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Seminário do 16º COLE – Congresso de Leitura do Brasil
UNICAMP
Tema: “Estimulando todos os sentidos de 0 a 6 anos”
Profª Adriana Ap. Noronha Schiavo
Profª Cristiane M. Escamilhas Ribó
Campinas/ 2007
2
Adriana Aparecida Noronha Schiavo – CEMEI “Maria Ap. Vilela Gomes Júlio”.
Cristiane Mario Escamilhas Ribó – CEMEI “Lions Club”
“ESTIMULANDO TODOS OS SENTIDOS DE 0 a 6 ANOS”
Ensinar e educar configura atender todas as crianças, independentemente de
suas necessidades educativas, culturais e sociais, é estimular todos os seus
sentidos, principalmente, de zero a seis anos, desenvolvendo atividades e
avaliações de acordo com sua história de vida, seu ritmo e seu desenvolvimento.
A criança é um ser ativo, que merece respeito no seu tempo de crescimento e
desenvolvimento, seu corpo é sua referência e ele evolui com a estimulação e a
exploração dos espaços internos e externos presentes em seu cotidiano. As
atividades diárias, as brincadeiras, as falas e as experiências vivenciadas também
são momentos que proporcionam a construção espontânea do aprendizado.
Desde seu nascimento, a criança observa a reação das pessoas que estão
envolvidas em seu cotidiano e, quanto mais ela participa de experiências afetivas,
físicas, perceptivas e sociais maior será o enriquecimento e também o
desenvolvimento da sua inteligência. “É por meio dos primeiros cuidados que a
criança percebe seu próprio corpo como separado do outro, organiza suas emoções
e amplia seus conhecimentos sobre o mundo”. (REFERENCIAL CURRICULAR
NACIONAL PARA EDUCAÇÃO INFANTIL, 1998, p.15).
Os estímulos, nos primeiros anos do desenvolvimento infantil, são decisivos e
fundamentais para a formação de sua personalidade, pois há na sua vida adulta e
profissional uma grande influência cultural, social, econômica e psicológica. Também
sabemos da importância deste trabalho, para fortalecer e desenvolver as outras
fases do crescimento, e até proporcionar uma vida adulta com qualidade, equilíbrio e
de forma produtiva.
Para compreender o crescimento, o desenvolvimento e a importância dos
estímulos na infância, primeiramente, vamos entender as funções cerebrais, as
quais se dividem em dois hemisférios: o esquerdo, que está voltado à área da lógica,
do raciocínio, do cognitivo e da fala, e o direito, que atende a área do lúdico, da
imaginação, da criatividade e das sensações e emoções.
O cérebro infantil já traz os neurônios de toda vida, permanece “aberto”,
pronto para se desenvolver e serem preenchidos com estímulos, mas existem a
época e o momento específicos, para assimilar determinadas informações. Estas
fases do aprendizado são conhecidas como janelas de oportunidades, que
chamamos de “janelas abertas”, que são chances de desenvolvimento na vida e nas
atividades da criança.
“Foi só na década passada que os neurocientistas
descobriram que a muito de extraordinário no que se passa no
cérebro do bebê quando ele recebe um estímulo tão simples quanto
um carinho da mãe. Como resposta ao gesto, em segundos, milhares
de neurônios se conectam. Essas conexões, as sinapses, podem
durar para sempre ou desaparecer. Se muitas forem criadas e
3
fortalecidas no início da vida, a criança terá mais chance de ser um
adulto saudável, com bom desempenho na escola, no trabalho e na
vida afetiva”. (FOLHA [Sinapse] – 27/01/04, p. 8).
O amadurecimento do cérebro ocorre com o desenvolvimento de cada janela
de oportunidade, devendo-se ter em mente que cada fase do crescimento da criança
apresenta suas características.
A quantidade de estímulos deve respeitar o crescimento, o desenvolvimento,
a capacidade, o interesse e as possibilidades da criança, usando como indicador
sua faixa etária.
Hoje, diante dos movimentos sociais e com a criação do Estatuto da Criança
e do Adolescente – ECA, a escola é um local onde se pratica a cidadania e a criança
adquire sua própria identidade, passando a pensar, agir, dar opinião, a construir o
conhecimento e transformar a sociedade, tornando-se um cidadão consciente e
respeitado, adquirindo direitos semelhantes aos de um adulto.
“Cada idade tem, em si mesma, a identidade própria, que
exige uma educação própria, uma realização própria, enquanto idade
e não enquanto preparo para outra idade. Cada fase da idade tem
sua identidade própria, suas finalidades próprias, tem que ser vivida
na totalidade dela mesma e não submetida a futuras vivências que
muitas vezes não chegam.” (ARROYO, 1994, p. 17-21)
Na fase de zero a seis anos de vida da criança, ela passa por diversas
mudanças pontuais e importantes que estabelecem um direcionamento em sua
personalidade, suas características estruturais, quanto às percepções do mundo e
das pessoas do seu cotidiano, e seu desenvolvimento harmonioso. Assim sendo, é
importante um ambiente estimulador, onde a criança tenha oportunidades e
possibilidades de ver, ouvir, sentir, explorar e desenvolver suas necessidades e
habilidades, conhecer seus limites, e, desta maneira, formar sua personalidade.
Ao nascer, a criança inicia sua interação com o ambiente familiar e com seu
entorno, o que terá continuidade ao longo de sua vida. O desenvolvimento das
interações é mediado sempre por um terceiro, em decorrência da imaturidade da
criança que se mantém dependente, por um longo período; pelo estímulo, pela
referência e pelo vínculo afetivo, onde todos os que participam sofrem mudanças e
têm oportunidade para se desenvolverem.
Todos os estímulos, NÃO são desenvolvidos separadamente; é um trabalho
integrado que necessita da interação: adulto/criança, criança/criança e
criança/objeto, e com o seu meio ambiente, explorando, experimentando e
ampliando os sentidos, as sensações, os sentimentos e seu agir. Os estímulos
provocam infinitas ações no cérebro e no desenvolvimento infantil. De Fontaine diz:
“O homem não é exclusivamente um ser motor ou vir a ser o homem não é
exclusivamente um ser psíquico ou um querer fazer. O homem é psicomotor, isto é,
sincronização do ter, do ser, do querer, do poder, ser e fazer.” (FONTAINE, 1980
apud BUENO, 1997, p. 84 e 85).
Para compreender melhor cada estímulo, estes serão apresentados
separadamente:
4
ESTÍMULOS AFETIVOS
Esses estímulos estão relacionados com o emocional da criança, sua
interação, seus sentimentos, desejos e ansiedades. Quando trabalhados, a criança
tem maior facilidade na socialização com outras pessoas, ganhando maior
segurança na hora de expressar seus sentimentos e medos. Além disso, passa a
compreender melhor os outros e o ambiente ao seu redor e, pouco a pouco, vai
construindo sua bagagem de valores e tendo mais autonomia sobre seu corpo e
atitudes.
ESTÍMULOS FÍSICOS
Esses estímulos envolvem a capacidade de movimentos, coordenação
motora, lateralidade e o psicomotor, pois eles provocam ações como: o
conhecimento do próprio corpo, seu desenvolvimento, seu ritmo, exercitando-o a
fazer e facilitam sua relação no grupo.
As atividades motoras vivenciadas pelas crianças, em suas brincadeiras,
estimulam a criatividade, expressão da personalidade, devendo estar presentes no
dia a dia e são representadas por toda e qualquer atividade corporal realizada em
casa, na escola e nas brincadeiras.
ESTÍMULOS COGNITIVOS
Esses estímulos envolvem a aprendizagem, a atenção, a memória, a
criatividade, a curiosidade, a linguagem, os pensamentos, a observação, a leitura, o
raciocínio, entre outros fatores, os quais provocam ações como: o pensar, o
exercitar a inteligência, a reflexão, o senso crítico, o enriquecer as informações,
“representar” situações vivenciadas, ter novas idéias e recriá-las.
ESTÍMULOS SENSORIAIS
Esses estímulos envolvem o auditivo, visual, olfativo, tátil e gustativo. Eles
provocam ações que desenvolvem as sensações, as sensibilidades internas e
externas da criança.
O trabalho integrado de todos esses estímulos e sua interação com o meio
social tem como objetivo proporcionar os instrumentos necessários à criança para a
formação da sua personalidade e a construção do conhecimento, que acabarão
refletindo em sua adulta e profissional.
Os primeiros anos da infância são primordiais para que a criança esteja em
um ambiente estimulador, prazeroso e lúdico, com oportunidades para desenvolver
seus sentidos e habilidades. Quanto mais ela participa das experiências físicas,
afetivas e sociais, maiores serão o enriquecimento e desenvolvimento de sua
inteligência.
A criança quando estimulada se torna mais ativa, dinâmica, criativa,
emocionalmente equilibrada e saudável, e passa a realizar melhor as atividades
propostas, a encontrar soluções e a apresentar uma boa socialização.
5
Desta forma, nossa proposta pedagógica também está voltada para a criança
conhecer seu “eu”, o outro e ela na própria classe e escola, e assim, fortalecer o
vínculo emocional, afetivo e a interação entre elas e os adultos que estão em seu
entorno, estimulando-as em todos os sentidos através da rotina e das diversas
atividades.
Nossa prática pedagógica não tem preocupação somente com o ler e o escrever
amanhã, mas com o ensinar e educar todos os nossos sentidos, o que nos
proporciona condições de compartilhar algumas sugestões que achamos essenciais
à criança e realizamos, diariamente; em sala de aula. Celéstin Freinet nos ensina
que:
“Cultivaremos antes de tudo esse desejo inato da criança de se
comunicar com outras crianças, de fazer conhecer ao redor de si
seus pensamentos, seus sentimentos, seus sonhos e suas
esperanças. Assim, aprender a ler, a escrever, a se familiarizar com
o essencial daquilo que chamamos de cultura será para ela função
tão natural quanto a de aprender a andar”. (SANTOS, 2005)
As sugestões e/ou idéias para a criança devem seguir uma rotina, atender as
necessidades, serem interessantes e adequadas e/ou readaptadas a sua faixa
etária. Assim sendo, citamos algumas atividades:
● O acolhimento na chegada à sala de aula, é imprescindível, para trazer
segurança à criança. Não obstante, é interessante fazer uma mesma atividade todos
os dias, neste momento, criando um hábito e um clima de ambiente que lhe
permitam tomar consciência de que existem, a partir de suas próprias sensações,
percepções e experiências cotidianas, a construção do conhecimento de si mesma e
das aprendizagens. “A rotina pode orientar as ações das crianças, assim como dos
professores, possibilitando a antecipação das situações que irão acontecer.”
(REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA EDUCAÇÃO INFANTIL, 1998,
p.73);
● O lúdico é uma forma de aprender, que se encontra relacionada a brinquedos,
jogos ou brincadeiras, em que a criança mostra o seu jeito de ser, aprende regras,
desenvolve seu social, sua inteligência, sua coordenação, sua autoconfiança, seu
emocional e o prazer e satisfação da realização. Os objetos podem ser
diversificados e em quantidade suficiente para chamar e manter a atenção,
estimulando habilidades e dificuldades. Estes objetos podem ser: fantasias, bolas,
bichinhos, corda, bacias com e sem água, motoquinhas, chocalhos comprados ou
feitos com garrafas descartáveis, com objetos diferentes dentro, fantoches, revistas
– jornais – livros, brinquedos de encaixe, com peças grandes, pega-pega, cobrinha
com corda no chão, quebra-cabeça, jogos de memória, esconde-esconde de
objetos, pessoas ou de cobrir a cabeça com fralda, maquiagem, piquenique,
carrinhos – bonecas – panelinhas, imitações, caretas no espelho e outras. De zero a
seis anos, o brincar é essencial, pois é a fase em que a criança se entrega ao prazer
de manipular e experimentar. “Brincar significa aprender, se desenvolver, é uma
forma de relacionarmos com o mundo” (DELIBERADOR apud PETIT e LOPES,
2003, p.74);
6
● Objetos para olhar, tocar/sentir, escutar, cheirar e provar (sensação gustativa):
“(...) não se passa do mundo concreto para a representação mental senão por
intermédio da ação corporal. A criança transforma em símbolos aquilo que pode
explorar corporalmente: o que ela vê, cheira, pega, chuta aquilo de que corre e
assim por diante.” (FREIRE, 1978);
● Passeios, parquinho e areia, para explorar, experimentar, visualizar e sentir o
momento diferente entre casa e sala de aula;
● Brincar com a voz: imitar ruídos, sons de animais, sons de carro, sons com a
boca e língua, entre outros;
● Ler e/ou contar histórias, cantar uma música utilizando diversos recursos: sons,
ritmo, dramatização, gestos, objetos...;
● Solicitação à criança para ajudar a guardar ou arrumar objetos junto com
adulto, fazendo deste momento algo constante e natural, pois, a partir do momento
em que adquirir este hábito, ela aprende que o cuidar e o conservar favorecem a
autonomia, as regras e transforma o ato em algo prazeroso, como o de brincar;
● O diálogo deve ser proporcionado em qualquer idade, pois isto influência no
saber escutar, falar, reconhecer afetivamente todos do grupo e facilita, também, o
desenvolvimento da criança e seu relacionamento com outras pessoas. Uma
atividade na escola que favorece esta situação é a “Hora da Roda”, visto que esta
permite que todos tomem consciência do grupo e do seu meio ambiente; esta pode
ser realizada desde o berçário, com as crianças sentadas e os bebês no colo ou
com apoio. Este é um momento em que a criança observa, imita, reage, fala e se
manifesta de diferentes formas e, de acordo com seu desenvolvimento. Além disso,
é nesta hora que podemos dar bom dia/boa tarde, um abraço, um aperto de mão,
cantar, contar história, conversar sobre a rotina, elaborar juntas as regras etc.;
● Oferecer diversos materiais para incentivar, conhecer e explorar o novo e
diferente, ampliar a forma de expressão e conhecimentos, isto é, desenvolver o
interesse, a curiosidade e a percepção de que pode agir provocar mudanças e
produzir algo para ser visto: papéis, pincéis, tintas, lápis, giz de cera, massinha, cola,
argila etc., tornando sua vivência mais rica. “Querer participar do desenvolvimento
da criança é refletir o espaço que ela ocupa para adquirir o conhecimento e observar
constantemente a produção dessa criança.” (KISHIMOTO, 2001 apud SILVA, 2004,
p.7);
● Reforçar as conquistas, e elogiar, para que a criança continue fazendo e cada
vez melhor, e compartilhar os limites e regras, para saber respeitar a si mesmo, ao
outro e ao seu meio ambiente.
A criança aprende, descobre e inventa, através da ação. Cabe ao adulto
desafiar, encorajar, solicitar, provocar conflitos cognitivos para que ela busque suas
hipóteses e experiências. Ademais, deve-se proporcionar a socialização para que a
criança construa seu pensamento, passando do referencial e dos interesses
individuais para o social.
Pensando dessa forma, observamos constantemente as produções das
crianças, suas evoluções e nos atemos com posturas que são importantes e que
provocam ações educativas:
7
a) Respeitar as diferenças, pois são elas que permitem enriquecer nosso trabalho
pedagógico com diferentes formas e momentos de aprendizagem; que facultam à
criança aprender a respeitar-se, o que nos mostra a necessidade de respeitar o
outro como ele é e que todos têm suas habilidades e qualidades; valorizar o que é
bom em cada um e tratar as dificuldades como superáveis;
b) Aceitar os “erros” como momentos para se aprender algo, como instrumentos
para construção de novos conhecimentos, para saber trabalhar a criatividade,
adaptação e a solução das dificuldades ou problemas;
c) Valorizar situações de questionamento e de reflexão para termos novos caminhos
de aprendizagem;
d) Olhar a criança como um todo, nas diferentes situações; observar sempre o que
ela aprendeu, como, o que precisa aprender para melhorar; ter um olhar diferente
para cada um;
e) Valorizar os conhecimentos, as idéias e as novas informações que cada criança
tem, respeitando sua história de vida, sua cultura, seu meio social, favorecendo a
atenção, a concentração e o interesse dela;
f) Nós somos como espelhos. Refletimos as vivências, as emoções, as percepções
e as representações das crianças. Segundo a concepção de Célestin Freinet: “A
criança é da mesma natureza do adulto. Ela é como uma árvore que ainda não
terminou o crescimento, mas que se alimenta, cresce, e se defende como uma
árvore adulta.” (FREINET apud SANTOS, 2005), pois ela é um ser afetivo,
inteligente e social como adulto;
g) “Educamos pelo que somos e pelo que fazemos.” (Site: Portal da família)
Conhecer as teorias e técnicas é necessário, mas não suficiente, pois somos
mediadores do conhecimento e lidamos com seres humanos. As teorias e técnicas
são as possibilidades e oportunidades que nós educadores temos para compartilhar
e trabalhar coletivamente os conhecimentos e pensamentos, e transformar de forma
recíproca;
h) Os melhores jogos de estimulação são as nossas ações, atitudes e idéias;
i) Estar sempre atento que estimular não é só valorizar o LER e o ESCREVER. É
passar pela motricidade, pelas diferentes linguagens, pelas percepções, pelo social
e pelo afetivo, os quais desenvolvem a fantasia, a criatividade, as formas de se
expressar e, naturalmente, a escrita e a leitura, para formar uma criança com
iniciativa, com criticidade e que saiba argumentar, e não meramente uma criança
que só sabe reproduzir.
Não precisamos mudar a prática pedagógica, mas ressignificar os nossos
sentidos, pois educador e educando sempre estão ensinando e aprendendo. A
aprendizagem é um processo sem fim, em que se enriquecem os conhecimentos e
as informações, que levam as diferentes e diversas modificações de
comportamento, que envolvem a inteligência, o corpo, a criatividade, o desejo e o
emocional do ser humano.
A Educação Infantil não pode apenas priorizar os cuidados básicos da saúde,
alimentação, higiene e sono, nem ser um substituto da família, mas ampliar todos
8
estes itens, porque a criança é rica em conhecimento, cultura, criatividade e está em
constante desenvolvimento.
Para nós educadores, ensinar sempre é um desafio no qual nos
comprometemos com uma prática pedagógica centrada nos estímulos e no vínculo
afetivo com a criança, tornando os momentos das atividades prazerosos e
significativos.
A princípio, damos ênfase à importância do estímulo à criança de zero a seis
anos, o que não nos permite desprezar sua história de vida, suas individualidades,
suas dificuldades, nenhum estímulo, nenhuma fase que a criança tenha passado e
passará, devendo ser respeitada e valorizada quanto ao seu crescimento e
desenvolvimento que envolve o genético, o hereditário, o físico e os processos de
aprendizagem vivenciados.
A oportunidade de a criança ser estimulada tem uma fase específica ou
momento no seu desenvolvimento e ela é essencial de zero a seis anos, enquanto
seu cérebro ainda está cheio de janelas abertas, prontas para os conhecimentos e
informações. A falta dos estímulos ou estímulos inadequados, nesta fase, pode
trazer prejuízos e perda de experiências e oportunidades.
O trabalho integrado dos estímulos afetivos, físicos, cognitivos e sensoriais, e
a interação de todos com o meio social é o que dá os instrumentos necessários à
criança para a formação da sua personalidade e para a construção do
conhecimento; quando estimulada, a criança é mais ativa; dinâmica; realiza melhor
as atividades propostas; é mais segura; tem uma boa socialização; é autônoma e
tem personalidade.
Não podemos esquecer de que a essência está na forma pela qual o estímulo
é oferecido. Este deve vir sempre acompanhado com o brincar, com o carinho, afeto
e a cumplicidade. Não precisamos de recursos sofisticados para desenvolver a
criança como um todo, mas devemos investir no desenvolvimento da inteligência,
que a tornará, amanhã, uma pessoa confiante, segura e feliz.
9
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. MEC/SEF. Referencial curricular nacional para a educação infantil
(RCNEI). Brasília, 1998. 1 v.
______ Referencial curricular nacional para a educação infantil (RCNEI).
Brasília, 1998. 2 v.
BRASIL. Mec/sef. Referencial curricular nacional para a educação infantil
(RCNEI). Brasília, 1998. 1 v.
FOLHA DE SÃO PAULO [Sinapse] – 27/01/04, p. 8.
KUHLMANN, Moysés. Infância e Educação Infantil - uma abordagem histórica.
Porto Alegre: Mediação, 1998.
SÀNCHEZ, Pilar Arnaiz; MARTÍNEZ, Marta Rabadán; PEÑALVER, Iolanda Vives. A
psicomotricidade na educação infantil: uma prática preventiva e educativa.
Porto Alegre: Artmed, 2003.
SPENCE, J. C.; LEE, R. E.. Toward a comprehensive model of physical activity.
Psychology Of Sport And Exercise, v. 4, p.7-24, 2003.
WALLON, Henri. As origens do caráter na criança. São Paulo: Difel, 1971.
WEISS, Luise. Brinquedos & engenhocas: atividades lúdicas com sucatas. São
Paulo: Scipione, 1997.
BUENO, J. M.. Psicomotricidade: teoria e prática. São Paulo: Lovise, 1998.
SILVA, Daniel Vieira da. Educação psicomotora. Curitiba:IESDE, 2004.
KORCZAAK, Junusz. Como amar uma criança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986.
KISHIMOTO, Tizuko M.. O jogo e a educação infantil. São Paulo: Pioneira, 1991.
FREIRE, Paulo. A pedagogia do oprimido. Rio de Janeio: Paz e Terra, 1978.
LEUX, I.. O brincar e a atividade criadora. São Paulo: Martins Fontes, 1980.
ARROYO, Miguel F.. O significado da infância. Criança, Brasília, n. 28, p.17-21,
1995.
SOUZA, Márcia Helena de; MARTINS, Maria Aurora M. (Org.). Psicologia do
desenvolvimento. Curitiba: IESDE, 2003.
10
MIGUEL, Ana Silva B.. Cuidar e Educar: um novo olhar para a educação infantil.
Bebedouro: FAFIBE, 2005.
UM MOMENTO de estimular Disponível em:
<www.portaldafamília.org/artigos/artigo161a.shtml>. Acesso em: 5 nov. 2006.
REGRAS de ouro para uma boa estimulação Disponível em:
<www.potaldafamília.org/artigos/artigo161a.shtml>. Acesso em: 5 nov. 2006.
CAMPOS de desenvolvimento Disponível em:
<www.potaldafamília.org/artigos/artigo161a.shtml>. Acesso em: 5 nov. 2006.
LEÃO, Izabel. Escola é para brincar. Disponível em:
<www.usp.br/espaçoaberto/arquivo/2001/espaço05fev/editoriais/capa.htm>. Acesso
em: 11 dez. 2006.
JANELAS de Oportunidades de Aprendizado Disponível em:
<www.educatica.net/curiosidades/curiosidades02.php>. Acesso em: 6 nov. 2006.
SANTOS, Maria Lúcia Dos. A vida na sala de aula Freinetiana. Disponível em:
<www.abdeppfreinet.com.br>. Acesso em: 11 dez. 2006.

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Estimulando todos os sentidos de 0 a 6 anos

  • 1. 1 Seminário do 16º COLE – Congresso de Leitura do Brasil UNICAMP Tema: “Estimulando todos os sentidos de 0 a 6 anos” Profª Adriana Ap. Noronha Schiavo Profª Cristiane M. Escamilhas Ribó Campinas/ 2007
  • 2. 2 Adriana Aparecida Noronha Schiavo – CEMEI “Maria Ap. Vilela Gomes Júlio”. Cristiane Mario Escamilhas Ribó – CEMEI “Lions Club” “ESTIMULANDO TODOS OS SENTIDOS DE 0 a 6 ANOS” Ensinar e educar configura atender todas as crianças, independentemente de suas necessidades educativas, culturais e sociais, é estimular todos os seus sentidos, principalmente, de zero a seis anos, desenvolvendo atividades e avaliações de acordo com sua história de vida, seu ritmo e seu desenvolvimento. A criança é um ser ativo, que merece respeito no seu tempo de crescimento e desenvolvimento, seu corpo é sua referência e ele evolui com a estimulação e a exploração dos espaços internos e externos presentes em seu cotidiano. As atividades diárias, as brincadeiras, as falas e as experiências vivenciadas também são momentos que proporcionam a construção espontânea do aprendizado. Desde seu nascimento, a criança observa a reação das pessoas que estão envolvidas em seu cotidiano e, quanto mais ela participa de experiências afetivas, físicas, perceptivas e sociais maior será o enriquecimento e também o desenvolvimento da sua inteligência. “É por meio dos primeiros cuidados que a criança percebe seu próprio corpo como separado do outro, organiza suas emoções e amplia seus conhecimentos sobre o mundo”. (REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA EDUCAÇÃO INFANTIL, 1998, p.15). Os estímulos, nos primeiros anos do desenvolvimento infantil, são decisivos e fundamentais para a formação de sua personalidade, pois há na sua vida adulta e profissional uma grande influência cultural, social, econômica e psicológica. Também sabemos da importância deste trabalho, para fortalecer e desenvolver as outras fases do crescimento, e até proporcionar uma vida adulta com qualidade, equilíbrio e de forma produtiva. Para compreender o crescimento, o desenvolvimento e a importância dos estímulos na infância, primeiramente, vamos entender as funções cerebrais, as quais se dividem em dois hemisférios: o esquerdo, que está voltado à área da lógica, do raciocínio, do cognitivo e da fala, e o direito, que atende a área do lúdico, da imaginação, da criatividade e das sensações e emoções. O cérebro infantil já traz os neurônios de toda vida, permanece “aberto”, pronto para se desenvolver e serem preenchidos com estímulos, mas existem a época e o momento específicos, para assimilar determinadas informações. Estas fases do aprendizado são conhecidas como janelas de oportunidades, que chamamos de “janelas abertas”, que são chances de desenvolvimento na vida e nas atividades da criança. “Foi só na década passada que os neurocientistas descobriram que a muito de extraordinário no que se passa no cérebro do bebê quando ele recebe um estímulo tão simples quanto um carinho da mãe. Como resposta ao gesto, em segundos, milhares de neurônios se conectam. Essas conexões, as sinapses, podem durar para sempre ou desaparecer. Se muitas forem criadas e
  • 3. 3 fortalecidas no início da vida, a criança terá mais chance de ser um adulto saudável, com bom desempenho na escola, no trabalho e na vida afetiva”. (FOLHA [Sinapse] – 27/01/04, p. 8). O amadurecimento do cérebro ocorre com o desenvolvimento de cada janela de oportunidade, devendo-se ter em mente que cada fase do crescimento da criança apresenta suas características. A quantidade de estímulos deve respeitar o crescimento, o desenvolvimento, a capacidade, o interesse e as possibilidades da criança, usando como indicador sua faixa etária. Hoje, diante dos movimentos sociais e com a criação do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, a escola é um local onde se pratica a cidadania e a criança adquire sua própria identidade, passando a pensar, agir, dar opinião, a construir o conhecimento e transformar a sociedade, tornando-se um cidadão consciente e respeitado, adquirindo direitos semelhantes aos de um adulto. “Cada idade tem, em si mesma, a identidade própria, que exige uma educação própria, uma realização própria, enquanto idade e não enquanto preparo para outra idade. Cada fase da idade tem sua identidade própria, suas finalidades próprias, tem que ser vivida na totalidade dela mesma e não submetida a futuras vivências que muitas vezes não chegam.” (ARROYO, 1994, p. 17-21) Na fase de zero a seis anos de vida da criança, ela passa por diversas mudanças pontuais e importantes que estabelecem um direcionamento em sua personalidade, suas características estruturais, quanto às percepções do mundo e das pessoas do seu cotidiano, e seu desenvolvimento harmonioso. Assim sendo, é importante um ambiente estimulador, onde a criança tenha oportunidades e possibilidades de ver, ouvir, sentir, explorar e desenvolver suas necessidades e habilidades, conhecer seus limites, e, desta maneira, formar sua personalidade. Ao nascer, a criança inicia sua interação com o ambiente familiar e com seu entorno, o que terá continuidade ao longo de sua vida. O desenvolvimento das interações é mediado sempre por um terceiro, em decorrência da imaturidade da criança que se mantém dependente, por um longo período; pelo estímulo, pela referência e pelo vínculo afetivo, onde todos os que participam sofrem mudanças e têm oportunidade para se desenvolverem. Todos os estímulos, NÃO são desenvolvidos separadamente; é um trabalho integrado que necessita da interação: adulto/criança, criança/criança e criança/objeto, e com o seu meio ambiente, explorando, experimentando e ampliando os sentidos, as sensações, os sentimentos e seu agir. Os estímulos provocam infinitas ações no cérebro e no desenvolvimento infantil. De Fontaine diz: “O homem não é exclusivamente um ser motor ou vir a ser o homem não é exclusivamente um ser psíquico ou um querer fazer. O homem é psicomotor, isto é, sincronização do ter, do ser, do querer, do poder, ser e fazer.” (FONTAINE, 1980 apud BUENO, 1997, p. 84 e 85). Para compreender melhor cada estímulo, estes serão apresentados separadamente:
  • 4. 4 ESTÍMULOS AFETIVOS Esses estímulos estão relacionados com o emocional da criança, sua interação, seus sentimentos, desejos e ansiedades. Quando trabalhados, a criança tem maior facilidade na socialização com outras pessoas, ganhando maior segurança na hora de expressar seus sentimentos e medos. Além disso, passa a compreender melhor os outros e o ambiente ao seu redor e, pouco a pouco, vai construindo sua bagagem de valores e tendo mais autonomia sobre seu corpo e atitudes. ESTÍMULOS FÍSICOS Esses estímulos envolvem a capacidade de movimentos, coordenação motora, lateralidade e o psicomotor, pois eles provocam ações como: o conhecimento do próprio corpo, seu desenvolvimento, seu ritmo, exercitando-o a fazer e facilitam sua relação no grupo. As atividades motoras vivenciadas pelas crianças, em suas brincadeiras, estimulam a criatividade, expressão da personalidade, devendo estar presentes no dia a dia e são representadas por toda e qualquer atividade corporal realizada em casa, na escola e nas brincadeiras. ESTÍMULOS COGNITIVOS Esses estímulos envolvem a aprendizagem, a atenção, a memória, a criatividade, a curiosidade, a linguagem, os pensamentos, a observação, a leitura, o raciocínio, entre outros fatores, os quais provocam ações como: o pensar, o exercitar a inteligência, a reflexão, o senso crítico, o enriquecer as informações, “representar” situações vivenciadas, ter novas idéias e recriá-las. ESTÍMULOS SENSORIAIS Esses estímulos envolvem o auditivo, visual, olfativo, tátil e gustativo. Eles provocam ações que desenvolvem as sensações, as sensibilidades internas e externas da criança. O trabalho integrado de todos esses estímulos e sua interação com o meio social tem como objetivo proporcionar os instrumentos necessários à criança para a formação da sua personalidade e a construção do conhecimento, que acabarão refletindo em sua adulta e profissional. Os primeiros anos da infância são primordiais para que a criança esteja em um ambiente estimulador, prazeroso e lúdico, com oportunidades para desenvolver seus sentidos e habilidades. Quanto mais ela participa das experiências físicas, afetivas e sociais, maiores serão o enriquecimento e desenvolvimento de sua inteligência. A criança quando estimulada se torna mais ativa, dinâmica, criativa, emocionalmente equilibrada e saudável, e passa a realizar melhor as atividades propostas, a encontrar soluções e a apresentar uma boa socialização.
  • 5. 5 Desta forma, nossa proposta pedagógica também está voltada para a criança conhecer seu “eu”, o outro e ela na própria classe e escola, e assim, fortalecer o vínculo emocional, afetivo e a interação entre elas e os adultos que estão em seu entorno, estimulando-as em todos os sentidos através da rotina e das diversas atividades. Nossa prática pedagógica não tem preocupação somente com o ler e o escrever amanhã, mas com o ensinar e educar todos os nossos sentidos, o que nos proporciona condições de compartilhar algumas sugestões que achamos essenciais à criança e realizamos, diariamente; em sala de aula. Celéstin Freinet nos ensina que: “Cultivaremos antes de tudo esse desejo inato da criança de se comunicar com outras crianças, de fazer conhecer ao redor de si seus pensamentos, seus sentimentos, seus sonhos e suas esperanças. Assim, aprender a ler, a escrever, a se familiarizar com o essencial daquilo que chamamos de cultura será para ela função tão natural quanto a de aprender a andar”. (SANTOS, 2005) As sugestões e/ou idéias para a criança devem seguir uma rotina, atender as necessidades, serem interessantes e adequadas e/ou readaptadas a sua faixa etária. Assim sendo, citamos algumas atividades: ● O acolhimento na chegada à sala de aula, é imprescindível, para trazer segurança à criança. Não obstante, é interessante fazer uma mesma atividade todos os dias, neste momento, criando um hábito e um clima de ambiente que lhe permitam tomar consciência de que existem, a partir de suas próprias sensações, percepções e experiências cotidianas, a construção do conhecimento de si mesma e das aprendizagens. “A rotina pode orientar as ações das crianças, assim como dos professores, possibilitando a antecipação das situações que irão acontecer.” (REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA EDUCAÇÃO INFANTIL, 1998, p.73); ● O lúdico é uma forma de aprender, que se encontra relacionada a brinquedos, jogos ou brincadeiras, em que a criança mostra o seu jeito de ser, aprende regras, desenvolve seu social, sua inteligência, sua coordenação, sua autoconfiança, seu emocional e o prazer e satisfação da realização. Os objetos podem ser diversificados e em quantidade suficiente para chamar e manter a atenção, estimulando habilidades e dificuldades. Estes objetos podem ser: fantasias, bolas, bichinhos, corda, bacias com e sem água, motoquinhas, chocalhos comprados ou feitos com garrafas descartáveis, com objetos diferentes dentro, fantoches, revistas – jornais – livros, brinquedos de encaixe, com peças grandes, pega-pega, cobrinha com corda no chão, quebra-cabeça, jogos de memória, esconde-esconde de objetos, pessoas ou de cobrir a cabeça com fralda, maquiagem, piquenique, carrinhos – bonecas – panelinhas, imitações, caretas no espelho e outras. De zero a seis anos, o brincar é essencial, pois é a fase em que a criança se entrega ao prazer de manipular e experimentar. “Brincar significa aprender, se desenvolver, é uma forma de relacionarmos com o mundo” (DELIBERADOR apud PETIT e LOPES, 2003, p.74);
  • 6. 6 ● Objetos para olhar, tocar/sentir, escutar, cheirar e provar (sensação gustativa): “(...) não se passa do mundo concreto para a representação mental senão por intermédio da ação corporal. A criança transforma em símbolos aquilo que pode explorar corporalmente: o que ela vê, cheira, pega, chuta aquilo de que corre e assim por diante.” (FREIRE, 1978); ● Passeios, parquinho e areia, para explorar, experimentar, visualizar e sentir o momento diferente entre casa e sala de aula; ● Brincar com a voz: imitar ruídos, sons de animais, sons de carro, sons com a boca e língua, entre outros; ● Ler e/ou contar histórias, cantar uma música utilizando diversos recursos: sons, ritmo, dramatização, gestos, objetos...; ● Solicitação à criança para ajudar a guardar ou arrumar objetos junto com adulto, fazendo deste momento algo constante e natural, pois, a partir do momento em que adquirir este hábito, ela aprende que o cuidar e o conservar favorecem a autonomia, as regras e transforma o ato em algo prazeroso, como o de brincar; ● O diálogo deve ser proporcionado em qualquer idade, pois isto influência no saber escutar, falar, reconhecer afetivamente todos do grupo e facilita, também, o desenvolvimento da criança e seu relacionamento com outras pessoas. Uma atividade na escola que favorece esta situação é a “Hora da Roda”, visto que esta permite que todos tomem consciência do grupo e do seu meio ambiente; esta pode ser realizada desde o berçário, com as crianças sentadas e os bebês no colo ou com apoio. Este é um momento em que a criança observa, imita, reage, fala e se manifesta de diferentes formas e, de acordo com seu desenvolvimento. Além disso, é nesta hora que podemos dar bom dia/boa tarde, um abraço, um aperto de mão, cantar, contar história, conversar sobre a rotina, elaborar juntas as regras etc.; ● Oferecer diversos materiais para incentivar, conhecer e explorar o novo e diferente, ampliar a forma de expressão e conhecimentos, isto é, desenvolver o interesse, a curiosidade e a percepção de que pode agir provocar mudanças e produzir algo para ser visto: papéis, pincéis, tintas, lápis, giz de cera, massinha, cola, argila etc., tornando sua vivência mais rica. “Querer participar do desenvolvimento da criança é refletir o espaço que ela ocupa para adquirir o conhecimento e observar constantemente a produção dessa criança.” (KISHIMOTO, 2001 apud SILVA, 2004, p.7); ● Reforçar as conquistas, e elogiar, para que a criança continue fazendo e cada vez melhor, e compartilhar os limites e regras, para saber respeitar a si mesmo, ao outro e ao seu meio ambiente. A criança aprende, descobre e inventa, através da ação. Cabe ao adulto desafiar, encorajar, solicitar, provocar conflitos cognitivos para que ela busque suas hipóteses e experiências. Ademais, deve-se proporcionar a socialização para que a criança construa seu pensamento, passando do referencial e dos interesses individuais para o social. Pensando dessa forma, observamos constantemente as produções das crianças, suas evoluções e nos atemos com posturas que são importantes e que provocam ações educativas:
  • 7. 7 a) Respeitar as diferenças, pois são elas que permitem enriquecer nosso trabalho pedagógico com diferentes formas e momentos de aprendizagem; que facultam à criança aprender a respeitar-se, o que nos mostra a necessidade de respeitar o outro como ele é e que todos têm suas habilidades e qualidades; valorizar o que é bom em cada um e tratar as dificuldades como superáveis; b) Aceitar os “erros” como momentos para se aprender algo, como instrumentos para construção de novos conhecimentos, para saber trabalhar a criatividade, adaptação e a solução das dificuldades ou problemas; c) Valorizar situações de questionamento e de reflexão para termos novos caminhos de aprendizagem; d) Olhar a criança como um todo, nas diferentes situações; observar sempre o que ela aprendeu, como, o que precisa aprender para melhorar; ter um olhar diferente para cada um; e) Valorizar os conhecimentos, as idéias e as novas informações que cada criança tem, respeitando sua história de vida, sua cultura, seu meio social, favorecendo a atenção, a concentração e o interesse dela; f) Nós somos como espelhos. Refletimos as vivências, as emoções, as percepções e as representações das crianças. Segundo a concepção de Célestin Freinet: “A criança é da mesma natureza do adulto. Ela é como uma árvore que ainda não terminou o crescimento, mas que se alimenta, cresce, e se defende como uma árvore adulta.” (FREINET apud SANTOS, 2005), pois ela é um ser afetivo, inteligente e social como adulto; g) “Educamos pelo que somos e pelo que fazemos.” (Site: Portal da família) Conhecer as teorias e técnicas é necessário, mas não suficiente, pois somos mediadores do conhecimento e lidamos com seres humanos. As teorias e técnicas são as possibilidades e oportunidades que nós educadores temos para compartilhar e trabalhar coletivamente os conhecimentos e pensamentos, e transformar de forma recíproca; h) Os melhores jogos de estimulação são as nossas ações, atitudes e idéias; i) Estar sempre atento que estimular não é só valorizar o LER e o ESCREVER. É passar pela motricidade, pelas diferentes linguagens, pelas percepções, pelo social e pelo afetivo, os quais desenvolvem a fantasia, a criatividade, as formas de se expressar e, naturalmente, a escrita e a leitura, para formar uma criança com iniciativa, com criticidade e que saiba argumentar, e não meramente uma criança que só sabe reproduzir. Não precisamos mudar a prática pedagógica, mas ressignificar os nossos sentidos, pois educador e educando sempre estão ensinando e aprendendo. A aprendizagem é um processo sem fim, em que se enriquecem os conhecimentos e as informações, que levam as diferentes e diversas modificações de comportamento, que envolvem a inteligência, o corpo, a criatividade, o desejo e o emocional do ser humano. A Educação Infantil não pode apenas priorizar os cuidados básicos da saúde, alimentação, higiene e sono, nem ser um substituto da família, mas ampliar todos
  • 8. 8 estes itens, porque a criança é rica em conhecimento, cultura, criatividade e está em constante desenvolvimento. Para nós educadores, ensinar sempre é um desafio no qual nos comprometemos com uma prática pedagógica centrada nos estímulos e no vínculo afetivo com a criança, tornando os momentos das atividades prazerosos e significativos. A princípio, damos ênfase à importância do estímulo à criança de zero a seis anos, o que não nos permite desprezar sua história de vida, suas individualidades, suas dificuldades, nenhum estímulo, nenhuma fase que a criança tenha passado e passará, devendo ser respeitada e valorizada quanto ao seu crescimento e desenvolvimento que envolve o genético, o hereditário, o físico e os processos de aprendizagem vivenciados. A oportunidade de a criança ser estimulada tem uma fase específica ou momento no seu desenvolvimento e ela é essencial de zero a seis anos, enquanto seu cérebro ainda está cheio de janelas abertas, prontas para os conhecimentos e informações. A falta dos estímulos ou estímulos inadequados, nesta fase, pode trazer prejuízos e perda de experiências e oportunidades. O trabalho integrado dos estímulos afetivos, físicos, cognitivos e sensoriais, e a interação de todos com o meio social é o que dá os instrumentos necessários à criança para a formação da sua personalidade e para a construção do conhecimento; quando estimulada, a criança é mais ativa; dinâmica; realiza melhor as atividades propostas; é mais segura; tem uma boa socialização; é autônoma e tem personalidade. Não podemos esquecer de que a essência está na forma pela qual o estímulo é oferecido. Este deve vir sempre acompanhado com o brincar, com o carinho, afeto e a cumplicidade. Não precisamos de recursos sofisticados para desenvolver a criança como um todo, mas devemos investir no desenvolvimento da inteligência, que a tornará, amanhã, uma pessoa confiante, segura e feliz.
  • 9. 9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. MEC/SEF. Referencial curricular nacional para a educação infantil (RCNEI). Brasília, 1998. 1 v. ______ Referencial curricular nacional para a educação infantil (RCNEI). Brasília, 1998. 2 v. BRASIL. Mec/sef. Referencial curricular nacional para a educação infantil (RCNEI). Brasília, 1998. 1 v. FOLHA DE SÃO PAULO [Sinapse] – 27/01/04, p. 8. KUHLMANN, Moysés. Infância e Educação Infantil - uma abordagem histórica. Porto Alegre: Mediação, 1998. SÀNCHEZ, Pilar Arnaiz; MARTÍNEZ, Marta Rabadán; PEÑALVER, Iolanda Vives. A psicomotricidade na educação infantil: uma prática preventiva e educativa. Porto Alegre: Artmed, 2003. SPENCE, J. C.; LEE, R. E.. Toward a comprehensive model of physical activity. Psychology Of Sport And Exercise, v. 4, p.7-24, 2003. WALLON, Henri. As origens do caráter na criança. São Paulo: Difel, 1971. WEISS, Luise. Brinquedos & engenhocas: atividades lúdicas com sucatas. São Paulo: Scipione, 1997. BUENO, J. M.. Psicomotricidade: teoria e prática. São Paulo: Lovise, 1998. SILVA, Daniel Vieira da. Educação psicomotora. Curitiba:IESDE, 2004. KORCZAAK, Junusz. Como amar uma criança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986. KISHIMOTO, Tizuko M.. O jogo e a educação infantil. São Paulo: Pioneira, 1991. FREIRE, Paulo. A pedagogia do oprimido. Rio de Janeio: Paz e Terra, 1978. LEUX, I.. O brincar e a atividade criadora. São Paulo: Martins Fontes, 1980. ARROYO, Miguel F.. O significado da infância. Criança, Brasília, n. 28, p.17-21, 1995. SOUZA, Márcia Helena de; MARTINS, Maria Aurora M. (Org.). Psicologia do desenvolvimento. Curitiba: IESDE, 2003.
  • 10. 10 MIGUEL, Ana Silva B.. Cuidar e Educar: um novo olhar para a educação infantil. Bebedouro: FAFIBE, 2005. UM MOMENTO de estimular Disponível em: <www.portaldafamília.org/artigos/artigo161a.shtml>. Acesso em: 5 nov. 2006. REGRAS de ouro para uma boa estimulação Disponível em: <www.potaldafamília.org/artigos/artigo161a.shtml>. Acesso em: 5 nov. 2006. CAMPOS de desenvolvimento Disponível em: <www.potaldafamília.org/artigos/artigo161a.shtml>. Acesso em: 5 nov. 2006. LEÃO, Izabel. Escola é para brincar. Disponível em: <www.usp.br/espaçoaberto/arquivo/2001/espaço05fev/editoriais/capa.htm>. Acesso em: 11 dez. 2006. JANELAS de Oportunidades de Aprendizado Disponível em: <www.educatica.net/curiosidades/curiosidades02.php>. Acesso em: 6 nov. 2006. SANTOS, Maria Lúcia Dos. A vida na sala de aula Freinetiana. Disponível em: <www.abdeppfreinet.com.br>. Acesso em: 11 dez. 2006.