS
28. BUSINESS DESIGN
PROTOTIPAGEMFALHE ANTES PARA TER SUCESSO DEPOIS
5
CONVERGÊNCIA
DE IDEIAS
CONVERGÊNCIA DE IDEIAS
Muitos de nós aprendemos alguma coisa de prototipagem
quando crianças, seja fazendo projetos de escola, construindo
fortes de areia, casinhas para bonecas, etc. Desmanchávamos
tudo, fazíamos novamente, mudávamos coisas. Intuitivamente
sabíamos que se continuássemos tentando novas técnicas
acabaríamos aperfeiçoando drasticamente o que fazíamos.
Vá dando forma ao projeto ao longo do tempo com o que
você tiver em mãos.
30. BUSINESS DESIGN
5
CONVERGÊNCIA
DE IDEIAS
CONVERGÊNCIA DE IDEIAS
Faça sua Sorte
A prototipagem não resolve apenas problemas diretos. Chame-a de faculdade de
fazer descobertas felizes, ou até de sorte, mas uma vez que você começa a desejar
ou realizar coisas, abre novas possibilidades de descoberta. É o mesmo método
que tem ajudado cientistas a revelar alguns dos maiores segredos da natureza.
Protótipos Vs. Imagens
Se uma imagem vale mais que mil palavras, um protótipo vale mais que mil
imagens. De algum modo você eleva a taxa de dados que uma pessoa recebe
dando a elas a oportunidade de escolhas baseadas em coisas concretas.
Protótipos vivos e móveis podem ajudar a dar forma às suas ideias.
PROTOTIPAGEMFALHE ANTES PARA TER SUCESSO DEPOIS
31. BUSINESS DESIGN
5
CONVERGÊNCIA
DE IDEIAS
CONVERGÊNCIA DE IDEIAS
Pouco a Pouco
Esqueça a surpresa, o ato de trabalhar em algo por meses e só ao final mostrar o
resultado. Pode ser uma feliz surpresa ou um desastre total. Ataque as
apresentações em estágios para corrigir o percurso antes que seja tarde demais.
Trabalhe primeiro as piores idéias
Quando não há boas ideias para inspiração, não desanime. Faça um protótipo de uma
má ideia. Você pode saber que aquela não é a solução que você quer, mas se fizer
protótipos pode acabar com ela mais depressa, ou talvez acabe eliminando o que há
de ruim nela, ou talvez possa encontrar algo novo como trampolim.
PROTOTIPAGEMFALHE ANTES PARA TER SUCESSO DEPOIS
32. BUSINESS DESIGN
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Não basta ter um grande design nas
mãos se você não souber comunicá-
lo. É hora de vender sua solução final.
PRESENTATION
5
PRESENTATION
33. BUSINESS DESIGNPRESENTATION
6 PRESENTATION
Depois de sua expedição em campo, de sessões de
Info Share e Brainstorm, você está munido com
material rico o suficiente para que sua solução seja
apresentada com alto impacto sensorial.
Conte a história do seu processo de descoberta.
As pessoas tendem comprar a forma como você
pensa tanto quanto compram o produto final de
sua trajetória.
DICAS
35. BUSINESS DESIGN
6 PRESENTATION
Para criar bons slides é
preciso contar para o
receptor todo o seu
processo de trabalho,
porém de forma resumida
para não gastar muito
tempo. Será preciso
eliminar algumas partes.
“Toda escrita
é um processo
de eliminação.”
Martha Albrand
PRESENTATION
DICAS