2. O que precisamos saber?
Patologias
Aferir PA
Interpretar Teste de esforço
Reconhecer sintomas
Benefícios dos exercícios
Intervenções cirúrgicas
Prescrição do exercício
Medicamentos
3. Doenças
HA
DAC / hipercolesterolemia / hipertrigliceridemia / IAM
DM
Valvulopatias
Arritmias
4. Classificação diagnóstica da hipertensão arterial (>
18 anos de idade)
Pressão Pressão Classificação Seguimento
sistólica diastólica
(mmHg) (mmHg)
< 130 < 85 Normal Reavaliar em 1 ano
130-139 85-89 Limítrofe Reavaliar em 6 meses*
140-159 90-99 Hipertensão leve Confirmar em 2 meses*
160-179 100-109 Hipertensão Confirmar em 1 mês *
moderada
> 180 >110 Hipertensão grave Intervenção imediata ou
reavaliar em 1 semana*
>140 <90 Hipertensão
sistólica isolada
* Quando a sistólica e diastólica estão em categorias diferentes, classificar pela maior.
6. – PA Diastólica média corrigida = {diastólica aferida + [22 – (0,72 ×
perímetro braquial)]}
– PA Sistólica média corrigida = {[sistólica aferida + [32 – (1,05 ×
perímetro braquial)]}
manguito de 23x13 cm
7. LOCAIS PARA MEDIR PA
Pulsos braquial, poplíteo e pedioso.
Radial (não recomendado)
8. IDOSOS
Na medida da pressão arterial do idoso, existem dois aspectos
importantes:
1. Maior freqüência de hiato auscultatório, que subestima a
verdadeira pressão sistólica.
2. Pseudo-hipertensão, caracterizada por nível de pressão
arterial falsamente elevado em decorrência do enrijecimento
da parede da artéria. Pode ser detectada por meio da
manobra de Osler, que consiste na inflação do manguito até
o desaparecimento do pulso radial. Se a artéria continuar
palpável após esse procedimento, o paciente é considerado
Osler positivo.
9. OBESOS
Em pacientes obesos, deve-se utilizar manguito de
tamanho adequado à circunferência do braço. Na
ausência deste, pode-se:
• corrigir a leitura obtida com manguito padrão (13
cm x 24 cm)
• usar fita de correção aplicada no manguito; e
• colocar o manguito no antebraço e auscultar a
artéria radial, sendo esta a forma menos
recomendada.
22. Benefícios dos exercícios para
doenças cardíacas
Melhoras estruturais nas artérias coronárias;
Melhora nos fatores de risco coronarianos;
Atenuação da Síndrome Metabólica;
Melhora no metabolismo de glicose e reduz risco para DM II.
Melhora da função do SNA;
Melhora da função endotelial;
Redução da progressão da aterosclerose coronariana;
Diminuição do risco de trombose;
Melhora da isquemia miocárdica.
25. Anamnese
Objetivos Principais Outras ocorrências
Epilepsia? Tem convulsões?
História da doença atual
Tem problemas na coluna vertebral? Onde?
Antecedentes Tem problemas gastrointestinais? Quais?
Tem dores nas articulações? Onde?
Hipertensão arterial Tem alergias?
Tem (teve) dores musculares? Onde?
Pneumopatia
Antecedentes
D. Endoc/metabólicas
Medicamentos uso regular
Uro-nefropatias Atividade física
Outros
Cirurgias (data)
História familiar – fator de risco
FATORES DE RISCO
Medicamento uso regular
Inspeção, Palpação, Exame físico: medidas
de PA, FR, SatO2, FC, dobra cutânea,
Outras doenças medidas antropométricas (IMC), Testes.
Exames cardíacos
Sintomas
assintomático
sintomático
27. TESTE ERGOMÉTRICO
Objetivos (FREITAS, 2002)
Avaliação da capacidade cardiorrespiratória
Avaliação da FC x Carga de trabalho
Estratificação do Risco
Evolução do Programa de Exercício
Resposta clínica, cardiorrespiratória,
eletrocardiográfica, metabólica
Protocolo do teste
Tipo x restrições ósteo-articulares
Progressão x fadiga muscular
28. TESTE ERGOMÉTRICO
Verificar FC inicial, final, ocorrência de eventos.
Verificarodiagnóstico.
Verificar PA inicial e final e observar o seu comportamento
durante o teste – hiper reatividade.
Fazer a prescrição pela FC de reserva (ACSM).
35. Avaliação
TE COM BETA BLOQUEADOR
Observar o TE
Droga Potência
Calcular a FC de treinamento, ACEBUTOLOL 0.3
Verificar o nome do Beta-bloqueador ALPRENOLOL 0.3
e droga equivalente ATENOLOL 1.0
Verificar na tabela a potência do BUNOLOL 20.0
Beta-bloqueador (baseado na METOPROLOL 1.0
potência do Propranolol):
NADOLOL 3.3
Multiplicar a quantidade em mg do OXPRENOLOL 0.5 A 1.0
beta bloqueador com a potência
correspondente. PENBUTOLOL 4.0
PINDOLOL 6.0
EX.: Corgard 40mg, droga Nadolol,
potência 3,3 x 40 = 120 PROPRANOLOL 1.0
SOTALOL 0.3
Verificar a porcentagem em que
deve ser reduzida a FC de treino TIMOLOL 6.0
TOLAMOLOL 0.8
38. Avaliação
OUTROS MEIOS - Testes de estresse
•Esteira •Ecocardiograma de estresse
•Farmacológico •Cintilografia de estresse –
padrão ouro
•Teste ergoespirométrico –
Limiar anaeróbico e Ponto de
compensação respiratória
43. Metodologia de treinamento
Princípios básicos
•Princípio da especificidade - todo treinamento físico tem efeito
específico no desenvolvimento das partes do corpo e do sistema
energético utilizado no desempenho de determinada atividade.
•Princípio da sobrecarga - o treinamento efetivo e seguro é aquele no
qual as sobrecargas (resistências opostas) são aplicadas, de maneira
progressiva, respeitando tempo, frequência, intensidades mínima e
máxima da sobrecarga para adaptação em cada nível de estímulo.
•Princípio da reversibilidade - os efeitos benéficos do treinamento físico
são transitórios e reversíveis e podem desaparecer com a diminuição ou a
falta do exercício.
44. Os métodos de treinamento são, basicamente, dois:
contínuo ou de duração
intervalado ou intermitente
45. EXERCÍCIOS AERÓBICOS
DURAÇÃO
“Aquecimento” e “Volta a calma” = Idosos - 10 a 15 min(1)
Início
Se houver dificuldade em manter o exercício por 20 min, fazer várias
sessões de 10 min. ao dia(2)
Para evitar lesões(2)
aumentar primeiro a duração do exercício, depois a intensidade
FREQUÊNCIA
Dias alternados(2)
1 - SHEPARD, R.J. Envelhecimento, AtividadeFísicaeSaúde. São Paulo: Phorte, 2003.
2 - ACSM – Manual do ACSM parateste de esforçoeprescrição de exercícios (quintaedição. Rio de Janeiro: Revinter, 2000.
46. Determinação da FC de treinamento em cardiopatas
Vários parâmetros para observar na prescrição:
Escala de Borg – importante! 11 a 14
ACSM – 55% a 90% da Fcmax; ou 40% a 85% da FCR
Calcula-se o percentual da FC máx segundo a fórmula:
FCT =(FC máx - FCR) x % + FCR,
x%= percentual da FC desejada para o treinamento.
FC máxima= 220 - idade = NÃO É O IDEAL PARA CARDIOPATAS,
NUNCA UTILIZAR;
FC máx estabelecida pelo TE é o IDEAL PARA CARDIOPATAS!!
ALUNO / PACIENTE SEM TESTE DE ESFORÇO!!
FC repouso + 20 bpm – até realizar o TE. CUIDADO. Ideal: ECG.
49. Duplo produto
Produto da PAS e FC
Utilizar em casos de TE positivo.
TE + com FC de 100 bpm e PAS 180.
100X180 = 18000
102 x 170 = 17340
105 x 170 = 18000
90 x 200 = 18000
Alguns autores: trabalhar com 10 bpm abaixo da FC positiva para isquemia.
50. PERCENTUAL DA FC RESERVA
KARVONEN
FCT :[ (FC MÁXIMA – FC REPOUSO) %] + FC REPOUSO
FCT: (160 - 88) x 50%/70% + 88
FCT= 124 / 138
Frequência: 2 a 3x / semana
Duração: 20’ a 60’ contínua.
Múltiplas séries de 10’ ao dia.
54. Importance of resistance training for patients after a
cardiac event Jenny Adams, PhD, Matthew Cline, MS, Mike Reed, MS, Amanda
Masters, BS, Kay Ehlke, MS, and Julie Hartman, MS; Proc (BaylUniv Med Cent). 2006 July;
19(3): 246–248
•Atividades diárias utilizam mais força muscular que
imaginamos. A new paradigm for post-cardiac event resistance exercise guidelines.
Adams J, Cline MJ, Hubbard M, McCullough T, Hartman J.Am. J. Cardiol. 2006 Jan 15;
97(2):281-6.
•Treino resistido aprimora a qualidade de vida dos
pacientes. Effects of high-intensity strength training on quality-of-life parameters in
cardiac rehabilitation patients. Beniamini Y, Rubenstein JJ, Zaichkowsky LD, CrimMCAm J
Cardiol. 1997 Oct 1; 80(7):841-6.
•Exercíciosresistidosmelhoramosfatores de risco de
doençascardiovasculares. Review Effects of resistive training on lipoprotein-
lipid profiles: a comparison to aerobic exercise training. Hurley BF. Med Sci Sports Exerc.
1989 Dec; 21(6):689-93.
55. Treinamento de força
Individualizar a carga;
Séries - 2 a 3 séries de cadaexercíciomelhoraforçaepotência;
Repetições: 8 a 12 repetiçoes de cadaexercícioparamelhorarforçaepotênciae
10 a 15 paramelhorarforçaempessoasidosasemeiaidade. E 15-20
repetiçõesmelhora a resistência muscular.
50% de 1 RM (Myers J., 1992)
-- Principais grupos musculares
-- 2 a 3 vezes por semana
Descanso de 48h entre as sessões de exercícios.
ACSM, 2008 Physical Activity Guidelines for Americans
57. Contra-indicações absolutas ao treinamento físico convencional
• Insuficiência cardíaca descompensada
• Infarto agudo do miocárdio
• Angina estável grau IV e instável
• Miocardite ativa
• Pericardite aguda
• Aneurismas de aorta torácica ou abdominal
• Embolias pulmonar ou sistêmica recentes
• Tromboflebite
• Hipertensão pulmonar ou arterial grave não tratadas
• Estenose aórtica e insuficiência mitral graves
• Taquicardia ventricular em repouso
• Infecções agudas
• Lesão de tronco de coronária esquerda ou equivalente, não tratadas
• Obstrução arterial periférica graus III, IV e II limitante
• Retinopatia diabética com deslocamento de retina
58. Sintomas e sinais de treinamento excessivo durante
programa de reabilitação
Durante ou logo após a Tardios
sessão
Angina grau 3 ou 4 Fadiga prolongada
Aumento de frequência das disritmias Insônia incomum
cardíacas Ganho de peso por retenção hídrica
Bradicardia inapropriada Taquicardia persistente (FC >100 -
Taquicardia inapropriada 110bpm, 6min após o exercício)
Ataxia, tonturas, confusão Hipoglicemia no DM até 48h
Náuseas e vômitos
Claudicação de membros inferiores
Palidez, cianose
Dispnéia persistente por mais de 10min
Hipoglicemia no diabetes mellitus
59.
60. Exercício e Hipertensão
Valores normais de PA durante o exercício:
PAS aumenta até 220 mmHg
PAD altera 10 mmHg
Treinamento de força: PA pode ultrapassar 480/350
mm Hg (1)
(1) MacDougall JD, et al. Arterial Bloodpressureresponse to heavyresistanceexercíse.
JournalodAppliedPhysiology 1985; 58: 785-90.
61. TRATAMENTOS PARA HAS
HAS limítrofe
Exercício + Dieta
HAS moderada e severa
Exercício + Dieta
Fármacos
Diuréticos
b-bloqueadores
Bloqueadores de canal de Ca+
Inibidores da ECA (enzima conversora de
angiotensina)
Nitratos, nitroglicerina, Digitais
Vasodilatadores periféricos
62. PA X EXERCÍCIO AERÓBIO
AGUDO (1 DIA DE EXERCÍCIO)
PAS =
PAD = <-> /
Pós = abaixo dos valores pré-execício
CRÔNICO
Normotensos = <-> PA
Hipertensos (leve ou moderada) = PA
63. PA x EXERCÍCIO CRÔNICO
Hipertensos PA
Mecanismos:
resistência vascular periférica
[catecolaminas] circulantes
SN Simpático
excreção urinária de Na+
64. Exercício e VALVULOPATIAS
ESTENOSES:
- LEVE e assintomáticos: não apresentam restrições às
atividades físicas, inclusive esportes competitivos.
- LEVE A MODERADA: podem realizar esportes de baixa
intensidade. Alguns pacientes podem realizar atividades
estáticas leve e moderada e dinâmicas leve e moderada.
- Leve ou moderada com arritmias em repouso ou exercício –
praticar somente esportes competitivos de baixa
intensidade.
66. Prolapso de valva mitral
Afastar do esporte competitivo se tiverem dilatação
ventricular esquerda, disfunção ventricular esquerda,
taquiarritmias incontroláveis, síndrome do QT longo,
síncope inexplicada, dilatação do arco aórtico. Se tiver
insuficiência mitral associada, esta deve ser
considerada na orientação de atividade física.
RISCODE DAC RISCO DE DAC*BAIXO (>5)- mortalidadeanualcardíaca *BAIXO (>5)- mortalidadeanualcardíacamédiapredita <1%.média predita <1%.Conduta :ttoclínicosemAngiografiaConduta :ttoclínicosemAngiografia*MODERADO (-10 a +4 ) *MODERADO (-10 a +4 )*ALTO (< -10)
R – Co2 produzido / O2 consumido; Aproximadamente 75% do O2consumidoéconvertidoem CO2; portanto, emrepouso, o R varia entre 0,75 e 0,85. Umavezqueo R depende do tipo de combustívelutilizado, lipídiosouglicídios, elepodefornecer um índice do metabolismo de carboidratose gorduras. Se oscarboidratosforemoscombustíveispredominantes, o R se iguala a 1,0. O pulso de oxigênio (pulso de O2) éumamedidaindireta do transporte de oxigêniocardiopulmonar. É calculadodividindo-se oconsumo de oxigênio (ml/min) pelafrequênciacardíaca. Os valoresnormaisemrepousovariam de 4 a 6, podendoatingirvalores de 10 a 20 com oesforçomáximo.Opulso de oxigêniopode ser definidocomooproduto do volume sistólico (VS) peladiferençaarteriovenosa de oxigênio. Os ajustescirculatóriosqueocorremduranteoexercício (aumentodadiferençaarteriovenosa de O2e do débitocardíacoeredistribuição do fluxosanguíneoparaoterritório muscular ematividade) aumentarãoesseíndiceque, emuma dada carga de trabalho, émaiselevado no indivíduobemcondicionadoesaudável, estandoreduzidoemqualquercondiçãoqueafetenegativamenteo volume sistólico (disfunção ventricular esquerdasecundáriaàisquemia, infarto, etc) ouemcondiçõesquereduzamoconteúdo arterial de O2 (anemia ouhipoxemia) 1,6.
O sedentarismo em idosos pode ser caracterizado por atividades com duração inferior a 150 minutos por semana.
Baixa intensidade – boliche, sinuca, golfe, tiro ao alvo. Leve e moderada e dinamicas leve e moderada: hipismo, mergulho, arco e flecha, beisebol, tenis de mesa, tenisdupla, voleibol, corrida.