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 Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação 
Como poderei contribuir com o Mundo do Software Livre 
  
Dayanna Ribeiro Quintino , 1
Matheus de Souza , 2
José do Nascimento Sousa , 3
Wilson Dias  4
Brasília, DF ­ Junho/2013 
  
  
Resumo: ​Como alavanca para sucesso e continuidade de um software livre ou de                         
código aberto, são criadas comunidades de usuários anônimos e/ou profissionais que                     
através de dedicação, conhecimento e experiência, compartilham e contribuem para o                     
desenvolvimento de diversos projetos. Neste artigo, à cerca das comunidades de                     
softwares livres, é apresentado um breve histórico do software livre, o que são                         
códigos abertos, a diferença entre software livre e código aberto, o que são                         
comunidades, como contribuir com o mundo do software livre, as comunidades mais                       
populares e as vantagens e desvantagens da contribuição destes projetos.  
 
Palavras­chave: Comunidades.Contribuição.Software Livre. 
  
 
1.​    ​Introdução 
  É cada vez mais frequente a adoção de tecnologias livre para uso nas diversas                           
áreas da sociedade como: saúde, educação, bancária, militar, governamental entre                   
outras. Segundo Hexsel (2002), tem também crescido reportagens freqüentes, sobre o                     
assunto, na mídia não especializada. O fenômeno é apresentado como novidade, mas                       
na verdade o processo de desenvolvimento de programas para serem distribuídos                     
como software livre tem sua origem na década de 60. Desde então seu                         
desenvolvimento foi crescente, com períodos de maior produtividade em meados da                     
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 Aluno do curso de Bacharel em Sistemas de Informação,   ​dynux.x@gmail.com  
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 ​Aluno do curso de Bacharel em Sistemas de Informação,   ​m1t2h3@gmail.com  
3
 ​Aluno do curso de Bacharel em Sistemas de Informação,   ​josesousa1@gmail.com 
4
 ​Especialista em Perícia Forense Computacional e professor  no curso de BSI da Faculdade Alvorada, 
professor.wilsondias@gmail.com  
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 Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação 
década de 80, com o movimento que defende o uso do software livre e assim até os                                 
dias de hoje. 
Segundo Almeida (2000), a adoção do software livre é uma alternativa                     
imprescindível para suprir as necessidades do usuário, sem ter que gastar com                       
licenças de softwares, como ocorre com aquisições de softwares proprietários                   
(Softwares de código fonte fechado).  
Assim como o crescimento da adoção do software livre, tem crescido o número                         
de comunidades composta por programadores, engenheiros e pessoas da                 
comunidade dispostas a ajudar e difundir os softwares livres. 
O presente artigo mostrará um pequeno histórico sobre o surgimento do termo                       
software livre, assim como o movimento que defende estes softwares. Também será                       
apresentado algumas formas de colaborações que podem ser feita por qualquer                     
usuário, para o crescimento da comunidade mundial de software livre.   
2.​    ​Tema e Justificativa 
  Compartilhar conhecimento e participar de projetos, através da dedicação e do                     
trabalho vonluntário, é a base para quem quer contribuir para o mundo dos softwares                           
livres. As comunidades são formadas por pessoas que têm o objetivo comum de                         
ajudar no desenvolvimento de softwares livres, da forma que lhes são possíveis,                       
partilhando informação, experiência e obtendo ainda, oportunidades de aprender cada                   
vez mais com esses projetos.   
3.​    ​Objetivos 
  Apresentar as diversas formas de como contribuir para o mundo dos softwares                       
livres, através de um breve histórico e conceito de software livre, a diferença entre                           
software livre e código aberto, as comunidades e vantagens e desvantagens de                       
contribuir com esses projetos.  
  
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4.​    ​Comunidades de Softwares Livres 
4.1.​ ​Breve histórico 
De acordo com Luz (2007) na década de 50 e 60, praticamente não se                           
considerava a hipótese de vender softwares, eles eram gratuitos e livremente                     
distribuídos em formato fonte, pois existiam poucos computadores no mundo e o valor                         
real estava na máquina em si e não nos programas. Com o grande crescimento da                             
informática, criação de empresas de TI e a demanda que surgiu com a disseminação                           
dos computadores, fizeram com que esse método de desenvolvimento baseado na                     
liberdade e cooperação não fosse suficiente, e assim as empresas do setor                       
começaram a vender os softwares separados das máquinas, gerando uma indústria                     
bilionária que começou a buscar mecanismos de proteção de propriedade intelectual                     
como direitos autorais e patentes, para se proteger da acirrada concorrência e garantir                         
suas vantagens competitivas. 
  Em 1969, foi desenvolvido pela AT&T, o sistema Unix. O uso deste sistema era                           
gratuito para o uso acadêmico, sendo cobrado apenas uma taxa para o uso comercial.                           
Assim, ele cresceu rapidamente. Entretanto, no início dos anos 80, a AT&T mudou                         
sua política de comercialização e restringiu a liberdade de modificação do código fonte                         
e o termo Unix passou a ser reservado unicamente para a sua própria versão. Do                             
outro lado, em resposta, diversas empresas de TI como IBM, HP e Sun começaram a                             
desenvolver suas próprias versões proprietárias que eram e são distribuídas em                     
código binário. 
Segundo CAMPOS (2006) o movimento que defende o uso dos softwares livre                         
começou na década de 80 com o Projeto GNU fundado por Richard Stallman. 
De acordo com Hexsel (2002) Stallman, frustrado com a crescente                     
comercialização dos softwares, pediu demissão do Massachusetts Institute of                 
Technology (MIT), onde trabalhava como programador, para trabalhar no                 
desenvolvimento de um sistema operacional completo a ser distribuído como software                     
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 Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação 
livre. Este sistema seria chamado de GNU (GNU’s not Unix, é isofônico à palavra                           
Inglesa new) e seria composto por um sistema operacional e uma série de aplicativos                           
e utilitários. O projeto GNU foi desenvolvido no ambiente Unix porque este era o                           
sistema tecnicamente mais avançado e estava disponível para várias plataformas. Em                     
1984, Stallman publicou o Manifesto GNU, onde definiu o que se entende por software                           
livre e solicitou a participação de outros programadores na enorme tarefa a que se                           
propunha. 
  Ainda segundo Hexsel (2002) origina­se a partir do Projeto GNU a Free                       
Software Foundation (FSF), liderada por Stallman. No início da década de 90, já tinha                           
sido desenvolvido a maior parte das ferramentas de apoio, faltando o núcleo do                         
sistema operacional. Neste mesmo período, Linus Torvalds, disponibiliza na internet o                     
código fonte de um núcleo de sistema operacional, desenvolvido por ele, batizado de                         
Linux. 
  Torvalds solicita a colaboração de outros programadores para que estes                   
desenvolvessem as partes ainda faltantes. A resposta foi entusiástica e em menos de                         
dois anos Linux já havia se tornado um sistema razoavelmente estável. Os esforços                         
da FSF e da comunidade Linux foram conjugados e o sistema GNU/Linux passou a                           
ser distribuído e desde então vem sendo continuamente desenvolvido e aperfeiçoado. 
  Também nos anos 90, segundo Silva (2009) o software livre passou a ser uma                           
alternativa popular para servidores Web, o Servidor Apache tornou­se o servidor Web                       
mais utilizado. Sistemas baseados no Linux, com servidor Apache, SGBD MySQL e                       
PHP tornaram­se conhecidas como sistemas LAMP. (Open Source). 
Em 1997, Eric Raymound publicou o artigo “A Catedral e o Bazar”, uma análise                             
reflexiva sobre os princípios do software livre. Conforme Silva (2009) relata que o                         
artigo influenciou fortemente a decisão da Netscape de, em 1998, disponibilizar seu                       
navegador (hoje conhecido como Mozilla Firefox) como software livre. 
A Netscape, Raymound e outros passaram a buscar alternativas para aproximar                       
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a indústria do software comercial aos princípios do software livre. Foi assim que em                           
Fevereiro de 1998 fundou­se a Open Source Initiative (OSI). 
Stallman e a FSF discordaram da abordagem da nova organização por achar                         
que a filosofia da liberdade e os valores sociais defendidos haviam sido deixados de                           
lado em favor de um modelo centrado nos benefícios práticos da adoção do modelo                           
livre. 
No entanto, Stallman considera a OSI uma aliada na luta contra o software                           
proprietário. 
4.2.​ ​O que é Software Livre? 
Hexsel (2002) destaca que software livre é aquele em que o usuário pode usar,                           
copiar e distribuir, pode ser o original ou com alterações gratuitamente ou com custos.                           
O ponto fundamental para ser livre é ter seu código fonte acessível para análises,                           
alterações e distribuição pelos seus usuários. 
Hexsel (2002) ainda ressalta a importância de não confundir software livre com                       
software grátis, pois, a liberdade associada ao software livre de copiar, modificar e                         
redistribuir, independe de gratuidade. Existem programas que podem ser obtidos                   
gratuitamente, mas que não podem ser modificados, nem redistribuídos. Portanto, o                     
usuário pode ter pago para receber cópias de software livre, ou pode ter obtido cópias                             
sem nenhum custo. Mas independente de como foi obtido a cópia, o usuário sempre                           
tem a liberdade de copiar e modificar o software, ou mesmo de vender cópias.  
Software Livre é uma questão de liberdade, não de preço (Silva, 2009, p.4). 
  De acordo com Campos (2006) um software só pode ser considerado livre se                         
possuir 4 tipos de liberdade, são elas: 
● Liberdade Nº 0 ­ ​A liberdade de executar o programa, para qualquer propósito. 
● Liberdade Nº 1 ­ ​A liberdade de estudar como o programa funciona, e                         
adaptá­lo para as suas necessidades. 
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● Liberdade Nº 2 ­ ​A liberdade de redistribuir cópias de modo que você possa                           
ajudar ao seu próximo. 
● Liberdade Nº 3 ­ A liberdade de aperfeiçoar o programa, e liberar os seus                           
aperfeiçoamentos, de modo que toda a comunidade se beneficie. 
  Para as liberdade 1 e 3 o acesso ao código fonte é um pré­requisito. 
  Segundo Campos (2006) o usuário deve ter a liberdade de fazer modificações                       
e usá­las privativamente no seu trabalho ou lazer, sem nem mesmo mencionar que                         
elas existem. Se o usuário publicar as modificações, não é obrigado a avisar a                           
ninguém em particular, ou de nenhum modo em especial. 
  Ainda segundo Campos (2006) a liberdade de utilizar um programa significa a                       
liberdade para qualquer tipo de pessoa, física ou jurídica, utilizar o software em                         
qualquer tipo de sistema computacional, para qualquer tipo de trabalho ou atividade,                       
sem que seja necessário comunicar ao desenvolvedor ou a qualquer outra entidade                       
em especial. 
4.3.​ ​O que é Código Aberto (Open Source)? 
Segundo a OSI, open source não significa apenas acesso ao código­fonte. Os                       
principais termos de distribuição de software open­source deve cumprir os seguintes                     
critérios: 
● Redistribuição livre 
A licença não deve restringir nenhuma parte de vender ou doar o software                         
como um componente de uma distribuição agregada de software contendo programas                     
de várias fontes diferentes. A licença não deve exigir um royalty ou outra taxa para tal                               
venda. 
Justificativa: Ao restringir a licença para exigir redistribuição livre, nós                   
eliminamos a tentação de jogar fora muitos ganhos a longo prazo, a fim de fazer                             
alguns dólares a curto prazo de vendas. Se não fizéssemos isso, haveria muita                         
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pressão para colaboradores de defeito. 
●  Código­fonte 
O programa deve incluir código fonte e deve permitir a distribuição em código                         
fonte, bem como em formato compilado. Onde alguma forma de um produto não é                           
distribuído com código fonte, deve haver um meio bem divulgado de obter o                         
código­fonte de não mais do que um custo de reprodução razoável de preferência, o                           
download via Internet sem custos. O código fonte deve ser a forma preferida no qual                             
um programador modificaria o programa. Código fonte deliberadamente ofuscado não                   
é permitido. Formas intermediárias como a saída de um pré­processador ou tradutor                       
não são permitidas. 
Justificativa: É necessário acesso a un­obfuscated código fonte, porque você                   
não pode evoluir programas sem modificá­los. Uma vez que nosso propósito é fazer                         
com que a evolução fácil, exigimos que a modificação ser feita fácil. 
● Obras derivadas 
A licença deve permitir modificações e trabalhos derivados e deve permitir que                       
estes sejam distribuídos sob os mesmos termos que a licença do software original. 
Justificativa: A simples capacidade de ler fonte não é suficiente para suportar                       
análise independente pelos pares e de seleção evolutiva rápida. Para a evolução                       
rápida para acontecer, as pessoas precisam ser capazes de experimentar e                     
modificações redistribuir. 
  Ainda segundo a OSI existem mais 7 termos de distribuição do Open Source,                         
sendo eles: Integridade do autor do código­fonte; Não discriminação contra pessoas                     
ou grupos; Não discriminação contra áreas de atuação; Distribuição da licença;                     
Licença não específica a um produto; Licença não restritiva a outros programas;                       
Licença neutra em relação à tecnologia. 
4.4. Software Livre (Free Software) X Código Aberto (Open Source) 
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 Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação 
Para Filho et al (2005) os princípios do software livre (SL) quanto ao de código                             
aberto (CA), fundamentam­se nas premissas básicas que são a de liberdade de                       
expressão, acesso à informação e do caráter eminentemente coletivo do                   
conhecimento, o software é mais uma forma de representar e organizar o                       
conhecimento, sendo assim é um bem comum que deve ser construído e                       
disponibilizado democraticamente, e não privatizado, ou seja, sua difusão e uso                     
devem ser livres. 
Ainda segundo Filho et al (2005) mesmo SL e CA fazerem parte do mesmo                           
tema que é a produção e uso de software não proprietário, são categorias distintas.                           
Tanto um quanto o outro, são ativos que podem ou não ser monetizados e                           
transacionados nos mercados, dependendo da situação. Uma vez que software livre                     
não diz respeito à gratuidade, mas sim à liberdade. Liberdade essa que é                         
basicamente a de modificar, reproduzir e utilizar livremente, desde que não se                       
restrinja o uso e a capacidade de uso por outrem, sendo assim, enquanto a idéia de                               
SL está vinculada a questões de garantia e perpetuação das liberdades citadas, as de                           
CA estão mais ligadas a questões práticas de produção e negócio, como a agilidade                           
no desenvolvimento do software através de comunidades abertas. 
  Se um desenvolvedor criar um software utilizando trechos de software                   
apresentado originariamente com uma licença de código aberto, poderá a seu critério,                       
usar qualquer outra licença, inclusive “fechar” o código que é a não outorga dos                           
direitos de origem (liberdade de utilização, cópia, modificação e redistribuição).                   
Agora, se o trecho for de um software tido originariamente como livre (como a General                             
Public License GPL), isso não ocorrerá, pois os direitos originais outorgados aos                       
usuários devem supostamente ser propagados para as novas versões e trabalhos                     
derivados criados a partir daquele original, impede, em tese, que se “feche” o código                           
(FILHO et al, 2005). 
  Dizemos em tese porque nada impede que o próprio autor resolva, em algum                         
momento, colocar seu desenvolvimento em uma outra licença, menos restritiva que                     
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 Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação 
aquela inicialmente registrada. O direito de autor sempre se sobrepõe, pelo menos no                         
plano legal, aos muitos tipos de licenças que hoje são utilizadas em SL/CA. (FILHO et                             
al, 2005, pg.4). 
  Para Campos (2006) o movimento ​Free Software e o movimento ​Open Source                       
são como dois campos políticos dentro da comunidade de software livre, que mesmo                         
discordando dos princípios básicos, concordam (mais ou menos) nas recomendações                   
práticas. Assim, podem de fato, trabalharem juntos em diversos projetos específicos.                     
O movimento Software Livre não ver o movimento Open Source como um inimigo e                           
sim como parceiro contra o software proprietário. 
  
 
Tabela 1: Software Livre X Código Aberto 
 Fonte: Tabela feita com base no material de pesquisa 
 
4.5. O que são as comunidades? 
Segundo MIXON(2009) comunidades de software livre são a base ou o que                       
define o desenvolvimento de software livre. As comunidades são criadas afim de                       
reunir talentos e pessoas dispostas a ajudar na criação e manutenção de projetos                         
como é descrito na página do projeto de software livre da comunidade                       
Ubuntu­BR(2010), onde cada membro tem como responsabilidade participar e                 
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contribuir para o caminhar do projeto afim de alcançar o sucesso.  
Também é descrito que para o sucesso de uma comunidade, está deve                       
conhecer seus objetivos e como cada membro poderá contribuir. Para que a criação e                           
organização de uma comunidade pode se utilizar de ferramentas diversas, como:                     
grupos de discussão, blogs, wikis, redes sociais e entre outros.  
Dentro das comunidades são especificados seus códigos de conduta, as                   
formas de contribuir com o projeto, responsáveis e definidos os objetivos a serem                         
alcançados que podem definir o fim do projeto. 
 
4.5.1.​ ​Como contribuir para o mundo do Software Livre? 
 
Segundo KIROTAWA(2006), o primeiro passo para a colaboração de um                   
projeto é conhecê­lo bem. É importante que haja conhecimento do projeto, em sua                         
estrutura, linguagem da qual foi desenvolvida, conhecer a documentação do projeto ou                       
que simplesmente, como usuário, saiba o que é necessário para que o software seja                           
útil, prático e funcional.  
Desta forma, o novo colaborador deve se inscrever nas listas de discussões de                         
fóruns do projeto ao qual escolheu, para se apresentar aos demais integrantes, se                         
informar dos procedimentos iniciais para a contribuição do projeto e apresentar as                       
suas propostas. (OREANA, 2008) 
Segue algumas formas, das quais podem ser utilizadas para contribuir com o                       
mundo do software livre:  
● Design ­ Contribuir com melhorias no ​layout do software, criando ícones,                     
retirando botões inutilizados, deixando­o com a aparência mais adequada,                 
amigável e de fácil usabilidade; 
● Traduções ­ Se não possui conhecimento nas áreas de linguagem de                     
programação, codificação ou estrutura de softwares, pode­se colaborar com a                   
tradução do projeto, permitindo que este seja acessível aos que não possuem                       
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 Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação 
domínio em outros idiomas ; 
● Relatos de Erros ­ Uma maneira simples e importante para colaboração é                       
relatar a presença de erros para que os desenvolvedores tenham                   
conhecimento de sua existência e possam assim, eliminá­los.  
● Correções ­ Aqueles que têm o conhecimento na área de codificação e                       
linguagem de programção da qual o projeto foi desenvolvido, assim que tomar                       
ciência de bugs (erros) no projeto, podem tomar a iniciativa de corrigí­los,                       
contribuindo para a otimização do software; 
● Sugestões ­ Usuários finais, que não possuem conhecimento ou domínio em                     
nenhuma área de desenvolvimento do software, podem contribuir ainda,                 
sugerindo novas ferramentas, novos itens criativos e úteis para a comunidade                     
do software.  
● Desenvolvimento (codificação) ­ O conhecimento em estrutura, linguagem de                 
programação e técnicas de desenvolvimento em softwares, é uma das                   
principais e mais significantes colaborações das comunidades, onde muitos                 
desenvolvedores profissionais e anônimos, contribuem para a codificação dos                 
softwares livres.  
● Documentação ­ A criação e organização da documentação do software livre,                     
assim como o estabelecimento de regras ou alguma limitação, além da licença                       
atribuída, é uma das formas de colaboração para o desenvolvimento do projeto; 
● Doações ­ Além de usuários, há empresas que utilizam softwares livres que                       
contribuem em doações simbólicas para o sustento do software livre,                   
patrocinando o projeto ou ainda doando recursos para o desenvolvimento do                     
mesmo; 
● Promoção ­ Promover o projeto também é de papel fundamental para o seu                         
sucesso e distribuição. Muitos usuários contribuem divulgando o software em                   
encontros e eventos tecnológicos permitindo sua emancipação no mundo da                   
tecnologia. 
4.5.2. Exemplos de comunidades populares. 
11/16 
 Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação 
 
O mundo do software livre é sustentado por um conceito de compartilhamento                       
de conhecimento e por isso é tão importante o papel das comunidades e de seus                             
colaboradores participando dos fóruns e desenvolvimento de novas funções ou                   
melhorias.  
4.5.2.1 ­ UBUNTU ­ BR 
 
Comunidade brasileira dedicada a troca de conhecimento e novas funções                   
voltadas as versões da distribuição Ubuntu. Está comunidade conta com código de                       
conduta e um conselho que controla as atividades dentro da comunidade.  
4.5.2.2 ­ Projeto GNU 
 
Em texto publicado pela FSFE(Free Software Foundation Europe) o projeto                   
GNU foi iniciado por Richard M. Stallman com o intuito de criar um sistema                           
operacional baseado nos conceitos de software livre, onde se pudesse compartilhar e                       
agregar conhecimento gerando um software de qualidade. 
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 Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação 
4.5.2.3 ­ LibreOffice ­ The Document Foundation 
 
A The Document Foundation é uma comunidade que mantém o pacote de                       
aplicações de escritório, que possui ferramentas de criação e edição de texto, criação                         
de planilhas e apresentações. A ferramenta LibreOffice vem se popularizando e já                       
vem instalada em muitas distribuições linux como a ultima versão do Ubuntu 13.04 e                           
também por ser compatível com outros sistemas e formatos.   
4.5.3.​ ​Vantagens da contribuição. 
  As vantagens que são alcançadas com a contribuição nas comunidades de                     
software livre são muitas, já que ali o projeto estará aberto para quem tenha novas                             
ideias e conhecimento para implementar novas ferramentas e funções, além de                     
promover debates entre os usuários afim de esclarecer dúvidas e a melhoria das                         
aplicações. 
Outra vantagem que é encontrada são as rápidas soluções encontradas para                     
os bugs, já que existem inúmeros colaboradores que trabalham para a melhoria do                         
projeto. 
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 Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação 
5.​    ​Conclusão 
O desígnio deste artigo foi apresentar as diversas formas de como os                       
colaboradores, através das comunidades, podem contribuir para o desenvolvimento,                 
correção e otimização de softwares livres ou abertos, assim como o compartilhamento                       
de conhecimento. Esses colaboradores são profissionais ou usuários finais, que                   
procuram a oportunidade de aprender mais, através da estrutura, linguagem e                     
aspectos técnicos do projeto, além do uso do software em si.  
O compartilhamento de conhecimento é o lema para as comunidades                   
colaboradoras. A ideologia é seguida juntamente com as diversas vantagens que                     
pode­se obter e oferecer à quem procura fazer parte do mundo dos softwares livres.  
 
 
 
 
 
 
 
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 Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação 
 
 
 
 
 
 
6.​   ​ ​Referências Bibliográficas   
ALMEIDA, Rubens Queiroz de. ​Por que usar software livre?​ Artigo publicado 
originalmente na primeira edição da Revista do Linux. Data de Publicação: 16 de 
Janeiro de 2000 Disponíveis em: 
<http://www.dicas­.com.br/arquivo/por_que_usar_software_livre.php >. Acesso em: 30 
de maio de 2013. 
CAMPOS, Augusto. ​O que é software livre​. BR­Linux. Florianópolis, março de 2006. 
Disponível em <http://br­linux.org/linux/faq­softwarelivre>. Acesso em: 03 de junho de 
2013. 
FILHO, Sergio Salles. Stefanuto, Giancarlo Nuti. Lucca, José Eduardo De. Alves , 
Angela Maria. ​O impacto Software Livre e de Código Aberto (SL/CA) nas 
Condições de Apropriabilidade na Indústria de Software Brasileira​. Tema: 
Propiedad industrial e intelectual; Información en C&T. XI Seminário 
Latino­Iberoamwricano de Gestion Tecnológica ALTEC 2005. Dispocnível em: < 
http://www.softex.br/portal/softexweb/uploadDocuments/_observatorio/altec_apropriabi
lidade_sl.pdf >. Acesso em: 20 de junho de 2013 
HEXSEL, Robert A. ​Propostas de ações de Governo para incentivar o uso de 
software livre​. Relatório Técnico do Departamento de Informática da UFPR, n. 
004/2002, Curitiba, outubro, 2002. Disponível em: 
15/16 
 Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação 
<http://www.inf.ufpr.br/info/techrep/RT_DINF004_2002.pdf>. Acesso em: 18 de junho 
de 2013. 
LUZ, Carlos Candido Farias. ​Projeto de Migração para Software livre em Micro e 
Pequenas Empresas. Caso Cor de Rosa Moda Feminina.​ Universidade Federal de 
Santa Catarina. Florianópolis­sc. 2007/01. Disponível em: 
<http://projetos.inf.ufsc.br/arquivos_projetos/projeto_445/Relatorio%20Final.pdf>. 
Acesso em: 15 de junho de 2013. 
SILVA, Francisco José da Silva a. ​Software Livre: Conceitos, História e Impactos​. 
Grupo de Engenharia de Sistemas e Mobilidade. Laboratório de Sistemas Distribuídos 
(LSD). Departamento de Informática / UFMA. Março de 2009. Disponível em: < 
www.deinf.ufma.br/~fssilva/palestras/2009/sl.pdf >. Acesso em: 15de junho de 2013. 
Portal da OSI. ​Definição do Open Source. ​Disponível em: 
<​http://www.opensource.org/docs/definition.php​>. Acessado em 22 de junho de 2013. 
Comunidade Ubuntu­BR. Disponível em: <​www.ubuntu­br.org/comunidade​>. Acesso 
em 22 de junho de 2013. 
MIXON, Jeffrey M. Osier. IMB DeveloperWorks ­​​Comunidades de Software Livre 
Bem­sucedidas​. 2009. ​Disponível em: 
<​www.ibm.com/developerworks/br/opensource/library/os­community/​>.Acesso em 22 
de junho de 2013. 
KIROTAWA, Leonidas. Core Code ­ ​Como colaborar em um projeto de Software 
Livre​. 2006. Disponível em:  
<​http://corecode.wordpress.com/2011/02/26/como­colaborar­em­um­projeto­de­softwa
re­livre/​> Acesso em: 25 de junho de 2013.  
OREANA, Arthur Cesar. ​TechnoWild ­ ​Colaborando com o Software Livre. ​2008. 
Disponível em: 
<​http://technowild.blogspot.com.br/2008/04/colaborando­com­o­software­livre.html​>. 
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 Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação 
Acesso em: 25 de junho de 2013. 
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Como contribuir com o Mundo do Software Livre

  • 1.  Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação  Como poderei contribuir com o Mundo do Software Livre     Dayanna Ribeiro Quintino , 1 Matheus de Souza , 2 José do Nascimento Sousa , 3 Wilson Dias  4 Brasília, DF ­ Junho/2013        Resumo: ​Como alavanca para sucesso e continuidade de um software livre ou de                          código aberto, são criadas comunidades de usuários anônimos e/ou profissionais que                      através de dedicação, conhecimento e experiência, compartilham e contribuem para o                      desenvolvimento de diversos projetos. Neste artigo, à cerca das comunidades de                      softwares livres, é apresentado um breve histórico do software livre, o que são                          códigos abertos, a diferença entre software livre e código aberto, o que são                          comunidades, como contribuir com o mundo do software livre, as comunidades mais                        populares e as vantagens e desvantagens da contribuição destes projetos.     Palavras­chave: Comunidades.Contribuição.Software Livre.       1.​    ​Introdução    É cada vez mais frequente a adoção de tecnologias livre para uso nas diversas                            áreas da sociedade como: saúde, educação, bancária, militar, governamental entre                    outras. Segundo Hexsel (2002), tem também crescido reportagens freqüentes, sobre o                      assunto, na mídia não especializada. O fenômeno é apresentado como novidade, mas                        na verdade o processo de desenvolvimento de programas para serem distribuídos                      como software livre tem sua origem na década de 60. Desde então seu                          desenvolvimento foi crescente, com períodos de maior produtividade em meados da                      1  Aluno do curso de Bacharel em Sistemas de Informação,   ​dynux.x@gmail.com   2  ​Aluno do curso de Bacharel em Sistemas de Informação,   ​m1t2h3@gmail.com   3  ​Aluno do curso de Bacharel em Sistemas de Informação,   ​josesousa1@gmail.com  4  ​Especialista em Perícia Forense Computacional e professor  no curso de BSI da Faculdade Alvorada,  professor.wilsondias@gmail.com   1/16 
  • 2.  Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação  década de 80, com o movimento que defende o uso do software livre e assim até os                                  dias de hoje.  Segundo Almeida (2000), a adoção do software livre é uma alternativa                      imprescindível para suprir as necessidades do usuário, sem ter que gastar com                        licenças de softwares, como ocorre com aquisições de softwares proprietários                    (Softwares de código fonte fechado).   Assim como o crescimento da adoção do software livre, tem crescido o número                          de comunidades composta por programadores, engenheiros e pessoas da                  comunidade dispostas a ajudar e difundir os softwares livres.  O presente artigo mostrará um pequeno histórico sobre o surgimento do termo                        software livre, assim como o movimento que defende estes softwares. Também será                        apresentado algumas formas de colaborações que podem ser feita por qualquer                      usuário, para o crescimento da comunidade mundial de software livre.    2.​    ​Tema e Justificativa    Compartilhar conhecimento e participar de projetos, através da dedicação e do                      trabalho vonluntário, é a base para quem quer contribuir para o mundo dos softwares                            livres. As comunidades são formadas por pessoas que têm o objetivo comum de                          ajudar no desenvolvimento de softwares livres, da forma que lhes são possíveis,                        partilhando informação, experiência e obtendo ainda, oportunidades de aprender cada                    vez mais com esses projetos.    3.​    ​Objetivos    Apresentar as diversas formas de como contribuir para o mundo dos softwares                        livres, através de um breve histórico e conceito de software livre, a diferença entre                            software livre e código aberto, as comunidades e vantagens e desvantagens de                        contribuir com esses projetos.      2/16 
  • 3.  Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação  4.​    ​Comunidades de Softwares Livres  4.1.​ ​Breve histórico  De acordo com Luz (2007) na década de 50 e 60, praticamente não se                            considerava a hipótese de vender softwares, eles eram gratuitos e livremente                      distribuídos em formato fonte, pois existiam poucos computadores no mundo e o valor                          real estava na máquina em si e não nos programas. Com o grande crescimento da                              informática, criação de empresas de TI e a demanda que surgiu com a disseminação                            dos computadores, fizeram com que esse método de desenvolvimento baseado na                      liberdade e cooperação não fosse suficiente, e assim as empresas do setor                        começaram a vender os softwares separados das máquinas, gerando uma indústria                      bilionária que começou a buscar mecanismos de proteção de propriedade intelectual                      como direitos autorais e patentes, para se proteger da acirrada concorrência e garantir                          suas vantagens competitivas.    Em 1969, foi desenvolvido pela AT&T, o sistema Unix. O uso deste sistema era                            gratuito para o uso acadêmico, sendo cobrado apenas uma taxa para o uso comercial.                            Assim, ele cresceu rapidamente. Entretanto, no início dos anos 80, a AT&T mudou                          sua política de comercialização e restringiu a liberdade de modificação do código fonte                          e o termo Unix passou a ser reservado unicamente para a sua própria versão. Do                              outro lado, em resposta, diversas empresas de TI como IBM, HP e Sun começaram a                              desenvolver suas próprias versões proprietárias que eram e são distribuídas em                      código binário.  Segundo CAMPOS (2006) o movimento que defende o uso dos softwares livre                          começou na década de 80 com o Projeto GNU fundado por Richard Stallman.  De acordo com Hexsel (2002) Stallman, frustrado com a crescente                      comercialização dos softwares, pediu demissão do Massachusetts Institute of                  Technology (MIT), onde trabalhava como programador, para trabalhar no                  desenvolvimento de um sistema operacional completo a ser distribuído como software                      3/16 
  • 4.  Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação  livre. Este sistema seria chamado de GNU (GNU’s not Unix, é isofônico à palavra                            Inglesa new) e seria composto por um sistema operacional e uma série de aplicativos                            e utilitários. O projeto GNU foi desenvolvido no ambiente Unix porque este era o                            sistema tecnicamente mais avançado e estava disponível para várias plataformas. Em                      1984, Stallman publicou o Manifesto GNU, onde definiu o que se entende por software                            livre e solicitou a participação de outros programadores na enorme tarefa a que se                            propunha.    Ainda segundo Hexsel (2002) origina­se a partir do Projeto GNU a Free                        Software Foundation (FSF), liderada por Stallman. No início da década de 90, já tinha                            sido desenvolvido a maior parte das ferramentas de apoio, faltando o núcleo do                          sistema operacional. Neste mesmo período, Linus Torvalds, disponibiliza na internet o                      código fonte de um núcleo de sistema operacional, desenvolvido por ele, batizado de                          Linux.    Torvalds solicita a colaboração de outros programadores para que estes                    desenvolvessem as partes ainda faltantes. A resposta foi entusiástica e em menos de                          dois anos Linux já havia se tornado um sistema razoavelmente estável. Os esforços                          da FSF e da comunidade Linux foram conjugados e o sistema GNU/Linux passou a                            ser distribuído e desde então vem sendo continuamente desenvolvido e aperfeiçoado.    Também nos anos 90, segundo Silva (2009) o software livre passou a ser uma                            alternativa popular para servidores Web, o Servidor Apache tornou­se o servidor Web                        mais utilizado. Sistemas baseados no Linux, com servidor Apache, SGBD MySQL e                        PHP tornaram­se conhecidas como sistemas LAMP. (Open Source).  Em 1997, Eric Raymound publicou o artigo “A Catedral e o Bazar”, uma análise                              reflexiva sobre os princípios do software livre. Conforme Silva (2009) relata que o                          artigo influenciou fortemente a decisão da Netscape de, em 1998, disponibilizar seu                        navegador (hoje conhecido como Mozilla Firefox) como software livre.  A Netscape, Raymound e outros passaram a buscar alternativas para aproximar                        4/16 
  • 5.  Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação  a indústria do software comercial aos princípios do software livre. Foi assim que em                            Fevereiro de 1998 fundou­se a Open Source Initiative (OSI).  Stallman e a FSF discordaram da abordagem da nova organização por achar                          que a filosofia da liberdade e os valores sociais defendidos haviam sido deixados de                            lado em favor de um modelo centrado nos benefícios práticos da adoção do modelo                            livre.  No entanto, Stallman considera a OSI uma aliada na luta contra o software                            proprietário.  4.2.​ ​O que é Software Livre?  Hexsel (2002) destaca que software livre é aquele em que o usuário pode usar,                            copiar e distribuir, pode ser o original ou com alterações gratuitamente ou com custos.                            O ponto fundamental para ser livre é ter seu código fonte acessível para análises,                            alterações e distribuição pelos seus usuários.  Hexsel (2002) ainda ressalta a importância de não confundir software livre com                        software grátis, pois, a liberdade associada ao software livre de copiar, modificar e                          redistribuir, independe de gratuidade. Existem programas que podem ser obtidos                    gratuitamente, mas que não podem ser modificados, nem redistribuídos. Portanto, o                      usuário pode ter pago para receber cópias de software livre, ou pode ter obtido cópias                              sem nenhum custo. Mas independente de como foi obtido a cópia, o usuário sempre                            tem a liberdade de copiar e modificar o software, ou mesmo de vender cópias.   Software Livre é uma questão de liberdade, não de preço (Silva, 2009, p.4).    De acordo com Campos (2006) um software só pode ser considerado livre se                          possuir 4 tipos de liberdade, são elas:  ● Liberdade Nº 0 ­ ​A liberdade de executar o programa, para qualquer propósito.  ● Liberdade Nº 1 ­ ​A liberdade de estudar como o programa funciona, e                          adaptá­lo para as suas necessidades.  5/16 
  • 6.  Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação  ● Liberdade Nº 2 ­ ​A liberdade de redistribuir cópias de modo que você possa                            ajudar ao seu próximo.  ● Liberdade Nº 3 ­ A liberdade de aperfeiçoar o programa, e liberar os seus                            aperfeiçoamentos, de modo que toda a comunidade se beneficie.    Para as liberdade 1 e 3 o acesso ao código fonte é um pré­requisito.    Segundo Campos (2006) o usuário deve ter a liberdade de fazer modificações                        e usá­las privativamente no seu trabalho ou lazer, sem nem mesmo mencionar que                          elas existem. Se o usuário publicar as modificações, não é obrigado a avisar a                            ninguém em particular, ou de nenhum modo em especial.    Ainda segundo Campos (2006) a liberdade de utilizar um programa significa a                        liberdade para qualquer tipo de pessoa, física ou jurídica, utilizar o software em                          qualquer tipo de sistema computacional, para qualquer tipo de trabalho ou atividade,                        sem que seja necessário comunicar ao desenvolvedor ou a qualquer outra entidade                        em especial.  4.3.​ ​O que é Código Aberto (Open Source)?  Segundo a OSI, open source não significa apenas acesso ao código­fonte. Os                        principais termos de distribuição de software open­source deve cumprir os seguintes                      critérios:  ● Redistribuição livre  A licença não deve restringir nenhuma parte de vender ou doar o software                          como um componente de uma distribuição agregada de software contendo programas                      de várias fontes diferentes. A licença não deve exigir um royalty ou outra taxa para tal                                venda.  Justificativa: Ao restringir a licença para exigir redistribuição livre, nós                    eliminamos a tentação de jogar fora muitos ganhos a longo prazo, a fim de fazer                              alguns dólares a curto prazo de vendas. Se não fizéssemos isso, haveria muita                          6/16 
  • 7.  Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação  pressão para colaboradores de defeito.  ●  Código­fonte  O programa deve incluir código fonte e deve permitir a distribuição em código                          fonte, bem como em formato compilado. Onde alguma forma de um produto não é                            distribuído com código fonte, deve haver um meio bem divulgado de obter o                          código­fonte de não mais do que um custo de reprodução razoável de preferência, o                            download via Internet sem custos. O código fonte deve ser a forma preferida no qual                              um programador modificaria o programa. Código fonte deliberadamente ofuscado não                    é permitido. Formas intermediárias como a saída de um pré­processador ou tradutor                        não são permitidas.  Justificativa: É necessário acesso a un­obfuscated código fonte, porque você                    não pode evoluir programas sem modificá­los. Uma vez que nosso propósito é fazer                          com que a evolução fácil, exigimos que a modificação ser feita fácil.  ● Obras derivadas  A licença deve permitir modificações e trabalhos derivados e deve permitir que                        estes sejam distribuídos sob os mesmos termos que a licença do software original.  Justificativa: A simples capacidade de ler fonte não é suficiente para suportar                        análise independente pelos pares e de seleção evolutiva rápida. Para a evolução                        rápida para acontecer, as pessoas precisam ser capazes de experimentar e                      modificações redistribuir.    Ainda segundo a OSI existem mais 7 termos de distribuição do Open Source,                          sendo eles: Integridade do autor do código­fonte; Não discriminação contra pessoas                      ou grupos; Não discriminação contra áreas de atuação; Distribuição da licença;                      Licença não específica a um produto; Licença não restritiva a outros programas;                        Licença neutra em relação à tecnologia.  4.4. Software Livre (Free Software) X Código Aberto (Open Source)  7/16 
  • 8.  Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação  Para Filho et al (2005) os princípios do software livre (SL) quanto ao de código                              aberto (CA), fundamentam­se nas premissas básicas que são a de liberdade de                        expressão, acesso à informação e do caráter eminentemente coletivo do                    conhecimento, o software é mais uma forma de representar e organizar o                        conhecimento, sendo assim é um bem comum que deve ser construído e                        disponibilizado democraticamente, e não privatizado, ou seja, sua difusão e uso                      devem ser livres.  Ainda segundo Filho et al (2005) mesmo SL e CA fazerem parte do mesmo                            tema que é a produção e uso de software não proprietário, são categorias distintas.                            Tanto um quanto o outro, são ativos que podem ou não ser monetizados e                            transacionados nos mercados, dependendo da situação. Uma vez que software livre                      não diz respeito à gratuidade, mas sim à liberdade. Liberdade essa que é                          basicamente a de modificar, reproduzir e utilizar livremente, desde que não se                        restrinja o uso e a capacidade de uso por outrem, sendo assim, enquanto a idéia de                                SL está vinculada a questões de garantia e perpetuação das liberdades citadas, as de                            CA estão mais ligadas a questões práticas de produção e negócio, como a agilidade                            no desenvolvimento do software através de comunidades abertas.    Se um desenvolvedor criar um software utilizando trechos de software                    apresentado originariamente com uma licença de código aberto, poderá a seu critério,                        usar qualquer outra licença, inclusive “fechar” o código que é a não outorga dos                            direitos de origem (liberdade de utilização, cópia, modificação e redistribuição).                    Agora, se o trecho for de um software tido originariamente como livre (como a General                              Public License GPL), isso não ocorrerá, pois os direitos originais outorgados aos                        usuários devem supostamente ser propagados para as novas versões e trabalhos                      derivados criados a partir daquele original, impede, em tese, que se “feche” o código                            (FILHO et al, 2005).    Dizemos em tese porque nada impede que o próprio autor resolva, em algum                          momento, colocar seu desenvolvimento em uma outra licença, menos restritiva que                      8/16 
  • 9.  Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação  aquela inicialmente registrada. O direito de autor sempre se sobrepõe, pelo menos no                          plano legal, aos muitos tipos de licenças que hoje são utilizadas em SL/CA. (FILHO et                              al, 2005, pg.4).    Para Campos (2006) o movimento ​Free Software e o movimento ​Open Source                        são como dois campos políticos dentro da comunidade de software livre, que mesmo                          discordando dos princípios básicos, concordam (mais ou menos) nas recomendações                    práticas. Assim, podem de fato, trabalharem juntos em diversos projetos específicos.                      O movimento Software Livre não ver o movimento Open Source como um inimigo e                            sim como parceiro contra o software proprietário.       Tabela 1: Software Livre X Código Aberto   Fonte: Tabela feita com base no material de pesquisa    4.5. O que são as comunidades?  Segundo MIXON(2009) comunidades de software livre são a base ou o que                        define o desenvolvimento de software livre. As comunidades são criadas afim de                        reunir talentos e pessoas dispostas a ajudar na criação e manutenção de projetos                          como é descrito na página do projeto de software livre da comunidade                        Ubuntu­BR(2010), onde cada membro tem como responsabilidade participar e                  9/16 
  • 10.  Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação  contribuir para o caminhar do projeto afim de alcançar o sucesso.   Também é descrito que para o sucesso de uma comunidade, está deve                        conhecer seus objetivos e como cada membro poderá contribuir. Para que a criação e                            organização de uma comunidade pode se utilizar de ferramentas diversas, como:                      grupos de discussão, blogs, wikis, redes sociais e entre outros.   Dentro das comunidades são especificados seus códigos de conduta, as                    formas de contribuir com o projeto, responsáveis e definidos os objetivos a serem                          alcançados que podem definir o fim do projeto.    4.5.1.​ ​Como contribuir para o mundo do Software Livre?    Segundo KIROTAWA(2006), o primeiro passo para a colaboração de um                    projeto é conhecê­lo bem. É importante que haja conhecimento do projeto, em sua                          estrutura, linguagem da qual foi desenvolvida, conhecer a documentação do projeto ou                        que simplesmente, como usuário, saiba o que é necessário para que o software seja                            útil, prático e funcional.   Desta forma, o novo colaborador deve se inscrever nas listas de discussões de                          fóruns do projeto ao qual escolheu, para se apresentar aos demais integrantes, se                          informar dos procedimentos iniciais para a contribuição do projeto e apresentar as                        suas propostas. (OREANA, 2008)  Segue algumas formas, das quais podem ser utilizadas para contribuir com o                        mundo do software livre:   ● Design ­ Contribuir com melhorias no ​layout do software, criando ícones,                      retirando botões inutilizados, deixando­o com a aparência mais adequada,                  amigável e de fácil usabilidade;  ● Traduções ­ Se não possui conhecimento nas áreas de linguagem de                      programação, codificação ou estrutura de softwares, pode­se colaborar com a                    tradução do projeto, permitindo que este seja acessível aos que não possuem                        10/16 
  • 11.  Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação  domínio em outros idiomas ;  ● Relatos de Erros ­ Uma maneira simples e importante para colaboração é                        relatar a presença de erros para que os desenvolvedores tenham                    conhecimento de sua existência e possam assim, eliminá­los.   ● Correções ­ Aqueles que têm o conhecimento na área de codificação e                        linguagem de programção da qual o projeto foi desenvolvido, assim que tomar                        ciência de bugs (erros) no projeto, podem tomar a iniciativa de corrigí­los,                        contribuindo para a otimização do software;  ● Sugestões ­ Usuários finais, que não possuem conhecimento ou domínio em                      nenhuma área de desenvolvimento do software, podem contribuir ainda,                  sugerindo novas ferramentas, novos itens criativos e úteis para a comunidade                      do software.   ● Desenvolvimento (codificação) ­ O conhecimento em estrutura, linguagem de                  programação e técnicas de desenvolvimento em softwares, é uma das                    principais e mais significantes colaborações das comunidades, onde muitos                  desenvolvedores profissionais e anônimos, contribuem para a codificação dos                  softwares livres.   ● Documentação ­ A criação e organização da documentação do software livre,                      assim como o estabelecimento de regras ou alguma limitação, além da licença                        atribuída, é uma das formas de colaboração para o desenvolvimento do projeto;  ● Doações ­ Além de usuários, há empresas que utilizam softwares livres que                        contribuem em doações simbólicas para o sustento do software livre,                    patrocinando o projeto ou ainda doando recursos para o desenvolvimento do                      mesmo;  ● Promoção ­ Promover o projeto também é de papel fundamental para o seu                          sucesso e distribuição. Muitos usuários contribuem divulgando o software em                    encontros e eventos tecnológicos permitindo sua emancipação no mundo da                    tecnologia.  4.5.2. Exemplos de comunidades populares.  11/16 
  • 12.  Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação    O mundo do software livre é sustentado por um conceito de compartilhamento                        de conhecimento e por isso é tão importante o papel das comunidades e de seus                              colaboradores participando dos fóruns e desenvolvimento de novas funções ou                    melhorias.   4.5.2.1 ­ UBUNTU ­ BR    Comunidade brasileira dedicada a troca de conhecimento e novas funções                    voltadas as versões da distribuição Ubuntu. Está comunidade conta com código de                        conduta e um conselho que controla as atividades dentro da comunidade.   4.5.2.2 ­ Projeto GNU    Em texto publicado pela FSFE(Free Software Foundation Europe) o projeto                    GNU foi iniciado por Richard M. Stallman com o intuito de criar um sistema                            operacional baseado nos conceitos de software livre, onde se pudesse compartilhar e                        agregar conhecimento gerando um software de qualidade.  12/16 
  • 13.  Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação  4.5.2.3 ­ LibreOffice ­ The Document Foundation    A The Document Foundation é uma comunidade que mantém o pacote de                        aplicações de escritório, que possui ferramentas de criação e edição de texto, criação                          de planilhas e apresentações. A ferramenta LibreOffice vem se popularizando e já                        vem instalada em muitas distribuições linux como a ultima versão do Ubuntu 13.04 e                            também por ser compatível com outros sistemas e formatos.    4.5.3.​ ​Vantagens da contribuição.    As vantagens que são alcançadas com a contribuição nas comunidades de                      software livre são muitas, já que ali o projeto estará aberto para quem tenha novas                              ideias e conhecimento para implementar novas ferramentas e funções, além de                      promover debates entre os usuários afim de esclarecer dúvidas e a melhoria das                          aplicações.  Outra vantagem que é encontrada são as rápidas soluções encontradas para                      os bugs, já que existem inúmeros colaboradores que trabalham para a melhoria do                          projeto.  13/16 
  • 14.  Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação  5.​    ​Conclusão  O desígnio deste artigo foi apresentar as diversas formas de como os                        colaboradores, através das comunidades, podem contribuir para o desenvolvimento,                  correção e otimização de softwares livres ou abertos, assim como o compartilhamento                        de conhecimento. Esses colaboradores são profissionais ou usuários finais, que                    procuram a oportunidade de aprender mais, através da estrutura, linguagem e                      aspectos técnicos do projeto, além do uso do software em si.   O compartilhamento de conhecimento é o lema para as comunidades                    colaboradoras. A ideologia é seguida juntamente com as diversas vantagens que                      pode­se obter e oferecer à quem procura fazer parte do mundo dos softwares livres.                 14/16 
  • 15.  Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação              6.​   ​ ​Referências Bibliográficas    ALMEIDA, Rubens Queiroz de. ​Por que usar software livre?​ Artigo publicado  originalmente na primeira edição da Revista do Linux. Data de Publicação: 16 de  Janeiro de 2000 Disponíveis em:  <http://www.dicas­.com.br/arquivo/por_que_usar_software_livre.php >. Acesso em: 30  de maio de 2013.  CAMPOS, Augusto. ​O que é software livre​. BR­Linux. Florianópolis, março de 2006.  Disponível em <http://br­linux.org/linux/faq­softwarelivre>. Acesso em: 03 de junho de  2013.  FILHO, Sergio Salles. Stefanuto, Giancarlo Nuti. Lucca, José Eduardo De. Alves ,  Angela Maria. ​O impacto Software Livre e de Código Aberto (SL/CA) nas  Condições de Apropriabilidade na Indústria de Software Brasileira​. Tema:  Propiedad industrial e intelectual; Información en C&T. XI Seminário  Latino­Iberoamwricano de Gestion Tecnológica ALTEC 2005. Dispocnível em: <  http://www.softex.br/portal/softexweb/uploadDocuments/_observatorio/altec_apropriabi lidade_sl.pdf >. Acesso em: 20 de junho de 2013  HEXSEL, Robert A. ​Propostas de ações de Governo para incentivar o uso de  software livre​. Relatório Técnico do Departamento de Informática da UFPR, n.  004/2002, Curitiba, outubro, 2002. Disponível em:  15/16 
  • 16.  Curso de Bacharelado em Sistemas de Informação  <http://www.inf.ufpr.br/info/techrep/RT_DINF004_2002.pdf>. Acesso em: 18 de junho  de 2013.  LUZ, Carlos Candido Farias. ​Projeto de Migração para Software livre em Micro e  Pequenas Empresas. Caso Cor de Rosa Moda Feminina.​ Universidade Federal de  Santa Catarina. Florianópolis­sc. 2007/01. Disponível em:  <http://projetos.inf.ufsc.br/arquivos_projetos/projeto_445/Relatorio%20Final.pdf>.  Acesso em: 15 de junho de 2013.  SILVA, Francisco José da Silva a. ​Software Livre: Conceitos, História e Impactos​.  Grupo de Engenharia de Sistemas e Mobilidade. Laboratório de Sistemas Distribuídos  (LSD). Departamento de Informática / UFMA. Março de 2009. Disponível em: <  www.deinf.ufma.br/~fssilva/palestras/2009/sl.pdf >. Acesso em: 15de junho de 2013.  Portal da OSI. ​Definição do Open Source. ​Disponível em:  <​http://www.opensource.org/docs/definition.php​>. Acessado em 22 de junho de 2013.  Comunidade Ubuntu­BR. Disponível em: <​www.ubuntu­br.org/comunidade​>. Acesso  em 22 de junho de 2013.  MIXON, Jeffrey M. Osier. IMB DeveloperWorks ­​​Comunidades de Software Livre  Bem­sucedidas​. 2009. ​Disponível em:  <​www.ibm.com/developerworks/br/opensource/library/os­community/​>.Acesso em 22  de junho de 2013.  KIROTAWA, Leonidas. Core Code ­ ​Como colaborar em um projeto de Software  Livre​. 2006. Disponível em:   <​http://corecode.wordpress.com/2011/02/26/como­colaborar­em­um­projeto­de­softwa re­livre/​> Acesso em: 25 de junho de 2013.   OREANA, Arthur Cesar. ​TechnoWild ­ ​Colaborando com o Software Livre. ​2008.  Disponível em:  <​http://technowild.blogspot.com.br/2008/04/colaborando­com­o­software­livre.html​>.  16/16