SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 28
Downloaden Sie, um offline zu lesen
1
Genética e
hereditariedade
Hereditariedade — Conjunto de processos biológicos que
asseguram a transmissão das características genéticas de
pais para filhos através da reprodução.
2
Genética — Ramo da Biologia que estuda a forma como são
transmitidas as características hereditárias de geração em
geração.
Projeto ENCODE – Função do DNA-lixo (2012)
Criação de DNA e de bactéria artificial (2007))
Conclusão do Projeto Genoma Humano (2003)
Milho transgénico (1999)
Primeiro mamífero clonado (Dolly) (1997)
Primeiro genoma bacteriano sequenciado (1995)
Primeira terapia genética bem-sucedida (1990)
Insulina produzida por engenharia genética (1982)
Primeira bactéria transgénica (1973)
Watson e Crick – Estrutura da molécula de DNA (1953)
Thomas Morgan – Hereditariedade ligada ao sexo (1926)
Gregor Mendel - Leis da hereditariedade (1869)A
A
B
B
C
C
D
D
E
E
F
F
G
G
H
H
I
I
J
J
K
K
L
L
3
A descoberta da forma como são transmitidas as
características ou caracteres hereditários ao longo das
gerações deve-se a um monge austríaco, Gregor Mendel
(1822-1884).
Mendel realizou diversos cruzamentos com ervilheiras, uma
das plantas existentes nos jardins do seu mosteiro. Escolhia
uma característica, como a cor da flor, a cor da ervilha ou
a forma da ervilha, e estudava a sua transmissão de
geração em geração.
4
5
Flor púrpura
Flor branca
Ervilha lisa
Ervilha rugosa
Ervilha amarela
Ervilha verde
Mendel compreendeu que cada indivíduo era portador de
dois fatores para cada característica hereditária e que os
fatores podiam ser passados dos progenitores para os seus
descendentes.
P
Progenitores
No cruzamento parental,
Mendel cruzava linhas
puras – plantas com os
dois fatores iguais para a
mesma característica.
F1
1.ª geração
X
cruzamento
Na 1.ª geração, apenas
um dos fatores se
manifestava – fator
dominante. O que não se
manifestava era o fator
recessivo.
6
Dominante
Recessivo
Resultados
100% Pp
100% Púrpura
P
p
P
p
P
p
P p P p
P p P p
Na 2.ª geração, o fator recessivo voltava a manifestar-se quando
os dois fatores eram iguais e recessivos.
F2
2.ª geração
X
cruzamento
F1
1.ª geração
7
Dominante
Recessivo
P
p
P
p
P P p
P p p
p
P
P
p
Resultados
25% ou ¼ PP
50% ou ½ Pp
25% ou ½ pp
75% Púrpura
25% Branca
Cromossomas
e genes
8
Localização do material genético
Célula
Núcleo
Cromossoma
Proteína
ADN
No ser humano, a informação genética responsável pelas
características que o indivíduo manifesta está contida no
núcleo.
9
O ADN é uma molécula em forma de dupla
hélice, constituída por duas cadeias de
nucleótidos.
Uma única molécula de ADN possui vários
genes e, uma vez enrolada sobre si própria e
ligada a proteínas, forma um cromossoma.
Gene — Unidade fundamental da
hereditariedade. Um gene corresponde a um
segmento da molécula de ADN (ácido
desoxirribonucleico).
10
Cada espécie é caracterizada por um conjunto de
cromossomas, com um dado tamanho e forma, existente no
núcleo da célula. Chama-se a este conjunto de cromossomas
(específicos para cada espécie) o cariótipo.
1 2 3 4 5 6 7 8
9 10 11 12 13 14 15 16
17 18 19 20 21 22 23
A espécie humana tem 23 pares de cromossomas, sendo
22 pares de autossomas, comuns a ambos os géneros, e
um par de cromossomas sexuais ou heterossomas.
1 2 3 4 5 6 7 8
9 10 11 12 13 14 15 16
17 18 19 20 21 22 23
11
46, XX
O sexo feminino é determinado pela existência de dois
cromossomas X (XX).
1 2 3 4 5 6 7 8
9 10 11 12 13 14 15 16
17 18 19 20 21 22 23
46, XY
O sexo masculino é determinado pela existência de um
cromossoma X associado a um cromossoma Y (XY).
1 2 3 4 5 6 7 8
9 10 11 12 13 14 15 16
17 18 19 20 21 22 23
12
Transmissão
de características hereditárias
Alelos — Genes com informação
genética para a mesma
característica, um com origem no
progenitor masculino e outro no
progenitor feminino.
Cromossomas homólogos —
Cromossomas de cada par que
apresentam os alelos das mesmas
características.
Alelos
Cromossomas
homólogos
Genótipo — Conjunto dos genes de um indivíduo.
Fenótipo — Aparência do indivíduo. Refere-se às
características observáveis (anatómicas, fisiológicas e
morfológicas).
13
Genótipo Fenótipo
Homozigótico
dominante
Heterozigótico
Homozigótico
recessivo
Púrpura
Púrpura
Branco
Na reprodução sexuada, cada gâmeta transporta um alelo de
cada gene, pelo que, no ovo, ficam reunidos os dois alelos
determinantes da característica em causa.
Espermatozoide
Oócito
Zigoto
14
A transmissão de características hereditárias numa família
pode ser analisada construindo uma árvore genealógica
Árvore genealógica — Esquema onde se representam,
através de uma simbologia própria, as várias gerações de
uma dada família.
Os símbolos, normalmente, são universalmente aceites,
facilitando a interpretação dos esquemas por pessoas
diferentes.
Homem normal
Mulher normal
Homem afetado
Mulher afetada
Casamento
Casamento consanguíneo
Descendência
Gémeos
verdadeiros
Gémeos
falsos
Falecido
15
N – alelo normal
n – alelo albino
Nn Nn
nn
nn
nn
Nn Nn Nn Nn
Casamento
Albinos
Normais
Indivíduos do sexo masculino
Indivíduos do sexo feminino
Progenitores não albinos originarem descendentes com
albinismo permite concluir que o albinismo é determinado por
um alelo recessivo.
Assim, os albinos são homozigóticos para o alelo n,
possuindo o genótipo nn, enquanto os indivíduos normais
podem ter genótipo NN ou Nn.
A transmissão do albinismo é autossómica recessiva.
Alelos múltiplos
16
Transmissão dos grupos sanguíneos
O gene que determina os grupos sanguíneos possui três
alelos diferentes: IA, IB e i.
Genótipo Fenótipo
IAIA
IAi
IBIB
IBi
Grupo sanguíneo A
Grupo sanguíneo B
IAIB
ii
Grupo sanguíneo AB
Grupo sanguíneo 0 (zero)
Pode, então, deduzir-se que:
• o alelo IA é dominante sobre
o alelo i;
• o alelo IB é dominante sobre
o alelo i;
• o alelo i é recessivo;
• os alelos IA e IB expressam-se
igualmente no fenótipo –
são codominantes.
Analisa esta árvore genealógica onde estão representados os grupos
sanguíneos dos elementos de uma família ao longo de três gerações:
AB 0
A B0 A
0
?
Ana
Maria MadalenaRui
Pedro João
Diogo
I
II
III
Tiago
ii IAi IAi IBi
ii IAIB ii
Vamos determinar os seus genótipos:
- O genótipo da Maria é IAi porque ela
tem um filho com grupo sanguíneo
zero;
- Os genótipos do Tiago e da Madalena
são, respetivamente, IAi e IBi, uma vez
que têm um filho com grupo sanguíneo
zero ;
- O genótipo da Ana é IAIB. Os alelos IA
e IB são codominantes;
- O genótipo do Rui, do Pedro e do João é
ii porque possuem grupo sanguíneo zero
e o alelo i é recessivo;
Qual é o genótipo do Diogo?
Pedro
Ana ½ i ½ i
½ IA ¼ IAi ¼ IAi
½ IB ¼ IBi ¼ IBi O Diogo tem 50% de probabilidade de pertencer ao
grupo sanguíneo A (com genótipo IAi) e 50% de
probabilidade de pertencer ao grupo sanguíneo B
(com genótipo IBi).
17
Hereditariedade ligada aos
cromossomas sexuais
Thomas Morgan foi um cientista que desenvolveu a
investigação genética utilizando a mosca-da-fruta (Drosophila
melanogaster), um pequeno inseto muito frequente nos frutos
maduros.
18
Fêmea de olhos vermelhos X Macho de olhos brancos Fêmea de olhos brancos X Macho de olhos vermelhos
Resultados
50% Fêmeas de olhos vermelhos
50% Machos de olhos vermelhos
Resultados
50% Fêmeas de olhos vermelhos
50% Machos de olhos brancos
Fêmea de olhos vermelhos X Macho de olhos vermelhos Fêmea de olhos vermelhos X Macho de olhos brancos
Resultados
50% Fêmeas de olhos vermelhos
25% Machos de olhos vermelhos
25% Machos de olhos brancos
Resultados
25% Fêmeas de olhos vermelhos
25% Fêmeas de olhos brancos
25% Machos de olhos vermelhos
25% Machos de brancos
19
Com estas experiências, Morgan demonstrou que o sexo dos
progenitores pode interferir na transmissão hereditária de
certas características.
Trata-se, assim, de uma característica ligada ao sexo.
Nos homens, contrariamente ao que acontece nas mulheres, um alelo
presente no cromossoma X manifesta-se sempre no fenótipo, já que não
existe um alelo correspondente no cromossoma Y. Por esta razão, as
características recessivas ligadas ao cromossoma X afetam muito mais
homens do que mulheres.
Indivíduos com visão normal N – alelo normal
XNY
XnY XnY
XnY
XNY XNY XNY XNY
XNY
XNXn XNXn
XNXn
Indivíduos com daltonismo
n – alelo que
determina o
daltonismo
- O genótipo dos indivíduos 1, 4, 5, 6, 8 e
13 é XNY, uma vez que apresentam visão
normal;
- O genótipo dos indivíduos 9, 11 e 15 é
XnY, uma vez que são daltónicos;
- O genótipo dos indivíduos 3, 7 e 12 é
XNXn uma vez que não são daltónicas mas
têm um filho daltónico a quem transmitiram
o alelo afetado.
O daltonismo é uma característica
recessiva ligada ao cromossoma X.
Um homem daltónico apenas transmite o
alelo afetado às suas filhas, já que aos
seus filhos transmite o cromossoma Y.
Os indivíduos daltónicos receberam o alelo
afetado das suas mães, pelo que estas são
portadoras.
20
Diversidade
genética
A diversidade genética é a totalidade da informação contida
em todos os indivíduos de uma determinada espécie.
Gene para cor verde
Gene para cor castanha
Gene para pele lisa
Gene para pele manchada
Célula
Célula
21
Gene para cor verde
Gene para cor castanha
Gene para pele lisa
Gene para pele manchada
Célula
Célula
A variabilidade genética é a medida das diferenças na
composição genética (variações dos genes) entre indivíduos
de uma população.
Reprodução sexuada e diversidade intraespecífica
22
Na reprodução sexuada, a variabilidade genética assegura a
diversidade intraespecífica e resulta, essencialmente, da
separação aleatória dos cromossomas homólogos e da
união aleatória dos gâmetas.
Separação aleatória dos cromossomas homólogos — Os
cromossomas homólogos separam-se na gametogénese,
dando origem a gâmetas (portadores de um só cromossoma
do par).
23
+
+
+
+
União aleatória dos gâmetas — Durante a fecundação, a
união dos gâmetas faz-se ao acaso, pois é o acaso que
determina o conteúdo genético do oócito e o conteúdo
genético do espermatozoide que penetra na célula feminina.
Aplicações
da Genética
24
Os testes de ADN permitem excluir a paternidade e auxiliar
na identificação de suspeitos de determinados crimes.
Arroz dourado
Organismo geneticamente modificado (OGM) – Organismo
no qual foi introduzido, com recurso à engenharia genética,
um ou vários genes que podem provir de qualquer outro
organismo.
25
O arroz dourado é uma planta geneticamente modificada
que contém o elemento betacaroteno, que é convertido no
organismo em vitamina A.
Para que o arroz crie betacaroteno, são implantados três
novos genes: dois de narciso e um de uma bactéria.
O milho-Bt foi transformado geneticamente com a introdução
do gene de uma bactéria que existe no solo — a Bacillus
thuringiensis.
A alteração permite que a planta produza, naturalmente, um
inseticida, evitando a infestação pela broca (praga do milho).
26
Áreas de cultivo com plantas geneticamente modificadas em Portugal
Fonte: REA 2014
Em 2013, a área ocupada em Portugal com o cultivo de milho
geneticamente modificado (8202 hectares) representava 6%
da área total cultivada com milho.
Vantagens dos organismos geneticamente modificados
Aumento da produção das colheitas.
Obtenção de plantas mais robustas, adaptadas a
condições mais adversas (falta de água e de
nutrientes).
Desenvolvimento de espécies mais resistentes a
pragas.
Uso de menos fertilizantes e pesticidas.
27
Possibilidade de as ervas daninhas se tornarem resistentes a
certos herbicidas, por transferência dos genes das plantas
modificadas.
Implicações ao nível da composição florística do solo.
Passagem dos genes, através da cadeia alimentar,
para outras espécies.
Risco de desenvolvimento de novas viroses em
plantas.
Aumento do número de alimentos que provocam
reações alérgicas nos humanos.
Desvantagens dos organismos geneticamente modificados
Produção de insulina humana por um animal geneticamente modificado
A insulina humana é purificada.
Produção de leite com insulina humana.
O embrião modificado é implantado no
útero da ovelha.
O ADN recombinante é adicionado ao
genoma da ovelha.
Introdução do gene humano no ADN
bacteriano.
Gene humano com informação para a
síntese de insulina.
A
A B
B
C
C
D
D
E
E
F
F
28
Através da clonagem é possível obter organismos
geneticamente idênticos, os clones. É uma técnica
laboratorial que permite reproduzir em grande número, de
forma assexuada, um ser vivo que apresenta genes para
características desejadas.
Nascimento do clone.
Implante do embrião no útero de uma ovelha de
outra espécie.
Estímulo da divisão da célula para formar um
embrião.
Fusão do oócito anucleado com a célula
mamária.
Extração do núcleo do oócito.
Oócito de outra ovelha.
Extração de uma célula mamária.A
A
B
B
C
C
E
E
F
F
G
G
Ovelha
a clonar
D
D

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt? (20)

Biologia 3 a genética e os genes
Biologia 3   a genética e os genesBiologia 3   a genética e os genes
Biologia 3 a genética e os genes
 
6 hereditariedade
6 hereditariedade6 hereditariedade
6 hereditariedade
 
Genética parte1
Genética parte1Genética parte1
Genética parte1
 
Genética básica
Genética básicaGenética básica
Genética básica
 
Genética aula I
Genética aula IGenética aula I
Genética aula I
 
Ciência e tecnologia
Ciência e tecnologiaCiência e tecnologia
Ciência e tecnologia
 
Apresentação1 genetica
Apresentação1 geneticaApresentação1 genetica
Apresentação1 genetica
 
1- HEREDITARIEDADE
1- HEREDITARIEDADE1- HEREDITARIEDADE
1- HEREDITARIEDADE
 
3 ano-aula-genetica
3 ano-aula-genetica3 ano-aula-genetica
3 ano-aula-genetica
 
Aula 1 fundamentos de genética
Aula 1   fundamentos de genética  Aula 1   fundamentos de genética
Aula 1 fundamentos de genética
 
Genética Introdução
Genética   IntroduçãoGenética   Introdução
Genética Introdução
 
Introdução à genética
Introdução à genéticaIntrodução à genética
Introdução à genética
 
Genética humana
Genética humanaGenética humana
Genética humana
 
Trabalho de genética
Trabalho de genéticaTrabalho de genética
Trabalho de genética
 
Genetica 01- Introdução
Genetica 01- Introdução Genetica 01- Introdução
Genetica 01- Introdução
 
2 genetica molecular
2 genetica molecular2 genetica molecular
2 genetica molecular
 
Aula 3 primeira lei de mendel
Aula 3  primeira lei de mendelAula 3  primeira lei de mendel
Aula 3 primeira lei de mendel
 
Hereditariedade
HereditariedadeHereditariedade
Hereditariedade
 
Transmissão da vida noções básicas de hereditariedade
Transmissão da vida noções básicas de hereditariedadeTransmissão da vida noções básicas de hereditariedade
Transmissão da vida noções básicas de hereditariedade
 
07 Hereditariedade humana
07 Hereditariedade humana07 Hereditariedade humana
07 Hereditariedade humana
 

Ähnlich wie 9º 4.1 (20)

4 160121211434
4 1601212114344 160121211434
4 160121211434
 
Genética
GenéticaGenética
Genética
 
Genética: Noções de Hereditariedade
Genética: Noções de HereditariedadeGenética: Noções de Hereditariedade
Genética: Noções de Hereditariedade
 
Genetica
GeneticaGenetica
Genetica
 
Noções básicas de hereditariedade
Noções básicas de hereditariedadeNoções básicas de hereditariedade
Noções básicas de hereditariedade
 
Herança Genética
Herança GenéticaHerança Genética
Herança Genética
 
Genótipo e fenótipo
Genótipo  e fenótipoGenótipo  e fenótipo
Genótipo e fenótipo
 
3 gentipoefentipo-100521055509-phpapp02
3 gentipoefentipo-100521055509-phpapp023 gentipoefentipo-100521055509-phpapp02
3 gentipoefentipo-100521055509-phpapp02
 
B11_morgan.pptx
B11_morgan.pptxB11_morgan.pptx
B11_morgan.pptx
 
Biologia genética
Biologia  genéticaBiologia  genética
Biologia genética
 
Genética (1ª lei de Mendel e Noção de genética).ppt
Genética (1ª lei de Mendel e Noção de genética).pptGenética (1ª lei de Mendel e Noção de genética).ppt
Genética (1ª lei de Mendel e Noção de genética).ppt
 
Hereditariedade
HereditariedadeHereditariedade
Hereditariedade
 
Genética
GenéticaGenética
Genética
 
Hereditariedade9
Hereditariedade9Hereditariedade9
Hereditariedade9
 
Introdução à genética
Introdução à genéticaIntrodução à genética
Introdução à genética
 
Introdução à Genética.pptx
Introdução à Genética.pptxIntrodução à Genética.pptx
Introdução à Genética.pptx
 
Conceitos básicos de genética
Conceitos básicos de genéticaConceitos básicos de genética
Conceitos básicos de genética
 
Biologia - Genetica geral (Kleber Sales)
Biologia - Genetica geral (Kleber Sales)Biologia - Genetica geral (Kleber Sales)
Biologia - Genetica geral (Kleber Sales)
 
Genetica
GeneticaGenetica
Genetica
 
Genetica
GeneticaGenetica
Genetica
 

Mehr von Nuno Coelho (20)

9º 3.3
9º 3.39º 3.3
9º 3.3
 
9º 3.1.
9º 3.1. 9º 3.1.
9º 3.1.
 
7º 1.2.
7º 1.2.7º 1.2.
7º 1.2.
 
9º 2.
9º 2.9º 2.
9º 2.
 
7º 1.1.
7º 1.1.7º 1.1.
7º 1.1.
 
7º 4.2.
7º 4.2. 7º 4.2.
7º 4.2.
 
8º 7.2
8º 7.2 8º 7.2
8º 7.2
 
8º 7.1.
8º 7.1. 8º 7.1.
8º 7.1.
 
7º 4.1.
7º 4.1. 7º 4.1.
7º 4.1.
 
7º 3.
7º 3. 7º 3.
7º 3.
 
8º ano 6.2
8º ano 6.28º ano 6.2
8º ano 6.2
 
8º ano 6.1
8º ano 6.18º ano 6.1
8º ano 6.1
 
8º ano 5.4
8º ano 5.4 8º ano 5.4
8º ano 5.4
 
8º ano 5.3
8º ano 5.38º ano 5.3
8º ano 5.3
 
7º 2.3.
7º 2.3. 7º 2.3.
7º 2.3.
 
7º 2.2.
7º 2.2.7º 2.2.
7º 2.2.
 
8º ano 5.2
8º ano 5.2 8º ano 5.2
8º ano 5.2
 
8º 3.
8º 3.8º 3.
8º 3.
 
7º 1.3.
7º 1.3.7º 1.3.
7º 1.3.
 
F F 8º S T
F F 8º S TF F 8º S T
F F 8º S T
 

Kürzlich hochgeladen

SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffSSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffNarlaAquino
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptssuser2b53fe
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesFabianeMartins35
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTailsonSantos1
 
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...Ilda Bicacro
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfTutor de matemática Ícaro
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosLucianoPrado15
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º anoRachel Facundo
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfGEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfRavenaSales1
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
praticas experimentais 1 ano ensino médio
praticas experimentais 1 ano ensino médiopraticas experimentais 1 ano ensino médio
praticas experimentais 1 ano ensino médiorosenilrucks
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfHELENO FAVACHO
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médiorosenilrucks
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSOLeloIurk1
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAHELENO FAVACHO
 

Kürzlich hochgeladen (20)

SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffSSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptxSlides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
Slides Lição 6, CPAD, As Nossas Armas Espirituais, 2Tr24.pptx
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenosmigração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
migração e trabalho 2º ano.pptx fenomenos
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfGEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
praticas experimentais 1 ano ensino médio
praticas experimentais 1 ano ensino médiopraticas experimentais 1 ano ensino médio
praticas experimentais 1 ano ensino médio
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
 

9º 4.1

  • 1. 1 Genética e hereditariedade Hereditariedade — Conjunto de processos biológicos que asseguram a transmissão das características genéticas de pais para filhos através da reprodução.
  • 2. 2 Genética — Ramo da Biologia que estuda a forma como são transmitidas as características hereditárias de geração em geração. Projeto ENCODE – Função do DNA-lixo (2012) Criação de DNA e de bactéria artificial (2007)) Conclusão do Projeto Genoma Humano (2003) Milho transgénico (1999) Primeiro mamífero clonado (Dolly) (1997) Primeiro genoma bacteriano sequenciado (1995) Primeira terapia genética bem-sucedida (1990) Insulina produzida por engenharia genética (1982) Primeira bactéria transgénica (1973) Watson e Crick – Estrutura da molécula de DNA (1953) Thomas Morgan – Hereditariedade ligada ao sexo (1926) Gregor Mendel - Leis da hereditariedade (1869)A A B B C C D D E E F F G G H H I I J J K K L L
  • 3. 3 A descoberta da forma como são transmitidas as características ou caracteres hereditários ao longo das gerações deve-se a um monge austríaco, Gregor Mendel (1822-1884). Mendel realizou diversos cruzamentos com ervilheiras, uma das plantas existentes nos jardins do seu mosteiro. Escolhia uma característica, como a cor da flor, a cor da ervilha ou a forma da ervilha, e estudava a sua transmissão de geração em geração.
  • 4. 4
  • 5. 5 Flor púrpura Flor branca Ervilha lisa Ervilha rugosa Ervilha amarela Ervilha verde Mendel compreendeu que cada indivíduo era portador de dois fatores para cada característica hereditária e que os fatores podiam ser passados dos progenitores para os seus descendentes. P Progenitores No cruzamento parental, Mendel cruzava linhas puras – plantas com os dois fatores iguais para a mesma característica. F1 1.ª geração X cruzamento Na 1.ª geração, apenas um dos fatores se manifestava – fator dominante. O que não se manifestava era o fator recessivo.
  • 6. 6 Dominante Recessivo Resultados 100% Pp 100% Púrpura P p P p P p P p P p P p P p Na 2.ª geração, o fator recessivo voltava a manifestar-se quando os dois fatores eram iguais e recessivos. F2 2.ª geração X cruzamento F1 1.ª geração
  • 7. 7 Dominante Recessivo P p P p P P p P p p p P P p Resultados 25% ou ¼ PP 50% ou ½ Pp 25% ou ½ pp 75% Púrpura 25% Branca Cromossomas e genes
  • 8. 8 Localização do material genético Célula Núcleo Cromossoma Proteína ADN No ser humano, a informação genética responsável pelas características que o indivíduo manifesta está contida no núcleo.
  • 9. 9 O ADN é uma molécula em forma de dupla hélice, constituída por duas cadeias de nucleótidos. Uma única molécula de ADN possui vários genes e, uma vez enrolada sobre si própria e ligada a proteínas, forma um cromossoma. Gene — Unidade fundamental da hereditariedade. Um gene corresponde a um segmento da molécula de ADN (ácido desoxirribonucleico).
  • 10. 10 Cada espécie é caracterizada por um conjunto de cromossomas, com um dado tamanho e forma, existente no núcleo da célula. Chama-se a este conjunto de cromossomas (específicos para cada espécie) o cariótipo. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 A espécie humana tem 23 pares de cromossomas, sendo 22 pares de autossomas, comuns a ambos os géneros, e um par de cromossomas sexuais ou heterossomas. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23
  • 11. 11 46, XX O sexo feminino é determinado pela existência de dois cromossomas X (XX). 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 46, XY O sexo masculino é determinado pela existência de um cromossoma X associado a um cromossoma Y (XY). 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23
  • 12. 12 Transmissão de características hereditárias Alelos — Genes com informação genética para a mesma característica, um com origem no progenitor masculino e outro no progenitor feminino. Cromossomas homólogos — Cromossomas de cada par que apresentam os alelos das mesmas características. Alelos Cromossomas homólogos Genótipo — Conjunto dos genes de um indivíduo. Fenótipo — Aparência do indivíduo. Refere-se às características observáveis (anatómicas, fisiológicas e morfológicas).
  • 13. 13 Genótipo Fenótipo Homozigótico dominante Heterozigótico Homozigótico recessivo Púrpura Púrpura Branco Na reprodução sexuada, cada gâmeta transporta um alelo de cada gene, pelo que, no ovo, ficam reunidos os dois alelos determinantes da característica em causa. Espermatozoide Oócito Zigoto
  • 14. 14 A transmissão de características hereditárias numa família pode ser analisada construindo uma árvore genealógica Árvore genealógica — Esquema onde se representam, através de uma simbologia própria, as várias gerações de uma dada família. Os símbolos, normalmente, são universalmente aceites, facilitando a interpretação dos esquemas por pessoas diferentes. Homem normal Mulher normal Homem afetado Mulher afetada Casamento Casamento consanguíneo Descendência Gémeos verdadeiros Gémeos falsos Falecido
  • 15. 15 N – alelo normal n – alelo albino Nn Nn nn nn nn Nn Nn Nn Nn Casamento Albinos Normais Indivíduos do sexo masculino Indivíduos do sexo feminino Progenitores não albinos originarem descendentes com albinismo permite concluir que o albinismo é determinado por um alelo recessivo. Assim, os albinos são homozigóticos para o alelo n, possuindo o genótipo nn, enquanto os indivíduos normais podem ter genótipo NN ou Nn. A transmissão do albinismo é autossómica recessiva. Alelos múltiplos
  • 16. 16 Transmissão dos grupos sanguíneos O gene que determina os grupos sanguíneos possui três alelos diferentes: IA, IB e i. Genótipo Fenótipo IAIA IAi IBIB IBi Grupo sanguíneo A Grupo sanguíneo B IAIB ii Grupo sanguíneo AB Grupo sanguíneo 0 (zero) Pode, então, deduzir-se que: • o alelo IA é dominante sobre o alelo i; • o alelo IB é dominante sobre o alelo i; • o alelo i é recessivo; • os alelos IA e IB expressam-se igualmente no fenótipo – são codominantes. Analisa esta árvore genealógica onde estão representados os grupos sanguíneos dos elementos de uma família ao longo de três gerações: AB 0 A B0 A 0 ? Ana Maria MadalenaRui Pedro João Diogo I II III Tiago ii IAi IAi IBi ii IAIB ii Vamos determinar os seus genótipos: - O genótipo da Maria é IAi porque ela tem um filho com grupo sanguíneo zero; - Os genótipos do Tiago e da Madalena são, respetivamente, IAi e IBi, uma vez que têm um filho com grupo sanguíneo zero ; - O genótipo da Ana é IAIB. Os alelos IA e IB são codominantes; - O genótipo do Rui, do Pedro e do João é ii porque possuem grupo sanguíneo zero e o alelo i é recessivo; Qual é o genótipo do Diogo? Pedro Ana ½ i ½ i ½ IA ¼ IAi ¼ IAi ½ IB ¼ IBi ¼ IBi O Diogo tem 50% de probabilidade de pertencer ao grupo sanguíneo A (com genótipo IAi) e 50% de probabilidade de pertencer ao grupo sanguíneo B (com genótipo IBi).
  • 17. 17 Hereditariedade ligada aos cromossomas sexuais Thomas Morgan foi um cientista que desenvolveu a investigação genética utilizando a mosca-da-fruta (Drosophila melanogaster), um pequeno inseto muito frequente nos frutos maduros.
  • 18. 18 Fêmea de olhos vermelhos X Macho de olhos brancos Fêmea de olhos brancos X Macho de olhos vermelhos Resultados 50% Fêmeas de olhos vermelhos 50% Machos de olhos vermelhos Resultados 50% Fêmeas de olhos vermelhos 50% Machos de olhos brancos Fêmea de olhos vermelhos X Macho de olhos vermelhos Fêmea de olhos vermelhos X Macho de olhos brancos Resultados 50% Fêmeas de olhos vermelhos 25% Machos de olhos vermelhos 25% Machos de olhos brancos Resultados 25% Fêmeas de olhos vermelhos 25% Fêmeas de olhos brancos 25% Machos de olhos vermelhos 25% Machos de brancos
  • 19. 19 Com estas experiências, Morgan demonstrou que o sexo dos progenitores pode interferir na transmissão hereditária de certas características. Trata-se, assim, de uma característica ligada ao sexo. Nos homens, contrariamente ao que acontece nas mulheres, um alelo presente no cromossoma X manifesta-se sempre no fenótipo, já que não existe um alelo correspondente no cromossoma Y. Por esta razão, as características recessivas ligadas ao cromossoma X afetam muito mais homens do que mulheres. Indivíduos com visão normal N – alelo normal XNY XnY XnY XnY XNY XNY XNY XNY XNY XNXn XNXn XNXn Indivíduos com daltonismo n – alelo que determina o daltonismo - O genótipo dos indivíduos 1, 4, 5, 6, 8 e 13 é XNY, uma vez que apresentam visão normal; - O genótipo dos indivíduos 9, 11 e 15 é XnY, uma vez que são daltónicos; - O genótipo dos indivíduos 3, 7 e 12 é XNXn uma vez que não são daltónicas mas têm um filho daltónico a quem transmitiram o alelo afetado. O daltonismo é uma característica recessiva ligada ao cromossoma X. Um homem daltónico apenas transmite o alelo afetado às suas filhas, já que aos seus filhos transmite o cromossoma Y. Os indivíduos daltónicos receberam o alelo afetado das suas mães, pelo que estas são portadoras.
  • 20. 20 Diversidade genética A diversidade genética é a totalidade da informação contida em todos os indivíduos de uma determinada espécie. Gene para cor verde Gene para cor castanha Gene para pele lisa Gene para pele manchada Célula Célula
  • 21. 21 Gene para cor verde Gene para cor castanha Gene para pele lisa Gene para pele manchada Célula Célula A variabilidade genética é a medida das diferenças na composição genética (variações dos genes) entre indivíduos de uma população. Reprodução sexuada e diversidade intraespecífica
  • 22. 22 Na reprodução sexuada, a variabilidade genética assegura a diversidade intraespecífica e resulta, essencialmente, da separação aleatória dos cromossomas homólogos e da união aleatória dos gâmetas. Separação aleatória dos cromossomas homólogos — Os cromossomas homólogos separam-se na gametogénese, dando origem a gâmetas (portadores de um só cromossoma do par).
  • 23. 23 + + + + União aleatória dos gâmetas — Durante a fecundação, a união dos gâmetas faz-se ao acaso, pois é o acaso que determina o conteúdo genético do oócito e o conteúdo genético do espermatozoide que penetra na célula feminina. Aplicações da Genética
  • 24. 24 Os testes de ADN permitem excluir a paternidade e auxiliar na identificação de suspeitos de determinados crimes. Arroz dourado Organismo geneticamente modificado (OGM) – Organismo no qual foi introduzido, com recurso à engenharia genética, um ou vários genes que podem provir de qualquer outro organismo.
  • 25. 25 O arroz dourado é uma planta geneticamente modificada que contém o elemento betacaroteno, que é convertido no organismo em vitamina A. Para que o arroz crie betacaroteno, são implantados três novos genes: dois de narciso e um de uma bactéria. O milho-Bt foi transformado geneticamente com a introdução do gene de uma bactéria que existe no solo — a Bacillus thuringiensis. A alteração permite que a planta produza, naturalmente, um inseticida, evitando a infestação pela broca (praga do milho).
  • 26. 26 Áreas de cultivo com plantas geneticamente modificadas em Portugal Fonte: REA 2014 Em 2013, a área ocupada em Portugal com o cultivo de milho geneticamente modificado (8202 hectares) representava 6% da área total cultivada com milho. Vantagens dos organismos geneticamente modificados Aumento da produção das colheitas. Obtenção de plantas mais robustas, adaptadas a condições mais adversas (falta de água e de nutrientes). Desenvolvimento de espécies mais resistentes a pragas. Uso de menos fertilizantes e pesticidas.
  • 27. 27 Possibilidade de as ervas daninhas se tornarem resistentes a certos herbicidas, por transferência dos genes das plantas modificadas. Implicações ao nível da composição florística do solo. Passagem dos genes, através da cadeia alimentar, para outras espécies. Risco de desenvolvimento de novas viroses em plantas. Aumento do número de alimentos que provocam reações alérgicas nos humanos. Desvantagens dos organismos geneticamente modificados Produção de insulina humana por um animal geneticamente modificado A insulina humana é purificada. Produção de leite com insulina humana. O embrião modificado é implantado no útero da ovelha. O ADN recombinante é adicionado ao genoma da ovelha. Introdução do gene humano no ADN bacteriano. Gene humano com informação para a síntese de insulina. A A B B C C D D E E F F
  • 28. 28 Através da clonagem é possível obter organismos geneticamente idênticos, os clones. É uma técnica laboratorial que permite reproduzir em grande número, de forma assexuada, um ser vivo que apresenta genes para características desejadas. Nascimento do clone. Implante do embrião no útero de uma ovelha de outra espécie. Estímulo da divisão da célula para formar um embrião. Fusão do oócito anucleado com a célula mamária. Extração do núcleo do oócito. Oócito de outra ovelha. Extração de uma célula mamária.A A B B C C E E F F G G Ovelha a clonar D D