Este documento apresenta informações sobre um seminário sobre mediunidade e obsessão realizado pelos grupos fraternais Eurípedes Barsanulfo e Luz de Eurípedes. O seminário abordou temas como o papel dos médiuns nas comunicações espíritas, a influência moral do médium, a obsessão e a identidade dos espíritos. O objetivo foi fornecer esclarecimentos sobre essas questões com base no Livro dos Médiuns e em outras obras espíritas.
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1. GRUPO FRATERNAL EURÍPEDES BARSANULFO
GRUPO FRATERNAL LUZ DE EURÍPEDES
SEMINÁRIO
MEDIUNIDADE E OBSESSÃO – JUNHO/2021
Visando à harmonia do nosso ambiente virtual, que certamente está sustentado pelo
Nosso Mestre Jesus e por toda a Espiritualidade, que sempre nos assistem, temos alguns
combinados:
- Mantenha seu microfone fechado durante as exposições.
- Enquanto o expositor fala, é bom ver você. Porém, se o áudio começar a falhar, feche
sua câmera, também.
- Priorize o chat para fazer questionamentos. Todas as perguntas serão elencadas e
respondidas ao final das exposições.
- Se estiver assistindo pelo celular, mantenha-o na posição horizontal. Isso facilita a
visualização.
3. Toda pessoa que sente, em um grau qualquer, a influência dos
Espíritos, por isso mesmo, é médium.
Esta faculdade é inerente ao homem, e por consequência, não
é privilégio exclusivo.
“ (...) Este dom de Deus não é concedido ao médium para seu
deleite e, ainda menos, para satisfação de suas ambições, mas
para o fim da sua melhora espiritual e para dar a conhecer aos
homens a verdade.” ALLAN KARDEC, O Livro dos Médiuns, cap. XVII,
item 220.
Os objetivos deste seminário de hoje é transmitir
esclarecimentos sobre as bases espíritas da Mediunidade e
Obsessão, ao mesmo tempo, orientar como realizar
intercâmbio mediúnico harmônico e produtivo com espíritos
desencarnados.
OBJETIVOS:
INTRODUÇÃO:
4. Este Seminário que vamos iniciar hoje, tem dupla
finalidade:
A primeira é conduzir à reflexão de que, pelo esforço de
melhoria moral ou de desenvolvimento de virtudes, é
possível prevenir, neutralizar obsessões.
A segunda é destacar a importância do conhecimento
doutrinário espírita a fim de que a pessoa aprenda não só
lidar com influências espirituais inferiores, mas que
também saiba como estabelecer relações fraternas e
sérias com os bons Espíritos e com os demais habitantes
do plano espiritual.
FINALIDADE:
5. MEDIUNIDADE E OBSESSÃO
Neste primeiro encontro vamos falar sobre o tema Mediunidade e
obsessão.
Nossa apresentação esta assim distribuída, com base no Livro dos
médiuns e bibliografia complementar do livro Seara dos médiuns:
Capítulo XIX – Do papel dos médiuns nas comunicações espíritas
Apresentadoras: Loe e Simone
Capítulo XX – Influência moral do médium
Apresentadoras: Maria Inez e Sônia
Capítulo XXIII – Da obsessão
Apresentadores: Danilo e Marilu
Capítulo XXIV: Identidade dos espíritos
Apresentadoras: Sueli, Lívia e Maria Cristina
6. BIBLIOGRAFIA
1) KARDEC, Allan. Livro dos Médiuns. Cap.19, 20,
23, 24. FEB.
2) XAVIER, Francisco Cândido. Seara dos
Médiuns. Pelo Espírito Emmanuel. FEB.
It. Obsessão e Jesus; Eles também; Obsessores;
Mediunidade e alienação mental; Irmãos
problemas; Espíritos perturbados; Livre-arbítrio
e obsessão; Obsessão e o evangelho; Obsessão
e cura; Médiuns transviados.
7. O LIVRO DOS MÉDIUNS
CAPÍTULO XIX
DO PAPEL DOS MÉDIUNS NAS
COMUNICAÇÕES ESPÍRITAS
LOE E SIMONE
JUNHO/2021
8. Qual é o verdadeiro papel do médium
nas comunicações espíritas?
9. No capítulo VIII, de
“O LIVRO DOS ESPÍRITOS”
Kardec trata os fenômenos de
Emancipação da alma.
10. Como distinguir o que é de
origem mediúnica ou
anímica na prática
mediúnica?
13. ANIMISMO designa uma categoria de
fenômenos produzidos pela alma –
espírito encarnado.
14. O médium funciona como um intérprete do
pensamento do Espírito, imprimindo
naturalmente às comunicações que
intermedia características peculiares à sua
personalidade.
(pode ser, dessa forma,
até um mau intérprete)
15. “Os Espíritos só têm a linguagem do
pensamento; não dispõem da linguagem
articulada, pelo que só há para eles uma
língua. Assim sendo, poderia um Espírito
exprimir-se, por via mediúnica, numa
língua que jamais falou quando vivo? E,
nesse caso, de onde tira as palavras de
que se serve?”
Capítulo XIX – Item 223 (15ª)
16. A interferência do médium nas
comunicações dos Espíritos pode ser
considerada benéfica e até necessária,
em casos de manifestação de Espíritos
muito perturbados ou perseguidores.
17. “Não parece que esta explicação confirma
a opinião dos que entendem que todas as
comunicações provêm do Espírito do
médium, e não de Espírito
estranho?”
Capítulo XIX – Item 223 (2ª/A)
18. “Acabaste tu mesmo de responder à pergunta
que formulaste, dizendo que os Espíritos só têm
uma língua, que é a do pensamento. Essa língua
todos a compreendem, tanto os homens como os
Espíritos. O Espírito errante, quando se dirige ao
Espírito encarnado do médium, não lhe fala
francês, nem inglês, porém a língua universal,
que é a do pensamento. Para exprimir suas ideias
numa língua articulada, transmissível, toma as
palavras ao vocabulário do médium.”
19. “Os que assim pensam só erram em dar
caráter absoluto à opinião que sustentam,
porquanto é fora de dúvida que o Espírito
do médium pode agir por si mesmo. Isso,
porém, não é razão para que outros não
atuem igualmente, por seu intermédio.”
20. A prática mediúnica exige
cuidados, requisitando da equipe
conhecimento e espírito de
fraternidade, a fim de auxiliar os
médiuns.
21. Até que se lhe eduque a
faculdade, o médium deve “... ser
tratado com a mesma atenção
que ministramos aos sofredores
que se comunicam.”
Fonte: XAVIER, F.C. Nos domínios da Mediunidade.
Cap. 22
22. O LIVRO DOS MÉDIUNS
CAPÍTULO XX
INFLUÊNCIA MORAL DO MÉDIUM
MARIA INEZ E SÔNIA
JUNHO/2021
23. 1. O desenvolvimento da mediunidade
guarda relação com o desenvolvimento
moral dos médiuns?
“A faculdade propriamente dita reside no
organismo; independe do moral. O mesmo,
porém, não se dá com o seu uso, que pode
ser bom ou mau, de acordo com as
qualidades do médium.”
24. 2. Sempre se tem dito que a mediunidade é um
dom de Deus, uma graça, um favor. Por que,
então, não constitui privilégio dos homens de bem
e por que se veem pessoas indignas que a
possuem no mais alto grau e a empregam no mal
sentido?
“Todas as faculdades são favores pelos quais a
criatura deve render graças a Deus. Se há pessoas
indignas que a possuem, é que precisam dela
mais do que as outras para se melhorarem.
25. 3. Os médiuns que fazem mau uso das suas
faculdades, que não se servem delas para o bem, ou
que não as aproveitam para se instruírem, sofrerão as
consequências dessa falta?
“Se as utilizam mal, serão punidos duplamente,
porque têm um meio a mais de se esclarecerem e não
o aproveitam. Aquele que vê claro e tropeça é mais
censurável do que o cego que cai na valeta”.
26. 4. Há médiuns que recebem comunicações
espontâneas, quase frequentemente, sobre um mesmo
assunto, tratando de certas questões morais, por
exemplo, relativas a determinados defeitos. Terá isso
alguma finalidade?
Não há médium que empregue mal a sua faculdade,
por ambição ou por interesse, ou que a comprometa
por causa de um defeito capital, como o orgulho, o
egoísmo, a leviandade, etc., e que, de tempos em
tempos, não receba alguma advertência dos
Espíritos.
27. 5. Quando recebe lições no sentido geral, sem
aplicação pessoal, o médium não estará agindo como
instrumento passivo, visando à instrução dos outros?
“Muitas vezes, os avisos e conselhos não lhe são
dirigidos pessoalmente, mas a outras pessoas que só
podemos alcançar por intermédio dele. O médium,
porém, deve tomar a parte que lhe caiba...”
28. 6. Visto que as qualidades morais do médium afastam
os espíritos imperfeitos, como é que um médium
dotado de boas qualidades transmite respostas falsas
ou grosseiras?
“ Conheces, por acaso, todos os segredos da alma
humana? Além disso, a criatura pode ser leviana e
frívola, sem que seja viciosa, necessitando, às vezes,
de uma lição, a fim de se manter vigilante.”
29. 7. Por que os Espíritos superiores permitem que
pessoas dotadas de grande poder como médiuns,
e que poderiam fazer o bem, sejam instrumentos
do erro?
“Os Espíritos procuram influenciá-las, mas,
quando essas pessoas deixam se arrastar por
maus caminhos, eles não as impedem. É por
isso que delas se servem com repugnância,
porque a verdade não pode ser interpretada
pela mentira.”
30. 8. É absolutamente impossível que se obtenham boas
comunicações por médium imperfeito?
“Um médium imperfeito pode algumas vezes obter
boas coisas, porque, se dispõe de uma bela faculdade,
não é raro que os Espíritos bons se sirvam dele, na
falta de outro, em circunstâncias especiais. Mas só
fazem esporadicamente, pois darão preferência ao
outro que melhor lhe convenha”.
31. 9. Qual o médium que se poderia qualificar de
perfeito?
Perfeito? Ah! bem sabeis que a perfeição não
existe na terra; se fosse assim não estaríeis nela.
Dizei portanto, bom médium, e já é muito pois eles
são raros...
32. 10. Se o médium perfeito só simpatiza com os
Espíritos bons, como permitem estes que ele seja
enganado?
“... para lhes exercitar a ponderação e para lhes
ensinar a discernir o verdadeiro do falso”. “...por
melhor que seja, um médium jamais é tão perfeito que
não possa ser atacado por algum lado fraco...”
“O médium que receba as coisas mais notáveis não
tem que se gloriar com isso”...
33. 11. Quais as condições necessárias para que a palavra
dos Espíritos superiores nos chegue isenta de qualquer
alteração?
“Querer o bem; repelir o egoísmo e o orgulho. Ambas
essas coisas são necessárias.”
34. 12. Se a palavra dos Espíritos superiores só nos
chega pura em condições tão difíceis de serem
encontradas, esse fato não constitui um obstáculo à
propagação da verdade?
“... a luz sempre chega ao que a deseja recebê-la.
Todo aquele que queira esclarecer-se deve fugir às
trevas...”
35. As qualidades que atraem de preferência os
Espíritos bons são: a bondade, a benevolência, a
simplicidade de coração, o amor ao próximo, o
desprendimento das coisas materiais.
36. Todas as imperfeições morais são portas abertas
aos Espíritos maus, mas a que eles exploram com
mais habilidade é o orgulho, porque é essa a que
menos a gente se confessa a si mesmo.
37. O orgulho se manifesta, nos médiuns, por sinais
inequívocos, para os quais é necessário chamar a
atenção, porque é ele um dos elementos que mais
devem despertar a desconfiança sobre a veracidade
das suas comunicações.
38. Ao lado desse quadro,
vejamos o do médium
verdadeiramente bom, em
que se pode confiar.
39. Jamais ele deve esquecer-se de que a simpatia
que conseguir entre os Espíritos bons estará na
razão dos esforços para afastar os maus. Convicto
de que a sua faculdade é um dom que lhe foi
concedido, para o bem, não se prevalecerá dela
de maneira alguma, nem se atribuirá qualquer
mérito por possuí-la.
40. De maneira geral, pode-se afirmar que os Espíritos
similares se atraem, e que raramente os Espíritos
das plêiades elevadas se comunicam por mal
condutores, quando podem dispor de bons aparelhos
mediúnicos, de bons médiuns, numa palavra.
41. “O Espiritismo já está hoje bastante divulgado entre
os homens, e já moralizou suficientemente os adeptos
sinceros da sua doutrina, para que os Espíritos não
se vejam mais obrigados a utilizar maus
instrumentos, médiuns imperfeitos.
42. Se agora, portanto, um médium, seja qual for, por
sua conduta ou seus costumes, por seu orgulho, por
sua falta de amor e de caridade, der um motivo
legítimo de suspeição, rejeitai, rejeitai as suas
comunicações, porque há uma serpente oculta na
relva. Eis a minha conclusão sobre a influência
moral dos médiuns.”
ERASTO.
43. DA OBSESSÃO
(CAP.XXIII, Livro dos Médiuns)
TEMAS A SEREM ABORDADOS:
OBSESSÃO SIMPLES
FASCINAÇÃO
SUBJUGAÇÃO
CAUSAS DA OBSESSÃO
MEIOS DE COMBATÊ-LA
44. O que é obsessão?
No número das dificuldades que a prática do
Espiritismo apresenta é necessário colocar a
da obsessão em primeira linha. Trata-se do
domínio que alguns Espíritos podem adquirir
sobre certas pessoas. São sempre os Espíritos
inferiores que procuram dominar, pois os
bons não exercem nenhum constrangimento.
45. Obsessão Simples
Na obsessão simples, o médium sabe
perfeitamente que está lidando com um
Espírito mistificador, que não se disfarça e
nem mesmo dissimula de maneira alguma as
suas más intenções e o seu desejo de contrariar.
46. Fascinação
Trata-se de uma ilusão criada
diretamente pelo Espírito no pensamento do
médium e que paralisa de certa maneira a sua
capacidade de julgar as comunicações.
Com efeito, graças a essa ilusão que lhe é consequente, o
Espírito dirige a sua vítima como se faz a um cego, podendo
levá-lo a aceitar as doutrinas mais absurdas e as teorias
mais falsas, como sendo as únicas expressões da verdade.
47. Qual a diferença entre a Obsessão Simples e
a Fascinação?
Na primeira, o Espírito que se apega ao médium é
apenas um importuno pela sua insistência, do qual
ele procura livrar-se.
Na segunda, é muito diferente, pois para
chegar a tais fins o Espírito deve ser esperto,
ardiloso e profundamente hipócrita. Porque
ele só pode enganar e se impor usando
máscara e uma falsa aparência de virtude.
48. Subjugação
A subjugação é um envolvimento que produz a
paralisação da vontade da vítima, fazendo-a agir
malgrado seu.
Esta se encontra, numa palavra, sob um verdadeiro jugo.
A subjugação pode ser moral ou corpórea.
No primeiro caso, o subjugado é levado a tomar
decisões frequentemente absurdas e comprometedoras
que, por uma espécie de ilusão considera sensatas: é
uma espécie de Fascinação. No segundo caso, o Espírito
age sobre os órgãos materiais, provocando movimentos
involuntários.
49. Reconhece-se a obsessão pelas
seguintes características:
1. Insistência de um Espírito em comunicar-se queira ou
não o médium, pela escrita, pela audição, pela tiptologia
etc., opondo-se a que outros Espíritos o façam.
2. Ilusão que, não obstante a inteligência do médium, o
impede de reconhecer a falsidade e o ridículo das
comunicações recebidas.
3. Crença na infalibilidade e na identidade absoluta dos
Espíritos que se comunicam e que, sob nomes
respeitáveis e venerados, dizem falsidades ou
absurdos.
50. Continuação...
4. Aceitação pelo médium dos elogios que lhe fazem os
Espíritos que se comunicam por seu intermédio.
5. Disposição para se afastar das pessoas que podem
esclarecê-lo.
6. Levar a mal a crítica das comunicações que recebe.
7. Necessidade incessante e inoportuna de escrever.
8. Qualquer forma de constrangimento físico,
dominando-lhe à vontade e forçando-o a agir ou falar
sem querer.
51. 245. Os motivos da
obsessão variam segundo
o caráter do Espírito.
Às vezes é a prática de uma
vingança contra pessoa
que magoou na sua vida
ou numa existência
anterior.
Frequentemente é apenas o
desejo de fazer o mal, pois
como sofre, deseja fazer
os outros sofrerem,
sentido uma espécie de
prazer em atormentá-los e
humilhá-los.
52. A impaciência das vítimas
também influi, porque ele vê
atingido o seu objetivo,
enquanto a paciência acaba
por cansá-lo.
Ao se irritar, mostrando-
se zangado, a vítima faz
precisamente o que ele
quer.
Esses Espíritos agem às vezes
pelo ódio que lhes desperta
a inveja do bem, e é por isso
que lançam a sua maldade
sobre criaturas honestas.
53. Causas da Obsessão
Do mesmo modo que
as doenças resultam das imperfeições físicas, que
tornam o corpo acessível às influências
perniciosas exteriores, a obsessão é sempre o
resultado de uma imperfeição moral, que dá
acesso a um Espírito mau.
O Evangelho segundo o Espiritismo; XXVIII
54. Imperfeições Morais
- São comportamentos contrários à Lei de Deus.
- O interesse pessoal, o apego às coisas materiais.
- O egoísmo, o orgulho, a sensualidade são paixões
que nos aproximam da natureza animal, prendendo-
nos à matéria.
55. Meios de combatê-la
- Reforma Moral
- Conhecimento Mediúnico
- Assistência espiritual na Casa espírita e no Lar
- Prece
- Passe e água fluidificada
- Evangelho no Lar
- Serviço ao semelhante
56. Identidade dos espíritos
(CAP.XXIV, Livro dos Médiuns)
TEMAS A SEREM ABORDADOS:
Provas possíveis de identidades
Distinção de bons e maus espíritos
57. Provas possíveis de identidade
A questão da identidade dos Espíritos é uma das mais
controvertidas, mesmo entre os adeptos do Espiritismo. Porque os
Espíritos de fato não trazem nenhum documento de identificação e
sabe-se com que facilidade alguns deles usam nomes emprestados.
Esta é, portanto, depois da obsessão, uma das maiores dificuldades
da prática espírita.
58. Provas possíveis de identidade
A identidade é muito mais fácil de constatar quando se trata de
Espíritos contemporâneos, cujos hábitos e caráter são conhecidos.
Porque são precisamente esses hábitos, de que ainda não tiveram
tempo de se livrar totalmente, que nos permitem reconhecê-los. E
digamos logo que são eles um dos sinais mais certos de identidade.
59. Provas possíveis de identidade
Pode-se também colocar entre as provas de
identidade a semelhança de caligrafia. Mas nem todos
os médiuns podem obter esse resultado e mesmo
assim não representa uma garantia suficiente.
Há falsários no mundo dos Espíritos, como no nosso. Da
mesma forma que pode-se imitar a caligrafia, também
poderia ser imitada a linguagem utilizada por um
espírito.
60. Distinção dos Bons e dos Maus espíritos
Muitos médiuns reconhecem os Espíritos
bons e maus pela sensação agradável ou
penosa que experimentam.
Quando o Espírito é feliz, seu estado é
tranquilo, calmo; quando é infeliz, é agitado,
febril e essa agitação se transmite ao
sistema nervoso do médium. Aliás, é assim.
com o homem na Terra: nos sentimos bem
na presença dos bons e incomodados com
os maus.
61. Distinção dos Bons e dos Maus espíritos
Podemos resumir os meios de reconhecer a
qualidade dos Espíritos nos princípios abaixo:
Não há outro critério para se discernir o valor
dos Espíritos senão o bom senso.
Julgamos os Espíritos pela sua linguagem e
sentimentos que eles inspiram;
A linguagem dos Espíritos superiores é
sempre digna, elevada, nobre, sem qualquer
mistura de trivialidade.
62. Distinção dos Bons e dos Maus
espíritos
Afabilidade e bondade são atributos
essenciais dos Bons Espíritos e só dizem o
que sabem, calando-se ou confessando a
sua ignorância sobre o que não sabem.
Os Espíritos superiores se exprimem com
moderação de maneira simples.
Seu estilo é sempre conciso.
63. Distinção dos Bons e dos Maus espíritos
Os Espíritos bons jamais dão ordens: não querem
impor-se, apenas aconselham e se não forem
ouvidos se retiram.
Os Espíritos bons não fazem lisonjas. Aprovam o bem,
mas sempre de maneira prudente. Os maus
exageram nos elogios, excitam o orgulho e a
vaidade, embora falem de humildade, e procuram
exaltar a importância pessoal daqueles que desejam
conquistar.
64. Distinção dos Bons e dos Maus espíritos
Os Espíritos bons são também reconhecíveis pela sua
prudente reserva no tocante às coisas que possam
comprometer-nos.
Os Bons Espíritos dão bons conselhos para harmonia
dos grupos, como mentores.
Os Espíritos levianos ou malfazejos sopram a discórdia
por meio de pérfidas insinuações com a intenção de
desequilibrar os médiuns e seus grupos de trabalhos.
65. Distinção dos Bons e do Maus espíritos
Estudando-se com atenção o caráter dos Espíritos que
se manifestam, sobretudo sob o aspecto moral,
reconhece-se a sua condição e o grau de confiança
que devem merecer. O bom senso não se enganará.
Para julgar os Espíritos, como para julgar os homens,
é necessário antes saber julgar-se a si mesmo. Há
infelizmente gente que toma a sua própria opinião
por medida exclusiva do bem e do mal, do
verdadeiro e do falso.
66. Eis o conselho dado por São Luís a respeito:
“”Por mais legítima confiança que vos inspirem os
Espíritos dirigentes de vossos trabalhos, há uma
recomendação que nunca seria demais repetir e que
deveis ter sempre em mente aos vos entregar aos
estudos:
(...) a de pensar e analisar, submetendo ao mais
rigoroso controle da razão todas as comunicações que
receberdes; a de não negligenciar, desde que algo vos
pareça suspeito, duvidoso ou obscuro, de pedir as
explicações necessárias para formar a vossa opinião”.
67. Conclusões
1º) Não há outro critério para se discernir o valor
dos Espíritos senão o bom senso. Qualquer fórmula
dada pelos próprios Espíritos, com esse fim, é
absurda e não
pode provir de Espíritos superiores.
2º) Julgamos os Espíritos pela sua linguagem e as
suas ações. As ações dos Espíritos são os
sentimentos que eles inspiram e os conselhos que
dão.
68. Conclusões
3º) Admitido que os Espíritos bons só podem dizer e
fazer o bem, tudo o que é mau não pode provir de um
Espírito bom.
4º) A linguagem dos Espíritos superiores é sempre
digna, elevada, nobre, sem qualquer mistura de
trivialidade. Eles dizem tudo com simplicidade e
modéstia, nunca se vangloriam, não fazem jamais
exibição do seu saber nem de sua posição entre os
demais.
69. Obsessores visíveis e invisíveis são nossas
próprias obras, espinheiros plantados por
nossas mãos. Endereça-lhes, assim, a boa
palavra ou o bom pensamento, sempre que
preciso, mas não lhes negues paciência e
trabalho, amor e sacrifício, porque só a força
do exemplo nobre levanta e reedifica,
ante o Sol do futuro.
Seara dos médiuns lição 23 – obsessores