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Aços para
Ferramentas e
   Matrizes



                1
Matriz aberta




Matriz fechada




                                 2
Características fundamentais dos aços para
              ferramentas e matrizes:


• Dureza à temperatura ambiente: a dureza da ferramenta ou matriz deve
ser superior à dureza da peça sobre a qual exercerão sua ação de corte,
usinagem ou conformação. A dureza depende essencialmente do teor de
carbono. A maioria das ferramentas e matrizes, tais como ferramentas de
corte, matrizes para estampagem profunda, etc., é usada à máxima
dureza que se pode obter.


•Resistência ao desgaste: requisito muito importante, pois o desgaste
pode causar falhas em muitos tipos de ferramentas. O carbono é o
elemento de maior influência; nos aços altamente ligados, os elementos
de liga podem influir, devido à dureza e à distribuição dos carbonetos que
se formam.



                                                        3
Temperabilidade: requisito indispensável, pois uma maior penetração
de dureza garante perfeita uniformidade de características mecânicas
em seções apreciáveis. Nos aços-carbono comuns, é difícil alcançar
alta profundidade de endurecimento: uma pequena adição de cromo
resultará em temperabilidade completa. O aumento do teor de
elementos de liga tem a tendência de diminuir a diferença de dureza
entre a superfície e o centro e permite a utilização de meios mais
brandos de têmpera.


Resistência mecânica: elevada resistência mecânica é indispensável,
pois os aços para ferramentas e matrizes devem apresentar a
capacidade de suportar esforços estáticos sem o aparecimento de
falhas ou de deformação permanente.




                                                       4
Dureza à quente: característica altamente desejável em certos aços
para ferramentas e matrizes, utilizados em altas temperaturas, devido
ao calor das próprias condições de serviço ou ao que se desenvolve
durante as operações de usinagem; é a propriedade que os aços
podem apresentar de reter alta dureza a temperaturas elevadas (da
ordem de 600°C para os aços rápidos).
Fundamental para os "aços rápidos" e os "aços de matrizes para
trabalho a quente";
A composição química do aço é fator determinante dessa característica,
sendo os elementos responsáveis diretamente por essas propriedades,
o tungstênio em primeiro lugar, o molibdênio a seguir, o cobalto, o
cromo e o vanádio.




                                                       5
Usinabilidade: não se pode associar propriedades como alta dureza e
resistência ao desgaste à uma usinabilidade satisfatória. A
usinabilidade é tanto menor quanto maior o teor de elementos de liga,
visto que se forma um apreciável número de carbonetos duros.



    Fatores que possibilitam os requisitos dos aços
            para ferramentas e matrizes:


   • Composição química;
   • Tratamento térmico.




                                                         6
Principais elementos de liga presentes nos aços para ferramentas e
matrizes: carbono, silício, manganês, cromo, vanádio, tungstênio,
molibdênio e cobalto.


Carbono - é o elemento essencial, pois é ele, por intermédio dos
carbonetos que se formam, que confere dureza e resistência ao
desgaste; seu teor é geralmente alto — em torno do eutetóide ou
acima — podendo atingir, em alguns casos, valores superiores a 2%.


Silício - geralmente em teores baixos (0,10 a 0,30%), é adicionado
como desoxidante; se dissolve na ferrita.


Manganês - também desoxidante (até 0,5%) e dessulfurante. Em
teores mais elevados, melhora a temperabilidade apreciavelmente. A
adição de cerca de 1,60% de Mn em aço-carbono com 0,90% C,
permite a têmpera em óleo.


                                                        7
Cromo - adicionado principalmente para aumentar a temperabilidade,
tornando, com o Mn, o aço temperável em óleo. Aumenta a resistência
ao desgaste, porque aumenta a dureza.

Teores muito variados, desde baixos até muito altos; 5% de cromo,
juntamente com 1% de molibdênio compõem um aço endurecível ao ar.

O cromo pode atingir teores de 11,0% a 14,00%, com carbono também
elevado (1,50% a 2,20%): notável resistência ao desgaste e são
temperáveis em óleo ou ao ar.

Também nos aços rápidos, encontra-se cromo em torno de 4%: junto
com tungstênio e vanádio - objetivo aumentar a temperabilidade e a
dureza a quente.




                                                      8
Vanádio - desoxidante e controlador do tamanho de grão. Forma
carbonetos estáveis e melhora a temperabilidade dos aços. O principal
efeito é impedir o crescimento do grão, refinando-o. Os carbonetos que
forma são muito estáveis, mesmo a temperaturas elevadas o que resulta
na melhora da dureza a quente do aço.


Tungstênio - é essencialmente um formador de carbonetos, melhorando a
dureza do aço à temperatura ambiente. Tungstênio mais elevado — entre
12% e 20% — sobretudo juntamente com o cromo, confere a mais
importante propriedade dos aços para ferramentas e matrizes: dureza a
quente (capacidade de retenção da dureza até temperaturas da ordem de
600°C), grande importância nas operações de corte a alta velocidade ou
de conformação a altas temperaturas.
O tungstênio é o elemento mais eficiente na "dureza a quente", a
obtenção desta característica é mais efetiva ainda quando se adiciona
juntamente com ele, molibdênio, cobalto, vanádio ou cromo, em
combinação de dois, três ou mais desses elementos: formação de um
carboneto complexo (Fe,W,Cr,V)6C.
                                                       9
Cobalto - utilizado somente em alguns tipos de aços (certos aços
rápidos); aumenta a dureza a quente e diminui a temperabilidade.


Molibdênio - contribui no sentido de melhorar a dureza a quente, além de
aumentar a resistência e a ductilidade. Muito ativo no sentido de melhorar a
temperabilidade. Seu uso mais importante é como substituto parcial do
tungstênio.


                      Tratamento térmico
Em todos os aços não comuns, o seu tratamento térmico constitui
talvez a mais importante fase de fabricação; tal fato cresce de
importância nos aços para ferramentas e matrizes, devido às condições
extremamente especiais de serviço e utilização desses materiais e
devido, nos tipos altamente ligados, à complexidade de sua
composição química e estrutura.



                                                           10
As temperaturas empregadas nos tratamentos térmicos dos aços para
ferramentas e matrizes abrangem a mais larga faixa, dentre todos os
produtos metalúrgicos: as mais elevadas são aplicadas nos aços
rápidos e tornam os aços suscetíveis de adquirirem granulação
grosseira.


Essas elevadas temperaturas não podem ser evitadas porque é
necessário garantir completa solução dos carbonetos complexos
existentes nesses tipos de aços, no ferro gama.



No que se refere ao resfriamento, observa-se também nos aços para
ferramentas e matrizes todas as velocidades comercialmente
disponíveis de resfriamento, como salmoura, água, óleo, ar, etc.




                                                     11
A faixa de temperaturas de revenido nos aços para ferramentas e
matrizes é muito extensa. Os aços-carbono ou contendo baixo teores
de elementos de liga são freqüentemente revenidos a temperaturas
relativamente baixas, da ordem de 120 a 350°C, ao passo que os
aços rápidos e os aços para trabalho a quente podem ser revenidos a
temperaturas muito elevadas, da ordem de 600°C ou 650°C.




                                                     12
Classificação dos aços para ferramentas e matrizes
(AISI-SAE)


 •Aços temperáveis em água (W);
 •Aços resistentes ao choque (S);
 •Aços ferramenta para moldes (P);
 •Aços ferramenta para trabalho a frio (O, A, D);
 •Aços ferramenta para trabalho a quente (H);
 •Aços rápidos (T e M).



                                                13
Aços Temperáveis em água



aços tenazes e resistentes à abrasão;
para obter estas propriedades trabalha-se com o teor de
carbono (%C entre 0,50 a 1,40);
Aços carbono simplesmente, ou com pequenas adições de
cromo e vanádio;
0,5%-0,6%C muito tenaz; 0,8%C boa tenacidade; 1,2%C
grande dureza aliada a certa tenacidade; 1,4% C grande
dureza.




                                             14
Aplicações:

C até 0,75% - martelos, ferramentas de ferreiro, etc. –
grande tenacidade, dureza conveniente;
C de 0,75% a 0,9% - punções, lâminas de tesoura, matrizes
para estampagem profunda, etc. – superfície dura com
considerável tenacidade;
C de 0,9% a 1,10% - fresas, mandris, matrizes para corte,
limas, etc. – grande dureza;
C de 1,1% a 1,4% - ferramentas de tornos, plainas, brocas,
matrizes para estiramento, etc. – máxima dureza.




                                                    15
16
17
Tratamento térmico




                     18
Razões pelas quais os aços-carbono ainda desempenham um papel
importante na indústria de ferramentas são, entre outras, as
seguintes:
- custo mais baixo que os outros materiais para ferramentas;
- disponibilidade mais fácil;
- usinabilidade melhor;
- na têmpera, utilizam um meio de resfriamento simples e de grande
disponibilidade (água), que permite atingir durezas da ordem de 65
Rockwell C.




                                                      19
Aços para trabalho a frio


Estes aços são recomendados, em peças que exigem cuidadoso controle
dimensional, como matrizes para trabalho a frio.

De um modo geral, são indicados para matrizes de estampagem,
forjamento, corte, punções, matrizes para compressão de pós metálicos,
etc.

Apresentam alto teor de carbono, o qual pode chegar, para os tipos mais
altamente ligados (com 12% de cromo), a 2,35% e teores de elementos
de liga desde valores relativamente baixos até valores elevados.

Sua temperabilidade é geralmente elevada e apresenta elevada
resistência ao choque; a resistência ao calor é regular e a usinabilidade
varia de pequena a boa.


                                                         20
Segundo classificação AISI e SAE, tem-se 4 grupos:




• de baixa liga e temperáveis em óleo (grupo O);

• de média liga e temperáveis ao ar (grupo A);

• de alta liga e temperáveis em óleo ou ao ar(grupo D).




                                                          21
Grupo O


As durezas finais de serviço variam de 57 a 62 Rockwell C para os
tipos 01 e 02 e de 58 a 64 para o tipo 07.


As principais aplicações dos aços desse grupo são: matrizes de
corte, matrizes de conformação, punções, pequenas lâminas de
tesouras, serras circulares, brocas e matrizes de estiramento.




                                                     22
Grupo A



São aços caracterizados por apresentarem grande capacidade de
endurecerem ao ar, de modo que são indicados para aplicações em
matrizes de forma complicada que devem manter sua forma inalterada
após a têmpera e o revenido.


Caracterizam-se ainda por boa resistência ao desgaste e regular
tenacidade, portanto aplicáveis em matrizes de corte, conformação e
estiramento.




                                                     23
24
Grupo D

São caracterizados por altos teores de carbono e de cromo; têm
excelente resistência ao desgaste: numerosos carbonetos de cromo
duros, e portanto são aços de grande utilidade no emprego em
matrizes.


O alto teor de cromo presente confere resistência à oxidação a altas
temperaturas, muito mais acentuada do que nos aços ao carbono ou
contendo baixos teores de elementos de liga.

As aplicações são feitas em: matrizes de corte, matrizes de
cunhagem, matrizes para estampagem profunda, matrizes para
estiramento e trefilação, matrizes de conformação, punções, matrizes
para extrusão, etc.



                                                       25
26
Aços Resistentes ao Choque


Podem ser divididos em três grupos: ao Cr-V, sendo L2, o tipo
representativo; ao Si, representado pelos tipos S2, S4 e S5 e ao W, sendo
S1 o tipo representativo.




                                                          27
Possuem tenacidade de muito boa a excelente, com regular resistência ao
desgaste; aplicações sujeitas a choque: punções, ferramentas pneumáticas,
talhadeiras, etc.
L2 é empregado onde se exige alta resistência mecânica e elevada
tenacidade, sendo a resistência ao desgaste secundária;
Os tipos ao silício (S2, S4 e S5) apresentam tenacidade ligeiramente
superior;
O tipo ao W é o que apresenta a melhor resistência ao desgaste.
O tipo ao Cr-V é o que apresenta a menor temperabilidade.




                                                            28
Aplicações:


• L2 são empregados em chaves inglesas, lâminas de tesoura,
talhadeiras, eixos propulsores, dispositivos de aperto, matrizes para
forjamento em matriz, mandris, matrizes para fundição sob pressão
de metais e ligas de baixo ponto de fusão;


• S2 a S5 são empregados em talhadeiras, manuais ou
pneumáticas, punções, cortadores de carvão, lâminas de tesoura,
matrizes de cunhagem, etc.


• S1 são aplicados em ferramentas resistentes ao choque para uso
tanto a frio como a quente, tais como talhadeiras quer manuais,
quer pneumáticas, lâminas de tesoura para corte a frio e a quente,
brocas de concreto, punções, ferramentas de ferreiro, brocas de
rocha, etc.

                                                        29
Aços para trabalho a quente


Propriedades mais importantes são:

— resistência à deformação, às temperaturas de trabalho;

— resistência ao choque, tanto de natureza mecânica como de
natureza térmica;

— resistência à erosão, às temperaturas de serviço;

— resistência à deformação, durante o tratamento térmico;

— usinabilidade.




                                                            30
31
Os tipos ao Cr-Mo (H11, H12, H13 e H15) são os mais utilizados,
devido sua extraordinária resistência ao choque, principalmente
quando é necessário resfriar as matrizes em serviço com água ou
outro fluido de resfriamento.


Aplicações típicas desses aços: matrizes para fundição sob pressão,
matrizes de forjamento, punções, mandris para trabalho a quente,
ferramental para extrusão a quente, lâminas de tesoura para corte a
quente, e todos os tipos de matrizes para trabalho a quente que
envolvam a aplicação de choque.




                                                     32
Os tipos de aços ao Cr-W (H14 e H16) caracterizam-se por conterem os
mesmos teores de cromo e de tungstênio.

Aplicações típicas desses aços: matrizes de extrusão de aço, cobre ou
latão, moldes permanentes para fundição de latão, punções para
trabalho a quente, dispositivos de aperto de matrizes, etc.

Tais aços foram criados para tirar proveito dos efeitos benéficos, tanto do
tungstênio como do cromo.




                                                            33
Os tipos ao W são os que apresentam a melhor dureza a quente,
 dentre todos os tipos de aços para trabalho a quente, somente
 sendo superados nesse sentido por alguns aços rápidos.


 São aplicados onde os requisitos exigidos são máxima resistência
 a quente e resistência ao amolecimento a altas temperaturas,
 sendo a resistência ao choque relativamente secundária.


 Aplicações típicas desses aços incluem matrizes de extrusão para
 latão, bronze e aço, matrizes para prensagem a quente, matrizes
 para forjamento a quente, punções para trabalho a quente, etc.



Os tipos Mo (H41, H42 e H43), desenvolvidos durante a guerra devido
à carência de tungstênio, são os menos usados dentre os
considerados.


                                                      34
Aços Rápidos

Principais tipos de aços utilizados em ferramentas, devido às suas
características de alta dureza no estado temperado e retenção da
dureza a temperaturas em que o gume cortante da ferramenta se torna
vermelho, devido ao calor gerado na operação de usinagem.


Todos os tipos de aço rápido contêm cromo e vanádio.



  Sua característica principal é a capacidade de operar em
  velocidades e outras condições de corte que podem elevar a
  temperatura do gume cortante da ferramenta a cerca de 550°C-
  600°C, durante a operação de usinagem.



                                                       35
Nessas temperaturas, esses aços retêm a dureza que lhes permite
ainda continuar na operação de usinagem; ao resfriar, após realizada
essa operação readquirem a dureza original.


Essa característica é chamada "dureza a quente" e constitui a mais
importante propriedade dos aços rápidos.


Além disso, devido ao alto teor de carbono e ao elevado teor de
elementos de liga formadores de carbonetos, forma-se um elevado
número de carbonetos de liga, o que confere ao aço uma resistência
ao desgaste superior a de outros tipos de aços para ferramentas,
tornando sua durabilidade maior.




                                                      36
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Aços ferramenta

  • 3. Características fundamentais dos aços para ferramentas e matrizes: • Dureza à temperatura ambiente: a dureza da ferramenta ou matriz deve ser superior à dureza da peça sobre a qual exercerão sua ação de corte, usinagem ou conformação. A dureza depende essencialmente do teor de carbono. A maioria das ferramentas e matrizes, tais como ferramentas de corte, matrizes para estampagem profunda, etc., é usada à máxima dureza que se pode obter. •Resistência ao desgaste: requisito muito importante, pois o desgaste pode causar falhas em muitos tipos de ferramentas. O carbono é o elemento de maior influência; nos aços altamente ligados, os elementos de liga podem influir, devido à dureza e à distribuição dos carbonetos que se formam. 3
  • 4. Temperabilidade: requisito indispensável, pois uma maior penetração de dureza garante perfeita uniformidade de características mecânicas em seções apreciáveis. Nos aços-carbono comuns, é difícil alcançar alta profundidade de endurecimento: uma pequena adição de cromo resultará em temperabilidade completa. O aumento do teor de elementos de liga tem a tendência de diminuir a diferença de dureza entre a superfície e o centro e permite a utilização de meios mais brandos de têmpera. Resistência mecânica: elevada resistência mecânica é indispensável, pois os aços para ferramentas e matrizes devem apresentar a capacidade de suportar esforços estáticos sem o aparecimento de falhas ou de deformação permanente. 4
  • 5. Dureza à quente: característica altamente desejável em certos aços para ferramentas e matrizes, utilizados em altas temperaturas, devido ao calor das próprias condições de serviço ou ao que se desenvolve durante as operações de usinagem; é a propriedade que os aços podem apresentar de reter alta dureza a temperaturas elevadas (da ordem de 600°C para os aços rápidos). Fundamental para os "aços rápidos" e os "aços de matrizes para trabalho a quente"; A composição química do aço é fator determinante dessa característica, sendo os elementos responsáveis diretamente por essas propriedades, o tungstênio em primeiro lugar, o molibdênio a seguir, o cobalto, o cromo e o vanádio. 5
  • 6. Usinabilidade: não se pode associar propriedades como alta dureza e resistência ao desgaste à uma usinabilidade satisfatória. A usinabilidade é tanto menor quanto maior o teor de elementos de liga, visto que se forma um apreciável número de carbonetos duros. Fatores que possibilitam os requisitos dos aços para ferramentas e matrizes: • Composição química; • Tratamento térmico. 6
  • 7. Principais elementos de liga presentes nos aços para ferramentas e matrizes: carbono, silício, manganês, cromo, vanádio, tungstênio, molibdênio e cobalto. Carbono - é o elemento essencial, pois é ele, por intermédio dos carbonetos que se formam, que confere dureza e resistência ao desgaste; seu teor é geralmente alto — em torno do eutetóide ou acima — podendo atingir, em alguns casos, valores superiores a 2%. Silício - geralmente em teores baixos (0,10 a 0,30%), é adicionado como desoxidante; se dissolve na ferrita. Manganês - também desoxidante (até 0,5%) e dessulfurante. Em teores mais elevados, melhora a temperabilidade apreciavelmente. A adição de cerca de 1,60% de Mn em aço-carbono com 0,90% C, permite a têmpera em óleo. 7
  • 8. Cromo - adicionado principalmente para aumentar a temperabilidade, tornando, com o Mn, o aço temperável em óleo. Aumenta a resistência ao desgaste, porque aumenta a dureza. Teores muito variados, desde baixos até muito altos; 5% de cromo, juntamente com 1% de molibdênio compõem um aço endurecível ao ar. O cromo pode atingir teores de 11,0% a 14,00%, com carbono também elevado (1,50% a 2,20%): notável resistência ao desgaste e são temperáveis em óleo ou ao ar. Também nos aços rápidos, encontra-se cromo em torno de 4%: junto com tungstênio e vanádio - objetivo aumentar a temperabilidade e a dureza a quente. 8
  • 9. Vanádio - desoxidante e controlador do tamanho de grão. Forma carbonetos estáveis e melhora a temperabilidade dos aços. O principal efeito é impedir o crescimento do grão, refinando-o. Os carbonetos que forma são muito estáveis, mesmo a temperaturas elevadas o que resulta na melhora da dureza a quente do aço. Tungstênio - é essencialmente um formador de carbonetos, melhorando a dureza do aço à temperatura ambiente. Tungstênio mais elevado — entre 12% e 20% — sobretudo juntamente com o cromo, confere a mais importante propriedade dos aços para ferramentas e matrizes: dureza a quente (capacidade de retenção da dureza até temperaturas da ordem de 600°C), grande importância nas operações de corte a alta velocidade ou de conformação a altas temperaturas. O tungstênio é o elemento mais eficiente na "dureza a quente", a obtenção desta característica é mais efetiva ainda quando se adiciona juntamente com ele, molibdênio, cobalto, vanádio ou cromo, em combinação de dois, três ou mais desses elementos: formação de um carboneto complexo (Fe,W,Cr,V)6C. 9
  • 10. Cobalto - utilizado somente em alguns tipos de aços (certos aços rápidos); aumenta a dureza a quente e diminui a temperabilidade. Molibdênio - contribui no sentido de melhorar a dureza a quente, além de aumentar a resistência e a ductilidade. Muito ativo no sentido de melhorar a temperabilidade. Seu uso mais importante é como substituto parcial do tungstênio. Tratamento térmico Em todos os aços não comuns, o seu tratamento térmico constitui talvez a mais importante fase de fabricação; tal fato cresce de importância nos aços para ferramentas e matrizes, devido às condições extremamente especiais de serviço e utilização desses materiais e devido, nos tipos altamente ligados, à complexidade de sua composição química e estrutura. 10
  • 11. As temperaturas empregadas nos tratamentos térmicos dos aços para ferramentas e matrizes abrangem a mais larga faixa, dentre todos os produtos metalúrgicos: as mais elevadas são aplicadas nos aços rápidos e tornam os aços suscetíveis de adquirirem granulação grosseira. Essas elevadas temperaturas não podem ser evitadas porque é necessário garantir completa solução dos carbonetos complexos existentes nesses tipos de aços, no ferro gama. No que se refere ao resfriamento, observa-se também nos aços para ferramentas e matrizes todas as velocidades comercialmente disponíveis de resfriamento, como salmoura, água, óleo, ar, etc. 11
  • 12. A faixa de temperaturas de revenido nos aços para ferramentas e matrizes é muito extensa. Os aços-carbono ou contendo baixo teores de elementos de liga são freqüentemente revenidos a temperaturas relativamente baixas, da ordem de 120 a 350°C, ao passo que os aços rápidos e os aços para trabalho a quente podem ser revenidos a temperaturas muito elevadas, da ordem de 600°C ou 650°C. 12
  • 13. Classificação dos aços para ferramentas e matrizes (AISI-SAE) •Aços temperáveis em água (W); •Aços resistentes ao choque (S); •Aços ferramenta para moldes (P); •Aços ferramenta para trabalho a frio (O, A, D); •Aços ferramenta para trabalho a quente (H); •Aços rápidos (T e M). 13
  • 14. Aços Temperáveis em água aços tenazes e resistentes à abrasão; para obter estas propriedades trabalha-se com o teor de carbono (%C entre 0,50 a 1,40); Aços carbono simplesmente, ou com pequenas adições de cromo e vanádio; 0,5%-0,6%C muito tenaz; 0,8%C boa tenacidade; 1,2%C grande dureza aliada a certa tenacidade; 1,4% C grande dureza. 14
  • 15. Aplicações: C até 0,75% - martelos, ferramentas de ferreiro, etc. – grande tenacidade, dureza conveniente; C de 0,75% a 0,9% - punções, lâminas de tesoura, matrizes para estampagem profunda, etc. – superfície dura com considerável tenacidade; C de 0,9% a 1,10% - fresas, mandris, matrizes para corte, limas, etc. – grande dureza; C de 1,1% a 1,4% - ferramentas de tornos, plainas, brocas, matrizes para estiramento, etc. – máxima dureza. 15
  • 16. 16
  • 17. 17
  • 19. Razões pelas quais os aços-carbono ainda desempenham um papel importante na indústria de ferramentas são, entre outras, as seguintes: - custo mais baixo que os outros materiais para ferramentas; - disponibilidade mais fácil; - usinabilidade melhor; - na têmpera, utilizam um meio de resfriamento simples e de grande disponibilidade (água), que permite atingir durezas da ordem de 65 Rockwell C. 19
  • 20. Aços para trabalho a frio Estes aços são recomendados, em peças que exigem cuidadoso controle dimensional, como matrizes para trabalho a frio. De um modo geral, são indicados para matrizes de estampagem, forjamento, corte, punções, matrizes para compressão de pós metálicos, etc. Apresentam alto teor de carbono, o qual pode chegar, para os tipos mais altamente ligados (com 12% de cromo), a 2,35% e teores de elementos de liga desde valores relativamente baixos até valores elevados. Sua temperabilidade é geralmente elevada e apresenta elevada resistência ao choque; a resistência ao calor é regular e a usinabilidade varia de pequena a boa. 20
  • 21. Segundo classificação AISI e SAE, tem-se 4 grupos: • de baixa liga e temperáveis em óleo (grupo O); • de média liga e temperáveis ao ar (grupo A); • de alta liga e temperáveis em óleo ou ao ar(grupo D). 21
  • 22. Grupo O As durezas finais de serviço variam de 57 a 62 Rockwell C para os tipos 01 e 02 e de 58 a 64 para o tipo 07. As principais aplicações dos aços desse grupo são: matrizes de corte, matrizes de conformação, punções, pequenas lâminas de tesouras, serras circulares, brocas e matrizes de estiramento. 22
  • 23. Grupo A São aços caracterizados por apresentarem grande capacidade de endurecerem ao ar, de modo que são indicados para aplicações em matrizes de forma complicada que devem manter sua forma inalterada após a têmpera e o revenido. Caracterizam-se ainda por boa resistência ao desgaste e regular tenacidade, portanto aplicáveis em matrizes de corte, conformação e estiramento. 23
  • 24. 24
  • 25. Grupo D São caracterizados por altos teores de carbono e de cromo; têm excelente resistência ao desgaste: numerosos carbonetos de cromo duros, e portanto são aços de grande utilidade no emprego em matrizes. O alto teor de cromo presente confere resistência à oxidação a altas temperaturas, muito mais acentuada do que nos aços ao carbono ou contendo baixos teores de elementos de liga. As aplicações são feitas em: matrizes de corte, matrizes de cunhagem, matrizes para estampagem profunda, matrizes para estiramento e trefilação, matrizes de conformação, punções, matrizes para extrusão, etc. 25
  • 26. 26
  • 27. Aços Resistentes ao Choque Podem ser divididos em três grupos: ao Cr-V, sendo L2, o tipo representativo; ao Si, representado pelos tipos S2, S4 e S5 e ao W, sendo S1 o tipo representativo. 27
  • 28. Possuem tenacidade de muito boa a excelente, com regular resistência ao desgaste; aplicações sujeitas a choque: punções, ferramentas pneumáticas, talhadeiras, etc. L2 é empregado onde se exige alta resistência mecânica e elevada tenacidade, sendo a resistência ao desgaste secundária; Os tipos ao silício (S2, S4 e S5) apresentam tenacidade ligeiramente superior; O tipo ao W é o que apresenta a melhor resistência ao desgaste. O tipo ao Cr-V é o que apresenta a menor temperabilidade. 28
  • 29. Aplicações: • L2 são empregados em chaves inglesas, lâminas de tesoura, talhadeiras, eixos propulsores, dispositivos de aperto, matrizes para forjamento em matriz, mandris, matrizes para fundição sob pressão de metais e ligas de baixo ponto de fusão; • S2 a S5 são empregados em talhadeiras, manuais ou pneumáticas, punções, cortadores de carvão, lâminas de tesoura, matrizes de cunhagem, etc. • S1 são aplicados em ferramentas resistentes ao choque para uso tanto a frio como a quente, tais como talhadeiras quer manuais, quer pneumáticas, lâminas de tesoura para corte a frio e a quente, brocas de concreto, punções, ferramentas de ferreiro, brocas de rocha, etc. 29
  • 30. Aços para trabalho a quente Propriedades mais importantes são: — resistência à deformação, às temperaturas de trabalho; — resistência ao choque, tanto de natureza mecânica como de natureza térmica; — resistência à erosão, às temperaturas de serviço; — resistência à deformação, durante o tratamento térmico; — usinabilidade. 30
  • 31. 31
  • 32. Os tipos ao Cr-Mo (H11, H12, H13 e H15) são os mais utilizados, devido sua extraordinária resistência ao choque, principalmente quando é necessário resfriar as matrizes em serviço com água ou outro fluido de resfriamento. Aplicações típicas desses aços: matrizes para fundição sob pressão, matrizes de forjamento, punções, mandris para trabalho a quente, ferramental para extrusão a quente, lâminas de tesoura para corte a quente, e todos os tipos de matrizes para trabalho a quente que envolvam a aplicação de choque. 32
  • 33. Os tipos de aços ao Cr-W (H14 e H16) caracterizam-se por conterem os mesmos teores de cromo e de tungstênio. Aplicações típicas desses aços: matrizes de extrusão de aço, cobre ou latão, moldes permanentes para fundição de latão, punções para trabalho a quente, dispositivos de aperto de matrizes, etc. Tais aços foram criados para tirar proveito dos efeitos benéficos, tanto do tungstênio como do cromo. 33
  • 34. Os tipos ao W são os que apresentam a melhor dureza a quente, dentre todos os tipos de aços para trabalho a quente, somente sendo superados nesse sentido por alguns aços rápidos. São aplicados onde os requisitos exigidos são máxima resistência a quente e resistência ao amolecimento a altas temperaturas, sendo a resistência ao choque relativamente secundária. Aplicações típicas desses aços incluem matrizes de extrusão para latão, bronze e aço, matrizes para prensagem a quente, matrizes para forjamento a quente, punções para trabalho a quente, etc. Os tipos Mo (H41, H42 e H43), desenvolvidos durante a guerra devido à carência de tungstênio, são os menos usados dentre os considerados. 34
  • 35. Aços Rápidos Principais tipos de aços utilizados em ferramentas, devido às suas características de alta dureza no estado temperado e retenção da dureza a temperaturas em que o gume cortante da ferramenta se torna vermelho, devido ao calor gerado na operação de usinagem. Todos os tipos de aço rápido contêm cromo e vanádio. Sua característica principal é a capacidade de operar em velocidades e outras condições de corte que podem elevar a temperatura do gume cortante da ferramenta a cerca de 550°C- 600°C, durante a operação de usinagem. 35
  • 36. Nessas temperaturas, esses aços retêm a dureza que lhes permite ainda continuar na operação de usinagem; ao resfriar, após realizada essa operação readquirem a dureza original. Essa característica é chamada "dureza a quente" e constitui a mais importante propriedade dos aços rápidos. Além disso, devido ao alto teor de carbono e ao elevado teor de elementos de liga formadores de carbonetos, forma-se um elevado número de carbonetos de liga, o que confere ao aço uma resistência ao desgaste superior a de outros tipos de aços para ferramentas, tornando sua durabilidade maior. 36
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