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Autores:
Luciano Pascarelli, Lúcio Cesar Silva Righi, Roberto Rangel Bongiovanni, Rogério
Sano Imoto, Renato Loureiro Teodoro, Daniel Luiz Ceroni Gibson, Felipe Galvão
Alvares de Abreu

Apresentação: Roberto Rangel Bongiovanni


rara (1,2 por 100.000 habitantes por ano)(1).



homens entre a quarta e a sexta décadas de vida e acometem
mais indivíduos altamente ativos.



história de rápida flexão do cotovelo contra resistência.



extremidade dominante é a mais frequentemente envolvida (2).

1. Safran MR, Graham SM. Distal biceps tendon ruptures: incidence, demographics, and the effect of smoking. Clin Orthop Relat Res 2002:275-83.
2. Leighton MM, Bush-Joseph CA, Bach BR Jr. Distal biceps brachii repair. Results in dominant and nondominat extremities. Clin Orthop 1995;317:114-21 .







degeneração do tendão.
tabagismo que causa hipovascularização da região distal do
tendão(3).
uso de esteróides anabólicos.(4)
choque do tendão gerado pela rotação do rádio em relação à ulna.
presença de espículas ósseas ou pela borda aguda da
tuberosidade radial.

3. Seiler JG III, Parker LM, Chamberland PD, Sherbourne GM, Carpenter WA. The distal biceps tendon. Two potential mechanisms involved in its rupture: arterial supply and
mechanical impingement. J Sholder Elbow Surg 1995;4:149-56.
4. Visuri, T. & Lindholm, H.: Bilateral distal biceps tendon avulsion with use of anabolic steroids. Med Sci Sports Exerc 26: 941-944, 1994.


dor aguda na fossa cubital acompanhada de “pop” audível.



edema.



equimose.



defeito palpável na trajetória distal do tendão com alteração
no relevo do braço.



força reduzida na supinação do antebraço e flexão do
cotovelo(5).

5. Baker BE, Bierwagen D. Rupture of the distal tendon of the biceps brachii. Operative versus non-operative treatment. J Bone Joint Surg Am 1985;67:414-7


Descrição de uma técnica que consiste na realização de duas miniincisões anteriores (a proximal sobre o coto de tendão e a distal
sobre a borda do supinador) e a utilização de âncora como método
de fixação.


No período de setembro de 2007 até março de 2012 foram
submetidos à cirurgia de reparação da ruptura do bíceps distal 12
pacientes do sexo masculino.



A média das idades foi de 37,5 anos (variando entre o mínimo de
23 e o máximo de 52 anos).



Os pacientes eram destros.



Lado direito esteve envolvido em 9 (75%) pacientes e o esquerdo
em 3 (25%).



Todos foram operados pela mesma equipe cirúrgica.


Foram incluídos neste trabalho:
- pacientes com diagnóstico clínico e por imagem de ressonância
magnética com lesão total do bíceps distal na região insercional;
- tempo de evolução de até três semanas (média de 8 dias).



Utilizamos como critérios de exclusão:
- lesão parcial;
- rupturas localizadas na transição miotendínea e logo abaixo
desta.
Figura 1: corte axial de RNM em T2 com ruptura
insercional do bíceps distal.

Figura 2: corte sagital de RNM em T2 com ruptura
insercional do bíceps distal.





O paciente é anestesiado e colocado em posição supina.
A operação foi realizada através de duas minis-incisões anteriores. A
incisão proximal com aproximadamente 3,0cm de comprimento foi
realizada no terço distal do braço na face ântero-medial sobre o coto do
tendão.
O tendão do bíceps é isolado e aparado com dois fios Vycril n° 1 e
passados pela porção rompida, entrando na extremidade do tendão. Uma
sutura em ponto de bloqueio (Krachow) é utilizada.

Figura 3: Incisão proximal destacando o
coto de tendão biciptal.






A incisão distal foi realizada no terço proximal
do antebraço na face anterior sobre a borda
do supinador (início da via de Henry) com
3,0cm de comprimento.
Através de uma pinça curva, o coto de tendão
já preparado é transposto pelo túnel bicipital e
reinserido na região da tuberosidade radial e
fixado com uma âncora de 2,9 mm absorvível
com o cotovelo em 90 graus de flexão e
antebraço em supinação.
Após a fixação o membro é imobilizado com
tala gessada em flexão de 90 graus e mantido
por 3 semanas quando a fisioterapia é
iniciada.

Figura 4: Incisão proximal e
distal com o coto preparado e já
transposto pelo túnel bibiptal.


Os pacientes foram avaliados com 4 meses de evolução e todos
recuperaram a flexão e extensão totalmente.

Figura 5: Extensão total. Reparação
no membro direito.

Figura 6: Flexão total. Reparação no membro
direito.


Em 3 pacientes (25%) houve uma limitação da supinação em 20
graus.



Em 1 paciente (8,33%) houve praxia do nervo radial que durou por
um período de 5 meses porém com recuperação total.



Em um paciente (8,33%) o músculo do bíceps se manteve retraído,
porém a inserção estava refeita.



Em 4 pacientes (33,33%) foi observado aderência sobre a cicatriz
proximal (maior queixa cosmetica dos pacientes).



Não houve evidência clínica ou radiográfica de sinostose radioulnar
após 6 meses de evolução.



Houve uma diminuição da força em todos os pacientes.



Todos os pacientes referiram satisfação com o tratamento.


Há várias décadas, a literatura tende para o tratamento cirúrgico
precoce na ruptura do bíceps distal(6,7) em virtude da significativa
morbidade que os pacientes apresentam com o tratamento
conservador como a perda substancial da força de supinação e flexão,
e da resistência de ambas(8,9).



No nosso trabalho a fixação foi realizada com âncora, na qual provou
ser suficientemente forte para manter o reparo durante todo processo
da reabilitação.

6. Davison, B. L.; Engber, W. D.; and Tigert, L. J.: Long term evaluation of repaired distal biceps brachii tendon ruptures. Clin. Orthop., 333:186-191, 1996.
7. Jobe, M. T.; Azar, F. M.; Calandruccio, J. H.; Wright, P. E.; and Achecar, F. A.: Surgical repair of ruptures of the distal biceps. Orthop. Trans., 19: 783, 1996.
8. Mariani EM, Cofield RH, Askew LJ, Li GP, Chao EY. Rupture of the tendon of the tendon of the long head of the biceps brachii. Surgical versus nonsurgical treatment. Clin
Orthop Relat Res 1988:233-9.
9. Morrey BF, Askew LJ, An KN, Dobyns JH. Rupture of the distal tendon of the biceps brachii. A biomechanical study. J Bone Joint Surg Am 1985;67:418-21.


O método descrito apresenta bom resultado assim como as demais
técnicas, porém diminui o risco de aderência sobre a prega flexora
do cotovelo.

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Reparação do Tendão Distal do Bíceps Braquial

  • 1. Autores: Luciano Pascarelli, Lúcio Cesar Silva Righi, Roberto Rangel Bongiovanni, Rogério Sano Imoto, Renato Loureiro Teodoro, Daniel Luiz Ceroni Gibson, Felipe Galvão Alvares de Abreu Apresentação: Roberto Rangel Bongiovanni
  • 2.  rara (1,2 por 100.000 habitantes por ano)(1).  homens entre a quarta e a sexta décadas de vida e acometem mais indivíduos altamente ativos.  história de rápida flexão do cotovelo contra resistência.  extremidade dominante é a mais frequentemente envolvida (2). 1. Safran MR, Graham SM. Distal biceps tendon ruptures: incidence, demographics, and the effect of smoking. Clin Orthop Relat Res 2002:275-83. 2. Leighton MM, Bush-Joseph CA, Bach BR Jr. Distal biceps brachii repair. Results in dominant and nondominat extremities. Clin Orthop 1995;317:114-21 .
  • 3.      degeneração do tendão. tabagismo que causa hipovascularização da região distal do tendão(3). uso de esteróides anabólicos.(4) choque do tendão gerado pela rotação do rádio em relação à ulna. presença de espículas ósseas ou pela borda aguda da tuberosidade radial. 3. Seiler JG III, Parker LM, Chamberland PD, Sherbourne GM, Carpenter WA. The distal biceps tendon. Two potential mechanisms involved in its rupture: arterial supply and mechanical impingement. J Sholder Elbow Surg 1995;4:149-56. 4. Visuri, T. & Lindholm, H.: Bilateral distal biceps tendon avulsion with use of anabolic steroids. Med Sci Sports Exerc 26: 941-944, 1994.
  • 4.  dor aguda na fossa cubital acompanhada de “pop” audível.  edema.  equimose.  defeito palpável na trajetória distal do tendão com alteração no relevo do braço.  força reduzida na supinação do antebraço e flexão do cotovelo(5). 5. Baker BE, Bierwagen D. Rupture of the distal tendon of the biceps brachii. Operative versus non-operative treatment. J Bone Joint Surg Am 1985;67:414-7
  • 5.  Descrição de uma técnica que consiste na realização de duas miniincisões anteriores (a proximal sobre o coto de tendão e a distal sobre a borda do supinador) e a utilização de âncora como método de fixação.
  • 6.  No período de setembro de 2007 até março de 2012 foram submetidos à cirurgia de reparação da ruptura do bíceps distal 12 pacientes do sexo masculino.  A média das idades foi de 37,5 anos (variando entre o mínimo de 23 e o máximo de 52 anos).  Os pacientes eram destros.  Lado direito esteve envolvido em 9 (75%) pacientes e o esquerdo em 3 (25%).  Todos foram operados pela mesma equipe cirúrgica.
  • 7.  Foram incluídos neste trabalho: - pacientes com diagnóstico clínico e por imagem de ressonância magnética com lesão total do bíceps distal na região insercional; - tempo de evolução de até três semanas (média de 8 dias).  Utilizamos como critérios de exclusão: - lesão parcial; - rupturas localizadas na transição miotendínea e logo abaixo desta.
  • 8. Figura 1: corte axial de RNM em T2 com ruptura insercional do bíceps distal. Figura 2: corte sagital de RNM em T2 com ruptura insercional do bíceps distal.
  • 9.    O paciente é anestesiado e colocado em posição supina. A operação foi realizada através de duas minis-incisões anteriores. A incisão proximal com aproximadamente 3,0cm de comprimento foi realizada no terço distal do braço na face ântero-medial sobre o coto do tendão. O tendão do bíceps é isolado e aparado com dois fios Vycril n° 1 e passados pela porção rompida, entrando na extremidade do tendão. Uma sutura em ponto de bloqueio (Krachow) é utilizada. Figura 3: Incisão proximal destacando o coto de tendão biciptal.
  • 10.    A incisão distal foi realizada no terço proximal do antebraço na face anterior sobre a borda do supinador (início da via de Henry) com 3,0cm de comprimento. Através de uma pinça curva, o coto de tendão já preparado é transposto pelo túnel bicipital e reinserido na região da tuberosidade radial e fixado com uma âncora de 2,9 mm absorvível com o cotovelo em 90 graus de flexão e antebraço em supinação. Após a fixação o membro é imobilizado com tala gessada em flexão de 90 graus e mantido por 3 semanas quando a fisioterapia é iniciada. Figura 4: Incisão proximal e distal com o coto preparado e já transposto pelo túnel bibiptal.
  • 11.  Os pacientes foram avaliados com 4 meses de evolução e todos recuperaram a flexão e extensão totalmente. Figura 5: Extensão total. Reparação no membro direito. Figura 6: Flexão total. Reparação no membro direito.
  • 12.  Em 3 pacientes (25%) houve uma limitação da supinação em 20 graus.  Em 1 paciente (8,33%) houve praxia do nervo radial que durou por um período de 5 meses porém com recuperação total.  Em um paciente (8,33%) o músculo do bíceps se manteve retraído, porém a inserção estava refeita.  Em 4 pacientes (33,33%) foi observado aderência sobre a cicatriz proximal (maior queixa cosmetica dos pacientes).  Não houve evidência clínica ou radiográfica de sinostose radioulnar após 6 meses de evolução.  Houve uma diminuição da força em todos os pacientes.  Todos os pacientes referiram satisfação com o tratamento.
  • 13.  Há várias décadas, a literatura tende para o tratamento cirúrgico precoce na ruptura do bíceps distal(6,7) em virtude da significativa morbidade que os pacientes apresentam com o tratamento conservador como a perda substancial da força de supinação e flexão, e da resistência de ambas(8,9).  No nosso trabalho a fixação foi realizada com âncora, na qual provou ser suficientemente forte para manter o reparo durante todo processo da reabilitação. 6. Davison, B. L.; Engber, W. D.; and Tigert, L. J.: Long term evaluation of repaired distal biceps brachii tendon ruptures. Clin. Orthop., 333:186-191, 1996. 7. Jobe, M. T.; Azar, F. M.; Calandruccio, J. H.; Wright, P. E.; and Achecar, F. A.: Surgical repair of ruptures of the distal biceps. Orthop. Trans., 19: 783, 1996. 8. Mariani EM, Cofield RH, Askew LJ, Li GP, Chao EY. Rupture of the tendon of the tendon of the long head of the biceps brachii. Surgical versus nonsurgical treatment. Clin Orthop Relat Res 1988:233-9. 9. Morrey BF, Askew LJ, An KN, Dobyns JH. Rupture of the distal tendon of the biceps brachii. A biomechanical study. J Bone Joint Surg Am 1985;67:418-21.
  • 14.  O método descrito apresenta bom resultado assim como as demais técnicas, porém diminui o risco de aderência sobre a prega flexora do cotovelo.

Hinweis der Redaktion

  1. ----- Meeting Notes (24/10/13 12:36) ----- a lesao da porcao distal dos biceps braquial e rara
  2. ----- Meeting Notes (24/10/13 12:30) ----- o nosso objetivo foi
  3. ----- Meeting Notes (24/10/13 12:55) ----- aaaaaaaaaaaaaaaa