1. O documento discute os fundamentos bíblicos para vida em comunidade e relacionamentos saudáveis.
2. Aponta que Deus criou o homem para viver em comunhão com Ele, a criação e os outros, já que não é bom o homem viver sozinho.
3. Os principais fundamentos para relacionamentos saudáveis são o amor fraterno e agápico, enquanto o respeito, ética e alteridade são princípios importantes.
4. Texto do dia
"Oh! Quão bom e
quão suave é que
os irmãos vivam
em união!"
(Sl 133.1)
5. síntese
A base de todos os
relacionamentos
cristãos saudáveis
está na comunhão e
unidade da própria
Trindade: Pai, Filho
e Espírito Santo.
6. LEITURA BÍBLICA
Gn 2.18-24
18. E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei
uma adjutora que esteja como diante dele.
19. Havendo, pois, o Senhor Deus formado da terra todo animal do
campo e toda ave dos céus, os trouxe a Adão, para este ver como lhes
chamaria; e tudo o que Adão chamou a toda a alma vivente, isso foi o
seu nome.
20. E Adão pôs os nomes a todo o gado, e às aves dos céus, e a todo
animal do campo; mas para o homem não se achava adjutora que
estivesse como diante dele.
21. Então, o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este
adormeceu; e tomou uma das suas costelas e cerrou a carne em seu
lugar.
7. 22. E da costela que o Senhor Deus tomou do homem formou uma
mulher; e trouxe-a a Adão.
23. E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos e carne da minha
carne; esta será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada.
24. Portanto, deixará o varão o seu pai e a sua mãe e apegar-se-á à sua
mulher, e serão ambos uma carne.
LEITURA BÍBLICA
Gn 2.18-24
9. INTRODUÇÃO
• O ser humano é um ser social.
• Vivemos numa comunidade global,
formada por pessoas de etnias e
culturas diferentes.
• Nessa lição, estudaremos os
fundamentos bíblicos para a vida em
comunidade e para os relacionamentos
saudáveis.
10. I - DEUS VIU
QUE NÃO É BOM
QUE O HOMEM
VIVA SOZINHO
(Gn 2.18)
11. 1. Relacionamento com Deus: a imagem
divina (1.26):
• O ser humano foi criado à “imagem e semelhança de
Deus” (1.26).
• Deus o criou com possibilidade de comunicação com o
Criador.
• Deus está sempre disposto a se relacionar com o ser
humano.
• Deus não faz acepção de pessoas.
I - DEUS VIU QUE
NÃO É BOM QUE O
HOMEM VIVA
SOZINHO (Gn 2.18)
12. 2. Relacionamento com a criação:
• tudo que existe foi criado por Deus.
• as coisas criadas refletem a divindade (Dt 4.15-19; Rm 1.20-
23)
• Tudo é criação de Deus, mas somente ele é Deus e Senhor!
• criou livre e amorosamente todas as coisas e as entregou ao
cuidado do ser humano (Gn 1.26, 28; 2.15).
• o ser humano é responsável pelo maneira como se relaciona
com as coisas criadas.
I - DEUS VIU QUE
NÃO É BOM QUE O
HOMEM VIVA
SOZINHO (Gn 2.18)
13. 3. Relacionamento com o outro -
identidade e solidariedade (Gn 2.18-25):
• O Senhor afirma que "não é bom que o homem esteja só"
(Gn 2.18).
• A comunhão com o Criador (dimensão espiritual) e com a
criação (dimensão física e imanente) não é suficiente para o
ser humano.
• A dimensão interpessoal e afetiva (o outro) complementa as
duas anteriores.
• a identidade do sujeito: o eu (si) - o que sou - e o outro - o
que não sou.
I - DEUS VIU QUE
NÃO É BOM QUE O
HOMEM VIVA
SOZINHO (Gn 2.18)
14. 3. Relacionamento com o outro -
identidade e solidariedade (Gn 2.18-25):
• "o que sou“:
• sujeito da própria vida (rejeitando a dominação, a
escravidão - autonomia);
• Autonomia para escolher (rejeitando a manipulação -
liberdade);
• Desenvolvimento do modo próprio de ser pessoa
(rejeitando a coisificação e instrumentalização - sujeito).
• "o outro“: aquilo que desejo para mim (autonomia,
liberdade, condição de sujeito) seja também direito do outro,
numa relação solidária.
I - DEUS VIU QUE
NÃO É BOM QUE O
HOMEM VIVA
SOZINHO (Gn 2.18)
15. Pense
A imagem de Deus
capacita-nos a viver
plenamente com Deus, a
distinguir-se da criação
e a entender o próximo.
Como valorizamos a
imagem de Deus em nós?
17. 1. Amor fraterno (Rm 12.10):
• a principal base de todo relacionamento saudável é o amor
fraterno (aceitação e respeito).
• interpessoal, que valoriza as qualidades, respeita as
diferenças e suporta as fragilidades.
• capaz de se alegrar com as conquistas do outro, e de se
entristecer com o infortúnio alheio (Rm 12.15).
• não existe qualquer amizade verdadeira (1 Pe 3.8) que
subsista sem ele (1 Ts 4.9).
• desenvolve-se inicialmente na família.
II - FUNDAMENTOS DOS
RELACIONAMENTOS
SAUDÁVEIS (Rm 12.9-21)
18. 1. Amor fraterno (Rm 12.10):
• O relacionamento interpessoal externo à família pode se
tornar mais significativo do que os laços familiares (Pv 17.17;
18.24).
• pode levar até ao sacrifício (Fp 2.19-30; 4.18), pois a base
dele é o amor agápico (1 Ts 4.9).
II - FUNDAMENTOS DOS
RELACIONAMENTOS
SAUDÁVEIS (Rm 12.9-21)
19. 2. Amor agápico (Jo 13.34):
• Este é o amor com que Deus ama-nos (Jo 3.16; 15.13; 1 Jo
4.10).
• Devemos "amar o próximo como a nós mesmos" (Mt 22.39).
Amar os outros como Cristo nos amou (Jo 15-12).
• O perigo de tal amor pode sucumbir ao egoísmo, e aos
interesses pessoais.
• Exemplos deste amor: 1 Co 13.1-13; Fp 2.5-11 e 2 Co 8.9.
II - FUNDAMENTOS DOS
RELACIONAMENTOS
SAUDÁVEIS (Rm 12.9-21)
20. 2. Amor agápico (Jo 13.34):
• esse amor se expressa por inteiro somente na Pessoa do Pai
(1 Jo 4.8,16), do Filho (Ef 3.19) e do Espírito Santo (Rm 15.30;
ver 2 Co 13.13).
3. Amor agápico ordenado por Jesus:
• com a busca do ser humano e o auxílio do ser humano é
possível desenvolver esse amor na caminhada da fé (Rm 5.5;
Jo 13.35).
• Embora o amor agápico não se apresente em sua plenitude
nas limitações humanas, em Cristo, o cristão deve buscar
esse alvo (Jo 13.34).
II - FUNDAMENTOS DOS
RELACIONAMENTOS
SAUDÁVEIS (Rm 12.9-21)
21. 3. Amor agápico ordenado por Jesus:
• Esse amor agápico é uma ordenança e a identidade (1 Jo 4.7-
13) mediante a qual o mundo conhece os discípulos de Cristo
(Jo 13.35).
• Esse amor é incondicional (1 Jo 4.10; Jo 3.16).
• Os relacionamentos entre os filhos de Deus devem superar
suas diferenças e inquietações (1 Jo 4.16-21).
II - FUNDAMENTOS DOS
RELACIONAMENTOS
SAUDÁVEIS (Rm 12.9-21)
22. Pense
O amor frater nal e o
agápico são a essência
dos relacionamentos
saudáveis e frutíferos.
O que implica a falta
deles em nós?
24. 1. Respeito (1 Tm 2.2 [ARA]):
• valor moral necessário ao convívio saudável e harmônico.
• reconhecimento dos direitos do próximo: à vida, à felicidade;
ao trabalho; ao culto; à livre expressão de ideias.
• no mundo globalizado e multicultural de hoje, o respeito é
uma necessidade para a boa convivência.
• Nenhum relacionamento saudável subsiste sem respeito
mútuo (Rm 13.7; Ef 5.33; 1 Tm 3.8; Tt 2.2 -ARA).
III - PRINCÍPIOS PARA
SE ESTABELECER
RELACIONAMENTOS
SAUDÁVEIS
25. 2. Ética (Êx 20; Mt 5-7; 2 Tm 3.16):
• a ética refere-se às normas de conduta sob as quais a
sociedade e o indivíduo vivem.
• Todavia, a base da ética cristã não são os costumes sociais,
mas o caráter santo e misericordioso de Deus, os ensinos de
Jesus, e as Escrituras.
• Estes fundamentam a vida e os relacionamentos saudáveis
dos cristãos.
III - PRINCÍPIOS PARA
SE ESTABELECER
RELACIONAMENTOS
SAUDÁVEIS
26. • Alteridade (Lc 6.36,37):
• O ser humano é um ser social! Ele vive em comunidade e
interage com o outro, que lhe é diferente.
• Isto cria uma relação de interdependência e solidariedade,
que são necessárias ao desenvolvimento pessoal e coletivo
do ser humano.
• Por meio da alteridade a pessoa se coloca no lugar da outra,
procurando entendê-la, respeitando as diferenças que
existem entre ambas.
III - PRINCÍPIOS PARA
SE ESTABELECER
RELACIONAMENTOS
SAUDÁVEIS
28. CONSIDERAÇÕE
S
FINAIS1. O relato da criação já demonstra que o
ser humano é um ser social e depende
do relacionamento com Deus, a criação
e o outro.
2. O fundamento para relacionamentos
saudáveis é o amor fraterno e agápico.
3. Os princípios para relacionamentos
saudáveis são: respeito, ética e
alteridade.
.
29. REFERÊNCIAS
PALMER, M.D. Panorama do Pensamento Cristão.
1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, p. 305
COLSON, C. E, Agora como Viveremos?
1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2000.
RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia:
Uma análise de Gênesis a Apocalipse capítulo por
capítulo. 10. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.