2. A) Imagens construídas pela/na comunicação
verbal
B) Uso da língua nas diferentes esferas sociais
C) Comunicação verbal e suas implicações:
modalidade oral e escrita da linguagem
3.
4. Como a comunicação verbal é Esses fenômenos de
também uma relação social, polidez estão integrados
ela se submete como tal às
regras que costumamos chama
na teoria denominada “das
de polidez. Transgredir uma lei faces”, desenvolvida desde
do discurso (falar fora do o final dos anos setenta
assunto, ser hermético, não dar principalmente por Brown
as informações solicitadas etc.) e Levinson, que se
é ser chamado de “mal-
educado”. O simples fato de
inspiraram no sociólogo
dirigir a palavra a alguém, de americano E. Goffman.
monopolizar sua atenção já é Politeness, Cambridge,
uma intrusão no seu espaço, um Cambridge University Press,
ato potencialmente agressivo. 1987.
6. Teoria de Faces (Goffman, 1985)
Considera-se que todo indivíduo possui duas faces; o
termo “face” deve aqui ser tomado no sentido que este
termo possui uma expressão como “perder a face”:
Uma face negativa, que corresponde ao “território”
de cada um (seu corpo, sua intimidade, etc.);
Uma face positiva, que corresponde à “fachada”
social à nossa própria imagem valorizante que
tentamos apresentar aos outros.
7.
8. Aprenda a falar em público
Uma atuação eficiente exige capacidade de
comunicação – seja para falar com uma pessoa ou
uma plateia cheia. Aprenda a preparar as
apresentações com cuidado, manter-se calmo e
avaliar o desempenho com honestidade. Isso
também envolve o aspecto linguístico da escrita.
9.
10. Eficácia comunicativa
Estudos comprovam que a eficácia comunicativa de
algumas empresas proporcionará uma vantagem
competitiva capaz de elevar a imagem perante a sua
clientela, os seus colaboradores, os seus fornecedores e,
também, perante a concorrência. Trata-se de uma
competência especial na comunicação, uma
preocupação em fazer o melhor, produzir produtos e
prestar serviços que tenham arraigados em si um
patrimônio cultural que é a Língua Portuguesa, na
clareza e objetividade dos textos, na gramática correta, na
certeza de que a mensagem transmitida não será geradora
de dúvidas, e sim de uma interpretação adequada a
outrem.
11.
12.
13. A partir dessas considerações, quais as
consequências, para a formação do profissional
EM GESTÃO, do USO INADEQUADO DA
LÍNGUA?
14.
15. Língua, cultura e comunicação não podem ser
vistas de modo isolado. Há uma interdefinição
recíproca entre esses três aspectos. As representações
simbólicas inerentes à cultura - seja ela organizacional
ou de qualquer outra maneira que se manifeste –
constituem a fonte comum do pensamento, da
linguagem e da sociedade.
16.
17. Texto é uma unidade Discurso é a atividade
linguística concreta, comunicativa capaz de
percebida pela audição gerar sentido entre
(na fala) ou pela visão interlocutores. Além
(na escrita), que tem dos enunciados verbais,
unidade de sentido e engloba outros
intencionalidade elementos do processo
comunicativo que
comunicativa.
também participam da
construção do sentido
do texto.
18.
19. 1. Texto é um objeto de significação:
organização ou estruturação que faz do
texto um todo de sentido.
20. 2. Texto é um objeto de comunicação: a
interação que se estabelece entre
destinador e destinatário.
21. 3. O ato da escrita requer conhecimento a
respeito de especificidades do texto.
22. 4. Todo texto nasce de outro texto; isso
denota o trabalho com a leitura de textos a
partir de diferentes gêneros textuais.
23. 5. O texto encontra seu lugar no contexto
sócio-histórico que o envolve e que lhe
atribui sentido.
24. 6. O texto é considerado o próprio lugar
da interação e da constituição dos
interlocutores.
25. 7. Atividade de leitura de um texto
representa lugar social, vivências, relações
com o outro, valores da comunidade,
conhecimentos textuais.
26. 8. É fundamental que o leitor considere na
e para a produção de sentido as
“sinalizações” do texto, além dos
conhecimentos que possui.
28. 10. O uso da língua, para finalidades
específicas, norteia-se na “figura” do
interlocutor como (co)produtor do texto a
ser desenvolvido.
29. Se o texto é um tecido verbal estruturado
para que as ideias formem um todo coeso,
uno e coerente, cabe ao bom profissional se
utilizar da linguagem de forma sugestiva,
atraente para atingir o seu objetivo.
(MEDEIROS, 2007).
30.
31. Modalidade oral e/ou escrita da
linguagem
A língua materna encontra-se em todas as áreas do
conhecimento e do saber humano: na troca de ideias
sobre determinado assunto, nas negociações, na
compra e venda de produtos ou serviços, na roda de
amigos, nos bancos acadêmicos, no comércio, na
indústria, nas organizações públicas, enfim, em todos
os locais onde há seres humanos, seja na modalidade
oral ou escrita da linguagem.
32. LINGUAGEM LÍNGUA
Linguagem é a Língua é o tipo de
representação do código formado por
pensamento por meio palavras e leis
de sinais que combinatórias por
permitem a meio do qual as
comunicação e a pessoas se comunicam
interação entre os e interagem entre si.
sujeitos.
33. Língua: modalidades oral e escrita
Língua e Escrita Condições de produção
e uso da linguagem
Fatores em relação às Interação face a face e
duas modalidades de interlocutor não
língua (oral e escrita) presente na escrita
34. Fala e escrita (Marcuschi, 2001)
Fala = Escrita entrevista oral =
entrevista impressa
Fala = Fala conferência, tradução
simultânea
texto escrito, exposição
Escrita = Fala
oral
texto escrito, resumo
Escrita = Escrita
escrito
35. Língua e reescrita no ensino superior
Produção de artigo, Processo de construção
resenha, resumo e refacção da escrita
Reelaboração no plano Apropriação dos
textual-discursivo gêneros textuais em
contextos de situações
de escrita
36. Língua e reescrita no ensino superior
Gêneros acadêmicos Recursos linguísticos,
variedade linguística
Atividade de escrita e Processo sócio-
reescrita interativo
Operações linguístico- Processo de refacção
discursivas como indício de reflexão
sobre a linguagem
37. A atividade de reescrita corresponde aos processos
de retextualização que não é um processo
mecânico, uma vez que envolve processos de
textualização.
Segundo Marcuschi (2001, p. 47), a passagem da
fala para a escrita não é a passagem do caos para a
ordem: é a passagem de uma ordem para outra
ordem.
38. Língua e vida
O destinatário deve supor que o produtor do
enunciado respeita certas “regras do jogo”, ou seja, a
produção do enunciado se dá pela própria intenção de
comunicar algo que diz respeito àqueles a quem é
dirigido.
A língua penetra na vida através dos enunciados
concretos que a realizam, e é também através dos
enunciados concretos que a vida penetra na língua.
(Mikhail Bakhtin, 1992, p. 282)
39. Referências
BAKHTIN, M. (1979). Os gêneros do discurso. Estética da criação verbal. SP: Martins fontes, 1992. pp.
277-326.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. Positivo,
2009.
GOFFMAN, Erving. A representação do eu na vida cotidiana. Petrópolis: Vozes, 1985.
GOLD, Mirian. Redação empresarial: escrevendo com sucesso na era da globalização. São Paulo.
Pearson Prentice Hall, 2005.
KOCK, I. V. A inter-ação pela linguagem. São Paulo: Contexto, 1998.
KOCH, I. Villaça & ELIAS, Vanda Maria. Ler e escrever – estratégias de produção textual. SP: Contexto,
2009.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita – atividades de retextualização. São Paulo: Cortez,
2001.
MARTINS; ZILBERKNOP. Português Instrumental: de acordo com as atuais normas da ABNT. Atlas,
2009 .
MEDEIROS, João Bosco. Português instrumental: para cursos de contabilidade, economia e
administração. 6. ed. São Paulo, Atlas, 2007.
NUNES, Rosana Helena. Construção da identidade política – discursos de Luiz Inácio Lula da
Silva. Tese de Doutorado. Língua Portuguesa/PUC-SP, 2006.
NUNES, Rosana Helena, OLIVEIRA, Paulo César, VIVAN, Élide G. S., FURTADO, Otávio Luis P. C.
Percursos e práticas – (re)leituras de produções acadêmicas. Sorocaba: CREARTE, 2009.
NUNES, Rosana Helena, OLIVEIRA, Paulo César. Semiótica: (res)significação do saber via imagem.
Sorocaba: CREARTE, 2010