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A Remuneração das
Externalidades do Montado no
       âmbito da PAC
   …. e porque insistimos em definir
   factores essenciais para a nossa
 Sobrevivência como Externalidades…
                     Nuno Gaspar de Oliveira
                    CIGEST | Sustentabilidade e Economia
                                                    Natural
                              Instituto Superior de Gestão
“No mundo, onde as externalidades, especialmente
  as ambientais, não são totalmente contabilizadas na
  economia, pode parecer que esta forma “antiquada”
  de coexistência de ecossistema-negócio não é mais
  rentável, mas isto seria uma visão muito limitada. O
  problema está parcialmente dividido entre bens
  públicos e privados, serviços e benefícios, num lado,
  e a relação servicos/custos, no outro.
  Felizmente as pessoas à volta do Montado estão
  conscientes disso.”

Ladislav Miko, Director (Natureza), DG Ambiente, Comissão
Europeia
In Anuário 2011 APCOR
Externalidades - actividades que envolvem a imposição involuntária de custos ou de
benefícios, isto é, que têm efeitos positivos ou negativos sobre terceiros. Quando os efeitos
provocados pelas actividades são positivos, estas são designadas por externalidades
positivas. Quando os efeitos são negativos, designam-se por externalidades negativas.
Exemplos de externalidades positivas são investigação e desenvolvimento, pois os seus
efeitos sobre a sociedade são geralmente muito positivos sem que esta tenha que pagar pelo
seu benefício. Exemplos de externalidades negativas são a poluição ambiental provocada
pelas actividades económicas que levam à perda de biodiversidade ou desregulação de
serviços dos ecossistemas.
A Perversão das Externalidades
“Now that we feel that the crisis is not something that dominates the
       headlines every day, we run the very real risk that – also among
members of the G20 – there is perhaps less of an effort, less of a sense
   of urgency. And that, I think, is exactly the danger. We need to work
                                                            against this.”
                           Angela Merkel, Federal Chancellor of Germany




                          ?!?
Enquadramento

 Político
            Contexto
             Convenções
            Internacionais   Acção
Económico     Directivas      Regulamentada   Voluntária
              Europeias
Enquadramento

‘Rio+20’
               Contexto
              Aichi-Nagoya /
                   TEEB           Acção
                   Our life       Directivas ‘Ambientais’ e
  ‘Green                             de ‘Conservação da       Business & Biodiversity /
               insurance, our
Economy                                   Natureza’,               CSR, Mecenato
               natural capital:
Initiative’    EU biodiversity        PAC pós 2013
              strategy to 2020
Mas afinal, o que é que se quer Remunerar?


E será a Remuneração o único, ou sequer o
           melhor caminho?...
Draft Action Plan for sustainable forest management in a green economy
- for consideration at the Stakeholder meeting, Geneva, 10-11 May 2011
  –
      The ECE/FAO Action Plan for the forest sector in a green economy
 Structure of the Action Plan   The areas of activity under each of the
 The five main pillars of the   pillars are as follows:
 Action Plan are as follows:    1. Sustainable wood consumption and
 1. Sustainable wood            production
 consumption and                2. The low-carbon forest sector
 production                     3. Green Jobs in the forest sector
 2. The low-carbon forest       4. Valuation of and payment for
 sector                         forest ecosystem services
 3. Green Jobs in the forest    a. Valuation of forest ecosystem
 sector
 4. Valuation of and
                                services
 payment for forest             b. Payment for forest ecosystem
 ecosystem services             services: moving from theory to
 5. Monitoring and              practice
 governance of the forest       c. Forests and human health
 sector.                        5. Monitoring and governance of the forest
                                sector.
                                a. Implementation and improvement of
„Our Life Insurance, Our Natural
        Capital - A Revisão da Estratégia
        Europeia para a Biodiversidade
                    2011-2020
Visão para 2050: Até 2050, a biodiversidade da União Europeia e
os serviços ecossistémicos que por ela prestados — o seu capital
natural — são protegidos, valorizados e adequadamente
recuperados pelo valor intrínseco da biodiversidade e pela sua
contribuição essencial para o bem-estar humano e a prosperidade
económica, de modo a serem evitadas alterações catastróficas
causadas pela perda de biodiversidade.

Objectivo central para 2020: Travar a perda de biodiversidade e a
degradação dos serviços ecossistémicos na UE até 2020 e, na
medida em que tal for viável, recuperar essa biodiversidade e
esses serviços, intensificando simultaneamente o contributo da UE
para evitar a perda de biodiversidade ao nível mundial.
„Our Life Insurance, Our Natural Capital
                         - A Revisão da Estratégia Europeia para
                               a Biodiversidade 2011-2020


VALORIZAÇÃO DO NOSSO PATRIMÓNIO
NATURAL A FIM DE GERAR MÚLTIPLOS
BENEFÍCIOS

No objectivo da UE para 2020 em matéria de
biodiversidade está subjacente o reconhecimento de
que, para além do seu valor intrínseco, a
biodiversidade e os serviços que presta têm um
valor económico significativo que é raramente
reflectido nos mercados. Pelo facto de escapar à
fixação de preços e não ser reflectido nas contas da
sociedade, a biodiversidade é frequentemente vítima
de pressões concorrentes sobre a natureza e a sua
utilização vindas de todos os quadrantes.
„Our Life Insurance, Our Natural Capital
                             - A Revisão da Estratégia Europeia para
                                   a Biodiversidade 2011-2020


• Uma economia mais eficiente em termos de recursos:
Ao conservar e reforçar a sua base de recursos naturais e
ao utilizar os seus recursos de forma sustentável, a UE pode
melhorar a eficiência da sua economia em termos de
utilização dos recursos e reduzir a sua dependência dos
recursos naturais de países não europeus.
• Uma economia hipocarbónica e mais resistente ao
clima: As abordagens baseadas nos ecossistemas para
fins de atenuação das alterações climáticas e de
adaptação às mesmas podem oferecer alternativas com
uma boa relação custo-eficácia comparativamente a
soluções tecnológicas, gerando simultaneamente
múltiplos benefícios para além da conservação da
3.3. GARANTIR A                  „Our Life Insurance, Our Natural Capital
 SUSTENTABILIDADE DA              - A Revisão da Estratégia Europeia para
 AGRICULTURA, SILVICULTURA E            a Biodiversidade 2011-2020
 PESCAS - Meta 3
• A) Agricultura: Até 2020, maximizar as áreas agrícolas com
  prados, terras aráveis e culturas permanentes abrangidas pelas
  medidas relativas à biodiversidade no âmbito da PAC
  (=MONTADO), a fim de garantir a conservação da biodiversidade e
  obter uma melhoria mensurável no estado de conservação das
  espécies e habitats que dependem da agricultura, ou são por esta
  afectados, e na prestação de serviços ecossistémicos...

• B) Florestas: Até 2020, garantir que estejam operacionais Planos de
  Gestão Florestal ou instrumentos equivalentes, em consonância com
  a gestão sustentável das florestas (GSF), aplicáveis a todas as
  florestas que sejam propriedade pública e a explorações florestais
  superiores a uma determinada área que beneficiem de financiamento
  no âmbito da Política de Desenvolvimento Rural da UE, a fim de obter
  uma melhoria mensurável no estado de conservação das espécies e
  habitats que dependem da silvicultura, ou são por esta afectados, e
  na prestação de serviços ecossistémicos conexos.
4.2. MOBILIZAR RECURSOS PARA „Our Life Insurance, Our Natural Capital
 APOIAR A BIODIVERSIDADE E OS - A Revisão da Estratégia Europeia para
 SERVIÇOS ECOSSISTÉMICOS            a Biodiversidade 2011-2020
• Assegurar uma maior utilização e distribuição dos fundos existentes
  destinados à biodiversidade.
• Racionalizar os recursos disponíveis e maximizar os benefícios
  comuns de várias fontes de financiamento, incluindo o financiamento
  para a agricultura e o desenvolvimento rural, as pescas, a política
  regional e as alterações climáticas.
• Diversificar e reforçar progressivamente várias fontes de
  financiamento. A Comissão e os Estados-Membros promoverão o
  desenvolvimento e a utilização de mecanismos de financiamento
  inovadores, incluindo instrumentos baseados no mercado. Os
  regimes de pagamento de serviços ecossistémicos devem
  recompensar a geração de bens públicos e privados pelos
  ecossistemas agrícolas, silvícolas (=MONTADO) e marinhos. Serão
  proporcionados incentivos para atrair investimentos do sector
  privado para infra-estruturas verdes e o potencial de compensação
  da biodiversidade será analisado como um meio para concretizar
  uma abordagem de «ausência de perdas líquidas».
4.2. MOBILIZAR RECURSOS PARA „Our Life Insurance, Our Natural Capital
APOIAR A BIODIVERSIDADE E OS - A Revisão da Estratégia Europeia para
SERVIÇOS ECOSSISTÉMICOS            a Biodiversidade 2011-2020



• Os fluxos financeiros (recursos próprios e fontes
  inovadoras) necessários para satisfazer as
  necessidades identificadas devem ser estabelecidos nas
  estratégias e planos de acção nacionais em matéria de
  biodiversidade.
• Estes compromissos podem ser cumpridos directamente
  através de financiamento adicional específico para a
  biodiversidade e, indirectamente, garantindo
  sinergias com outras fontes de financiamento
  relevantes, tais como o financiamento em matéria de
  clima (por exemplo, receitas do RCLE, REDD+) e outras
  fontes
• A reforma dos subsídios prejudiciais, em
  consonância com a Estratégia 2020 e o objectivo global
Meta 3:                                    „Our Life Insurance, Our Natural Capital
                                           - A Revisão da Estratégia Europeia para
                                                 a Biodiversidade 2011-2020

  Acção 8: Reforçar pagamentos directos relativos a bens públicos
  ambientais na política agrícola comum da EU
  • 8a) A Comissão proporá que os pagamentos directos da PAC
     recompensem a geração de bens ambientais públicos que ultrapassem
     os requisitos de condicionalidade (por exemplo, pastagens permanentes,
     coberto vegetal, rotação de culturas, retirada de terras para fins ecológicos,
     Natura 2000) (=MONTADO).
  Acção 9: Orientar melhor o desenvolvimento rural para a conservação da
  biodiversidade
  • 9a) A Comissão e os Estados-Membros integrarão metas quantificadas em
     matéria de biodiversidade nas estratégias e programas de desenvolvimento
     rural, adaptando a acção às necessidades regionais e locais (=MONTADO) .
  • 9b) A Comissão e os Estados-Membros estabelecerão mecanismos para
     facilitar a colaboração entre agricultores e silvicultores, a fim de permitir a
     continuidade das características da paisagem (=MONTADO), a protecção
     dos recursos genéticos e outros mecanismos de cooperação para fins de
     protecção da biodiversidade.
Meta 3:                                  „Our Life Insurance, Our Natural Capital
                                         - A Revisão da Estratégia Europeia para
                                               a Biodiversidade 2011-2020

 Acção 11: Incentivar os proprietários florestais a proteger e valorizar a
 biodiversidade florestal
 • 11a) Os Estados-Membros e a Comissão incentivarão a adopção de planos de
    gestão, nomeadamente através do recurso a medidas de desenvolvimento
    rural e ao Programa LIFE+.
 • 11b) Os Estados-Membros e a Comissão promoverão mecanismos inovadores
    (por exemplo, pagamentos de serviços ecossistémicos) para o financiamento da
    manutenção e recuperação de serviços ecossistémicos prestados por florestas
    multifuncionais (=MONTADO) .
 Acção 12: Integrar medidas sobre biodiversidade em planos de gestão
 florestal
 • 12) Os Estados-Membros assegurarão que os planos de gestão florestal ou
    instrumentos equivalentes incluam o maior número possível das seguintes
    medidas: – Manter níveis óptimos de madeira morta, tomando em consideração
    as variações regionais, como o risco de incêndio ou a potencial proliferação de
    insectos; – Preservar as zonas de natureza selvagem; – Medidas baseadas
    nos ecossistemas para aumentar a resistência das florestas aos incêndios
    (=MONTADO) , como parte integrante de regimes de prevenção de incêndios
    florestais, em consonância com as actividades realizadas no âmbito do Sistema
    Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS); – Medidas
Obrigado pela
         Atenção


Nuno Gaspar de Oliveira
Investigador „CIGEST | Sustentabilidade e Economia
Natural „
Instituto Superior de Gestão / Grupo Lusófona
nunogoliveira@cigest.ensinus.pt
(+351) 96 294 02 09
SKYPE: nuno.gaspar.oliveira

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  • 2. “No mundo, onde as externalidades, especialmente as ambientais, não são totalmente contabilizadas na economia, pode parecer que esta forma “antiquada” de coexistência de ecossistema-negócio não é mais rentável, mas isto seria uma visão muito limitada. O problema está parcialmente dividido entre bens públicos e privados, serviços e benefícios, num lado, e a relação servicos/custos, no outro. Felizmente as pessoas à volta do Montado estão conscientes disso.” Ladislav Miko, Director (Natureza), DG Ambiente, Comissão Europeia In Anuário 2011 APCOR
  • 3. Externalidades - actividades que envolvem a imposição involuntária de custos ou de benefícios, isto é, que têm efeitos positivos ou negativos sobre terceiros. Quando os efeitos provocados pelas actividades são positivos, estas são designadas por externalidades positivas. Quando os efeitos são negativos, designam-se por externalidades negativas. Exemplos de externalidades positivas são investigação e desenvolvimento, pois os seus efeitos sobre a sociedade são geralmente muito positivos sem que esta tenha que pagar pelo seu benefício. Exemplos de externalidades negativas são a poluição ambiental provocada pelas actividades económicas que levam à perda de biodiversidade ou desregulação de serviços dos ecossistemas.
  • 4. A Perversão das Externalidades
  • 5. “Now that we feel that the crisis is not something that dominates the headlines every day, we run the very real risk that – also among members of the G20 – there is perhaps less of an effort, less of a sense of urgency. And that, I think, is exactly the danger. We need to work against this.” Angela Merkel, Federal Chancellor of Germany ?!?
  • 6. Enquadramento Político Contexto Convenções Internacionais Acção Económico Directivas Regulamentada Voluntária Europeias
  • 7. Enquadramento ‘Rio+20’ Contexto Aichi-Nagoya / TEEB Acção Our life Directivas ‘Ambientais’ e ‘Green de ‘Conservação da Business & Biodiversity / insurance, our Economy Natureza’, CSR, Mecenato natural capital: Initiative’ EU biodiversity PAC pós 2013 strategy to 2020
  • 8.
  • 9. Mas afinal, o que é que se quer Remunerar? E será a Remuneração o único, ou sequer o melhor caminho?...
  • 10. Draft Action Plan for sustainable forest management in a green economy - for consideration at the Stakeholder meeting, Geneva, 10-11 May 2011 – The ECE/FAO Action Plan for the forest sector in a green economy Structure of the Action Plan The areas of activity under each of the The five main pillars of the pillars are as follows: Action Plan are as follows: 1. Sustainable wood consumption and 1. Sustainable wood production consumption and 2. The low-carbon forest sector production 3. Green Jobs in the forest sector 2. The low-carbon forest 4. Valuation of and payment for sector forest ecosystem services 3. Green Jobs in the forest a. Valuation of forest ecosystem sector 4. Valuation of and services payment for forest b. Payment for forest ecosystem ecosystem services services: moving from theory to 5. Monitoring and practice governance of the forest c. Forests and human health sector. 5. Monitoring and governance of the forest sector. a. Implementation and improvement of
  • 11. „Our Life Insurance, Our Natural Capital - A Revisão da Estratégia Europeia para a Biodiversidade 2011-2020 Visão para 2050: Até 2050, a biodiversidade da União Europeia e os serviços ecossistémicos que por ela prestados — o seu capital natural — são protegidos, valorizados e adequadamente recuperados pelo valor intrínseco da biodiversidade e pela sua contribuição essencial para o bem-estar humano e a prosperidade económica, de modo a serem evitadas alterações catastróficas causadas pela perda de biodiversidade. Objectivo central para 2020: Travar a perda de biodiversidade e a degradação dos serviços ecossistémicos na UE até 2020 e, na medida em que tal for viável, recuperar essa biodiversidade e esses serviços, intensificando simultaneamente o contributo da UE para evitar a perda de biodiversidade ao nível mundial.
  • 12. „Our Life Insurance, Our Natural Capital - A Revisão da Estratégia Europeia para a Biodiversidade 2011-2020 VALORIZAÇÃO DO NOSSO PATRIMÓNIO NATURAL A FIM DE GERAR MÚLTIPLOS BENEFÍCIOS No objectivo da UE para 2020 em matéria de biodiversidade está subjacente o reconhecimento de que, para além do seu valor intrínseco, a biodiversidade e os serviços que presta têm um valor económico significativo que é raramente reflectido nos mercados. Pelo facto de escapar à fixação de preços e não ser reflectido nas contas da sociedade, a biodiversidade é frequentemente vítima de pressões concorrentes sobre a natureza e a sua utilização vindas de todos os quadrantes.
  • 13. „Our Life Insurance, Our Natural Capital - A Revisão da Estratégia Europeia para a Biodiversidade 2011-2020 • Uma economia mais eficiente em termos de recursos: Ao conservar e reforçar a sua base de recursos naturais e ao utilizar os seus recursos de forma sustentável, a UE pode melhorar a eficiência da sua economia em termos de utilização dos recursos e reduzir a sua dependência dos recursos naturais de países não europeus. • Uma economia hipocarbónica e mais resistente ao clima: As abordagens baseadas nos ecossistemas para fins de atenuação das alterações climáticas e de adaptação às mesmas podem oferecer alternativas com uma boa relação custo-eficácia comparativamente a soluções tecnológicas, gerando simultaneamente múltiplos benefícios para além da conservação da
  • 14. 3.3. GARANTIR A „Our Life Insurance, Our Natural Capital SUSTENTABILIDADE DA - A Revisão da Estratégia Europeia para AGRICULTURA, SILVICULTURA E a Biodiversidade 2011-2020 PESCAS - Meta 3 • A) Agricultura: Até 2020, maximizar as áreas agrícolas com prados, terras aráveis e culturas permanentes abrangidas pelas medidas relativas à biodiversidade no âmbito da PAC (=MONTADO), a fim de garantir a conservação da biodiversidade e obter uma melhoria mensurável no estado de conservação das espécies e habitats que dependem da agricultura, ou são por esta afectados, e na prestação de serviços ecossistémicos... • B) Florestas: Até 2020, garantir que estejam operacionais Planos de Gestão Florestal ou instrumentos equivalentes, em consonância com a gestão sustentável das florestas (GSF), aplicáveis a todas as florestas que sejam propriedade pública e a explorações florestais superiores a uma determinada área que beneficiem de financiamento no âmbito da Política de Desenvolvimento Rural da UE, a fim de obter uma melhoria mensurável no estado de conservação das espécies e habitats que dependem da silvicultura, ou são por esta afectados, e na prestação de serviços ecossistémicos conexos.
  • 15. 4.2. MOBILIZAR RECURSOS PARA „Our Life Insurance, Our Natural Capital APOIAR A BIODIVERSIDADE E OS - A Revisão da Estratégia Europeia para SERVIÇOS ECOSSISTÉMICOS a Biodiversidade 2011-2020 • Assegurar uma maior utilização e distribuição dos fundos existentes destinados à biodiversidade. • Racionalizar os recursos disponíveis e maximizar os benefícios comuns de várias fontes de financiamento, incluindo o financiamento para a agricultura e o desenvolvimento rural, as pescas, a política regional e as alterações climáticas. • Diversificar e reforçar progressivamente várias fontes de financiamento. A Comissão e os Estados-Membros promoverão o desenvolvimento e a utilização de mecanismos de financiamento inovadores, incluindo instrumentos baseados no mercado. Os regimes de pagamento de serviços ecossistémicos devem recompensar a geração de bens públicos e privados pelos ecossistemas agrícolas, silvícolas (=MONTADO) e marinhos. Serão proporcionados incentivos para atrair investimentos do sector privado para infra-estruturas verdes e o potencial de compensação da biodiversidade será analisado como um meio para concretizar uma abordagem de «ausência de perdas líquidas».
  • 16. 4.2. MOBILIZAR RECURSOS PARA „Our Life Insurance, Our Natural Capital APOIAR A BIODIVERSIDADE E OS - A Revisão da Estratégia Europeia para SERVIÇOS ECOSSISTÉMICOS a Biodiversidade 2011-2020 • Os fluxos financeiros (recursos próprios e fontes inovadoras) necessários para satisfazer as necessidades identificadas devem ser estabelecidos nas estratégias e planos de acção nacionais em matéria de biodiversidade. • Estes compromissos podem ser cumpridos directamente através de financiamento adicional específico para a biodiversidade e, indirectamente, garantindo sinergias com outras fontes de financiamento relevantes, tais como o financiamento em matéria de clima (por exemplo, receitas do RCLE, REDD+) e outras fontes • A reforma dos subsídios prejudiciais, em consonância com a Estratégia 2020 e o objectivo global
  • 17. Meta 3: „Our Life Insurance, Our Natural Capital - A Revisão da Estratégia Europeia para a Biodiversidade 2011-2020 Acção 8: Reforçar pagamentos directos relativos a bens públicos ambientais na política agrícola comum da EU • 8a) A Comissão proporá que os pagamentos directos da PAC recompensem a geração de bens ambientais públicos que ultrapassem os requisitos de condicionalidade (por exemplo, pastagens permanentes, coberto vegetal, rotação de culturas, retirada de terras para fins ecológicos, Natura 2000) (=MONTADO). Acção 9: Orientar melhor o desenvolvimento rural para a conservação da biodiversidade • 9a) A Comissão e os Estados-Membros integrarão metas quantificadas em matéria de biodiversidade nas estratégias e programas de desenvolvimento rural, adaptando a acção às necessidades regionais e locais (=MONTADO) . • 9b) A Comissão e os Estados-Membros estabelecerão mecanismos para facilitar a colaboração entre agricultores e silvicultores, a fim de permitir a continuidade das características da paisagem (=MONTADO), a protecção dos recursos genéticos e outros mecanismos de cooperação para fins de protecção da biodiversidade.
  • 18. Meta 3: „Our Life Insurance, Our Natural Capital - A Revisão da Estratégia Europeia para a Biodiversidade 2011-2020 Acção 11: Incentivar os proprietários florestais a proteger e valorizar a biodiversidade florestal • 11a) Os Estados-Membros e a Comissão incentivarão a adopção de planos de gestão, nomeadamente através do recurso a medidas de desenvolvimento rural e ao Programa LIFE+. • 11b) Os Estados-Membros e a Comissão promoverão mecanismos inovadores (por exemplo, pagamentos de serviços ecossistémicos) para o financiamento da manutenção e recuperação de serviços ecossistémicos prestados por florestas multifuncionais (=MONTADO) . Acção 12: Integrar medidas sobre biodiversidade em planos de gestão florestal • 12) Os Estados-Membros assegurarão que os planos de gestão florestal ou instrumentos equivalentes incluam o maior número possível das seguintes medidas: – Manter níveis óptimos de madeira morta, tomando em consideração as variações regionais, como o risco de incêndio ou a potencial proliferação de insectos; – Preservar as zonas de natureza selvagem; – Medidas baseadas nos ecossistemas para aumentar a resistência das florestas aos incêndios (=MONTADO) , como parte integrante de regimes de prevenção de incêndios florestais, em consonância com as actividades realizadas no âmbito do Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (EFFIS); – Medidas
  • 19. Obrigado pela Atenção Nuno Gaspar de Oliveira Investigador „CIGEST | Sustentabilidade e Economia Natural „ Instituto Superior de Gestão / Grupo Lusófona nunogoliveira@cigest.ensinus.pt (+351) 96 294 02 09 SKYPE: nuno.gaspar.oliveira