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Uma prenda de
Natal

UmaM. Christina Butler
Ilustrado por Tina
Macnaughton
O vento gelado
acordou o Pequeno
Ouriço-Cacheiro do
seu profundo sono
de Inverno.
À sua volta, as
folhas esvoaçavam
pelo ar e um imenso
manto de neve
cobria a clareira.
Cheia de frio, tentou
adormecer
novamente, mas em
vão.
Subitamente, algo
caiu do céu…
… e aterrou mesmo à sua frente.
Era uma linda prenda! E tinha o seu nome escrito na
etiqueta!
O pequeno OuriçoCacheiro abriu
com entusiasmo o
embrulho.
Que surpresa! Um
lindo gorro de lã
vermelho… mesmo
do seu tamanho!
Enfiou-o logo na cabeça.
Puxou-o para trás.
Puxou-o para a frente.
Puxou-o para um lado, e
depois, para o outro…
Que estranho! O pompom ficava sempre virado para o lado
errado. Talvez, o gorro fosse demasiado grande para um
ouriço-cacheiro ainda tão pequenino.
Tirou-o e decidiu guardá-lo.
Até que teve uma brilhante ideia…
Embrulhou novamente o gorro e fez um bonito laço.
Rasgou uma parte da etiqueta e escreveu na outra umas
palavras misteriosas.
De seguida, dirigiu-se a casa do seu
amigo Coelhinho.
Como ele não estava, deixou a prenda à
frente da sua porta.
Um forte nevão começou a
cair.
O Pequeno Ouriço-Cacheiro
tentou encontrar o caminho
de regresso à sua casa.
Os flocos de neve caíam
cada vez mais. Perdido, já
não sabia por onde ir.
– Oh, meu Deus! Eu não
devia ter saído com este
tempo tão frio! – murmurou.
– Mas, tenho a certeza que o
meu amigo Coelhinho vai
ficar muito feliz com o lindo
gorro de lã que lhe ofereci.
– Que mau tempo!
– resmungou o
Coelhinho de
regresso a casa.
Viu a prenda
pousada na soleira
da porta e ficou
radiante.
– O que será! –
exclamou. Abriu o
embrulho e gritou:
– Um gorro de lã!
Para

MIM!
Entusiasmado, experimentou-o.
Primeiro, com as orelhas dentro e depois com elas de fora.
Puxou-o para um lado, para o outro…
De todas as maneiras, as suas grandes orelhas ficavam
sempre MAL!
O gorro estava
agora muito maior.
Tornara-se
demasiado grande
para um coelho tão
pequeno.
Por isso…
… o Coelhinho voltou a
embrulhar o gorro e escreveu
algo no canto da etiqueta.
Depois, saiu e dirigiu-se a
casa do seu amigo Texugo.
Com o frio, este ficava muito
resmungão.
– Feliz Natal, amigo! –
exclamou o Coelhinho,
alegremente.
– Quem está aí! – perguntou,
intrigado, o Texugo.
– Feliz Natal! – repetiu o
Coelhinho. E, com carinho,
entregou o misterioso
embrulho ao seu amigo.
– Uma prenda de Natal?
– exclamou o Texugo,
muito admirado.
– Para MIM?
Feliz, o texugo colocou o gorro na
cabeça, mas as suas orelhas ficaram
completamente tapadas.
– Que tal? Fica-me BEM? – perguntou,
olhando-se ao espelho.
– Muito bem! – respondeu o seu amigo.
– Como? Que disseste? – perguntou o
Texugo.
– Muito bem! – gritou o Coelhinho,
saindo aos saltos.
– Não gostas dele?
– perguntou o
Texugo, voltando-se
para trás.
Contudo, o
Coelhinho já tinha
partido.
– Este gorro não me
serve! – disse ele,
tirando-o.
– Não consigo ouvir
nada. Que pena!
Tem uma cor tão
bonita!
O texugo tornou
a embrulhar o
gorro, sem se
preocupar com a
etiqueta.
Dirigiu-se a casa
da sua amiga
Raposa.
A Raposa estava a sair para o seu
passeio habitual.
– Que bom, estás aqui! – disse o
Texugo. – Tenho uma prenda de
Natal para ti.
– Uma prenda de Natal? – perguntou a
Raposa, intrigada.
– Sim, de Natal! – confirmou o Texugo.
– É uma época muito especial que nos
lembra que devemos ser todos amigos!
– respondeu afastando-se.
– Um gorro? –
exclamou a Raposa,
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– Para que preciso eu
de um gorro?
Pensativa, observou-o
de novo.
Fez dois buracos
para as suas
orelhas e enfiou-o.
Feliz, prosseguiu o
seu caminho.
As planícies esbranquiçadas
brilhavam sob a luz do luar.
A Raposa farejava à sua volta, quando de repente,
descobriu um pequeno trilho. Seguiu-o por um lado,
depois por outro…
De súbito, parou.
Alguma coisa estava debaixo da neve!
A Raposa começou a escavar, a
escavar… até que encontrou um
pequeno ouriço-cacheiro.
Ele estava gelado e
não se mexia.
– Pobrezinho! –
exclamou a Raposa.
Colocou o
pequenino dentro
do gorro de lã e
levou-o, com
cuidado, até à casa
do Coelhinho.
Ele e o seu amigo Texugo
estavam a lanchar.
– Vejam o que eu encontrei na
neve! – exclamou a Raposa.
Ambos espreitaram para dentro
do gorro.
– Um ouriçocacheiro? Como é
possível teres
encontrado um
ouriço-cacheiro
com este frio? –
perguntou o
Texugo. – Ele tem
de ser reanimado
imediatamente!
– É o meu amigo, o
Pequeno OuriçoCacheiro! – gritou o
coelhinho. – talvez se
tenha perdido quando
tentava regressar a
casa!
O Pequeno OuriçoCacheiro abriu os
olhos.
– Olá! – balbuciou,
sonolento. – Que
bom! Este cobertor é
tão quentinho!
Os amigos olharam uns
para os outros.
O Coelhinho riu-se e a
raposa abanou a cabeça.
– Hummm! – disse o
Texugo. – Penso que este
gorro de lã é mesmo
perfeito para o nosso
Pequeno Ouriço-Cacheiro!
– Feliz Natal, amigo! – gritaram todos…
mas o Pequeno Ouriço-Cacheiro, feliz, já
caíra num profundo sono.
P. B.
Agrupamento de Escolas Gonçalo Sampaio

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Uma prenda de natal

  • 1. Uma prenda de Natal UmaM. Christina Butler Ilustrado por Tina Macnaughton
  • 2. O vento gelado acordou o Pequeno Ouriço-Cacheiro do seu profundo sono de Inverno. À sua volta, as folhas esvoaçavam pelo ar e um imenso manto de neve cobria a clareira. Cheia de frio, tentou adormecer novamente, mas em vão. Subitamente, algo caiu do céu…
  • 3.
  • 4. … e aterrou mesmo à sua frente. Era uma linda prenda! E tinha o seu nome escrito na etiqueta!
  • 5. O pequeno OuriçoCacheiro abriu com entusiasmo o embrulho. Que surpresa! Um lindo gorro de lã vermelho… mesmo do seu tamanho!
  • 6. Enfiou-o logo na cabeça. Puxou-o para trás. Puxou-o para a frente. Puxou-o para um lado, e depois, para o outro…
  • 7. Que estranho! O pompom ficava sempre virado para o lado errado. Talvez, o gorro fosse demasiado grande para um ouriço-cacheiro ainda tão pequenino. Tirou-o e decidiu guardá-lo. Até que teve uma brilhante ideia…
  • 8. Embrulhou novamente o gorro e fez um bonito laço. Rasgou uma parte da etiqueta e escreveu na outra umas palavras misteriosas.
  • 9. De seguida, dirigiu-se a casa do seu amigo Coelhinho. Como ele não estava, deixou a prenda à frente da sua porta.
  • 10. Um forte nevão começou a cair. O Pequeno Ouriço-Cacheiro tentou encontrar o caminho de regresso à sua casa. Os flocos de neve caíam cada vez mais. Perdido, já não sabia por onde ir. – Oh, meu Deus! Eu não devia ter saído com este tempo tão frio! – murmurou. – Mas, tenho a certeza que o meu amigo Coelhinho vai ficar muito feliz com o lindo gorro de lã que lhe ofereci.
  • 11. – Que mau tempo! – resmungou o Coelhinho de regresso a casa. Viu a prenda pousada na soleira da porta e ficou radiante. – O que será! – exclamou. Abriu o embrulho e gritou: – Um gorro de lã! Para MIM!
  • 12. Entusiasmado, experimentou-o. Primeiro, com as orelhas dentro e depois com elas de fora. Puxou-o para um lado, para o outro… De todas as maneiras, as suas grandes orelhas ficavam sempre MAL!
  • 13. O gorro estava agora muito maior. Tornara-se demasiado grande para um coelho tão pequeno. Por isso…
  • 14. … o Coelhinho voltou a embrulhar o gorro e escreveu algo no canto da etiqueta. Depois, saiu e dirigiu-se a casa do seu amigo Texugo. Com o frio, este ficava muito resmungão. – Feliz Natal, amigo! – exclamou o Coelhinho, alegremente. – Quem está aí! – perguntou, intrigado, o Texugo. – Feliz Natal! – repetiu o Coelhinho. E, com carinho, entregou o misterioso embrulho ao seu amigo.
  • 15. – Uma prenda de Natal? – exclamou o Texugo, muito admirado. – Para MIM?
  • 16. Feliz, o texugo colocou o gorro na cabeça, mas as suas orelhas ficaram completamente tapadas. – Que tal? Fica-me BEM? – perguntou, olhando-se ao espelho. – Muito bem! – respondeu o seu amigo. – Como? Que disseste? – perguntou o Texugo. – Muito bem! – gritou o Coelhinho, saindo aos saltos.
  • 17. – Não gostas dele? – perguntou o Texugo, voltando-se para trás. Contudo, o Coelhinho já tinha partido. – Este gorro não me serve! – disse ele, tirando-o. – Não consigo ouvir nada. Que pena! Tem uma cor tão bonita!
  • 18. O texugo tornou a embrulhar o gorro, sem se preocupar com a etiqueta. Dirigiu-se a casa da sua amiga Raposa.
  • 19. A Raposa estava a sair para o seu passeio habitual. – Que bom, estás aqui! – disse o Texugo. – Tenho uma prenda de Natal para ti.
  • 20. – Uma prenda de Natal? – perguntou a Raposa, intrigada. – Sim, de Natal! – confirmou o Texugo. – É uma época muito especial que nos lembra que devemos ser todos amigos! – respondeu afastando-se.
  • 21. – Um gorro? – exclamou a Raposa, sorrindo. – Para que preciso eu de um gorro? Pensativa, observou-o de novo.
  • 22. Fez dois buracos para as suas orelhas e enfiou-o. Feliz, prosseguiu o seu caminho.
  • 24. A Raposa farejava à sua volta, quando de repente, descobriu um pequeno trilho. Seguiu-o por um lado, depois por outro… De súbito, parou. Alguma coisa estava debaixo da neve!
  • 25. A Raposa começou a escavar, a escavar… até que encontrou um pequeno ouriço-cacheiro.
  • 26. Ele estava gelado e não se mexia. – Pobrezinho! – exclamou a Raposa. Colocou o pequenino dentro do gorro de lã e levou-o, com cuidado, até à casa do Coelhinho.
  • 27. Ele e o seu amigo Texugo estavam a lanchar. – Vejam o que eu encontrei na neve! – exclamou a Raposa. Ambos espreitaram para dentro do gorro.
  • 28. – Um ouriçocacheiro? Como é possível teres encontrado um ouriço-cacheiro com este frio? – perguntou o Texugo. – Ele tem de ser reanimado imediatamente!
  • 29. – É o meu amigo, o Pequeno OuriçoCacheiro! – gritou o coelhinho. – talvez se tenha perdido quando tentava regressar a casa! O Pequeno OuriçoCacheiro abriu os olhos. – Olá! – balbuciou, sonolento. – Que bom! Este cobertor é tão quentinho!
  • 30. Os amigos olharam uns para os outros. O Coelhinho riu-se e a raposa abanou a cabeça.
  • 31. – Hummm! – disse o Texugo. – Penso que este gorro de lã é mesmo perfeito para o nosso Pequeno Ouriço-Cacheiro!
  • 32. – Feliz Natal, amigo! – gritaram todos… mas o Pequeno Ouriço-Cacheiro, feliz, já caíra num profundo sono.
  • 33. P. B. Agrupamento de Escolas Gonçalo Sampaio