1. Tema 3: “As áreas rurais em mudança”
- Fragilidades dos sistemas agrários-
2. Relação entre espaços rural, agrário e agrícola
Espaço Espaçomm
Espaço
SAU
rural agrário agrícola
Espaço rural – conjunto de áreas dedicadas à agricultura, criação de gado, floresta,
artesanato, turismo, produção de energias renováveis, etc
Espaço agrário – produção agrícola (vegetal e animal), pastagens, florestas,
habitações dos agricultores, infra-estruturas e equipamentos agrícolas
Espaço agrícola – espaço ocupado com a produção vegetal e/ou animal
SAU – superfície agrícola utilizada (área de culturas)
41. Características:
9,6% da pop. activa trabalha na agricultura
pop. Agrícola tem diminuído devido a:
- “atracção” exercida pelos sectores 2º e 3º;
- modernização da agricultura.
aumentou o êxodo agrícola e o envelhecimento da pop. Agrícola
o grau de instrução é baixo
a formação profissional baseia-se essencialmente na prática e nos
conhecimentos transmitidos de pais para filhos.
a mão-de-obra é sobretudo familiar
as mulheres representam oficialmente ¼ do total da pop. activa
agrícola e verifica-se uma tendência para o aumento destes valores
o trabalho da pop. agrícola está muito ligado à pluriactividade e ao
pluri-rendimento
42. - CULTURAS TEMPORÁRIAS -
Cereais (milho, trigo, arroz, centeio, aveia, cevada e triticale)- são os
que assumem maior importância; o Alentejo é a maior região
cerealífera nacional.
Milho-assume maior expressão produtiva na região oeste e é a mais
importante cultura arvense nacional;
Trigo-tem maior representatividade no Alentejo e é o principal cereal de
sequeiro na produção cerealífera portuguesa;
Arroz-produzido nas regiões associadas às bacias hidrográficas dos rios
Mira, Mondego, Sado e Sorraia;
Centeio- para consumo humano e animal. É um cereal de altitude
cultivado no interior do país (Norte e Centro);
Aveia- produção predomina no Alentejo;
Cevada- produção para malte. Predomina no Alentejo;
43. Batata- um dos mais importantes produtos agrícolas e cultiva-se
em todo o país, com destaque para Entre Douro e Minho,
Trás-os-Montes, Beira Litoral e Ribatejo e Oeste.
Culturas industriais- Destacam-se o tomate (Ribatejo e Oeste e
no Alentejo), o tabaco (produção tem diminuído e predomina nas
Beiras litoral e interior e Ribatejo e oeste) e o girassol (Alentejo e
Ribatejo e Oeste).
A produção de beterraba sacarina tem aumentado (indústria de
transformação do açucar)
44. - Culturas Permanentes -
OLIVAL – encontra-se por todo o país (excepto em altitude) mas
sobretudo no Alentejo. Trás-os-Montes surge em 2º lugar.
VINHA – a área de vinha e a produção de vinho estão a diminuir
desde 1980. Trás-os-Montes é a região com maior área de
vinha. A região do Ribatejo e Oeste é a principal produtora
de vinho.
POMAR- a área de pomar diminuiu em relação ao conjunto das
culturas permanentes. Frutos frescos como as maçãs, peras,
pêssegos e citrinos (laranja, limão, tangerina) ocupam a maior
área total de pomares no país. A produção de frutos secos
(castanha, noz, avelã e a amêndoa) apresenta boas perspectivas
- HORTAS FAMILIARES -
Constituem um valor muito reduzido (‹1%) destacando-se a Beira
Litoral e Madeira.
45. Forte dependência externa– produção nacional não satisfaz as necessidades
de consumo logo a balança alimentar nacional é deficitária
A livre circulação de mercadorias na U.E. facilita a
impor-
tação. O aumento da exigência dos consumidores, o
marketing, a facilidade de transporte e a globalização
também favorecem a importação de produtos agrícolas
de outros países do mundo.
Baixos níveis de produtividade – são reflexo dos problemas estruturais da
agricultura nacional.
Rendimento dos factores – indicador económico, em que ao VAB líquido subtrai-se
os impostos sobre a produção e soma-se os subsídios à produção
Rendimento empresarial líquido – saldo resultante da soma do excedente líquido
de exploração e dos juros recebidos e da subtracção das rendas e dos juros pagos.
Rendimento agrícola – (relação entre a produção e a superfície cultivada) influencia
46. Produtividade – relação entre a quantidade produzida e a mão-de-obra utilizada.
Depende de factores como as tecnologias utilizadas, a formação
profissional e o grau de mecanização
Níveis de RENDIMENTO E PRODUTIVIDADE
(Inferiores à média da U.E.)
Fraca competitividade
Deve-se a :
condições meteorológicas irregulares
população envelhecida e com baixa instrução e formação profissional
ainda muito uso de técnicas tradicionais
uso incorrecto de adubos e pesticidas
elevado número de pequenas explorações agrícolas
culturas agrícolas inadequadas aos solos
elevados custos de produção: custos de combustível e impostos mais elevados
que na maioria da U.E.
o crédito agrícola (modernização das explorações agrícolas) origina grandes
encargos financeiros.
47. Muitas actividades agrícolas desenvolvem-se em solos pouco aptos para a
agricultura.
Problemas dos solos no sistema extensivo:
utilização do pousio absoluto (sem plantas forrageiras ou pastagens artificiais)
que facilita a erosão dos solos;
a monocultura conduz ao esgotamento em certos nutrientes;
excessiva mecanização leva à compactação dos solos;
Problemas no sistema intensivo:
utilização excessiva ou incorrecta de fertilizantes químicos e pesticidas degrada,
polui e diminui a fertilidade dos solos.
A má utilização dos solos leva à DESERTIFICAÇÃO
Solução: ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO