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FORTALEZA - CE, DOMINGO - 12 DE OUTUBRO DE 2014 
PÁGINA 39 
REPORTAGEM 
TOLERÂNCIA E REDES SOCIAIS Amar as pessoas como se 
não houvesse eleições 
ESTABELECER REGRAS DE CONVIVÊNCIA NOS 
GRUPOS VIRTUAIS E MUDAR POSTURAS 
PARA NÃO VIRAR UM “CHATO” 
NAS REDES PODEM SALVAR 
AMIZADES NO PERÍODO 
ELEITORAL 
sido compartilhadas mensa-gens 
como “A política passa, 
os amigos ficam”, ou “Proi-bido 
destruir amizades por 
causa de política”. 
Um médico da rede pú-blica 
de Fortaleza, que pediu 
para não ser identificado 
para evitar represália, optou 
pelo distanciamento. “É um 
verdadeiro terrorismo ideo-lógico. 
Tenho alguns ami-gos 
que, depois de eu ter 
me manifestado contra o 
Aécio, vieram dizer reser-vadamente 
que pensavam 
igual, mas que não tinham 
coragem de se manifestar. 
Tenho usado menos o Face-book, 
dialogado apenas com 
pessoas moderadas, evita-do 
o assunto no ambiente 
de trabalho, saído de perto 
quando o assunto me inco-moda. 
Tenho tentado pos-tar 
coisas amenas e mostrar 
que não escolhi um lado”, 
disse a fonte. (Hébely Rebouças/ 
hebely@hotmail.com) 
Oódio da disputa elei-toral 
é reflexo, em 
parte, de um estímu-lo 
que surge de cima para 
baixo, dos estrategistas de 
campanha para as redes so-ciais, 
segundo a tese do 
coordenador do MBA em 
Marketing Digital da Funda-ção 
Getúlio Vargas (FGV), 
Nino Carvalho. “As campa-nhas 
municiam as redes. Pro-duzem 
os ‘10 motivos para 
não votar no fulano’, víde-os 
ironizando sicrano, mon-tagens 
ofensivas, e viralizam 
através da militância. A es-tratégia 
não é propagar idei-as, 
mas ataques. Um estímu-lo 
à agressividade”, afirma. 
Na disputa de 2014, a 
estigmatização do eleitor – 
mais que do candidato – ad-versário 
parece ter ganhado 
força. Chamar de “burro” 
quem vota em Dilma Rous-seff 
(PT) e de “elitista” 
quem prefere Aécio Neves 
(PSDB) virou moda no “de-bate”. 
Diante da radicaliza-ção, 
a saída para não perder 
a amizade é traçar estra-tégias 
de convivência. No 
grupo de Whatsapp do ad- 
GUIA PARA NÃO PERDER A AMIZADE 
Como lembra o professor Nino Carvalho, “as redes 
sociais não são um ambiente livre, isso é ilusão. O 
comportamento tem consequências”. Uma postagem 
polêmica ou ofensiva pode ganhar audiências maiores, 
provocando ações judiciais por injúria e difamação. 
Antes de comentar no perfil de um colega, faça o 
exercício: se esta pessoa estivesse na minha frente, eu 
falaria assim? É essa a forma mais correta de tratar? 
Restringir suas publicações às questões político-eleitorais 
vai, provavelmente, torná-lo um usuário 
indesejado. Fale sobre o assunto com consciência, 
evite gerar spam com mensagens inflamadas, 
com mera intenção de provocar os colegas ou 
descredenciar as opiniões alheias. Argumentos 
postados de forma agressiva dificilmente mudarão o 
voto de alguém e ainda afastará as pessoas de você. 
Nunca se sabe como o outro – mesmo aqueles que 
não estão participando diretamente do debate – está 
reagindo à sua publicação. 
Se quiser defender um ponto de vista ou investir em 
mensagens argumentativas, não seja injusto e procure 
se cercar de informações de fontes confiáveis. Isso 
demonstra credibilidade e contribui para o debate. 
Faça um aviso geral em sua página explicando que 
tipo de mensagem não será tolerada e, se for o caso, 
opte por ocultar as publicações do colega insistente. 
Em grupos fechados, estabeleça regras de conduta, 
deixando claro que ofensas devem ser evitadas. 
vogado Leonardo de Figuei-redo, 
28, o tema eleições foi 
banido entre os cerca de 30 
colegas de escritório. “Por 
causa das brigas, meia dúzia 
de pessoas que não tem tanta 
vinculação politica chegou e 
determinou: não vai ter mais 
esse papo aqui. Toda vez que 
se tenta retornar ao assun-to, 
entram duas ou três pes-soas 
para abafar. Foi o mais 
adequado. Se as pessoas não 
sabem discutir...”, explicou. 
Sem condições de convi-vência, 
teve gente que en-trou 
em acordo para só vol-tar 
a conversar depois de 26 
de novembro, data da vota-ção. 
No Facebook, em meio 
ao belicismo de alguns, têm

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  • 1. FORTALEZA - CE, DOMINGO - 12 DE OUTUBRO DE 2014 PÁGINA 39 REPORTAGEM TOLERÂNCIA E REDES SOCIAIS Amar as pessoas como se não houvesse eleições ESTABELECER REGRAS DE CONVIVÊNCIA NOS GRUPOS VIRTUAIS E MUDAR POSTURAS PARA NÃO VIRAR UM “CHATO” NAS REDES PODEM SALVAR AMIZADES NO PERÍODO ELEITORAL sido compartilhadas mensa-gens como “A política passa, os amigos ficam”, ou “Proi-bido destruir amizades por causa de política”. Um médico da rede pú-blica de Fortaleza, que pediu para não ser identificado para evitar represália, optou pelo distanciamento. “É um verdadeiro terrorismo ideo-lógico. Tenho alguns ami-gos que, depois de eu ter me manifestado contra o Aécio, vieram dizer reser-vadamente que pensavam igual, mas que não tinham coragem de se manifestar. Tenho usado menos o Face-book, dialogado apenas com pessoas moderadas, evita-do o assunto no ambiente de trabalho, saído de perto quando o assunto me inco-moda. Tenho tentado pos-tar coisas amenas e mostrar que não escolhi um lado”, disse a fonte. (Hébely Rebouças/ hebely@hotmail.com) Oódio da disputa elei-toral é reflexo, em parte, de um estímu-lo que surge de cima para baixo, dos estrategistas de campanha para as redes so-ciais, segundo a tese do coordenador do MBA em Marketing Digital da Funda-ção Getúlio Vargas (FGV), Nino Carvalho. “As campa-nhas municiam as redes. Pro-duzem os ‘10 motivos para não votar no fulano’, víde-os ironizando sicrano, mon-tagens ofensivas, e viralizam através da militância. A es-tratégia não é propagar idei-as, mas ataques. Um estímu-lo à agressividade”, afirma. Na disputa de 2014, a estigmatização do eleitor – mais que do candidato – ad-versário parece ter ganhado força. Chamar de “burro” quem vota em Dilma Rous-seff (PT) e de “elitista” quem prefere Aécio Neves (PSDB) virou moda no “de-bate”. Diante da radicaliza-ção, a saída para não perder a amizade é traçar estra-tégias de convivência. No grupo de Whatsapp do ad- GUIA PARA NÃO PERDER A AMIZADE Como lembra o professor Nino Carvalho, “as redes sociais não são um ambiente livre, isso é ilusão. O comportamento tem consequências”. Uma postagem polêmica ou ofensiva pode ganhar audiências maiores, provocando ações judiciais por injúria e difamação. Antes de comentar no perfil de um colega, faça o exercício: se esta pessoa estivesse na minha frente, eu falaria assim? É essa a forma mais correta de tratar? Restringir suas publicações às questões político-eleitorais vai, provavelmente, torná-lo um usuário indesejado. Fale sobre o assunto com consciência, evite gerar spam com mensagens inflamadas, com mera intenção de provocar os colegas ou descredenciar as opiniões alheias. Argumentos postados de forma agressiva dificilmente mudarão o voto de alguém e ainda afastará as pessoas de você. Nunca se sabe como o outro – mesmo aqueles que não estão participando diretamente do debate – está reagindo à sua publicação. Se quiser defender um ponto de vista ou investir em mensagens argumentativas, não seja injusto e procure se cercar de informações de fontes confiáveis. Isso demonstra credibilidade e contribui para o debate. Faça um aviso geral em sua página explicando que tipo de mensagem não será tolerada e, se for o caso, opte por ocultar as publicações do colega insistente. Em grupos fechados, estabeleça regras de conduta, deixando claro que ofensas devem ser evitadas. vogado Leonardo de Figuei-redo, 28, o tema eleições foi banido entre os cerca de 30 colegas de escritório. “Por causa das brigas, meia dúzia de pessoas que não tem tanta vinculação politica chegou e determinou: não vai ter mais esse papo aqui. Toda vez que se tenta retornar ao assun-to, entram duas ou três pes-soas para abafar. Foi o mais adequado. Se as pessoas não sabem discutir...”, explicou. Sem condições de convi-vência, teve gente que en-trou em acordo para só vol-tar a conversar depois de 26 de novembro, data da vota-ção. No Facebook, em meio ao belicismo de alguns, têm