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DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ESCRITA E HABILIDADES SOCIAIS EM CRIANÇAS DO ENSINO F
Revista Portuguesa de Dificuldades de Aprendizagem, Número 1, Vol. 1
José Maria Montiel[1], Daniel Bartholomeu2, Felipe Fernandes de Lima2, Andréia Arruda
Guidetti 3, Afonso
Antonio Machado
4
1Anhanguera Educacional – Jundiaí, 2Centro Educacional Salesiano – Americana, 3Universida
de Estadual de Campinas,
4
Universidade Estadual Paulista
Resumo
Este estudo irá investigar quais condutas sociais explicam melhor as dificuldades de escrita de
alunos do ensino fundamental. Foram avaliadas 202 crianças com idade de 7 a 12 anos. Os
instrumentos aplicados foram o EAVE e o THAS. Os resultados sugeriram que somente o
altruísmo explicou os erros de escrita dos alunos em questão. Tais dados sugerem que o
aprendizado de comportamentos sociais pode favorecer o melhor desempenho de escrita dos
alunos por favorecer uma melhor interação no contexto de aprendizagem.
Palavras-Chave: Habilidades sociais, dificuldades de aprendizagem, escrita, ensino
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DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ESCRITA E HABILIDADES SOCIAIS EM CRIANÇAS DO ENSINO F
fundamental
Abstract
This study aim to investigate which social behavior better explain writing learning disabilities in
elementary school children. 202 children aged from 7 to 12 years were assessed. The
administered instruments were EAVE and THAS. The results suggest that only altruism
explained children writing mistakes. This data point out that learning social behavior can
increase children writing achievement by favoring a better social interaction in the learning
context.
Keywords: social skills, learning disabilities, writing, elementary school
Introdução
As atividades propostas às crianças nas escolas, além de demandarem esforços cognitivos,
muitas delas pressupõem interação social. Dessa forma, alunos inseridos nesse contexto e que
apresentem dificuldades em desempenhar alguma função social podem desenvolver
problemas emocionais que dificultarão o aprendizado (Sisto & Martinelli, 2006). Essa postura já
havia sido assumida por Piaget (1973) ao ressaltar a importância dos aspectos sociais para o
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DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ESCRITA E HABILIDADES SOCIAIS EM CRIANÇAS DO ENSINO F
desenvolvimento da lógica, já que, nessa condição o indivíduo tornar-se-ia menos egocêntrico,
sendo confrontado todo o tempo com pontos de vista divergentes do seu próprio em meio à
interação com seus pares. Para se ter uma idéia da importância da variável sócio afetiva nesse
processo de aprendizagem, considera-se, atualmente, essa como uma das cinco grandes
áreas em que qualquer aprendizagem giraria ao redor, logo, estaria diretamente implicada nos
problemas de aprendizagem (Sisto & Martinelli, 2006).
O ser humano se aproxima por um processo de interação, sendo que a qualidade dessa
associação engendra a atmosfera do grupo. Nessas interações é atribuído um papel para cada
sujeito, fato que ocorre tanto em sala de aula como nos demais grupos (Piaget, 1973). Além
disso, a aceitação ou rejeição dos colegas são fatores decisivos para o crescimento acadêmico
e pessoal, sendo que a integração das relações humanas aumentaria a motivação para
aprender. Jennings (1973) ressalta a necessidade de a escola conhecer essa dinâmica das
relações para compreender como elas afetam a aprendizagem e os comportamentos. É
comum que as professoras separem alunos que demonstram interesse de outros que não o
fazem com medo de que um interfira no aprendizado do outro.
Essas mesmas relações entre dificuldades de aprendizagem, baixo desempenho acadêmico e
baixa popularidade foram constatadas nos estudos de Badami e Badami (1975), Coben e
Zigmond (1986). No primeiro, os autores separaram crianças em dois grupos em razão de seu
desempenho acadêmico, sendo administrado o teste sociométrico a ambos os grupos. Pelos
resultados, o desempenho na escola influenciou o status do grupo. Crianças com dificuldades
de aprender também aparecem no grupo dos rejeitados e isolados e muito pouco no dos
aceitos e populares, conforme verificaram Stone e La Greca (1990). Essas crianças tendem
ainda a não participarem em programas de apoio como ressaltam Ackerman e Hawes (1986).
Em ambos os trabalhos, as pessoas com dificuldades de aprendizagem foram as mais
rejeitadas.
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Em uma meta-análise de 43 trabalhos, Newcomb, Bukowski e Pattee (1993) denotaram que
crianças rejeitadas tenderam a elevados níveis de agressividade, baixos de sociabilidade e
habilidades cognitivas. Ainda sobre agressividade e aceitação entre pares, Sisto (2003)
verificou que as meninas foram mais aceitas que os meninos que foram mais agressivos. De
fato, os mais aceitos declararam menos comportamentos agressivos na escola, embora nem
todos os agressivos tenham sido rejeitados. O mesmo foi indicado mais tarde noutro trabalho
de Sisto (2005).
Verificando a aceitação social entre pares em relação aos traços de personalidade em
crianças, Sisto, Oliveira, Oliveira, Bartholomeu, Oliveira e Costa (2004) obtiveram algumas
informações interessantes. Primeiramente, embora as meninas tenham obtido uma pontuação
média menor que os meninos em neuroticismo, a incidência desse traço nas mesmas produziu
maior aceitação, o que não ocorreu para os meninos. As meninas tiveram ainda, uma
pontuação mais alta em psicoticismo e sociabilidade, entretanto, esses traços não
associaram-se à rejeição para essas, o que ocorreu com os meninos.
Sisto e Fernandes (2004), estudando os problemas de aprendizagem de escrita e
agressividade, indicaram associações entre os erros de escrita e agressividade escolar nas
segundas e terceiras séries, sugerindo que essas crianças apresentavam, entre outras
caracteristicas, hostilidade verbal, física e desobediência a regras e figuras de autoridadade.
Na quarta série, houve uma diferenciação entre os sexos, sendo que essa relação mencionada
só ocorreu para as meninas. Os autores ressaltam que esse dado não foi encontrado na
literatura sobre o tema e indica que os erros de escrita são uma preocupação para as meninas
e produzem comportamentos sociais não adaptativos.
De fato, a maior parte das investigações sobre como aspectos sociais afetam a aprendizagem
de crianças empregaram o teste sociométrico para a aferição da aceitação e rejeição das
pessoas no grupo. Todavia, apesar de ser uma informação essencial na compreensão das
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dificuldades de aprendizagem, somente o conhecimento sobre se a pessoa é aceita, não
explicita que tipos de condutas ela emite que expliquem tal aceitação e rejeição (Moreno,
1972), de forma que o estudo das habilidades sociais de crianças permitiria fazer essa
inferência. Nesse ponto, na literatura tem sido observada, em inúmeros trabalhos, uma
co-ocorrência entre comportamentos problemáticos e dificuldades de aprendizagem (Del Prette
& Del Prette, 2003; Ferreira & Marturano, 2002; Marinho, 2003; Marturano & Loureiro, 2003;
Medeiros & Loureiro, 2004; Medeiros, Loureiro, Linhares, & Marturano, 2000; Parreira &
Marturano, 1996).
Pesquisas realizadas no Brasil com o intuito de investigar a relação de comportamentos
problemáticos e o desempenho acadêmico dos estudantes, verificaram que crianças com
dificuldades de aprendizagem apresentavam mais comportamentos problemáticos e maior grau
de inadaptação social, em comparação às crianças sem dificuldades de aprendizagem
(D’Avila-Bacarji, Marturano, & Elias, 2005; Del Prette & Del Prette, 2003; Medeiros, Loureiro,
Linhares, & Marturano, 2000; Parreira & Marturano, 1996).
A fim de preencher a lacuna da falta de estudos sistemáticos sobre a problemática das queixas
escolares, Bandeira et al. (2006) realizaram uma pesquisa entre crianças de 1ª a quarta série e
constataram que a freqüência de comportamentos problemáticos foi maior em crianças de nível
sócio-econômico baixo, de escola pública e do sexo masculino, ainda em relação ao sexo os
meninos demonstraram maior agressividade em relação as meninas. De acordo com o relato
dos professores, concluiu-se que as crianças da 1ª série apresentaram mais comportamentos
problemáticos em detrimento às demais, corroborando com os dados encontrados em pesquisa
realizada por Alencar e Araújo (1983) e Bandeira et al. (2006) que também identificaram
diferenças significativas entre as séries com relação a freqüência de comportamentos
problemáticos. Os autores indicam a necessidade de se criarem meios para a prevenção de
comportamentos problemáticos no âmbito escolar e sugerem a implantação de programas
visando o desenvolvimento de habilidades sociais tanto nos alunos quanto nos pais.
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O conceito de Habilidades Sociais foi definido como o conjunto dos comportamentos
apresentados pelo indivíduo diante das demandas de uma situação interpessoal, incluindo-se
as variáveis culturais que contribuem para a competência social (Del Prette & Del Prette, 1999).
Para Caballo (2003) um indivíduo socialmente competente é mais capaz de executar tarefas
satisfatoriamente. Assim, é possível que uma pessoa incompetente socialmente tenha
algumas, mas não todas as habilidades necessárias para executar uma tarefa de forma
competente. Além disso, não é certo que todas as habilidades estão relacionadas ao
comportamento competente. Ser social é um adjetivo atribuído para designar o foco de
interesse das habilidades. Tais perspectivas também foram adotadas no presente estudo.
Não se pode afirmar com segurança em que época da vida ocorre o aprendizado das
habilidades sociais, embora a infância seja um período importante nesse sentido. Inúmeros
teóricos procuraram estabelecer um modelo explicativo do desenvolvimento das habilidades
sociais. Moreno (1972) destaca que logo no primeiro ano de escola as motivações para o
trabalho começam a aparecer e as crianças passam a escolher os companheiros porque lê
bem, ajuda quando ele não sabe ou não escolher outros colegas porque, por exemplo, não
escreve bem. Isso implica que o nível de alfabetização pode estar relacionado à aceitação do
grupo.
É bastante defendido que os contatos sociais que as pessoas estabelecem sofrem grandes
mudanças na infância, quando da evolução da relação com a mãe para se envolver com
elementos outros da família, vizinhança e mesmo a escola. Quando do ingresso nessa, há um
aumento substancial no grupo dos pares, de tal forma que a criança tem mais possibilidades e
liberdade para escolher amigos e companheiros. Tais relações grupais fornecem à criança uma
oportunidade de experimentar outros papéis sociais e relações afetivas (Glidewell, 1977).
Algumas conclusões foram estabelecidas em uma análise da literatura feita por Sisto e
Martinelli (2006) sobre o papel das relações sociais na compreensão do fracasso escolar e
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DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ESCRITA E HABILIDADES SOCIAIS EM CRIANÇAS DO ENSINO F
merecem ser destacadas. Para os autores, os resultados das pesquisas sugerem a importância
das relações sociais no contexto da aprendizagem, mas não indicam a direção do fenômeno.
Destacam ainda a necessidade de novas investigações nessa área, assim como nas
discussões na escola e na sociedade. De modo geral, os trabalhos ora mencionados
consideram a importância de se estudar aspectos como a personalidade, emoção, bem como o
envolvimento social do indivíduo para se ampliar a compreensão das dificuldades de
aprendizagem, não se tomando a questão somente do aspecto cognitivo.
Uma última consideração deve ser feita quanto às dificuldades de aprendizagem e essa
concerne à importância da avaliação desses aspectos. Deve-se mencionar que essa não deve
somente demonstrar uma lacuna entre o potencial da criança para aprender e seu
desempenho real em áreas escolares específicas, mas considerar as oportunidades para a
aprendizagem (Smith & Strick, 2001). Dentro desse contexto, há que se considerar que, avaliar
as dificuldades de aprendizagem (até mesmo em decorrência da multiplicidade de aspectos
envolvidos já mencionados anteriormente) demande um melhor domínio dos pressupostos da
modificação cognitiva, considerando esses, como parte integrante do indivíduo. Em outros
termos, há que se responder à pergunta sobre o que os alunos tem domínio ou não, sendo
necessária a avaliação sistemática do desempenho em aspectos específicos para se chegar a
uma estimativa que seja estável e válida (Fonseca, 1995; Sisto, 2000).
Com base nesses fatos, na presente pesquisa serão enfocados os problemas de
aprendizagem na escrita especificamente. A escrita requer conversão dos sons em
equivalentes viso-simbólicos, simbolizando graficamente pensamentos, sentimentos e idéias.
As crianças podem ter dificuldades na escrita, mantendo o potencial cognitivo,
independentemente da habilidade de leitura, dificultando uma avaliação adequada dos que
convivem com elas cotidianamente (Sánchez Miguel & Martínez Martin, 1998). Atrelado a isso,
nossa língua dispõe de inúmeras irregularidades que não são previsíveis a partir de regras de
conversão fonema-grafema. Sisto (2001) cita um exemplo, ressaltando que uma criança que
escreve “jesto” ao invés de “gesto” pode dominar regras de conversão, mas apresentar
dificuldades com ortografia arbitrária. Já alunos que escrevem “barro” com um “r” não
conseguem converter fonemas em grafemas por não conhecer uma regra contextual.
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Independente da explicação teórica que venha a ser dada sobre os processos de aquisição da
escrita nota-se que esta aquisição se dá através de um processo que evolui com a idade.
Sendo assim, acelera-se, torna-se firme, adquire regularidade, devendo-se ter cautela ao se
avaliar suas dificuldades (Bazi, 2000; Sisto, 2001). Segundo Sisto (2001) até certo ponto, os
erros gramaticais e outros erros relacionados a escrita como inventar palavras, omiti-las,
confundir-se, são comuns no início da fase de aprendizagem, adquirindo caráter problemático
com o prolongamento da experiência escolar. Não se deve perder de vistas também que a
escrita é o resultado de uma aprendizagem, e como tal, dependente de aspectos como o gosto
pela escola, e as relações com os pais, professores e pares, estreitamente ligado a adaptação
afetiva da criança (Ajuriaguerra et. al., 1988).
Feitas essas considerações e visto que é crescente o movimento de pesquisas buscando uma
correlação entre o repertório de habilidades sociais e o desempenho acadêmico dos indivíduos,
este estudo irá também investigar quais condutas sociais explicam melhor as dificuldades de
escrita de alunos do ensino fundamental.
Método
Participantes
Para o presente estudo, foram avaliadas 202 crianças com idade média de 8 anos (DP = 0,88),
variando entre 7 a 10 anos de idade, que cursavam da segunda a quarta série do ensino
fundamental. Sendo 52,5% do sexo masculino e 47,5% do sexo feminino.
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Instrumentos
Escala de Avaliação da Escrita (EAVE)
Trata-se de duas colunas contento ao todo 55 palavras dispostas aleatoriamente a serem
ditadas para crianças de 1ª a quarta séries. A cada palavra errada escrita pela criança é
atribuído um ponto, sendo o maior escore possível de 55 pontos (Sisto, 2005). As palavras que
compões o EAVE foram escolhidas a partir de um estudo com 3365 escolares de ambos os
sexos, provenientes de escolas públicas e particulares do interior do estado de São Paulo.
O estudo realizado permitiu a seleção das palavras inseridas na Escala de Avaliação da
Escrita, em seu formato atual, como as que ofereciam maior possibilidade de discriminação
entre as diferentes séries. Um estudo preliminar (Sisto, 2005) apresentou evidência de validade
convergente, demonstrando alto índice de correlação (r=0,89) com outro instrumento,
denominado Escala de Avaliação de Dificuldades na Aprendizagem da Escrita
(ADAPE), desenvolvido anteriormente pelo mesmo autor (Sisto, 2001).
Corrigiu-se o teste somando as palavras erradas, sendo que para cada erro foi atribuído um
ponto. Assim, as pontuações dos erros foram somadas na correção do teste.
Teste de Habilidade Social em Crianças (Bartholomeu, Silva & Montiel, em preparação)
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Este instrumento foi desenvolvido com base na insuficiência de pesquisas que atestassem as
qualidades psicométricas de medidas de avaliação das Habilidades Sociais em crianças.
Atrelado à isso, no Brasil, o único instrumento dessa natureza compreende um sistema
multimídia, desenvolvido por Del Prette e Del Prette (2001), o que dificulta o acesso de boa
parte das escolas do país que carecem de computadores e pessoas habilitadas para a
administração desse teste bem como disponibilidade de recurso para a aquisição do mesmo.
Além disso, as características psicométricas desse instrumento também não foram
satisfatórias. Desse modo, considerou-se pertinente desenvolver um teste de habilidades
sociais que pudesse ser aplicado em papel e com respostas objetivas, dispostas numa escala
likert.
São apresentados ao examinando 23 itens para serem respondidos quanto à freqüência com
que comete os comportamentos numa escala likert de três pontos. As categorias de resposta
foram Nunca, As vezes e Sempre e foram atribuídos pontos de 1 a 3 respectivamente a cada
uma delas na correção do instrumento que foram somados. Alguns itens são pontuados de
forma inversa, já que a conduta socialmente hábil está definida no oposto do que a frase
propõe.
Os resultados da análise preliminar feita por componentes principais e rotação varimax
sugeriram a estrutura de três fatores mais evidentes que explicaram 34,17% de variância. O
primeiro fator foi denominado Civilidade e Altruísmo e apresentou um índice alfa de Cronbach
de 0,87; o segundo, Desenvoltura e autocontrole na interação social obteve um coeficiente de
0,84; e o terceiro Assertividade com enfrentamento evidenciou um alfa de 0,60. Esses dados
podem ser considerados satisfatórios, o que torna o instrumento adequado para o uso em
futuras pesquisas.
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DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ESCRITA E HABILIDADES SOCIAIS EM CRIANÇAS DO ENSINO F
A primeira dimensão, Civilidade e altruísmo, abrange habilidades como agradecer elogios,
pedir desculpas, ajudar os amigos, elogiá-los, expressar sentimentos positivos aos pares, ser
educado ao manifestar uma opinião. No segundo fator, Desenvoltura e autocontrole na
interação social, seus indicadores devem ser invertidos para indicarem tais aspectos. As
situações propostas sugerem situações negativas em que a criança é exposta à situações
novas, desconhecidas ou que podem provocar constrangimento como receber críticas, falar
para a sala toda, encerrar uma conversa, apresentar-se a um grupo de desconhecidos ou
perguntar-lhes algo. Finalmente, a terceira dimensão, recebeu a denominação de Assertividade
com enfrentamento. As habilidades propostas incluem demonstrar desagrado, defender seus
direitos e opiniões, resistir à pressão do grupo, afirmando sua auto-estima, sob o risco de uma
reação indesejável por parte do interlocutor. Esses fatores foram similares aos sugeridos por
Del Prette e Del Prette (2005).
A análise de Rasch, aplicada à esses itens, identificou o nível de dificuldade dos mesmo,
possibilitando observar que os indicadores avaliam habilidades sociais medianas, embora o
nível de dificuldade dos itens aumente de um fator para o outro, sendo que os indicadores do
fator 1 apresentam maiores concordâncias, enquanto os do fator 3 menor. Também o ajuste
dos itens restantes da escala por Rasch evidenciou que nenhum esteve fora dos limites
aceitáveis de ajuste ao modelo de Rasch. Desse modo, esse instrumento fornece uma
informação diferenciada que talvez seja desejável de ser obtida por pesquisadores e
psicólogos que trabalham com essa variável. Ao se hierarquizar a dificuldade dos itens,
identificando quais condutas são mais fáceis de se apresentar no contexto de interação social,
possibilita-se planejar intervenções para pessoas que apresentam baixa habilidade social,
apresentando inicialmente condutas mais fáceis da pessoa emitir, para então passar às
comportamentos mais complexos, permitindo uma avaliação precisa do repertório
comportamental da criança, possibilitando um escalonamento comportamental, o que convida a
novas pesquisas.
O dado fornecido por esse instrumento identifica as situações interpessoais em que certas
condutas (como fazer pedidos ou recusá-los) são mais fáceis e mais difíceis de ocorrerem, o
que não é identificado nos demais instrumentos (Caballo, 2003). Também, descrevem
comportamentos realizados com o intuito de otimizar os ganhos e minimizar perdas nas
relações sociais. Em outros termos, seria uma medida de eficácia na relação. Além disso,
essas condutas visam a manutenção da própria integridade, bem como a produção de uma
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sensação de domínio, o que caracteriza uma eficácia no respeito próprio.
            Um aspecto levado em conta na construção dos itens foi que as características
apontadas seriam específicas à pessoa e a uma dada situação. Assim, alguns indicadores
foram constituídos pensando-se no contexto escolar. Além disso, há que se considerar que as
condutas que foram a base para os itens são socialmente eficazes, ou seja, não danosas. Os
comportamentos considerados foram: fazer elogios, aceitar elogios, fazer pedidos, expressar
amor, agrado e afeto, iniciar e manter conversações, defender os próprios direitos, recusar
pedidos, expressar opiniões pessoais, inclusive o desacordo, expressar incômodo, desagrado
ou enfado justificados, pedir a mudança de conduta do outro, desculpar-se ou admitir
ignorância, enfrentar as críticas, dar reforço ao outro, dar e receber retroalimentação, regular a
entrada e saída de grupos sociais, e habilidade de falar em público.
  
Resultados e Discussão
Descrição das variáveis da amostra por idade, sexo e série
A análise dos fatores do THAS a partir das idades da amostra, segundo as provas estatísticas
Anova e Tukey possibilitaram a identificação de diferenças significativas entre as médias
obtidas, sugerindo que as idades avaliadas relacionam-se diferentemente às habilidades
sociais dos indivíduos.
A variável altruísmo ficou distribuída da seguinte forma, aos 7 anos de idade a média foi de
21,7 (DP = 2,32), com pontuações mínima e máxima entre 17 e 24. Aos 8 anos, média de 21,4
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(DP = 3,84), pontuação mínima de 7 e máxima de 26. Aos 9 anos de idade a média foi igual a
18,1 (DP = 5,40), com pontuação mínima 4 e máxima 25. Esta idade apresentou a menor
média neste fator, justificando a diferença significativa obtida nesta variável segundo a prova
de tukey. Finalmente, aos 10 anos de idade, as crianças obtiveram a média de 18,9 (DP =
4,17), ficando, as pontuações mínima e máxima, em 10 e 25 respectivamente [F(201,7)=4,05;
p=0,001].
Embora a média das pontuações aos 7 anos tenha sido superior as demais idades avaliadas
no fator Conversação e desenvoltura social alcançando o valor de 6,1 (DP = 2,58), de acordo
com a prova de Tukey não foi uma diferença significativa [F(201,7)=0,76; p=0,600]. Também o
fator Assertividade não forneceu diferenças significativas entre as idades [F(201,7)=1,82;
p=0,084].
No que concerne à Habilidade social geral, observa-se que a menor média obtida foi aos 9
anos de idade, igual a 27,7 (DP = 6,82), com pontuação mínima em 12 e máxima em 40,
justificando a diferença significativa obtida entre esta idade e a idade de 8 anos, como indicou a
prova de Tukey [F(201,7)=3,11; p=0,006]. Por sua vez, observada a média do total de erros
nas palavras separadas por idade, nota-se que quanto maior a idade, menor a média da
pontuação, ficando as médias e os desvios padrões distribuídos da seguinte forma, aos 7 anos,
média de 26,7 (DP = 15,40) com pontuação mínima em 13 e máxima em 53, aos 8 anos, média
de 23,97 (DP = 11,61), pontuações mínima e máxima entre 7 e 55 respectivamente, aos 9
anos, média de 21,9 (DP = 12,77), pontuações entre 1 para mínima e 55 para máxima, e aos
10 anos, média de 21,5 (DP = 11,59), com pontuações entre 1 e 55 para mínima e máxima
respectivamente. No entanto a prova de Tukey não apresentou diferenças significativas para o
total de erros nas palavras [F(201,7)=1,17; p=0,320].
Analisando os fatores separados por sexo e comparando-se pela prova t de Student,
observou-se que na escala EAVE os homens pontuaram mais, obtendo uma média de 24,7
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(DP = 12,11) com pontuações mínima e máxima entre 1 e 55 respectivamente, ao passo que
as mulheres obtiveram média de 21,1 (DP = 12,04) ficando as pontuações em 1 para mínima e
55 para máxima [t(201,7)=2,35; p=0,019].
Ao analisar o fator Habilidade social geral, percebeu-se que o sexo feminino foi mais hábil que
o masculino, obtendo uma média de 31,4 (DP = 4,30), com pontuação mínima e máxima entre
18 e 39 respectivamente, enquanto o sexo masculino ficou com uma média igual 28,7 (DP =
6,21), pontuação igual a 12 para mínima e 41 para máxima [t(201,7)=3,38; p=0,001]. Assim
como no fator Habilidade social geral, o sexo feminino também pontuou mais que o masculino
na variável Altruísmo, obtendo uma média de 21,5 (DP = 3,05), ficando as pontuações entre 14
e 26 para mínimo e máximo, ao passo que o sexo masculino ficou com uma média igual a 18,3
(DP = 5,30), situando suas pontuações entre e 4 e 26 para mínima e máxima respectivamente
[t(201,7)=5,16; p=0,000].
Na variável Assertividade a diferença de médias foi menor, alcançando o sexo feminino uma
média de 4,6 (DP = 1,64), com pontuação mínima em 0 e máxima em 8, e o sexo masculino
ficou com uma média igual a 4 (DP = 1,68), pontuações entre 1 e 8 para mínima e máxima
respectivamente [t(201,7)=2,37; p=0,019]. A média do sexo masculino no fator Conversação e
desenvoltura social foi superior ao sexo feminino, alcançando 6,2 (DP = 2,42), com pontuação
mínima e máxima entre 0 e 11, já o sexo feminino obteve média igual a 5,3 (DP = 2,20),
pontuações entre 1 e 11 para mínima e máxima respectivamente [t(201,7)=2,98; p=0,003].
A amostra avaliada separadamente por séries apresenta diferenças significativas. Em relação
ao total de erros nas palavras a segunda série apresentou a maior média, igual a 26,1 (DP =
13,39), com pontuação mínima igual a 8 e máxima igual a 55 enquanto a terceira apresentou
média de 22,7 (DP = 11,42), com pontuação máxima de 50 e mínima de 5 e a quarta série
média igual 18,96 (DP = 9,90), com pontuações entre 1 e 39 para mínima e máxima
respectivamente, sugerindo que quanto maior a série menor o total de erros nas palavras
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DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ESCRITA E HABILIDADES SOCIAIS EM CRIANÇAS DO ENSINO F
[F(201,7)=5,27; p=0,006].
As crianças da segunda série foram mais altruístas que as da terceira e quarta série, obtendo
média de 21,8 (DP = 3,35), com pontuação mínima e máxima entre 11 e 26, a terceira série
alcançou uma média igual 18,1 (DP = 5,22), pontuação mínima em 4 e máxima em 26, e a
quarta série uma média de 18,9 (DP = 4,71), pontuações entre 4 e 25 para mínima e máxima
respectivamente [F(201,7)=15,34; p=0,000]. Em relação à Conversação e desenvoltura social,
apesar da terceira série superar a média da segunda e da quarta série, alcançando uma média
igual a 6,3 (DP = 2,60), pontuação mínima em 0 e máxima em 11, a prova de Anova indicou
que esta não é uma diferença significativa [F(201,7)=2,18; p=0,115].
A quarta série obteve média superior as outras séries avaliadas no fator Assertividade, igual a
4,8 (DP = 1,30), pontuação igual a 2 para mínima e 8 para máxima, já a terceira séria alcançou
uma média igual a 3,1 (DP = 1,48), com pontuação mínima em 0 e máxima em 7, e a segunda
séria média de 4,5 (DP = 1,77), pontuação entre 1 e 8 para mínima e máxima respectivamente,
sendo esta uma diferença significativa [F(201,7)=20,38; p=0,000].
O fator Habilidade social geral também apresentou diferença significativa de acordo com a
prova de Tukey, sendo a segunda série a mais hábil detrimento às demais, obtiveram uma
média de 31,8 (DP = 4,44), situando as pontuações entre 20 e 41 para mínima e máxima, a
terceira série por sua vez alcançou uma média de 27,7 (DP = 6,80), com pontuação máxima
em 40 e mínima em 12, e a quarta série uma média de 29,3 (DP = 5,13), com pontuação
mínima e máxima entre 15 e 39 respectivamente [F(201,7)=10,20; p=0,000].
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DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ESCRITA E HABILIDADES SOCIAIS EM CRIANÇAS DO ENSINO F
Correlações e Regressão
Procurou-se investigar os coeficientes de correlação entre o total de palavras erradas e as
variáveis do THAS. Para isso, empregou-se a análise de correlação Produto-Momento de Pear
son
e nível de significância de 0,05 e seus resultados para a amostra toda estão na Tabela 1. A
única correlação significativa foi identificada entre o total de palavras erradas e a variável
altruísmo. Considerando tratar-se de uma correlação negativa, os coeficientes encontrados
sugerem que as crianças mais altruístas erraram menos na escrita e vice-versa. Em outros
termos, o aumento do altruísmo é acompanhado por uma diminuição dos erros na escrita.
Tabela 1. Coeficientes de correlação entre o total de palavras erradas e THAS
Total de palavras erradas
Altruísmo
16 / 34
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ESCRITA E HABILIDADES SOCIAIS EM CRIANÇAS DO ENSINO F
r
-0,16
p
0,025
Conversação e
desenvoltura social
r
0,05
p
0,346
Assertividade
17 / 34
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ESCRITA E HABILIDADES SOCIAIS EM CRIANÇAS DO ENSINO F
r
-0,03
p
0,724
Habilidade social geral
r
-0,12
p
0,104
  
18 / 34
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ESCRITA E HABILIDADES SOCIAIS EM CRIANÇAS DO ENSINO F
Procurou-se analisar os efeitos das diferentes condutas sociais (variáveis independentes)
sobre o desempenho na escrita (variável dependente) dos estudantes em questão. O sumário
desse Modelo encontra-se na Tabela 2. Por esses dados, identificou-se que a apesar do
modelo ter sido significativo, explicou pouca variância da variável dependente (2,4%). A Tabela
3 contém os coeficientes de regressão linear e seus níveis de significância das variáveis
independentes estudadas que foram significativas. Nessa análise, feita pelo modelo Forward
que inclui as variáveis independentes no modelo que explicam mais variância da variável
dependente primeiro para depois ir para as demais que explicam menos variância da variável
dependente, apenas a variável Altruísmo forneceu um coeficiente significativo na explicação do
desempenho na escrita das crianças em questão. Considerando que o coeficiente foi negativo,
os resultados sugerem que quanto mais condutas altruístas as crianças apresentaram, menos
erros na escrita cometem.
O fator Civilidade e altruísmo abrange habilidades como agradecer elogios, pedir desculpas,
ajudar os amigos, elogiá-los, expressar sentimentos positivos aos pares, ser educado ao
manifestar uma opinião. Vale ressaltar que esse fator avalia comportamentos sociais que são
mais fáceis de serem emitidos (Bartholomeu, Montiel & Silva, 2011) sendo que déficits nesse
fator podem estar revelando problemas mais sérios quanto ao comportamento social do sujeito,
já que indicam que a criança não domina normas de condutas sociais mais básicas como
agradecer ao ser elogiado, pedir desculpas, ajudar os demais e ser educado. Nesse caso,
crianças que apresentam tais condutas aumentam a probabilidade de interação social, fator
que auxilia na aprendizagem da escrita, conforme sugerem Sisto e Martinelli (2006). É
interessante observar que a Assertividade e o enfrentamento de risco de negativa do
interlocutor na situação social são situações que colocam o relacionamento em risco, já que
nem sempre tais condutas podem ser interpretadas pelo interlocutor como assertivas, não se
explicou o desempenho na escrita, da mesma forma que condutas como desenvoltura social e
habilidades de conversação. Pode ser que por serem condutas mais difíceis de serem emitidas
no contexto social, as crianças em questão não sejam tão habilidosas socialmente, restringindo
a variância nessas dimensões. Todavia, o papel social dessas condutas deve ser melhor
estudado quanto à sua relevância para o bom desempenho da escrita.
Tabela 2. Sumário do Modelo de regressão.
19 / 34
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ESCRITA E HABILIDADES SOCIAIS EM CRIANÇAS DO ENSINO F
Modelo
R
R Quadrado
R Quadrado ajustado
Erro padrão da estimativa
F
p
1
0,171 a
0      ,029
0,024
20 / 34
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ESCRITA E HABILIDADES SOCIAIS EM CRIANÇAS DO ENSINO F
12,144
5,774
0,017 a
a. Preditores: (Constante), altruismo
Tabela 3. Coeficientes de regressão e níveis de significância para o Modelo estudado.
Model
Coeficientes Não padronizados
21 / 34
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ESCRITA E HABILIDADES SOCIAIS EM CRIANÇAS DO ENSINO F
Coeficientes Padronizados
t
p
B
Std. Error
Beta
1
(Constante)
32,383
3,905
22 / 34
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ESCRITA E HABILIDADES SOCIAIS EM CRIANÇAS DO ENSINO F
8,293
,000
altruismo
-,460
,192
-,171
-2,403
,017
a. Variável dependente: total de palavras erradas
Considerações finais
23 / 34
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ESCRITA E HABILIDADES SOCIAIS EM CRIANÇAS DO ENSINO F
Não foram identificados muitos trabalhos na literatura que investigassem especificamente as
habilidades sociais e dificuldades de aprendizagem, principalmente no que se refere à escrita.
De fato, dos estudos identificados, boa parte avalia características sociais por meio do teste
sociométrico, não indicando que condutas tais crianças poderiam apresentar que favorecesse
uma melhor compreensão do que se relaciona a tais dificuldades que pudesse fornecer um
modelo explicatório. Esse texto não pretendeu formular tal modelo, mas, investigando as
características comportamentais imbricadas aos problemas de escrita, procurou desvelar um
pouco mais as características dessas crianças, tentando sugerir pontos para futuras
intervenções também.
A identificação de diferenças entre sexo, idade e série nas medidas tomadas de habilidades
sociais e dificuldades de escrita justificaram a análise dos coeficientes de correlação entre
essas medidas no geral e separadamente por esses grupos. De fato, a variável que mais
esteve relacionada a um melhor desempenho na escrita foi o Altruísmo. De fato, crianças que
desejam ajudar mais às demais favorecem uma melhor interação com as mesmas,
aumentando a possibilidade de trocas que, mais do que simplesmente afetivas, podem
possibilitar um maior esclarecimento de dúvidas acadêmicas e favorecer um melhor
aprendizado. Há que ser enfatizado também que esse padrão de associações entre os erros na
escrita e altruísmo variou em razão da idade e da série escolar das crianças, sugerindo que em
certos momentos do desenvolvimento, tal conduta pode ser facilitadora de um melhor
desempenho mas isso não é constante (Sisto & Martinelli, 2006; Moreno, 1972). Nesses
termos, é interessante se pensar que talvez o treinamento em habilidades sociais,
especificamente no altruísmo possa favorecer uma melhora no desempenho de crianças com
dificuldades de escrita. Isso convida a novas investigações. Essas características
desenvolvimentais poderiam ser melhor exploradas também em estudos futuros.
Por fim, espera-se que esse estudo possa catalisar pesquisas futuras que clarifiquem mais
outros tipos de comportamentos sociais que possam estar relacionados às dificuldades de
aprendizagem na escrita com vistas a facilitar processos interventivos psicopedagógicos com
essas.
24 / 34
DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ESCRITA E HABILIDADES SOCIAIS EM CRIANÇAS DO ENSINO F
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DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ESCRITA E HABILIDADES SOCIAIS EM CRIANÇAS DO ENSINO F
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33 / 34
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[1] Contacto: José Maria Montiel, Anhanguera Educacional, Rua Chá de Frade, 131 Mooca -
São Paulo - Brasil - CEP: 03155-180
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  • 1. DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ESCRITA E HABILIDADES SOCIAIS EM CRIANÇAS DO ENSINO F Revista Portuguesa de Dificuldades de Aprendizagem, Número 1, Vol. 1 José Maria Montiel[1], Daniel Bartholomeu2, Felipe Fernandes de Lima2, Andréia Arruda Guidetti 3, Afonso Antonio Machado 4 1Anhanguera Educacional – Jundiaí, 2Centro Educacional Salesiano – Americana, 3Universida de Estadual de Campinas, 4 Universidade Estadual Paulista Resumo Este estudo irá investigar quais condutas sociais explicam melhor as dificuldades de escrita de alunos do ensino fundamental. Foram avaliadas 202 crianças com idade de 7 a 12 anos. Os instrumentos aplicados foram o EAVE e o THAS. Os resultados sugeriram que somente o altruísmo explicou os erros de escrita dos alunos em questão. Tais dados sugerem que o aprendizado de comportamentos sociais pode favorecer o melhor desempenho de escrita dos alunos por favorecer uma melhor interação no contexto de aprendizagem. Palavras-Chave: Habilidades sociais, dificuldades de aprendizagem, escrita, ensino 1 / 34
  • 2. DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ESCRITA E HABILIDADES SOCIAIS EM CRIANÇAS DO ENSINO F fundamental Abstract This study aim to investigate which social behavior better explain writing learning disabilities in elementary school children. 202 children aged from 7 to 12 years were assessed. The administered instruments were EAVE and THAS. The results suggest that only altruism explained children writing mistakes. This data point out that learning social behavior can increase children writing achievement by favoring a better social interaction in the learning context. Keywords: social skills, learning disabilities, writing, elementary school Introdução As atividades propostas às crianças nas escolas, além de demandarem esforços cognitivos, muitas delas pressupõem interação social. Dessa forma, alunos inseridos nesse contexto e que apresentem dificuldades em desempenhar alguma função social podem desenvolver problemas emocionais que dificultarão o aprendizado (Sisto & Martinelli, 2006). Essa postura já havia sido assumida por Piaget (1973) ao ressaltar a importância dos aspectos sociais para o 2 / 34
  • 3. DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ESCRITA E HABILIDADES SOCIAIS EM CRIANÇAS DO ENSINO F desenvolvimento da lógica, já que, nessa condição o indivíduo tornar-se-ia menos egocêntrico, sendo confrontado todo o tempo com pontos de vista divergentes do seu próprio em meio à interação com seus pares. Para se ter uma idéia da importância da variável sócio afetiva nesse processo de aprendizagem, considera-se, atualmente, essa como uma das cinco grandes áreas em que qualquer aprendizagem giraria ao redor, logo, estaria diretamente implicada nos problemas de aprendizagem (Sisto & Martinelli, 2006). O ser humano se aproxima por um processo de interação, sendo que a qualidade dessa associação engendra a atmosfera do grupo. Nessas interações é atribuído um papel para cada sujeito, fato que ocorre tanto em sala de aula como nos demais grupos (Piaget, 1973). Além disso, a aceitação ou rejeição dos colegas são fatores decisivos para o crescimento acadêmico e pessoal, sendo que a integração das relações humanas aumentaria a motivação para aprender. Jennings (1973) ressalta a necessidade de a escola conhecer essa dinâmica das relações para compreender como elas afetam a aprendizagem e os comportamentos. É comum que as professoras separem alunos que demonstram interesse de outros que não o fazem com medo de que um interfira no aprendizado do outro. Essas mesmas relações entre dificuldades de aprendizagem, baixo desempenho acadêmico e baixa popularidade foram constatadas nos estudos de Badami e Badami (1975), Coben e Zigmond (1986). No primeiro, os autores separaram crianças em dois grupos em razão de seu desempenho acadêmico, sendo administrado o teste sociométrico a ambos os grupos. Pelos resultados, o desempenho na escola influenciou o status do grupo. Crianças com dificuldades de aprender também aparecem no grupo dos rejeitados e isolados e muito pouco no dos aceitos e populares, conforme verificaram Stone e La Greca (1990). Essas crianças tendem ainda a não participarem em programas de apoio como ressaltam Ackerman e Hawes (1986). Em ambos os trabalhos, as pessoas com dificuldades de aprendizagem foram as mais rejeitadas. 3 / 34
  • 4. DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ESCRITA E HABILIDADES SOCIAIS EM CRIANÇAS DO ENSINO F Em uma meta-análise de 43 trabalhos, Newcomb, Bukowski e Pattee (1993) denotaram que crianças rejeitadas tenderam a elevados níveis de agressividade, baixos de sociabilidade e habilidades cognitivas. Ainda sobre agressividade e aceitação entre pares, Sisto (2003) verificou que as meninas foram mais aceitas que os meninos que foram mais agressivos. De fato, os mais aceitos declararam menos comportamentos agressivos na escola, embora nem todos os agressivos tenham sido rejeitados. O mesmo foi indicado mais tarde noutro trabalho de Sisto (2005). Verificando a aceitação social entre pares em relação aos traços de personalidade em crianças, Sisto, Oliveira, Oliveira, Bartholomeu, Oliveira e Costa (2004) obtiveram algumas informações interessantes. Primeiramente, embora as meninas tenham obtido uma pontuação média menor que os meninos em neuroticismo, a incidência desse traço nas mesmas produziu maior aceitação, o que não ocorreu para os meninos. As meninas tiveram ainda, uma pontuação mais alta em psicoticismo e sociabilidade, entretanto, esses traços não associaram-se à rejeição para essas, o que ocorreu com os meninos. Sisto e Fernandes (2004), estudando os problemas de aprendizagem de escrita e agressividade, indicaram associações entre os erros de escrita e agressividade escolar nas segundas e terceiras séries, sugerindo que essas crianças apresentavam, entre outras caracteristicas, hostilidade verbal, física e desobediência a regras e figuras de autoridadade. Na quarta série, houve uma diferenciação entre os sexos, sendo que essa relação mencionada só ocorreu para as meninas. Os autores ressaltam que esse dado não foi encontrado na literatura sobre o tema e indica que os erros de escrita são uma preocupação para as meninas e produzem comportamentos sociais não adaptativos. De fato, a maior parte das investigações sobre como aspectos sociais afetam a aprendizagem de crianças empregaram o teste sociométrico para a aferição da aceitação e rejeição das pessoas no grupo. Todavia, apesar de ser uma informação essencial na compreensão das 4 / 34
  • 5. DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ESCRITA E HABILIDADES SOCIAIS EM CRIANÇAS DO ENSINO F dificuldades de aprendizagem, somente o conhecimento sobre se a pessoa é aceita, não explicita que tipos de condutas ela emite que expliquem tal aceitação e rejeição (Moreno, 1972), de forma que o estudo das habilidades sociais de crianças permitiria fazer essa inferência. Nesse ponto, na literatura tem sido observada, em inúmeros trabalhos, uma co-ocorrência entre comportamentos problemáticos e dificuldades de aprendizagem (Del Prette & Del Prette, 2003; Ferreira & Marturano, 2002; Marinho, 2003; Marturano & Loureiro, 2003; Medeiros & Loureiro, 2004; Medeiros, Loureiro, Linhares, & Marturano, 2000; Parreira & Marturano, 1996). Pesquisas realizadas no Brasil com o intuito de investigar a relação de comportamentos problemáticos e o desempenho acadêmico dos estudantes, verificaram que crianças com dificuldades de aprendizagem apresentavam mais comportamentos problemáticos e maior grau de inadaptação social, em comparação às crianças sem dificuldades de aprendizagem (D’Avila-Bacarji, Marturano, & Elias, 2005; Del Prette & Del Prette, 2003; Medeiros, Loureiro, Linhares, & Marturano, 2000; Parreira & Marturano, 1996). A fim de preencher a lacuna da falta de estudos sistemáticos sobre a problemática das queixas escolares, Bandeira et al. (2006) realizaram uma pesquisa entre crianças de 1ª a quarta série e constataram que a freqüência de comportamentos problemáticos foi maior em crianças de nível sócio-econômico baixo, de escola pública e do sexo masculino, ainda em relação ao sexo os meninos demonstraram maior agressividade em relação as meninas. De acordo com o relato dos professores, concluiu-se que as crianças da 1ª série apresentaram mais comportamentos problemáticos em detrimento às demais, corroborando com os dados encontrados em pesquisa realizada por Alencar e Araújo (1983) e Bandeira et al. (2006) que também identificaram diferenças significativas entre as séries com relação a freqüência de comportamentos problemáticos. Os autores indicam a necessidade de se criarem meios para a prevenção de comportamentos problemáticos no âmbito escolar e sugerem a implantação de programas visando o desenvolvimento de habilidades sociais tanto nos alunos quanto nos pais. 5 / 34
  • 6. DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ESCRITA E HABILIDADES SOCIAIS EM CRIANÇAS DO ENSINO F O conceito de Habilidades Sociais foi definido como o conjunto dos comportamentos apresentados pelo indivíduo diante das demandas de uma situação interpessoal, incluindo-se as variáveis culturais que contribuem para a competência social (Del Prette & Del Prette, 1999). Para Caballo (2003) um indivíduo socialmente competente é mais capaz de executar tarefas satisfatoriamente. Assim, é possível que uma pessoa incompetente socialmente tenha algumas, mas não todas as habilidades necessárias para executar uma tarefa de forma competente. Além disso, não é certo que todas as habilidades estão relacionadas ao comportamento competente. Ser social é um adjetivo atribuído para designar o foco de interesse das habilidades. Tais perspectivas também foram adotadas no presente estudo. Não se pode afirmar com segurança em que época da vida ocorre o aprendizado das habilidades sociais, embora a infância seja um período importante nesse sentido. Inúmeros teóricos procuraram estabelecer um modelo explicativo do desenvolvimento das habilidades sociais. Moreno (1972) destaca que logo no primeiro ano de escola as motivações para o trabalho começam a aparecer e as crianças passam a escolher os companheiros porque lê bem, ajuda quando ele não sabe ou não escolher outros colegas porque, por exemplo, não escreve bem. Isso implica que o nível de alfabetização pode estar relacionado à aceitação do grupo. É bastante defendido que os contatos sociais que as pessoas estabelecem sofrem grandes mudanças na infância, quando da evolução da relação com a mãe para se envolver com elementos outros da família, vizinhança e mesmo a escola. Quando do ingresso nessa, há um aumento substancial no grupo dos pares, de tal forma que a criança tem mais possibilidades e liberdade para escolher amigos e companheiros. Tais relações grupais fornecem à criança uma oportunidade de experimentar outros papéis sociais e relações afetivas (Glidewell, 1977). Algumas conclusões foram estabelecidas em uma análise da literatura feita por Sisto e Martinelli (2006) sobre o papel das relações sociais na compreensão do fracasso escolar e 6 / 34
  • 7. DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ESCRITA E HABILIDADES SOCIAIS EM CRIANÇAS DO ENSINO F merecem ser destacadas. Para os autores, os resultados das pesquisas sugerem a importância das relações sociais no contexto da aprendizagem, mas não indicam a direção do fenômeno. Destacam ainda a necessidade de novas investigações nessa área, assim como nas discussões na escola e na sociedade. De modo geral, os trabalhos ora mencionados consideram a importância de se estudar aspectos como a personalidade, emoção, bem como o envolvimento social do indivíduo para se ampliar a compreensão das dificuldades de aprendizagem, não se tomando a questão somente do aspecto cognitivo. Uma última consideração deve ser feita quanto às dificuldades de aprendizagem e essa concerne à importância da avaliação desses aspectos. Deve-se mencionar que essa não deve somente demonstrar uma lacuna entre o potencial da criança para aprender e seu desempenho real em áreas escolares específicas, mas considerar as oportunidades para a aprendizagem (Smith & Strick, 2001). Dentro desse contexto, há que se considerar que, avaliar as dificuldades de aprendizagem (até mesmo em decorrência da multiplicidade de aspectos envolvidos já mencionados anteriormente) demande um melhor domínio dos pressupostos da modificação cognitiva, considerando esses, como parte integrante do indivíduo. Em outros termos, há que se responder à pergunta sobre o que os alunos tem domínio ou não, sendo necessária a avaliação sistemática do desempenho em aspectos específicos para se chegar a uma estimativa que seja estável e válida (Fonseca, 1995; Sisto, 2000). Com base nesses fatos, na presente pesquisa serão enfocados os problemas de aprendizagem na escrita especificamente. A escrita requer conversão dos sons em equivalentes viso-simbólicos, simbolizando graficamente pensamentos, sentimentos e idéias. As crianças podem ter dificuldades na escrita, mantendo o potencial cognitivo, independentemente da habilidade de leitura, dificultando uma avaliação adequada dos que convivem com elas cotidianamente (Sánchez Miguel & Martínez Martin, 1998). Atrelado a isso, nossa língua dispõe de inúmeras irregularidades que não são previsíveis a partir de regras de conversão fonema-grafema. Sisto (2001) cita um exemplo, ressaltando que uma criança que escreve “jesto” ao invés de “gesto” pode dominar regras de conversão, mas apresentar dificuldades com ortografia arbitrária. Já alunos que escrevem “barro” com um “r” não conseguem converter fonemas em grafemas por não conhecer uma regra contextual. 7 / 34
  • 8. DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ESCRITA E HABILIDADES SOCIAIS EM CRIANÇAS DO ENSINO F Independente da explicação teórica que venha a ser dada sobre os processos de aquisição da escrita nota-se que esta aquisição se dá através de um processo que evolui com a idade. Sendo assim, acelera-se, torna-se firme, adquire regularidade, devendo-se ter cautela ao se avaliar suas dificuldades (Bazi, 2000; Sisto, 2001). Segundo Sisto (2001) até certo ponto, os erros gramaticais e outros erros relacionados a escrita como inventar palavras, omiti-las, confundir-se, são comuns no início da fase de aprendizagem, adquirindo caráter problemático com o prolongamento da experiência escolar. Não se deve perder de vistas também que a escrita é o resultado de uma aprendizagem, e como tal, dependente de aspectos como o gosto pela escola, e as relações com os pais, professores e pares, estreitamente ligado a adaptação afetiva da criança (Ajuriaguerra et. al., 1988). Feitas essas considerações e visto que é crescente o movimento de pesquisas buscando uma correlação entre o repertório de habilidades sociais e o desempenho acadêmico dos indivíduos, este estudo irá também investigar quais condutas sociais explicam melhor as dificuldades de escrita de alunos do ensino fundamental. Método Participantes Para o presente estudo, foram avaliadas 202 crianças com idade média de 8 anos (DP = 0,88), variando entre 7 a 10 anos de idade, que cursavam da segunda a quarta série do ensino fundamental. Sendo 52,5% do sexo masculino e 47,5% do sexo feminino. 8 / 34
  • 9. DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ESCRITA E HABILIDADES SOCIAIS EM CRIANÇAS DO ENSINO F Instrumentos Escala de Avaliação da Escrita (EAVE) Trata-se de duas colunas contento ao todo 55 palavras dispostas aleatoriamente a serem ditadas para crianças de 1ª a quarta séries. A cada palavra errada escrita pela criança é atribuído um ponto, sendo o maior escore possível de 55 pontos (Sisto, 2005). As palavras que compões o EAVE foram escolhidas a partir de um estudo com 3365 escolares de ambos os sexos, provenientes de escolas públicas e particulares do interior do estado de São Paulo. O estudo realizado permitiu a seleção das palavras inseridas na Escala de Avaliação da Escrita, em seu formato atual, como as que ofereciam maior possibilidade de discriminação entre as diferentes séries. Um estudo preliminar (Sisto, 2005) apresentou evidência de validade convergente, demonstrando alto índice de correlação (r=0,89) com outro instrumento, denominado Escala de Avaliação de Dificuldades na Aprendizagem da Escrita (ADAPE), desenvolvido anteriormente pelo mesmo autor (Sisto, 2001). Corrigiu-se o teste somando as palavras erradas, sendo que para cada erro foi atribuído um ponto. Assim, as pontuações dos erros foram somadas na correção do teste. Teste de Habilidade Social em Crianças (Bartholomeu, Silva & Montiel, em preparação) 9 / 34
  • 10. DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ESCRITA E HABILIDADES SOCIAIS EM CRIANÇAS DO ENSINO F Este instrumento foi desenvolvido com base na insuficiência de pesquisas que atestassem as qualidades psicométricas de medidas de avaliação das Habilidades Sociais em crianças. Atrelado à isso, no Brasil, o único instrumento dessa natureza compreende um sistema multimídia, desenvolvido por Del Prette e Del Prette (2001), o que dificulta o acesso de boa parte das escolas do país que carecem de computadores e pessoas habilitadas para a administração desse teste bem como disponibilidade de recurso para a aquisição do mesmo. Além disso, as características psicométricas desse instrumento também não foram satisfatórias. Desse modo, considerou-se pertinente desenvolver um teste de habilidades sociais que pudesse ser aplicado em papel e com respostas objetivas, dispostas numa escala likert. São apresentados ao examinando 23 itens para serem respondidos quanto à freqüência com que comete os comportamentos numa escala likert de três pontos. As categorias de resposta foram Nunca, As vezes e Sempre e foram atribuídos pontos de 1 a 3 respectivamente a cada uma delas na correção do instrumento que foram somados. Alguns itens são pontuados de forma inversa, já que a conduta socialmente hábil está definida no oposto do que a frase propõe. Os resultados da análise preliminar feita por componentes principais e rotação varimax sugeriram a estrutura de três fatores mais evidentes que explicaram 34,17% de variância. O primeiro fator foi denominado Civilidade e Altruísmo e apresentou um índice alfa de Cronbach de 0,87; o segundo, Desenvoltura e autocontrole na interação social obteve um coeficiente de 0,84; e o terceiro Assertividade com enfrentamento evidenciou um alfa de 0,60. Esses dados podem ser considerados satisfatórios, o que torna o instrumento adequado para o uso em futuras pesquisas. 10 / 34
  • 11. DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ESCRITA E HABILIDADES SOCIAIS EM CRIANÇAS DO ENSINO F A primeira dimensão, Civilidade e altruísmo, abrange habilidades como agradecer elogios, pedir desculpas, ajudar os amigos, elogiá-los, expressar sentimentos positivos aos pares, ser educado ao manifestar uma opinião. No segundo fator, Desenvoltura e autocontrole na interação social, seus indicadores devem ser invertidos para indicarem tais aspectos. As situações propostas sugerem situações negativas em que a criança é exposta à situações novas, desconhecidas ou que podem provocar constrangimento como receber críticas, falar para a sala toda, encerrar uma conversa, apresentar-se a um grupo de desconhecidos ou perguntar-lhes algo. Finalmente, a terceira dimensão, recebeu a denominação de Assertividade com enfrentamento. As habilidades propostas incluem demonstrar desagrado, defender seus direitos e opiniões, resistir à pressão do grupo, afirmando sua auto-estima, sob o risco de uma reação indesejável por parte do interlocutor. Esses fatores foram similares aos sugeridos por Del Prette e Del Prette (2005). A análise de Rasch, aplicada à esses itens, identificou o nível de dificuldade dos mesmo, possibilitando observar que os indicadores avaliam habilidades sociais medianas, embora o nível de dificuldade dos itens aumente de um fator para o outro, sendo que os indicadores do fator 1 apresentam maiores concordâncias, enquanto os do fator 3 menor. Também o ajuste dos itens restantes da escala por Rasch evidenciou que nenhum esteve fora dos limites aceitáveis de ajuste ao modelo de Rasch. Desse modo, esse instrumento fornece uma informação diferenciada que talvez seja desejável de ser obtida por pesquisadores e psicólogos que trabalham com essa variável. Ao se hierarquizar a dificuldade dos itens, identificando quais condutas são mais fáceis de se apresentar no contexto de interação social, possibilita-se planejar intervenções para pessoas que apresentam baixa habilidade social, apresentando inicialmente condutas mais fáceis da pessoa emitir, para então passar às comportamentos mais complexos, permitindo uma avaliação precisa do repertório comportamental da criança, possibilitando um escalonamento comportamental, o que convida a novas pesquisas. O dado fornecido por esse instrumento identifica as situações interpessoais em que certas condutas (como fazer pedidos ou recusá-los) são mais fáceis e mais difíceis de ocorrerem, o que não é identificado nos demais instrumentos (Caballo, 2003). Também, descrevem comportamentos realizados com o intuito de otimizar os ganhos e minimizar perdas nas relações sociais. Em outros termos, seria uma medida de eficácia na relação. Além disso, essas condutas visam a manutenção da própria integridade, bem como a produção de uma 11 / 34
  • 12. DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ESCRITA E HABILIDADES SOCIAIS EM CRIANÇAS DO ENSINO F sensação de domínio, o que caracteriza uma eficácia no respeito próprio.             Um aspecto levado em conta na construção dos itens foi que as características apontadas seriam específicas à pessoa e a uma dada situação. Assim, alguns indicadores foram constituídos pensando-se no contexto escolar. Além disso, há que se considerar que as condutas que foram a base para os itens são socialmente eficazes, ou seja, não danosas. Os comportamentos considerados foram: fazer elogios, aceitar elogios, fazer pedidos, expressar amor, agrado e afeto, iniciar e manter conversações, defender os próprios direitos, recusar pedidos, expressar opiniões pessoais, inclusive o desacordo, expressar incômodo, desagrado ou enfado justificados, pedir a mudança de conduta do outro, desculpar-se ou admitir ignorância, enfrentar as críticas, dar reforço ao outro, dar e receber retroalimentação, regular a entrada e saída de grupos sociais, e habilidade de falar em público.    Resultados e Discussão Descrição das variáveis da amostra por idade, sexo e série A análise dos fatores do THAS a partir das idades da amostra, segundo as provas estatísticas Anova e Tukey possibilitaram a identificação de diferenças significativas entre as médias obtidas, sugerindo que as idades avaliadas relacionam-se diferentemente às habilidades sociais dos indivíduos. A variável altruísmo ficou distribuída da seguinte forma, aos 7 anos de idade a média foi de 21,7 (DP = 2,32), com pontuações mínima e máxima entre 17 e 24. Aos 8 anos, média de 21,4 12 / 34
  • 13. DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ESCRITA E HABILIDADES SOCIAIS EM CRIANÇAS DO ENSINO F (DP = 3,84), pontuação mínima de 7 e máxima de 26. Aos 9 anos de idade a média foi igual a 18,1 (DP = 5,40), com pontuação mínima 4 e máxima 25. Esta idade apresentou a menor média neste fator, justificando a diferença significativa obtida nesta variável segundo a prova de tukey. Finalmente, aos 10 anos de idade, as crianças obtiveram a média de 18,9 (DP = 4,17), ficando, as pontuações mínima e máxima, em 10 e 25 respectivamente [F(201,7)=4,05; p=0,001]. Embora a média das pontuações aos 7 anos tenha sido superior as demais idades avaliadas no fator Conversação e desenvoltura social alcançando o valor de 6,1 (DP = 2,58), de acordo com a prova de Tukey não foi uma diferença significativa [F(201,7)=0,76; p=0,600]. Também o fator Assertividade não forneceu diferenças significativas entre as idades [F(201,7)=1,82; p=0,084]. No que concerne à Habilidade social geral, observa-se que a menor média obtida foi aos 9 anos de idade, igual a 27,7 (DP = 6,82), com pontuação mínima em 12 e máxima em 40, justificando a diferença significativa obtida entre esta idade e a idade de 8 anos, como indicou a prova de Tukey [F(201,7)=3,11; p=0,006]. Por sua vez, observada a média do total de erros nas palavras separadas por idade, nota-se que quanto maior a idade, menor a média da pontuação, ficando as médias e os desvios padrões distribuídos da seguinte forma, aos 7 anos, média de 26,7 (DP = 15,40) com pontuação mínima em 13 e máxima em 53, aos 8 anos, média de 23,97 (DP = 11,61), pontuações mínima e máxima entre 7 e 55 respectivamente, aos 9 anos, média de 21,9 (DP = 12,77), pontuações entre 1 para mínima e 55 para máxima, e aos 10 anos, média de 21,5 (DP = 11,59), com pontuações entre 1 e 55 para mínima e máxima respectivamente. No entanto a prova de Tukey não apresentou diferenças significativas para o total de erros nas palavras [F(201,7)=1,17; p=0,320]. Analisando os fatores separados por sexo e comparando-se pela prova t de Student, observou-se que na escala EAVE os homens pontuaram mais, obtendo uma média de 24,7 13 / 34
  • 14. DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ESCRITA E HABILIDADES SOCIAIS EM CRIANÇAS DO ENSINO F (DP = 12,11) com pontuações mínima e máxima entre 1 e 55 respectivamente, ao passo que as mulheres obtiveram média de 21,1 (DP = 12,04) ficando as pontuações em 1 para mínima e 55 para máxima [t(201,7)=2,35; p=0,019]. Ao analisar o fator Habilidade social geral, percebeu-se que o sexo feminino foi mais hábil que o masculino, obtendo uma média de 31,4 (DP = 4,30), com pontuação mínima e máxima entre 18 e 39 respectivamente, enquanto o sexo masculino ficou com uma média igual 28,7 (DP = 6,21), pontuação igual a 12 para mínima e 41 para máxima [t(201,7)=3,38; p=0,001]. Assim como no fator Habilidade social geral, o sexo feminino também pontuou mais que o masculino na variável Altruísmo, obtendo uma média de 21,5 (DP = 3,05), ficando as pontuações entre 14 e 26 para mínimo e máximo, ao passo que o sexo masculino ficou com uma média igual a 18,3 (DP = 5,30), situando suas pontuações entre e 4 e 26 para mínima e máxima respectivamente [t(201,7)=5,16; p=0,000]. Na variável Assertividade a diferença de médias foi menor, alcançando o sexo feminino uma média de 4,6 (DP = 1,64), com pontuação mínima em 0 e máxima em 8, e o sexo masculino ficou com uma média igual a 4 (DP = 1,68), pontuações entre 1 e 8 para mínima e máxima respectivamente [t(201,7)=2,37; p=0,019]. A média do sexo masculino no fator Conversação e desenvoltura social foi superior ao sexo feminino, alcançando 6,2 (DP = 2,42), com pontuação mínima e máxima entre 0 e 11, já o sexo feminino obteve média igual a 5,3 (DP = 2,20), pontuações entre 1 e 11 para mínima e máxima respectivamente [t(201,7)=2,98; p=0,003]. A amostra avaliada separadamente por séries apresenta diferenças significativas. Em relação ao total de erros nas palavras a segunda série apresentou a maior média, igual a 26,1 (DP = 13,39), com pontuação mínima igual a 8 e máxima igual a 55 enquanto a terceira apresentou média de 22,7 (DP = 11,42), com pontuação máxima de 50 e mínima de 5 e a quarta série média igual 18,96 (DP = 9,90), com pontuações entre 1 e 39 para mínima e máxima respectivamente, sugerindo que quanto maior a série menor o total de erros nas palavras 14 / 34
  • 15. DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ESCRITA E HABILIDADES SOCIAIS EM CRIANÇAS DO ENSINO F [F(201,7)=5,27; p=0,006]. As crianças da segunda série foram mais altruístas que as da terceira e quarta série, obtendo média de 21,8 (DP = 3,35), com pontuação mínima e máxima entre 11 e 26, a terceira série alcançou uma média igual 18,1 (DP = 5,22), pontuação mínima em 4 e máxima em 26, e a quarta série uma média de 18,9 (DP = 4,71), pontuações entre 4 e 25 para mínima e máxima respectivamente [F(201,7)=15,34; p=0,000]. Em relação à Conversação e desenvoltura social, apesar da terceira série superar a média da segunda e da quarta série, alcançando uma média igual a 6,3 (DP = 2,60), pontuação mínima em 0 e máxima em 11, a prova de Anova indicou que esta não é uma diferença significativa [F(201,7)=2,18; p=0,115]. A quarta série obteve média superior as outras séries avaliadas no fator Assertividade, igual a 4,8 (DP = 1,30), pontuação igual a 2 para mínima e 8 para máxima, já a terceira séria alcançou uma média igual a 3,1 (DP = 1,48), com pontuação mínima em 0 e máxima em 7, e a segunda séria média de 4,5 (DP = 1,77), pontuação entre 1 e 8 para mínima e máxima respectivamente, sendo esta uma diferença significativa [F(201,7)=20,38; p=0,000]. O fator Habilidade social geral também apresentou diferença significativa de acordo com a prova de Tukey, sendo a segunda série a mais hábil detrimento às demais, obtiveram uma média de 31,8 (DP = 4,44), situando as pontuações entre 20 e 41 para mínima e máxima, a terceira série por sua vez alcançou uma média de 27,7 (DP = 6,80), com pontuação máxima em 40 e mínima em 12, e a quarta série uma média de 29,3 (DP = 5,13), com pontuação mínima e máxima entre 15 e 39 respectivamente [F(201,7)=10,20; p=0,000]. 15 / 34
  • 16. DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ESCRITA E HABILIDADES SOCIAIS EM CRIANÇAS DO ENSINO F Correlações e Regressão Procurou-se investigar os coeficientes de correlação entre o total de palavras erradas e as variáveis do THAS. Para isso, empregou-se a análise de correlação Produto-Momento de Pear son e nível de significância de 0,05 e seus resultados para a amostra toda estão na Tabela 1. A única correlação significativa foi identificada entre o total de palavras erradas e a variável altruísmo. Considerando tratar-se de uma correlação negativa, os coeficientes encontrados sugerem que as crianças mais altruístas erraram menos na escrita e vice-versa. Em outros termos, o aumento do altruísmo é acompanhado por uma diminuição dos erros na escrita. Tabela 1. Coeficientes de correlação entre o total de palavras erradas e THAS Total de palavras erradas Altruísmo 16 / 34
  • 17. DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ESCRITA E HABILIDADES SOCIAIS EM CRIANÇAS DO ENSINO F r -0,16 p 0,025 Conversação e desenvoltura social r 0,05 p 0,346 Assertividade 17 / 34
  • 18. DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ESCRITA E HABILIDADES SOCIAIS EM CRIANÇAS DO ENSINO F r -0,03 p 0,724 Habilidade social geral r -0,12 p 0,104    18 / 34
  • 19. DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ESCRITA E HABILIDADES SOCIAIS EM CRIANÇAS DO ENSINO F Procurou-se analisar os efeitos das diferentes condutas sociais (variáveis independentes) sobre o desempenho na escrita (variável dependente) dos estudantes em questão. O sumário desse Modelo encontra-se na Tabela 2. Por esses dados, identificou-se que a apesar do modelo ter sido significativo, explicou pouca variância da variável dependente (2,4%). A Tabela 3 contém os coeficientes de regressão linear e seus níveis de significância das variáveis independentes estudadas que foram significativas. Nessa análise, feita pelo modelo Forward que inclui as variáveis independentes no modelo que explicam mais variância da variável dependente primeiro para depois ir para as demais que explicam menos variância da variável dependente, apenas a variável Altruísmo forneceu um coeficiente significativo na explicação do desempenho na escrita das crianças em questão. Considerando que o coeficiente foi negativo, os resultados sugerem que quanto mais condutas altruístas as crianças apresentaram, menos erros na escrita cometem. O fator Civilidade e altruísmo abrange habilidades como agradecer elogios, pedir desculpas, ajudar os amigos, elogiá-los, expressar sentimentos positivos aos pares, ser educado ao manifestar uma opinião. Vale ressaltar que esse fator avalia comportamentos sociais que são mais fáceis de serem emitidos (Bartholomeu, Montiel & Silva, 2011) sendo que déficits nesse fator podem estar revelando problemas mais sérios quanto ao comportamento social do sujeito, já que indicam que a criança não domina normas de condutas sociais mais básicas como agradecer ao ser elogiado, pedir desculpas, ajudar os demais e ser educado. Nesse caso, crianças que apresentam tais condutas aumentam a probabilidade de interação social, fator que auxilia na aprendizagem da escrita, conforme sugerem Sisto e Martinelli (2006). É interessante observar que a Assertividade e o enfrentamento de risco de negativa do interlocutor na situação social são situações que colocam o relacionamento em risco, já que nem sempre tais condutas podem ser interpretadas pelo interlocutor como assertivas, não se explicou o desempenho na escrita, da mesma forma que condutas como desenvoltura social e habilidades de conversação. Pode ser que por serem condutas mais difíceis de serem emitidas no contexto social, as crianças em questão não sejam tão habilidosas socialmente, restringindo a variância nessas dimensões. Todavia, o papel social dessas condutas deve ser melhor estudado quanto à sua relevância para o bom desempenho da escrita. Tabela 2. Sumário do Modelo de regressão. 19 / 34
  • 20. DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ESCRITA E HABILIDADES SOCIAIS EM CRIANÇAS DO ENSINO F Modelo R R Quadrado R Quadrado ajustado Erro padrão da estimativa F p 1 0,171 a 0      ,029 0,024 20 / 34
  • 21. DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ESCRITA E HABILIDADES SOCIAIS EM CRIANÇAS DO ENSINO F 12,144 5,774 0,017 a a. Preditores: (Constante), altruismo Tabela 3. Coeficientes de regressão e níveis de significância para o Modelo estudado. Model Coeficientes Não padronizados 21 / 34
  • 22. DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ESCRITA E HABILIDADES SOCIAIS EM CRIANÇAS DO ENSINO F Coeficientes Padronizados t p B Std. Error Beta 1 (Constante) 32,383 3,905 22 / 34
  • 23. DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ESCRITA E HABILIDADES SOCIAIS EM CRIANÇAS DO ENSINO F 8,293 ,000 altruismo -,460 ,192 -,171 -2,403 ,017 a. Variável dependente: total de palavras erradas Considerações finais 23 / 34
  • 24. DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ESCRITA E HABILIDADES SOCIAIS EM CRIANÇAS DO ENSINO F Não foram identificados muitos trabalhos na literatura que investigassem especificamente as habilidades sociais e dificuldades de aprendizagem, principalmente no que se refere à escrita. De fato, dos estudos identificados, boa parte avalia características sociais por meio do teste sociométrico, não indicando que condutas tais crianças poderiam apresentar que favorecesse uma melhor compreensão do que se relaciona a tais dificuldades que pudesse fornecer um modelo explicatório. Esse texto não pretendeu formular tal modelo, mas, investigando as características comportamentais imbricadas aos problemas de escrita, procurou desvelar um pouco mais as características dessas crianças, tentando sugerir pontos para futuras intervenções também. A identificação de diferenças entre sexo, idade e série nas medidas tomadas de habilidades sociais e dificuldades de escrita justificaram a análise dos coeficientes de correlação entre essas medidas no geral e separadamente por esses grupos. De fato, a variável que mais esteve relacionada a um melhor desempenho na escrita foi o Altruísmo. De fato, crianças que desejam ajudar mais às demais favorecem uma melhor interação com as mesmas, aumentando a possibilidade de trocas que, mais do que simplesmente afetivas, podem possibilitar um maior esclarecimento de dúvidas acadêmicas e favorecer um melhor aprendizado. Há que ser enfatizado também que esse padrão de associações entre os erros na escrita e altruísmo variou em razão da idade e da série escolar das crianças, sugerindo que em certos momentos do desenvolvimento, tal conduta pode ser facilitadora de um melhor desempenho mas isso não é constante (Sisto & Martinelli, 2006; Moreno, 1972). Nesses termos, é interessante se pensar que talvez o treinamento em habilidades sociais, especificamente no altruísmo possa favorecer uma melhora no desempenho de crianças com dificuldades de escrita. Isso convida a novas investigações. Essas características desenvolvimentais poderiam ser melhor exploradas também em estudos futuros. Por fim, espera-se que esse estudo possa catalisar pesquisas futuras que clarifiquem mais outros tipos de comportamentos sociais que possam estar relacionados às dificuldades de aprendizagem na escrita com vistas a facilitar processos interventivos psicopedagógicos com essas. 24 / 34
  • 25. DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ESCRITA E HABILIDADES SOCIAIS EM CRIANÇAS DO ENSINO F Referências Ackerman, D., & Hawes, C. (1986). Sociometric status and after-school social activity of children with learning disabilities. Journal of Learning Disabilities, 19 (7), 416-419. Ajuriaguerra, J. , Auzias, M., Coumes, F., Denner, A., Lavondes-Monod, V., Perron, R. & Stambak, M. (1988). A escrita infantil: evolução e dificuldades. Porto Alegre: Artes Médicas. Alencar, E. M. L. S., & Araújo, M. L. M. (1983). Incidência de problemas de comportamento entre alunos do 1º grau. Cadernos de Pesquisa, 44, 102-104.      Badami, H., & Badami, C. (1975). A study of group status in relation to school achievement as revealed by a sociometric test. Journal of Psychological Researches, 19 (1), 24-28.   Bandeira, M., Rocha, S. S., Freitas, L. C., Del Prette, Z. A. P., & Del Prette, A. (2006). Habilidad es sociais e variáveis sociodemográficas em estudantes do ensino fundamental. Rukeqnqikc"go"Guvwfq , 25 / 34
  • 26. DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ESCRITA E HABILIDADES SOCIAIS EM CRIANÇAS DO ENSINO F 33 (3), 541-549. Bartholomeu, Silva & Montiel (em preparação). Teste de habilidades sociais em crianças. Laboratório de Psicodiagnóstico e Neurociência Cognitiva. UNISAL/SP. Bazi, G. A. P. (2000). As dificuldades de aprendizagem em leitura e escrita e suas relações com a ansiedade . Dissertação de Mestrado, UNICAMP, Campinas. Caballo, V. E. (2003). Técnicas de avaliação das habilidades sociais. Em V. E. Caballo (Org.), Manual de avaliação e treinamento das habilidades sociais. São Paulo: Editora Santos, 113-180. Coben, S., & Zigmond, N. (1986). The social integration of learning disabled students from self contained to mainstream elementary school settings. Journal of Learning Disabilities, 19 (10), 614-618. 26 / 34
  • 27. DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ESCRITA E HABILIDADES SOCIAIS EM CRIANÇAS DO ENSINO F D'Avila-Bacarji, K. M. G., Marturano, E. M., & Elias L. C. S. (2005). Recursos e adversidades no ambiente familiar de crianças com desempenho escolar pobre. Paidéia - Cadernos de Psicologia e Educação, 15 (30), 43-55. Del Prette, Z. A. P. & Del Prette, A. (2005). Habilidades sociais na infancia: teoría e prática. Petrópolis: Vozes (2 edição com sumário completo em 2006). Del Prette, A., & Del Prette, Z. A. P. (2003). Aprendizagem socioemocional na infância e prevenção da violência: Questões conceituais e metodologia da intervenção. In A. Del Prette A. & Z. A. P. Del Prette (Eds.). Habilidades sociais, desenvolvimento e aprendizagem . Campinas, SP: Alínea, 83-127. Del Prette, Z. A. P. & Del Prette, A. (2001). Inventário de Habilidades Sociais (IHS-Del-Prette): Manual de aplicação, apuração e interpretação. São Paulo: Casa do Psicólogo.     Del Prette, Z. A. P., & Del Prette, A. (1999). Psicologia das habilidades sociais: terapia e educação. Petrópolis: Vozes. 27 / 34
  • 28. DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ESCRITA E HABILIDADES SOCIAIS EM CRIANÇAS DO ENSINO F Ferreira, M. de C. T., & Marturano, E. M. (2002). Ambiente familiar e os problemas de comportamento apresentados por crianças com baixo desempenho escolar. Psicologia: Reflexão e Crítica, 15 (1), 35-44 Fonseca, V. Manual de observação Psicomotora: significação psiconeurológica dos fatores psicomotores. Porto Alegre, ed. Artes Médicas, 1995 Glidewell, J. C. (1977). On the analysis of learning in a social context. Em J. C. Glidewell (Org.) The social context of learning and development. New York: Gardner Press, pp. 19-32. Gottlieb BW, Gottlieb J, Berkell D, Levy L. (1986). Sociometric status and solitary play of LD boys and girls. Journal of Learning Disabilities. 19, 619–622. Jennings, H. H. (1973). Sociometry in group relations: a manual for teachers. Greenwood 28 / 34
  • 29. DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ESCRITA E HABILIDADES SOCIAIS EM CRIANÇAS DO ENSINO F Press, Publichers, Westport, Connecticut. Marinho, M. L. (2003). Comportamento anti-social infantil: Questões teóricas e de pesquisa. In A. Del Prette & Z. A. P. Del Prette (Eds.), Habilidades sociais, desenvolvimento e aprendizagem: Questões conceituais, avaliação e intervenção. Campinas, SP: Alínea, 61-82.   Marturano, E. M., & Loureiro, S. R. (2003). O desenvolvimento socioemocional e as queixas escolares. In A. Del Prette & Z. A. P. Del Prette (Orgs.), Habilidades sociais, desenvolvimento e aprendizagem: questões conceituais, avaliação e intervenção. Campinas: Alínea, 259-291. McCaffrey, L. (1976). Use of sociometric techniques with mentally retarded and learning disables children. Journal of group Psychotherapy, Psychodrama and Sociometric, 29, 111-112 . Medeiros, P. C., & Loureiro, S. R. (2004). A observação clínica do comportamento de crianças com queixa de dificuldade de aprendizagem. In E. M. Marturano, M. B. M. Linhares, & S. R. Loureiro (Orgs.), Vulnerabilidade e proteção: indicadores na trajetória de desenvolvimento do escolar. São Paulo: Casa do Psicólogo, 107-122. 29 / 34
  • 30. DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ESCRITA E HABILIDADES SOCIAIS EM CRIANÇAS DO ENSINO F Medeiros, P. C., Loureiro, S. R., Linhares, M. B. M., & Marturano, E. M. (2000). A auto-eficácia e os aspectos comportamentais de crianças com dificuldade de aprendizagem. Psicologia Reflexão e Crítica, 13 (3), 327-336. Miller, C. Genre as social action. Quarterly Journal of Speech, v.70, p. 151-167, 1984. Moreno, J. L. (1972). Fundamentos de la sociometría. Buenos Aires: Paidós. Morrison DF. (1990) Multivariate Statistical Methods. 3rd edition. New York: McGraw-Hill. Newcomb, A. F., Bukowski, W. M. & Pattee, L (1993). Children's peer relations. A meta-analytic review of popular, rejected, neglected, controversial and average sociometric status. Psychologi cal Bulletin , 113 (1) , 99-128.   30 / 34
  • 31. DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ESCRITA E HABILIDADES SOCIAIS EM CRIANÇAS DO ENSINO F Omar, A. G. (1994). Contribuciones de la estructura de personalidad, la asertividad y el status sociométrico del alumno al éxito escolar. Revista Intercontinental de Psicologia y Educación, 7, 81-97. Parreira, V. L. C., & Marturano, E. M. (1996). Crianças com queixa de dificuldades escolares: um procedimento para sondagem de problemas de comportamento através do relato das mães. Psico, 27 (1), 23-45.        Piaget, J. (1973). Psicologia e epistemologia: por uma teoria do conhecimento. Rio de Janeiro: Forense. Sánchez Miguel, E. & Martínez Martín, J. (1998). Las dificultades en el aprendizaje de la lectura. Em V. S. Bermejo, & J. A. B. Llera, Dificultades de aprendizaje (pp. 121-146). Madrid: Editorial Sintesis.    Sheare, J. (1978). The impacto f resource programs upon the self-concept and peer acceptance of learning disables children. Psychology in the Schools, 15, 3. 31 / 34
  • 32. DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ESCRITA E HABILIDADES SOCIAIS EM CRIANÇAS DO ENSINO F Sisto, F. F. & Fernandes, D. C. (2004). Dificuldades linguísticas na aquisição da escrita e agressividade. Psicologia Escolar e Educacional, 8, 75-84.   Sisto, F. F. (2000). Escala de avaliação de autoconceito. Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas. (material não-publicado). Sisto, F. F. (2001). Dificuldade de aprendizagem em escrita: um instrumento de avaliação (Adape). Em F. F. Sisto, E. Boruchovitch, L. D. T. Fini, R. P. Brenelli, & S. C. Martinelli (Orgs.), Dificuldades de aprendizagem no contexto psicopedagógico. Petrópolis: Vozes, 190-213. Sisto, F. F. (2003). Rejeição entre colegas e agressividade na infância. Cadernos de Psicologia,13 (1), 83-98. Sisto, F. F. (2005). Aceitação-rejeição para estudar e agressividade na escola. Psicologia em Estudo, 10 (1), 117-125. 32 / 34
  • 33. DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ESCRITA E HABILIDADES SOCIAIS EM CRIANÇAS DO ENSINO F Sisto, F. F., & Martinelli, S. C. (2006). O papel das relações sociais na compreensão do fracasso escolar e das dificuldades de aprendizagem. In F.F. Sisto & S.C. Martinelli (Orgs.), Afe tividade e dificuldades de aprendizagem: uma abordagem psicopedagógica (pp.13-30). São Paulo: Vetor. Sisto, F. F., Oliveira, S. M. S. S., Oliveira, K. L., Bartholomeu, D., Oliveira, J. C. S. & Cota, O. R. S. (2004). Escala de traços de personalidade para crianças e aceitação social entre pares. Inter ação, 8 , 15-24. Sisto, F. F., Urquijo, S., & Souza, M. T. C. C. (1999). Peer acceptance and cognitive development. Psychological Reports, 84 (2), 611-616 Smith,C.; Strick,L. (2001). Dificuldades de Aprendizagem de A a Z. 1ª ed. Ed. Artes Médicas. Stone, W. L., & La Greca, A. M. (1990). The social status of children with learning disabilities: A reexamination. Journal of Learning Disabilities, 23 (1), 32-37. 33 / 34
  • 34. DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ESCRITA E HABILIDADES SOCIAIS EM CRIANÇAS DO ENSINO F [1] Contacto: José Maria Montiel, Anhanguera Educacional, Rua Chá de Frade, 131 Mooca - São Paulo - Brasil - CEP: 03155-180 34 / 34