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Super Porto do Açu
Comunicação para Desenvolvimento Sustentável




  ESPM Rio | Pós-Graduação em Comunicação Integrada | Julho de 2010
    Comunicação e Desenvolvimento | Professora Bernadete Almeida
    Grupo: Bruno Moraes, Cristiane Almeida, Fernanda Castelo Branco,
        Fernanda de Lima, Fernanda Vasconcelos, Luciana Zanelli




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Contextualização
O grupo EBX é um holding, fundado por Eike Batista, que desenvolve e administra negócios nos setores
de mineração, energia, logística, petróleo e gás, real estate, fontes renováveis e entretenimento. A LLX é
a empresa de logística que foi criada em 2007 com a missão de prover o Brasil com infra-estrutura e
competências logísticas, principalmente no setor portuário, através de dois terminais portuários
privativos de grande capacidade: Super Porto do Açu (região norte do Estado do Rio de Janeiro) e
o Porto Sudeste (região sudeste do Estado do Rio de Janeiro). O grupo EBX acredita que os projetos da
LLX serão importantes centros diversificados que conectarão o interior do Brasil com as principais vias
de comércio do mundo.
Segundo a empresa, os principais diferenciais dos projetos da LLX são:

    •   Terminais portuários estarem estrategicamente localizados na região sudeste, em uma área de
        influência que representa 66% do PIB;

    •   Terminais portuários terem capacidade para receber modernas embarcações de grande
        capacidade com baixo custo;

    •   Projetos da LLX utilizarem equipamentos de ponta;

    •   Projetos da LLX estarem integrados dentro do grupo EBX visando o desenvolvimento das
        operações;

    •   Equipe possuir grande experiência no Brasil e no exterior e possui parceiros estratégicos como
        a empresa de mineração Anglo American;

    •   Projetos serem executados de maneira sustentável, preservando o meio ambiente.


O pátio principal do Porto do Açu está sendo projetado para contar com uma área superior a 600
hectares. O pátio logístico possibilitará o armazenamento e a movimentação de carga das empresas do
grupo, além da carga de produtos de terceiros, como aço, carvão, granéis sólidos e líquidos e carga
geral. As obras do porto de Açu estão adiantadas, e sua conclusão está prevista para o primeiro
semestre de 2012. Seu ponto forte é a possibilidade da retroárea para crescimento, diferentemente dos
demais concorrentes que não a possuem. No entanto, a princípio, a Agência Nacional de Transportes
Aquaviários, a Antaq, desmembrou a licença para a construção deste porto em duas etapas: a primeira
autorização, concedida à LLX Minas-Rio, passou a englobar apenas as operações com minério de ferro; a
segunda, para a LLX-Açu, ratifica o aval para construir e operar um terminal portuário privativo.




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1. Principais stakeholders e foco do relacionamento

Tendo em vista a necessidade de realizar um desenvolvimento econômico estabelecido em fortes bases
sustentáveis, a LLX deve estreitar laços e manter contato permanente com algumas de suas partes
interessadas, entre elas destacamos a Comunidade de São João da Barra, os empregados as indústrias e
a imprensa.
A primeira a ser citada com certeza é a Comunidade de São João da Barra. A cidade e a região serão
completamente transformadas. Sua estrutura física e organizacional já está mudando e a população
precisará acompanhar, se especializando em novas áreas e se preparando para receber um público
diferente.
A seguir destacamos os empregados, que são sempre muito importantes para qualquer empresa. É o
público que merece muita atenção e comunicação aberta. O público interno é quem constrói a empresa
e será o primeiro porta-voz da mesma. Levará sua opinião para dentro da comunidade que está sendo
transformada e até para imprensa.
As indústrias serão clientes da LLX no Porto Açu e merecem atenção desde já, o relacionamento precisa
ser estreito para que seja sólido. Assim como, já ouvir suas necessidades e preparar o porto para tais.
Por se tratar de um projeto grandioso e polêmico, a Imprensa acompanha de perto todos os passos da
construção e com certeza depois acompanhará o funcionamento. Também através da imprensa, a LLX
poderá se comunicar com todos os demais stakeholders.




2. Temas de interesse e estratégias
Entendemos como pontos mais sensíveis para a empresa os temas relacionados às questões ambientais
como Biodiversidade; Resíduos e mudanças em habitats naturais. Entre as questões sociais destacamos
a discussões sobre geração de emprego, Saúde e Segurança no trabalho. E por fim, sob os aspectos
econômicos os temas ligados aos impostos e subsídios recebidos e governança corporativa.
É fundamental focar a estratégia de sustentabilidade na gestão responsável das questões econômicas,
ambientais e sociais, de maneira integrada. A LLX tem feito bastante sucesso econômico, mas é
fundamental compatibilizar crescimento econômico com atividades que visem ao desenvolvimento
social das regiões dos portos, sem prejuízo do equilíbrio ambiental. A sustentabilidade é condição
indispensável para a perpetuação dos negócios. Caso contrário, a LLX põe em risco sua reputação no
cenário nacional e internacional, e compromete futuros negócios, sem falar da responsabilidade social e
ambiental de toda indústria, que nunca pode ser esquecida.
Quanto ao aspecto ambiental, os temas mais sensíveis são biodiversidade e impactos em áreas
protegidas. A princípio é imprescindível a LLX deter de fato todas as licenças ambientais necessárias,
tanto no Instituto Estadual do Ambiente (Inea), quanto na Agência Nacional de Transportes Aquaviários
(Antaq), por exemplo. Desta forma a empresa se exime do risco de gerar acidentes ambientais e de
mudar o ecossistema da região onde atua. Diante de uma mudança climática sistêmica em todo globo,
provocada pela exploração industrial e pela falta de preocupação com políticas sérias de
sustentabilidade, é iminente a necessidade de a LLX investir e manter programas que reduzam ou
anulem o impacto ambiental, e ajudem a preservar o meio ambiente. Desta maneira, a LLX assegura boa
reputação de empresa responsável e contribui positivamente tendo em vista a responsabilidade de
preservação ambiental para as futuras gerações. Além disso, é necessário estar de acordo com as
políticas ambientais do governo, mantendo as licenças em dia e atualizando o reporte das atividades
através dos relatórios. Ainda mais: é preciso pressionar o governo em relação aos esforços mundiais
para redução dos impactos das mudanças climáticas.
Quanto à questão social, antes de qualquer ação é preciso entender a realidade local: como ela se
organiza, como funciona sua economia, cultura e principais valores e temas de interesse. E esse tipo de
entendimento só se dá através do diálogo entre todas as partes interessadas. A partir disto se cria um

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legado regional sob diferentes aspectos. A empresa deve se preocupar com os aspectos de saúde e
segurança no trabalho, independente de outros focos levantados no estudo de território e sociocultural
para fortalecer a cultura local e conseguir interligar seu negócio a ela, respeitando a comunidade. Além
de programas de capacitação, campanhas de segurança no trabalho, palestras com especialistas, tudo
visando à redução nas taxas de acidentes nos portos. É preciso também investir em mão-de-obra.
Diante de um cenário de crise financeira expressiva, marcado pela forte recessão, o desemprego ainda é
temido pela população devido às suas altas taxas em todo o país. A empresa não pode perder o foco a
essa realidade. Para se fortalecer com a utilização de mão-de-obra treinada e especializada, precisa
investir nas comunidades locais, tanto a partir de programas educacionais, quanto aos programas de
primeiro emprego para os jovens. Desta forma, a empresa desenvolve a região e fortalece seu corpo de
funcionários.
Aliando a necessidade de investir em conjunto, nas áreas social e ambiental, a LLX deve se preocupar em
reduzir o déficit em questões essências que por ventura sejam problemas na região, que é uma das mais
pobres do Estado. Por exemplo, saneamento e habitação. Em apoio às prefeituras, deve desenvolver
projetos executivos de engenharia para apoiar a captação de recursos disponíveis para esses fins nas
esferas federal e estadual dos governos.
Quanto ao aspecto econômico, a LLX tem se mostrado muito próspera. A LLX encerrou o primeiro
trimestre com lucro líquido consolidado de R$ 2,293 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 11,286
milhões apurado no mesmo período de 2009. A fonte de receita operacional da LLX é a venda de brita e
pedras da Pedreira Sepetiba. A LLX é a empresa de maior liquidez do setor portuário. A receita líquida
cresceu 69,6%, para R$ 6,595 milhões. Soma-se isso ao fato de a empresa possuir um impressionante
valor de mercado atingindo a marca de R$ 6,2 bilhões, bem acima da dos concorrentes, mesmo sem ter
ainda iniciado as operações da exportação dos minérios.
Após o Super Porto Açu iniciar suas atividades, a empresa terá todas as facilidades necessárias para o
manuseio de carga, distribuição e processos industriais. Serviços auxiliares como eletricidade, água,
disposição de resíduos e outras facilidades também estarão disponíveis. Além disso, terá toda uma
integração logística, com duplicação de rodovias e conexão com ferrovias.
Diante deste cenário promissor, é preciso garantir a sustentabilidade econômica, focando iniciativas
voltadas à redução de custos e ao aumento da eficiência. A LLX deve manter suas vantagens
competitivas acumuladas, realizando uma gestão consistente de custos de produção competitivos,
solidez financeira e, mais importante, colaboradores qualificados e motivados.
A estratégia deve estar direcionada para antecipar as questões e os riscos. Logo, ações pró-ativas devem
ser realizadas periodicamente e o diálogo deve estar aberto para todos os públicos a todo momento.
Com isso, além de atender a demanda de diálogo contínuo que os públicos exigem, permitem que cada
ação seja repensada e reestruturada de acordo com o feedback recebido.




3. Stakeholders LLX e ações sugeridas


Uma vez identificadas as partes interessadas e aquelas que serão abordadas como prioritárias para a
empresa, pode ser encomendado, primeiramente, um estudo de materialidade para mapear os temas
mais relevantes para cada categoria de stakeholder. Desta forma, a empresa conseguirá concentrar seus
esforços em ações que de fato trazem resultado. Evidentemente, os pontos revelados pelo estudo
precisarão ser cruzados com os princípios da empresa e seus objetivos de negócio, para que sejam
implantados projetos coerentes e que consigam persistir em longo prazo.


Abaixo, quadro geral de stakeholders e ações propostas:




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PÚBLICO             AÇÕES

Todos os públicos   •   Formação de comitês estratégicos (de comunicação, de crise, etc)
e ações
institucionais      •   Apresentação institucional: Preparação de material para apresentar nas
                        audiências públicas, no Portas Abertas e em reuniões. É importante ter
                        uma versão que inclua informações técnicas sobre o projeto
                    •   Produção de um vídeo institucional: Para compor o press kit e ser
                        apresentado no Portas Abertas

                    •   Website perfilado (empresas, acionistas, comunidade, imprensa) -
                        coerente, mas com tratamento diferenciado

                    •   Registro de todas as ações, para documentação interna e para consulta
                        futura, sobretudo em caso de questionamentos ou renovação de licenças,
                        por exemplo
                    •   Bolsas de pesquisa acadêmica (monografias, teses de mestrado, etc):
                        Acadêmicos que se dediquem a determinados temas de interesse da
                        empresa podem receber patrocínio. A empresa precisa ter o
                        entendimento que as conclusões dos trabalhos acadêmicos podem
                        eventualmente expor aspectos desfavoráveis, mas que não se pode
                        interferir na liberdade do pesquisador. Ao contrário, o interessante aqui é
                        demonstrar maturidade e utilizar os estudos como fontes de feedback,
                        que podem indicar caminhos para práticas melhores e inovadoras
                    •   Auditorias externas (ambiental, operacional)

Empregados          •   Programas de treinamento e formação contínua: A boa atuação dos
                        profissionais contribuirá tanto para a produtividade quanto para uma
                        imagem de seriedade e comprometimento da empresa. O bom
                        entendimento das atividades e dos objetivos organizacionais também
                        contribuem para o alinhamento de discurso entre todos os que
                        representam a marca
                    •   Benefícios e programas de carreira: A assistência ao empregado e sua
                        perspectiva de crescimento na empresa ‘fidelizam’ este público e o
                        motiva. Além disso, pode gerar maior oferta de mão de obra e,
                        consequentemente, aumentar a qualidade dos funcionários contratados

                    •   Media training para porta-vozes: É importante que líderes estejam
                        preparados para atender demandas de imprensa e tenham seus discursos
                        alinhados com o posicionamento e as estratégias

                    •   Plano de comunicação interna, com eleição de representantes de cada
                        setor da empresa para colaborar com a elaboração de conteúdo

                    •   Saúde: Programas de medicina ocupacional e de segurança do trabalho.
                        Se a empresa quer ser reconhecida como responsável, essa postura tem
                        que começar internamente

Comunidade de       •   Canal de contato aberto com associações de moradores
São João da Barra
e região norte      •   Visitas e programa Portas Abertas: A empresa já mantém um programa de
                        Portas Abertas. Sugerimos sua manutenção e monitoramento para
                        garantir sua eficiência. Mesmo sendo uma comunicação que tende muito
                        mais a ser unilateral do que dialógica, é uma forma de aproximação
                        importante. Trata-se de uma oportunidade para apresentar a empresa e
                        desfazer eventuais mal-entendidos sobre o projeto que podem ter surgido

                                                                                                      |5|
a partir de boca-a-boca desinformado. A partir daí, com o público munido
                      de informações básicas, o diálogo pode ser mais produtivo. A visita pode
                      ser precedida de uma apresentação introdutória, uma exibição de vídeo
                      institucional. Ao final, pode haver uma sessão de perguntas. Dependendo
                      da duração e do horário, pode ser oferecido um lanche. Uma sessão de
                      perguntas e respostas também deve ser encorajada, pois as pessoas que
                      estão ali passarão adiante as impressões que tiveram, formando opinião.
                      Além disso, as perguntas vindas dos diferentes grupos podem indicar para
                      a empresa o que tem sido dito a respeito do Super Porto

                  •   Programa de valorização da cultura local: Prezar por uma convivência
                      harmoniosa, apesar de todas as interferências que inevitavelmente virão a
                      partir da instalação do porto e do maior afluxo de pessoas
                  •   Convênio com cursos técnicos para qualificar mão de obra e priorizar
                      emprego local: a qualificação da população local contribui para que o
                      município consiga tirar proveito do investimento que está sendo feito lá,
                      gerando desenvolvimento local em vez de simplesmente se deixar tomar
                      por mão de obra “importada”. Podem surgir oportunidades não apenas
                      aqueles que trabalharão no próprio porto, mas para prestadores de
                      serviço que atenderão ao maior fluxo de pessoas. Os empreendedores
                      podem indicar para as instituições de ensino quais serão as demandas de
                      mercado, para que sejam oferecidos os cursos correspondentes, podem
                      criar programas de qualificação e estágios ou mesmo fornecer
                      especialistas para ministrar cursos e palestras.
                  •   Convênio com agenciadores de emprego como o CIEE

Imprensa e        •   Pesquisas de público e de imagem
opinião pública
                  •   Visitas e programa Portas Abertas (acima)

                  •   Assessoria de imprensa: Um empreendimento deste porte certamente
                      tem interesse jornalístico e será notícia mesmo que espontaneamente. A
                      empresa pode assumir uma postura pró-ativa na comunicação em vez de
                      abrir espaço para fontes ‘alternativas’ que se disponham a especular
                      sobre o projeto na falta de um porta-voz oficial.
                  •   Desenvolvimento de press kit com a apresentação de todas as ações feitas
                      para os demais stakeholders

                  •   Patrocínios e projetos ambientais: Devem ser definidos em alinhamento
                      ao posicionamento da marca. De preferência, devem ser relacionados
                      com a expertise e a atividade primária da empresa. Da mesma forma,
                      precisam ser projetos que tenham relevância social (o estudo de
                      materialidade pode ser usado como referência). A política de patrocínios
                      deve ser clara, para que não haja desconfortos ao negar um determinado
                      projeto, nem acusações de favorecimento.

Governo e         •   Agenda de reuniões com autoridades locais
autoridades
locais            •   Parceria com prefeitura para infra-estrutura (crescimento da cidade –
                      asfaltamento e sinalização, fornecimento de água, atendimento público
                      de saúde): Não pode ser entendida como uma questão de benfeitoria. O
                      investimento em infra-estrutura será necessário para a própria
                      viabilização do empreendimento, que vai gerar um aumento no fluxo de
                      pessoas, veículos e mercadorias no local. Considerando a atual dimensão
                      e as condições financeiras do município e contrastando com o
                      crescimento que está sendo projetado, é provável que o impacto seja


                                                                                                  |6|
maior do que o que pode ser absorvido pelo município. Os
                        empreendedores podem, então, criar parcerias para que a adaptação
                        aconteça da forma mais adequada possível

Autoridades         •   Audiências públicas e reuniões prévias: Para a concessão de licenças
ambientais e            ambientais e de operação é obrigatória a realização de audiências
ONGs (Inea,             públicas. A empresa pode antecipar-se à obrigatoriedade e organizar
Ibama, etc)             reuniões prévias com autoridades locais, líderes comunitários, ONGs,
                        entre outros públicos. É importante que todos os eventos sejam
                        registrados em relatórios, para indexação nos processos de licenciamento.
                        Devem ser convidados mediadores e componentes de mesa que sejam de
                        diferentes instâncias (Inea/Ibama, um responsável técnico pelo projeto,
                        etc.) Os representantes da empresa têm que ser treinados, têm que estar
                        com discurso muito bem preparado e manter uma postura equilibrada
                        diante dos inevitáveis questionamentos. A assessoria de comunicação
                        pode preparar um Q&A com perguntas mais prováveis e diretrizes de
                        discurso, para garantir alinhamento
                    •   Coleta sistemática de dados sobre a LLX para elaboração do GRI:
                        Considerando a empresa de grande porte e capital aberto que está
                        implementando o investimento, é provável que ela já tenha incorporado
                        algum modelo de relatório de sustentabilidade (mas não está disponível
                        nos sites da LLX ou de sua holding, EBX). De qualquer forma, é
                        recomendado que já se sistematize a coleta de dados-chave para a
                        elaboração de um relatório deste tipo

Sindicatos          •   Designação de um profissional de relações sindicais, que deve participar
                        de reuniões, trazer feedbacks e representar propostas da empresa
                    •   Cartas oficiais: os altos executivos que respondem pelo empreendimento
                        podem se endereçar a determinados públicos através de cartas. É comum
                        que a comunicação com órgãos oficiais e autoridades incluam
                        correspondência formal, mas também pode ser uma ferramenta usada
                        com sindicatos, associações de moradores, entre outros. Evidentemente,
                        não substituirá o contato pessoal, os encontros e reuniões, mas poderá
                        funcionar quando for necessário um comunicado formal ou a
                        demonstração de um compromisso. A correspondência confere um
                        registro documental e remete a uma postura que traz sensação de
                        segurança e uma afirmação de que o grupo está sendo levado a sério.



Empresas de         •   Lobby por boas práticas das empresas que usarão o porto (petróleo,
petróleo, carvão,       carvão, siderúrgicas e mineradoras), no que diz respeito a segurança do
siderúrgicas e          trabalho, redução de impactos ambientais, entre outros
mineradoras




                                                                                                   |7|
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ANEXO - Super Porto do Açu na Imprensa
Resumo de matérias que serviram de referência para este trabalho


30/11/2009 - LLX aguarda estudo para definir investimento em siderúrgica
Valor Online
A LLX Logística e a Wuhan Iron and Steel (Wisco) esperam concluir os estudos sobre a instalação de uma
siderúrgica no Porto do Açu para definir os produtos que serão fabricados na unidade, assim como o
investimento necessário para erguer a usina.
As duas empresas se comprometeram a iniciar "imediatamente" as medidas preparatórias necessárias
para a construção e operação da usina com o objetivo de conseguir, até 31 de maio do ano que vem, as
aprovações necessárias de uma siderúrgica com capacidade de produzir pelo menos 5 milhões de
toneladas de produtos siderúrgicos. Entre as medidas que serão tomadas está a busca por
financiamentos junto ao Banco de Desenvolvimento da China e ao Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES).


12/11/2009 - Camargo Corrêa planeja abrir fábrica de cimento no porto de Açu
Valor Online
A Camargo Corrêa Cimentos e a LLX Açu firmaram acordo para estudar a viabilidade de implantação de
uma fábrica de cimento no complexo do porto do Açu, no litoral norte do Estado do Rio. O acordo
também englobará a importação de coque de petróleo importado para suprimento das unidades de
produção de cimento da CCC e o embarque de produtos da CCC por meio do porto de Açu. A previsão é
de receita anual na ordem de R$ 30 milhões para a LLX Açu.


17/12/2009 - LLX Logística vale mais que concorrentes
Valor Online
O valor de mercado da LLX Logística, que reúne os projetos portuários do grupo EBX, atingiu em
dezembro de 2009, R$ 6,2 bilhões. É um número impressionante para uma empresa cujos portos só
devem começar a exportar minério de ferro em dois anos. Hoje, a única fonte de receita operacional da
LLX é a venda de brita e pedras da Pedreira Sepetiba.
Os R$ 6,2 bilhões da LLX são cerca de 40% maiores que os US$ 4,4 bilhões em valor de mercado de
outras três empresas do setor portuário somadas: Santos Brasil, Log-In e Wilson, Sons.


01/03/2010 - Eike Batista transfere 28,5% da LLX para a EBX Investimentos
Valor Online
O empresário Eike Batista transferiu 197.234.162 ações ordinárias da LLX Logística, o equivalente a
28,5% do capital da companhia, para a EBX Investimentos Ltda. A transferência ocorreu a título de
integralização de aumento de capital social. Batista detém 99,99% do capital da EBX Investimentos. A
operação integra a reestruturação societária do grupo EBX.


11/05/2010 - LLX tem lucro de R$ 2,293 milhões
Valor Online
A LLX encerrou o primeiro trimestre de 2010 com lucro líquido consolidado de R$ 2,293 milhões,
revertendo o prejuízo de R$ 11,286 milhões apurado no mesmo período de 2009. A receita líquida
cresceu 69,6%, para R$ 6,595 milhões.


                                                                                                   |9|
Os terminais portuários da LLX ainda estão em fase pré-operacional. Parte dos ganhos da companhia
hoje são provenientes da Pedreira Sepetiba, empresa proprietária do terreno onde será construído o
Porto Sudeste.


17/06/2010 - Anglo inicia mais uma etapa da construção de mineroduto que liga MG e RJ
O Globo
A Anglo American, que investe US$ 3,8 bilhões na implantação do Sistema Minas-Rio - que inclui um
mineroduto, mina e unidade de beneficiamento em Conceição do Mato Dentro e Alvorada de Minas-,
também tem 49% de participação do terminal de minério de ferro do Porto do Açu, em parceria com a
LLX.


08/07/2010 - LLX tem licença do porto de Açu desmembrada por agência do governo
Exame
A LLX comunicou que a licença para a construção do porto de Açu foi desmembrada em duas pela
Agência Nacional de Transportes Aquaviáros (ANTAQ). A primeira autorização, concedida à LLX Minas-
Rio, passou a englobar apenas as operações com minério de ferro. A segunda, para a LLX-Açu, ratifica o
aval para construir e operar um terminal portuário privativo. As obras do porto estão adiantadas, com
conclusão prevista para o primeiro semestre de 2012.
No final do ano passado, a LLX recebeu a licença ambiental para a construção do pátio logístico no porto
de Açu, que está sendo construído no Rio de Janeiro. A empresa obteve a licença de instalação do
Instituto Estadual do Ambiente (Inea) do Rio de Janeiro.
Em junho deste ano, a empresa assinou com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES) contratos definitivos de financiamento de longo prazo, no valor total de R$ 1.212 bilhão.


05/07/09 - São João da Barra ‘Pequena Xangai
O Globo
São João da Barra só era conhecido pela propaganda do conhaque de alcatrão. Agora, a população está
eufórica, deslumbrada e, com razão, orgulhosa. Segundo o enviado especial de O Globo José Meirelles
Passos, a cidadezinha começa a dar passos para se transformar numa “Pequena Changai”
Não é para menos, a estimativa é de que US$ 36 bilhões sejam investidos na cidade. Os chineses estão
chegando, atraídos pela construção do Porto de Açu, de um complexo industrial, pela brasileira LLX, do
empresário Eike Batista.
A população já começa a correr para aprender o mandarim. Segundo a reportagem, uma merendeira,
por exemplo, foi um dos primeiros adultos a se inscrever nas 90 vagas oferecidas ao Curso de
Mandarim.“- Vão precisar de gente para recepcionar os chineses, para esclarecê-los sobre a nossa
cidade, o nosso país” – disse Kátia Silene Chagas, há seis anos merendeira de uma escola.
A tendência é de aumento substancial da população, que é de 30 mil e deve atingir uns 250 mil nos
próximos 15 anos.


17/08/09 - Ministério Público Federal pede suspensão das obras do Porto de Açu
Agência Estado/G1
O MP Federal ajuizou ação civil pública pedindo a suspensão das obras do Porto do Açu,
empreendimento de R$ 3 bilhões da LLX, braço de logística do grupo EBX, do empresário Eike Batista.

A alegação é de irregularidades na aprovação e implementação do projeto. São réus na ação, além do
grupo de Eike, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), que autorizou a construção do



                                                                                                    | 10 |
porto, e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), que concedeu licenciamento ambiental. A LLX, a Antaq
e o Inea informaram que só se pronunciarão após serem notificados.


26/08/09 - Porto da discórdia
Carta Capital
Rio de Janeiro / A obra de 6 bilhões de dólares de Eike Batista esbarra em problemas como falta de
licitação e danos ambientais. O MP quer impedi-la.
O empresário Eike Batista passou por alguns percalços recentemente. Alvo da Operação Toque de
Midas, da PF, por causa de indícios de fraude em licitação para a concessão de uma ferrovia no Amapá,
em julho do ano passado, viu as três empresas de seu grupo listadas na Bovespa (MMX, MPX e OGX)
perderem 10 bilhões de reais.
(...) O empresário tem mostrado apetite para se meter em negócios polêmicos. O mais recente é a
criação da “Cidade X”, em São João da Barra.
(...) Todos esses planos audaciosos e polêmico correm o risco de naufragar.
(...) Cerca de 2 mil famílias vivem sob ameaça de desapropriação na área. A maioria sobrevive do plantio
de abóbora, coco, pimentão e aipim. Com faixas e cartazes de protesto, os moradores realizaram uma
manifestação pública na estrada do Cajueiro, no caminho do porto”




                                                                                                     | 11 |

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  • 1. Super Porto do Açu Comunicação para Desenvolvimento Sustentável ESPM Rio | Pós-Graduação em Comunicação Integrada | Julho de 2010 Comunicação e Desenvolvimento | Professora Bernadete Almeida Grupo: Bruno Moraes, Cristiane Almeida, Fernanda Castelo Branco, Fernanda de Lima, Fernanda Vasconcelos, Luciana Zanelli |1|
  • 2. Contextualização O grupo EBX é um holding, fundado por Eike Batista, que desenvolve e administra negócios nos setores de mineração, energia, logística, petróleo e gás, real estate, fontes renováveis e entretenimento. A LLX é a empresa de logística que foi criada em 2007 com a missão de prover o Brasil com infra-estrutura e competências logísticas, principalmente no setor portuário, através de dois terminais portuários privativos de grande capacidade: Super Porto do Açu (região norte do Estado do Rio de Janeiro) e o Porto Sudeste (região sudeste do Estado do Rio de Janeiro). O grupo EBX acredita que os projetos da LLX serão importantes centros diversificados que conectarão o interior do Brasil com as principais vias de comércio do mundo. Segundo a empresa, os principais diferenciais dos projetos da LLX são: • Terminais portuários estarem estrategicamente localizados na região sudeste, em uma área de influência que representa 66% do PIB; • Terminais portuários terem capacidade para receber modernas embarcações de grande capacidade com baixo custo; • Projetos da LLX utilizarem equipamentos de ponta; • Projetos da LLX estarem integrados dentro do grupo EBX visando o desenvolvimento das operações; • Equipe possuir grande experiência no Brasil e no exterior e possui parceiros estratégicos como a empresa de mineração Anglo American; • Projetos serem executados de maneira sustentável, preservando o meio ambiente. O pátio principal do Porto do Açu está sendo projetado para contar com uma área superior a 600 hectares. O pátio logístico possibilitará o armazenamento e a movimentação de carga das empresas do grupo, além da carga de produtos de terceiros, como aço, carvão, granéis sólidos e líquidos e carga geral. As obras do porto de Açu estão adiantadas, e sua conclusão está prevista para o primeiro semestre de 2012. Seu ponto forte é a possibilidade da retroárea para crescimento, diferentemente dos demais concorrentes que não a possuem. No entanto, a princípio, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários, a Antaq, desmembrou a licença para a construção deste porto em duas etapas: a primeira autorização, concedida à LLX Minas-Rio, passou a englobar apenas as operações com minério de ferro; a segunda, para a LLX-Açu, ratifica o aval para construir e operar um terminal portuário privativo. |2|
  • 3. 1. Principais stakeholders e foco do relacionamento Tendo em vista a necessidade de realizar um desenvolvimento econômico estabelecido em fortes bases sustentáveis, a LLX deve estreitar laços e manter contato permanente com algumas de suas partes interessadas, entre elas destacamos a Comunidade de São João da Barra, os empregados as indústrias e a imprensa. A primeira a ser citada com certeza é a Comunidade de São João da Barra. A cidade e a região serão completamente transformadas. Sua estrutura física e organizacional já está mudando e a população precisará acompanhar, se especializando em novas áreas e se preparando para receber um público diferente. A seguir destacamos os empregados, que são sempre muito importantes para qualquer empresa. É o público que merece muita atenção e comunicação aberta. O público interno é quem constrói a empresa e será o primeiro porta-voz da mesma. Levará sua opinião para dentro da comunidade que está sendo transformada e até para imprensa. As indústrias serão clientes da LLX no Porto Açu e merecem atenção desde já, o relacionamento precisa ser estreito para que seja sólido. Assim como, já ouvir suas necessidades e preparar o porto para tais. Por se tratar de um projeto grandioso e polêmico, a Imprensa acompanha de perto todos os passos da construção e com certeza depois acompanhará o funcionamento. Também através da imprensa, a LLX poderá se comunicar com todos os demais stakeholders. 2. Temas de interesse e estratégias Entendemos como pontos mais sensíveis para a empresa os temas relacionados às questões ambientais como Biodiversidade; Resíduos e mudanças em habitats naturais. Entre as questões sociais destacamos a discussões sobre geração de emprego, Saúde e Segurança no trabalho. E por fim, sob os aspectos econômicos os temas ligados aos impostos e subsídios recebidos e governança corporativa. É fundamental focar a estratégia de sustentabilidade na gestão responsável das questões econômicas, ambientais e sociais, de maneira integrada. A LLX tem feito bastante sucesso econômico, mas é fundamental compatibilizar crescimento econômico com atividades que visem ao desenvolvimento social das regiões dos portos, sem prejuízo do equilíbrio ambiental. A sustentabilidade é condição indispensável para a perpetuação dos negócios. Caso contrário, a LLX põe em risco sua reputação no cenário nacional e internacional, e compromete futuros negócios, sem falar da responsabilidade social e ambiental de toda indústria, que nunca pode ser esquecida. Quanto ao aspecto ambiental, os temas mais sensíveis são biodiversidade e impactos em áreas protegidas. A princípio é imprescindível a LLX deter de fato todas as licenças ambientais necessárias, tanto no Instituto Estadual do Ambiente (Inea), quanto na Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), por exemplo. Desta forma a empresa se exime do risco de gerar acidentes ambientais e de mudar o ecossistema da região onde atua. Diante de uma mudança climática sistêmica em todo globo, provocada pela exploração industrial e pela falta de preocupação com políticas sérias de sustentabilidade, é iminente a necessidade de a LLX investir e manter programas que reduzam ou anulem o impacto ambiental, e ajudem a preservar o meio ambiente. Desta maneira, a LLX assegura boa reputação de empresa responsável e contribui positivamente tendo em vista a responsabilidade de preservação ambiental para as futuras gerações. Além disso, é necessário estar de acordo com as políticas ambientais do governo, mantendo as licenças em dia e atualizando o reporte das atividades através dos relatórios. Ainda mais: é preciso pressionar o governo em relação aos esforços mundiais para redução dos impactos das mudanças climáticas. Quanto à questão social, antes de qualquer ação é preciso entender a realidade local: como ela se organiza, como funciona sua economia, cultura e principais valores e temas de interesse. E esse tipo de entendimento só se dá através do diálogo entre todas as partes interessadas. A partir disto se cria um |3|
  • 4. legado regional sob diferentes aspectos. A empresa deve se preocupar com os aspectos de saúde e segurança no trabalho, independente de outros focos levantados no estudo de território e sociocultural para fortalecer a cultura local e conseguir interligar seu negócio a ela, respeitando a comunidade. Além de programas de capacitação, campanhas de segurança no trabalho, palestras com especialistas, tudo visando à redução nas taxas de acidentes nos portos. É preciso também investir em mão-de-obra. Diante de um cenário de crise financeira expressiva, marcado pela forte recessão, o desemprego ainda é temido pela população devido às suas altas taxas em todo o país. A empresa não pode perder o foco a essa realidade. Para se fortalecer com a utilização de mão-de-obra treinada e especializada, precisa investir nas comunidades locais, tanto a partir de programas educacionais, quanto aos programas de primeiro emprego para os jovens. Desta forma, a empresa desenvolve a região e fortalece seu corpo de funcionários. Aliando a necessidade de investir em conjunto, nas áreas social e ambiental, a LLX deve se preocupar em reduzir o déficit em questões essências que por ventura sejam problemas na região, que é uma das mais pobres do Estado. Por exemplo, saneamento e habitação. Em apoio às prefeituras, deve desenvolver projetos executivos de engenharia para apoiar a captação de recursos disponíveis para esses fins nas esferas federal e estadual dos governos. Quanto ao aspecto econômico, a LLX tem se mostrado muito próspera. A LLX encerrou o primeiro trimestre com lucro líquido consolidado de R$ 2,293 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 11,286 milhões apurado no mesmo período de 2009. A fonte de receita operacional da LLX é a venda de brita e pedras da Pedreira Sepetiba. A LLX é a empresa de maior liquidez do setor portuário. A receita líquida cresceu 69,6%, para R$ 6,595 milhões. Soma-se isso ao fato de a empresa possuir um impressionante valor de mercado atingindo a marca de R$ 6,2 bilhões, bem acima da dos concorrentes, mesmo sem ter ainda iniciado as operações da exportação dos minérios. Após o Super Porto Açu iniciar suas atividades, a empresa terá todas as facilidades necessárias para o manuseio de carga, distribuição e processos industriais. Serviços auxiliares como eletricidade, água, disposição de resíduos e outras facilidades também estarão disponíveis. Além disso, terá toda uma integração logística, com duplicação de rodovias e conexão com ferrovias. Diante deste cenário promissor, é preciso garantir a sustentabilidade econômica, focando iniciativas voltadas à redução de custos e ao aumento da eficiência. A LLX deve manter suas vantagens competitivas acumuladas, realizando uma gestão consistente de custos de produção competitivos, solidez financeira e, mais importante, colaboradores qualificados e motivados. A estratégia deve estar direcionada para antecipar as questões e os riscos. Logo, ações pró-ativas devem ser realizadas periodicamente e o diálogo deve estar aberto para todos os públicos a todo momento. Com isso, além de atender a demanda de diálogo contínuo que os públicos exigem, permitem que cada ação seja repensada e reestruturada de acordo com o feedback recebido. 3. Stakeholders LLX e ações sugeridas Uma vez identificadas as partes interessadas e aquelas que serão abordadas como prioritárias para a empresa, pode ser encomendado, primeiramente, um estudo de materialidade para mapear os temas mais relevantes para cada categoria de stakeholder. Desta forma, a empresa conseguirá concentrar seus esforços em ações que de fato trazem resultado. Evidentemente, os pontos revelados pelo estudo precisarão ser cruzados com os princípios da empresa e seus objetivos de negócio, para que sejam implantados projetos coerentes e que consigam persistir em longo prazo. Abaixo, quadro geral de stakeholders e ações propostas: |4|
  • 5. PÚBLICO AÇÕES Todos os públicos • Formação de comitês estratégicos (de comunicação, de crise, etc) e ações institucionais • Apresentação institucional: Preparação de material para apresentar nas audiências públicas, no Portas Abertas e em reuniões. É importante ter uma versão que inclua informações técnicas sobre o projeto • Produção de um vídeo institucional: Para compor o press kit e ser apresentado no Portas Abertas • Website perfilado (empresas, acionistas, comunidade, imprensa) - coerente, mas com tratamento diferenciado • Registro de todas as ações, para documentação interna e para consulta futura, sobretudo em caso de questionamentos ou renovação de licenças, por exemplo • Bolsas de pesquisa acadêmica (monografias, teses de mestrado, etc): Acadêmicos que se dediquem a determinados temas de interesse da empresa podem receber patrocínio. A empresa precisa ter o entendimento que as conclusões dos trabalhos acadêmicos podem eventualmente expor aspectos desfavoráveis, mas que não se pode interferir na liberdade do pesquisador. Ao contrário, o interessante aqui é demonstrar maturidade e utilizar os estudos como fontes de feedback, que podem indicar caminhos para práticas melhores e inovadoras • Auditorias externas (ambiental, operacional) Empregados • Programas de treinamento e formação contínua: A boa atuação dos profissionais contribuirá tanto para a produtividade quanto para uma imagem de seriedade e comprometimento da empresa. O bom entendimento das atividades e dos objetivos organizacionais também contribuem para o alinhamento de discurso entre todos os que representam a marca • Benefícios e programas de carreira: A assistência ao empregado e sua perspectiva de crescimento na empresa ‘fidelizam’ este público e o motiva. Além disso, pode gerar maior oferta de mão de obra e, consequentemente, aumentar a qualidade dos funcionários contratados • Media training para porta-vozes: É importante que líderes estejam preparados para atender demandas de imprensa e tenham seus discursos alinhados com o posicionamento e as estratégias • Plano de comunicação interna, com eleição de representantes de cada setor da empresa para colaborar com a elaboração de conteúdo • Saúde: Programas de medicina ocupacional e de segurança do trabalho. Se a empresa quer ser reconhecida como responsável, essa postura tem que começar internamente Comunidade de • Canal de contato aberto com associações de moradores São João da Barra e região norte • Visitas e programa Portas Abertas: A empresa já mantém um programa de Portas Abertas. Sugerimos sua manutenção e monitoramento para garantir sua eficiência. Mesmo sendo uma comunicação que tende muito mais a ser unilateral do que dialógica, é uma forma de aproximação importante. Trata-se de uma oportunidade para apresentar a empresa e desfazer eventuais mal-entendidos sobre o projeto que podem ter surgido |5|
  • 6. a partir de boca-a-boca desinformado. A partir daí, com o público munido de informações básicas, o diálogo pode ser mais produtivo. A visita pode ser precedida de uma apresentação introdutória, uma exibição de vídeo institucional. Ao final, pode haver uma sessão de perguntas. Dependendo da duração e do horário, pode ser oferecido um lanche. Uma sessão de perguntas e respostas também deve ser encorajada, pois as pessoas que estão ali passarão adiante as impressões que tiveram, formando opinião. Além disso, as perguntas vindas dos diferentes grupos podem indicar para a empresa o que tem sido dito a respeito do Super Porto • Programa de valorização da cultura local: Prezar por uma convivência harmoniosa, apesar de todas as interferências que inevitavelmente virão a partir da instalação do porto e do maior afluxo de pessoas • Convênio com cursos técnicos para qualificar mão de obra e priorizar emprego local: a qualificação da população local contribui para que o município consiga tirar proveito do investimento que está sendo feito lá, gerando desenvolvimento local em vez de simplesmente se deixar tomar por mão de obra “importada”. Podem surgir oportunidades não apenas aqueles que trabalharão no próprio porto, mas para prestadores de serviço que atenderão ao maior fluxo de pessoas. Os empreendedores podem indicar para as instituições de ensino quais serão as demandas de mercado, para que sejam oferecidos os cursos correspondentes, podem criar programas de qualificação e estágios ou mesmo fornecer especialistas para ministrar cursos e palestras. • Convênio com agenciadores de emprego como o CIEE Imprensa e • Pesquisas de público e de imagem opinião pública • Visitas e programa Portas Abertas (acima) • Assessoria de imprensa: Um empreendimento deste porte certamente tem interesse jornalístico e será notícia mesmo que espontaneamente. A empresa pode assumir uma postura pró-ativa na comunicação em vez de abrir espaço para fontes ‘alternativas’ que se disponham a especular sobre o projeto na falta de um porta-voz oficial. • Desenvolvimento de press kit com a apresentação de todas as ações feitas para os demais stakeholders • Patrocínios e projetos ambientais: Devem ser definidos em alinhamento ao posicionamento da marca. De preferência, devem ser relacionados com a expertise e a atividade primária da empresa. Da mesma forma, precisam ser projetos que tenham relevância social (o estudo de materialidade pode ser usado como referência). A política de patrocínios deve ser clara, para que não haja desconfortos ao negar um determinado projeto, nem acusações de favorecimento. Governo e • Agenda de reuniões com autoridades locais autoridades locais • Parceria com prefeitura para infra-estrutura (crescimento da cidade – asfaltamento e sinalização, fornecimento de água, atendimento público de saúde): Não pode ser entendida como uma questão de benfeitoria. O investimento em infra-estrutura será necessário para a própria viabilização do empreendimento, que vai gerar um aumento no fluxo de pessoas, veículos e mercadorias no local. Considerando a atual dimensão e as condições financeiras do município e contrastando com o crescimento que está sendo projetado, é provável que o impacto seja |6|
  • 7. maior do que o que pode ser absorvido pelo município. Os empreendedores podem, então, criar parcerias para que a adaptação aconteça da forma mais adequada possível Autoridades • Audiências públicas e reuniões prévias: Para a concessão de licenças ambientais e ambientais e de operação é obrigatória a realização de audiências ONGs (Inea, públicas. A empresa pode antecipar-se à obrigatoriedade e organizar Ibama, etc) reuniões prévias com autoridades locais, líderes comunitários, ONGs, entre outros públicos. É importante que todos os eventos sejam registrados em relatórios, para indexação nos processos de licenciamento. Devem ser convidados mediadores e componentes de mesa que sejam de diferentes instâncias (Inea/Ibama, um responsável técnico pelo projeto, etc.) Os representantes da empresa têm que ser treinados, têm que estar com discurso muito bem preparado e manter uma postura equilibrada diante dos inevitáveis questionamentos. A assessoria de comunicação pode preparar um Q&A com perguntas mais prováveis e diretrizes de discurso, para garantir alinhamento • Coleta sistemática de dados sobre a LLX para elaboração do GRI: Considerando a empresa de grande porte e capital aberto que está implementando o investimento, é provável que ela já tenha incorporado algum modelo de relatório de sustentabilidade (mas não está disponível nos sites da LLX ou de sua holding, EBX). De qualquer forma, é recomendado que já se sistematize a coleta de dados-chave para a elaboração de um relatório deste tipo Sindicatos • Designação de um profissional de relações sindicais, que deve participar de reuniões, trazer feedbacks e representar propostas da empresa • Cartas oficiais: os altos executivos que respondem pelo empreendimento podem se endereçar a determinados públicos através de cartas. É comum que a comunicação com órgãos oficiais e autoridades incluam correspondência formal, mas também pode ser uma ferramenta usada com sindicatos, associações de moradores, entre outros. Evidentemente, não substituirá o contato pessoal, os encontros e reuniões, mas poderá funcionar quando for necessário um comunicado formal ou a demonstração de um compromisso. A correspondência confere um registro documental e remete a uma postura que traz sensação de segurança e uma afirmação de que o grupo está sendo levado a sério. Empresas de • Lobby por boas práticas das empresas que usarão o porto (petróleo, petróleo, carvão, carvão, siderúrgicas e mineradoras), no que diz respeito a segurança do siderúrgicas e trabalho, redução de impactos ambientais, entre outros mineradoras |7|
  • 8. |8|
  • 9. ANEXO - Super Porto do Açu na Imprensa Resumo de matérias que serviram de referência para este trabalho 30/11/2009 - LLX aguarda estudo para definir investimento em siderúrgica Valor Online A LLX Logística e a Wuhan Iron and Steel (Wisco) esperam concluir os estudos sobre a instalação de uma siderúrgica no Porto do Açu para definir os produtos que serão fabricados na unidade, assim como o investimento necessário para erguer a usina. As duas empresas se comprometeram a iniciar "imediatamente" as medidas preparatórias necessárias para a construção e operação da usina com o objetivo de conseguir, até 31 de maio do ano que vem, as aprovações necessárias de uma siderúrgica com capacidade de produzir pelo menos 5 milhões de toneladas de produtos siderúrgicos. Entre as medidas que serão tomadas está a busca por financiamentos junto ao Banco de Desenvolvimento da China e ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). 12/11/2009 - Camargo Corrêa planeja abrir fábrica de cimento no porto de Açu Valor Online A Camargo Corrêa Cimentos e a LLX Açu firmaram acordo para estudar a viabilidade de implantação de uma fábrica de cimento no complexo do porto do Açu, no litoral norte do Estado do Rio. O acordo também englobará a importação de coque de petróleo importado para suprimento das unidades de produção de cimento da CCC e o embarque de produtos da CCC por meio do porto de Açu. A previsão é de receita anual na ordem de R$ 30 milhões para a LLX Açu. 17/12/2009 - LLX Logística vale mais que concorrentes Valor Online O valor de mercado da LLX Logística, que reúne os projetos portuários do grupo EBX, atingiu em dezembro de 2009, R$ 6,2 bilhões. É um número impressionante para uma empresa cujos portos só devem começar a exportar minério de ferro em dois anos. Hoje, a única fonte de receita operacional da LLX é a venda de brita e pedras da Pedreira Sepetiba. Os R$ 6,2 bilhões da LLX são cerca de 40% maiores que os US$ 4,4 bilhões em valor de mercado de outras três empresas do setor portuário somadas: Santos Brasil, Log-In e Wilson, Sons. 01/03/2010 - Eike Batista transfere 28,5% da LLX para a EBX Investimentos Valor Online O empresário Eike Batista transferiu 197.234.162 ações ordinárias da LLX Logística, o equivalente a 28,5% do capital da companhia, para a EBX Investimentos Ltda. A transferência ocorreu a título de integralização de aumento de capital social. Batista detém 99,99% do capital da EBX Investimentos. A operação integra a reestruturação societária do grupo EBX. 11/05/2010 - LLX tem lucro de R$ 2,293 milhões Valor Online A LLX encerrou o primeiro trimestre de 2010 com lucro líquido consolidado de R$ 2,293 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 11,286 milhões apurado no mesmo período de 2009. A receita líquida cresceu 69,6%, para R$ 6,595 milhões. |9|
  • 10. Os terminais portuários da LLX ainda estão em fase pré-operacional. Parte dos ganhos da companhia hoje são provenientes da Pedreira Sepetiba, empresa proprietária do terreno onde será construído o Porto Sudeste. 17/06/2010 - Anglo inicia mais uma etapa da construção de mineroduto que liga MG e RJ O Globo A Anglo American, que investe US$ 3,8 bilhões na implantação do Sistema Minas-Rio - que inclui um mineroduto, mina e unidade de beneficiamento em Conceição do Mato Dentro e Alvorada de Minas-, também tem 49% de participação do terminal de minério de ferro do Porto do Açu, em parceria com a LLX. 08/07/2010 - LLX tem licença do porto de Açu desmembrada por agência do governo Exame A LLX comunicou que a licença para a construção do porto de Açu foi desmembrada em duas pela Agência Nacional de Transportes Aquaviáros (ANTAQ). A primeira autorização, concedida à LLX Minas- Rio, passou a englobar apenas as operações com minério de ferro. A segunda, para a LLX-Açu, ratifica o aval para construir e operar um terminal portuário privativo. As obras do porto estão adiantadas, com conclusão prevista para o primeiro semestre de 2012. No final do ano passado, a LLX recebeu a licença ambiental para a construção do pátio logístico no porto de Açu, que está sendo construído no Rio de Janeiro. A empresa obteve a licença de instalação do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) do Rio de Janeiro. Em junho deste ano, a empresa assinou com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) contratos definitivos de financiamento de longo prazo, no valor total de R$ 1.212 bilhão. 05/07/09 - São João da Barra ‘Pequena Xangai O Globo São João da Barra só era conhecido pela propaganda do conhaque de alcatrão. Agora, a população está eufórica, deslumbrada e, com razão, orgulhosa. Segundo o enviado especial de O Globo José Meirelles Passos, a cidadezinha começa a dar passos para se transformar numa “Pequena Changai” Não é para menos, a estimativa é de que US$ 36 bilhões sejam investidos na cidade. Os chineses estão chegando, atraídos pela construção do Porto de Açu, de um complexo industrial, pela brasileira LLX, do empresário Eike Batista. A população já começa a correr para aprender o mandarim. Segundo a reportagem, uma merendeira, por exemplo, foi um dos primeiros adultos a se inscrever nas 90 vagas oferecidas ao Curso de Mandarim.“- Vão precisar de gente para recepcionar os chineses, para esclarecê-los sobre a nossa cidade, o nosso país” – disse Kátia Silene Chagas, há seis anos merendeira de uma escola. A tendência é de aumento substancial da população, que é de 30 mil e deve atingir uns 250 mil nos próximos 15 anos. 17/08/09 - Ministério Público Federal pede suspensão das obras do Porto de Açu Agência Estado/G1 O MP Federal ajuizou ação civil pública pedindo a suspensão das obras do Porto do Açu, empreendimento de R$ 3 bilhões da LLX, braço de logística do grupo EBX, do empresário Eike Batista. A alegação é de irregularidades na aprovação e implementação do projeto. São réus na ação, além do grupo de Eike, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), que autorizou a construção do | 10 |
  • 11. porto, e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), que concedeu licenciamento ambiental. A LLX, a Antaq e o Inea informaram que só se pronunciarão após serem notificados. 26/08/09 - Porto da discórdia Carta Capital Rio de Janeiro / A obra de 6 bilhões de dólares de Eike Batista esbarra em problemas como falta de licitação e danos ambientais. O MP quer impedi-la. O empresário Eike Batista passou por alguns percalços recentemente. Alvo da Operação Toque de Midas, da PF, por causa de indícios de fraude em licitação para a concessão de uma ferrovia no Amapá, em julho do ano passado, viu as três empresas de seu grupo listadas na Bovespa (MMX, MPX e OGX) perderem 10 bilhões de reais. (...) O empresário tem mostrado apetite para se meter em negócios polêmicos. O mais recente é a criação da “Cidade X”, em São João da Barra. (...) Todos esses planos audaciosos e polêmico correm o risco de naufragar. (...) Cerca de 2 mil famílias vivem sob ameaça de desapropriação na área. A maioria sobrevive do plantio de abóbora, coco, pimentão e aipim. Com faixas e cartazes de protesto, os moradores realizaram uma manifestação pública na estrada do Cajueiro, no caminho do porto” | 11 |