Este documento discute os conflitos interculturais que surgem com a inclusão digital de grupos marginalizados no Brasil. Apresenta o conceito de "favelização digital" para descrever como preconceitos e desigualdades são reproduzidos no ciberespaço, e argumenta que uma perspectiva folkcomunicacional pode ajudar a entender como diferentes grupos usam e se apropriam da mídia digital.
1. “Gente diferenciada” e a
favelização digital: olhar
folkcomunicacional sobre
conflitos interculturais no
terreno da convergência digital
Your Name
Your Title
1st Line of Your Organization
2nd Line of Your Organization
Marcelo Sabbatini
Universidade Federal de Pernambuco
Rede Folkcom
2. Panorama teórico da comunicação digital e cibercultura
Convergência digital
Plataformas transmídia
Inteligência coletiva
Emissor-receptor
Cibercidadania
O “terceiro entorno” (Echeverría) como um espaço
político-social
Mas...e a quebra da cultura (Castells)?
2
3. Choques culturais
Crescimento expressivo do poder aquisitivo das
classes C e D
Inclusão digital como acesso a bens tecnológicos e
conectividade
A Web 2.0 e redes sociais como ideal de
participação e de comunidades virtuais
O ciberespaço, antes hegemônico, palco de
conflitos...
3
8. Favelização
o fenômeno social do crescimento e proliferação das
favelas, processo que ocorre principalmente nas
grandes metrópoles de países subdesenvolvidos. A
existência das favelas desvaloriza as terras
localizadas em sua proximidade. Ao remover a
favela, remove-se um dos obstáculos para
aumentar a renda da terra, ao mesmo tempo em
que se leva “para mais longe” os seus moradores e
sua pobreza
8
9. Reprodução dos mesmos preconceitos e estruturas?
"é lamentável um site tão util como o orkut
tenha sido dominado por esses seres sem
nenhuma capacidade de raciocínio, por essas
e outras que muita gente está migrando pro
facebook que apesar de ter uma interface pior
ainda não chegou na favela."
9
10. Etnocentrismo virtual
Pobre que se preze tem que ter o muro ou a casa sem rebocar,
pois o chic da parada é o fundo de TIJOLO. O que é uma
imagem sensual de uma gatinha pobre sem um fundo de tijolo
para dar aquele ar piriguete? Nada! Sem fundo de tijolo não
rola. Quanto mais estiloso o fundo com tijolos, mais ibope ela
vai ter com a moçada do bairro.
Inclusão digital é nada mais, nada menos do que um bando de
pessoas pobres, burras e metidas tendo acesso de alguma
forma (como LanHouses de R$:1,00 a hora, escolas públicas e
etc.) a computadores com internet. Isso pode parecer bom,
mas... Veja o que os pobres fizeram com o Orkut.
Transformaram um site legal em um verdadeiro depósito de
cyberlixo
10
14. Olhar folkcomunicacional
Luiz Beltrão e a “comunicação dos excluídos”
Como se processam os símbolos culturais?
E a linguagem?
Como se articula a visão do outro?
Como resgatar o “artesanato”? E o coletivo?
Qual o papel e o futuro dos ativistas folkmidiáticos?
O que se entende por inclusão digital?
Quais os “usos com sentido” da mídia digital?
14
15. Mais consequências
A reciclagem do debate apocalípticos e integrados
A indústria da mídia e da comunicação frente às
necessidades dos novos públicos: modelos
econômicos, proteção do direito autoral...
A taxa sinal/ruído impossibilitando o canal
(Shannon-Weaver)
Privatização do espaço virtual: como construir os
muros de separação?
15