3. Informações ao aluno(a)
Este curso tem uma carga horária de 30 h por módulo, com
duas vídeos-aulas com cerca de 45’ e 35’ (minutos) cada uma,
incluindo o tempo para estudo da aula, leitura dos textos e
avaliação.
Você poderá fazer o seu planejamento de estudo; mas, deverá
cumprir todas as etapas requeridas no período estabelecido
nas normas do curso.
A nota mínima para a certificação do módulo é 7 (sete); você
tem direito a três tentativas na sua avaliação.
Caso não alcance a média não receberá a certificação no
curso.
4. Apresentar orientações sobre
notificação e investigação de casos de
acidente de trabalho com exposição a
material biológico nas unidades de
saúde para o desenvolvimento das
ações de vigilância à saúde.
Objetivos
6. Neste módulo trataremos do acidente com exposição aos
materiais biológicos com destaque para os
profissionais de saúde, mas é importante salientar que a
exposição aos riscos biológicos ocorre também nos
serviços de esgotos, na coleta e industrialização de
lixo urbano, nos cemitérios, nos serviços veterinários,
nos matadouros, nos frigoríficos e na manipulação de
carnes e alimentos “in natura”, dentre outros. Mais
informações sobre outros agentes de exposição ocupacional?
Consulte o material de apoio!
7. FILME - Acidente com materiais biológicos
Assistam ao filme disponível no material de
apoio e após a leitura desse módulo, façam
seus comentários no fórum de dúvidas.
8. Para efeito de notificação do protocolo a
ser abordado trataremos dos:
“Acidentes que ocorrem com profissionais que
sofrem exposição a materiais biológicos com
risco de soroconversão pelos vírus da Aids (HIV),
Hepatite B (HBV) e Hepatite C (HCV), em seus
locais de trabalho”.
O que são Acidentes de Trabalho
com Exposição a Materiais
Biológicos?
9. Conforme o protocolo que estamos
abordando a população exposta são todos os
profissionais e trabalhadores que atuam, direta
ou indiretamente, em atividades onde há risco de
exposição ao sangue e a outros materiais
biológicos, incluindo aqueles profissionais que
prestam assistência domiciliar e atendimento pré-
hospitalar.
Quem são os expostos
10. Quem são os expostos
Observar que nos serviços de saúde outros
trabalhadores também são expostos, a exemplo dos
trabalhadores em serviços gerais, limpeza e
lavanderia.
Trabalhadores em atividades de transporte de
amostras de materiais biológicos para laboratórios,
como motoboys e correios, eventualmente poderão
sofrer acidentes com exposição.
Vale lembrar, como foi citado antes, que outras
categorias de trabalhadores poderão ter acidentes
14. Trabalhadores que fazem
transporte de material biológico
RDC 302/2005
Leia a RDC 302/2005
RDC/ANVISA 01/2002 e a Portaria MS 1985 de 2001.
15. Alguns dados ...
50% dos acidentes com material biológico
não são registrados nos Estados Unidos de
acordo com o Instituto Nacional de Segurança
e Saúde Ocupacional (NIOSH,1999)
45% das pessoas que sofrem este tipo de
acidente não concluem o acompanhamento
de saúde necessário para evitar essas
doenças (estudo publicado em 2002 realizado
nas unidades de saúde em São Paulo).
16. Tipo de Agravo 2013 2014 2015
Acidente Trabalho c/
Exposição a Material
Biológico 2.222 2.512 2.590
Acidente de Trabalho Grave 2.248 2.536 2.993
Câncer Relacionado ao
Trabalho 3 4 1
Dermatoses Ocupacionais 18 20 27
LER DORT 802 749 729
PAIR 11 15 16
Pneumoconiose 7 6 10
Transtorno Mental 41 47 68
Tabela 01 - Número de Agravos e Doenças Relacionadas
ao Trabalho Notificados no SINAN, Bahia, 2009 a 2011.
17. Quais os principais problemas de saúde
que podem decorrer deste tipo de
acidente?
Infecção pelo HIV
Infecção pelo Vírus da Hepatite B
Infecção pelo Vírus da Hepatite C, entre outros...
É importante lembrar que qualquer pessoa que vive a
experiência de entrar em contato com estes agentes
infecciosos pode sofrer grande desgaste mental e isto
deve ser levado em conta no acompanhamento deste
trabalhador.
Entretanto, este protocolo se atém basicamente à questão
da exposição aos vírus do HIV e das Hepatites B e C
18. Qual o risco de adoecer por HIV
e Hepatite B?
O contato das secreções ou sangue do
PACIENTE FONTE com as mucosas (respingos
em olhos, nariz ou boca) do TRABALHADOR
ACIDENTADO geram risco de 0,09% de infecção
por HIV
Quando ocorre perfuração da pele do trabalhador
e contato com o material biológico, o risco de
contrair o HIV cresce para 0,3%
O risco de se contrair hepatite é ainda maior.
Alguns estudos mostraram risco de até 60% de
se infectar com o vírus da Hepatite B
20. O primeiro atendimento deve ser idealmente,
nas primeiras 2 horas após a exposição, tendo
como limite as 72 horas subsequentes à
exposição.
Acidente de trabalho envolvendo sangue e
outros fluidos potencialmente contaminados é
considerado urgência.
Fonte: DDAHV/SVS/MS
ATENÇÃO
21. Fluxograma
O fluxograma deve ser adequado à realidade
de cada município/Unidade de Saúde,
respeitando os princípios que norteiam o
atendimento emergencial para o caso de
acidente.
A equipe multidisciplinar deve ser treinada
para prestar o atendimento o mais rápido
possível e manter-se atualizada para as
possíveis mudanças de protocolos.
22. Fluxograma do protocolo de acidentes com
exposição a material biológico do Ministério da
Saúde
Acidente
com
material
biológico
Cuidados
e
avaliação
Acidentado
Atenção
A agilidade no
atendimento é
fundamental, pois caso
seja necessária a
introdução de anti-
retroviral , o prazo ideal é
de 2hs após o acidente
Origem do
material é
conhecida
?
23. Notificar no
SINAN*
Realizar sorologia no acidentado:
ANTI-HIV, ANTI-HCV, ANTI-HBs,
ANTI-HBc, HBs Ag, ALT/TGP
Cuidados locais
imediatos com a a área
exposta
Anamnese do
paciente acidentado
Determinar o risco da exposição (tipo
de material biológico e tipo de
exposição)
Há risco de infecção?
(Considerar fonte, tipo de material
biológico e tipo de exposição)
Aplicar Protocolo HIV
Aplicar Protocolo HCV
Aplicar Protocolo HBV
Acidentado
Sim
HIV
Sim
HCV
Sim
HBV
Para a aplicação dos protocolos (HIV,HBV,HCV) referenciar para as unidades
de atendimento PEP.
*Emitir a Comunicação do Acidente de Trabalho - CAT , se for trabalhador
celetista, ou a ficha de Notificação de Acidente em Serviço – NAS, para o
servidor público estadual e para o federal e municipal consultar legislação
própria.
24. Origem do
material é
conhecida?
Paciente-
fonte
Conhecido
Paciente
fonte
desconhe
cido
Anamnese, analisar
prontuário e exames de
laboratórios prévios.
Paciente
autoriza exames
(consentimento
informado)
Realizar sorologia no
paciente-fonte: ANTI-HIV,
ANTI HBc, Anti-HBs,HBs Ag,
ANTI-HCV
Qual o
resultado
dos
exames?
Comunicar ao paciente -
fonte e acidentado. Concluir
investigação.
Aplicar
protocolo
específico
Há risco de
infecção?(fonte, tipo
de material biológico
e tipo de exposição)
Sim
Positivo
.
Negativo.
Não
28. Avaliação da exposição no acidente com
materiais biológicos – Imediatamente após
o acidente
Deve ser avaliada quanto ao potencial de
transmissão de HIV, HBV e HCV com base
nos seguintes critérios:
1. Tipo de exposição
2. Tipo e quantidade de fluido e tecido
3. Status sorológico da fonte
4. Status sorológico do acidentado
5. Susceptibilidade do profissional exposto
29. 1. Tipo de exposição
Exposições percutâneas: lesões provocadas por
instrumentos perfurantes e/ou cortantes (exemplo: agulhas,
bisturi, vidrarias)
Exposições em mucosas: respingos em olhos, nariz,
boca e genitália
Cutânea (Exposições em pele não-íntegra): por
exemplo: contato com pele com dermatite, feridas abertas
Por mordeduras humanas consideradas como
exposição de risco, quando envolverem a presença de
sangue.
Nesses tipos de exposições, tanto o indivíduo que
provocou a lesão (paciente fonte), quanto aquele que foi
lesado, devem ser avaliados.
30. Sangue e outros materiais
contendo sangue
Sêmen; fluidos vaginais
Líquidos serosos (peritoneal,
pleural, pericárdico, LCR, líquido
amniótico e articular)
Materiais biológicos com risco de transmissão
Fonte: DDAHV/SVS/MS
2. Tipo e quantidade de fluido e
tecido
31. Vômitos; Fezes; Urina; Suor
Lágrimas secreções nasais
Saliva (exceto em ambiente
odontológico)
Fonte: DDAHV/SVS/MS
Materiais biológicos sem risco de transmissão
2. Tipo e quantidade de fluido e
tecido
32. 2. A quantidade de fluido é
importante na avaliação da
gravidade do acidente
Maior volume de sangue:
Lesões profundas por material cortante,
presença de sangue visível no instrumento,
acidentes com agulha de grosso calibre,
previamente utilizadas em veia ou artéria.
Maior Inoculação viral:
Pacientes fontes com HIV/Aids avançada,
infecção aguda por HIV, situações com
viremia elevada.
33. Maior gravidade
Maior volume de sangue ou sangue visível no
instrumento
Lesões profundas
Agulhas previamente utilizadas em veia ou
artéria de paciente-fonte
Agulhas de grosso calibre ou com lúmen
HIV - Maior inoculação viral: aids em estágio
avançado, viremia elevada infecção aguda
35. Quando o Paciente Fonte é conhecido e
autoriza a realização do exame
36. PACIENTE-FONTE CONHECIDO
exames laboratoriais do paciente-fonte:
Exames Sorológicos:
Solicitar anti-HIV, AgHBs e anti-HCV.
Se anti-HCV reagente, solicitar HCV-RNA (qualitativo).
Recomenda-se o uso de testes rápidos para HIV.
Testes rápidos para as hepatites B e C foram validados
pelo Ministério da Saúde, apenas como triagem. Não
podem ser utilizados para diagnóstico.
Se o paciente-fonte não apresentar resultados sorológicos
reagentes para infecção pelo HIV/VHB/ VHC no momento
do acidente, testes adicionais da fonte não estão
indicados, assim como não estão indicados exames de
seguimento do profissional acidentado.
37. 3. Quando o paciente fonte não autoriza a realização do
exame ou existe alguma impossibilidade para sua
realização .
38. PACIENTE-FONTE CONHECIDO, COM SOROLOGIA
DESCONHECIDA.
Caso a condição sorológica do paciente-fonte seja
desconhecida (por exemplo, óbito, transferência
hospitalar, recusa para realizar o exame etc.), devem-se
buscar registros em prontuário e considerar possíveis
diagnósticos clínicos, presença de sintomas e história
de situação epidemiológica de risco para a infecção.
Levar em conta a probabilidade clínica e epidemiológica
de infecção pelo HIV, HCV, HBV – prevalência de
infecção naquela população, local onde o material
perfurante foi encontrado (emergência, bloco cirúrgico,
diálise), procedimento ao qual ele esteve associado,
presença ou não de sangue, etc.
39. 3.Quando a fonte é desconhecida
Consultar no material de apoio os protocolos
específicos – HIV, HBV e HCV.
40. Paciente-fonte desconhecido
Avaliar a probabilidade de risco para infecção
– por exemplo, prevalência da infecção
naquela população, local em que o material
perfurante foi encontrado, procedimento ao
qual ele esteve associado e presença ou não
de sangue, realizando acompanhamento
clínico-laboratorial do trabalhador.
41. Acompanhamento clínico-
laboratorial do trabalhador
Definida a impossibilidade de testagem ou se as
informações dos registros forem insuficientes, o
acompanhamento clínico-laboratorial do trabalhador é
obrigatório.
Orientar o profissional acidentado sobre a importância
da realização dos exames sorológicos. Solicitar anti-
HIV, preferencialmente o teste rápido(TR), HBsAg e
anti-HCV.
Se anti-HCV for reagente, solicitar HCV-RNA
(qualitativo).
43. Profilaxia antirretroviral pós
exposição HIV (PEP)
A PEP se insere no conjunto de
estratégias da Prevenção Combinada
cujo principal objetivo é ampliar as
formas de intervenção para evitar
novas infecções pelo HIV no mundo.
Fonte: DDAHV/SVS/MS
44. Profilaxia antirretroviral pós
exposição HIV (PEP)
Quando indicada, a PEP deverá ser iniciada
de preferência nas primeiras duas horas
após o acidente.
Resultados de estudos em animais sugerem
que a PEP iniciada até 12, 24 ou 36 horas da
ocorrência é mais efetiva do que a iniciada até
48 a 72 horas após a exposição.
Esses estudos também estabeleceram que a
PEP não é efetiva quando indicada após
decorridas mais de 72 horas da exposição.
45. Fluxograma para indicação de PEP-
HIV
Pessoa em possível situação de
exposição ao HIV
Houve exposição a material biológico
com risco de transmissão do HIV?
Houve exposição com risco de
transmissão do HIV – percutânea,
mucosa, pele não íntegra?
atendimento dentro de 72 horas após a
exposição?
Pessoa exposta exame de HIV positivo
ou reagente?
Pessoa fonte exame de HIV positivo ou
reagente ou desconhecido
SIM
SIM
SIM
NÃO
PEP não indicada.
Acompanhamento não é
necessário
Não
Não
Não
PEP não indicada.
Realizar acompanhamento
sorológico da pessoa
exposta.
PEP não indicada.
Encaminhamento para
acompanhamento
clínico
SIM
Não recomendar PEP .
*PEP poderá ser indicada
se a pessoa fonte tiver
exposição de risco nos
últimos 30 dias, devido à
janela imunológica,
Acompanhamento
sorológico não é
Iniciar PEP acompanhamento
sorológico indicado
Não
SIM
Fonte: DDAHV/SVS/MS-20l5
Pessoa
fonte
Pessoa
expessoa
Tempoda
exposição
Tipode
exposição
Material
biológico
46. Profilaxia antirretroviral pós
exposição HIV (PEP)
Esquema preferencial para PEP
enofovir (TDF) + Lamivudina (3TC) + Atazanavir/ritonavir (ATV/r)
Esquema antirretroviral está indicado, independentemente do
tipo de exposição e material biológico envolvido
Fonte: DDAHV/SVS/MS.
Duração - 28 dias
47. Medicamento Apresentaçã
o
Posologia
Tenofovir (TDF)/
Lamivudina (3TC)
Comprimido de
300mg/300mg
1 comprimido VO 1
x ao dia
Atazanavir (ATV)
Comprimido de
300mg
1 comprimido VO 1
x ao dia
ritonavir (r)
Comprimido de
100mg
termoestável
1 comprimido VO 1
x ao dia
* Nota – TDF e 3TC estão disponíveis na apresentação de
Apresentação de antirretrovirais preferenciais
para PEP e posologias
Fonte: DDAHV/SVS/MS.
48. Esquemas alternativos para
PEP
Esquema alternativo - Duração: 28
dias
TDF contraindicado AZT/3TC (DFC) + ATV/r
ATV/r contraindicado TDF/3TC (DFC) + LPV/r
AZT/3TC (DFC) + TDF
Fonte: DDAHV/SVS/MS
49. Apresentação e posologia do
esquemas alternativos para PEP
Medicament
o
Apresentaç
ão
Posologia
Zidovudina (AZT)/
Lamivudina (3TC)*
Comprimido de
300mg/150mg
1 comprimido VO 2 x
ao dia
Tenofovir (TDF) /
Lamivudina (3TC)*
Comprimido de
300mg/300mg
1 comprimido VO 1 x
ao dia
Tenofovir (TDF)
Comprimido de
300mg
1 comprimido VO 1 x
ao dia
Lopinavir/ritonavir
(LPV/r)
Comprimido de
200mg/50mg
2 comprimidos VO 2
x ao dia*Nota – AZT e 3TC estão disponíveis na apresentação de dose fixa
combinada (DFC), sendo estas as apresentações preferenciais
Fonte: DDAHV/SVS/MS.
50. Acompanhamento clínico-
laboratorial
O acompanhamento clínico-laboratorial da pessoa
exposta em uso de PEP deve levar em
consideração:
A toxicidade dos antirretrovirais;
O diagnóstico de infecção aguda pelo HIV;
A avaliação laboratorial, incluindo testagem para o HIV
em 30 e 90 dias após a exposição;
A manutenção de medidas de prevenção da infecção
pelo HIV.
Fonte: DDAHV/SVS/MS.
51. Recomendação de exames para
seguimento da PeP- HIV
HIV
Hemograma,
glicose,
ureia,
creatinina,
TGO,
TGP
Teste de HIV
Fonte: DDAHV/SVS/MS
52. Período recomendados para realizar
exames para seguimento da PEP-
HIV
Exames
laboratoria
is
1º
atendimen
to
2º
semana
4ª semana 12ª
semana
Hemograma,
glicose,
ureia,
creatinina,
TGO, TGP
SIM SIM
Teste de HIV
SIM SIM SIM
Fonte: DDAHV/SVS/MS
53. IMPORTANTE !
Orientar a pessoa exposta durante todo
acompanhamento, sobre importância de manter
medidas de prevenção à infecção pelo HIV:
uso de preservativos em todas as relações
sexuais;
não compartilhamento de seringas e agulhas nos
casos de uso de drogas injetáveis;
não doação de sangue, órgãos, tecidos ou
esperma;
evitar a gravidez. Fonte: DDAHV/SVS/MS
54. Profilaxia antirretroviral pós-
exposição HBV (PEP)
Tanto a vacina quanto a imunoglobulina
devem ser aplicadas, idealmente, nas primeiras
24 horas após o acidente.
Ver recomendação no protocolo (material de
apoio).
OBSERVAÇÃO : A pessoa imunizada vai
apresentar no exame sorológico o Anti HBs,
acima de 10 mUI/ml.
55. Profilaxia antirretroviral pós
exposição ao HCV (PEP)
Até o momento não existe nenhuma
profilaxia pós-exposição contra o HCV.
Ver recomendação no protocolo -
Recomendações para terapia antirretroviral
em adultos infectados pelo HCV, Brasil 2010.
56. Não Esquecer
O acidente com material biológico é uma
situação de atendimento de urgência, pois o
tempo decorrido entre o acidente e o início da
PEP nos casos em que está for indicada, deve
ser o menor possível.
Preferencialmente nas primeiras duas horas
seguintes ao acidente e nunca superior a 72
horas.
57. PREENCHIMENTO DA FICHA DE NOTIFICAÇÃO
NO SINAN
Preenchimento manual/computador-
SINAN
g1.globo.com
58. O Estado da Bahia considera que devem ser
notificados os casos ocorridos com todos os
profissionais e trabalhadores que atuam, direta ou
indiretamente, em atividades onde há risco de
exposição
62. Condutas após o atendimento
imediato ao paciente acidentado.
63. Condutas após o atendimento
imediato
1. Acompanhar o acidentado durante 6 meses
2. Oferecer suporte emocional
3. Orientar o acidentado a relatar de imediato os
seguintes sintomas: linfoadenopatia, rash, dor
de garganta e sintomas de gripe
4. Reforçar a prática de biossegurança e
precauções básicas em serviço.
5. Investigar as possíveis causas do acidente e
recomendar medidas preventivas e corretivas
6. Notificar o Caso (SINAN, CAT ou NAS).
64. Recomendações ao acidentado
Prevenção à transmissão secundária
Atividade sexual com proteção pelo período de
seguimento, principalmente nas primeiras 6 a
12 semanas pós-exposição
Evitar: gravidez, doação de sangue, de
plasma, órgãos, tecidos e de sêmen
Interromper aleitamento materno
Condutas após o atendimento
imediato
65. “ O conflito entre cuidar de si ou do doente se torna freqüente
com a progressiva intensificação do trabalho, a superposição
de tarefas, as interferências repetidas no curso das mesmas e
outras características da organização do trabalho que
poderiam ser identificadas num enfrentamento coletivo das
dificuldades atuais”. Osório Claudia et al., 2005.
“A análise da responsabilidade é pluricausal e se dissocia da
imputação de culpa, enquanto a análise monocausal, ainda
predominante no Brasil, tende a imputá-la ao próprio
trabalhador acidentado”. Machado JMH, Porto MFS, Freitas
CM, 2000.
Prevenção de acidentes com materiais
perfurocortantes em serviços de saúde
66. A Vigilância dos Acidentes de
Trabalho com Materiais Biológicos
A completude no preenchimento da ficha de
acidente é fundamental pois campos como a
circunstância do acidente, o agente, o uso de
EPI, o local do acidente, serão importantes
para efetuar a análise e desencadear as
medidas de prevenção posteriores.
O acompanhamento da situação vacinal dos
profissionais de saúde e a promoção de
campanhas de vacinação é fundamental para
a prevenção de adoecimento.
67. A Vigilância dos Acidentes de Trabalho
com Materiais Biológicos
O serviço deve promover campanhas educativas
de Biossegurança e prevenção de acidentes de
trabalho
A promoção de medidas como o
acompanhamento do descarte adequado, evitar
o reencape de agulhas , motivo frequente de
acidente de trabalho com material biológico, são
recomendadas.
Nos próximo slide apresentamos a proposição
de análise coletiva de acidentes de trabalho
proposta por Osório e a abordagem de
68. Proposição de um método de análise
coletiva
dos acidentes de trabalho no hospital
O método consiste em levar o trabalhador a recriar a
situação em que ocorreu o acidente, deslocando-se para a
posição de observador de seu próprio trabalho.
Na primeira etapa da análise, o trabalhador é convidado
a mostrar ao analista do trabalho como se deu o acidente.
Na segunda, a dupla acidentado/analista registra, num
diagrama, a sucessão de eventos descrita.
Na terceira, o registro feito é rediscutido e complementado;
Na quarta, são avaliadas e executadas, sempre pela dupla
acidentado/analista, ações destinadas a prevenir a
reincidência do acidente analisado. (Osório Claudia et al. Cad.
Saúde Pública, Rio de Janeiro, 21(2):517-524, mar-abr, 2005 - veja no material
de apoio)
69. Abordagens atuais de prevenção
de acidentes com perfurocorantes
Na hierarquia da prevenção de acidentes com
perfurocortantes, a primeira prioridade é eliminar e
reduzir o uso de agulhas e outros perfurocortantes
onde for possível. A próxima é isolar o perigo através do
uso de um controle de engenharia no ambiente ou no
próprio perfurocortante, dessa forma impedindo que o
elemento perfurante ou cortante fique exposto em qualquer
lugar do ambiente de trabalho.
Quando essas estratégias não estão disponíveis ou não
fornecem proteção completa, só então é que o foco deve
ser na implementação das mudanças na prática de
trabalho e do uso de equipamentos de proteção individual.
70. Alternativas para o uso de
agulhas
Os serviços de saúde podem eliminar ou reduzir
o uso de agulhas de diversas maneiras.
A maioria (~70%) dos hospitais norte-
americanos(83) eliminou o uso desnecessário
de agulhas através da implementação de
sistemas de administração IV que não exigem
(e em alguns casos, não permitem) o acesso a
agulhas. (Alguns autores consideram esta uma
medida de controle de engenharia, como
descrito acima.)
71. Alternativas para o uso de
agulhas
Essa estratégia removeu amplamente as
agulhas dos circuitos intravasculares, como
aquelas para infusão intermitente (piggy-back) e
outras agulhas usadas para conectar e acessar
partes do sistema de administração IV.
Esses sistemas demonstraram sucesso
considerável na redução de acidentes com
perfurocortantes relacionados a circuitos.
Intravasculares.
72. Alternativas para o uso de
agulhas
Outras estratégias importantes para eliminação ou
redução do uso de agulhas incluem:
Uso de alternativas para fornecer medicação e vacinação
quando for disponível e seguro para o atendimento ao
paciente, revisão das rotinas e práticas de coleta de
amostras de sangue a fim de identificar e eliminar punções
desnecessárias, uma estratégia que é boa tanto para os
pacientes, quanto para os trabalhadores da saúde.
Além disso, este tipo de medida também pode contribuir
para reduzir o desperdício de material e os gastos a ele
relacionados, como na estratégia de planejar todos os
exames de um paciente de forma a colhê-los em uma
única vez.
73. Controles de
engenharia
Esses controles segregam ou isolam um perigo no local de
trabalho.
No contexto da prevenção de acidentes com perfurocortantes,
incluem os coletores de descarte, que retiram os
perfurocortantes do ambiente e os segregam em recipientes
específicos, e os dispositivos de segurança, que isolam
completamente o perfurocortante.
A ênfase nesses controles levou ao desenvolvimento de muitos
tipos de dispositivos de segurança e há critérios sugeridos para
a criação e o desempenho desses dispositivos.
74. Controles de engenharia
Os estudos sugerem que nenhum dispositivo de
segurança ou estratégia funciona da mesma maneira
em todos os serviços de saúde.
Além disso, não existe um critério padrão para
avaliação das alegações sobre a segurança dos
dispositivos, embora todos os principais fabricantes de
artigos médicos comercializem perfurocortantes com
dispositivos de segurança.
Os trabalhadores devem desenvolver seus próprios
programas para selecionar a tecnologia mais adequada
e avaliar a eficácia de diversos materiais no contexto de
seus próprios ambientes de trabalho.
75. Mudanças nas práticas de
trabalho
Com o foco atual nas medidas de controle de
engenharia, há poucas informações novas sobre o uso
de controles nas práticas de trabalho para reduzir o
risco de acidentes com perfurocortantes durante o
atendimento ao paciente. Uma exceção se refere à
prevenção de acidentes no centro cirúrgico.
Os controles nas práticas de trabalho são um
importante componente da prevenção de exposições a
material biológico, incluindo acidentes percutâneos, em
ambientes cirúrgicos e obstétricos porque o uso de
perfurocortantes não pode ser abolido.
76. Mudanças nas práticas de trabalho – Medidas
em centro cirúrgico
Usar instrumentos, em vez dos dedos, para segurar agulhas, retrair
tecidos e montar/desmontar agulhas e lâminas de bisturis;
Anunciar verbalmente ao passar perfurocortantes;
Evitar a passagem de instrumentos perfurocortantes de mão em mão,
usando uma bacia/ bandeja ou uma área de zona neutra;
Usar métodos alternativos de corte, como dispositivos de
eletrocauterização cegos (blunt electrocautery) e a laser, quando
adequados;
Substituir a cirurgia aberta por cirurgia endoscópica, quando possível;
Usar lâminas de bisturi com ponta arredondada ao invés de lâminas
pontiagudas;
Usar dois pares de luvas.
O uso de agulhas de sutura cegas/rombas (blunt suture needles)
77. Mudanças nas práticas de trabalho
Medidas em centro cirúrgico
Isoladamente, dispositivos de segurança e
mudanças nas práticas de trabalho não irão
prevenir todos os acidentes com perfurocortantes.
Reduções significativas desses acidentes
também exigem:
Ações educativas,
Uma redução na realização de procedimentos
invasivos o máximo possível
Um ambiente de trabalho seguro
Uma relação trabalhador/paciente adequada.
78. Leia mais sobre prevenção de
acidentes com materiais
perfurocortantes no texto de apoio.
Manual de implementação
Programa de prevenção de
acidentes com materiais
perfurocortantes em serviços de
saúde
AdaptadoOsório Claudia et al. Cad. Saúde
Pública, Rio de Janeiro, 21(2):517-
524, mar-abr, 2005
79. São tantas as informações ,
fluxos, por onde começo? O
que posso fazer para implantar
um atendimento no meu
município? Ou orientar outros
técnicos a montar um serviço
de atendimento ao acidentado?
80. Composição da Equipe Multiprofissional
envolvida no Atendimento ao Acidentado com
Materiais Biológicos
Equipe:
Enfermeiro
Médico
Farmacêutico
Técnico de Referência em Saúde
do trabalhador (PAIST/SIAST ou
outros)
Técnico da Vigilância
epidemiológica
Assistente Social
Médico infectologista
81. Serviços de Saúde envolvidos no
Atendimento ao Acidentado com Material
Biológico
Serviços de Saúde:
Unidades Básicas de Saúde
Unidades de Atendimento Pré-Hospitalar
Centro de testagem e Aconselhamento – CTA
Serviços de Atenção Especializada em DST/Aids/HVI
– SAE
Unidades da Rede de Urgência e Emergência
Hospitais e Maternidades
Laboratórios
Farmácias
82. Outros serviços/setores que podem estar
envolvidos no atendimento a depender da
unidade de saúde
PAIST / NUGTES – para o setor público
estadual
SESMT – Serviço Especializado em
Engenharia de Segurança e em Medicina
do Trabalho.
CIPA – Comissão interna de Prevenção
de Acidentes
CCIH – Centro de controle de infecção
Hospitalar
83. Atendimento básico HV
Tratamento HV
Tratamento IP HV
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kkkkkkkkkkkki
atabelakkkkkk
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IBOTIRAMA
BARREIRAS
Luís
Eduardo
BOM JESUS DA
LAPA
S. Mª DA VITÓRIA
GUANAMBI
VITÓRIA DA
CONQUISTA
BRUMADO
IRECÊ
REMANSO
JUAZEIRO
PAULO AFONSO
R. DO
POMBAL
SERRINHA
ITAPETINGA
SEABRA
CRUZ DAS
ALMAS
CACHOEIRA
SALVADOR
L. DE FREITAS
VERA CRUZ
CANDEIAS
CAMAÇARI
SIMÕES
FILHO
JEQUIÉ
IPIAÚ
VALENÇA
ITABUNA
CAMACAN
ILHÉUS
CANAVIEIRAS
ITABELA
PORTO SEGURO
EUNÁPOLIS
TEIXEIRA DE
FREITAS
ITAMARAJU
MUCURI
Serviço de DST/HIV/aids em funcionamento
Novo Serviço de DST/HIV/aids
JACOBINA
FEIRA DE SANTANA
IPIRÁ
SENHOR DO BONFIM
CAMPO FORMOSO
ALAGOINHAS
CATU
SAJ
AMARGOSA
ITABERABA
RUY BARBOSA
Salvador, Bahia · Quarta-feira 26 de Março de
2014 Ano · XCVIII · No 21.387
RESOLUÇÃO CIB Nº 085/2014
Aprova a relação dos municípios prioritários e
elegíveis do Estado da Bahia, para receberem o
incentivo financeiro de custeio às ações de
vigilância, prevenção e controle das DST/HIV/Aids e
Hepatites Virais.
84. A lista com a rede de serviços para
atendimento de PEP(ocupacional e sexual) na
Bahia, implantada pela DIVEP/PE de
DST/AIDS está disponível no material de apoio.
85. Impressos utilizados nas situações de exposição
ocupacional aos vírus HIV, HBV e HCV
Ficha do SINAN: Acidentes de Trabalho com Exposição a
Material Biológico.
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido –
Trabalhador acidentado e paciente fonte.
Termo de abordagem consentida - modelo anexo à
Instrução Normativa 1.626/2007.
Ficha de referência e contra-referência - encaminhamento
para serviços especializados.
Formulário de solicitação de medicamentos ARV (Siclom –
ver no material de apoio)
Ficha de controle de imunobiológicos especiais.
OBS: Para mais informação verificar o material de Apoio.
86. Teste Rápido
Recomenda-se a utilização de testes rápidos para
detecção de anticorpos anti-HIV,
O principal objetivo do seu uso é conhecer a condição
sorológica do paciente-fonte para definir quanto à
indicação da quimioprofilaxia
No caso de testagem não reagente, a PEP não deve
ser instituída e caso iniciada deve ser interrompida.
O “Manual técnico para o diagnóstico da infecção pelo
HIV”, do Ministério da Saúde (2014), define os
algoritmos para execução dos testes rápidos (ver
material de apoio)
87. Hospital do Subúrbio –
Atendimento de Urgência e Emergência
Parceria Publico Privada
Os próximos slides, descrevem o exemplo de
atendimento ao acidentado, fluxo e formulários
utilizados pelo Hospital do Subúrbio/ Salvador–
Ba.
Este hospital realiza o atendimento interno para
os seus trabalhadores acidentados por meio da
equipe do Serviço Especializado em Engenharia
de Segurança e em Medicina do Trabalho-
SESMT.
A equipe técnica do SESMT nos cedeu as
informações e impressos do fluxo de
88. Hospital do Subúrbio - SESMT
Composição da equipe do SESMT :
04 Técnicos de Segurança do Trabalho;
01 Engenheiro de Segurança do Trabalho;
01 médico do trabalho;
01 técnico de enfermagem do trabalho,
01 enfermeira do trabalho;
01 assistente administrativo e
um aprendiz de rotina administrativa (Jovem
aprendiz).
89. Acidente com materiais
biológicos
Hospital do Subúrbio
Possui laboratório próprio (sorologias)
Parceria com o Hospital Couto Maia para a atenção à
saúde do acidentado (O Hospital do Subúrbio oferece
medicação para 3 dias e depois o paciente é encaminhado
para o Hospital Couto Maia para avaliação com o
infectologista e continuação da medicação)
Possui Centro de controle de infecção Hospitalar – CCIH
do próprio Hospital (repassa as fichas de notificaçãodo
SINAN para o Distrito Sanitário -Subúrbio
Ferroviário/Periperi para computação dos dados)
Distrito Sanitário -Subúrbio Ferroviário/Periperi -
Fornecimento de Vacina, digitação das fichas do SINAN
93. Encaminhamento do acidentado para o
Hospital Couto Maia após o atendimento
inicial
Nome do TrabalhadorData
Nome por extenso
Assinatura
94. Atendimento externo para acidente com
material biológico – Salvador
Sugiro atualizar a partir da lista de serviços
disponibilizada pela divep
95. Para um melhor aproveitamento deste
conteúdo, foi disponibilizado um caso sobre
acidente de trabalho com exposição a materiais
biológicos na vídeo – aula: “ Roda de Conversa
sobre ADRT no SINAN”.
96. Estamos propondo uma troca de experiências:
gostaríamos que você participasse no fórum
de dúvidas, colocando a realidade de sua
região/município para que juntos possamos
visualizar a realidade do atendimento ao
acidentado com materiais biológicos na rede
SUS/Bahia e elaborarmos em conjunto novos
fluxos ajustados a realidade de cada região.
99. Bibliografia
BRASIL. Protocolo de Atenção à Saúde dos
Trabalhadores Expostos a Materiais Biológicos.
Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde,
Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. –
Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2006.
BAHIA. Manual de Normas e Procedimentos
Técnicos para a Vigilância da Saúde do Trabalhador,
Secretaria de Saúde do Estado,
SESAB/SUVISA/CESAT, 2002.
Textos complementares e filmes no material de apoio