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1 von 34
2010/2011 ESAG
PSICOLOGIA B




                         1
  ESAG -- Nuno Pereira
2
ESAG -- Nuno Pereira
3
ESAG -- Nuno Pereira
Capacidade para adquirir,
                       codificar, conservar e recuperar
                       informação.
                       Função dinâmica e interactiva,
                       ligada a toda a actividade
                       psíquica no seu conjunto.




                                                          4
ESAG -- Nuno Pereira
A nossa memória guarda
                       um sem número de
                       informações, das mais
                       triviais às mais vitais.
                       Reconhecermo-nos --
                       AUTOCONSCIÊNCIA e
                       CONHECIMENTO DE SI -
                       - e ser reconhecido,
                       linguagem, pensamento,
                       percepção, aprendizagem,
                       adaptação ao meio
                       envolvente, nada disto
                       seria possível sem a
                       capacidade de adquirir,
                       conservar e recuperar
                       informação.




                                                  5
ESAG -- Nuno Pereira
6
ESAG -- Nuno Pereira
A memória está na base de todos os processos
        cognitivos. É o pressuposto da cognição!30
        Sem a memória, o comportamento inteligente seria
        impossível




                                                           7
ESAG -- Nuno Pereira
Sem memória não há aprendizagem.

                       São as aprendizagens mantidas na memória
                       que suportam as novas aprendizagens.




                                                                  8
ESAG -- Nuno Pereira
Processo mnésico


                 Codificação: 31
                 Transforma as impressões do meio em representações.


                 Armazenamento / retenção.
                 Fase de armazenamento ou conservação dos conteúdos
                 que podem ser mantidos por diferentes períodos de
                 tempo.

                 Recuperação / recordação
                 Invocar as informações já retidas para que sejam
                 utilizadas no presente.




                                                                       9
ESAG -- Nuno Pereira
10
ESAG -- Nuno Pereira
Podemos classificar as memórias quanto à sua
            duração.


                  tipo       MS           MCP MLP

                             MENOS DE 1   CERCA DE 30    DIAS, MESES,
                  DURAÇÃO
                              SEGUNDO      SEGUNDOS         ANOS




                               MUITO      LIMITADA A 7
                CAPACIDADE                               ALARGADA
                              LIMITADA       ITENS




                                                                        11
ESAG -- Nuno Pereira
MS
            MEMÓRIA SENSORIAL.

            1. A Memória Sensorial é um sistema de memória que através
            da percepção da realidade pelos sentidos retém por alguns
            segundos a imagem detalhada da informação sensorial
            recebida por algum dos órgãos de sentido. A Memória Sensorial
            é responsável pelo processamento inicial da informação
            sensorial e
            sua codificação.

            2. Permite conservar as características físicas de um estímulo
            visual, captado pelos órgãos sensoriais, durante um brevíssimo
            instante, isto é, durante alguns décimos de segundo.




                                                                             12
ESAG -- Nuno Pereira
MCP
                MEMÓRIA DE CURTO PRAZO        34


                A -- MEMÓRIA IMEDIATA
                B – MEMÓRIA DE TRABALHO
                A Memória de Curto Prazo recebe as informações já
                codificadas pelos mecanismos de reconhecimento de
                padrões da Memória Sensorial e retém estas informações
                por alguns segundos, talvez alguns minutos, para que
                estas sejam utilizadas, descartadas ou mesmo
                organizadas para serem armazenadas.

                  LARAANAALDARUIISAANDREIAIVO
                  LARA ANA ALDA RUI ISA ANDREIA IVO
                 1LARA 2ANA 3ALDA 4RUI 5ISA 6ANDREIA 7IVO




                                                                         13
ESAG -- Nuno Pereira
14
ESAG -- Nuno Pereira
15
ESAG -- Nuno Pereira
MLP
            MEMÓRIA LONGO PRAZO.

            A memória a longo prazo é um tipo de memória alimentada
            pelos materiais da memória a curto prazo que são
            codificados em símbolos.     T. 98, 36


                               • A informação enviada da memória a
                               curto prazo é transformada à medida que
                               vai sendo integrada.

                               • A memória a longo prazo retém os
                               materiais durante horas, meses ou
                               durante toda a vida.

                               • Codifica e retém material verbal em
                               função da sua pertinência e do seu
                               significado.




                                                                         16
ESAG -- Nuno Pereira
MLP

             Memória                                              Episódica
                               Memória
               não
                              declarativa
            declarativa                          Semântica


     abrange uma colecção       Factos ou
     heterogénea de           proposições.
     capacidades de          Dizem respeito
     memória                  às coisas que   Conhecimentos
     inconsciente            sabemos e das    e informações
     processada em             quais temos    sem localização
     múltiplas regiões        consciência     no espaço e no
     neurais distintas. É                     tempo.
                                                                  Experiências
     uma memória que
                                                                autobiográficas,
     adquire uma
                                                                 localizadas no
     qualidade automática,
                                                                  espaço e no
     ou reflexa, após uma
                                                                     tempo
     aprendizagem lenta
     mas inflexível.




                                                                                   17
ESAG -- Nuno Pereira
apêndice




                                  18
ESAG -- Nuno Pereira
apêndice




                       19
ESAG -- Nuno Pereira
Cada um enquadra a informação nos conhecimentos que já tem,
      enquadra os acontecimentos no contexto das suas experiências
      e expectativas.     39




                                                                    20
ESAG -- Nuno Pereira
21
ESAG -- Nuno Pereira
A memória é um processo que envolve sistemas
                       interactuantes.


                       A memória reconstrói os dados que recebe, dando relevo a
                       uns, distorcendo ou omitindo outros.


                       A memória é um processo   activo e dinâmico.
                       p. 40, T. 99




                                                                             22
ESAG -- Nuno Pereira
23
ESAG -- Nuno Pereira
24
ESAG -- Nuno Pereira
PORQUE PERDEMOS A MEMÓRIA?




                                     25
ESAG -- Nuno Pereira
Esquecimento
         Florbela Espanca

         Esse de quem eu era e que era meu,
         E foi um sonho e foi realidade,
         Que me vestiu a alma de saudade,
         Para sempre de mim desapareceu.

         Tudo em redor então escureceu,
         E foi longínqua toda a claridade!
         Ceguei... tacteio sombras... que ansiedade!
         Apalpo cinzas porque tudo ardeu!

         Descem em mim poentes de Novembro...
         A sombra dos meus olhos, a escurecer...
         Veste de roxo e negro os crisântemos...

         E desde que era meu já me não lembro...
         Ah! a doce agonia de esquecer
         A lembrar doidamente o que esquecemos!...




                                                       26
ESAG -- Nuno Pereira
Esquecimento:
                 «incapacidade de recordar ou de reconhecer uma
                 informação vista ou apreendida»




          As nossas memórias são indispensáveis para a nossa existência
          pois além de comporem um património que nos torna únicos por
          constituírem a nossa história pessoal e identidade própria, são
          também, e enquanto tal, o suporte para a vivência concreta do nosso
          presente.

          O esquecimento é condição essencial para a retenção de
          novas informações.




                                                                                27
ESAG -- Nuno Pereira
O esquecimento ocorre nos três níveis de memória (MS, MCP e MLP) e
             é a sua condição indispensável.

                42

                1. Esquecimento regressivo: reside no desaparecimento do traço
                fisiológico registado no cérebro (engrama) devido à passagem do tempo.
                O esquecimento teria origem na perda de retenção provocada pela não
                utilização dos materiais armazenados.
                          A justificação estaria na degenerescência dos tecidos
                cerebrais.


                2. Esquecimento motivado: segundo Freud, o sujeito esqueceria
                acontecimentos traumatizantes que teriam ocorrido, para evitar a
                angústia e a ansiedade. As recordações dolorosas eram inibidas,
                impedidas de aceder ao “ego”, mantendo-se “recalcadas”, esquecidas
                no inconsciente -- o “recalcamento”.




                                                                                     28
ESAG -- Nuno Pereira
Processos de interferência nas aprendizagens.
               Teoria da degradação: o fragmento original da informação vai, por si
               só, desaparecendo.




                        dados experimentais recentes contestaram a ideia de que a
                       passagem do tempo seja o único factor explicativo do
                       esquecimento




                                                                                      29
ESAG -- Nuno Pereira
Processos de interferência nas aprendizagens.
                 Teoria da degradação.

                 A Teoria da Interferência foi inicialmente formulada, em 1894, por
                 dois cientistas alemães, Muller e Schumann. Demonstraram
                 experimentalmente que a aprendizagem de uma informação nova
                 pode interferir em uma aprendizagem anterior, o que ficou
                 conhecido como interferência retroactiva. Muller e Schumann
                 também abordaram os efeitos de uma aprendizagem anterior sobre
                 uma posterior, processo que foi examinado de maneira
                 pormenorizada por Underwood (1957) e conhecido
                 como interferência proactiva.




                                                                                      30
ESAG -- Nuno Pereira
31
ESAG -- Nuno Pereira
Interferência proactiva ou retroactiva – ocorre quando novas
     informações se intrometem levando-nos a distorcer ou a
     esquecer as anteriores;




                                                             Teste de sociologia
                      Int. proactiva                         prejudicado pelo
                                                             estudo de psicologia

Estudar psicologia
                                       Teste de sociologia

                Estudar sociologia

                                       Teste de psicologia
                                                             Teste de psicologia
   Int. retroactiva                                          prejudicado pelo
                                                             estudo de sociologia.
MEMÓRIA|||ESQUECIMENTO
             A memória humana está longe de ser um registo
              fotográfico…
                    Inclui esquecimentos, distorções, falsas atribuições,
                     efabulações…
             É construída e reconstruída a cada instante…
                    Sofrendo influências permanentes da educação, da
                     comunicação com os outros, da interpretação pessoal dos
                     acontecimentos dos factos, da leitura … da imagem que
                     temos de nós próprios e do mundo.
             Memória e imaginação caminham lado a lado na
              construção das nossas lembranças pessoais.




                                                                               33
ESAG -- Nuno Pereira
Embora a memória apresente falhas em alguns momentos, é um sistema
sabiamente voltado para que possamos actuar eficazmente no nosso
meio. As informações que usualmente nos auxiliam são mantidas, e
aquelas que não cumprem essa função tendem a ser descartadas ou, pelo
menos, terem o seu acesso dificultado. Nos casos em que as falhas da
memória parecem prejudicar o nosso funcionamento, como naquelas
situações em que esquecemos o nome de uma pessoa que conhecemos há
pouco, ou quando não recordamos um importante conteúdo de uma
prova, podemos pensar em sub-produtos de um sistema em busca de
adaptação (Schacter, 1999). Não é à toa, portanto, que a função da
memória já foi comparada à dos instintos, no que diz respeito ao seu
carácter adaptativo (Tulving & Lepage, 2000).




                                                                        34
ESAG -- Nuno Pereira

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Memória2011

  • 1. 2010/2011 ESAG PSICOLOGIA B 1 ESAG -- Nuno Pereira
  • 2. 2 ESAG -- Nuno Pereira
  • 3. 3 ESAG -- Nuno Pereira
  • 4. Capacidade para adquirir, codificar, conservar e recuperar informação. Função dinâmica e interactiva, ligada a toda a actividade psíquica no seu conjunto. 4 ESAG -- Nuno Pereira
  • 5. A nossa memória guarda um sem número de informações, das mais triviais às mais vitais. Reconhecermo-nos -- AUTOCONSCIÊNCIA e CONHECIMENTO DE SI - - e ser reconhecido, linguagem, pensamento, percepção, aprendizagem, adaptação ao meio envolvente, nada disto seria possível sem a capacidade de adquirir, conservar e recuperar informação. 5 ESAG -- Nuno Pereira
  • 6. 6 ESAG -- Nuno Pereira
  • 7. A memória está na base de todos os processos cognitivos. É o pressuposto da cognição!30 Sem a memória, o comportamento inteligente seria impossível 7 ESAG -- Nuno Pereira
  • 8. Sem memória não há aprendizagem. São as aprendizagens mantidas na memória que suportam as novas aprendizagens. 8 ESAG -- Nuno Pereira
  • 9. Processo mnésico Codificação: 31 Transforma as impressões do meio em representações. Armazenamento / retenção. Fase de armazenamento ou conservação dos conteúdos que podem ser mantidos por diferentes períodos de tempo. Recuperação / recordação Invocar as informações já retidas para que sejam utilizadas no presente. 9 ESAG -- Nuno Pereira
  • 10. 10 ESAG -- Nuno Pereira
  • 11. Podemos classificar as memórias quanto à sua duração. tipo MS MCP MLP MENOS DE 1 CERCA DE 30 DIAS, MESES, DURAÇÃO SEGUNDO SEGUNDOS ANOS MUITO LIMITADA A 7 CAPACIDADE ALARGADA LIMITADA ITENS 11 ESAG -- Nuno Pereira
  • 12. MS MEMÓRIA SENSORIAL. 1. A Memória Sensorial é um sistema de memória que através da percepção da realidade pelos sentidos retém por alguns segundos a imagem detalhada da informação sensorial recebida por algum dos órgãos de sentido. A Memória Sensorial é responsável pelo processamento inicial da informação sensorial e sua codificação. 2. Permite conservar as características físicas de um estímulo visual, captado pelos órgãos sensoriais, durante um brevíssimo instante, isto é, durante alguns décimos de segundo. 12 ESAG -- Nuno Pereira
  • 13. MCP MEMÓRIA DE CURTO PRAZO 34 A -- MEMÓRIA IMEDIATA B – MEMÓRIA DE TRABALHO A Memória de Curto Prazo recebe as informações já codificadas pelos mecanismos de reconhecimento de padrões da Memória Sensorial e retém estas informações por alguns segundos, talvez alguns minutos, para que estas sejam utilizadas, descartadas ou mesmo organizadas para serem armazenadas. LARAANAALDARUIISAANDREIAIVO LARA ANA ALDA RUI ISA ANDREIA IVO 1LARA 2ANA 3ALDA 4RUI 5ISA 6ANDREIA 7IVO 13 ESAG -- Nuno Pereira
  • 14. 14 ESAG -- Nuno Pereira
  • 15. 15 ESAG -- Nuno Pereira
  • 16. MLP MEMÓRIA LONGO PRAZO. A memória a longo prazo é um tipo de memória alimentada pelos materiais da memória a curto prazo que são codificados em símbolos. T. 98, 36 • A informação enviada da memória a curto prazo é transformada à medida que vai sendo integrada. • A memória a longo prazo retém os materiais durante horas, meses ou durante toda a vida. • Codifica e retém material verbal em função da sua pertinência e do seu significado. 16 ESAG -- Nuno Pereira
  • 17. MLP Memória Episódica Memória não declarativa declarativa Semântica abrange uma colecção Factos ou heterogénea de proposições. capacidades de Dizem respeito memória às coisas que Conhecimentos inconsciente sabemos e das e informações processada em quais temos sem localização múltiplas regiões consciência no espaço e no neurais distintas. É tempo. Experiências uma memória que autobiográficas, adquire uma localizadas no qualidade automática, espaço e no ou reflexa, após uma tempo aprendizagem lenta mas inflexível. 17 ESAG -- Nuno Pereira
  • 18. apêndice 18 ESAG -- Nuno Pereira
  • 19. apêndice 19 ESAG -- Nuno Pereira
  • 20. Cada um enquadra a informação nos conhecimentos que já tem, enquadra os acontecimentos no contexto das suas experiências e expectativas. 39 20 ESAG -- Nuno Pereira
  • 21. 21 ESAG -- Nuno Pereira
  • 22. A memória é um processo que envolve sistemas interactuantes. A memória reconstrói os dados que recebe, dando relevo a uns, distorcendo ou omitindo outros. A memória é um processo activo e dinâmico. p. 40, T. 99 22 ESAG -- Nuno Pereira
  • 23. 23 ESAG -- Nuno Pereira
  • 24. 24 ESAG -- Nuno Pereira
  • 25. PORQUE PERDEMOS A MEMÓRIA? 25 ESAG -- Nuno Pereira
  • 26. Esquecimento Florbela Espanca Esse de quem eu era e que era meu, E foi um sonho e foi realidade, Que me vestiu a alma de saudade, Para sempre de mim desapareceu. Tudo em redor então escureceu, E foi longínqua toda a claridade! Ceguei... tacteio sombras... que ansiedade! Apalpo cinzas porque tudo ardeu! Descem em mim poentes de Novembro... A sombra dos meus olhos, a escurecer... Veste de roxo e negro os crisântemos... E desde que era meu já me não lembro... Ah! a doce agonia de esquecer A lembrar doidamente o que esquecemos!... 26 ESAG -- Nuno Pereira
  • 27. Esquecimento: «incapacidade de recordar ou de reconhecer uma informação vista ou apreendida» As nossas memórias são indispensáveis para a nossa existência pois além de comporem um património que nos torna únicos por constituírem a nossa história pessoal e identidade própria, são também, e enquanto tal, o suporte para a vivência concreta do nosso presente. O esquecimento é condição essencial para a retenção de novas informações. 27 ESAG -- Nuno Pereira
  • 28. O esquecimento ocorre nos três níveis de memória (MS, MCP e MLP) e é a sua condição indispensável. 42 1. Esquecimento regressivo: reside no desaparecimento do traço fisiológico registado no cérebro (engrama) devido à passagem do tempo. O esquecimento teria origem na perda de retenção provocada pela não utilização dos materiais armazenados. A justificação estaria na degenerescência dos tecidos cerebrais. 2. Esquecimento motivado: segundo Freud, o sujeito esqueceria acontecimentos traumatizantes que teriam ocorrido, para evitar a angústia e a ansiedade. As recordações dolorosas eram inibidas, impedidas de aceder ao “ego”, mantendo-se “recalcadas”, esquecidas no inconsciente -- o “recalcamento”. 28 ESAG -- Nuno Pereira
  • 29. Processos de interferência nas aprendizagens. Teoria da degradação: o fragmento original da informação vai, por si só, desaparecendo.  dados experimentais recentes contestaram a ideia de que a passagem do tempo seja o único factor explicativo do esquecimento 29 ESAG -- Nuno Pereira
  • 30. Processos de interferência nas aprendizagens. Teoria da degradação. A Teoria da Interferência foi inicialmente formulada, em 1894, por dois cientistas alemães, Muller e Schumann. Demonstraram experimentalmente que a aprendizagem de uma informação nova pode interferir em uma aprendizagem anterior, o que ficou conhecido como interferência retroactiva. Muller e Schumann também abordaram os efeitos de uma aprendizagem anterior sobre uma posterior, processo que foi examinado de maneira pormenorizada por Underwood (1957) e conhecido como interferência proactiva. 30 ESAG -- Nuno Pereira
  • 31. 31 ESAG -- Nuno Pereira
  • 32. Interferência proactiva ou retroactiva – ocorre quando novas informações se intrometem levando-nos a distorcer ou a esquecer as anteriores; Teste de sociologia Int. proactiva prejudicado pelo estudo de psicologia Estudar psicologia Teste de sociologia Estudar sociologia Teste de psicologia Teste de psicologia Int. retroactiva prejudicado pelo estudo de sociologia.
  • 33. MEMÓRIA|||ESQUECIMENTO  A memória humana está longe de ser um registo fotográfico…  Inclui esquecimentos, distorções, falsas atribuições, efabulações…  É construída e reconstruída a cada instante…  Sofrendo influências permanentes da educação, da comunicação com os outros, da interpretação pessoal dos acontecimentos dos factos, da leitura … da imagem que temos de nós próprios e do mundo.  Memória e imaginação caminham lado a lado na construção das nossas lembranças pessoais. 33 ESAG -- Nuno Pereira
  • 34. Embora a memória apresente falhas em alguns momentos, é um sistema sabiamente voltado para que possamos actuar eficazmente no nosso meio. As informações que usualmente nos auxiliam são mantidas, e aquelas que não cumprem essa função tendem a ser descartadas ou, pelo menos, terem o seu acesso dificultado. Nos casos em que as falhas da memória parecem prejudicar o nosso funcionamento, como naquelas situações em que esquecemos o nome de uma pessoa que conhecemos há pouco, ou quando não recordamos um importante conteúdo de uma prova, podemos pensar em sub-produtos de um sistema em busca de adaptação (Schacter, 1999). Não é à toa, portanto, que a função da memória já foi comparada à dos instintos, no que diz respeito ao seu carácter adaptativo (Tulving & Lepage, 2000). 34 ESAG -- Nuno Pereira