O documento discute como as bibliotecas podem melhorar a interação com os usuários no ambiente digital. Sugere que as bibliotecas funcionem como uma plataforma de três níveis de curadoria, onde os usuários podem contribuir com e se beneficiar de informações compartilhadas. Também fornece exemplos de projetos que começam a adotar esta abordagem de maior interação e curadoria colaborativa.
2. Se não há política, não se
sabe o que fazer. Então no
fundo os bibliotecários estão
sempre querendo um manual
de como engajar as pessoas a
seus serviços e produtos. Só
que dessa vez no ambiente
digital
4. Ambientes virtuais de
interação? me vejo fazendo
isso sempre
meu discurso é que funciona
bem o ambiente de interação
entre pares, mas não com os
usuários
12. internet, melhor ambiente de
interação que existe
ok, mas quando estamos
falando de interação no
contexto das bibliotecas, o
que estamos querendo dizer?
14. MANTRA
Bibliotecas que constroem
coleções (ruins), que
constroem serviços (boas) e
que constroem comunidades
(grandes)
*Dora traduziu o texto que eu retuitei, leiam
15. Em outro evento da
redarte (2010) falei
sobre a biblioteca
como plataforma e
uma divisão em
níves de curadoria
17. A BIBLIOTECA COMO
PLATAFORMA
1. bibliotecas liberam seus
dados
2. usuários trabalham sobre
esses dados
3. dados remixados retornam
à curadoria da biblioteca
18. O grande exemplo de
intervenção na curadoria
original dos bibliotecários é o
The Commons do Flickr.
No Brasil, ainda estamos presos
na fase 1: digitalização, acesso a
informação, dados abertos, etc.
19. Fabiano Caruso me explicou
que uma curadoria de
segundo nível seria mais
direcionada a criação de valor
e formação de comunidades a
partir desta informação que
foi previamente tratada,
aberta e é oferecida.
20. Hoje, minha dúvida é saber
se os níveis 2 e 3 são papel
dos bibliotecários, das
bibliotecas…
Fabiano acha que não é um
trabalho “exclusivo” mas
mais uma oportunidade.
21. ADENDO (by Caruso)
• a biblioteconomia carece de entendimento dos fins, ela só tem
noção dos meios.
• pois os fins (marketing) convertido nos tipos de bibliotecas
(pública, escolar, etc), já é empurrado goela abaixo para nós
• e qualquer mudança nos fins acaba dependendo de que
consigamos nos adaptar para isso
• ou seja, a biblioteconomia é meio que um serviço social
especializado
• só que o que vamos fazer ou deixar de fazer é muito amarrado
em políticas públicas para isso (de um lado as políticas
governamentais para bibliotecas públicas, de outro lado
aquela lei de repositórios institucionais para bibliotecas
universitárias e etc).
• percebe como a área não consegue por conta própria fazer
pesquisa de marketing e pensar em serviços de forma mais
fragmentada?
22. Uma plataforma de intervenção,
a curadoria funcionando nos 3
níveis. Um nome me vem à
mente: foursquare
Como a biblioteca pode se tornar
uma espécie de foursquare?
25. A BIBLIOTECA COMO
PLATAFORMA PARA AÇÃO
• dado, informação, conhecimento,
insight (leiam BARRETO, Aldo)
• 0 é a biblioteca, 1 e 2 são pessoas
• O desafio da biblioteca é juntar o
0,1 e 2 e promover o salto para o 3
28. COMO AS BIBLIOTECAS FUNCIONAM HOJE?
bibliotecas são um depósito. onde cada busca
começa sempre do zero. dificilmente consigo
visualizar no espaço real ou virtual da biblioteca os
rastros de conhecimento acumulado de todas as
pessoas que já percorram aquilo antes de mim (que
é o que o foursquare faz de melhor)
ou seja, tanto nas bibliotecas públicas (avaliações
sociais das leituras) como nas universitárias
(informações técnicas acumuladas e produtos
derivados das leituras) não existe o acúmulo de
registros sobre o uso dos materiais, apenas o
acúmulo dos materiais por si só
29. nas bibliotecas universitárias o modelo de
recomendação e avaliação são as referências
bibliográficas ou a bibliografia da disciplina
chancelada pelo professor. é um grande
início de pesquisa, mas é top-down e não
deveria ser o único caminho.
as bibliotecas então tinham que oferecer
mecanismos de mapear os rastros de uso
sobre os seus produtos e serviços, para que
pessoas pudessem tomar proveito de
informações de uso de pessoas anteriores
30. O QUE TEM SIDO FEITO?
Na prática, alguns projetos estão sendo
consolidados, saindo da fase 1, para a fase 2
EXEMPLO 1: MAPA DAS BIBLIOTECAS
• informações geotageadas com base no
censo do Sistema Nacional de Bibliotecas
Públicas, criado por Tiago Murakami no
google fusion.
31.
32. EXEMPLO 2: WEB QUALIS DA CAPES
• Capes disponibiliza a tabela do Web
Qualis em pdf. Esse tipo de arquivo
precisa ser aberto para permitir
melhor e maior integração com outros
sistemas
• cidadãos (OKF Brasil e Murakami)
pediram os dados abertos via Lei de
Acesso à Informação, Capes negou.
Vamos fazer na marra.
33.
34. EXEMPLO 3: ORÇAMENTO A SEU
ALCANCE
sintetiza informações
atualizadas e mensais sobre o
desembolso financeiro dos
ministérios e demais órgãos
federais
35.
36. EXEMPLO 4: LIBRARY THING (for libraries)
Modelo mais próximo que temos
atualmente de uma biblioteca que
oferece o mecanismo da revisão, da
intervenção.
Mas ainda estamos longe de ter um
catálogo de biblioteca nos moldes da
Amazon.
37.
38. CURADORIA DIGITAL
Também diz respeito ao embate entre criadores e
curadores. Bibliotecários devem estar além desse
embate, porque sempre estiveram ao lado dos 2
Somos privilegiados por ter acesso ilimitados aos
dados, os registros. Ou seja, as possibilidades de
curadoria para os bibliotecários são ilimitadas
Isso é papel das bibliotecas? Não é exclusivo,
mas é uma oportunidade.
39.
40. E as coisas que venho
fazendo, no nível pessoal
individual
que talvez se caracterizem
como um tipo de curadoria
41.
42. facebook.com/umacapapordia
O exercício de publicar uma
capa por dia, critério estético
pessoal, a partir da seleção
em massa dos catálogos dos
editores brasileiros
Projeto original de Vivian Andreozzi
43.
44. morenobarros.com
Seleção de imagens de
bibliotecas digitais nacionais
e republicação de textos
antigos e esquecidos da
biblioteconomia nacional, não
disponíveis em HTML
45.
46. ExLibris Brasilis
seleção de exlibris nacionais
esquecidos ou ainda não
catalogados
www.pinterest.com/morenobarros/ex-libris/
51. No final das contas tudo se resume
à interação com pessoas. Pessoas
que interagem com pessoas por
meio de tecnologia e arte
O mecanismo de interação é menos
importante do que a interação em si