Arquivo de slides de conteúdo ministrado pelo pastor Natalino das Neves na 4a EBO de Assembleia de Deus de Almirante Tamandaré, pastor presidente Paulo Krempfer
Interpretação teológica de israel a partir do exílio_Completo
1. Interpretação teológica de
Israel a partir do exílio
babilônico
Prof. Dr. Natalino das Neves
www.natalinodasneves.blogspot.com.br
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2. INTRODUÇÃO
• Chaves de leitura bíblica.
• A história do povo de Israel é construída por
meio da crença em um Deus presente na rotina
diária da nação e com promessas para um
mundo real.
• A perda da independência e as várias
diásporas desse povo mudaram a forma de
pensar e de registrar a fé do povo.
• Conflitos com a influência estrangeira.
Influência que vai impactar também na formação
do cristianismo.
4. I. ESPERANÇA TEOLÓGICA DE ISRAEL NO
PERÍODO PRÉ-EXÍLICO
• A história do povo de Israel é baseada na
esperança:
• Em um Deus presente na história e não um Deus
espiritualizado e inatingível.
• Concreta e histórica.
• Em um Deus presente que se interessa em
atender seus anseios concretos.
• Dinâmica da esperança que começa com a
revelação de um Deus que promete terra e um
lugar para viver a um homem chamado Abraão e
sua descendência.
5. I. ESPERANÇA TEOLÓGICA DE ISRAEL NO
PERÍODO PRÉ-EXÍLICO
• A história bíblica de Abraão = início no
chamado e conclusão com sua morte (Gn 12-1-
25.11).
• Todavia, seu nome é citado pela primeira vez
em Gn 11.27, na genealogia de Terá, seu pai.
• “Abandono” do pai vivo?
• Segundo Gn 12.1-3, o chamado de Abraão ocorre em Harã;
• Terá faleceu com 205 anos;
• Abraão foi chamado quando ele tinha 75 anos e seu
pai 140 anos (70 anos: Gn 11.26; 205 anos Gn 11.31)
6. I. ESPERANÇA TEOLÓGICA DE ISRAEL NO
PERÍODO PRÉ-EXÍLICO
• Uma ruptura radical na vida de Abraão e sua
família.
• A orientação era para deixar o que era
conhecido, palpável e concreto para se apegar
a algo desconhecido e incerto.
• A construção de uma relação de amizade que
vai produzir uma experiência de fé exemplar
para seus descendentes.
• Gn 17.9-14 = participação ativa de Abraão no
imperativo de Deus: “quanto a ti”.
• Sinal da aliança com Abraão sobre sua promessa.
7. I. ESPERANÇA TEOLÓGICA DE ISRAEL NO
PERÍODO PRÉ-EXÍLICO
• Abraão não iria ver a promessa da conquista da
terra ser cumprida em sua integralidade.
• Transmissão da fé pelos patriarcas.
• Após um período de opressão em terra
estrangeira (Egito) surge a promessa de
libertação sociopolítica.
• O Êxodo se concretiza (Ex 3,6-10).
• Israel passa a contar sua história a partir deste
evento (1 Rs 6,1; Dt 9,7; Jz 19,30; Jr 7,25, ...)
8. I. ESPERANÇA TEOLÓGICA DE ISRAEL NO
PERÍODO PRÉ-EXÍLICO
• O Êxodo passa a ser uma forma da revelação de
Deus (Ex 20,2; Os 11,1; 12,10; 13,4; Dt 6,12;
13,6; Jz 2,1; 1Rs 12,28; ...).
• Em Israel, a referência para Deus era “aquele
que redimiu Israel da escravidão do Egito”.
• Na caminhada pelo deserto, o povo tem a
convicção da presença de Deus.
• ESPERANÇA: O reino de Deus em meio ao
“povo escolhido” = formação de um sistema
igualitário das doze tribos.
9. I. ESPERANÇA TEOLÓGICA DE ISRAEL NO
PERÍODO PRÉ-EXÍLICO
• Período dos juízes: esperança que “baseada
nas promessas de Deus se torna o motor que
incentiva o agir”.
• Para defender-se, as tribos convocavam um
exércido de guerreiros voluntários (Jz 5; Jz 6-8;
Jz 10-11; ...). Mas:
• Corrupção dos juízes (1 Sm 8,5;...);
• Incapacidade dos guerreiros voluntários de fazer
frente as exércitos dos filisteus (Saul – 1 Sm 11).
• Samuel inicialmente rejeita pedido de
nomeação de um rei (1 Sm 8,4-7), depois
autoriza. Mas adverte... (1 Sm 8,10-17).
10. I. ESPERANÇA TEOLÓGICA DE ISRAEL NO
PERÍODO PRÉ-EXÍLICO
• Samuel no discurso de despedida reconhece
como um erro, mas aceita, porém, ... (1 Sm
12.12,14).
• Saul é rejeitado (1 Sm 15.28-35). Javé continua
sendo o soberano absoluto.
• Reinado de Davi = promessas são parcialmente
concretizadas. O povo se torna respeitado e vive
com certa liberdade e paz.
• Davi, inicialmente, extorquia tributos dos
edomitas, moabitas e filisteus, aliviando as
tribos.
11. I. ESPERANÇA TEOLÓGICA DE ISRAEL NO
PERÍODO PRÉ-EXÍLICO
• Situação que passa a ser lembrada em várias
oportunidades na história futura deste povo
(motivação para reformas).
• Com a concretização de grande parte das
promessas vem a estagnação, comodismo e
abusos de poder.
• A dinâmica da esperança cede lugar à
instituição que se julga cada vez mais
independente, a realeza (monarquia).
• Impacto na vida econômica e social da nação.
• Duplo fardo: impostos e trabalhos forçados.
12. Organização social no estágio tribal
IAHWEH
Tribo Tribo Tribo Tribo
Lealdadeexclusiva
Aldeias
14. IAHWEH
Reinado de Davi – nação-Estado
Edomitas
Moabitas
Filisteus
Aldeias
organizadas
por tribos
Teologia Davídica
15. IMPORTANTE
• A partir de Davi a teologia em Israel teve dois focos:
• O êxodo como libertação do povo de Deus;
• A eleição de Davi como filho de Yahweh e defensor de seu
povo.
18. RELEMBRANDO...
• Um povo movido pela promessa feita ao patriarca
Abrão, referencial de fé e experiência com Deus.
• A sociedade tribal israelita - era baseada nas
relações de parentesco, criando fortes vínculos
sociais entres seus membros e exigindo solidariedade
mútua de modo muito rigoroso.
19. RELEMBRANDO...
• A organização monárquica - baseava-se na
centralização do poder nas mãos do governante
dinástico, recriando a oposição cidade x campo e
minando a solidariedade antes estabelecida pela
retribalização israelita.
• A relação agora é de exploração do Estado sobre os
camponeses, exploração que inclui desde a
apropriação do excedente dos produtos e o
trabalho compulsório.
21. • Império assírio dominou todo o mundo bíblico
antigo, entre os séculos IX e VII a. C.
• Nínive, capital da Assíria, foi fundada por Ninrode,
depois que ele deixou a Babilônia.
• Escavações arqueológicas comprovaram que
fortificações e palácios foram construídos nos dias
dos reinados de Salmaneser I (1260 A.C.) e Tiglate-
Pileser I (1114—1076 A.C.).
• Assurbanipal (já em 669 A.C.) fez dessa cidade a sua
principal residência.
PERÍODO DE DOMÍNIO ASSÍRIO
22. • Os assírios tinham uma ambição sem limites. Povo
guerreiro e cruel, reconhecidos por não
demonstrarem sentimentos humanos em sua
expressão facial.
• Fundadores de rigorosa organização de províncias
controladas por um poder central.
• Inovação: transferência dos povos conquistados
para enfraquecê-los (nacionalidade e religiosidade).
• Utilizam métodos de brutalidade e selvageria para
intimidar e humilhar os demais povos. Deixavam
atrás de si povoações em vida e terras
completamente queimadas.
PERÍODO DE DOMÍNIO ASSÍRIO
23. CITAÇÕES SOBRE OS ASSÍRIOS
“Muitos prisioneiros queimei a fogo, muitos capturei
vivos: a uns amputei as mãos e os dedos, a outros
cortei o nariz e as orelhas, a muitos vazei os olhos.
Fiz um montão de vivos e um montão de cabeças; até
as cabeças enfiadas em paus em torno da cidade.
Queimei seus filhos e filhas no fogo. Destruí, devastei
a cidade, queimei-a no fogo e a arrasei
completamente”.
(ANAIS DE UM DOS REIS ASSÍRIOS)
24. CITAÇÕES SOBRE OS ASSÍRIOS
“[...] E, mesmo quando a realeza é representada em
pleno descanso, não há como não perceber os requintes
de crueldade presentes: numa dessas cenas, o rei
Assurbanipal está descansando num jardim
acompanhado pela rainha. Aí bebem e escutam música.
E a poucos passos do rei, que estava sentado embaixo
de uma parreira, podia ser observada, presa a uma
árvore, a cabeça de Teuman, vencido na última
expedição contra Elam”.
(ROSSI, 2007, p.12)
25. • No auge de sua prosperidade era cercada por uma
muralha interior cuja circunferência era de cerca de
doze quilômetros.
• Sua população era de mais de cento e setenta e
cinco mil pessoas.
• Oséias, último rei do reino do norte, negou pagar
tributo aos assírios e acabou aprisionado. Samaria,
sua capital, foi invadida e arrasada, aproximadamente
em 722 a.C.
• Os registros assírios documentam que nada menos de
27.290 habitantes da cidade de Samaria foram
deportados, e que estrangeiros foram enviados para
vir habitar no lugar deles.
PERÍODO DE DOMÍNIO ASSÍRIO
26. • Em 701 a.C. Ezequias resistiu aos assírios
(Senaqueribe). Entretanto, quarenta e seis cidades de
Judá foram capturadas.
• Judá, nos dias do rei Manassés, tornou-se um reino
vassalo da Assíria.
• Foi nos dias do rei Manassés que o poder assírio
começou a declinar.
• Por fim, o poder assírio caiu em 612 a.C. ante aos
babilônicos.
PERÍODO DE DOMÍNIO ASSÍRIO
28. CRONOLOGIA DO SÉCULO VIII a. C.
(SILVA, 1998, 104)
797-782 : Joás, rei de Israel
796-767 : Amasias, rei de Judá
753-745 : enfraquecimento da Assíria
782/1-753 : Jeroboão II, rei de Israel
ca. 760 : o profeta Amós
767-739 : Ozias, rei de Judá
755-725 : o profeta Oseias
753 (6 meses) : Zacarias, rei de Israel
753/2 (1 mês) : Salum, rei de Israel
753/2-742 : Menahem, rei de Israel
745-727 : Tiglat-Pileser III, rei da Assíria
742/1-740 : Pecahia, rei de Israel
740/39-731 : Pecah, rei de Israel
29. CRONOLOGIA DO SÉCULO VIII a. C.
(SILVA, 1998, 104)
740-701 : o profeta Isaías
739--734 : Joatão, rei de Judá
734/3-716 : Acaz, rei de Judá
734-733 : guerra siro-efraimita
727-701 : o profeta Miqueias
731-722 : Oseias, rei de Israel
726-722 : Salmanasar V, rei da Assíria
722 : tomada de Samaria (assírios)
721-705 : Sargão II, rei da Assíria
716/15-699/98 : Ezequias, rei de Judá
716/15 : reforma de Ezequias
711 : Sargão II toma Azoto
705-681 : Senaquerib, rei da Assíria
30. CONTEXTO - ISRAEL DO SÉCULO VIII a. C.
• A ética javista vai sendo progressivamente
abandonada e a baalização é incentivada pela
classe dominante.
• Quando se aprofunda a crise do javismo e os
camponeses estão sendo duramente explorados,
surgem os profetas.
• Eles denunciam a ruptura das relações de
solidariedade, apontando o comportamento
dominante como idolátrico e despótico.
31. CONTEXTO SÉCULO VIII a. C.
• Os profetas percebem a inadequação existente entre
o javismo que se diz praticar em Israel e as ações
sociais reais anti-javistas que de fato predominam.
• Denunciam o mau funcionamento das instituições
do Estado monárquico e pregam uma recuperação
dos valores do javismo para salvar o país.
33. • Um dos mais clássicos exemplos de atuação
profética que progressivamente, se inquieta com a
situação reinante e parte para o protesto.
• Pastor, vaqueiro e cultivador de sicômoros, homem
rude e simples, Amós era de Técua, cidade de Judá,
comissionado para atuar no reino do norte até ser
expulso do santuário por contrariar os interesses
reais.
• As chamadas "visões simbólicas" de seu livro
apresentam esta maturação vocacional do pastor de
Técua.
PROFETA AMÓS
34. • A época em que atuou Amós é a da aparente
prosperidade criada pelo governo de Jeroboão II em
Israel.
• O Estado alargou suas fronteiras geográficas,
políticas e comerciais e aprofundou a divisão
campo/cidade, típica do regime tributário.
• O javismo foi sendo abandonado e aumentou a
exploração dos camponeses.
• Dirigindo-se aos seus ouvintes do norte, Amós acusa-
os de espoliar o pequeno camponês, que está
perdendo sua herança e sua liberdade.
PROFETA AMÓS
35. • Olhando ao redor de Israel, Amós vê uma série de crimes e
desmandos cometidos por reinos e cidades vizinhas.
• Mas vê em Israel um processo mais acelerado de
despotismo e o denuncia com todas as letras.
• O núcleo do livro de Amós é composto por uma série de
palavras e ameaças contra Israel.
• O profeta denuncia o luxo dos ricos, sua costumeira prática
da injustiça contra os pobres, o falso culto prestado a
Iahweh e a falsa segurança religiosa que seus ouvintes
imaginam possuir.
PROFETA AMÓS
37. • Os responsáveis pela desagregação social, membros da
elite dominante, são devidamente denunciados por
Oseias.
• Parte de uma aparente experiência pessoal - um
casamento desastrado - para denunciar a ruptura da
fidelidade israelita à aliança javista e a procura dos ídolos
que se generaliza no Israel de sua época.
• Infelizmente, o profeta não foi ouvido pela maioria e o
reino do norte conheceu seu fim definitivo poucos anos
após o término de sua pregação.
PROFETA OSÉIAS
38. • Apesar da crítica social e da veemente condenação da
idolatria, Oseias vislumbra uma possibilidade de saída da
crise, pois crê na misericórdia de Iahweh que não
abandonará o seu povo.
• Oseias apela, no final de seu livro, de várias maneiras e
com imagens poéticas de grande sensibilidade, à volta ao
javismo, para salvação.
PROFETA OSÉIAS
39. • Vivendo numa época de grande instabilidade
política, Oseias assiste durante sua vida a
sucessivos golpes de Estado e à crescente e
desastrosa interferência assíria na região.
• Reino Norte é praticamente destruído em 722 a.C.
pelos assírios. O último rei foi Oséias.
PROFETA OSÉIAS
41. • Quando assume o governo, Ezequias, de fato,
promove uma reforma bastante interessante.
• Todavia, se levanta contra o poderio assírio de
Senaquerib, que arrasa o país em 701 a.C. e, por
pouco, não toma Jerusalém.
• Isaías denuncia a falsa confiança de Jerusalém nas
alianças com o Egito e na esperada derrota assíria.
PROFETA ISAÍAS
42. • Isaías prevê que Judá fracassará, como de fato
fracassou, transformando-se num joguete de grandes
potências e escusos interesses.
• Iahweh está comprometido com a cidade de
Jerusalém e salvará o seu povo, conduzindo-o a um
reino de paz onde, um dia, não haverá mais
opressão.
• Na mesma época em que Isaías pregava em
Jerusalém surgiu ali outro importante profeta,
originário de Morasti-Gat, situada na região limítrofe
com os filisteus, o camponês Miqueias.
PROFETA ISAÍAS
43. • Miqueias, na sua franca linguagem camponesa,
denuncia duramente as autoridades de Jerusalém
como responsáveis pela crise imensa porque passa
o país.
• Quem deveria defender os injustiçados, promovia a
injustiça.
• Não existia a mínima preocupação de exercer a
justiça e respeitar o direito do pobre que é, na sua
expressão, colocado na panela e cozinhado pelos
poderosos de turno.
PROFETA MIQUÉIAS
44. • Daí a discussão com seus adversários que, a
serviço do poder, desmentem o profeta morastita e
procuram constantemente reafirmar que não há
razão para preocupação, pois tudo corre bem.
• Miqueias faz verdadeira cruzada contra esta
"teologia da opressão".
• Miqueias ataca o falso discurso javista celebrado no
culto hipócrita e exige a prática do direito e da
solidariedade javista como o único caminho que
poderá salvar o seu povo e o seu país.
PROFETA MIQUÉIAS
46. CONTEXTO
• Embora Ezequias (727 a 698 a.C.) buscou a
independência de Judá, na realidade não conseguiu.
• Adesão crescentes de práticas e costumes
estrangeiros e pagãos.
• Manasses (698 a 643) contribuiu sensivelmente para
esse crescimento (2Rs 21:3-9) e derramamento de
sangue inocente (2Rs 21:16).
47. CONTEXTO
• Amon (643 a 640), descendente de Manassés, deu
seguimento às políticas do pai, mas sua tendência anti-
assíria causou seu assassinato pelos membros da
corte.
• Amon foi substituído por Josias, que teve dois grupos
que durante sua menoridade disputavam o poder:
• O povo da terra – camponeses proprietários que haviam
colocado Josias no poder (2Rs 21:24) – defendiam a
tradição judaíta e favoráveis à dinastia davídica.
• Nobres e príncipes (1:8) – buscavam a manutenção da
situação social e religiosa por meio de alianças estrangeiras
(Egito ou Assíria = grupos).
50. INTRODUÇÃO
• O livro de Naum tem, basicamente, um duplo
propósito.
1. Profetizar sobre o julgamento de Nínive mediante a
providência vingadora de Deus; e
2. Poderoso alento consolador à nação de Judá, que seria
libertada da opressão assíria.
• Data provável: entre 668 e 654 a.C.
51. CONTEXTO
• Judá, nos dias do rei Manassés, tornou-se um reino
vassalo da Assíria.
• Muito provável que Naum tenha vivido sob o reinado
do rei Manassés (698-643 a.C.).
• Naum deve ter percebido a perversa política pró-
assíria, que produziu muita corrupção e a decadência
do chamado “povo de Iahweh”, especialmente a elite
judaíta.
• Manassés = introdução de cultos à Baal, ao Deus Sol
e aos astros, como também práticas de adivinhação e
magias. Além de oferecer o próprio filho em sacrifício à
Moloque.
52. CONTEXTO
• Foi nos dias do rei Manassés que o poder assírio
começou a declinar.
• Faraó Neco, temendo a Babilônia, que cada vez
mais avultava em potência, aliou-se à Assíria e obteve
por consentimento, o controle de Judá e da Síria.
• A cidade de Nínive foi destruída em 612 A.C., graças
aos esforços combinados dos medos, babilônios e citas.
Mas só caiu por causa das brechas feitas em suas
muralhas defensivas pelas águas de enchente (Na 2:6-
8).
• Naum descreveu vívida e profeticamente a queda da
cidade.
53. Texto Tema Subtemas
1:1-2:1
Deus age na
história
• Abertura do livro (1:1)
• O senhorio de Deus sobre a
história (1:2-8)
• Deus está atento às tramas
dos opressores (1:9-2:1)
2:2-3:19
A ruina do
opressor e a
celebração
dos
oprimidos
• O poder opressor em
queda (2:2-3:7)
• Nenhum império é
indestrutível (3:8-17)
• Os oprimidos celebram a
queda dos opressores
(3:18-19)
55. SOFONIAS
• No tempo do rei Josias (1:1), que reinou no período de
640-609 a.C.
• Atuou, provavelmente, antes da reforma política,
religiosa, econômica e social realizada por Josias (621
a.C.) – 2 Rs 23:4ss.
• Antes da vocação de Jeremias (627 a.C.), que ocorreu
no décimo terceiro ano do reinado de Josias (Jr 1:2).
• Período provável: 640 a 630 a.C.
56. Texto Tema Subtemas
1:2-2:3
Iahweh
desmascara a
corrupção
• A corrupção religiosa (1:4-6)
• Corrupção dos poderoso (1:7-9)
• O alicerce da corrupção (1:10-11)
• O julgamento e a sentença
condenatória (1:14-18)
• Haverá escapatória? (2:1-3)
2:4-3:8
A amplitude
do
julgamento
• Oeste: Filisteus (2:4-7)
• Leste: Moab e Amon (2:88-11)
• Sul: Egito (2:12)
• Norte: Assíria (2:13-15)
• Jerusalém, a corrupta (3:1-8)
3:9-20
A esperança
vem dos
oprimidos
• Conversão dos povos (3:9-10)
• O remanescente preservado (3:11-13)
• Deus no meio do povo (3:14-18a)
• Promessas de Deus (3:18b-20)
Fonte: Balancin e Storniollo (2011) - Adaptado
57. Haverá escapatória (2:1-3)
• Última oportunidade antes do julgamento, uma
conversão radical.
Descaso com
Iahweh
Procura de
riqueza
INJUSTIÇA
Procurar a
Iahweh
Procurar a
pobreza
JUSTIÇA
Fonte: Balancin e Storniollo (2011, p. 18) - adaptado
58. A amplitude do julgamento (2:4-3:8)
Jerusalém
(3:1-8)
NORTE
Assíria
(2:13-15)
OESTE
Filisteus
(2:4-7)
LESTE
Moab e Amon
(2:8-11)
SUL
Egito
(2:12) Fonte: Balancin e Storniollo (2011, p. 22) - adaptado
60. I. ESPERANÇA TEOLÓGICA DE ISRAEL NO
PERÍODO PRÉ-EXÍLICO
• Até o exílio a teologia preponderante é de um
Deus que age e controla a história, um senhor
absoluto, cujo projeto escatológico é construído
dentro do próprio tempo contínuo do mundo.
• Confiança na inviolabilidade de Jerusalém.
• A queda do Estado de Judá foi o evento que teve
maior efeito de transformação sobre o javismo.
• O desastre do exílio se transformou em um
trampolim para as novas teologias pelas quais
Israel entendia sua experiência histórica como
povo de Deus.
61. II. O IMPACTO DO
EXÍLIO NA ESPERANÇA
TEOLÓGICA DE ISRAEL
62. I. ESPERANÇA TEOLÓGICA DE ISRAEL NO
PERÍODO PRÉ-EXÍLICO
• O fracasso monarquia culmina com:
A destruição dos muros da grande cidade de
Jerusalém;
A destruição de seu majestoso templo;
Na dispersão do povo;
Na deportação da elite judaica para a Babilônia em
587 a.C.;
No fim da monarquia;
Na “cessação” do oferecimento de sacrifícios.
63. II. O IMPACTO DO EXÍLIO NA ESPERANÇA
TEOLÓGICA DE ISRAEL
• O episódio do exílio babilônico, no entendimento
dos judeus, põe em prova o poder de Iahweh e
a fidelidade com seu povo.
• Onde está o Deus presente, que caminha e
protege seu povo?
• Os profetas têm um papel importante para
apresentar respostas.
• Projeto de Deus Vs comportamento do povo.
64. Teologia dos profetas
O futuro da Babilônia é o vosso futuro: Jr 29.4-7
4 - Assim diz o SENHOR dos Exércitos, o Deus de Israel, a
todos os que foram transportados, que eu fiz transportar de
Jerusalém para a Babilônia:
5 - Edificai casas e habitai-as; plantai jardins e comei o seu
fruto.
6 - Tomai mulheres e gerai filhos e filhas; tomai mulheres
para vossos filhos e dai vossas filhas a maridos, para que
tenham filhos e filhas; multiplicai-vos ali e não vos diminuais.
7 - Procurai a paz da cidade para onde vos fiz transportar; e
orai por ela ao SENHOR, porque, na sua paz, vós tereis paz.
Advertência contra os falsos profetas Jr 29.8-9
65. • Isaías (39:6), Habacuque (1:6) e Jeremias (10:4)
identificaram os babilônios como vara de castigo usada
por Yahweh contra o reino de Judá.
• Sofonias afirma que o próprio Deus aplicaria essa
punição e definiria o instrumento a ser utilizado.
• Daniel 1 – afirma que o próprio Yahweh entregou Judá
nas mãos de Nabucodonozor.
•Jeremias 29.10ss – tempo determinado para o exílio.
Teologia dos profetas
66. • Os impactos são explicitados na literatura da
época, como exemplos:
• Livro de Lamentações (05 lamentações – ver Lm 2.1-
8s; ); e
• Alguns salmos: LC – 44, 60, 74, 79, 123; LI – 77, 1-15,
102).
II. O IMPACTO DO EXÍLIO NA ESPERANÇA
TEOLÓGICA DE ISRAEL
67. II. O IMPACTO DO EXÍLIO NA ESPERANÇA
TEOLÓGICA DE ISRAEL
• Profetas - A realização do projeto de Deus não
é linear e constantemente progressivo, mas
ocorre na história de forma dialética, podendo
haver progressos e retrocessos, aceleração e
estagnação.
• Os resultados não são condicionais à ação de
Deus, mas sim ao agir do povo.
• Durante o exílio, os profetas continuam
lembrando o povo da aliança com Iahweh,
exigindo conversão de rumo, visando a
concretização do plano de Deus.
68. II. O IMPACTO DO EXÍLIO NA ESPERANÇA
TEOLÓGICA DE ISRAEL
• Todavia, a cultura que passa a predominar é a
da desconfiança, pois grandes impérios surgem
com controle mundial, inclusive sobre a
Palestina.
Sofonias 1.12b “[...] homens que, concentrados em
sua borra, dizem em seu coração: ‘Iahweh não pode
fazer nem o bem nem o mal”.
‘Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos
filhos embotaram-se’ (Jr 31.29; Ez 18.2).”
Ver afirmação de Jeremias: Jr 7.26; 16.12.
69. II. O IMPACTO DO EXÍLIO NA ESPERANÇA
TEOLÓGICA DE ISRAEL
• O sincretismo e a multiplicidade de cultos
floresce na Palestina, a ponto da religião
cananeia prevalecer sobre o javismo, Iahweh
passa a ser mais um dos deuses a serem
adorados.
• Outro impacto neste período foi a queda da
popularidade da teologia profética devido às
mudanças no curso da história do povo judaico.
70. II. O IMPACTO DO EXÍLIO NA ESPERANÇA
TEOLÓGICA DE ISRAEL
• Remanescente fiel:
• O que surge é o questionamento da duração deste
juízo de Deus (Sl 74.9-10; 102.14).
• Algumas pessoas ainda mantinham o oferecimento de
sacrifícios nas ruínas do Templo (Jr 41.5-6; Zc 7.5;
Zc 8.19; 2 Rs 25.18-9,25).
71. II. O IMPACTO DO EXÍLIO NA ESPERANÇA
TEOLÓGICA DE ISRAEL
• Crença popular: lutas entre as nações eram
conduzidas pelos deuses, portanto responsáveis
pelo sucesso ou fracasso.
• Os profetas têm a incumbência de enfatizar a
fidelidade de Deus, apesar de tudo o que estava
acontecendo, e resgatar a esperança do povo.
• No entanto, no período do exílio eles
continuam enfatizando uma esperança de
concretização do projeto de Deus dentro da
história.
• Isaias em três visões (Is 21.1-10, 11-12, 13-17)
previu a futura queda da Babilônia.
72. II. O IMPACTO DO EXÍLIO NA ESPERANÇA
TEOLÓGICA DE ISRAEL
• Nesta nova realidade, o modelo histórico-
escatológico não poderia ser mantido como
modelo predominante.
• A perspectiva escatológico-histórica, que
predominava no período pré-exílio, passa a ser
substituída paulatinamente pela perspectiva
apocalíptica.
73. II. O IMPACTO DO EXÍLIO NA ESPERANÇA
TEOLÓGICA DE ISRAEL
• Donner (2006, p. 442) afirma que “o exílio
babilônico foi uma época de miséria e opressão,
mas também de mudança e reflexão”.
“Momentos de crise são momentos de
questionamentos, bem como oportunidades de
crescimento e amadurecimento” (Natalino das
Neves).
76. TEMA
“Deus está no controle da história, apesar do aparente
triunfo dos opressores”
77. VERSÍCULOS-CHAVE
“O justo viverá por sua fé/fidelidade” (Hb 2:4*)
“Ouvi, SENHOR, a tua palavra e temi; aviva, ó
SENHOR, a tua obra no meio dos anos, no meio dos
anos a notifica; na tua ira lembra-te da misericórdia”
(Hb 3:2)
*Citações: Rm 1:17; Gl 3:11 e Hb 10:38-39
78. O PROTAGONISTA
• Não é citado o nome de seu pai, sua tribo e
nem cidade natal.
• Habacuque 3:19 indica que ele estava oficialmente
qualificado para participar do cântico litúrgico do
templo de Jerusalém, provavelmente um levita.
80. CONTEXTO
• Por volta de 625 a.C. o império babilônico estava
em ascendência, ganhando mais força em 612
a.C. com a destruição dos Assírios.
• Chega ao apogeu em 605 a.C. com a derrota da
última grande força inimiga, os egípcios, na
batalha de Carquêmis (Faraó Neco), e parte em
direção à Judá (reinado de Jeoaquim).
81. CONTEXTO
• Os poucos judeus que haviam sido deixados em
Judá acabaram sendo deportados para a Babilônia,
em 587 a. C. A terra fica vazia de hebreus e
reocupada por estrangeiros.
• O trecho de Habacuque 1:2-4 descreve a
depravação que se instalara ali.
• Entretanto, como Deus poderia fazer da
Babilônia, exemplo máximo de corrupção, como
instrumento para punição de Judá? E os
inocentes?
82. Texto Tema Subtemas
1:1-1:11
A aparente
impiedade
sem punição
e a resposta
de Iahweh
• O aparente silêncio de Deus, apesar da
iniquidade de Israel (1:2-4).
• Deus responde que uma nação inimiga
julgará Israel (1:5-11)
1:12-2:20
A aparente
punição
excessiva e a
resposta de
Iahweh
• A crueldade dos caldeus e o silêncio de
Deus (1:12-2:1)
• Deus responde que Israel será salvo e a
Babilônia destruída (2:2-20).
3:1-19
O salmo de
Habacuque
• A teofania do poder (3:2-15)
• A persistência da fé (3:16-19)
84. A aparente impiedade sem punição e a
resposta de Iahweh (1:1-11)
• Nos versos 2 a 4 é apresentada a queixa que
coloca em dúvida a justiça de Deus (atraso no
julgamento).
• A exemplo de Jó (6.28-30), o questionador não tem
medo de questionar a Deus.
• O resultado das injustiças é o afrouxamento da lei.
85. A aparente impiedade sem punição e a
resposta de Iahweh (1:1-11)
• Nos versos 5 a 11 Yahweh responde: ele vai fazer
justiça, mas usando uma nação inimiga de Israel, os
babilônicos.
• Acabar a violência com violência, típico da lei de
talião, ou seja, punição equivalente ao crime (Gn 9:6;
Lv 24:19-20; Sl 7:16).
• Especialidade caldeia: escarnecer e ridicularizar os
reis e príncipes inimigos.
87. A aparente punição excessiva e a resposta
de Iahweh (1:12-2:20)
• A reação de Habacuque à resposta de Deus é
novamente de queixa (salmo de lamento).
• Caráter de Deus em sua santidade e justiça x
forma Dele punir (v. 12-13).
• “A fé do profeta num Deus santo é desafiada pela
realidade de Iavé escolhendo os babilônios como
instrumento de punição” (BAKER, et al, 2008, p.
336).
• O povo de Judá seria devorado por um povo mais
injusto do que eles. Porque?
• Peixes: anzol e rede como táticas dos caldeus.
88. • O exílio e o transporte dos conquistados eram
costumes dos assírios como também dos caldeus
(ver 2 Rs 17:5-6,24; 24:12-16; 25:11-12,18-21).
• No verso 17 o profeta retoma o questionamento
do verso 13.
• Hb 2:1: a espera pela resposta para contrapor.
• Hb 2:2-5: a resposta divina se dá por meio de
visão, que deveria ser escrita de forma clara, pois
aconteceria no futuro.
A aparente punição excessiva e a resposta
de Iahweh (1:12-2:20)
89. • No v. 4 vemos a Babilônia associada ao vinho e a
embriaguez, como nas passagens de Jr 51:7; Dn
5:1-30)
• A passagem de 2:6b-20 é o pronunciamento de
cinco “ais”, zombando da desgraça da poderosa
Babilônia, embora parecesse invencível na época
de Habacuque:
• 1º “AI” (6-8): contra aqueles que adquirem bens
desonestamente (bens de outros, extorsão/dívidas,
saques).
• 2º “AI” (9-11): contra aqueles que exploram para
benefício pessoal como para o engrandecimento
nacional e dinástico.
A aparente punição excessiva e a resposta
de Iahweh (1:12-2:20)
90. • Continuação:
• 3º “AI” (12-14): contra aqueles que promovem a
violência. Riquezas oriundas de sangue inocente
derramado. Ver Jr 51:58. V. 14 – escatológico? Ver
Is 11:9.
• 4º “AI” (15-17): contra os depravados que
promovem a bebedeira e a exploração sexual. V.17:
crimes ecológicos.
• 5º “AI” (18-20): contra aqueles que praticavam a
idolatria pagã. Imagens esculpidas em madeira ou
pedra, outras em metal.
A aparente punição excessiva e a resposta
de Iahweh (1:12-2:20)
92. O salmo de Habacuque (3:1-19)
• A resposta do profeta é uma oração (salmo):
• V. 2-4: glorifica a Deus por sua pessoa;
• V. 3-15: glorifica a Deus por seus atos na criação e
presença poderosa na história;
• V. 16-19: a experiência da presença de Iahweh
conduz a uma das mais profundas declarações de
fé.
94. CONSIDERAÇÕES FINAIS
• O profeta questiona a aparente demora de Deus
em agir com justiça contra os opressores internos de
Judá.
• Entretanto, quando Deus responde que agirá, mas
utilizando com vara de justiça, o inimigo mais injusto
do que Judá (caldeus), ele se revolta novamente.
• Como o ser humano e limitado pode entender os
desígnios de Deus?
95. CONSIDERAÇÕES FINAIS
• A nova resposta de Deus é que o instrumento
utilizado também iria experimentar a humilhação na
mesma medida aplicada sobre Judá.
• Por fim, a experiência do profeta com Deus, resulta
em uma das mais sublimes declarações de fé da
Bíblia.
• O livro nos adverte a confiar em Deus, mesmo nas
situações mais adversas incompreensíveis de
opressão.
98. VERSÍCULO-CHAVE
“Porque o dia do SENHOR está perto, sobre todas as
nações; como tu fizeste, assim se fará contigo, a tua
maldade cairá sobre a tua cabeça”
(1:15)
99. O PROTAGONISTA
• Pouca informação é dada sobre o protagonista do
livro.
• O nome Obadias, que significa “Adorador de
Yahweh”, era muito comum entre os hebreus.
• As referências indicam para um praticante da
ortodoxia judaica e possuidor de um fervoroso
nacionalismo.
101. CONTEXTO
• A situação de Judá, a partir de 587 a.C.
• Em cada linha do texto é possível perceber um
forte desejo de retribuição.
• Na revolta de Judá em 597 a.C., após a rendição à
Nabucodonozor, este foi condescendente.
• Entretanto, quando a revolta se repetiu em 587
a.C., não houve condescendência, muros forma
destruídos, templo, palácio real e os principais
bairros residenciais foram incendiados e os soldados
tiveram permissão para saquear a cidade. (ver 2 Rs
25:8-27)
102. CONTEXTO
• A população de Judá foi dizimada.
• Parece que Obadias não fez parte dos exilados
(aprox. 20.000), mas fez parte do grupo que ficou na
terra.
•Suas palavras demonstram sua própria experiência
com a dor e destruição dos judaítas.
• Os edomitas comemoraram as derrotas de Judá,
chegando a prestar ajuda aos saqueadores.
• Eles detinham judeus que fugiam e os maltratavam,
ou mesmo vendiam como escravos.
103. CONTEXTO
• Aproveitaram da calamidade para ocupar
lentamente o sul de Judá (Ez 36:5).
• Todavia, Obadias os adverte para não comemorar,
pois Deus agiria com justiça: Judá seria restaurado e
Edom seria aniquilado.
• Expectativa da justa retribuição associada ao “Dia
de Iahweh” (v. 15).
• Citações sobre o tradicional de desentendimento
entre Edom e Judá: Nm 20:18; 2Sm 8:13; 2Rs 3:20-
22; Am 1:11ss; Jr 49:7-22; Ez 25:12-14,35; Lm 4:21-
22; Sl 137)
105. Texto Tema Subtemas
1:1-14
Maldição
sobre Edom
devido ao
tratamento
dado a Judá
• Uma visão e julgamento (1-7)
• A violência traz consigo a desgraça (8-10)
• A sentença da felicidade de Edom com a
desgraça de Judá (12-14)
1:15-21
A destruição
de Edom e a
restauração
final de
Jerusalém
• A condenação das nações e principalmente
de Edom (15-16)
• Promessa de restauração futura para Judá
(17-21)
106. Maldição sobre Edom devido ao tratamento
dado a Judá
Uma visão e julgamento
(1:1-14)
107. Uma visão e julgamento (1:1-7)
• Visão de Obadias: designa que trata de mensagem
profética (Is 1:1, Na 1:1, entre outros).
• A visão estabelece o alvo: Edom, que não teve
solidariedade com o povo irmão.
• A pior violência é a que ocorre entre irmãos, entre
os pequenos e oprimidos.
108. Uma visão e julgamento (1:1-7)
• Edom se achava intocável devido sua localização
geográfica (zona montanhosa e cortada por vales
estreitos e profundos) – (v. 2-4).
• Excesso de confiança: “Quem é que pode me
derrubar?” (Ver 2Sm 5:5-7).
• Contraste: em Edom a destruição será completa.
109. A violência traz consigo a desgraça (1:8-11)
• Os implicados na ação direta de 1:8-10: sábios e os
guerreiros.
• Os edomitas eram reconhecidos como sábios.
• “Sabedoria e coragem militar não são utilizadas para a
construção da solidariedade entre os pequenos. [...[ É
nos conselhos dos grandes que se acha a destruição
dos pequenos!” (Rossi, 2006, p. 21).
• A violência e o morticínio são as causas da derrota
perpétua de Edom.
• Edom não socorreu os fugitivos de Judá, pelo contrário,
denunciou-os e participaram das partilhas de seus bens
e das pessoas aprisionadas.
110. A sentença da felicidade de Edom com a
desgraça de Judá (1:12-14)
• 1.12-14 - “teologia do não” para demonstrar que os
edomitas não tinham o que comemorar.
• É no tempo da calamidade e da desgraça que se
manifesta o momento ideal para o exercício da
compaixão e da solidariedade.
• Os edomitas ficavam escondidos nas esquinas e
encruzilhada para aprisionar os fugitivos do cerco
babilônico.
111. A destruição de Edom e a restauração final
de Jerusalém
(1:15-21)
112. A condenação das nações e principalmente
de Edom (15-16)
• O verso 15 faz referência a “todas as nações” que
fizeram mal a Judá, depois afunila até Edom, o
alvo principal para a vingança.
• O profeta Jeremias escreveu aos exilados
estimulando-os a ficar na terra, construir e ter
filhos.
• Entretanto, após o cativeiro existia entre os
Judeus um ódio grande pelos babilônicos e uma
crença de que rapidamente Deus os livraria
(ROSSI, 2006, p. 26).
113. Promessa de restauração futura para Judá
(17-21)
• O ódio e a sede pela vingança, a incapacidade
para esquecer antigos erros (Edom/Judá), corrói as
pessoas por dentro.
• Esperança e restauração após a calamidade
115. CONSIDERAÇÕES FINAIS
• O livro de Obadias condena as atitudes de traição,
orgulho e materialismo.
• Demonstra como o ódio e a incapacidade para
perdoar erros passados podem conduzir a
desgraças coletivas ou pessoais.
• Deus está atento ao sofrimento dos justos.
• Em três visões no Livro de Isaías: Is 21.1-10, 11-
12, 13-17”, preveem a futura queda da Babilônia.
117. • 538 a.C. – inicio do regresso dos exilados;
• 520 a.C – início da reconstrução do Templo (Ed 5.1;
Ag1.1; Zc 1.1);
• 515 a.C. – término da construção do Templo (Ed 6.15),
mas Jerusalém continua em condições de semi-
abandono;
• 458 a.C. – Chegada de mais uma caravana de
repatriados chefiada por Esdras (Ed 7.7). É promulgado
como lei cívil o Pentateuco (Ne 10.30);
• 445 a.C. – Neemias lidera a reconstrução dos muros (Ne
1.3; 1.8-18). Jerusalém ainda com escassez de habitantes
(Ne 7.4; 11.1-2).
• 433 a.C. – Última data fornecida pelos textos bíblicos (Ne
13.6).
RESUMO CRONOLÓGICO PERÍODO PÓS-
EXÍLIO
118. II. A ESPERANÇA TEOLÓGICA PÓS-EXÍLICA
E O SURGIMENTO DO JUDAISMO
• Em aproximadamente 550 a.C., sob o comando
de Ciro, os persas se rebelaram com sucesso
contra os medos.
• Isso dá início a uma onda de conquistas,
inclusive da Babilônia (538 a. C).
• Nos primeiros dois séculos após o exílio
formou-se o judaísmo a partir de Israel, passando
de Estado para comunidade, e de religião
cultual a religião de escritura.
• Ênfase para: Esdras e Neemias.
119. II. A ESPERANÇA TEOLÓGICA PÓS-EXÍLICA
E O SURGIMENTO DO JUDAISMO
• O império persa, diferente dos impérios
anteriores, permitia que os exilados voltassem
para suas terras para reconstruir as cidades e
instituições religiosas.
• No entanto, essa aparente liberdade tinha um
preço.
120. II. A ESPERANÇA TEOLÓGICA PÓS-EXÍLICA
E O SURGIMENTO DO JUDAISMO
“[...] eu devolvi a seus respectivos lugares os deuses que lá
haviam residido e (0s) fiz habitar uma moradia perpétua, eu
reuni todos os deuses dos povos e os devolvi às suas
respectivas localidades. Quanto aos deuses da região de
Sumer e de Akkad que Nabunaid introduziria na Babilônia
com a ira do Senhor dos deuses, sob as ordens de Marduk, o
grande Senhor, eu fiz com que encontrassem nas suas
moradas uma habitação agradável com o bem-estar. Que
todos os deuses que eu fiz voltar a seus lugares sagrados
falem todos os dias a Bel e a Nabu do prolongamento de
minha vida, que pronunciem palavras a meu favor [...]”
Cilindro de argila descoberto na Babilônia, denominado pelos
arqueólogos como “cilindro de Ciro”.
121. II. A ESPERANÇA TEOLÓGICA PÓS-EXÍLICA
E O SURGIMENTO DO JUDAISMO
• De início Judá estava sob o governo de um
sumo sacerdote sob a supervisão do
governador persa.
• Em 538 a. C. a elite de Israel exilada na
Babilônia retorna para Judá e traz consigo o seu
próprio projeto religioso.
• O regresso à “Terra Santa” não obteve o
entusiasmo que muitos esperavam (adesão em
massa). Muitos hebreus ficaram na Babilônia.
122. II. A ESPERANÇA TEOLÓGICA PÓS-EXÍLICA
E O SURGIMENTO DO JUDAISMO
• Entretanto, a realidade da Judéia estava bem
longe daquilo que haviam sonhado (Sl 137).
• No retorno, vários problemas:
• Dificuldades para reconstruir o Templo (Ed 3-4.5) e;
• Reconstrução da cidade de Jerusalém (Ed 4.12-16),
• Queda da monarquia e a falta de um
descendente de Davi (último Zorobabel).
• O grupo que retorna do exílio babilônico começa
um primeiro movimento de reforma com base em
uma escatologia e um mundo simbólico
apocalíptico.
DU
123. II. A ESPERANÇA TEOLÓGICA PÓS-EXÍLICA
E O SURGIMENTO DO JUDAISMO
• Entretanto, migra de sua dimensão escatológica
apocalíptica para um movimento de controle da
comunidade.
• Em aproximadamente 445 a.C., Judá se torna
província separada com governadores judaicos,
período iniciado por Neemias.
124. II. A ESPERANÇA TEOLÓGICA PÓS-EXÍLICA
E O SURGIMENTO DO JUDAISMO
• Sob o domínio dos persas, em Judá, os
suprimentos agrícolas eram extraídos do
campo para sustentar tanto a elite urbana
quanto a infraestrutura persa mais ampla.
• Os persas exigiam o pagamento dos impostos e
taxas em moeda = transformação de produtos
e animais em dinheiro.
• Exploração dupla: dos próprios governantes
persas (externa) e líderes religiosos judaicos
(interna).
125. II. A ESPERANÇA TEOLÓGICA PÓS-EXÍLICA
E O SURGIMENTO DO JUDAISMO
• O Livro de Neemias (Ne 5) descreve a situação
de miséria desse período. As mulheres judias
precisavam vender seus próprios filhos como
escravos, para poderem se alimentar.
• Ne 5.1-5 - filhas empenhoradas pelas dívidas
eram abusadas sexualmente e humilhadas
pelos poderosos.
126. II. A ESPERANÇA TEOLÓGICA PÓS-EXÍLICA
E O SURGIMENTO DO JUDAISMO
• Em 438 a.C. chega Esdras, sacerdote e
escriba, aliado ao governo de Neemias, juntos
reconquistam a identidade de povo
comunidade organizada para Judá.
• Essa nova fase é importantíssima para o estudo,
pois essa nova situação trouxe novamente o
desenvolvimento intelectual e literário.
127. II. A ESPERANÇA TEOLÓGICA PÓS-EXÍLICA
E O SURGIMENTO DO JUDAISMO
• NEEMIAS:
Contribui com a manutenção externa (muro); e
interna (remissão geral das dívidas, resgate do
recebimento dos dízimos aos levitas, a observância do
shabbath e oposição aos casamentos mistos).
128. II. A ESPERANÇA TEOLÓGICA PÓS-EXÍLICA
E O SURGIMENTO DO JUDAISMO
• ESDRAS:
Contribui para a reforma religiosa;
Ampla autoridade do rei persa para organizar os
negócios da comunidade em Jerusalém “com base
num código de leis que Esdras tinha à mão”;
Destaca a hierarquia sacerdotal que tem forte
liderança na comunidade;
Assessorado por um grupo de escribas-levitas
(mestres espirituais) na leitura e interpretação da Lei.
129. II. A ESPERANÇA TEOLÓGICA PÓS-EXÍLICA
E O SURGIMENTO DO JUDAISMO
• A obra de Esdras “lançou base para o período
seguinte, de modo que, mais tarde, ele chegou a ser
comparado a Moisés e glorificado como o
finalizador da obra de Moisés” (FOHRER, 1982, P.
448).
• A obra de Esdras contribuiu para que o judaísmo
primitivo fosse determinado pela lei, com posição
central ao ritual cultual, tanto na Judéia como na
diáspora babilônica.
• No chamado “século obscuro” que, provavelmente,
foram formadas partes consideráveis da
literatura veterotestamentária (DONNER, 2006, P.
494).
130. II. A ESPERANÇA TEOLÓGICA PÓS-EXÍLICA
E O SURGIMENTO DO JUDAISMO
• Da tradição oral para a escrita: ‘Investigai a
Escritura de Javé e lede!’ (Is 34.16)”.
• “Os textos formam cada vez mais o centro da
religião.
• Começam a ser lidos no culto”, dando início
gradativo à “substituição do culto de sacrifício
pelo culto da palavra, o pressuposto para o
surgimento da sinagoga”.
131. II. A ESPERANÇA TEOLÓGICA PÓS-EXÍLICA
E O SURGIMENTO DO JUDAISMO
• Após o exílio babilônico as reuniões nas casas e
sinagogas passaram a ser um espaço
importante para a formação religiosa como nas
orientações rotineiras.
• A família e o espaço do lar voltam a ser
valorizados.
• Com o judaísmo firma-se o monoteísmo na vida
religiosa de Israel.
132. II. A ESPERANÇA TEOLÓGICA PÓS-EXÍLICA
E O SURGIMENTO DO JUDAISMO
• A força do povo grego começou a aparecer já no
período de dominação do Império Persa.
• Entretanto, como império surge com Alexandre,
chamado o Grande.
• Alexandre teve uma ascensão rápida (336 a.C) e
uma morte precoce de Alexandre.
• Em 323 a. C., antes de completar 33 anos,
adoece e morre na Babilônia.
133. II. A ESPERANÇA TEOLÓGICA PÓS-EXÍLICA
E O SURGIMENTO DO JUDAISMO
• Após a morte de Alexandre, seus generais
disputaram a sucessão do reino conquistado por
ele.
• O reinado helênico dos ptolomeus e selêucidas e
o judaísmo.
• Após a morte de Alexandre, seus generais
disputaram a sucessão do reino conquistado por
ele.
134. II. A ESPERANÇA TEOLÓGICA PÓS-EXÍLICA
E O SURGIMENTO DO JUDAISMO
• Entretanto, a província da Síria e da Fenícia, que
incluía a Palestina, muito interessava aos
selêucidas e a disputa pelo domínio dessas
regiões ocupou todo o século III a. C.
• Em 198 a. C., Antíoco III derrotou o general
ptolomaico Scopas na batalha de Pâneas e
restabeleceu a soberania sobre a Síria e Fenícia.
• Os Selêucidas mantiveram o controle sobre a
região até 167 a. C., ano do levante de Matatias e
seus filhos, que conquistaram certa autonomia
aos judeus.
135. MODO DE PRODUÇÃO TRIBAL
MODO DE PRODUÇÃO
TRIBUTARISTA
MODO DE PRODUÇÃO
ESCRAVISTA
Economia de partilha;
Troca de serviços;
Não há comercialização de
produtos;
Valorização do coletivo;
Terra como um bem comum;
Apropriação do produto em
base igualitária;
Intercâmbios comerciais
quase inexistentes;
Sem estrutura de classe;
Excedentes de produção são
revertidos em favor do povo;
Terra, pastagens e rebanhos
são propriedades do clã ou da
tribo;
Condição para uso dos meios
de produção: pertença à
comunidade.
Baseado em impostos e
tributos;
Economia dominada pelos reis,
dignatários da corte, chefes do
exército, sacerdotes chefes do
templo, grandes comerciantes
e proprietários de terra;
Exercício da política e da
economia a partir da cidade,
com apoio do exército e do
templo;
Maneiras de pagamento de
impostos: produtos, moeda ou
dias de trabalhos forçados;
Excedente da produção
pertence a minoria dominante;
Divisão de classe (exploradores
e explorados), sem que exista
propriedade privada da terra.
A cidade não controla a força
de trabalho nem os meios de
produção de modo direto.
Economia que reduz tudo a
mercadoria;
Surgimento da classe de
homens livres que não
trabalham e têm a subsistência
garantida;
Mão de obra permanente de
escravos;
Terra como propriedade
privada;
Excedente de produção
pertence aos proprietários de
terra;
Economia mercantil
suficientemente desenvolvida,
inclusive de escravos;
Intercâmbios comerciais com
outras regiões (excedente);
O valor do escravo tem como
base o corpo e a capacidade de
produção.
136. II. A ESPERANÇA TEOLÓGICA PÓS-EXÍLICA
E O SURGIMENTO DO JUDAISMO
• A relação do povo da Palestina com outros povos
não teve consequências somente no ambiente
político, mas também cultural e literário.
• Lara (2009, p. 27) afirma que as relações do povo de
Israel com os diversos povos antigos (egípcios, sírios,
assírios, filisteus, babilônios, persas, gregos e
romanos) “influenciaram sua linguagem, seus
símbolos, e conceitos de fé”.
138. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O entendimento da transformação do
pensamento teológico a partir da
evolução histórica do povo de Israel
tem muito a ver com os textos bíblicos.
139. CONSIDERAÇÕES FINAIS
No pós-exílio, muitos textos foram
elaborados e complementaram a
tradição oral e textos escritos
originalmente, uma releitura
influenciada pelo contexto do último
redator bíblico;
140. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os acontecimentos durante a história
do povo da Bíblia influenciaram na
maneira de se relacionar e ver Deus,
como por exemplo, a evolução do
politeísmo para o monoteísmo e num
Deus universal.
141. BAKER, David W.; ALEXANDER, T. Desmond; STURZ, Richard J. Obadias, Jonas,
Miquéias, Naum, Habacuque e Sofoinias: introdução e comentário. São Paulo:
Vida Nova, 2008.
BALANCIN, Euclides M.; STORNIOLO, Ivo. Como ler o livro de Sofonias. 3ª
Edição. São Paulo: Paulus, 2011.
BLANK, Reinol J. Escatologia do mundo: o projeto cósmico de Deus (Escatologia
II). São Paulo: Paulus, 2001.
CAZELLES, Henri. História política de Israel: desde as origens até Alexandre
magno. São Paulo: Paulinas, 1986.
DONNER, H. História de Israel e dos povos vizinhos: Da época da divisão do
reino até Alexandre Magno. V 2. São Leopoldo: Sinodal, 1997.
FEINBERG, Charles L. Os profetas menores. São Paulo: Vida, 1988.
FOHRER, G. História da religião de Israel. São Paulo: Paulinas, 1983.
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REFERÊNCIAS
145. APÊNDICE
• Sistema teológico para explicar a história do povo: Is
41.8-16; 42.18-25; ... Monoteísmo Is 44.24ss e Is
52.1;
• Promessas à descendência de Davi: 2 Sm 7.16-16; 1
Cr 17.11-14; Sl 89.27;
• Tradição da legitimação do sacerdócio sadoquista:
Sadoc recebe o cargo de sumo sacerdote como
prémio na proclamação de Salomão como rei (1 Rs
2.35; Ez 40.46; 44.15-16).
• Neemias: casamento com estrangeiras (Ed 9-10; Ne
13.23-30); exclusão de estrangeiros (Ne 13.3);
fechamento das portas para guardar o sábado (Ne
13.15-22).
146. APÊNDICE
• Lamentações: confissões de pecado (1.18,20,22;
3.42; 5.7,16) ao contrário de Jr 31.29-30; Ez 18.2; e sl
44.18; sl 74.19);
• Jeremias afirma que a atual geração era pior do que a
dos pais Jr 7.26; 16.12.
• Jeremias: mensagem de submissão à Babilônia (21.9;
27.10-14; 38.19; 39.9; 42.7ss). O futuro da Babilônia é
seu futuro (Jr 29.4-7).