As ondas são um recurso renovável abundante, que está a começar ser explorado por alguns países Europeus. Tem-se observado ao longo da última década consideráveis progressos a nível Europeu na investigação e desenvolvimento de tecnologias associadas ao aproveitamento da energia das ondas, resultando na comercialização de algumas destas tecnologias. O apoio para a investigação e desenvolvimento destas tecnologias tem surgido através de programas nacionais e programas de pesquisa e desenvolvimento tecnológico da comissão europeia, que tem estimulado neste campo um trabalho coordenado entre os países europeus e tem contribuído significativamente para o progresso da utilização da energia das ondas na Europa.
Então, porque é que é necessário mudar? As estimativas mundiais para o consumo de energia são de um considerável aumento nas próximas décadas. Os Governos têm sido constantemente alertados de que os métodos tradicionais de produção de energia estão a levar a sérios problemas ambientais e que, por isso, provoca uma urgência na utilização de energias não poluentes. A tecnologia é recente, no entanto o interesse por parte dos governos e da indústria continua a crescer.
Os primeiros usos desta energia vieram com a Nora. As referências para sua utilização após o século X na Europa são bem maiores. Alguns autores citam esta frase, o que demonstra bem a importância que a água tinha e tem nas culturas, sendo absolutamente fundamental para um bom desenvolvimento. A importância destes engenhos na revolução industrial e no desenvolvimento tecnológico é relevante, devido à abundância de rios na Europa, permitindo assim um largo deste mecanismo, sendo assim factor essencial para o desenvolvimento da indústria, principalmente a siderúrgica. Um outro dispositivo referenciado e bem diferente é o monjolo.
De dimensões reduzidas, feito numa primeira fase a partir de troncos de árvores, o monjolo funciona como um curso de água feito pelo Homem para levar a água onde queria, através destas estruturas. Então, servia por exemplo para irrigar os campos agrícolas.
A ideia de converter a energia das ondas noutras formas de energia não é nova, surgindo a primeira técnica patenteada em 1799. No entanto a intensa procura começou depois da grande subida dos preços do petróleo em 1973, o que levou a que diversos países com óptimas condições de exploração começassem a ter em conta a mesma. Foram criados vários programas para apoiar vários projectos, como em Portugal e Reino Unido.
Barragem do Alqueva
Desde o início que se percebeu que a extracção de energia do mar seria uma tarefa difícil e as experiências realizadas por todo o mundo assim o têm demonstrado. A comissão europeia considerou por isso importante ajudar o desenvolvimento e divulgação de tecnologias, financiando projectos, dando desta forma passos na direcção de provar a utilidade desta energia. Em consequência surgiram dois bons resultados, a estação piloto do Pico e da ilha Islay, na Escócia. Nos últimos 25 anos a energia das ondas tem passado por fases de avanços e recuos, sendo que os progressos registados têm levado a uma evolução significativa.
As ondas ao longo da costa oeste europeia são altamente energéticas sendo por isso essas as zonas mais propensas ao aproveitamento deste recurso. Na zona mais a sul, não é uma zona costeira, o que torna difícil a exploração. Já na zona mais a norte, vê-se claramente o porque da aposta da ue no seu desenvolvimento.
Consiste numa estrutura parcialmente submersa, que está aberta ao mar por debaixo da linha de água. O movimento das ondas no exterior da estrutura faz erguer a coluna de água no interior, fazendo com que se aumente a pressão do ar lá dentro provocando um fluxo de ar que ao passar por uma turbina gera. A central instalada na ilha do Pico (Açores) é deste género. As estruturas shoreline estão fixas ou submersas em locais perto da costa, sendo por isso de uma maior facilidade de instalação e manutenção.
Esta classe de estruturas explora os regimes de onda com maior potência existente em águas profundas ( > 40 metros de profundidade). São mais dificeis de implementar, mas com maior potência. Um exemplos na Europa é: Archimedes Wave Swing - criada pela empresa holandesa Teamwork Technology BV, esta estrutura é submersa e funciona devido a variações de pressão hidrostática provocada pela passagem das ondas. Potência de 2 MW.
Outro dos exemplos é este Modelo Pelamis, que está instalado no Parque Ondas Aguçadoura. Aqui está uma noticia dessa mesma estação. O que aconteceu foi que 3 meses depois de ser inaugurada, os aparelhos foram desligados por razões técnicas e nunca mais foram ligadas. Ou seja, fomos os primeiros a ter uma estrutura destas, que durou 3 meses. Bom investimento??
Quadro resumo.
Esta é uma das conclusões que se pode tirar deste trabalho. Por um lado, as consequências do aquecimento global, algo que anda de braço dado com as energias alternativas, e fazendo a ligação com o trabalho de grupo, energias alternativas e desenvolvimento sustentável, uma das consequências de não se enverdar por esse caminho é o aumento do nível médio das aguas do mar, que levara ao desaparecimento de uma grande fatia do nosso pais