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Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
2
Rª: Brava, 25/9/2012, às 19:30:
Ismael Fernandes, num exclusivo p/a
“Descobrindo”, junto do mercado; por
causa de uma questão pontual de não
recolha atempada do lixo.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
3
SUMÁRIO
DESCOBRINDO...
RIBEIRA BRAVA, 6 DE MAIO DE 2013 – VOL. 1 – N.º 11
1 Editorial 4
2 Passado e Presente/Antigos Estudantes 6
3 Tema de capa – “Vindimas” 14
4 Grande Reportagem – “A minha terra” 33
5 Grande Reportagem – “Siga Freitas”; “Artesanato”;
“Venda Antiga”
54
6 Viagens – Desertas, Calhau, Louros, Serra, Lisboa… 67
7 A Fé, a Festa e a Tradição 84
8 Em Foco 105
9 Crónicas de alunos 11º. Ano, turma E, 2010/11 139
10
11
Social
Ficha Técnica
147
185
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
4
EDITORIAL
“DESCOBRINDO…” - RIBEIRA BRAVA, 6 DE MAIO DE 2013 – VOL. 1 – N.º 11
António Pereira (AJAP)
nypereira@hotmail.com
A DESCOBRINDO analisa este ano, em 40
páginas, as vindimas e as antiguidades na
Ribeira Brava.
Nas páginas 14 a 32 abordamos o tema
vindimas. Durante os últimos doze meses
acompanhamos a produção das uvas no
presente, registamos depoimentos sobre a
apanha das uvas no passado e no presente.
Falamos das uvas que são transformadas
em mostro e, depois, em vinho. Este vinho
caseiro, chamado pelos locais como “Café
de setembro”, é a bebida oferecida
normalmente nas casas rurais
madeirenses.
Como é que faziam o vinho?
Feita a apanha das uvas, os “meninos” da
casa entravam para dentro do lagar, a fim de “bailar” com as “meninas” e
cantarem de forma a criar um ambiente festivo enquanto a uva era
esmagada com os pés.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
5
Depois das uvas estarem pisadas, o bagaço era colocado à volta do fuso. A
mesa ficava por cima deste e a corda em volta do mesmo, com o objetivo de
tirar o restante sumo das uvas.
A festa do Bom Despacho, realizada na freguesia do Campanário,
atrai todos os anos centenas de pessoas que na procissão da Nossa Senhora
do Bom Despacho cumprem as suas promessas. Desta festa e de outras
curiosidades e factos (incêndios de 2012) incluídos na grande reportagem “ A
minha terra” são analisados nas páginas 33 a 53.
Conheça também outras grandes reportagens, tais como: “Siga Freitas”,
“Artesanato” e “Venda Antiga” que se encontram nas páginas 54 a 66.
Para ler ainda, entre outras, a viagem às Desertas realizada pela ex-
aluna Verónica, da EBSPMA, nas páginas 68 a 70.
Na edição deste ano da DESCOBRINDO, fique a conhecer também nas
páginas 44 a 47 e nas páginas 116 a 129 o estimado leitor poderá ler o que
investigamos sobre as Festas do Espírito Santo na Encumeada, na Vila da
Ribeira Brava, no Rosário – S. Vicente e no Calhau da Lapa.
Os desfiles, a moda, manequins e os estudantes mereceram o
destaque habitual: páginas 147 a 184. Ainda, a “famosa” Pedra Vermelha da
Serra de Água nas páginas 38 a 43.
Estes e muitos outros assuntos estão à sua espera na edição da
DESCOBRINDO, que, como sempre, nas páginas finais, traz a bênção das
capas do ano letivo 2012/2013.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
6
Vila da Rª Brava, nos séculos
XIX e início do século XX.
Fotografias recolhidas, em
várias fontes, pelo nosso leitor,
Sr. Florêncio Pereira.
IMAGENS DO PASSADO E DO PRESENTE
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
7
"Forte de São Bento da
Ribeira Brava, 1708.
Coleção do Arquivo Regional da Madeira.
Photographia Perestrellos, 1900 (c.).
Coleção do Arquivo Regional da Madeira.
Publicada por João José Abreu dos
Santos, na revista ISLENHA, nº. 17,
DRAC, dez. 1995.
Publicadas, também em:
http://www.facebook.com/#!/patrimoni
omadeirense [2012-10-24]
Serra de Água (Rª. Brava), no
passado. Foi em 1953, que
nesta freguesia, surgiu a
primeira Central Hidroelétrica
da Madeira.
"Casas palhaças da Ribeira
Brava”: Algumas casas com
cobertura de colmo.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
8
Alguns habitantes da Vila da
Ribeira Brava, quando ainda
não havia fotografias a cores:
Um grupo visitou Lisboa; um
outro grupo pousa ao lado de
uma viatura, outros na praia.
Os fatos de banho dos
homens, por exemplo, eram
tão diferentes! Imagens da
Sra. Bernardete.
Imagens d
Ribeira Brava em meados do século XX (em cima e início da página seguinte).
Houve tempo em que a floresta revestia densamente as montanhas e
descia frondosa, até mergulhar as suas raízes no próprio calhau da
beira-mar. Assim descreve Gaspar Frutuoso “aquela ilha a que o dito
capitão (Gonçalo Zarco) pôs o nome de Madeira, por causa do muito,
espesso e grande arvoredo de que era coberta”.
LAMAS, Maria, Arquipélago da Madeira – Maravilha Atlântica. Editorial Eco do Funchal, início do século XX. P. 35.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
9
“Julho 2002 – Visita ao
Palácio S. Lourenço, Quinta
Magnólia e passeio –
catequese”, assina
Bernardete.
Ser jovem é...Ser jovem é...querer ser muito mais mesmo sendo o
melhor que se poderia ser. É ficar apaixonado por pequenas coisas,
lugares e sentimentos e querer que essa paixão dure para sempre
Texto escrito para o Teste de Avaliação Escrita de Português,
(http://ritynhaa.blogs.sapo.pt/13423.html, 2012/11/27):
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
10
Rª. Brava, de
1999 a 2012.
À esq., o
grande
encontro de
“motards”, de
abril de 2012.
Imagens do Sr.
Venâncio Sousa.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
11
ANTIGOS ALUNOS DA NOSSA ESCOLA
Biblioterapia
A Biblioterapia consiste numa atividade onde se realiza uma leitura
relacionada com determinadas temáticas, posteriormente é discutida em
grupo, e que conduzirá a uma interação entre várias pessoas, permitindo
desta forma a que estes exponham os seus sentimentos. É na palavra, na
partilha de sentimentos, de experiências, que se encontra o ponto
fundamental da Biblioterapia.
Apesar de esta ser uma atividade direcionada para um grupo e da
palavra deter um papel fulcral nesta terapia, é importante ter em
consideração que por vezes algumas palavras causam efeitos indesejados,
podendo conduzir ao medo, à angústia ou à ansiedade. A forma de contornar
estes aspetos “negativos” é não esquecer que nesta atividade “a palavra é,
basicamente, do livro”
A Biblioterapia tem origem em dois termos gregos: biblion, que significa livro
e therapeia, tratamento. Este tipo de terapia suscita alguma controvérsia,
porque apesar de ser utilizada desde a antiguidade, as suas metodologias
têm vindo a variar ao longo do tempo.
A utilização da Biblioterapia remonta ao Antigo Egipto, onde as
bibliotecas eram consideradas fontes de sabedoria, conhecimento e
“remédio para a alma”. Os gregos e os romanos também associaram o
Por Débora*
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
12
tratamento médico à leitura. Em 1272, no Hospital de Al Mansur, a leitura de
trechos específicos do Alcorão fazia parte do tratamento médico.
A oportunidade de experimentar sentimentos e emoções são um dos
maiores benefícios proporcionados aos leitores através dos livros. O debate e
reflexão ajudam a desenvolver a capacidade de comunicação fazendo com
que as pessoas relatem a sua opinião do que leram/ouviram, podendo fazer
comparações ou analogias com determinados aspetos das suas vidas.
Estimular as pessoas a pensarem e a refletirem sobre o que ouviram/
leram, fará com que estes se identifiquem com a leitura, fornecendo a
possibilidade de descobrir na história a solução para algum problema que
tenham de resolver.
*Débora Fernandes é leitora e colaboradora da “Descobrindo…”desde 2005/2006.
Madeira rumo à sustentabilidade
A agricultura de subsistência já não tem a importância de outros
tempos, nos últimos anos houve uma redução no número de explorações.
Na atualidade os desafios que se colocam à agricultura resultam da
pressão sobre os recursos naturais e das alterações climáticas, ditam
tomadas de posições sobre as produções que sejam menos dependentes de
fatores externos e preferem os recursos locais renováveis, vindo com isto a
garantir maior eficiência e estabilidade, junto com a rentabilidade
económica.
Por Richard**
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
13
O conceito de agricultura biológica é uma forma de vida, assim como
também uma questão cultural, que tem como principal objetivo o incentivo
da produção agrícola em condições dignas. A agricultura biológica promove o
equilíbrio entre a produção agrícola, a biodiversidade e a preservação do
espaço rural e tem implicações em todas as áreas e matérias envolventes à
sustentabilidade da população na região, pois o aumento da formação e do
grau cultural dos consumidores, torna-os mais exigentes com a qualidade e
origem dos produtos agrícolas, refletindo as preocupações com a saúde e
com a necessidade de realização de uma alimentação saudável.
O modo de produção biológica, para além de promover a saúde dos
consumidores com os seus produtos, tem também benefícios ao nível da
conservação da natureza e da preservação do ambiente, exerce uma função
no que respeita à manutenção dos agro-sistemas tradicionais, também
contribui para o aumento do rendimento das populações, bem como para a
dinamização social. Ao contribuir para o equilíbrio harmonioso entre o
desenvolvimento e a conservação da natureza também favorece a afluência
do turismo, ávido pelo invulgar. A Madeira demonstra ter um potencial
endógeno que permite ver a agricultura biológica como uma oportunidade de
negócio muito atraente.
De uma forma geral, todos estes aspetos contribuem de uma forma
significativa para a melhoria das condições de vida das populações
residentes, sendo a agricultura biológica um vetor primordial no caminho
para o desenvolvimento socioeconómico sustentável.
** Richard Gonçalves (Ex aluno da escola; Técnico especialista em agricultura biológica)
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
14
CAPA 3. VINDIMAS
Por AJAP e alunas Jéssica Faria e Marisa Faria, EBSPMA, 2011/12
“Os cachos são transportados em cestos, da vinha para o lagar, onde
o trabalho, em instalações cooperativas, é muito mais racional do
que o antigo processo da pisa no próprio vinhedo ainda em uso em
certos lugares”
HEINZELMAN, Willy (1971), MADEIRA - Portugal, Basileia – Suíça.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
15
Como é que faziam o vinho?
Feita a apanha das uvas, os “meninos” da casa entravam para
dentro do lagar, a fim de “bailar” com as “meninas” e cantarem de
forma a criar um ambiente festivo enquanto a uva era esmagada com
os pés. Depois das uvas estarem pisadas, o bagaço era colocado à volta
do fuso. A mesa ficava por cima do fuso e a corda em volta do mesmo,
com o objetivo de tirar o restante sumo das uvas.
No lagar havia um pequeno armazenamento por baixo, que servia
para o mosto escorrer. Para os agricultores diferenciar o vinho do
mosto, colocavam em borda da ”boca”, um cesto de coar, (cesto de
porte médio, com pequenas ranhuras). Quando o sumo caía, o mesmo
era coado, caindo o vinho caí no pequeno lagar.
Depois, o vinho é levado num balde de zinco, para o armazém onde se
encontravam as pipas e as ameixas para acertar o vinho.
As imagens desta página foram
captadas pela Descobrindo, em 12 de
agosto de 2012, na casa da Sra.
Jacinta, em Gandra (Barcelos); as
diferentes fases da transformação das
uvas até à garrafeira.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
16
Um exemplo de transformação de uvas em mostro. As pedras, as
palhas e as latas furadas para fazerem peso sobre as uvas…um
processo “original” de esmagar e filtrar!
Murteira - Rª. Brava, 27/09/2009:
Jeremias, Francisco e outros,
transformaram de forma rudimentar
uvas em mostro e vinho.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
17
Ribeira Brava, 23 de setembro de 2009:
Exemplo, com “tecnologia” mais
avançada de produção caseira de vinho.
Fotos da aluna Fátima Pestana, 9º. D,
2009/2010, EBSPMA.
Para a elaboração do vinho é
importante, inicialmente, separar o
cacho dos grãos da uva e depois
esmagar, para facilitar a extração do
mosto. O esmagamento da uva não
deve ser um processo enérgico que
triture a película, mas o suficiente para
facilitar a extração do mosto.
A elaboração do vinho tinto requer
obrigatoriamente a participação da
película da uva (casca). No caso do
vinho branco, ao contrário, ele
distingue-se pela fermentação exclusiva
do mosto, sem a película. Para fazer
vinho tinto, o período que a película fica
em contato com o mosto é variável
segundo o tipo de vinho que se quer.
Luiz Antenor Rizzon
Pesquisador
Embrapa Uva e Vinho
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
18
Ribeira Brava, agosto e setembro de 2009:
Barcelos, 15 de agosto de 2011:
Prensa manual de transformação
das uvas em mosto, propriedade
privada de Laura e Carlos.
A imagem de baixo é do “Público”, 2011-08-31
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
19
Sítio da Cruz, 7 de setembro de 2011: São
poucas, mas ainda existem, em volta da Vila da
Rª. Brava, algumas latadas de vinho, como
testemunham as nossas fotografias.
A vinha é cultivada nas encostas, em pequenos
terraços/socalcos denominados poios, que se
estendem até o mar, sustentados por paredes
em pedra com tonalidades de cinzento basalto
que tornam a mecanização praticamente
impossível.
Tendo em linha de conta a orografia da ilha e o
facto de o sistema de condução tradicional
continuar a ser a latada (elevação em estacas e
armação acima do solo), a apanha manual das
uvas é a única possibilidade viável na Madeira.
Este sistema de condução em latada, muitas
vezes de baixa altura, dificulta enormemente os
diversos trabalhos, tratamentos e mesmo a
própria colheita.
.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
20
Rª. Brava, 15 de setembro
de 2011, de cima para
baixo, da esquerda para a
direita:
Sítios de S. João, com
destaque para Boa Morte,
Pedra Mole e o vale da Rª.
Brava visto desses sítios.
O Sr. “Bacalhau”, à
esquerda; o Sr. João,
captado na Vila, à direita,
explicando-nos como
chegar à casa de Maria de
Encarnação Diogo, de 78
anos (página seguinte).
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
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Boa Morte (S. João –
Rª Brava), 15 de
setembro de 2011:
Rª. Brava, 2011-09-15
– freguesia de S. João.
Maria de Encarnação
Diogo, de 78 anos,
nesta data.
Este sítio chama-se
Soquinha (Fim do
caminho), Boa Morte
de baixo; o lagar é dos
herdeiros.
“Antigamente havia
mais vinho”, afirma.
João Teles, que viveu
47 anos na Venezuela
afirma que lá havia
muito dinheiro e que os
negócios eram muito
rentáveis.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
22
Ontem, 14 de setembro de
2011, apanharam-se as uvas
neste sítio da Boa Morte de
Baixo (Soquinha).
“Hoje, de manhã, deitamos
as uvas no lagar; iniciamos a
repisa. A repisa de agora é
diferente da de antigamente
que era com pés descalços.
Depois do lagar, o mostro
passa para a tina, através de
um tubo, medidas cartolas,
cestos”, disse-nos a Sra.
Maria de Encarnação Diogo,
de 78 anos (em cima, ao
meio).
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
23
Nesta fotografia de 1989 vemos o pai
da funcionária Ana Abreu na
companhia de seu filho Manuel
Abreu e com os seus netos Bruno e
Eufrásio. Seu filho, Manuel Abreu,
veio da Venezuela visitar seu pai
Manuel da Antônia, tempos antes de
este falecer.
Testemunho prestado pela
funcionária Ana Abreu, EBSPMA,
sobre as vindimas (à esquerda, em
12/6/2012, a ser entrevistada pela
Jéssica Faria).
“ Soquinha vem dum nome antigo. É onde se produzia as uvas
americanas. Há uns anos atrás, as vindimas costumavam levar
semanas para a apanha da uva e para fazer o vinho. Naquele tempo a
uva era abundante.
Hoje em dia basta apenas meio-dia para fazer a apanha da uva e a
terra já não produz como produzia. Os agricultores dessa época já
faleceram. Estes chamavam-se José Cambado, António do Rato, o
Evaristo, o Manuel da “Antônia” (pai da entrevistada), Pedro da Silva,
Chamilha e o Terré.”
“Naquele tempo, os vizinhos ajudavam-se uns aos outros, isto é,
faziam-se trocas de trabalho”. Agradeço ao professor António Pereira
por nos trazer à memória pessoas que nos são muito queridas e que
infelizmente já não estão connosco. Assina: Ana Abreu.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
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Soquinha – Boa Morte – S.
João:
18-9-2011
À esquerda, a Ana, vizinha
de Maria Encarnação,
colaborando para a revista
Descobrindo. Acima vemos
o lagar vazio e as estacas
feitas de cana.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
25
Sítio Moreno – Ribeira Brava,
2012:
Fuso antigo.
Corda: Colocada à volta do
bagaço com o objetivo de
espremer as últimas bagas das
uvas.
Cestas de grande porte: a sua
função era a de transportar as
uvas desde os terrenos ao lagar;
normalmente eram os homens
que levavam.
Pipas: Onde o vinho era
armazenado durante um longo
período de tempo.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
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Sítio Moreno – Ribeira Brava,
2012:
Funil de zinco: Usado para
passar o vinho do balde para a
pipa.
Segundo o testemunho
Manuela Nascimento:
Como é que faziam o vinho?
“Em primeiro lugar, as crianças,
jovens e graúdos iam para a
fazenda colher uvas, onde as
depositavam numa cesta de
grande porte. Depois, os homens
mais velhos levavam para o lagar
até ter uvas suficientes para
encher o lagar e fazer o vinho.”
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
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Sítio Moreno – Ribeira Brava, 2012:
Balde de zinco: Usado para transportar
o vinho desde o lagar à pipa.
Vários tipos de garrafões: Onde o vinho
é armazenado no curto período de
tempo.
Borracho: Feito de pele de cabrito ou
de ovelha e tinha a função de
transportar o vinho ou o azeite dos
lagares para os armazéns.
Fole: Para espalhar o enxofre pelas
uvas, com o objetivo de desinfetá-la,
antes da vindima.
Lagar (1. Normalmente é onde os
homens “bailam” de forma que a borra
passe pelo coador, 2) a borra, depois
de coada, transforma-se em vinho).
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
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Fotografias exclusivas da “Descobrindo…”, no centro
da Vila do Estreito de Câmara de Lobos, em 4 de
setembro de 2011, durante a festa das vindimas:
a) Em cima, à direita, temos, uma vez mais,
nesta edição, o “borracho”, ou seja, um saco
feito de pele de cabra onde se transportava,
antigamente, o vinho novo ou mosto, isto é, o
líquido acabado de extrair das uvas.
b) À esquerda, entre outros: (…) durante séculos
os tonéis de vinho foram feitos na Madeira.
As aduelas eram sempre manufaturadas,
pois tinham de ter uma espessura apropriada
que só a mão humana consegue atingir.
Tiras de casca do tronco das bananeiras ainda
servem para tapar fissuras (…)
http://www.madeirawine.com/
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
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Vila da Rª. Brava, 30/8/2012: Vindima da família Coelho: Todos os familiares
e amigos ajuda na tarefa de transformação das uvas em mosto.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
30
Por fim, o vinho era dividido em duas partes: uma parte era colocada
nas pipas, onde ia ser armazenada durante alguns anos e, a outra
parte, colocada em garrafões para o consumo diário…
“A vasilha mais usada para o
transporte do mosto para o
lagar é um odre feito de pele
de cabra, curtida e voltada
ao avesso”
HEINZELMAN, Willy (1971), MADEIRA -
Portugal, Basileia – Suíça.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
31
Fajã da Ribeira, agosto de 2012, nos
terrenos e lagar da família Viveiros.
(Texto e fotos de Graciela Sousa)
Na Fajã da Ribeira, a vindima
começa a ser feita ainda no mês de
agosto, pois as uvas amadurecem
mais cedo do que nas zonas altas da
Ribeira Brava.
Em cima, vemos dois homens a
carregarem às costas os sacos das
uvas, do terreno em direção à
estrada.
No meio, a apanha da uva.
Em baixo, uma imagem do lagar
que irá recolher as uvas para a sua
pisa.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
32
Nestas imagens
podemos ver os
vários
“ingredientes” que
auxiliam o
processo de
produção do
“vinho de casa”:
pipas ou cartolas; a
corda, a tina, as
rolhas feitas com
palha de
bananeira, as sacas
de transportar as
uvas…
Em baixo, à
esquerda, vemos a
tina cheia de
mosto – sumo da
uva ainda não
fermentado.
O processo da produção de vinho caseiro começa muito antes do verão.
Durante todo o ano as vinhas e os seus terrenos reclamam por manutenção:
a poda, a desfolhagem, o desbravamento das ervas invasoras, a adubação…
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
33
Rª Brava 2011/2012: Sítio do
Caminho Chão, destacando-se o
cantoneiro Francisco Silva e a
vivenda muito conhecida no sítio pela
beleza do seu jardim. A gata da Sra.
Ana Ascensão, cujo nome é A
Princesa (Vila da Rª. Brava).
4.GRANDE REPORTAGEM - A MINHA TERRA- Rª. BRAVA
Por AJAP e seus convidados,
amigos ou apenas leitores da “Descobrindo…”
“Os livros contam o passado. Os livros dizem…Mas a realidade renova-
se em cada momento. A realidade de hoje é sempre a soma e o
prosseguimento das realidades passadas. E tem também a sua
linguagem…” Maria Lamas: Fonte: Arquipélago da Madeira Maravilha Atlântica, p. 27.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
34
4.GRANDE REPORTAGEM - A MINHA TERRA-CAMPANÁRIO
Por Fátima Carina (ex-aluna da EBSPMA)/Jéssica Faria/AJAP
A festa do Bom
Despacho, realizada
na freguesia do
Campanário, atrai
todos os anos
centenas de pessoas
que na procissão da
Nossa Senhora do
Bom despacho
cumprem as suas
promessas.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
35
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
36
Tranqual - Campanário
Texto de Jéssica Sousa, 12º. B, EBSPMA, 2012/13
Rª. Brava (Tranqual
- Campanário), 18
de setembro de
2012:
De cima para baixo,
da esquerda para a
direita, no primeiro
plano, a “nova”
estrada, íngreme,
que liga Tranqual à
“nova”, Escola
Básica (2º. e 3º
ciclos) –
Campanário; Sítio
da Adega, visto do
Tranqual, Creche do
Campanário,
habitantes do sítio
do Tranqual a
trabalhar,
apartamentos e lá
ao fundo a Via
Rápida.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
37
GEODIVERSIDADE
E PATRIMÓNIO
LOCAL
PATRIMÓNIO E GEODIVERSIDADE NO CONCELHO DA Rº. BRAVA, 2011/12
Por Pedro Fábio/Isaac Pereira/AJAP (imagens)
http://diversidadebiologic.blogspot.pt/2010/01/geodiversidade.html, 2012/8/7, adaptado
Guia local: Hélder de Jesus
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
38
Hélder de Jesus na Pedra vermelha –
Serra de Água (Rª: Brava), em 2012, num
exclusivo da “Descobrindo…”
Variedade de
ambientes
geológicos,
fenómenos e
processos ativos
que dão origem a
paisagens, rochas,
minerais, fósseis,
solos e outros
depósitos
superficiais que são
o suporte para a
vida na Terra.
A Geodiversidade
engloba não só
minerais e rochas,
mas também
fósseis, solos,
formas de relevo e
processos
geológicos ativos
que lhes dão
origem.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
39
Vivemos num mundo
diversificado. E essa
diversidade seja ela
geológica, biológica,
ou cultural, é
fundamental (Gray,
2004; Silva, 2005,
2008).
A diversidade é, na
realidade, o valor
basilar a defender,
seja a nível natural ou
cultural, porque é da
interação entre os
seus diferentes tipos
que, em última
análise, resulta a
multiplicidade de
manifestações do
mundo natural e
cultural que
habitamos.
__________________
(Ilustração desta e da página
anterior: Diferentes sítios da
Serra de Água)
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
40
O termo
“Geodiversidade” terá
sido utilizado pela
primeira vez em 1993,
por ocasião da
Conferência de Malvern,
Reino Unido, sobre
“Conservação Geológica
e Paisagística”, sendo
que o primeiro livro
dedicado exclusivamente
a esta temática foi
editado, apenas, em
2004, por comparação
com o termo
biodiversidade, que diz
respeito à diversidade
biológica do planeta e à
necessidade da sua
preservação.
(Imagens de Fajã da Ribeira, Meia
Légua, e Vila)
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
41
Pedra Vermelha - Serra de Água
Por Família Garcês
Serra de Água (Rª. Brava),
1999/2000, Sítio do
Pinheiro- fotografias
gentilmente cedidas pela
aluna Catarina Garcês,
turma 10º. F, Curso
Tecnológico de Ação
Social, 2011/12.
Nas imagens podemos ver
Nelson e António Garcês a
comerem uma espetada
depois de uma caminhada
até à Pedra Vermelha, a
descansarem e a
admirarem a paisagem da
freguesia da Serra de Água:
A própria Pedra Vermelha,
Encumeada e as suas
nuvens.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
42
Mouros e pessoas com rabo comprido viveram aqui?
A pedra de que vos vou falar é denominada de “Pedra Vermelha” e fica
situada no sítio do Pinheiro, freguesia da Serra de Água. As pessoas mais
antigas contam que esta já existia antes dos primeiros habitantes chegarem a
esta freguesia.
Dizem que nela habitaram povos Mouros, e pelo que o povo conta eram
pessoas que fugiam quando viam outras e dizem que estes tinham um rabo
comprido como os macacos.
As pessoas que já lá foram e tiveram a oportunidade de ir ao interior da
pedra e dizem que existe vários objetos feitos em pedra, com por exemplo,
camas, berços, fornos, etc. Estes objetos foram construídos com um picão
(ferramenta que os povos antigos usavam para construir furnas nas rochas).
Atualmente, o percurso até chegar à pedra está em mau estado devido ás
derrocadas e queda de árvores, e a tentativa de entrada ao interior da pedra
é muito perigosa, é necessário usar cordas para escalar a pedra, e visto que
esta fica situada no cimo de um vale, uma possível queda seria fatal, mas
muitas pessoas já o fizeram há alguns anos, e podem confirmar as histórias
que contam sobre o interior desta.
Pedra Vista do Sitio do Pinheiro. Entrada para o interior da Pedra.
Por:
Suse
Gouveia
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
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“Celebrarmos o Espírito Santo é celebrarmos a festa da alegria, é celebrarmos a
festa da comunhão, é celebrarmos a festa da união e das pessoas porque é isso
que é o Espirito Santo. Espirito Santo é força de comunhão, de união, de paz, de
alegria e é com esses mesmos sentimentos que nós aqui também queremos
estar reunidos, celebrar a nossa fé em Cristo”.
Sr. Padre da freguesia da Serra de Água – Rª: Brava, durante a missa campal,
Encumeada, em maio de 2012
O Espírito Santo na Serra de Água, com a ida à Encumeada
Por Redação
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
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Freguesia da Serra de
Água (Rª: Brava),
27/5/2012:
A Festa do Espírito
Santo na Encumeada é
organizada pela Casa
do Povo da Serra de
Água em conjunto com
a Paróquia da mesma
localidade, do concelho
da Ribeira Brava.
À esquerda, de óculos,
uma das fiéis.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
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A Senhora Domingas dos Reis (saloia da
direita) que nos disponibilizou esta
fotografia dos anos quarenta do século
XX. O Espírito Santo sempre foi vivido com
muita devoção na Serra de Água, com a
ida à Encumeada, a descida a pé trazendo
galhos de maia ou giesta em flor,
cantando e tocando.
Era este o traje das saloias que, mesmo
com o passar do tempo, pouco ou nada se
alterou.
Adaptado de http://cpserradeagua.blogspot.pt/, em 207/30
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
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Encumeada – Serra de Água – Rª. Brava, 27/5/2012 - Missa do Espírito
Santo: Canto: Senhor tende piadade de nós. Glória a Deus na terra e nos
céus. Glória, glória, paz na terra…
Só Vós sois o Santo. Só Vós sois o Senhor. Só Vós o altíssimo. Jesus Cristo, o Espírito
Santo a glória de Deus-Pai, Glória a Deus na terra e nos Céus. Glória, glória, paz na
terra.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
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Por vezes espanto-me com cada coisa que vejo!
E infelizmente é impressionante olhar para a
nossa Ilha da Madeira a preto e branco, é como
ver televisão antigamente.
É uma tristeza o que fizeram à nossa ilha, como é
possível ter a coragem de atear fogo às florestas
e tudo mais, que, no fundo, são elas que
produzem o que necessitamos para viver?!
Incêndio na zona da Boa Morte, Ribeira Brava. (Til, Boa Morte,
Lombo da Levada; Pedra Mole, São João)
Por José Côrte (imagens)/Cláudia Abreu (texto)
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
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Incêndio na zona da Boa Morte, Ribeira Brava. (Til, Boa Morte,
Lombo da Levada; Pedra Mole, São João)
Por Igor Almeida/Luis de Sousa/Graciela Sousa/Redação
“Uma faúlha caiu num terreno atrás da casa. (lado norte): Aqui o fogo
ainda parece pequeno.” Rafael Ascensão
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
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Vila da Rª. Brava: Em cima, às sete da manhã de 19 de julho de 2012; no ar e
ao fundo (Serra de Água), o fogo ainda continuava a ameaçar as populações.
À direita: Fajã da Ribeira, no final da tarde, dois dias após o incêndio (as
montanhas mais castanhas e instáveis devido ao fogo).
*NASA significa Administração Nacional do Espaço e da Aeronáutica, (National Aeronautics and Space
Administration) é a Agência Espacial Americana, que responde pela pesquisa, e desenvolvimento de
tecnologias e programas de exploração espacial e tem como missão incrementar o futuro na pesquisa, a
descoberta e a exploração espacial
À esquerda: Colunas de fumo
a erguerem-se dos focos de
incêndio, de acordo com a
NASA*. Vale da Ribeira Brava,
nos dias 19 e 22/7/2012.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
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E assim nasceu... cresceu... e morreu!
Por Graciela Sousa/Sidónio Silva/Igor Almeida e outros.
Julho de 2012
Sítio da Boa Morte e Til – imagens do “depois” do incêndio
As chamas varreram terrenos e casas abandonadas,
deixando à vista paredes de pedra que as últimas
gerações não se lembram nunca de ter visto.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
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Serra de Água não merecia mais desgraças!
“Felizmente não há nenhuma casa atingida e a primeira grande prioridade foi
a salvaguarda de pessoas e casas.” Ismael Fernandes (23/7/2012).
Perante a presença dos meios de comunicação social, o presidente da
Câmara, Ismael Fernandes, fez, em 23/7, o balanço preliminar dos estragos:
Cerca de uma dúzia de palheiros ardidos na Serra de Água, dezenas de
fazendas e pomares, destacando, em termos negativos, a Fajã das Éguas que
foi “varrida” pelos incêndios, concluindo com palavras de estímulo a todos os
ribeirabravenses, principalmente para os naturais e habitantes da
Encumeada.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
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Lombo do
Paço, Serra
do Espigão,
Parte de
cima do
miradouro
(Espigão)
Incêndios de julho de 2012 - Ribeira Brava
Foto reportagem de Domingas e Serafim Teles
Ribeira Brava, 19 de julho de 2012: As pessoas mais idosas nunca tinham
visto nada assim. O fogo chegou perto das casas como testemunham as
últimas quatro imagens. O Espigão ficou rodeado de fogo.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
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O incêndio de julho
visto das varandas do
Hotel Encumeada
(Serra de Água – Rª.
Brava): o nosso lindo
vale a arder!
Encumeada – Serra de Água
Foto reportagem de Paula Correia
O incêndio na Serra de Água, em julho de 2012, condicionou o trânsito
na via expresso entre túnel de São Vicente e Serra de Água.
A queda de pedras e as constantes mudanças da direção do vento que
empurram as chamas para a estrada fizeram com que houvesse cortes
nos acessos.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
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5.GRANDE REPORTAGEM - AUTOCARROS ANTIGOS
Reenviado à “Descobrindo…” por Eleutério Corte, 2011-05-23
Recolhas: PPFA (parte, adaptado)
“CONJUNTO DE FOTOGRAFIAS IMPRESSIONANTE...
VEJA E DIVULGUE ESTE EXCELENTE TRABALHO DE RECOLHA!”
Fig. 1 -M-3142 (MD-25-70), ano 1950 - Commer Avenger I -
inicialmente da Empresa de Automóveis da Ribeira Brava, passou a
integrar a frota da Rodoeste.
1
Dodge K-34, M-1480 (MD-17-39), de 1934, pertencente à
Empreza de Automóveis da Ribeira Brava Lda.
Foi também incorporado na frota da Rodoeste
1
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
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Fig. 5: Brasier de 1906/1907 . Com 4 filas de assentos, é provavelmente
o primeiro autocarro da Madeira.
Fig. 6: Autocarro Chevrolet, M-844 (MD-14-21), de 1928, da Empresa
Automobilística do Leste da Madeira - EALM. Posteriormente foi
incorporado na frota da Sociedade de Automóveis da Madeira.
Todos os autocarros seguintes à data 1950 e alguns anteriores a essa.
5 6
Largo das Babosas - Monte
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
56
Operado pela SAM - Sociedade de
Automóveis da Madeira, esta viatura
chegou à Madeira apenas com cabine e
chassis, portanto um autêntico camião
Seddon. Na empresa Leacock, foi
executada a primeira carroçaria, que se
pode ver na foto.
Em meados dos anos 60 levou uma nova carroçaria.
Não vejo nenhum do "Negus", a célebre companhia, creio que azul e
branca, que fazia as carreiras da Rochinha e que, muitas vezes
(principalmente com chuva) não a conseguia subir, de tão íngreme que
era, os Ilhéus e Santa Luzia.
Os donos da companhia eram conhecidos pelos "Negus". Nunca soube
porque se dizia "Siga Freitas", expressão nós usávamos, em coro, para
o condutor andar com o carro!
Havia, também, o "Desdobra", como se dizia. O que vinha escrito no
autocarro era "Desdobramento", isto é, um 2º autocarro para o
mesmo destino!
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
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E havia a "Paragem", a célebre "Paragem" e a Placa Central, nos anos
60. Não sei se era um hábito vindo de trás e julgo que terá continuado
em 70 e talvez 80, mas aí já não garanto.
A "paragem" era na faixa norte da Avenida Arriaga, no passeio junto ao
edifício da Junta Geral do Distrito Autónomo da Madeira (vulgarmente
conhecido por Junta) e do Banco Nacional Ultramarino (hoje, Edifício
do Governo Regional e Caixa Geral de Depósitos, respetivamente).
A Placa Central era o passeio entre as faixas norte e sul da Avenida
Arriaga (então aberta ao trânsito). Aí nos reuníamos, principalmente,
os alunos do Liceu (Nacional do Funchal, hoje Esc. Sec. Jaime Moniz e
anteriormente, penso que até anos 40, Liceu de Jaime Moniz).
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
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Aí conversávamos,
fumávamos, namorávamos!
Sim, namorávamos... De vez
em quando lá íamos (os
namorados) dar uma volta à
Avenida do Mar, de mão dada,
para estarmos mais sós, mas
acabávamos por voltar à
"paragem" ou à "placa central"
para mais uns dedos de
conversa e para sermos
recolhidos pelos pais, alguns
em carro particular, outros em autocarro e outros a pé, com horas
previamente combinadas.
Enfim, algumas cenas do nosso Funchal e da Madeira, do século
passado, que muitos recordarão, estou certa!”
Recolhas
PPFA
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
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5.GRANDE REPORTAGEM - ARTESANATO
Por AJAP
Designação comercial: Bota Chã
Localização: Rua de São Francisco, nº 29 A, Ribeira Brava
Contato: Paulo Santos, 965226935/917320208.
Na Ribeira Brava, antigamente, os homens e as
mulheres usavam botas, chamadas botas chãs e
eram feitas em pele de vaca curtida.
A parte superior da bota era virada para fora e
descia até ao tornozelo, sendo enfeitada com uma
fita vermelha.
O que são, como se fazem, em pleno século XXI,
esse tipo de botas e quem as pode fazer para os
nossos leitores? Um exemplo, aqui bem perto de
nós.
Perfil do mestre sapateiro
António José da Silva Faria, mestre sapateiro da
empresa “Bota Chã”, na Ribeira
Brava, em discurso direto, num exclusivo para
a “Descobrindo…”:
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
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“Comecei nesta arte aos 21 anos. Agora, em 2013,
vou fazer 53 anos de idade, portanto, há 32 anos
que sou sapateiro. Iniciei o trabalho nas botas
regionais, em Câmara de Lobos, noutra empresa.
Agora estou aqui na Ribeira Brava, em frente ao
Museu Etnográfico da Madeira, na rua S. Francisco.
Fazemos botinhas e concerto de calçado, ou seja,
estou há mais de três décadas no mesmo ramo, em
termos profissionais!”
Nome das máquinas antigas/utensílios/matéria-
prima?
“Temos uma desbastadora (mete-se a sola com 1,
3, 4 cm…).
Esta lixadeira está nas minhas mãos desde o início,
ou seja, há 32 anos que esta máquina trabalha
comigo, sem falhar.”
“Esta bota é do Porto Santo, é muito antiga, era utilizada
pelo grupo de folclore de lá. Quando precisam, mesmo na
atualidade, deste tipo de botas, contactam-nos
telefonicamente. Temos sempre um ou dois pares de cada
tamanho para desenrascar clientes à última hora. Sapato
grosso, para trabalhar no campo, pois estes duravam
mais.”
António José da Silva Faria, mestre sapateiro da “Bota Chã”, na
Ribeira Brava.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
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“ A máquina de apertar as botas puxa, evitando que
tenhamos de bater na sola à mão como
antigamente; de pregar as botas. Esta sola,
antigamente, cozia-se toda à mão, o que atualmente
não acontece, pois possuímos a máquina de cozer
calçado. A lata com diluente serve para amolecer a
tela; o “balancé”, para cortar, este bate em cima do
molde e corta à medida que a gente quer; a tela,
couro para a bota chã; aquela botinha para bailinho;
o couro para as cabecinhas da frente; a pele de
cabra para os canos. O cabedal e o couro eram
desbastados numa máquina mais fininha. Esta era
utilizada para alargar sapatos. Se o sapato aperta,
venham cá e alarga-se. Além disso, esta serve para
cortar às riscas e para cortar correias. A banquinha é
o nome que se dá à máquina de cozer por dentro e
por fora.
Estas máquinas possuem 40 e tal anos e quando
comecei nesta arte esta máquina já existia.
Instrumentos como o alicate, o “tropedo”, o martelo
e a Máquina SINGER, que utilizamos na sequência da
máquina “balancé”.”
Bota de homem, dos carreiros do Monte - Funchal,
feita com sola.
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5.GRANDE REPORTAGEM – “VENDA” ANTIGA
O cantinho do Juvenal Camarata no sítio do Pico da Rª. Brava
Por Redação, novembro de 2011
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5. GRANDE REPORTAGEM
Rª. Brava, 18/5/2012 –
Comemoração do Dia Internacional dos Museus,
com a participação, também de alunos e
professores da EBSPMA, do Curso Tecnológico de
Ação Social, turma 11º. E. Em cima, à direita, a
Diretora do Museu Etnográfico da Madeira.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
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Os alunos apresentaram uma
peça de teatro relacionada com
o tema património
arquitetónico rural, passando,
com humor que prendeu a
atenção de todos os presentes e sensibilizou para a necessidade de se
conciliar a arquitetura antiga com a moderna. Em cima, da esquerda
para a direita, os atores: Carla, Fátima, Tatiana, Diogo, Domingas,
Janete, Lisandra e Aurélio.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
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“O Comandante, responsável por toda a equipa
que se encontrava a bordo nesta viagem,
começou por nos explicar o que iriamos realizar
durante a viagem, que supostamente seria uma
visita guiada por um dos marinheiros, a todo o
espaço do navio.”
A Reserva Natural das Ilhas Desertas é uma
reserva natural portuguesa localizada nas
Ilhas Desertas, na Região Autónoma da
Madeira.
6. VIAGENS 6.1. RESERVA NATURAL DAS ILHAS DESERTAS
Por Carla Verónica, 12º. B,
2011/2012, EBSPMA/AJAP
“No âmbito das celebrações do Dia da Marinha de
2012, por sugestão do “Clube Europeu” da Escola
Básica e Secundária Padre Manuel Álvares, viajei,
juntamente com outros jovens da Madeira, viajei,
no "O N.R.P. "Cuanza", indicativo NATO P 1144, o
quinto dos dez navios patrulhas da classe
"Cacine", no percurso Funchal/Desertas/Funchal,
em 26 de maio, numa organização da
Marinha/Direção Regional da Juventude.”
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
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“Prosseguindo a visita conhecemos as instalações
do navio. A parte da frente, que é onde se
encontravam todos os instrumentos essenciais de
uma viagem como, por exemplo, o volante para
orientar as direções, o GPS para saber a
localização do navio, um livro de viagens sob a
responsabilidade de um marinheiro que registava
todos os dados de uma viagem (distância,
duração, entre outros) e por fim um vigilante
sempre atento a eventuais riscos ou ameaças.
Na minha opinião, este espaço foi o mais
interessante de todos, poi pudemos manipular
alguns dos instrumentos indispensáveis para a
condução do navio.
Logo de seguida, fomos para o 2º andar no navio que é a parte central, onde
se encontravam os quartos, a cozinha e a casa de banho. É neste piso que se
encontram também as armas, de vários tipos e tamanhos.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
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De seguida, encontramos um espaço onde havia
muito trabalho e ruído devido aos motores sob a
responsabilidade de um outro marinheiro atento a
todos os pormenores relacionados com o bom
funcionamento das máquinas. Estivemos o resto
da viagem para a tirar fotos na parte de cima do
navio. Quando chegamos às Desertas tivemos
uma visita guiada por uma bióloga que nos explicou os pontos fundamentais
da Deserta Grande.
Começamos assim a caminhada com várias paragens, em que numa delas a
bióloga explicou-nos os vários tipos de animais que se encontravam lá e em
que espaço eles se localizavam, como por exemplo, os lobos-marinhos
encontravam-se na parte central da Deserta Grande, tal como as cabras e as
lagartixas.
Não conseguimos ver lobos-marinhos, mas lagartixas vimos imensas, e
reparei havia diferença no tamanho, pois estas são muito maiores do que
aquelas que estamos habituados a ver, e as cabras são muito distintas, ou
seja, têm pêlo castanho-escuro.
Em suma, a bióloga mostrou-nos um espaço de enfermagem para tratar dos
lobos-marinhos feridos.
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2012
6. VIAGENS 6.2. CALHAU DA LAPA, AS RAÍZES DO CAMPANÁRIO
Calhau da Lapa – Campanário, verão de 2012, por Jéssica Faria, 11º.E,
2011/2012 (em cima à direita), com a colaboração de Luísa Almada, 8º. H,
2012/13, EBSPMA.
2012: Descida em direção à Praia do Calhau da Lapa, situada no
Campanário, no fundo de uma descida íngreme, antes de um mergulho
numa água límpida e calma.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
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“No dia 5 de junho de 2012, a turma
do 11ºE e a turma do 12º B
acompanhadas pelos professores
António Pereira e Manuel António
dirigiram-se ao Calhau da Lapa em
Campanário. Saímos da Escola Básica
e Secundária Padre Manuel Álvares
por volta das 14 horas e chegámos ao
Calhau da Lapa por volta das 14 horas
e 30 minutos. Quando lá chegamos,
deparamo-nos com um caminho
muito inclinado e até diria que um
pouco perigoso, no entanto isso não
nos impediu de descer para o Calhau
da Lapa. Ao longo desse caminho
andamos com muita precaução, mas
sempre comtemplando a maravilhosa
paisagem dos rochedos, a admirável
cascata que lá existia, a cair de um
grande rochedo e a espetacular vista
para um mar límpido, quase
transparente que nos permitia
visualizar o fundo do mar na
perfeição. Esta caminhada durou
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
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cerca de 20 minutos e ao chegarmos
lá em baixo, encontramos um cais
com muitas grutas. Todas se
encontravam com portas trancadas
com cadeados, no entanto, havia uma
gruta que estava aberta e como
somos muito curiosos fomos lá
espreitar. Nessa gruta existia um
fogão, umas panelas, uma garrafa de
gás, entre outras coisas. Depois disso,
admiramos aquele paraíso e fomos
disfrutar da fresca, límpida e
encantadora água do Atlântico. Após
termos aproveitado a refrescante
água, de apanharmos um pouco de
sol nas toalhas e comermos qualquer
coisa, chegou a hora de irmos embora
e já eram perto das 17 horas. Enfim,
chegou a hora de subir o “ calvário”,
sim “ calvário”, pois custou imenso
subir a montanha e além disso estava
um calor insuportável. Apesar disso,
gostei imenso de lá ir e diverti-me
muito e espero lá voltar um dia
destes.”
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
73
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
74
“A refeição, a música e o ambiente
foram muito bons, graças ao
empenho e dedicação de todos
aqueles que contribuíram para que
este convívio se tivesse
concretizado.
Chão dos Louros é uma área de
lazer no seio da floresta
"Laurissilva", na descida da
Encumeada para São Vicente.”
Assina: Marisa.
6. VIAGENS 6.3. CHÃO DOS LOUROS – SÃO VICENTE - MADEIRA
Por Marisa Faria, 10º F, EBSPMA, 2011/12
“No dia 08 de junho de 2012, pelas
08:15 horas, partimos da Escola em
direção ao Chãos dos Louros - São
Vicente, com o objetivo de
encerrarmos, convivendo, o projeto
“Descobrindo” 2011/12.
Participantes: Ana Filipa, Bruno Sousa,
António Marques, Andreia Abreu,
Bárbara Delgado, Estela Abreu,
Rosana Garcês, Daniela Faria, Marisa
Faria e Lino Pontes, sob a
responsabilidade do Prof. António
Pereira.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
75
“Convidados: Davide Sousa, Rui
Sousa, Guida Gonçalves e João
Roberto.
Depois de desenvolvimento de
diversas atividades lúdico-
pedagógicas, em vários grupos,
juntámo-nos, pelas onze horas, para
almoçarmos.
Em conclusão, este convívio foi
muito interessante, visto que nem
todos conheciam o espaço de lazer
do Chão dos Louros em São Vicente,
onde também recolhemos
informações (fotos) para recordar
mais tarde.
Alguns aspetos negativos: a turma
neste convívio foi um pouco
individualista e alguns elementos
foram para casa mais cedo,
considerando que os aspetos positivos foram superiores.
Assim, concluo afirmando que foi uma boa visita de estudo!”
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
76
“Festa da Cereja – Câmara de Lobos,
Jardim da Serra - 16 e 17 de Junho: A Festa
da Cereja é uma das mais importantes
atividades locais que acontece no Jardim
da Serra anualmente desde 1954. Eu,
Jéssica, como ribeirabravense, estive lá,
em 2012 e recolhi estas belas fotos.”
6. VIAGENS 6.4. RIBEIRABRAVENSES VISITAM JARDIM DA SERRA
Por Jéssica Faria, 11º. E, EBSPMA, 2011/12
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
77
“Festa da Cereja – Câmara
de Lobos, Jardim da Serra -
16 e 17 de Junho de 2012. A
criança, na última foto, vive
no mundo só dela, alheia ao
“mundo” dos “gigantes”
adultos. Uma maneira
diferente de viver a vida!
Oxalá que os mais velhos
não a tenham pisado,
depois.”
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
78
“A Senhora
que vemos à
direita foi
muito
amável e
após ter-lhe
tirado uma
foto ela
agradeceu
oferecendo
um punhado
de deliciosas
cerejas.”
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
79
“Com a produção abundante de
cereja o povo do Jardim da Serra
aproveita para fazer iguarias,
como o delicioso bolo de cereja
que tive oportunidade de provar
que me foi oferecido por Rosalina
(a mulher de azul), o formidável
licor de cereja e o espantoso doce
de cereja que pode ser
acompanhado com umas
bolachas.”
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
80
6. VIAGENS 6.5. GRUPO ALEGRIA DE VIVER VISITA “QUARTEL”1
1 “Quartel” = RG3 = Regimento de Guarnição Nº. 3, criado em 1 de outubro de 1993 e é o herdeiro da
história da Infantaria e da Artilharia da Madeira através do Regimento de Infantaria do Funchal e do Grupo
de Artilharia de Guarnição N.º 2. - Rua Corveta Estefânia, Nazaré - São Martinho
- Funchal. Rogério Capelo, do Grupo Musical Alegria de Viver, é o primeiro à esquerda, na segunda
fotografia, de cima para baixo.
Funchal, 19
de dezembro
de 2012:
“Grupo
Alegria de
Viver”
(música
tradicional).
“Turno
1987/1988
(tropa), em
2012,
regressa ao
RG3 com o
Grupo Alegria
de Viver, após
25 anos. Um
marco
importante
na minha vida
e do Grupo”.
Assina:
Rogério Capelo
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
81
6. VIAGENS 6.5. GRUPO ALEGRIA DE VIVER VISITA “QUARTEL”2
2 “Quartel” = RG3 = Regimento de Guarnição Nº. 3, criado em 1 de outubro de 1993 e é o herdeiro da
história da Infantaria e da Artilharia da Madeira através do Regimento de Infantaria do Funchal e do Grupo
de Artilharia de Guarnição N.º 2. - Rua Corveta Estefânia, Nazaré - São Martinho
- Funchal. Rogério Capelo, do Grupo Musical Alegria de Viver, é o primeiro à esquerda, na segunda
fotografia, de cima para baixo. Foto reportagem de Jéssica Faria, 12º. B, EBSPMA, 2012/13
O grupo Alegria de Viver é composto
pelos seguintes elementos:
Presidente: Rogério Capelo
Vice-presidente: Dona Celina Coelho
Coordenador Musical: Nélio Andrade
Secretaria: Cecilia Evaristo
Adjunta: Inês
Tocadores:
Acordeão- Nélio Andrade e Flávio
Violino- Francisco Côrte
Braguinha- Carlos Ascensão
Bumbo-Ambrósio
Rebeca- José
Pandeireta- Rogério
Viola-Jéssica Faria
Cantores:
Celestina
Olívia
Firmina
Celina
Cecilia
Nélio Ramazote
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
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6. VIAGENS 6.6. RIBEIRABRAVENSES VISITAM LISBOA
Por Carina Santos e Vítor Fonseca, 10º. C, EBSPMA, 2011/12
“Viagem cultural realizada no mês de
julho de 2012 para comemorar a
finalização do terceiro ciclo. Esta
viagem foi, para nós, uma experiência
muito boa. O convívio entre os colegas
e as professoras acompanhantes foi
muito positivo. Conhecer um pouco de
Lisboa, da vida na grande cidade, parte
da sua história e dos meios de
transporte como o metro, o comboio e
o elétrico, foi fascinante e
enriquecedor. O Castelo de São Jorge,
antiga residência real medieval que
contempla lindos vestígios
arqueológicos e uma vista exemplar.
Um dia muito divertido e interessante
no Jardim Zoológico. No Oceanário,
onde vimos mais de 500 espécies,
fomos acompanhados por um
educador marinho para descobrirmos
uma parte da biodiversidade marinha.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
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Visitámos o Mosteiro dos Jerónimos, a Torre de Belém, o padrão dos
Descobrimentos, o Planetário e, ainda, o Museu dos Coches.
Tivemos a oportunidade de provar algumas iguarias como os Pastéis de
Belém e as queijadas de Sintra.
Esta nossa viagem foi muito enriquecedora e muito positiva a todos os
níveis.
Agradecemos a todos aqueles que nos ajudaram a concretizar o nosso
objetivo.”
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
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7. A FÉ, A FESTA E A TRADIÇÃO
Responsável pela Tuna/Texto (adaptado): Eleutério Corte; Concerto de Natal 2011; Diretor do concerto: Avelino Abreu;
Imagens: Casa do Povo da Ribeira Brava; Tratamento das imagens: Marisa Faria.
Ribeira Brava, 30 de dezembro de
2011: Avelino Abreu, ribeirabravense
de 19 anos de idade, estudante do
Curso de Formação e Direção Musical
na Escola Superior de Música
(Portugal Continental). Antigo
estudante da Escola Básica e
Secundária Padre Manuel Álvares,
depois no Conservatório de Música
da Madeira (CEPAM) e estudante-
monitor na Escola-Projeto "Mais e Melhor Música" da Associação
Cultural e Desportiva de São João e Casa do Povo da Ribeira Brava.
É membro da Orquestra Bandolinística Ribeirabravense, dirigindo, em
2011/12 o Ensemble de Bandolim e Guitarra Ribeirabravense. Nas
fotos, momentos do Concerto de Natal realizado a 30/12/2011.
Avelino Abreu é, igualmente, em 2011/12, Diretor dos Estágios
Musicais de Bandolim e Guitarra de Verão das instituições referidas no
parágrafo anterior, nos quais participam atuais e antigos elementos da
Orquestra Bandolinística Ribeirabravense e músicos convidados de
outros agrupamentos regionais.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
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Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
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Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
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7.1. CULTURA - BANDAS
Por AJAP
Realizou-se na tarde de 13 de maio
de 2012, na vila da Ribeira Brava a
29ª edição do “Encontro Regional
de Bandas Filarmónicas”, a qual
juntou 13 bandas.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
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“O encontro começou com um
desfile dos participantes desde o
largo da igreja-matriz da Vila até à
frente mar, onde decorreu o
espetáculo, que este ano
homenageou o músico Leonel
Vieira.
Bandas presentes, de acordo com
o programa: Banda Municipal do
Funchal, a Distrital do Funchal,
“os Guerrilhas”, a Municipal de
Machico, a Municipal de Santana,
Filarmónica do Caniço e Eiras, a
Recreio Camponês, a Filarmónica
do Faial, a Filarmónica de Santo
António, Banda Municipal de
Santa Cruz, a Paroquial de São
Lourenço da Camacha, a Orquestral “Os Infantes”, a Municipal de
Câmara de Lobos e a Municipal da Ribeira Brava.
Patrocínio: Direção Regional dos Assuntos Culturais e integrou a marca
“Festivais da Madeira”.
Este evento cultural foi criado como medida de salvaguarda do
importante património musical da Região.”
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
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Festas de Santo Amaro – Ribeira Brava –
15/1/2012: Para comemorar o encerramento da
época natalícia, um grupo de senhoras e
senhores recordou a data desta maneira:
7. 2. A FÉ, A FESTA E A TRADIÇÃO – S. AMARO
Por AJAP
7.3. A FÉ, A FESTA E A TRADIÇÃO – SÃO JOÃO – “Romagem 2012”
Significado de Romagem
sf (top Roma+agem) 1- Peregrinação que se dirige, por motivo religioso, a
uma capela ou igreja; romaria. 2- Passeio de instrução e recreio.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
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(http://www.dicio.com.br/romagem/)
(…) João era conhecido por João Baptista, porque batizava nas águas do
Jordão todos aqueles que acreditavam que um dia a lei dos homens seria
alterada com a chegada de um "messias". Como sabemos, foi S. João quem
batizou Cristo, quando este iniciou a sua vida de pregador. João Baptista é
uma das figuras mais respeitadas da história judaico-cristã e a sua vida é
também admirada pelos muçulmanos. Tem um culto assinalável na Turquia,
bem como em várias zonas do Oriente. Envolve-o uma aura de homem bom,
num sentido universal e muito mais vasto que o da santidade da Igreja
Católica.
João era filho de Zacarias e Isabel, primo de Jesus de Nazaré, que ainda não
iniciara a sua vida pública.
http://www.leme.pt/biografias/j/joao/ (adaptado); consultado em 10/8/2012.
Sítio de São João – Campanário – Rª. Brava: 23 de junho de 2012. Foi numa tarde quente
que se cumpriu, uma vez mais, esta tradição de “romagem de S. João”.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
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Responsável:
ALDA RODRIGUES
(acima, de laranja)
“Na decoração da fonte
no sítio do Caminho
Chão contou com a
colaboração da mãe da
senhora Alda Rodrigues,
da senhora Alexandra
Coelho, da Liliana e da
aluna escola BSPMA
Jéssica Faria.”
Por Eunice Raquel/AJAP
7.4. A FÉ, A FESTA E A TRADIÇÃO – SÃO JOÃO
CAMINHO CHÃO
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
92
Por Graciela Sousa/AJAP
7.5. A FÉ, A FESTA E A TRADIÇÃO – SÃO JOÃO
BOA MORTE
Responsável: MARIA DA CONCEIÇÃO G.ves DE SOUSA
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
93
Rª. Brava, 23/6/2012: Da esq.
p/a direita e de cima p/baixo (2
imagens cada): Fontanários do
”Lar”, “Caminho Chão”, “S. João”
e “Vale” (as 6 últimas imagens).
7.6. A FÉ, A FESTA E A TRADIÇÃO – SÃO JOÃO
Por AJAP
FONTANÁRIOS RESPONSÁVEIS EM 2012
Organização da Junta de Freguesia da Rª. Brava
RUA DO VISCONDE LAR DE SÃO BENTO
SÃO JOÃO PIEDADE SOUSA BRANCO GOMES
CABOUCO CELESTE RODRIGUES DO FORO
VALE ZINA MARIA SOUSA BRANCO GONÇALVES
FAJÃ DA RIBEIRA - Cima MARIA DA GRAÇA DOS REIS PEREIRA SANTANA
FAJÃ DA RIBEIRA - Baixo CÉLIA
MEIA LÉGUA MARGARIDA DE ASCENSÃO DOS RAMOS
LOMBO CESTEIRO MARIA GORETE FARIA SARGO
APRESENTAÇÃO DOMINGOS TOMÁS CORTE FARIA
PICO MARÍLIA DE ANDRADE DE ASCENSÃO FERNANDES
Vale – Rª.
Brava:
23/6/2012
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
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Pico – Ribeira Brava, 23 de junho de 2012, celebração do “S. João”:
João Baptista (Judeia, 2 a.C. — 27 d.C.) foi um pregador judeu do início do século I,
citado pelo historiador Flávio Josefo e os autores dos quatro Evangelhos da Bíblia.
Segundo a narração do Evangelho de São Lucas, João Batista era filho do sacerdote
Zacarias e Isabel (ou Elizabete), prima de Maria, mãe de Jesus. Foi profeta e é
considerado, principalmente pelos cristãos ortodoxos, como o "precursor" do
prometido Messias, Jesus Cristo. Batizou muitos judeus, incluindo Jesus, no rio Jordão,
e introduziu o batismo de gentios nos rituais de conversão judaicos, que mais tarde
foram adotados pelo cristianismo.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
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Meia Légua, 23/6/2012: Precisamos de uma pontinha para peões
que nos possa facilitar a deslocação até ao Hipermercado que fica
ali perto; pelo túnel não podemos passar, de outro lado, na
estrada antiga, a ribeira não permite a nossa deslocação a pé”,
dizem, às autoridades presentes, alguns dos populares.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Batista, consultado em 2012/8/1)
Rª. Brava, 23 de junho de 2012: Fontenários do Sítio do Vale e do Sítio do
Cabouco; ao fundo, Fajã da Ribeira.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
96
Fajã da Ribeira e Apresentação (as
5 últimas imagens), 23/6/2012
Na página seguinte: Fajã da Ribeira (fonte).
7.7. A FÉ, A FESTA E A TRADIÇÃO – SÃO PEDRO
1. Armindo Mateus da Silva Macedo, professor da EBSPMA, faleceu
“Se esta foto fosse de ontem dia 28/06/2012 eu não teria o coração tão apertado!
Armindo, ficarás sempre na minha memória pelo que eras e não pelo que sucedeu.”
UM EXCELENTE SER HUMANO. Assina: Nelia Vale Silva, 29/6
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
97
28 de junho de 2012: O Sr. Domingos, motorista da Câmara, um dos veteranos, nesta tarefa,
transporta, todo feliz, a charola, a caminho da Igreja, “inaugurando” a ponte que veio substituir, em
2012, a que foi destruída pelos temporais de 20 de fevereiro de 2010, na Fajã da Ribeira.
2. Barco da Achada
3. Charola da Fajã da Ribeira
Os naturais ou habitantes da Achada, bem como os
dos sítios vizinhos, participaram, uma vez mais, na
ornamentação e recheio do “Barco S. Pedro da Rª.
Brava”, em 28 de junho de 2012, apesar dos
momentos difíceis que se viveram, tais como: o
falecimento do Professor Armindo, no dia anterior
(proprietário do “jeep” que puxa o barco), seca e ou
crise económica e financeira geral.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
98
Fajã da Ribeira, 28 de
junho de 2012:
Participação nas Festas
de S. Pedro da Ribeira
Brava através da
construção, transporte e
romagem da charola:
“Este ano os mestres são
todos. O Sr. António
disse-nos que já estava
velho para orientar a
obra; com esta crise
toda, não há dinheiro…o
pouco que tínhamos, deu
apenas para comermos
umas costeletas
enquanto trabalhamos
na charola”.
Fase final da montagem
da charola, homens e
mulheres, todos tiveram
que trabalhar para o
cumprimento dos prazos.
A tradição “manda” que
a Banda e o
acompanhamento
policial e popular não
faltem durante a
romagem, uns
garrafõezitos, chifres,
bengalas, notas, etc.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
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A FÉ, A FESTA E A TRADIÇÃO – SÃO PEDRO
FOTOS HÉLDER SANTOS/ASPRESS
Dário da Madeira, 2012/6/29. Publicação autorizada pelos autores.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
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Arraial de São Pedro - Ribeira Brava 2012: De cima para baixo, da esq.
p/a direita: Álvaro (Casa do Povo da Rª. Brava) que parece dizer-nos,
como é seu hábito: “isto aqui estava bom demais!”. As restantes fotos –
“LAR” e “CAO”, confirmam isso. No canto inferior esquerdo: Suse Santos.
A FÉ, A FESTA E A TRADIÇÃO – SÃO PEDRO
Foto reportagem da
Rua 6 de Maio, edifício Vale Verde Loja n.º, Loja D, 9350-208 Ribeira Brava
Tel. 291 957 113
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
101
Rª. Brava, 28 de junho de 2012: Noite
de São Pedro – marchas populares,
destacando-se, nesta página e na
anterior, o envolvimento ativo de
agrupamentos representativos do Lar
de São Bento e do Centro de
Atividades Ocupacionais, da Rª.
Brava. Imagens: FOTO CANHAS
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
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Artes e Ofícios na Madeira
Há mais de seis anos que a
ribeirabravense Celina Coelho aparece
na comunicação social regional
devido à originalidade do seu projeto
artístico. A sua matéria-prima é o que
a maioria de nós considera lixo:
escamas, espinhas, guelras de peixe,
penas de aves, cascas de cebola,
folhas de louro. Em 2010 a
“Descobrindo” dedicou as páginas 148
a 152 a esta artista plástica.
Em 2012, a Celina teve um
reconhecimento internacional. Veja
mais em http://www.madeira-
news.de/reportagen/handwerk/439-
kunsthandwerk-auf-madeira
7.8. CULTURA – ARTE
1. Celina Ascensão Coelho – Boa Morte – Rª. Brava
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
103
“Recordar é viver?”.
Fanne Rodrigues e Francisco
Rodrigues, em Santo António
– Funchal, integrando o
Grupo de Folclore da Casa do
Povo da Rª. Brava.
Em baixo curso de culinária,
2012.
7.9. CULTURA – CASA DO POVO/
Concertinas do Sr.
Pereira, que conta
com nove
elementos.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
104
Fotografias
enviadas por
Fanne Rodrigues
(ver página
anterior e em
baixo),
Grupo de Folclore da Casa do Povo da Rª. Brava nas 48 Horas a Bailar/
Festival Regional de Folclore – Santana – 13 a 15 de julho de 2012
Casas do Povo: (…) A partir de 1982 as casas do povo passaram a ter o
estatuto jurídico de pessoas coletivas de utilidade pública, de base
associativa, tendo como finalidade o desenvolvimento de atividades de
carácter social e cultural e a cooperação com o Estado e com as autarquias
locais, com vista à resolução de problemas que afetem a população local.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
105
8. EM FOCO
Rª. Brava, 27-4-2012, na
Escola Básica e Secundária
Manuel Álvares: o VII Encontro
de Cantares do Espírito Santo.
Organização: Grupo
disciplinar de EMRC -
Educação Moral e Religiosa
Católica.
Participantes: grupos de
alunos de várias escolas (Rª.
Brava, Ponta do Sol, Santo
António, e Curral das Freiras.
Duas das escolas convidadas
não puderam estar presentes
por motivos imprevistos.
Imagens: AJAP e Gabinete de
Informática da EBSPMA.
Vídeo de 4,48 minutos em:
http://www.youtube.com/watch?v=g
yGPY4qWoBA
Um dia
especial p/a
Comunidade
Educativa
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
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Abril 2012, Rª.
Brava, EBSPMA
P
O
N
T
A
D
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S
O
L
CURRAL DAS FREIRAS
S. ANTÓNIO (FUNCHAL)
R
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R
A
B
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A
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A
2
0
1
2
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Rª. Brava,
EBSPMA, abril
de 2012: VII
Encontro de
Cantares do
Espírito Santo,
com a
presença do Sr.
Bispo, uma
organização de
“EMRC”.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
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EBSPMA, Rª.
Brava, abril
de 2012:
A Sala de
Sessões
esteve cheia
como nunca.
D.
António
José
Cavaco
Carrilho
(2007 -
presente
), bispo
do
Funchal,
na
EBSPMA,
em abril
de 2012.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
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Escola Básica e Secundária Padre Manuel Álvares (Madeira): VII
Encontro de Cantares do Espírito Santo, organizado pela disciplina de
EMRC - Educação Moral e Religiosa Católica.
Data: Tarde de 27 de abril de 2012.
Convidados que puderam estar presentes no evento: Alunos da Ribeira
Brava, Ponta do Sol, Santo António e Curral das Freiras, de acordo com
os nossos registos.
Imagens: Gabinete de Informática da EBSPMA e A. Pereira.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
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8.1. EM FOCO – QUADRO DE HONRA/2012/EBSPMA
Rª. Brava, 6 de maio de 2012: Uma
pequena amostra da cerimónia de
entrega dos diplomas aos melhores
alunos do ano letivo anterior
(2010/11).
O “Quadro de Honra” tem como
objetivo distinguir os melhores alunos
de cada ano, com base na sua postura e
nas classificações obtidas.
Neste ano a “Descobrindo…” destaca
uma aluna do Curso Tecnológico de
Ação Social, a Jéssica Faria; na edição
anterior, a revista realçou a Vanessa,
uma das alunas que, desde sempre, nos
habitou a estar nos Quadro de Honra.
A cerimónia foi presidida pela
Presidente do Conselho Executivo da EBSPMA e contou a presença do
Sr. Secretário Regional da Educação e Recursos Humanos.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
111
8.2. EM FOCO - DIA DA CRIANÇA/“DELEGAÇÃO”/2012
Por Redação
Rª. Brava, 1 de junho de
2012: Em cima, à esquerda -
Rapel (em francês: rappel)
uma das crianças poisa, em
exclusivo, para a
“Descobrindo…” antes da
“aventura radical” da descida através do uso de cordas e equipamentos
adequados, sob a orientação atenta dos bombeiros.
O Delegado Escolar, o Vereador da Cultura da Câmara Municipal, bombeiros,
funcionárias e muitas crianças de diferentes escolas básicas do concelho, uns
organizando, outros espreitando a festa foram, também, captados pela nossa
objetiva. O banho de espuma atrai sempre muitos “corajosos”.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
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DIA INTERNACIONAL DA CRIANÇA, 2012, NA Rª. BRAVA
Rª. Brava, 1 de junho
de 2012 – Dia
Internacional da
Criança.
O Dia das Crianças
teve a sua origem na
Conferência Mundial
para o Bem-Estar da
Criança em Genebra,
em 1925.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
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8.3. EM FOCO – SAÚDE E SOCORRISMO/BOMBEIROS
Por Redação
Rª Brava, 5 de junho de 2012: Alunos finalistas do Curso Tecnológico
de Ação Social, da EBSPMA, fizeram uma visita guiada à sede dos
Bombeiros da Rª: Brava, no âmbito da disciplina de Saúde e
Socorrismo.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
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8.4. EM FOCO – RIBEIRA BRAVA NO FESTIVAL DO ATLÂNTICO 2012
A “Descobrindo…” oferece aos seus leitores uma pequena amostra
desse evento de carácter regional no qual participaram, também,
alunos e professores do concelho da Rª. Brava.
Funchal, 11 a 17 de junho de 2012:
Semana Regional das Artes: Exposição
Regional de Expressão Plástica e
“ESCOLartes” – Organização:
Secretaria Regional da Educação e
Recursos Humanos – Direção Regional
de Educação/Gabinete Coordenador de
Educação Artística.
O Festival do Atlântico marca o início
da época de Verão na Madeira. É
composto por um conjunto de
iniciativas distribuídas ao longo do mês
de Junho, sendo de destacar os
espetáculos piromusicais, o Festival de
Música da Madeira e a Semana
Regional das Artes.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
115
8.5. EM FOCO – A FÉ, A FESTA E A TRADIÇÃO – Saloias
De cima p/baixo: Saloias do Campanário, Achada (obrigado, Sra. Natália!), Curral das Freiras, Santo António, Ponta do Sol, Apresentação
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
116
O Divino
Espírito Santo
Vem de
ladeira em
ladeira
Anjos do céu,
deitai-Lhe
Rica flor de
laranjeira.
Trabalho realizado em colaboração com: Deolinda, Margarida, Sara, Manuel (o violinista), o pároco do
Rosário, Gertrudes, Agostinho, Augusta, Fátima, grupo da paróquia e outros (alguns citados ao longo do
trabalho ou na ficha técnica, no final da revista). Os nossos agradecimentos a todos.
Figuras 3 a 7: Sítio do Rosário: São
Vicente 3 freguesias. O município
é limitado a leste pelo município
de Santana, a sul por Câmara de
Lobos, Ribeira Brava, Calheta e
Ponta do Sol, a oeste pelo Porto
Moniz e a norte tem litoral no
oceano Atlântico.
Informante 1: 10 de
março de 2012
Figuras 1 e 2:
Saloias antigas
madeirenses.
Fonte: PEREIRA,
Eduardo C. N.
(1957) Ilhas de
Zargo, Volume II,
2ª. Edição,
Câmara
Municipal do
Funchal; p. 1086
a 1092.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
117
Testemunho do Jovem, João Pedro, na imagem de cima, de blusão azul, em
abril de 2012, num exclusivo para a “Descobrindo…”:
João Pedro e grupo do da Paróquia do Rosário, de São Vicente, no Funchal,
em 29/6/2012, captados por Daniela Sousa
“A Festa do espírito Santo é a festa da família, a festa em que todos se
reúnam para receber e festejar a visita de alguém tão importante: O Espirito
Santo.
Neste sítio do Rosário é realizado sempre no primeiro de maio, aproveitando
assim o feriado.
As visitas do Divino Espirito santo começam no domingo seguinte do domingo
de Páscoa, esteando-se até ao domingo de Pentecostes que, por norma, é o
dia do Espirito Santo.
O material, ou os objetos utilizados são as insígnias do Espirito Santo, ou seja,
duas bandeiras, a salva, onde se depositam as ofertas, a caldeirinha com a
água benta e os cestos de flores para atirar à entrada de cada casa. Hoje em
dia as ofertas são em dinheiro para a igreja, para esta ajudar a suportar os
custos. As saloias são quase sempre três meninas entre os oito e os onze anos.
Elas exibem belas roupagens compostas por um vestido branco.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
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Levam uma carapuça com penas e fios dourados, e cada uma com o
seu cesto devidamente ornamentado com orquídeas por ser
considerado uma das flores mais nobres e por se cultivarem em
abundancia nas nossas casas. Na nossa visita pascal participa também
o sacerdote, com a sua alva branca e com a água benta e abençoa
todas as casas. No primeiro de maio realiza-se o Espirito Santo no sítio
da Vargem, no Loural e Saramago, num domingo à escolha, e na quinta
feira da Assunção (antigo feriado e dia santo), na Achada do Til, Ribeira
Grande e Lomba. A única gastronomia própria é como em todas as
festas: a espada, que não falta, e o pão caseiro. A tradição de amassar,
ligada a muitas outras, está a cair em decadência pelo elevado número
de padarias, pois antigamente um dos rituais precedentes à visita
pascal e, nomeadamente o amassar o pão, era para que se tivesse pão
fresco na festa. Tanto as músicas como a letra variam de freguesia
para freguesia, tendo cada uma um som e uma composição diferentes.
Mas todas transmitem a alegria e a festividade deste dia.”
Assina João Pedro
O cesto contém flores variadas:
orquídeas, pétalas de rosas, malvas,
azálias…
Figura 10: Saloias de S. Vicente (Vargem
do Rosário), a 1 de maio de 2012 –
António Pereira.
As saloias não levam tanto ouro mas
vão mais bem arranjadas, mais
ensaiadas do que noutros sítios.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
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Arcadas
Vestido branco
com mangas
compridas
Capa
vermelha
Carapuça
Laço de
fita
vermelha
Cabelo
amarrado
Cabelo
amarrado
Cordões
de ouro
Sapatos
brancos
Meias
brancas
Figura 11: Saloias de S. Vicente
(Vargem do Rosário), em 1 de maio
de 2012 – António Pereira
Figura 12: Saloias de S. Vicente (Vargem
do Rosário), a 1 de maio de 2012 –
António Pereira. Visita Pascal
O ofertante é homenageado com música
e cânticos (o bailinho da Madeira, o
malhão, malhão, etc.). Quatro saloias,
uma exceção à regra de serem só duas.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
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Testemunho de habitantes mais velhos do Rosário, num exclusivo para a
revista “Descobrindo…”, em maio de 2012: ”Um dia de alegria e um dia em
que as pessoas fazem mais despesa do que no Natal, por ser só num dia e o
Natal são vários dias. Um dia de alegria para toda a gente.”
(Visita do Espírito Santo no 1º. de maio, no Rosário – S. Vicente)
“Vêm as saloias. Até as saloias não levam tanto ouro mas vão mais bem
preparadas, mais ensaiadas do que noutros sítios.
A festa, aqui neste sítio (povoação), é feita no 1º dia de maio, mas é no
Tempo Pascal, em geral. Aqui neste sítio e não acaba a festa do Espírito
Santo. As pessoas não estimam (não querem deixar) que os padres, que vêm,
queiram substituir p´ra` tro dia (para outro dia), as pessoas não querem. É
uma tradição antiga aqui neste sítio. As pessoas dão oferta (dinheiro) que
deitam na salva, porque é para a Igreja e dão oferta ao Sr. padre, que é para
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
121
ele e uma partezinha, mais pequenina (reforço da ideia), já se sabe, para as
saloias.
Idades das saloias: mais ou menos dez anos…até aos doze anos …mas já não
é tão é bom… (com doze anos já não é “pura”). Duas saloias, antigamente,
agora vão até três para fazerem o coro mais bonito. As vozes das crianças, às
vezes elas são fraquinhas (não cantam tão bem), e com mais uma….”a união
faz a força” (o coro é melhor quando são três a cantar).
São vestidas de branco, com a capa vermelha, têm uma coroa na cabeça,
carapuça, como chamam, e um laço de fita amarado no ombro e outro para
trás, vermelho.
O cabelo também feito um cocó (totó) por causa de segurar a carapuça.
O cesto leva pétalas de rosas, enfeitado de roda (enfeitado com, ao redor)
com orquídeas e então por dentro é rosas mas pode levar outra mistura de
rosas.
Eu não acho que mudasse. Não mudou. Na questão das crianças … só que
antigamente, as pessoas achavam um desprezo ser saloia; e eram as
miudinhas mais pobrezinhas é que faziam de saloia mas agora como as
pessoas já dão mais uma ofertinha (mais dinheiro), as crianças, qualquer
uma criança já vão. Podem ser pessoas que se arranjem bem, mas elas já
querem ir e vêm.
Na nossa família nunca houve quem fizesse de saloia. Como eu digo, eram as
pessoas mais pobrezinhas que participavam e nós não nos considerávamos
ainda nesse ponto (não nos consideravam pobres), graças a Deus.
As saloias cantam e os tocadores tocam.
As pessoas respondiam: Aleluia!
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
122
Antigamente havia uns senhores que andavam,
uns meses antes da festa, de casa em casa, à
procura de meninas para serem saloias. Elas
tinham de dizerem uma com outra (mesmo
tamanho/altura). O ouro, também, era pedido,
por empréstimo. Vestiam-se da seguinte maneira:
Bota, de cano, com fita vermelha; meia vermelha;
vestido branco, com folhas de feijão…
Assina: Sra. Olga, em cima, uma leitora e colaboradora da “Descobrindo”,
desde o início, em abril de 2012, na Rª. Brava.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
123
Sandro (jovem da Vila da Ribeira Brava;
testemunho captado em maio de 2012, junto
da Igreja-matriz, onde o jovem acabara de
participar na missa): “Lembro-me, de
pequeno, que o Espirito Santo era uma festa.
Para mim era um “sonho” viver esse
momento. Estar ali presente!
Nessa altura tinha mais ou menos quatro ou
cinco anos de idade. Mas foi por volta dos
catorze ou quinze anos que participei no
primeiro Espirito Santo como tocador de
acordeão, a convite de uma senhora de idade,
que era festeira e que sempre quis que eu
entrasse. Eu não tinha muito interesse, mas
os meus pais insistiram porque achavam que isso ia ser uma
oportunidade. Foi muito interessante porque eramos um grupo de
jovens tocadores. Para além de mim no acordeão, havia mais três: um
tocava braguinha, outro bandolim e outro violino. Durante os ensaios
as coisas não eram fáceis porque as saloias por serem pequenas,
tinham uma voz muito fininha e não era fácil acompanhá-las. Elas
eram duas, com idades entre os seis e os dez anos de idade. O facto de
a saloias serem pequenas é porque se torna mais bonito ver uma
rapariguinha pequena naquelas roupas. Dá mais alegria. Dá mais
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
124
beleza. E depois a voz é também mais fininha o que contribui para o
belo. No que respeita às roupas, não sei especificar muito bem porque
não estive muito dentro desse assunto mas o que mais me marcou
foram as folhas, o cesto e as flores que o enfeitavam. Ainda cheguei eu
próprio a ir colher algumas flores para esse fim. Ter um cesto bem
enfeitado com flores coloridas era das coisas mais lindas!
Outra coisa a destacar era o ouro. As pessoas nos sítios emprestavam o
seu ouro melhor ouro. Mesmo aquele que usavam era emprestado.
Lembro-me que atavam um fiozinho de linho de várias cores em cada
peça para se saber a zona e pessoas pertenciam. O pior de tudo era
quando o ouro ficava interlaçado, não só porque dava muito trabalho a
separá-lo como magoava muito o pescoço das saloias.
O que as saloias usavam na cabeça não me lembra muito bem. Mas sei
que isso era um dos marcos mais característicos da roupa. As botas que
calçavam eram as botas do bailinho.
Se esta tradição do Espirito Santo se manterá no futuro, sinceramente
tenho algumas dúvidas. Talvez em alguns sítios enquanto houver
pessoas que assim o queiram mas quando elas já cá não estiverem
duvido que os mais novos o façam. Eles já não têm gosto por estas
coisas. Eu penso por mim” Assina: Sandro
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
125
Pomar da
Rocha – Rª.
Brava: Haverá
saloias mais
bonitas que as
minhas, na
Madeira?
Várias pessoas
dizem que as
minhas saloias
são as mais
bonitas. Sra.
Deolinda
Como veste as
suas saloias?
Botas, meias
vermelhas
fininhas,
vestido branco,
enfeitado com
folhas de
alegra campo
com acácia, de
manga curta,
cesto de vime,
enfeitado de
flores, com
uma fita
vermelha…
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
126
Fale-nos das suas saloias?
Sra. Deolinda: A capa é vermelha e as folhas que estão na capa é de
alegra campo e a flor de acácia; as saloias devem ir com cordões de
ouro no peito… gargantilhas; com arcadas de ouro. A carapuça na
cabeça tem penas brancas de galinha…
(…) Um ano, veio nas costas
de trás um cesto metade preto
metade branco sem nada e um
cordão só no pescoço…Eu cá
levava sempre o meu ouro.
No ano passado o Srº padre tinha medo que houvesse ladrões, então, comprou
para cada saloia uma um cordão de fantasia e este ano a Carolina
(funcionária da Casa do Povo da Ribeira Brava) disse que ia comprar um,
também, para o senhor pagar.
“Eu cá nunca tive essas coisas de fantasia; eu levava quarenta e oito cordões
de ouro, naquele tempo! Este ano, faço 82 anos de idade, no dia 2 de julho.
Isto (as roupas) vai ficar guardado na minha casa. Vou por na igreja como
uma recordação! Custou-me imenso e trabalhei muito para arranjar uma
capa assim e não há nenhuma como esta não há nenhuma.
Eu arranjei o Espírito Santo para deitar no domingo de Páscoa; arranjei o
Espírito Santo para sair no Pico; arranjei o Espírito Santo para sair na
Murteira…
(Continua na próxima edição)
Vinde, Pai dos pobrezinhos,
Distribuir os vossos “dões”
Aos grandes e aos pequeninos.
Oh! Vinde, ó luz dos corações.
O Divino Espírito Santo
Debaixo daquela “núvia” (nuvem)
Agradeça esta oferta
Das mãos duma “viúva”…
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
127
Ribeira Brava (presente e passado, em cima e as duas primeiras da página seguinte)
A popular “festa” do Espírito Santo continua a ser celebrada em muitos
concelhos da Madeira, conforme ilustram as seguintes imagens captadas pelo
autor deste trabalho em maio de 2012, na Ribeira Brava e em S. Vicente.
Ponta do Sol, 2012. “Saloias de Luísa Gaspar” - As saloias são duas
meninas que acompanham as insígnias do Espírito Santo e
respetivos festeiros por ocasião da visita Pascal.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
128
Nos cortejos, participam, entre outros
figurantes, as saloias que cantam ao
chegar às casas, acompanhados por
músicos, como no passado longínquo:
As saloias trajavam e trajam, ainda
hoje, vestido branco de linho, com
botões de ouro no colarinho, manga
curta franzida e saia igual.
Habitualmente o vestido é
ornamentado com colares de ouro e
folhas de alegra-campo verde. Sobre o
cabelo trançado coloca-se uma
carapuça enfeitada com colares e
prendas de ouro. Para completar o conjunto,
bota chã e rica capa vermelha ornada de flores
(perpétua amarela) e muitas prendas de ouro.3
Esta festa vai continuar porque, de acordo com os informantes, a
mesma tem raízes profundas na tradição cultural e religiosa dos
naturais e residentes dos sítios do Rosário- S. Vicente e concelho da
Ribeira Brava:
Toda a Festa, a preparação mais exigente até à sua concretização e
encerramento, geralmente no dia de Pentecostes, está carregada de
rituais que são a expressão da devoção que este povo manifesta à
terceira pessoa da Santíssima Trindade.
3
http://trajesdeportugal.blogspot.pt/2010/02/trajo-das-saloias-ilha-da-madeira.html, consult. 2012/5/22
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
129
8.6. EM FOCO – CRIOULO CABOVERDIANO NA FAJÃ DA RIBEIRA?
(O crioulo de Cabo Verde é uma língua mista que
foi formada com base na língua portuguesa e
línguas de escravos da costa ocidental africana)
Mesmo perto de nós vivem
pessoas cuja língua materna
é diferente da maioria. O Sr.
Santana nasceu em C: Verde.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
130
8.7.EM FOCO – DIVERSOS 2011/2012
Rª. Brava, abril
e maio de
2012: Em cima,
no Mercado
Municipal;
restantes:
alunos do 4º.
Ao 12º. ano.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
131
Rª. Brava celebrou o Dia Internacional do Idoso
A Câmara Municipal
da Ribeira Brava, em
parceria com a
Associação de
Desenvolvimento da
Ribeira Brava
(ADBRAVA)
celebrou o Dia do
Idoso, em 1 de
outubro de 2012,
com algumas
atividades, com
objetivo de
sensibilizar a
sociedade para as
questões do
envelhecimento e para a necessidade de proteger e cuidar a população
mais idosa, no âmbito do “Ano Europeu do Envelhecimento Activo e da
Solidariedade entre Gerações” e com a colaboração com diversas
entidades do concelho que trabalham com a população idosa, desde
centros de convívio, Lares de Idosos, Centro de Saúde da Ribeira Brava,
a PSP e a Paroquia da Ribeira Brava.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
132
Por: Câmara Municipal
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
133
Por Câmara Municipal
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
134
FESTA DA CASTANHA, 2012
Por Associação Desportiva de Campanário
Domingo, 11 de novembro de 2012: Dia de festa no Chão Boieiro, nas
serras do Campanário, sendo as castanhas o centro das atenções. Este
evento na sua 3ª edição, procurando promover as zonas e gentes
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
135
serranas do Campanário e
Ribeira Brava, realizou-se
num contexto natural no
meio dos próprios
castanheiros e castanhas,
conferindo um caráter
muito especial a este
evento.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
136
SOLIDARIEDADE, AMBIENTE E OUTROS
Rª. Brava e
Funchal,
novembro e
dezembro de
2012: Alunos
da EBSPMA
em diversas
atividades:
Festas,
celebrações e
ações de
solidariedade
para com a
ADBRAVA, L.
P. Contra o
Cancro e
ABRAÇO.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
137
Rª. Brava, 28/11/2012: Cerimónia pública, no Salão Nobre da Câmara, de entrega de
certificados às escolas do 1º. ciclo, creches e infantários que, durante o ano
letivo 2011/12, participaram no “ECO-ESCOLAS”, neste concelho.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
138
A “Educação Ambiental” faz parte da área da educação cujo objetivo é a
divulgação do conhecimento sobre o ambiente, a fim de ajudar à sua
preservação e utilização sustentável dos recursos. O Programa Eco-Escolas
permite desenvolver atividades e objetivos de referência nesta área, em 2013
e anos seguintes:
 Aprender a respeitar o meio ambiente;
 Estimular a participação ativa dos alunos na busca de soluções para
um melhor meio ambiente;
 Desenvolver uma maior responsabilidade e intervenção dos alunos
no meio local; incentivar ações promovidas a partir das escolas;
 Reconhecer através de diferentes atividades que o meio ambiente é
comum a todos nós e que deve ser preservado;
 Ser um contributo para uma educação ambiental participada na
escola onde educar é formar futuros cidadãos conscientes e ativos do
ambiente.
Rª: Brava, 15/12/2012: Leia mais em: http://www.ebspma.edu.pt/
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
139
9. CRÓNICAS DOS ALUNOS DA TURMA 11º E, 2011/12
A Minha Terra – Praia, Tabua
A minha terra chama-se Praia e pertence à
freguesia da Tabua, concelho da Ribeira
Brava.
Nesta localidade existem alguns serviços,
como a Casa do Povo, uma fábrica
metalúrgica, uma Junta de Freguesia e um
Centro de Ajuda à pessoa com deficiência,
dois lares: o Lar Intergeracional da
Santíssima Trindade e o Centro de
Acolhimento Temporário, uma Igreja, uma
Capela. Existe também nesta freguesia
uma casa muito curiosa, denominada
‘Castelo’, situada no sítio da Corujeira,
uma Escola de Condução e uma Escola
Primária.
Nesta comunidade existe mais idosos,
entre os 60 e 70, do que as restantes faixas
etárias.
O representante político máximo é o
Presidente da Junta de Freguesia, o Sr.
Vítor.
A Tabua já evoluiu muito mas o facto de,
depois do temporal de 20 de fevereiro, a
ponte que foi destruída ainda não estar
construída, desvaloriza um pouco a Tabua.
Por:
Tatiana,
11º.E,
EBSPMA,
2011/12
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
140
A Minha Terra – Terça, Tabua
A comunidade da Tabua, onde atualmente
vivo, é composta maioritariamente por
adultos. Eu vivo mais precisamente no sítio
da Terça, que é composto por montanhas e
estradas. A população do meu sítio é
composta por adultos, havendo ao todo
apenas 12 jovens/adolescentes e todos,
exceto dois, frequentam a Escola Básica e
Secundária Padre Manuel Alvares.
A constituição das famílias é tradicional,
composta por mãe, pai e quatro filhos, no
máximo. Antigamente, a Terça era
diferente, pois havia muitos terrenos de
cultivo, e quase todos se dedicavam à
agricultura.
Em tempos havia uma “venda”, mas neste
momento encontra-se encerrada.
A população da freguesia da Tabua tem um
total de 1105 habitantes.
Como recursos naturais temos as
bananeiras e a comida “tirada da terra”. No
meu sítio não passa autocarro, pois as
estradas são demasiado apertadas. Com o
temporal do dia 20 de fevereiro de 2010, a ponte que fazia a ligação entre
Ribeira Brava – Tabua, e Tabua - outros sítios, caiu, e até hoje, passados dois
anos, ainda não foi arranjada. Para quem não conhece, eu garanto que é um
sítio bonito, calmo e que vale a pena conhecer. O clima é bom quando não
chove e os verões são muito quentes. O sítio da Terça é bom para fazer
passeios a pé ou de bicicleta.
Na Tabua existe uma Casa do Povo, onde nos podemos inscrever em cursos
como o de culinária, pintura, dança e também podemos praticar atividades.
Há uma igreja e um parque infantil onde as crianças vão desfrutar de boas
brincadeiras. Por: Nádia, 11º. E, 2011/12, EBSPMA
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
141
A Minha Terra – Lombada e Ponta do Sol
Por: Lisandra Rodrigues e Sérgio Tanque, alunos da EBSPMA, 2011/12, 11.º E
Na Lombada temos uma Igreja Paroquial, mais conhecida por Igreja de Nossa
Senhora da Conceição, Capela do Espírito
Santo e a Escola Primária com Pré-Escolar,
mais conhecida por Solar dos Esmeraldos. A
primeira fotografia desta página é desse
Solar, destacando-se o respetivo brasão da
família.
Segunda foto: uma mercearia tradicional.
Terceira imagem: rodas que faziam girar o
moinho no sítio onde vivo – Lombada da
Ponta do Sol.
A última fotografia é da antiga Escola
Primária.
(…) Muitas casas encontram-se fechadas,
porque algumas pessoas emigraram para o
estrangeiro para trabalhar e arranjar
melhores condições de vida. (…).
Eu, como futuro técnico de Ação Social,
darei o meu contributo para tentar mudar
algumas coisas, embora tenha a tarefa
dificultada devido aos conflitos e
desvalorização dos eventos por parte da
população.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
142
A Minha Terra – Corujeira, Tabua
Por: Carla Pereira, EBSPMA, 2011/2012
No sítio da Corujeira, Tabua, tem mais idosos do que jovens. Nessa zona
habitam mais casais e poucas crianças e estrangeiros. Relativamente a
espaços culturais predominam um centro de saúde e a Casa do Povo também
existe um lar de idosos e uma instituição privada (Jardins da Tabua). Vive lá o
presidente da Casa do Povo.
Sra. Justina, natural e residente na Serra da
Serra de Água.
Visita muitas vezes os seus filhos e netos que
vivem na Tabua.
Tabua, 2011: John e Eleine residem na
Tabua, são muito queridos por todos.
Além disso, são simpáticos e divertidos.
Viviam na Inglaterra e gostaram da
Tabua e decidiram mudar-se para lá.
Tabua, 2011: Sr. Luís era um residente da
Tabua, faleceu no mês de abril de 2012.
As pessoas não se lembram muito dele,
porque quando era jovem teve um
acidente de trabalho que o deixou
incapacitado de andar, pelo que esteve
mais de vinte anos acamado, aos cuidados
da mulher Sra. Conceição.
Era um homem muito divertido e risonho.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
143
A Minha Terra – vila da Ribeira Brava
Por Jéssica Faria, 11º. E, 2011/12
O território da Ribeira Brava tem três dimensões: a física, que se refere
ao local onde as pessoas se encontram, onde formam relações, conflitos,
tradições, entre outros; a social, que se refere às instituições e outras
organizações ou estruturas, cuja obrigação passa por intervir em determinados
aspetos, e dimensão dos transportes, que determina a comunicação entre os
espaços.
Aqui na Ribeira Brava existe muitos transportes públicos e há viagens
para os sítios e para o Funchal a diferentes horas por dia. Já as instituições
existentes são várias, tais como: o Centro de Saúde, a Segurança Social, o Lar de
São Bento, o Registo Civil, a Escola Básica com Pré-Escolar, a Escola Secundária,
entre outros.
A população da Ribeira Brava é composta por crianças, jovens, adultos e
idosos, no entanto, o grupo que predomina é o grupo dos idosos, devido à baixa
taxa de natalidade e à baixa taxa de mortalidade.
Esta população tem mais ou menos o mesmo número de homens e
mulheres. No que se prende com as classes, a que predomina é a classe baixa,
embora exista também indivíduos de classe média e de classe alta.
A comunidade da Ribeira Brava é formada por indivíduos que assumem
um papel de extrema importância para o trabalho comunitário. Esses indivíduos
encontram-se em grupo que podem ser o grupo familiar, o grupo de amigos, o
grupo de trabalho, entre outros. Relativamente à família, a intervenção é
consoante as necessidades do agregado familiar.
A meu ver, a Ribeira Brava oferece boas condições para viver, sendo este
concelho um local extremamente agradável para habitar, pois oferece bens e
serviços indispensáveis à vida humana.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
144
A Minha Terra – São Paulo
Por: Janete Drumond
EBSPMA 2011/2012
Eu vivo em São Paulo, sítio que pertence à freguesia da Ribeira Brava. São
Paulo é dividido por seis sítios (Ribeira Funda, Eira do Morão, Lombo Furado,
Fontes, Lugar da Serra e Terreiros)
localizado no meio rural. Este sítio tem boas
condições; alguns dos indivíduos vivem da
agricultura/ fazenda, pois nem todos têm
uma boa situação económica; há famílias
estruturadas e desestruturadas.
A população tem diferentes faixas etárias,
as crianças, os jovens, os adultos e os
idosos, mas nesta comunidade depara-se
com mais idosos do que jovens. O sítio onde
vivo, a Ribeira Funda, é um local onde os homens vão mais para a fazenda,
enquanto as mulheres ficam em casa ou até mesmo ajudam os seus maridos.
É populosa e a maioria dos casais são religiosos, e as pessoas muito unidas!
Ao longo dos tempos, a população da taxa etária de idosos tem crescido cada
vez mais.
De uma forma geral, a população gosta muito de conviver e de se
entreajudar.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
145
A Minha Terra – Espigão
Por: Domingas Teles
EBSPMA 2011/2012
O Espigão é um sítio que tem uma bela paisagem, de onde dá para ver
a Serra de Água, Ribeira Brava, Pomar da Rocha, entre outros.
Na minha zona, a população é um pouco
envelhecida. Apesar de tudo, há alguns
jovens, com quem convivemos.
Ao longo dos tempos foi construído um
miradouro, no qual está uma imagem de
Nossa Senhora de Fátima.
Muitas vezes é um ponto de paragem
obrigatório para os turistas, pois o
miradouro proporciona uma vista
panorâmica fantástica.
É um local que vale a pena visitar!
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
146
A Minha Terra – Lugar da Serra
Por: Carina
EBSPMA 2011/2012
A comunidade do Lugar da Serra é bem estruturada, é um lugar tranquilo onde não
há criminalidade nem perigos.
As casas estão próximas umas das outras. É um lugar
onde, em plena natureza, se podem fazer caminhadas a
e outras atividades ao ar livre.
A população não é muito numerosa. As pessoas vêm
mais à rua durante o dia do que à noite, onde jogam e
conversam…
As pessoas costumam cultivar nas suas terras quase
todo o tipo de alimentos como batatas, semilhas,
tomate…
É um lugar não muito longe da cidade e muitos turistas gostam de ir lá passear.
A família padrão é composta por mãe, pai e filhos, num máximo de cinco. A maioria
das pessoas que lá vive é jovem, sendo que os idosos estão em menor número.
As estradas são de bom acesso e a população está servida com autocarros.
Possui uma Escola Básica do 1º Ciclo com Pré-Escolar e um Centro Comunitário (ver
fotos acima).
A Minha Terra – Adega, Campanário
Por: Jorge Alexander
EBSPMA 2011/2012
O sítio onde resido é a Adega. Tem mais ou menos mil e duzentas pessoas. Tem uma
levada do norte, onde a maioria dos turistas vai caminhar,
uma padaria onde vendem pão, bolos, sumo, etc., uma
Escola Básica, a EB1/PE da Corujeira, onde as crianças
desta zona fazem o seu percurso escolar no 1º ciclo.
As pessoas são boas embora por vezes haja violência,
sendo que é preciso a polícia intervir.
Se eu quisesse escolher outro sítio para viver podia, claro
que podia, mas não era a mesma coisa!
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
147
Eunice Raquel
A. A. de Canha-
- Natural da
Ribeira Brava;
Licenciada em
Ensino Básico c. v.
em Matemática e
Ciências da
Natureza-
Mestrado em
Ciências da Terra
e da Vida.
10. SOCIAL – MODA – EUNICE CANHA
Por AJAP/Eunice
Ribeira Brava, 2011/2012: A Eunice, possui, também, o curso de
manequim pela Platinium Models e, atualmente, é professora do 1º
ciclo e modelo na 4affection Agency. O que é ser manequim?
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
148
No limiar do século XXI, ser manequim é…
“O mundo da moda nunca constituiu uma prioridade nem um
fascínio mas foi uma oportunidade que depois de oferecida foi aceite
como um desafio, o qual, diz ter enfrentado com pouca expetativa, mas
que depois revelou-se uma experiência frutífera, gratificante e muito
agradável.
Tanto na moda como na educação, o profissionalismo é um
requisito pessoal que impõe a si própria. Deste modo, apesar de terem
surgido algumas propostas, nunca executou nenhum trabalho de moda
antes de fazer o curso de manequim, o qual ingressou não por iniciativa
própria, mas sim por convite e no qual, comenta ter ganho uma
perspetiva muito mais realista deste universo.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
149
Manequim: Eunice Raquel Canha
Fotografia: Teresa Gonçalves
Evento: Passeio Público
Data: 2011
Desde então as oportunidades têm surgido:
sessões fotográficas, trabalhos
promocionais, participação em
eventos de moda como júri, desfiles,
de entre os quais destaca a
participação no Sta. Cruz Fashion
Weekend, Moda Funchal, Moda
Machico, Funchal Noivos, entre
ouros. Partilha ainda que é fácil
gostar deste mundo onde as
passerelles, as cores o brilho
deixam-nos sentir o glamour por
instantes, mas claro que só se torna
gratificante se “os nossos” lá
estiverem. Por isso, admite que foi
incondicional o apoio da família e o
encorajamento dos amigos para
percorrer este caminho.
Ao percorrer a passerelle fá-lo com segurança, simpatia e exigência
para fazer jus ao empenho dos estilistas e demais profissionais que lhe
confiam o seu trabalho. “
Diz que: ”ser manequim, mais do possuir os requisitos físicos é ter
atitude”. Assina: Eunice.
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
150
10.1. SOCIAL – MODA – BÁRBARA FRANCO
Bárbara Franco, “miss Mundo Portugal
2011”, em Cabo Verde, julho de 2012:
grato às fantásticas pessoas de cabo verde
que nos permitiram fazer estas fotos e que
colaboram connosco.
Bárbara (ribeirabravense), no “Plateau” -
Cidade da Praia e no Hotel Oásis Atlântico
Praiamar -- Cabo Verde. — com Paulo
César (Fotografia).
Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11
151
Bárbara Franco, em Cabo
Verde, julho de 2012. Por
© Margarida Faria D.R.P.
Bárbara, a modelo ribeirabravense, ex-estudante da EBSPMA, foi Miss
Mundo Portugal 2011/12, em discurso direto: O que quero mesmo é
desfilar em Paris, Milão.
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Revista2013

  • 1.
  • 2. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 2 Rª: Brava, 25/9/2012, às 19:30: Ismael Fernandes, num exclusivo p/a “Descobrindo”, junto do mercado; por causa de uma questão pontual de não recolha atempada do lixo.
  • 3. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 3 SUMÁRIO DESCOBRINDO... RIBEIRA BRAVA, 6 DE MAIO DE 2013 – VOL. 1 – N.º 11 1 Editorial 4 2 Passado e Presente/Antigos Estudantes 6 3 Tema de capa – “Vindimas” 14 4 Grande Reportagem – “A minha terra” 33 5 Grande Reportagem – “Siga Freitas”; “Artesanato”; “Venda Antiga” 54 6 Viagens – Desertas, Calhau, Louros, Serra, Lisboa… 67 7 A Fé, a Festa e a Tradição 84 8 Em Foco 105 9 Crónicas de alunos 11º. Ano, turma E, 2010/11 139 10 11 Social Ficha Técnica 147 185
  • 4. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 4 EDITORIAL “DESCOBRINDO…” - RIBEIRA BRAVA, 6 DE MAIO DE 2013 – VOL. 1 – N.º 11 António Pereira (AJAP) nypereira@hotmail.com A DESCOBRINDO analisa este ano, em 40 páginas, as vindimas e as antiguidades na Ribeira Brava. Nas páginas 14 a 32 abordamos o tema vindimas. Durante os últimos doze meses acompanhamos a produção das uvas no presente, registamos depoimentos sobre a apanha das uvas no passado e no presente. Falamos das uvas que são transformadas em mostro e, depois, em vinho. Este vinho caseiro, chamado pelos locais como “Café de setembro”, é a bebida oferecida normalmente nas casas rurais madeirenses. Como é que faziam o vinho? Feita a apanha das uvas, os “meninos” da casa entravam para dentro do lagar, a fim de “bailar” com as “meninas” e cantarem de forma a criar um ambiente festivo enquanto a uva era esmagada com os pés.
  • 5. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 5 Depois das uvas estarem pisadas, o bagaço era colocado à volta do fuso. A mesa ficava por cima deste e a corda em volta do mesmo, com o objetivo de tirar o restante sumo das uvas. A festa do Bom Despacho, realizada na freguesia do Campanário, atrai todos os anos centenas de pessoas que na procissão da Nossa Senhora do Bom Despacho cumprem as suas promessas. Desta festa e de outras curiosidades e factos (incêndios de 2012) incluídos na grande reportagem “ A minha terra” são analisados nas páginas 33 a 53. Conheça também outras grandes reportagens, tais como: “Siga Freitas”, “Artesanato” e “Venda Antiga” que se encontram nas páginas 54 a 66. Para ler ainda, entre outras, a viagem às Desertas realizada pela ex- aluna Verónica, da EBSPMA, nas páginas 68 a 70. Na edição deste ano da DESCOBRINDO, fique a conhecer também nas páginas 44 a 47 e nas páginas 116 a 129 o estimado leitor poderá ler o que investigamos sobre as Festas do Espírito Santo na Encumeada, na Vila da Ribeira Brava, no Rosário – S. Vicente e no Calhau da Lapa. Os desfiles, a moda, manequins e os estudantes mereceram o destaque habitual: páginas 147 a 184. Ainda, a “famosa” Pedra Vermelha da Serra de Água nas páginas 38 a 43. Estes e muitos outros assuntos estão à sua espera na edição da DESCOBRINDO, que, como sempre, nas páginas finais, traz a bênção das capas do ano letivo 2012/2013.
  • 6. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 6 Vila da Rª Brava, nos séculos XIX e início do século XX. Fotografias recolhidas, em várias fontes, pelo nosso leitor, Sr. Florêncio Pereira. IMAGENS DO PASSADO E DO PRESENTE
  • 7. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 7 "Forte de São Bento da Ribeira Brava, 1708. Coleção do Arquivo Regional da Madeira. Photographia Perestrellos, 1900 (c.). Coleção do Arquivo Regional da Madeira. Publicada por João José Abreu dos Santos, na revista ISLENHA, nº. 17, DRAC, dez. 1995. Publicadas, também em: http://www.facebook.com/#!/patrimoni omadeirense [2012-10-24] Serra de Água (Rª. Brava), no passado. Foi em 1953, que nesta freguesia, surgiu a primeira Central Hidroelétrica da Madeira. "Casas palhaças da Ribeira Brava”: Algumas casas com cobertura de colmo.
  • 8. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 8 Alguns habitantes da Vila da Ribeira Brava, quando ainda não havia fotografias a cores: Um grupo visitou Lisboa; um outro grupo pousa ao lado de uma viatura, outros na praia. Os fatos de banho dos homens, por exemplo, eram tão diferentes! Imagens da Sra. Bernardete. Imagens d Ribeira Brava em meados do século XX (em cima e início da página seguinte). Houve tempo em que a floresta revestia densamente as montanhas e descia frondosa, até mergulhar as suas raízes no próprio calhau da beira-mar. Assim descreve Gaspar Frutuoso “aquela ilha a que o dito capitão (Gonçalo Zarco) pôs o nome de Madeira, por causa do muito, espesso e grande arvoredo de que era coberta”. LAMAS, Maria, Arquipélago da Madeira – Maravilha Atlântica. Editorial Eco do Funchal, início do século XX. P. 35.
  • 9. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 9 “Julho 2002 – Visita ao Palácio S. Lourenço, Quinta Magnólia e passeio – catequese”, assina Bernardete. Ser jovem é...Ser jovem é...querer ser muito mais mesmo sendo o melhor que se poderia ser. É ficar apaixonado por pequenas coisas, lugares e sentimentos e querer que essa paixão dure para sempre Texto escrito para o Teste de Avaliação Escrita de Português, (http://ritynhaa.blogs.sapo.pt/13423.html, 2012/11/27):
  • 10. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 10 Rª. Brava, de 1999 a 2012. À esq., o grande encontro de “motards”, de abril de 2012. Imagens do Sr. Venâncio Sousa.
  • 11. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 11 ANTIGOS ALUNOS DA NOSSA ESCOLA Biblioterapia A Biblioterapia consiste numa atividade onde se realiza uma leitura relacionada com determinadas temáticas, posteriormente é discutida em grupo, e que conduzirá a uma interação entre várias pessoas, permitindo desta forma a que estes exponham os seus sentimentos. É na palavra, na partilha de sentimentos, de experiências, que se encontra o ponto fundamental da Biblioterapia. Apesar de esta ser uma atividade direcionada para um grupo e da palavra deter um papel fulcral nesta terapia, é importante ter em consideração que por vezes algumas palavras causam efeitos indesejados, podendo conduzir ao medo, à angústia ou à ansiedade. A forma de contornar estes aspetos “negativos” é não esquecer que nesta atividade “a palavra é, basicamente, do livro” A Biblioterapia tem origem em dois termos gregos: biblion, que significa livro e therapeia, tratamento. Este tipo de terapia suscita alguma controvérsia, porque apesar de ser utilizada desde a antiguidade, as suas metodologias têm vindo a variar ao longo do tempo. A utilização da Biblioterapia remonta ao Antigo Egipto, onde as bibliotecas eram consideradas fontes de sabedoria, conhecimento e “remédio para a alma”. Os gregos e os romanos também associaram o Por Débora*
  • 12. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 12 tratamento médico à leitura. Em 1272, no Hospital de Al Mansur, a leitura de trechos específicos do Alcorão fazia parte do tratamento médico. A oportunidade de experimentar sentimentos e emoções são um dos maiores benefícios proporcionados aos leitores através dos livros. O debate e reflexão ajudam a desenvolver a capacidade de comunicação fazendo com que as pessoas relatem a sua opinião do que leram/ouviram, podendo fazer comparações ou analogias com determinados aspetos das suas vidas. Estimular as pessoas a pensarem e a refletirem sobre o que ouviram/ leram, fará com que estes se identifiquem com a leitura, fornecendo a possibilidade de descobrir na história a solução para algum problema que tenham de resolver. *Débora Fernandes é leitora e colaboradora da “Descobrindo…”desde 2005/2006. Madeira rumo à sustentabilidade A agricultura de subsistência já não tem a importância de outros tempos, nos últimos anos houve uma redução no número de explorações. Na atualidade os desafios que se colocam à agricultura resultam da pressão sobre os recursos naturais e das alterações climáticas, ditam tomadas de posições sobre as produções que sejam menos dependentes de fatores externos e preferem os recursos locais renováveis, vindo com isto a garantir maior eficiência e estabilidade, junto com a rentabilidade económica. Por Richard**
  • 13. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 13 O conceito de agricultura biológica é uma forma de vida, assim como também uma questão cultural, que tem como principal objetivo o incentivo da produção agrícola em condições dignas. A agricultura biológica promove o equilíbrio entre a produção agrícola, a biodiversidade e a preservação do espaço rural e tem implicações em todas as áreas e matérias envolventes à sustentabilidade da população na região, pois o aumento da formação e do grau cultural dos consumidores, torna-os mais exigentes com a qualidade e origem dos produtos agrícolas, refletindo as preocupações com a saúde e com a necessidade de realização de uma alimentação saudável. O modo de produção biológica, para além de promover a saúde dos consumidores com os seus produtos, tem também benefícios ao nível da conservação da natureza e da preservação do ambiente, exerce uma função no que respeita à manutenção dos agro-sistemas tradicionais, também contribui para o aumento do rendimento das populações, bem como para a dinamização social. Ao contribuir para o equilíbrio harmonioso entre o desenvolvimento e a conservação da natureza também favorece a afluência do turismo, ávido pelo invulgar. A Madeira demonstra ter um potencial endógeno que permite ver a agricultura biológica como uma oportunidade de negócio muito atraente. De uma forma geral, todos estes aspetos contribuem de uma forma significativa para a melhoria das condições de vida das populações residentes, sendo a agricultura biológica um vetor primordial no caminho para o desenvolvimento socioeconómico sustentável. ** Richard Gonçalves (Ex aluno da escola; Técnico especialista em agricultura biológica)
  • 14. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 14 CAPA 3. VINDIMAS Por AJAP e alunas Jéssica Faria e Marisa Faria, EBSPMA, 2011/12 “Os cachos são transportados em cestos, da vinha para o lagar, onde o trabalho, em instalações cooperativas, é muito mais racional do que o antigo processo da pisa no próprio vinhedo ainda em uso em certos lugares” HEINZELMAN, Willy (1971), MADEIRA - Portugal, Basileia – Suíça.
  • 15. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 15 Como é que faziam o vinho? Feita a apanha das uvas, os “meninos” da casa entravam para dentro do lagar, a fim de “bailar” com as “meninas” e cantarem de forma a criar um ambiente festivo enquanto a uva era esmagada com os pés. Depois das uvas estarem pisadas, o bagaço era colocado à volta do fuso. A mesa ficava por cima do fuso e a corda em volta do mesmo, com o objetivo de tirar o restante sumo das uvas. No lagar havia um pequeno armazenamento por baixo, que servia para o mosto escorrer. Para os agricultores diferenciar o vinho do mosto, colocavam em borda da ”boca”, um cesto de coar, (cesto de porte médio, com pequenas ranhuras). Quando o sumo caía, o mesmo era coado, caindo o vinho caí no pequeno lagar. Depois, o vinho é levado num balde de zinco, para o armazém onde se encontravam as pipas e as ameixas para acertar o vinho. As imagens desta página foram captadas pela Descobrindo, em 12 de agosto de 2012, na casa da Sra. Jacinta, em Gandra (Barcelos); as diferentes fases da transformação das uvas até à garrafeira.
  • 16. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 16 Um exemplo de transformação de uvas em mostro. As pedras, as palhas e as latas furadas para fazerem peso sobre as uvas…um processo “original” de esmagar e filtrar! Murteira - Rª. Brava, 27/09/2009: Jeremias, Francisco e outros, transformaram de forma rudimentar uvas em mostro e vinho.
  • 17. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 17 Ribeira Brava, 23 de setembro de 2009: Exemplo, com “tecnologia” mais avançada de produção caseira de vinho. Fotos da aluna Fátima Pestana, 9º. D, 2009/2010, EBSPMA. Para a elaboração do vinho é importante, inicialmente, separar o cacho dos grãos da uva e depois esmagar, para facilitar a extração do mosto. O esmagamento da uva não deve ser um processo enérgico que triture a película, mas o suficiente para facilitar a extração do mosto. A elaboração do vinho tinto requer obrigatoriamente a participação da película da uva (casca). No caso do vinho branco, ao contrário, ele distingue-se pela fermentação exclusiva do mosto, sem a película. Para fazer vinho tinto, o período que a película fica em contato com o mosto é variável segundo o tipo de vinho que se quer. Luiz Antenor Rizzon Pesquisador Embrapa Uva e Vinho
  • 18. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 18 Ribeira Brava, agosto e setembro de 2009: Barcelos, 15 de agosto de 2011: Prensa manual de transformação das uvas em mosto, propriedade privada de Laura e Carlos. A imagem de baixo é do “Público”, 2011-08-31
  • 19. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 19 Sítio da Cruz, 7 de setembro de 2011: São poucas, mas ainda existem, em volta da Vila da Rª. Brava, algumas latadas de vinho, como testemunham as nossas fotografias. A vinha é cultivada nas encostas, em pequenos terraços/socalcos denominados poios, que se estendem até o mar, sustentados por paredes em pedra com tonalidades de cinzento basalto que tornam a mecanização praticamente impossível. Tendo em linha de conta a orografia da ilha e o facto de o sistema de condução tradicional continuar a ser a latada (elevação em estacas e armação acima do solo), a apanha manual das uvas é a única possibilidade viável na Madeira. Este sistema de condução em latada, muitas vezes de baixa altura, dificulta enormemente os diversos trabalhos, tratamentos e mesmo a própria colheita. .
  • 20. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 20 Rª. Brava, 15 de setembro de 2011, de cima para baixo, da esquerda para a direita: Sítios de S. João, com destaque para Boa Morte, Pedra Mole e o vale da Rª. Brava visto desses sítios. O Sr. “Bacalhau”, à esquerda; o Sr. João, captado na Vila, à direita, explicando-nos como chegar à casa de Maria de Encarnação Diogo, de 78 anos (página seguinte).
  • 21. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 21 Boa Morte (S. João – Rª Brava), 15 de setembro de 2011: Rª. Brava, 2011-09-15 – freguesia de S. João. Maria de Encarnação Diogo, de 78 anos, nesta data. Este sítio chama-se Soquinha (Fim do caminho), Boa Morte de baixo; o lagar é dos herdeiros. “Antigamente havia mais vinho”, afirma. João Teles, que viveu 47 anos na Venezuela afirma que lá havia muito dinheiro e que os negócios eram muito rentáveis.
  • 22. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 22 Ontem, 14 de setembro de 2011, apanharam-se as uvas neste sítio da Boa Morte de Baixo (Soquinha). “Hoje, de manhã, deitamos as uvas no lagar; iniciamos a repisa. A repisa de agora é diferente da de antigamente que era com pés descalços. Depois do lagar, o mostro passa para a tina, através de um tubo, medidas cartolas, cestos”, disse-nos a Sra. Maria de Encarnação Diogo, de 78 anos (em cima, ao meio).
  • 23. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 23 Nesta fotografia de 1989 vemos o pai da funcionária Ana Abreu na companhia de seu filho Manuel Abreu e com os seus netos Bruno e Eufrásio. Seu filho, Manuel Abreu, veio da Venezuela visitar seu pai Manuel da Antônia, tempos antes de este falecer. Testemunho prestado pela funcionária Ana Abreu, EBSPMA, sobre as vindimas (à esquerda, em 12/6/2012, a ser entrevistada pela Jéssica Faria). “ Soquinha vem dum nome antigo. É onde se produzia as uvas americanas. Há uns anos atrás, as vindimas costumavam levar semanas para a apanha da uva e para fazer o vinho. Naquele tempo a uva era abundante. Hoje em dia basta apenas meio-dia para fazer a apanha da uva e a terra já não produz como produzia. Os agricultores dessa época já faleceram. Estes chamavam-se José Cambado, António do Rato, o Evaristo, o Manuel da “Antônia” (pai da entrevistada), Pedro da Silva, Chamilha e o Terré.” “Naquele tempo, os vizinhos ajudavam-se uns aos outros, isto é, faziam-se trocas de trabalho”. Agradeço ao professor António Pereira por nos trazer à memória pessoas que nos são muito queridas e que infelizmente já não estão connosco. Assina: Ana Abreu.
  • 24. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 24 Soquinha – Boa Morte – S. João: 18-9-2011 À esquerda, a Ana, vizinha de Maria Encarnação, colaborando para a revista Descobrindo. Acima vemos o lagar vazio e as estacas feitas de cana.
  • 25. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 25 Sítio Moreno – Ribeira Brava, 2012: Fuso antigo. Corda: Colocada à volta do bagaço com o objetivo de espremer as últimas bagas das uvas. Cestas de grande porte: a sua função era a de transportar as uvas desde os terrenos ao lagar; normalmente eram os homens que levavam. Pipas: Onde o vinho era armazenado durante um longo período de tempo.
  • 26. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 26 Sítio Moreno – Ribeira Brava, 2012: Funil de zinco: Usado para passar o vinho do balde para a pipa. Segundo o testemunho Manuela Nascimento: Como é que faziam o vinho? “Em primeiro lugar, as crianças, jovens e graúdos iam para a fazenda colher uvas, onde as depositavam numa cesta de grande porte. Depois, os homens mais velhos levavam para o lagar até ter uvas suficientes para encher o lagar e fazer o vinho.”
  • 27. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 27 Sítio Moreno – Ribeira Brava, 2012: Balde de zinco: Usado para transportar o vinho desde o lagar à pipa. Vários tipos de garrafões: Onde o vinho é armazenado no curto período de tempo. Borracho: Feito de pele de cabrito ou de ovelha e tinha a função de transportar o vinho ou o azeite dos lagares para os armazéns. Fole: Para espalhar o enxofre pelas uvas, com o objetivo de desinfetá-la, antes da vindima. Lagar (1. Normalmente é onde os homens “bailam” de forma que a borra passe pelo coador, 2) a borra, depois de coada, transforma-se em vinho).
  • 28. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 28 Fotografias exclusivas da “Descobrindo…”, no centro da Vila do Estreito de Câmara de Lobos, em 4 de setembro de 2011, durante a festa das vindimas: a) Em cima, à direita, temos, uma vez mais, nesta edição, o “borracho”, ou seja, um saco feito de pele de cabra onde se transportava, antigamente, o vinho novo ou mosto, isto é, o líquido acabado de extrair das uvas. b) À esquerda, entre outros: (…) durante séculos os tonéis de vinho foram feitos na Madeira. As aduelas eram sempre manufaturadas, pois tinham de ter uma espessura apropriada que só a mão humana consegue atingir. Tiras de casca do tronco das bananeiras ainda servem para tapar fissuras (…) http://www.madeirawine.com/
  • 29. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 29 Vila da Rª. Brava, 30/8/2012: Vindima da família Coelho: Todos os familiares e amigos ajuda na tarefa de transformação das uvas em mosto.
  • 30. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 30 Por fim, o vinho era dividido em duas partes: uma parte era colocada nas pipas, onde ia ser armazenada durante alguns anos e, a outra parte, colocada em garrafões para o consumo diário… “A vasilha mais usada para o transporte do mosto para o lagar é um odre feito de pele de cabra, curtida e voltada ao avesso” HEINZELMAN, Willy (1971), MADEIRA - Portugal, Basileia – Suíça.
  • 31. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 31 Fajã da Ribeira, agosto de 2012, nos terrenos e lagar da família Viveiros. (Texto e fotos de Graciela Sousa) Na Fajã da Ribeira, a vindima começa a ser feita ainda no mês de agosto, pois as uvas amadurecem mais cedo do que nas zonas altas da Ribeira Brava. Em cima, vemos dois homens a carregarem às costas os sacos das uvas, do terreno em direção à estrada. No meio, a apanha da uva. Em baixo, uma imagem do lagar que irá recolher as uvas para a sua pisa.
  • 32. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 32 Nestas imagens podemos ver os vários “ingredientes” que auxiliam o processo de produção do “vinho de casa”: pipas ou cartolas; a corda, a tina, as rolhas feitas com palha de bananeira, as sacas de transportar as uvas… Em baixo, à esquerda, vemos a tina cheia de mosto – sumo da uva ainda não fermentado. O processo da produção de vinho caseiro começa muito antes do verão. Durante todo o ano as vinhas e os seus terrenos reclamam por manutenção: a poda, a desfolhagem, o desbravamento das ervas invasoras, a adubação…
  • 33. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 33 Rª Brava 2011/2012: Sítio do Caminho Chão, destacando-se o cantoneiro Francisco Silva e a vivenda muito conhecida no sítio pela beleza do seu jardim. A gata da Sra. Ana Ascensão, cujo nome é A Princesa (Vila da Rª. Brava). 4.GRANDE REPORTAGEM - A MINHA TERRA- Rª. BRAVA Por AJAP e seus convidados, amigos ou apenas leitores da “Descobrindo…” “Os livros contam o passado. Os livros dizem…Mas a realidade renova- se em cada momento. A realidade de hoje é sempre a soma e o prosseguimento das realidades passadas. E tem também a sua linguagem…” Maria Lamas: Fonte: Arquipélago da Madeira Maravilha Atlântica, p. 27.
  • 34. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 34 4.GRANDE REPORTAGEM - A MINHA TERRA-CAMPANÁRIO Por Fátima Carina (ex-aluna da EBSPMA)/Jéssica Faria/AJAP A festa do Bom Despacho, realizada na freguesia do Campanário, atrai todos os anos centenas de pessoas que na procissão da Nossa Senhora do Bom despacho cumprem as suas promessas.
  • 36. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 36 Tranqual - Campanário Texto de Jéssica Sousa, 12º. B, EBSPMA, 2012/13 Rª. Brava (Tranqual - Campanário), 18 de setembro de 2012: De cima para baixo, da esquerda para a direita, no primeiro plano, a “nova” estrada, íngreme, que liga Tranqual à “nova”, Escola Básica (2º. e 3º ciclos) – Campanário; Sítio da Adega, visto do Tranqual, Creche do Campanário, habitantes do sítio do Tranqual a trabalhar, apartamentos e lá ao fundo a Via Rápida.
  • 37. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 37 GEODIVERSIDADE E PATRIMÓNIO LOCAL PATRIMÓNIO E GEODIVERSIDADE NO CONCELHO DA Rº. BRAVA, 2011/12 Por Pedro Fábio/Isaac Pereira/AJAP (imagens) http://diversidadebiologic.blogspot.pt/2010/01/geodiversidade.html, 2012/8/7, adaptado Guia local: Hélder de Jesus
  • 38. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 38 Hélder de Jesus na Pedra vermelha – Serra de Água (Rª: Brava), em 2012, num exclusivo da “Descobrindo…” Variedade de ambientes geológicos, fenómenos e processos ativos que dão origem a paisagens, rochas, minerais, fósseis, solos e outros depósitos superficiais que são o suporte para a vida na Terra. A Geodiversidade engloba não só minerais e rochas, mas também fósseis, solos, formas de relevo e processos geológicos ativos que lhes dão origem.
  • 39. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 39 Vivemos num mundo diversificado. E essa diversidade seja ela geológica, biológica, ou cultural, é fundamental (Gray, 2004; Silva, 2005, 2008). A diversidade é, na realidade, o valor basilar a defender, seja a nível natural ou cultural, porque é da interação entre os seus diferentes tipos que, em última análise, resulta a multiplicidade de manifestações do mundo natural e cultural que habitamos. __________________ (Ilustração desta e da página anterior: Diferentes sítios da Serra de Água)
  • 40. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 40 O termo “Geodiversidade” terá sido utilizado pela primeira vez em 1993, por ocasião da Conferência de Malvern, Reino Unido, sobre “Conservação Geológica e Paisagística”, sendo que o primeiro livro dedicado exclusivamente a esta temática foi editado, apenas, em 2004, por comparação com o termo biodiversidade, que diz respeito à diversidade biológica do planeta e à necessidade da sua preservação. (Imagens de Fajã da Ribeira, Meia Légua, e Vila)
  • 41. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 41 Pedra Vermelha - Serra de Água Por Família Garcês Serra de Água (Rª. Brava), 1999/2000, Sítio do Pinheiro- fotografias gentilmente cedidas pela aluna Catarina Garcês, turma 10º. F, Curso Tecnológico de Ação Social, 2011/12. Nas imagens podemos ver Nelson e António Garcês a comerem uma espetada depois de uma caminhada até à Pedra Vermelha, a descansarem e a admirarem a paisagem da freguesia da Serra de Água: A própria Pedra Vermelha, Encumeada e as suas nuvens.
  • 42. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 42 Mouros e pessoas com rabo comprido viveram aqui? A pedra de que vos vou falar é denominada de “Pedra Vermelha” e fica situada no sítio do Pinheiro, freguesia da Serra de Água. As pessoas mais antigas contam que esta já existia antes dos primeiros habitantes chegarem a esta freguesia. Dizem que nela habitaram povos Mouros, e pelo que o povo conta eram pessoas que fugiam quando viam outras e dizem que estes tinham um rabo comprido como os macacos. As pessoas que já lá foram e tiveram a oportunidade de ir ao interior da pedra e dizem que existe vários objetos feitos em pedra, com por exemplo, camas, berços, fornos, etc. Estes objetos foram construídos com um picão (ferramenta que os povos antigos usavam para construir furnas nas rochas). Atualmente, o percurso até chegar à pedra está em mau estado devido ás derrocadas e queda de árvores, e a tentativa de entrada ao interior da pedra é muito perigosa, é necessário usar cordas para escalar a pedra, e visto que esta fica situada no cimo de um vale, uma possível queda seria fatal, mas muitas pessoas já o fizeram há alguns anos, e podem confirmar as histórias que contam sobre o interior desta. Pedra Vista do Sitio do Pinheiro. Entrada para o interior da Pedra. Por: Suse Gouveia
  • 43. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 43 “Celebrarmos o Espírito Santo é celebrarmos a festa da alegria, é celebrarmos a festa da comunhão, é celebrarmos a festa da união e das pessoas porque é isso que é o Espirito Santo. Espirito Santo é força de comunhão, de união, de paz, de alegria e é com esses mesmos sentimentos que nós aqui também queremos estar reunidos, celebrar a nossa fé em Cristo”. Sr. Padre da freguesia da Serra de Água – Rª: Brava, durante a missa campal, Encumeada, em maio de 2012 O Espírito Santo na Serra de Água, com a ida à Encumeada Por Redação
  • 44. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 44 Freguesia da Serra de Água (Rª: Brava), 27/5/2012: A Festa do Espírito Santo na Encumeada é organizada pela Casa do Povo da Serra de Água em conjunto com a Paróquia da mesma localidade, do concelho da Ribeira Brava. À esquerda, de óculos, uma das fiéis.
  • 45. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 45 A Senhora Domingas dos Reis (saloia da direita) que nos disponibilizou esta fotografia dos anos quarenta do século XX. O Espírito Santo sempre foi vivido com muita devoção na Serra de Água, com a ida à Encumeada, a descida a pé trazendo galhos de maia ou giesta em flor, cantando e tocando. Era este o traje das saloias que, mesmo com o passar do tempo, pouco ou nada se alterou. Adaptado de http://cpserradeagua.blogspot.pt/, em 207/30
  • 46. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 46 Encumeada – Serra de Água – Rª. Brava, 27/5/2012 - Missa do Espírito Santo: Canto: Senhor tende piadade de nós. Glória a Deus na terra e nos céus. Glória, glória, paz na terra… Só Vós sois o Santo. Só Vós sois o Senhor. Só Vós o altíssimo. Jesus Cristo, o Espírito Santo a glória de Deus-Pai, Glória a Deus na terra e nos Céus. Glória, glória, paz na terra.
  • 47. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 47 Por vezes espanto-me com cada coisa que vejo! E infelizmente é impressionante olhar para a nossa Ilha da Madeira a preto e branco, é como ver televisão antigamente. É uma tristeza o que fizeram à nossa ilha, como é possível ter a coragem de atear fogo às florestas e tudo mais, que, no fundo, são elas que produzem o que necessitamos para viver?! Incêndio na zona da Boa Morte, Ribeira Brava. (Til, Boa Morte, Lombo da Levada; Pedra Mole, São João) Por José Côrte (imagens)/Cláudia Abreu (texto)
  • 48. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 48 Incêndio na zona da Boa Morte, Ribeira Brava. (Til, Boa Morte, Lombo da Levada; Pedra Mole, São João) Por Igor Almeida/Luis de Sousa/Graciela Sousa/Redação “Uma faúlha caiu num terreno atrás da casa. (lado norte): Aqui o fogo ainda parece pequeno.” Rafael Ascensão
  • 49. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 49 Vila da Rª. Brava: Em cima, às sete da manhã de 19 de julho de 2012; no ar e ao fundo (Serra de Água), o fogo ainda continuava a ameaçar as populações. À direita: Fajã da Ribeira, no final da tarde, dois dias após o incêndio (as montanhas mais castanhas e instáveis devido ao fogo). *NASA significa Administração Nacional do Espaço e da Aeronáutica, (National Aeronautics and Space Administration) é a Agência Espacial Americana, que responde pela pesquisa, e desenvolvimento de tecnologias e programas de exploração espacial e tem como missão incrementar o futuro na pesquisa, a descoberta e a exploração espacial À esquerda: Colunas de fumo a erguerem-se dos focos de incêndio, de acordo com a NASA*. Vale da Ribeira Brava, nos dias 19 e 22/7/2012.
  • 50. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 50 E assim nasceu... cresceu... e morreu! Por Graciela Sousa/Sidónio Silva/Igor Almeida e outros. Julho de 2012 Sítio da Boa Morte e Til – imagens do “depois” do incêndio As chamas varreram terrenos e casas abandonadas, deixando à vista paredes de pedra que as últimas gerações não se lembram nunca de ter visto.
  • 51. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 51 Serra de Água não merecia mais desgraças! “Felizmente não há nenhuma casa atingida e a primeira grande prioridade foi a salvaguarda de pessoas e casas.” Ismael Fernandes (23/7/2012). Perante a presença dos meios de comunicação social, o presidente da Câmara, Ismael Fernandes, fez, em 23/7, o balanço preliminar dos estragos: Cerca de uma dúzia de palheiros ardidos na Serra de Água, dezenas de fazendas e pomares, destacando, em termos negativos, a Fajã das Éguas que foi “varrida” pelos incêndios, concluindo com palavras de estímulo a todos os ribeirabravenses, principalmente para os naturais e habitantes da Encumeada.
  • 52. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 52 Lombo do Paço, Serra do Espigão, Parte de cima do miradouro (Espigão) Incêndios de julho de 2012 - Ribeira Brava Foto reportagem de Domingas e Serafim Teles Ribeira Brava, 19 de julho de 2012: As pessoas mais idosas nunca tinham visto nada assim. O fogo chegou perto das casas como testemunham as últimas quatro imagens. O Espigão ficou rodeado de fogo.
  • 53. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 53 O incêndio de julho visto das varandas do Hotel Encumeada (Serra de Água – Rª. Brava): o nosso lindo vale a arder! Encumeada – Serra de Água Foto reportagem de Paula Correia O incêndio na Serra de Água, em julho de 2012, condicionou o trânsito na via expresso entre túnel de São Vicente e Serra de Água. A queda de pedras e as constantes mudanças da direção do vento que empurram as chamas para a estrada fizeram com que houvesse cortes nos acessos.
  • 54. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 54 5.GRANDE REPORTAGEM - AUTOCARROS ANTIGOS Reenviado à “Descobrindo…” por Eleutério Corte, 2011-05-23 Recolhas: PPFA (parte, adaptado) “CONJUNTO DE FOTOGRAFIAS IMPRESSIONANTE... VEJA E DIVULGUE ESTE EXCELENTE TRABALHO DE RECOLHA!” Fig. 1 -M-3142 (MD-25-70), ano 1950 - Commer Avenger I - inicialmente da Empresa de Automóveis da Ribeira Brava, passou a integrar a frota da Rodoeste. 1 Dodge K-34, M-1480 (MD-17-39), de 1934, pertencente à Empreza de Automóveis da Ribeira Brava Lda. Foi também incorporado na frota da Rodoeste 1
  • 55. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 55 Fig. 5: Brasier de 1906/1907 . Com 4 filas de assentos, é provavelmente o primeiro autocarro da Madeira. Fig. 6: Autocarro Chevrolet, M-844 (MD-14-21), de 1928, da Empresa Automobilística do Leste da Madeira - EALM. Posteriormente foi incorporado na frota da Sociedade de Automóveis da Madeira. Todos os autocarros seguintes à data 1950 e alguns anteriores a essa. 5 6 Largo das Babosas - Monte
  • 56. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 56 Operado pela SAM - Sociedade de Automóveis da Madeira, esta viatura chegou à Madeira apenas com cabine e chassis, portanto um autêntico camião Seddon. Na empresa Leacock, foi executada a primeira carroçaria, que se pode ver na foto. Em meados dos anos 60 levou uma nova carroçaria. Não vejo nenhum do "Negus", a célebre companhia, creio que azul e branca, que fazia as carreiras da Rochinha e que, muitas vezes (principalmente com chuva) não a conseguia subir, de tão íngreme que era, os Ilhéus e Santa Luzia. Os donos da companhia eram conhecidos pelos "Negus". Nunca soube porque se dizia "Siga Freitas", expressão nós usávamos, em coro, para o condutor andar com o carro! Havia, também, o "Desdobra", como se dizia. O que vinha escrito no autocarro era "Desdobramento", isto é, um 2º autocarro para o mesmo destino!
  • 57. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 57 E havia a "Paragem", a célebre "Paragem" e a Placa Central, nos anos 60. Não sei se era um hábito vindo de trás e julgo que terá continuado em 70 e talvez 80, mas aí já não garanto. A "paragem" era na faixa norte da Avenida Arriaga, no passeio junto ao edifício da Junta Geral do Distrito Autónomo da Madeira (vulgarmente conhecido por Junta) e do Banco Nacional Ultramarino (hoje, Edifício do Governo Regional e Caixa Geral de Depósitos, respetivamente). A Placa Central era o passeio entre as faixas norte e sul da Avenida Arriaga (então aberta ao trânsito). Aí nos reuníamos, principalmente, os alunos do Liceu (Nacional do Funchal, hoje Esc. Sec. Jaime Moniz e anteriormente, penso que até anos 40, Liceu de Jaime Moniz).
  • 58. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 58 Aí conversávamos, fumávamos, namorávamos! Sim, namorávamos... De vez em quando lá íamos (os namorados) dar uma volta à Avenida do Mar, de mão dada, para estarmos mais sós, mas acabávamos por voltar à "paragem" ou à "placa central" para mais uns dedos de conversa e para sermos recolhidos pelos pais, alguns em carro particular, outros em autocarro e outros a pé, com horas previamente combinadas. Enfim, algumas cenas do nosso Funchal e da Madeira, do século passado, que muitos recordarão, estou certa!” Recolhas PPFA
  • 59. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 59 5.GRANDE REPORTAGEM - ARTESANATO Por AJAP Designação comercial: Bota Chã Localização: Rua de São Francisco, nº 29 A, Ribeira Brava Contato: Paulo Santos, 965226935/917320208. Na Ribeira Brava, antigamente, os homens e as mulheres usavam botas, chamadas botas chãs e eram feitas em pele de vaca curtida. A parte superior da bota era virada para fora e descia até ao tornozelo, sendo enfeitada com uma fita vermelha. O que são, como se fazem, em pleno século XXI, esse tipo de botas e quem as pode fazer para os nossos leitores? Um exemplo, aqui bem perto de nós. Perfil do mestre sapateiro António José da Silva Faria, mestre sapateiro da empresa “Bota Chã”, na Ribeira Brava, em discurso direto, num exclusivo para a “Descobrindo…”:
  • 60. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 60 “Comecei nesta arte aos 21 anos. Agora, em 2013, vou fazer 53 anos de idade, portanto, há 32 anos que sou sapateiro. Iniciei o trabalho nas botas regionais, em Câmara de Lobos, noutra empresa. Agora estou aqui na Ribeira Brava, em frente ao Museu Etnográfico da Madeira, na rua S. Francisco. Fazemos botinhas e concerto de calçado, ou seja, estou há mais de três décadas no mesmo ramo, em termos profissionais!” Nome das máquinas antigas/utensílios/matéria- prima? “Temos uma desbastadora (mete-se a sola com 1, 3, 4 cm…). Esta lixadeira está nas minhas mãos desde o início, ou seja, há 32 anos que esta máquina trabalha comigo, sem falhar.” “Esta bota é do Porto Santo, é muito antiga, era utilizada pelo grupo de folclore de lá. Quando precisam, mesmo na atualidade, deste tipo de botas, contactam-nos telefonicamente. Temos sempre um ou dois pares de cada tamanho para desenrascar clientes à última hora. Sapato grosso, para trabalhar no campo, pois estes duravam mais.” António José da Silva Faria, mestre sapateiro da “Bota Chã”, na Ribeira Brava.
  • 61. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 61 “ A máquina de apertar as botas puxa, evitando que tenhamos de bater na sola à mão como antigamente; de pregar as botas. Esta sola, antigamente, cozia-se toda à mão, o que atualmente não acontece, pois possuímos a máquina de cozer calçado. A lata com diluente serve para amolecer a tela; o “balancé”, para cortar, este bate em cima do molde e corta à medida que a gente quer; a tela, couro para a bota chã; aquela botinha para bailinho; o couro para as cabecinhas da frente; a pele de cabra para os canos. O cabedal e o couro eram desbastados numa máquina mais fininha. Esta era utilizada para alargar sapatos. Se o sapato aperta, venham cá e alarga-se. Além disso, esta serve para cortar às riscas e para cortar correias. A banquinha é o nome que se dá à máquina de cozer por dentro e por fora. Estas máquinas possuem 40 e tal anos e quando comecei nesta arte esta máquina já existia. Instrumentos como o alicate, o “tropedo”, o martelo e a Máquina SINGER, que utilizamos na sequência da máquina “balancé”.” Bota de homem, dos carreiros do Monte - Funchal, feita com sola.
  • 62. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 62 5.GRANDE REPORTAGEM – “VENDA” ANTIGA O cantinho do Juvenal Camarata no sítio do Pico da Rª. Brava Por Redação, novembro de 2011
  • 65. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 65 5. GRANDE REPORTAGEM Rª. Brava, 18/5/2012 – Comemoração do Dia Internacional dos Museus, com a participação, também de alunos e professores da EBSPMA, do Curso Tecnológico de Ação Social, turma 11º. E. Em cima, à direita, a Diretora do Museu Etnográfico da Madeira.
  • 66. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 66 Os alunos apresentaram uma peça de teatro relacionada com o tema património arquitetónico rural, passando, com humor que prendeu a atenção de todos os presentes e sensibilizou para a necessidade de se conciliar a arquitetura antiga com a moderna. Em cima, da esquerda para a direita, os atores: Carla, Fátima, Tatiana, Diogo, Domingas, Janete, Lisandra e Aurélio.
  • 67. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 67 “O Comandante, responsável por toda a equipa que se encontrava a bordo nesta viagem, começou por nos explicar o que iriamos realizar durante a viagem, que supostamente seria uma visita guiada por um dos marinheiros, a todo o espaço do navio.” A Reserva Natural das Ilhas Desertas é uma reserva natural portuguesa localizada nas Ilhas Desertas, na Região Autónoma da Madeira. 6. VIAGENS 6.1. RESERVA NATURAL DAS ILHAS DESERTAS Por Carla Verónica, 12º. B, 2011/2012, EBSPMA/AJAP “No âmbito das celebrações do Dia da Marinha de 2012, por sugestão do “Clube Europeu” da Escola Básica e Secundária Padre Manuel Álvares, viajei, juntamente com outros jovens da Madeira, viajei, no "O N.R.P. "Cuanza", indicativo NATO P 1144, o quinto dos dez navios patrulhas da classe "Cacine", no percurso Funchal/Desertas/Funchal, em 26 de maio, numa organização da Marinha/Direção Regional da Juventude.”
  • 68. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 68 “Prosseguindo a visita conhecemos as instalações do navio. A parte da frente, que é onde se encontravam todos os instrumentos essenciais de uma viagem como, por exemplo, o volante para orientar as direções, o GPS para saber a localização do navio, um livro de viagens sob a responsabilidade de um marinheiro que registava todos os dados de uma viagem (distância, duração, entre outros) e por fim um vigilante sempre atento a eventuais riscos ou ameaças. Na minha opinião, este espaço foi o mais interessante de todos, poi pudemos manipular alguns dos instrumentos indispensáveis para a condução do navio. Logo de seguida, fomos para o 2º andar no navio que é a parte central, onde se encontravam os quartos, a cozinha e a casa de banho. É neste piso que se encontram também as armas, de vários tipos e tamanhos.
  • 69. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 69 De seguida, encontramos um espaço onde havia muito trabalho e ruído devido aos motores sob a responsabilidade de um outro marinheiro atento a todos os pormenores relacionados com o bom funcionamento das máquinas. Estivemos o resto da viagem para a tirar fotos na parte de cima do navio. Quando chegamos às Desertas tivemos uma visita guiada por uma bióloga que nos explicou os pontos fundamentais da Deserta Grande. Começamos assim a caminhada com várias paragens, em que numa delas a bióloga explicou-nos os vários tipos de animais que se encontravam lá e em que espaço eles se localizavam, como por exemplo, os lobos-marinhos encontravam-se na parte central da Deserta Grande, tal como as cabras e as lagartixas. Não conseguimos ver lobos-marinhos, mas lagartixas vimos imensas, e reparei havia diferença no tamanho, pois estas são muito maiores do que aquelas que estamos habituados a ver, e as cabras são muito distintas, ou seja, têm pêlo castanho-escuro. Em suma, a bióloga mostrou-nos um espaço de enfermagem para tratar dos lobos-marinhos feridos.
  • 70. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 70 2012 6. VIAGENS 6.2. CALHAU DA LAPA, AS RAÍZES DO CAMPANÁRIO Calhau da Lapa – Campanário, verão de 2012, por Jéssica Faria, 11º.E, 2011/2012 (em cima à direita), com a colaboração de Luísa Almada, 8º. H, 2012/13, EBSPMA. 2012: Descida em direção à Praia do Calhau da Lapa, situada no Campanário, no fundo de uma descida íngreme, antes de um mergulho numa água límpida e calma.
  • 71. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 71 “No dia 5 de junho de 2012, a turma do 11ºE e a turma do 12º B acompanhadas pelos professores António Pereira e Manuel António dirigiram-se ao Calhau da Lapa em Campanário. Saímos da Escola Básica e Secundária Padre Manuel Álvares por volta das 14 horas e chegámos ao Calhau da Lapa por volta das 14 horas e 30 minutos. Quando lá chegamos, deparamo-nos com um caminho muito inclinado e até diria que um pouco perigoso, no entanto isso não nos impediu de descer para o Calhau da Lapa. Ao longo desse caminho andamos com muita precaução, mas sempre comtemplando a maravilhosa paisagem dos rochedos, a admirável cascata que lá existia, a cair de um grande rochedo e a espetacular vista para um mar límpido, quase transparente que nos permitia visualizar o fundo do mar na perfeição. Esta caminhada durou
  • 72. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 72 cerca de 20 minutos e ao chegarmos lá em baixo, encontramos um cais com muitas grutas. Todas se encontravam com portas trancadas com cadeados, no entanto, havia uma gruta que estava aberta e como somos muito curiosos fomos lá espreitar. Nessa gruta existia um fogão, umas panelas, uma garrafa de gás, entre outras coisas. Depois disso, admiramos aquele paraíso e fomos disfrutar da fresca, límpida e encantadora água do Atlântico. Após termos aproveitado a refrescante água, de apanharmos um pouco de sol nas toalhas e comermos qualquer coisa, chegou a hora de irmos embora e já eram perto das 17 horas. Enfim, chegou a hora de subir o “ calvário”, sim “ calvário”, pois custou imenso subir a montanha e além disso estava um calor insuportável. Apesar disso, gostei imenso de lá ir e diverti-me muito e espero lá voltar um dia destes.”
  • 74. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 74 “A refeição, a música e o ambiente foram muito bons, graças ao empenho e dedicação de todos aqueles que contribuíram para que este convívio se tivesse concretizado. Chão dos Louros é uma área de lazer no seio da floresta "Laurissilva", na descida da Encumeada para São Vicente.” Assina: Marisa. 6. VIAGENS 6.3. CHÃO DOS LOUROS – SÃO VICENTE - MADEIRA Por Marisa Faria, 10º F, EBSPMA, 2011/12 “No dia 08 de junho de 2012, pelas 08:15 horas, partimos da Escola em direção ao Chãos dos Louros - São Vicente, com o objetivo de encerrarmos, convivendo, o projeto “Descobrindo” 2011/12. Participantes: Ana Filipa, Bruno Sousa, António Marques, Andreia Abreu, Bárbara Delgado, Estela Abreu, Rosana Garcês, Daniela Faria, Marisa Faria e Lino Pontes, sob a responsabilidade do Prof. António Pereira.
  • 75. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 75 “Convidados: Davide Sousa, Rui Sousa, Guida Gonçalves e João Roberto. Depois de desenvolvimento de diversas atividades lúdico- pedagógicas, em vários grupos, juntámo-nos, pelas onze horas, para almoçarmos. Em conclusão, este convívio foi muito interessante, visto que nem todos conheciam o espaço de lazer do Chão dos Louros em São Vicente, onde também recolhemos informações (fotos) para recordar mais tarde. Alguns aspetos negativos: a turma neste convívio foi um pouco individualista e alguns elementos foram para casa mais cedo, considerando que os aspetos positivos foram superiores. Assim, concluo afirmando que foi uma boa visita de estudo!”
  • 76. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 76 “Festa da Cereja – Câmara de Lobos, Jardim da Serra - 16 e 17 de Junho: A Festa da Cereja é uma das mais importantes atividades locais que acontece no Jardim da Serra anualmente desde 1954. Eu, Jéssica, como ribeirabravense, estive lá, em 2012 e recolhi estas belas fotos.” 6. VIAGENS 6.4. RIBEIRABRAVENSES VISITAM JARDIM DA SERRA Por Jéssica Faria, 11º. E, EBSPMA, 2011/12
  • 77. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 77 “Festa da Cereja – Câmara de Lobos, Jardim da Serra - 16 e 17 de Junho de 2012. A criança, na última foto, vive no mundo só dela, alheia ao “mundo” dos “gigantes” adultos. Uma maneira diferente de viver a vida! Oxalá que os mais velhos não a tenham pisado, depois.”
  • 78. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 78 “A Senhora que vemos à direita foi muito amável e após ter-lhe tirado uma foto ela agradeceu oferecendo um punhado de deliciosas cerejas.”
  • 79. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 79 “Com a produção abundante de cereja o povo do Jardim da Serra aproveita para fazer iguarias, como o delicioso bolo de cereja que tive oportunidade de provar que me foi oferecido por Rosalina (a mulher de azul), o formidável licor de cereja e o espantoso doce de cereja que pode ser acompanhado com umas bolachas.”
  • 80. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 80 6. VIAGENS 6.5. GRUPO ALEGRIA DE VIVER VISITA “QUARTEL”1 1 “Quartel” = RG3 = Regimento de Guarnição Nº. 3, criado em 1 de outubro de 1993 e é o herdeiro da história da Infantaria e da Artilharia da Madeira através do Regimento de Infantaria do Funchal e do Grupo de Artilharia de Guarnição N.º 2. - Rua Corveta Estefânia, Nazaré - São Martinho - Funchal. Rogério Capelo, do Grupo Musical Alegria de Viver, é o primeiro à esquerda, na segunda fotografia, de cima para baixo. Funchal, 19 de dezembro de 2012: “Grupo Alegria de Viver” (música tradicional). “Turno 1987/1988 (tropa), em 2012, regressa ao RG3 com o Grupo Alegria de Viver, após 25 anos. Um marco importante na minha vida e do Grupo”. Assina: Rogério Capelo
  • 81. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 81 6. VIAGENS 6.5. GRUPO ALEGRIA DE VIVER VISITA “QUARTEL”2 2 “Quartel” = RG3 = Regimento de Guarnição Nº. 3, criado em 1 de outubro de 1993 e é o herdeiro da história da Infantaria e da Artilharia da Madeira através do Regimento de Infantaria do Funchal e do Grupo de Artilharia de Guarnição N.º 2. - Rua Corveta Estefânia, Nazaré - São Martinho - Funchal. Rogério Capelo, do Grupo Musical Alegria de Viver, é o primeiro à esquerda, na segunda fotografia, de cima para baixo. Foto reportagem de Jéssica Faria, 12º. B, EBSPMA, 2012/13 O grupo Alegria de Viver é composto pelos seguintes elementos: Presidente: Rogério Capelo Vice-presidente: Dona Celina Coelho Coordenador Musical: Nélio Andrade Secretaria: Cecilia Evaristo Adjunta: Inês Tocadores: Acordeão- Nélio Andrade e Flávio Violino- Francisco Côrte Braguinha- Carlos Ascensão Bumbo-Ambrósio Rebeca- José Pandeireta- Rogério Viola-Jéssica Faria Cantores: Celestina Olívia Firmina Celina Cecilia Nélio Ramazote
  • 82. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 82 6. VIAGENS 6.6. RIBEIRABRAVENSES VISITAM LISBOA Por Carina Santos e Vítor Fonseca, 10º. C, EBSPMA, 2011/12 “Viagem cultural realizada no mês de julho de 2012 para comemorar a finalização do terceiro ciclo. Esta viagem foi, para nós, uma experiência muito boa. O convívio entre os colegas e as professoras acompanhantes foi muito positivo. Conhecer um pouco de Lisboa, da vida na grande cidade, parte da sua história e dos meios de transporte como o metro, o comboio e o elétrico, foi fascinante e enriquecedor. O Castelo de São Jorge, antiga residência real medieval que contempla lindos vestígios arqueológicos e uma vista exemplar. Um dia muito divertido e interessante no Jardim Zoológico. No Oceanário, onde vimos mais de 500 espécies, fomos acompanhados por um educador marinho para descobrirmos uma parte da biodiversidade marinha.
  • 83. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 83 Visitámos o Mosteiro dos Jerónimos, a Torre de Belém, o padrão dos Descobrimentos, o Planetário e, ainda, o Museu dos Coches. Tivemos a oportunidade de provar algumas iguarias como os Pastéis de Belém e as queijadas de Sintra. Esta nossa viagem foi muito enriquecedora e muito positiva a todos os níveis. Agradecemos a todos aqueles que nos ajudaram a concretizar o nosso objetivo.”
  • 84. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 84 7. A FÉ, A FESTA E A TRADIÇÃO Responsável pela Tuna/Texto (adaptado): Eleutério Corte; Concerto de Natal 2011; Diretor do concerto: Avelino Abreu; Imagens: Casa do Povo da Ribeira Brava; Tratamento das imagens: Marisa Faria. Ribeira Brava, 30 de dezembro de 2011: Avelino Abreu, ribeirabravense de 19 anos de idade, estudante do Curso de Formação e Direção Musical na Escola Superior de Música (Portugal Continental). Antigo estudante da Escola Básica e Secundária Padre Manuel Álvares, depois no Conservatório de Música da Madeira (CEPAM) e estudante- monitor na Escola-Projeto "Mais e Melhor Música" da Associação Cultural e Desportiva de São João e Casa do Povo da Ribeira Brava. É membro da Orquestra Bandolinística Ribeirabravense, dirigindo, em 2011/12 o Ensemble de Bandolim e Guitarra Ribeirabravense. Nas fotos, momentos do Concerto de Natal realizado a 30/12/2011. Avelino Abreu é, igualmente, em 2011/12, Diretor dos Estágios Musicais de Bandolim e Guitarra de Verão das instituições referidas no parágrafo anterior, nos quais participam atuais e antigos elementos da Orquestra Bandolinística Ribeirabravense e músicos convidados de outros agrupamentos regionais.
  • 87. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 87 7.1. CULTURA - BANDAS Por AJAP Realizou-se na tarde de 13 de maio de 2012, na vila da Ribeira Brava a 29ª edição do “Encontro Regional de Bandas Filarmónicas”, a qual juntou 13 bandas.
  • 88. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 88 “O encontro começou com um desfile dos participantes desde o largo da igreja-matriz da Vila até à frente mar, onde decorreu o espetáculo, que este ano homenageou o músico Leonel Vieira. Bandas presentes, de acordo com o programa: Banda Municipal do Funchal, a Distrital do Funchal, “os Guerrilhas”, a Municipal de Machico, a Municipal de Santana, Filarmónica do Caniço e Eiras, a Recreio Camponês, a Filarmónica do Faial, a Filarmónica de Santo António, Banda Municipal de Santa Cruz, a Paroquial de São Lourenço da Camacha, a Orquestral “Os Infantes”, a Municipal de Câmara de Lobos e a Municipal da Ribeira Brava. Patrocínio: Direção Regional dos Assuntos Culturais e integrou a marca “Festivais da Madeira”. Este evento cultural foi criado como medida de salvaguarda do importante património musical da Região.”
  • 89. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 89 Festas de Santo Amaro – Ribeira Brava – 15/1/2012: Para comemorar o encerramento da época natalícia, um grupo de senhoras e senhores recordou a data desta maneira: 7. 2. A FÉ, A FESTA E A TRADIÇÃO – S. AMARO Por AJAP 7.3. A FÉ, A FESTA E A TRADIÇÃO – SÃO JOÃO – “Romagem 2012” Significado de Romagem sf (top Roma+agem) 1- Peregrinação que se dirige, por motivo religioso, a uma capela ou igreja; romaria. 2- Passeio de instrução e recreio.
  • 90. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 90 (http://www.dicio.com.br/romagem/) (…) João era conhecido por João Baptista, porque batizava nas águas do Jordão todos aqueles que acreditavam que um dia a lei dos homens seria alterada com a chegada de um "messias". Como sabemos, foi S. João quem batizou Cristo, quando este iniciou a sua vida de pregador. João Baptista é uma das figuras mais respeitadas da história judaico-cristã e a sua vida é também admirada pelos muçulmanos. Tem um culto assinalável na Turquia, bem como em várias zonas do Oriente. Envolve-o uma aura de homem bom, num sentido universal e muito mais vasto que o da santidade da Igreja Católica. João era filho de Zacarias e Isabel, primo de Jesus de Nazaré, que ainda não iniciara a sua vida pública. http://www.leme.pt/biografias/j/joao/ (adaptado); consultado em 10/8/2012. Sítio de São João – Campanário – Rª. Brava: 23 de junho de 2012. Foi numa tarde quente que se cumpriu, uma vez mais, esta tradição de “romagem de S. João”.
  • 91. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 91 Responsável: ALDA RODRIGUES (acima, de laranja) “Na decoração da fonte no sítio do Caminho Chão contou com a colaboração da mãe da senhora Alda Rodrigues, da senhora Alexandra Coelho, da Liliana e da aluna escola BSPMA Jéssica Faria.” Por Eunice Raquel/AJAP 7.4. A FÉ, A FESTA E A TRADIÇÃO – SÃO JOÃO CAMINHO CHÃO
  • 92. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 92 Por Graciela Sousa/AJAP 7.5. A FÉ, A FESTA E A TRADIÇÃO – SÃO JOÃO BOA MORTE Responsável: MARIA DA CONCEIÇÃO G.ves DE SOUSA
  • 93. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 93 Rª. Brava, 23/6/2012: Da esq. p/a direita e de cima p/baixo (2 imagens cada): Fontanários do ”Lar”, “Caminho Chão”, “S. João” e “Vale” (as 6 últimas imagens). 7.6. A FÉ, A FESTA E A TRADIÇÃO – SÃO JOÃO Por AJAP FONTANÁRIOS RESPONSÁVEIS EM 2012 Organização da Junta de Freguesia da Rª. Brava RUA DO VISCONDE LAR DE SÃO BENTO SÃO JOÃO PIEDADE SOUSA BRANCO GOMES CABOUCO CELESTE RODRIGUES DO FORO VALE ZINA MARIA SOUSA BRANCO GONÇALVES FAJÃ DA RIBEIRA - Cima MARIA DA GRAÇA DOS REIS PEREIRA SANTANA FAJÃ DA RIBEIRA - Baixo CÉLIA MEIA LÉGUA MARGARIDA DE ASCENSÃO DOS RAMOS LOMBO CESTEIRO MARIA GORETE FARIA SARGO APRESENTAÇÃO DOMINGOS TOMÁS CORTE FARIA PICO MARÍLIA DE ANDRADE DE ASCENSÃO FERNANDES Vale – Rª. Brava: 23/6/2012
  • 94. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 94 Pico – Ribeira Brava, 23 de junho de 2012, celebração do “S. João”: João Baptista (Judeia, 2 a.C. — 27 d.C.) foi um pregador judeu do início do século I, citado pelo historiador Flávio Josefo e os autores dos quatro Evangelhos da Bíblia. Segundo a narração do Evangelho de São Lucas, João Batista era filho do sacerdote Zacarias e Isabel (ou Elizabete), prima de Maria, mãe de Jesus. Foi profeta e é considerado, principalmente pelos cristãos ortodoxos, como o "precursor" do prometido Messias, Jesus Cristo. Batizou muitos judeus, incluindo Jesus, no rio Jordão, e introduziu o batismo de gentios nos rituais de conversão judaicos, que mais tarde foram adotados pelo cristianismo.
  • 95. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 95 Meia Légua, 23/6/2012: Precisamos de uma pontinha para peões que nos possa facilitar a deslocação até ao Hipermercado que fica ali perto; pelo túnel não podemos passar, de outro lado, na estrada antiga, a ribeira não permite a nossa deslocação a pé”, dizem, às autoridades presentes, alguns dos populares. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Batista, consultado em 2012/8/1) Rª. Brava, 23 de junho de 2012: Fontenários do Sítio do Vale e do Sítio do Cabouco; ao fundo, Fajã da Ribeira.
  • 96. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 96 Fajã da Ribeira e Apresentação (as 5 últimas imagens), 23/6/2012 Na página seguinte: Fajã da Ribeira (fonte). 7.7. A FÉ, A FESTA E A TRADIÇÃO – SÃO PEDRO 1. Armindo Mateus da Silva Macedo, professor da EBSPMA, faleceu “Se esta foto fosse de ontem dia 28/06/2012 eu não teria o coração tão apertado! Armindo, ficarás sempre na minha memória pelo que eras e não pelo que sucedeu.” UM EXCELENTE SER HUMANO. Assina: Nelia Vale Silva, 29/6
  • 97. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 97 28 de junho de 2012: O Sr. Domingos, motorista da Câmara, um dos veteranos, nesta tarefa, transporta, todo feliz, a charola, a caminho da Igreja, “inaugurando” a ponte que veio substituir, em 2012, a que foi destruída pelos temporais de 20 de fevereiro de 2010, na Fajã da Ribeira. 2. Barco da Achada 3. Charola da Fajã da Ribeira Os naturais ou habitantes da Achada, bem como os dos sítios vizinhos, participaram, uma vez mais, na ornamentação e recheio do “Barco S. Pedro da Rª. Brava”, em 28 de junho de 2012, apesar dos momentos difíceis que se viveram, tais como: o falecimento do Professor Armindo, no dia anterior (proprietário do “jeep” que puxa o barco), seca e ou crise económica e financeira geral.
  • 98. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 98 Fajã da Ribeira, 28 de junho de 2012: Participação nas Festas de S. Pedro da Ribeira Brava através da construção, transporte e romagem da charola: “Este ano os mestres são todos. O Sr. António disse-nos que já estava velho para orientar a obra; com esta crise toda, não há dinheiro…o pouco que tínhamos, deu apenas para comermos umas costeletas enquanto trabalhamos na charola”. Fase final da montagem da charola, homens e mulheres, todos tiveram que trabalhar para o cumprimento dos prazos. A tradição “manda” que a Banda e o acompanhamento policial e popular não faltem durante a romagem, uns garrafõezitos, chifres, bengalas, notas, etc.
  • 99. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 99 A FÉ, A FESTA E A TRADIÇÃO – SÃO PEDRO FOTOS HÉLDER SANTOS/ASPRESS Dário da Madeira, 2012/6/29. Publicação autorizada pelos autores.
  • 100. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 100 Arraial de São Pedro - Ribeira Brava 2012: De cima para baixo, da esq. p/a direita: Álvaro (Casa do Povo da Rª. Brava) que parece dizer-nos, como é seu hábito: “isto aqui estava bom demais!”. As restantes fotos – “LAR” e “CAO”, confirmam isso. No canto inferior esquerdo: Suse Santos. A FÉ, A FESTA E A TRADIÇÃO – SÃO PEDRO Foto reportagem da Rua 6 de Maio, edifício Vale Verde Loja n.º, Loja D, 9350-208 Ribeira Brava Tel. 291 957 113
  • 101. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 101 Rª. Brava, 28 de junho de 2012: Noite de São Pedro – marchas populares, destacando-se, nesta página e na anterior, o envolvimento ativo de agrupamentos representativos do Lar de São Bento e do Centro de Atividades Ocupacionais, da Rª. Brava. Imagens: FOTO CANHAS
  • 102. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 102 Artes e Ofícios na Madeira Há mais de seis anos que a ribeirabravense Celina Coelho aparece na comunicação social regional devido à originalidade do seu projeto artístico. A sua matéria-prima é o que a maioria de nós considera lixo: escamas, espinhas, guelras de peixe, penas de aves, cascas de cebola, folhas de louro. Em 2010 a “Descobrindo” dedicou as páginas 148 a 152 a esta artista plástica. Em 2012, a Celina teve um reconhecimento internacional. Veja mais em http://www.madeira- news.de/reportagen/handwerk/439- kunsthandwerk-auf-madeira 7.8. CULTURA – ARTE 1. Celina Ascensão Coelho – Boa Morte – Rª. Brava
  • 103. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 103 “Recordar é viver?”. Fanne Rodrigues e Francisco Rodrigues, em Santo António – Funchal, integrando o Grupo de Folclore da Casa do Povo da Rª. Brava. Em baixo curso de culinária, 2012. 7.9. CULTURA – CASA DO POVO/ Concertinas do Sr. Pereira, que conta com nove elementos.
  • 104. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 104 Fotografias enviadas por Fanne Rodrigues (ver página anterior e em baixo), Grupo de Folclore da Casa do Povo da Rª. Brava nas 48 Horas a Bailar/ Festival Regional de Folclore – Santana – 13 a 15 de julho de 2012 Casas do Povo: (…) A partir de 1982 as casas do povo passaram a ter o estatuto jurídico de pessoas coletivas de utilidade pública, de base associativa, tendo como finalidade o desenvolvimento de atividades de carácter social e cultural e a cooperação com o Estado e com as autarquias locais, com vista à resolução de problemas que afetem a população local.
  • 105. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 105 8. EM FOCO Rª. Brava, 27-4-2012, na Escola Básica e Secundária Manuel Álvares: o VII Encontro de Cantares do Espírito Santo. Organização: Grupo disciplinar de EMRC - Educação Moral e Religiosa Católica. Participantes: grupos de alunos de várias escolas (Rª. Brava, Ponta do Sol, Santo António, e Curral das Freiras. Duas das escolas convidadas não puderam estar presentes por motivos imprevistos. Imagens: AJAP e Gabinete de Informática da EBSPMA. Vídeo de 4,48 minutos em: http://www.youtube.com/watch?v=g yGPY4qWoBA Um dia especial p/a Comunidade Educativa
  • 106. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 106 Abril 2012, Rª. Brava, EBSPMA P O N T A D o S O L CURRAL DAS FREIRAS S. ANTÓNIO (FUNCHAL) R I B E I R A B R A V A 2 0 1 2
  • 107. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 107 Rª. Brava, EBSPMA, abril de 2012: VII Encontro de Cantares do Espírito Santo, com a presença do Sr. Bispo, uma organização de “EMRC”.
  • 108. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 108 EBSPMA, Rª. Brava, abril de 2012: A Sala de Sessões esteve cheia como nunca. D. António José Cavaco Carrilho (2007 - presente ), bispo do Funchal, na EBSPMA, em abril de 2012.
  • 109. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 109 Escola Básica e Secundária Padre Manuel Álvares (Madeira): VII Encontro de Cantares do Espírito Santo, organizado pela disciplina de EMRC - Educação Moral e Religiosa Católica. Data: Tarde de 27 de abril de 2012. Convidados que puderam estar presentes no evento: Alunos da Ribeira Brava, Ponta do Sol, Santo António e Curral das Freiras, de acordo com os nossos registos. Imagens: Gabinete de Informática da EBSPMA e A. Pereira.
  • 110. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 110 8.1. EM FOCO – QUADRO DE HONRA/2012/EBSPMA Rª. Brava, 6 de maio de 2012: Uma pequena amostra da cerimónia de entrega dos diplomas aos melhores alunos do ano letivo anterior (2010/11). O “Quadro de Honra” tem como objetivo distinguir os melhores alunos de cada ano, com base na sua postura e nas classificações obtidas. Neste ano a “Descobrindo…” destaca uma aluna do Curso Tecnológico de Ação Social, a Jéssica Faria; na edição anterior, a revista realçou a Vanessa, uma das alunas que, desde sempre, nos habitou a estar nos Quadro de Honra. A cerimónia foi presidida pela Presidente do Conselho Executivo da EBSPMA e contou a presença do Sr. Secretário Regional da Educação e Recursos Humanos.
  • 111. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 111 8.2. EM FOCO - DIA DA CRIANÇA/“DELEGAÇÃO”/2012 Por Redação Rª. Brava, 1 de junho de 2012: Em cima, à esquerda - Rapel (em francês: rappel) uma das crianças poisa, em exclusivo, para a “Descobrindo…” antes da “aventura radical” da descida através do uso de cordas e equipamentos adequados, sob a orientação atenta dos bombeiros. O Delegado Escolar, o Vereador da Cultura da Câmara Municipal, bombeiros, funcionárias e muitas crianças de diferentes escolas básicas do concelho, uns organizando, outros espreitando a festa foram, também, captados pela nossa objetiva. O banho de espuma atrai sempre muitos “corajosos”.
  • 112. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 112 DIA INTERNACIONAL DA CRIANÇA, 2012, NA Rª. BRAVA Rª. Brava, 1 de junho de 2012 – Dia Internacional da Criança. O Dia das Crianças teve a sua origem na Conferência Mundial para o Bem-Estar da Criança em Genebra, em 1925.
  • 113. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 113 8.3. EM FOCO – SAÚDE E SOCORRISMO/BOMBEIROS Por Redação Rª Brava, 5 de junho de 2012: Alunos finalistas do Curso Tecnológico de Ação Social, da EBSPMA, fizeram uma visita guiada à sede dos Bombeiros da Rª: Brava, no âmbito da disciplina de Saúde e Socorrismo.
  • 114. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 114 8.4. EM FOCO – RIBEIRA BRAVA NO FESTIVAL DO ATLÂNTICO 2012 A “Descobrindo…” oferece aos seus leitores uma pequena amostra desse evento de carácter regional no qual participaram, também, alunos e professores do concelho da Rª. Brava. Funchal, 11 a 17 de junho de 2012: Semana Regional das Artes: Exposição Regional de Expressão Plástica e “ESCOLartes” – Organização: Secretaria Regional da Educação e Recursos Humanos – Direção Regional de Educação/Gabinete Coordenador de Educação Artística. O Festival do Atlântico marca o início da época de Verão na Madeira. É composto por um conjunto de iniciativas distribuídas ao longo do mês de Junho, sendo de destacar os espetáculos piromusicais, o Festival de Música da Madeira e a Semana Regional das Artes.
  • 115. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 115 8.5. EM FOCO – A FÉ, A FESTA E A TRADIÇÃO – Saloias De cima p/baixo: Saloias do Campanário, Achada (obrigado, Sra. Natália!), Curral das Freiras, Santo António, Ponta do Sol, Apresentação
  • 116. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 116 O Divino Espírito Santo Vem de ladeira em ladeira Anjos do céu, deitai-Lhe Rica flor de laranjeira. Trabalho realizado em colaboração com: Deolinda, Margarida, Sara, Manuel (o violinista), o pároco do Rosário, Gertrudes, Agostinho, Augusta, Fátima, grupo da paróquia e outros (alguns citados ao longo do trabalho ou na ficha técnica, no final da revista). Os nossos agradecimentos a todos. Figuras 3 a 7: Sítio do Rosário: São Vicente 3 freguesias. O município é limitado a leste pelo município de Santana, a sul por Câmara de Lobos, Ribeira Brava, Calheta e Ponta do Sol, a oeste pelo Porto Moniz e a norte tem litoral no oceano Atlântico. Informante 1: 10 de março de 2012 Figuras 1 e 2: Saloias antigas madeirenses. Fonte: PEREIRA, Eduardo C. N. (1957) Ilhas de Zargo, Volume II, 2ª. Edição, Câmara Municipal do Funchal; p. 1086 a 1092.
  • 117. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 117 Testemunho do Jovem, João Pedro, na imagem de cima, de blusão azul, em abril de 2012, num exclusivo para a “Descobrindo…”: João Pedro e grupo do da Paróquia do Rosário, de São Vicente, no Funchal, em 29/6/2012, captados por Daniela Sousa “A Festa do espírito Santo é a festa da família, a festa em que todos se reúnam para receber e festejar a visita de alguém tão importante: O Espirito Santo. Neste sítio do Rosário é realizado sempre no primeiro de maio, aproveitando assim o feriado. As visitas do Divino Espirito santo começam no domingo seguinte do domingo de Páscoa, esteando-se até ao domingo de Pentecostes que, por norma, é o dia do Espirito Santo. O material, ou os objetos utilizados são as insígnias do Espirito Santo, ou seja, duas bandeiras, a salva, onde se depositam as ofertas, a caldeirinha com a água benta e os cestos de flores para atirar à entrada de cada casa. Hoje em dia as ofertas são em dinheiro para a igreja, para esta ajudar a suportar os custos. As saloias são quase sempre três meninas entre os oito e os onze anos. Elas exibem belas roupagens compostas por um vestido branco.
  • 118. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 118 Levam uma carapuça com penas e fios dourados, e cada uma com o seu cesto devidamente ornamentado com orquídeas por ser considerado uma das flores mais nobres e por se cultivarem em abundancia nas nossas casas. Na nossa visita pascal participa também o sacerdote, com a sua alva branca e com a água benta e abençoa todas as casas. No primeiro de maio realiza-se o Espirito Santo no sítio da Vargem, no Loural e Saramago, num domingo à escolha, e na quinta feira da Assunção (antigo feriado e dia santo), na Achada do Til, Ribeira Grande e Lomba. A única gastronomia própria é como em todas as festas: a espada, que não falta, e o pão caseiro. A tradição de amassar, ligada a muitas outras, está a cair em decadência pelo elevado número de padarias, pois antigamente um dos rituais precedentes à visita pascal e, nomeadamente o amassar o pão, era para que se tivesse pão fresco na festa. Tanto as músicas como a letra variam de freguesia para freguesia, tendo cada uma um som e uma composição diferentes. Mas todas transmitem a alegria e a festividade deste dia.” Assina João Pedro O cesto contém flores variadas: orquídeas, pétalas de rosas, malvas, azálias… Figura 10: Saloias de S. Vicente (Vargem do Rosário), a 1 de maio de 2012 – António Pereira. As saloias não levam tanto ouro mas vão mais bem arranjadas, mais ensaiadas do que noutros sítios.
  • 119. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 119 Arcadas Vestido branco com mangas compridas Capa vermelha Carapuça Laço de fita vermelha Cabelo amarrado Cabelo amarrado Cordões de ouro Sapatos brancos Meias brancas Figura 11: Saloias de S. Vicente (Vargem do Rosário), em 1 de maio de 2012 – António Pereira Figura 12: Saloias de S. Vicente (Vargem do Rosário), a 1 de maio de 2012 – António Pereira. Visita Pascal O ofertante é homenageado com música e cânticos (o bailinho da Madeira, o malhão, malhão, etc.). Quatro saloias, uma exceção à regra de serem só duas.
  • 120. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 120 Testemunho de habitantes mais velhos do Rosário, num exclusivo para a revista “Descobrindo…”, em maio de 2012: ”Um dia de alegria e um dia em que as pessoas fazem mais despesa do que no Natal, por ser só num dia e o Natal são vários dias. Um dia de alegria para toda a gente.” (Visita do Espírito Santo no 1º. de maio, no Rosário – S. Vicente) “Vêm as saloias. Até as saloias não levam tanto ouro mas vão mais bem preparadas, mais ensaiadas do que noutros sítios. A festa, aqui neste sítio (povoação), é feita no 1º dia de maio, mas é no Tempo Pascal, em geral. Aqui neste sítio e não acaba a festa do Espírito Santo. As pessoas não estimam (não querem deixar) que os padres, que vêm, queiram substituir p´ra` tro dia (para outro dia), as pessoas não querem. É uma tradição antiga aqui neste sítio. As pessoas dão oferta (dinheiro) que deitam na salva, porque é para a Igreja e dão oferta ao Sr. padre, que é para
  • 121. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 121 ele e uma partezinha, mais pequenina (reforço da ideia), já se sabe, para as saloias. Idades das saloias: mais ou menos dez anos…até aos doze anos …mas já não é tão é bom… (com doze anos já não é “pura”). Duas saloias, antigamente, agora vão até três para fazerem o coro mais bonito. As vozes das crianças, às vezes elas são fraquinhas (não cantam tão bem), e com mais uma….”a união faz a força” (o coro é melhor quando são três a cantar). São vestidas de branco, com a capa vermelha, têm uma coroa na cabeça, carapuça, como chamam, e um laço de fita amarado no ombro e outro para trás, vermelho. O cabelo também feito um cocó (totó) por causa de segurar a carapuça. O cesto leva pétalas de rosas, enfeitado de roda (enfeitado com, ao redor) com orquídeas e então por dentro é rosas mas pode levar outra mistura de rosas. Eu não acho que mudasse. Não mudou. Na questão das crianças … só que antigamente, as pessoas achavam um desprezo ser saloia; e eram as miudinhas mais pobrezinhas é que faziam de saloia mas agora como as pessoas já dão mais uma ofertinha (mais dinheiro), as crianças, qualquer uma criança já vão. Podem ser pessoas que se arranjem bem, mas elas já querem ir e vêm. Na nossa família nunca houve quem fizesse de saloia. Como eu digo, eram as pessoas mais pobrezinhas que participavam e nós não nos considerávamos ainda nesse ponto (não nos consideravam pobres), graças a Deus. As saloias cantam e os tocadores tocam. As pessoas respondiam: Aleluia!
  • 122. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 122 Antigamente havia uns senhores que andavam, uns meses antes da festa, de casa em casa, à procura de meninas para serem saloias. Elas tinham de dizerem uma com outra (mesmo tamanho/altura). O ouro, também, era pedido, por empréstimo. Vestiam-se da seguinte maneira: Bota, de cano, com fita vermelha; meia vermelha; vestido branco, com folhas de feijão… Assina: Sra. Olga, em cima, uma leitora e colaboradora da “Descobrindo”, desde o início, em abril de 2012, na Rª. Brava.
  • 123. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 123 Sandro (jovem da Vila da Ribeira Brava; testemunho captado em maio de 2012, junto da Igreja-matriz, onde o jovem acabara de participar na missa): “Lembro-me, de pequeno, que o Espirito Santo era uma festa. Para mim era um “sonho” viver esse momento. Estar ali presente! Nessa altura tinha mais ou menos quatro ou cinco anos de idade. Mas foi por volta dos catorze ou quinze anos que participei no primeiro Espirito Santo como tocador de acordeão, a convite de uma senhora de idade, que era festeira e que sempre quis que eu entrasse. Eu não tinha muito interesse, mas os meus pais insistiram porque achavam que isso ia ser uma oportunidade. Foi muito interessante porque eramos um grupo de jovens tocadores. Para além de mim no acordeão, havia mais três: um tocava braguinha, outro bandolim e outro violino. Durante os ensaios as coisas não eram fáceis porque as saloias por serem pequenas, tinham uma voz muito fininha e não era fácil acompanhá-las. Elas eram duas, com idades entre os seis e os dez anos de idade. O facto de a saloias serem pequenas é porque se torna mais bonito ver uma rapariguinha pequena naquelas roupas. Dá mais alegria. Dá mais
  • 124. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 124 beleza. E depois a voz é também mais fininha o que contribui para o belo. No que respeita às roupas, não sei especificar muito bem porque não estive muito dentro desse assunto mas o que mais me marcou foram as folhas, o cesto e as flores que o enfeitavam. Ainda cheguei eu próprio a ir colher algumas flores para esse fim. Ter um cesto bem enfeitado com flores coloridas era das coisas mais lindas! Outra coisa a destacar era o ouro. As pessoas nos sítios emprestavam o seu ouro melhor ouro. Mesmo aquele que usavam era emprestado. Lembro-me que atavam um fiozinho de linho de várias cores em cada peça para se saber a zona e pessoas pertenciam. O pior de tudo era quando o ouro ficava interlaçado, não só porque dava muito trabalho a separá-lo como magoava muito o pescoço das saloias. O que as saloias usavam na cabeça não me lembra muito bem. Mas sei que isso era um dos marcos mais característicos da roupa. As botas que calçavam eram as botas do bailinho. Se esta tradição do Espirito Santo se manterá no futuro, sinceramente tenho algumas dúvidas. Talvez em alguns sítios enquanto houver pessoas que assim o queiram mas quando elas já cá não estiverem duvido que os mais novos o façam. Eles já não têm gosto por estas coisas. Eu penso por mim” Assina: Sandro
  • 125. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 125 Pomar da Rocha – Rª. Brava: Haverá saloias mais bonitas que as minhas, na Madeira? Várias pessoas dizem que as minhas saloias são as mais bonitas. Sra. Deolinda Como veste as suas saloias? Botas, meias vermelhas fininhas, vestido branco, enfeitado com folhas de alegra campo com acácia, de manga curta, cesto de vime, enfeitado de flores, com uma fita vermelha…
  • 126. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 126 Fale-nos das suas saloias? Sra. Deolinda: A capa é vermelha e as folhas que estão na capa é de alegra campo e a flor de acácia; as saloias devem ir com cordões de ouro no peito… gargantilhas; com arcadas de ouro. A carapuça na cabeça tem penas brancas de galinha… (…) Um ano, veio nas costas de trás um cesto metade preto metade branco sem nada e um cordão só no pescoço…Eu cá levava sempre o meu ouro. No ano passado o Srº padre tinha medo que houvesse ladrões, então, comprou para cada saloia uma um cordão de fantasia e este ano a Carolina (funcionária da Casa do Povo da Ribeira Brava) disse que ia comprar um, também, para o senhor pagar. “Eu cá nunca tive essas coisas de fantasia; eu levava quarenta e oito cordões de ouro, naquele tempo! Este ano, faço 82 anos de idade, no dia 2 de julho. Isto (as roupas) vai ficar guardado na minha casa. Vou por na igreja como uma recordação! Custou-me imenso e trabalhei muito para arranjar uma capa assim e não há nenhuma como esta não há nenhuma. Eu arranjei o Espírito Santo para deitar no domingo de Páscoa; arranjei o Espírito Santo para sair no Pico; arranjei o Espírito Santo para sair na Murteira… (Continua na próxima edição) Vinde, Pai dos pobrezinhos, Distribuir os vossos “dões” Aos grandes e aos pequeninos. Oh! Vinde, ó luz dos corações. O Divino Espírito Santo Debaixo daquela “núvia” (nuvem) Agradeça esta oferta Das mãos duma “viúva”…
  • 127. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 127 Ribeira Brava (presente e passado, em cima e as duas primeiras da página seguinte) A popular “festa” do Espírito Santo continua a ser celebrada em muitos concelhos da Madeira, conforme ilustram as seguintes imagens captadas pelo autor deste trabalho em maio de 2012, na Ribeira Brava e em S. Vicente. Ponta do Sol, 2012. “Saloias de Luísa Gaspar” - As saloias são duas meninas que acompanham as insígnias do Espírito Santo e respetivos festeiros por ocasião da visita Pascal.
  • 128. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 128 Nos cortejos, participam, entre outros figurantes, as saloias que cantam ao chegar às casas, acompanhados por músicos, como no passado longínquo: As saloias trajavam e trajam, ainda hoje, vestido branco de linho, com botões de ouro no colarinho, manga curta franzida e saia igual. Habitualmente o vestido é ornamentado com colares de ouro e folhas de alegra-campo verde. Sobre o cabelo trançado coloca-se uma carapuça enfeitada com colares e prendas de ouro. Para completar o conjunto, bota chã e rica capa vermelha ornada de flores (perpétua amarela) e muitas prendas de ouro.3 Esta festa vai continuar porque, de acordo com os informantes, a mesma tem raízes profundas na tradição cultural e religiosa dos naturais e residentes dos sítios do Rosário- S. Vicente e concelho da Ribeira Brava: Toda a Festa, a preparação mais exigente até à sua concretização e encerramento, geralmente no dia de Pentecostes, está carregada de rituais que são a expressão da devoção que este povo manifesta à terceira pessoa da Santíssima Trindade. 3 http://trajesdeportugal.blogspot.pt/2010/02/trajo-das-saloias-ilha-da-madeira.html, consult. 2012/5/22
  • 129. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 129 8.6. EM FOCO – CRIOULO CABOVERDIANO NA FAJÃ DA RIBEIRA? (O crioulo de Cabo Verde é uma língua mista que foi formada com base na língua portuguesa e línguas de escravos da costa ocidental africana) Mesmo perto de nós vivem pessoas cuja língua materna é diferente da maioria. O Sr. Santana nasceu em C: Verde.
  • 130. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 130 8.7.EM FOCO – DIVERSOS 2011/2012 Rª. Brava, abril e maio de 2012: Em cima, no Mercado Municipal; restantes: alunos do 4º. Ao 12º. ano.
  • 131. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 131 Rª. Brava celebrou o Dia Internacional do Idoso A Câmara Municipal da Ribeira Brava, em parceria com a Associação de Desenvolvimento da Ribeira Brava (ADBRAVA) celebrou o Dia do Idoso, em 1 de outubro de 2012, com algumas atividades, com objetivo de sensibilizar a sociedade para as questões do envelhecimento e para a necessidade de proteger e cuidar a população mais idosa, no âmbito do “Ano Europeu do Envelhecimento Activo e da Solidariedade entre Gerações” e com a colaboração com diversas entidades do concelho que trabalham com a população idosa, desde centros de convívio, Lares de Idosos, Centro de Saúde da Ribeira Brava, a PSP e a Paroquia da Ribeira Brava.
  • 132. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 132 Por: Câmara Municipal
  • 133. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 133 Por Câmara Municipal
  • 134. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 134 FESTA DA CASTANHA, 2012 Por Associação Desportiva de Campanário Domingo, 11 de novembro de 2012: Dia de festa no Chão Boieiro, nas serras do Campanário, sendo as castanhas o centro das atenções. Este evento na sua 3ª edição, procurando promover as zonas e gentes
  • 135. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 135 serranas do Campanário e Ribeira Brava, realizou-se num contexto natural no meio dos próprios castanheiros e castanhas, conferindo um caráter muito especial a este evento.
  • 136. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 136 SOLIDARIEDADE, AMBIENTE E OUTROS Rª. Brava e Funchal, novembro e dezembro de 2012: Alunos da EBSPMA em diversas atividades: Festas, celebrações e ações de solidariedade para com a ADBRAVA, L. P. Contra o Cancro e ABRAÇO.
  • 137. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 137 Rª. Brava, 28/11/2012: Cerimónia pública, no Salão Nobre da Câmara, de entrega de certificados às escolas do 1º. ciclo, creches e infantários que, durante o ano letivo 2011/12, participaram no “ECO-ESCOLAS”, neste concelho.
  • 138. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 138 A “Educação Ambiental” faz parte da área da educação cujo objetivo é a divulgação do conhecimento sobre o ambiente, a fim de ajudar à sua preservação e utilização sustentável dos recursos. O Programa Eco-Escolas permite desenvolver atividades e objetivos de referência nesta área, em 2013 e anos seguintes:  Aprender a respeitar o meio ambiente;  Estimular a participação ativa dos alunos na busca de soluções para um melhor meio ambiente;  Desenvolver uma maior responsabilidade e intervenção dos alunos no meio local; incentivar ações promovidas a partir das escolas;  Reconhecer através de diferentes atividades que o meio ambiente é comum a todos nós e que deve ser preservado;  Ser um contributo para uma educação ambiental participada na escola onde educar é formar futuros cidadãos conscientes e ativos do ambiente. Rª: Brava, 15/12/2012: Leia mais em: http://www.ebspma.edu.pt/
  • 139. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 139 9. CRÓNICAS DOS ALUNOS DA TURMA 11º E, 2011/12 A Minha Terra – Praia, Tabua A minha terra chama-se Praia e pertence à freguesia da Tabua, concelho da Ribeira Brava. Nesta localidade existem alguns serviços, como a Casa do Povo, uma fábrica metalúrgica, uma Junta de Freguesia e um Centro de Ajuda à pessoa com deficiência, dois lares: o Lar Intergeracional da Santíssima Trindade e o Centro de Acolhimento Temporário, uma Igreja, uma Capela. Existe também nesta freguesia uma casa muito curiosa, denominada ‘Castelo’, situada no sítio da Corujeira, uma Escola de Condução e uma Escola Primária. Nesta comunidade existe mais idosos, entre os 60 e 70, do que as restantes faixas etárias. O representante político máximo é o Presidente da Junta de Freguesia, o Sr. Vítor. A Tabua já evoluiu muito mas o facto de, depois do temporal de 20 de fevereiro, a ponte que foi destruída ainda não estar construída, desvaloriza um pouco a Tabua. Por: Tatiana, 11º.E, EBSPMA, 2011/12
  • 140. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 140 A Minha Terra – Terça, Tabua A comunidade da Tabua, onde atualmente vivo, é composta maioritariamente por adultos. Eu vivo mais precisamente no sítio da Terça, que é composto por montanhas e estradas. A população do meu sítio é composta por adultos, havendo ao todo apenas 12 jovens/adolescentes e todos, exceto dois, frequentam a Escola Básica e Secundária Padre Manuel Alvares. A constituição das famílias é tradicional, composta por mãe, pai e quatro filhos, no máximo. Antigamente, a Terça era diferente, pois havia muitos terrenos de cultivo, e quase todos se dedicavam à agricultura. Em tempos havia uma “venda”, mas neste momento encontra-se encerrada. A população da freguesia da Tabua tem um total de 1105 habitantes. Como recursos naturais temos as bananeiras e a comida “tirada da terra”. No meu sítio não passa autocarro, pois as estradas são demasiado apertadas. Com o temporal do dia 20 de fevereiro de 2010, a ponte que fazia a ligação entre Ribeira Brava – Tabua, e Tabua - outros sítios, caiu, e até hoje, passados dois anos, ainda não foi arranjada. Para quem não conhece, eu garanto que é um sítio bonito, calmo e que vale a pena conhecer. O clima é bom quando não chove e os verões são muito quentes. O sítio da Terça é bom para fazer passeios a pé ou de bicicleta. Na Tabua existe uma Casa do Povo, onde nos podemos inscrever em cursos como o de culinária, pintura, dança e também podemos praticar atividades. Há uma igreja e um parque infantil onde as crianças vão desfrutar de boas brincadeiras. Por: Nádia, 11º. E, 2011/12, EBSPMA
  • 141. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 141 A Minha Terra – Lombada e Ponta do Sol Por: Lisandra Rodrigues e Sérgio Tanque, alunos da EBSPMA, 2011/12, 11.º E Na Lombada temos uma Igreja Paroquial, mais conhecida por Igreja de Nossa Senhora da Conceição, Capela do Espírito Santo e a Escola Primária com Pré-Escolar, mais conhecida por Solar dos Esmeraldos. A primeira fotografia desta página é desse Solar, destacando-se o respetivo brasão da família. Segunda foto: uma mercearia tradicional. Terceira imagem: rodas que faziam girar o moinho no sítio onde vivo – Lombada da Ponta do Sol. A última fotografia é da antiga Escola Primária. (…) Muitas casas encontram-se fechadas, porque algumas pessoas emigraram para o estrangeiro para trabalhar e arranjar melhores condições de vida. (…). Eu, como futuro técnico de Ação Social, darei o meu contributo para tentar mudar algumas coisas, embora tenha a tarefa dificultada devido aos conflitos e desvalorização dos eventos por parte da população.
  • 142. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 142 A Minha Terra – Corujeira, Tabua Por: Carla Pereira, EBSPMA, 2011/2012 No sítio da Corujeira, Tabua, tem mais idosos do que jovens. Nessa zona habitam mais casais e poucas crianças e estrangeiros. Relativamente a espaços culturais predominam um centro de saúde e a Casa do Povo também existe um lar de idosos e uma instituição privada (Jardins da Tabua). Vive lá o presidente da Casa do Povo. Sra. Justina, natural e residente na Serra da Serra de Água. Visita muitas vezes os seus filhos e netos que vivem na Tabua. Tabua, 2011: John e Eleine residem na Tabua, são muito queridos por todos. Além disso, são simpáticos e divertidos. Viviam na Inglaterra e gostaram da Tabua e decidiram mudar-se para lá. Tabua, 2011: Sr. Luís era um residente da Tabua, faleceu no mês de abril de 2012. As pessoas não se lembram muito dele, porque quando era jovem teve um acidente de trabalho que o deixou incapacitado de andar, pelo que esteve mais de vinte anos acamado, aos cuidados da mulher Sra. Conceição. Era um homem muito divertido e risonho.
  • 143. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 143 A Minha Terra – vila da Ribeira Brava Por Jéssica Faria, 11º. E, 2011/12 O território da Ribeira Brava tem três dimensões: a física, que se refere ao local onde as pessoas se encontram, onde formam relações, conflitos, tradições, entre outros; a social, que se refere às instituições e outras organizações ou estruturas, cuja obrigação passa por intervir em determinados aspetos, e dimensão dos transportes, que determina a comunicação entre os espaços. Aqui na Ribeira Brava existe muitos transportes públicos e há viagens para os sítios e para o Funchal a diferentes horas por dia. Já as instituições existentes são várias, tais como: o Centro de Saúde, a Segurança Social, o Lar de São Bento, o Registo Civil, a Escola Básica com Pré-Escolar, a Escola Secundária, entre outros. A população da Ribeira Brava é composta por crianças, jovens, adultos e idosos, no entanto, o grupo que predomina é o grupo dos idosos, devido à baixa taxa de natalidade e à baixa taxa de mortalidade. Esta população tem mais ou menos o mesmo número de homens e mulheres. No que se prende com as classes, a que predomina é a classe baixa, embora exista também indivíduos de classe média e de classe alta. A comunidade da Ribeira Brava é formada por indivíduos que assumem um papel de extrema importância para o trabalho comunitário. Esses indivíduos encontram-se em grupo que podem ser o grupo familiar, o grupo de amigos, o grupo de trabalho, entre outros. Relativamente à família, a intervenção é consoante as necessidades do agregado familiar. A meu ver, a Ribeira Brava oferece boas condições para viver, sendo este concelho um local extremamente agradável para habitar, pois oferece bens e serviços indispensáveis à vida humana.
  • 144. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 144 A Minha Terra – São Paulo Por: Janete Drumond EBSPMA 2011/2012 Eu vivo em São Paulo, sítio que pertence à freguesia da Ribeira Brava. São Paulo é dividido por seis sítios (Ribeira Funda, Eira do Morão, Lombo Furado, Fontes, Lugar da Serra e Terreiros) localizado no meio rural. Este sítio tem boas condições; alguns dos indivíduos vivem da agricultura/ fazenda, pois nem todos têm uma boa situação económica; há famílias estruturadas e desestruturadas. A população tem diferentes faixas etárias, as crianças, os jovens, os adultos e os idosos, mas nesta comunidade depara-se com mais idosos do que jovens. O sítio onde vivo, a Ribeira Funda, é um local onde os homens vão mais para a fazenda, enquanto as mulheres ficam em casa ou até mesmo ajudam os seus maridos. É populosa e a maioria dos casais são religiosos, e as pessoas muito unidas! Ao longo dos tempos, a população da taxa etária de idosos tem crescido cada vez mais. De uma forma geral, a população gosta muito de conviver e de se entreajudar.
  • 145. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 145 A Minha Terra – Espigão Por: Domingas Teles EBSPMA 2011/2012 O Espigão é um sítio que tem uma bela paisagem, de onde dá para ver a Serra de Água, Ribeira Brava, Pomar da Rocha, entre outros. Na minha zona, a população é um pouco envelhecida. Apesar de tudo, há alguns jovens, com quem convivemos. Ao longo dos tempos foi construído um miradouro, no qual está uma imagem de Nossa Senhora de Fátima. Muitas vezes é um ponto de paragem obrigatório para os turistas, pois o miradouro proporciona uma vista panorâmica fantástica. É um local que vale a pena visitar!
  • 146. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 146 A Minha Terra – Lugar da Serra Por: Carina EBSPMA 2011/2012 A comunidade do Lugar da Serra é bem estruturada, é um lugar tranquilo onde não há criminalidade nem perigos. As casas estão próximas umas das outras. É um lugar onde, em plena natureza, se podem fazer caminhadas a e outras atividades ao ar livre. A população não é muito numerosa. As pessoas vêm mais à rua durante o dia do que à noite, onde jogam e conversam… As pessoas costumam cultivar nas suas terras quase todo o tipo de alimentos como batatas, semilhas, tomate… É um lugar não muito longe da cidade e muitos turistas gostam de ir lá passear. A família padrão é composta por mãe, pai e filhos, num máximo de cinco. A maioria das pessoas que lá vive é jovem, sendo que os idosos estão em menor número. As estradas são de bom acesso e a população está servida com autocarros. Possui uma Escola Básica do 1º Ciclo com Pré-Escolar e um Centro Comunitário (ver fotos acima). A Minha Terra – Adega, Campanário Por: Jorge Alexander EBSPMA 2011/2012 O sítio onde resido é a Adega. Tem mais ou menos mil e duzentas pessoas. Tem uma levada do norte, onde a maioria dos turistas vai caminhar, uma padaria onde vendem pão, bolos, sumo, etc., uma Escola Básica, a EB1/PE da Corujeira, onde as crianças desta zona fazem o seu percurso escolar no 1º ciclo. As pessoas são boas embora por vezes haja violência, sendo que é preciso a polícia intervir. Se eu quisesse escolher outro sítio para viver podia, claro que podia, mas não era a mesma coisa!
  • 147. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 147 Eunice Raquel A. A. de Canha- - Natural da Ribeira Brava; Licenciada em Ensino Básico c. v. em Matemática e Ciências da Natureza- Mestrado em Ciências da Terra e da Vida. 10. SOCIAL – MODA – EUNICE CANHA Por AJAP/Eunice Ribeira Brava, 2011/2012: A Eunice, possui, também, o curso de manequim pela Platinium Models e, atualmente, é professora do 1º ciclo e modelo na 4affection Agency. O que é ser manequim?
  • 148. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 148 No limiar do século XXI, ser manequim é… “O mundo da moda nunca constituiu uma prioridade nem um fascínio mas foi uma oportunidade que depois de oferecida foi aceite como um desafio, o qual, diz ter enfrentado com pouca expetativa, mas que depois revelou-se uma experiência frutífera, gratificante e muito agradável. Tanto na moda como na educação, o profissionalismo é um requisito pessoal que impõe a si própria. Deste modo, apesar de terem surgido algumas propostas, nunca executou nenhum trabalho de moda antes de fazer o curso de manequim, o qual ingressou não por iniciativa própria, mas sim por convite e no qual, comenta ter ganho uma perspetiva muito mais realista deste universo.
  • 149. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 149 Manequim: Eunice Raquel Canha Fotografia: Teresa Gonçalves Evento: Passeio Público Data: 2011 Desde então as oportunidades têm surgido: sessões fotográficas, trabalhos promocionais, participação em eventos de moda como júri, desfiles, de entre os quais destaca a participação no Sta. Cruz Fashion Weekend, Moda Funchal, Moda Machico, Funchal Noivos, entre ouros. Partilha ainda que é fácil gostar deste mundo onde as passerelles, as cores o brilho deixam-nos sentir o glamour por instantes, mas claro que só se torna gratificante se “os nossos” lá estiverem. Por isso, admite que foi incondicional o apoio da família e o encorajamento dos amigos para percorrer este caminho. Ao percorrer a passerelle fá-lo com segurança, simpatia e exigência para fazer jus ao empenho dos estilistas e demais profissionais que lhe confiam o seu trabalho. “ Diz que: ”ser manequim, mais do possuir os requisitos físicos é ter atitude”. Assina: Eunice.
  • 150. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 150 10.1. SOCIAL – MODA – BÁRBARA FRANCO Bárbara Franco, “miss Mundo Portugal 2011”, em Cabo Verde, julho de 2012: grato às fantásticas pessoas de cabo verde que nos permitiram fazer estas fotos e que colaboram connosco. Bárbara (ribeirabravense), no “Plateau” - Cidade da Praia e no Hotel Oásis Atlântico Praiamar -- Cabo Verde. — com Paulo César (Fotografia).
  • 151. Revista “Descobrindo”, Edição n.º 11 151 Bárbara Franco, em Cabo Verde, julho de 2012. Por © Margarida Faria D.R.P. Bárbara, a modelo ribeirabravense, ex-estudante da EBSPMA, foi Miss Mundo Portugal 2011/12, em discurso direto: O que quero mesmo é desfilar em Paris, Milão.